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Saúde Mental

Disciplina: Saúde Mental


Carga Horária:

Bases Tecnológicas
● Resolução histórica da assistência à saúde mental e da psiquiatra;
● Políticas de saúde relativas a saúde mental;
● Estruturação dos diversos níveis de atenção à saúde mental;
● Princípios que regem a assistência à saúde mental;
● Medidas de prevenção de distúrbios mentais;
● Características do ser humano dentro da visão holística;
● Categorias das doenças mentais e de comportamento;
● Classificação das doenças mentais, drogaditos e seus determinantes;
● Conhecimento de psicologia e psicologia do desenvolvimento;
● Anatomia e fisiologia do sistema nervoso: influência das substâncias químicas na
fisiologia cerebral;
● Sinais, sintomas e forma de tratamento dos principais transtornos mentais, tanto nos
quadros agudos quanto nos crônicos;
● Procedimentos e cuidados de enfermagem em saúde mental, psiquiátrica e
emergências psiquiátricas;
● Noções sobre as diversas modalidades de recreação: lutoterapia, musicoterapia,
atividades físicas e artísticas, horticultura, jardinagem e etc.
● Técnicas de contenção;
● Noções de psicofarmacologia;
● Noções de psicologia comportamental.

SAÚDE MENTAL
Qual é o conceito de loucura?
A loucura ou insanidade(loucura, demência, doidice, insânia) é segundo a psicologia uma
condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados anormais pela
sociedade ou a realização de coisas sem sentido. É resultado de algum transtorno mental.

1831: José Martins da Cruz Jobim (1802-1878), pioneiro na psiquiatria, publica o primeiro
escrito sobre doenças mentais no Brasil. 1852: É inaugurado o Hospício de Pedro II, o
“Palácio dos Loucos”, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro. É o primeiro do gênero por aqui.
Como foi criada a psiquiatria?

A psiquiatria e a enfermagem psiquiátrica surgiram no hospício. O hospício era instituição


disciplinar para reeducação do paciente: louco, alienado; por meio da atuação de um
profissional: o médico – alienista, a figura de autoridade a ser respeitada e imitada nesse
projeto pedagógico.

Em que ano foi criada a psiquiatria?


O primeiro grande passo para o progresso científico da Psiquiatria ocorreu apenas no
século XVIII, com os estudos do médico francês Philippe Pinel, o qual instituiu reformas
humanitárias para o cuidado com os doentes mentais.

Hospício de Pedro II
Em 18 de julho de 1841, foi assinado o decreto de fundação do primeiro hospício brasileiro,
denominado Hospício de Pedro II, em homenagem ao príncipe regente que nesse mesmo
dia foi sagrado e coroado como Imperador do Brasil.

Qual foi o primeiro hospício do mundo?


Bethlem Royal Hospital
O Bethlem Royal Hospital foi o primeiro hospital psiquiátrico, fundado em 1247 em Londres.
Era famoso pela forma desumana como tratava os doentes e permitia que visitantes
"pagantes" assistiram a espetáculos protagonizados pelos internos, como um verdadeiro
circo de horrores.

Quando acabaram os manicômios no Brasil.


Como era o manicômio antigamente?
As condições dessas instituições manicomiais eram precárias e a maioria dos pacientes não
tinha diagnóstico de doença mental (loucura). Os pacientes eram, “[...] epiléticos,
alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelavam, gente que se tornara
incômoda para alguém com mais poder”

'O fim dos manicômios entrou no bojo da reivindicação de que a liberdade tinha que ser
extensiva a todos' Foi há exatos 20 anos. Depois de tramitar por mais de uma década,
finalmente em abril de 2001, a lei 10.216 foi aprovada e sancionada.

Como a loucura se constituiu como doença mental?


A observação ao mesmo tempo moral e científica do médico sobre o louco converteu a
loucura em uma doença mental, em um objeto tão natural quanto às demais doenças do
corpo, embora não se tratasse do corpo, mas da mente.

Como surge o conceito de doença mental e em que contexto?


A função médica nos asilos foi introduzida no dia 25 de agosto de 1793, com a entrada do
médico francês Philippe Pinel para as enfermarias do Bicêtre, em Paris, onde começava a
ser percebido que o comportamento-problema deveria ser tratado pela medicina: assim,
nasceu a psiquiatria e, com ela, o conceito de doença.

Como se curar da loucura?


Como tratar: geralmente é indicado a psicoterapia cognitiva comportamental, em que pode
ser aplicada uma técnica chamada exposição e prevenção de respostas. Em casos mais
graves, o paciente também pode usar medicação.

Como surgiu o tema Saúde Mental, como foram os primeiros tratamentos?


Com Philippe Pinel, em 1793 surgiu a visão médica da mente: uma faculdade humana que
pode estar saudável ou não e ser tratada para restabelecer sua funcionalidade. Diversos
métodos terapêuticos experimentais apareceram no século seguinte, como a psicanálise de
Freud.

O que é a psicanálise Segundo Sigmund Freud?


A psicanálise é um método de investigação da mente humana e dos seus processos, que
eleva a mente para além das suas relações biológicas e fisiológicas. ... A história da
psicanálise está relacionada com a figura de seu precursor, Sigmund Freud (1856-1939).

Quem é o pai da psiquiatria?


No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria, propõe uma nova forma de
tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios,
destinados somente aos doentes mentais.

Sexta feira, 01 de Outubro de 2021


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ASSISTÊNCIA Á SAÚDE MENTAL E DA PSIQUIATRIA

Quando surgiu a doença mental? Como começou a história da saúde mental?


Descobertas antropológicas datadas de 5000 a.C. mostraram evidências de que os
humanos do período neolítico acreditavam que a abertura de um buraco no crânio permitiria
que o espírito maligno (ou espíritos) que habitam a cabeça dos enfermos mentais fosse
libertado, curando-os assim de suas aflições.

No século XIX, iniciou-se a transformação da Saúde Mental do Brasil, onde as discussões


em relação aos transtornos mentais ganharam força. Nesse período o doente mental era
considerado um perigo para a sociedade, por isso, era ele excluído da sociedade.
Qual foi o principal marco na evolução da saúde mental no Brasil?
O ano de 1978 foi considerado o início do movimento pelos direitos dos pacientes
psiquiátricos em nosso país. Dessa maneira, pode-se dizer que a história da atenção à
saúde mental no Brasil é lembrada pelo modelo asilar

Como foi a evolução da psiquiatria no Brasil? Quais avanços tivemos na área de


saúde mental?
Houve uma efetiva inversão do gasto em saúde mental, com os serviços comunitários
recebendo mais recursos do que os hospitais psiquiátricos desde 2006. Os serviços
comunitários brasileiros são, em sua maioria, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas
modalidades I, II ou III (com leitos-noite).

Quais foram os avanços na história da Saúde Mental no Brasil?


Muitos avanços foram sendo conquistados como a Lei 10.216/2001 que trata da proteção e
direitos para pessoas portadoras de transtornos mentais com redirecionamento do modelo
assistencial que ocorreu na III Conferência Nacional de Saúde Mental e os Serviços
Residenciais Terapêuticos (SRT).

Quando surgiu a política de Saúde Mental no Brasil?


Em linhas gerais, os anos 2000 inauguraram a Política Nacional de Saúde Mental, que
estabelece estratégias e diretrizes para organizar a assistência às pessoas com
necessidades de tratamento e cuidados específicos em Saúde Mental.
Como foi criada a psiquiatria? Quais as características da saúde mental?
Ter saúde mental é: Estar bem consigo mesmo e com os outros. Aceitar as exigências da
vida. Saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que
fazem parte da vida.

Quando surgiram os Caps no Brasil?


Neste período, são de especial importância o surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na
cidade de São Paulo, em 1987, e o início de um processo de intervenção, em 1989, da
Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de
Saúde Anchieta, local de maus-tratos e mortes de pacientes.

Quais são as políticas públicas de saúde mental no Brasil?


No Brasil, o atendimento público e gratuito à saúde mental é realizado pelo SUS. O
acolhimento acontece por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com serviços de
atendimento e acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde, em Centros de
Atendimento Psicossocial (CAPS) e de desinstitucionalização.

Quem criou o termo psiquiatria?


Dentre os citados, o francês Philippe Pinel (1745-1826) destaca-se como o fundador da
psiquiatria moderna, não apenas pela sua obra de reformador dos hospícios, mas,
sobretudo, por fundar uma tradição, “a da Clínica, como orientação consciente e
sistemática”, ao introduzir a fundamental diferenciação metodológica entre.

É certo falar manicômio?


Os “loucos” se tornam “usuários do sistema de saúde mental” e tratam de exercer sua
cidadania, reivindicando seus direitos. O termo manicômio, usado oficialmente para os
hospícios criminais, foi escolhido para reforçar a convicção de que hospício é a mesma
coisa que prisão.

Como eram tratados os loucos no século XIX?


Tratados também como “alienados mentais” pelas autoridades da época, no hospital eles
ficavam internados em seis quartos especiais de contenção, sem tratamento adequado, e
novamente “soltos” para as ruas da capital do Paraná. Muitos deles eram alvos de chacotas
e sobrevivem de doações.

O que é saúde mental Segundo a Organização Mundial de saúde?


Existem diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes. Eles geralmente são
caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e
comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas.

Como surgiram os CAPS no Brasil?


O primeiro CAPS do Brasil, denominado Professor Luís da Rocha Cerqueira, surgiu em
1986, na cidade de São Paulo, a partir da utilização do espaço da então extinta Divisão de
Ambulatório (instância técnica e administrativa da Coordenadoria de Saúde Mental,
responsável pela assistência psiquiátrica extra-hospitalar) .

O que originou as CAPS?


CAPS – Centro de Atenção Psicossocial - surgiu a partir do cenário da Reforma Psiquiátrica
como um dispositivo estratégico para atenção do indivíduo que está sofrendo
psiquicamente, pautada nos princípios do SUS e com o objetivo de inclusão social.

Quais os 5 tipos de CAPS?


Os CAPS se diferenciam como CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad, de acordo
com os tipos de demanda dos usuários atendidos, da capacidade de atendimento e do
tamanho.

Quem é responsável pelo CAPS?


Segundo a Portaria 336/2002 do Ministério da Saúde, o CAPS deve possuir uma equipe
multiprofissional constituída de psiquiatras, neurologistas, enfermeiros, nutricionistas,
farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, musicoterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem,

ESTRUTURAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL


Quais são os níveis de atenção à saúde mental?
Cada ponto de atenção na rede de saúde mental tem suas competências e seu território
sanitário. Abaixo elencamos os pontos, competências e os territórios nos três níveis de
atenção à saúde - primária, secundária e terciária.

Quais são os níveis de atenção da RAPS?


Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I -
atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção
ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde.

O que compõe a rede de saúde mental?


A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de
Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de
Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral
(em Hospitais Gerais, nos CAPS III).

Como deve ser a estrutura de um CAPS?


Equipe mínima: 01 médico psiquiatra; 01 enfermeiro com formação em saúde mental; 01
médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências
clínicas; 04 profissionais de nível universitário *, 06 profissionais de nível médio**.

Segunda feira, 04 de Outubro de 2021


O que é o Programa de saúde mental?
Programa de saúde mental oferecido para organizações da saúde "Cuidar de quem
Cuida" é o programa gratuito para a avaliação e prevenção de sintomas mentais entre
profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a COVID-19.
Considerações gerais sobre a doença mental.
Os transtornos mentais (psiquiátricos ou psicológicos) incluem as alterações de
pensamento, emoções e/ou comportamento. Pequenas alterações nesses aspectos da vida
são comuns, mas quando essas alterações causam angústia significativa à pessoa e/ou
interferem na sua vida cotidiana, elas são consideradas uma doença mental ou um
transtorno de saúde mental. Os efeitos de uma doença mental podem ser duradouros ou
temporários.
Cerca de 50% dos adultos tende a sofrer de doença mental em algum momento da
sua vida. Mais de metade dessas pessoas sentem sintomas de moderados a graves. Na
verdade, quatro das dez principais causas de incapacidade nas pessoas com cinco anos de
idade ou mais se devem a transtornos de saúde mental, sendo a depressão a principal
causa de todas as doenças que causam incapacidade. Apesar dessa prevalência elevada
de doenças mentais, apenas cerca de 20% das pessoas que têm doença mental procura
assistência médica.
Ainda que se tenha alcançado grandes avanços na compreensão e no tratamento
das doenças mentais, o estigma que as rodeia ainda persiste. Por exemplo, a pessoa com
doença mental pode ser culpada pela sua doença ou considerada preguiçosa ou
irresponsável. A doença mental pode ser interpretada como menos real ou legítima do que
a doença física, gerando desinteresse no que diz respeito ao pagamento do tratamento por
parte dos responsáveis de saúde e das companhias de seguros. No entanto, a crescente
conscientização sobre o quanto a doença mental afeta os custos dos planos de saúde e o
número de dias de trabalho perdidos está mudando essa tendência.

Como identificar a doença mental?


Nem sempre é possível diferenciar com clareza uma doença mental de um
comportamento normal. Por exemplo, pode ser difícil diferenciar a mágoa normal causada
pelo luto da depressão propriamente dita em pessoas que sofreram uma perda significativa,
como a morte do cônjuge ou de um filho, porque ambas englobam tristeza e humor
deprimido. Da mesma forma, decidir se o diagnóstico de um transtorno de ansiedade se
aplica a pessoas que estão preocupadas e estressadas devido ao seu trabalho pode ser
desafiador a maioria das pessoas sente isso em algum momento. A linha divisória entre ter
determinadas características de personalidade (por exemplo, ser metódico ou organizado) e
ter um distúrbio de personalidade (por exemplo, transtorno obsessivo-compulsivo) pode ser
tênue. Assim, é melhor se a doença mental e a saúde mental forem consideradas como
fazendo parte de um espectro contínuo. Uma eventual linha divisora costuma se basear nos
seguintes quesitos:
● A gravidade dos sintomas
● Por quanto tempo os sintomas duram
● De que maneira os sintomas afetam a capacidade de funcionamento na vida diária
Causas da doença mental:
Atualmente, considera-se que a doença mental é causada por uma interação complexa de
fatores, incluindo fatores:
● Genética
● Biológicos (fatores físicos)
● Psicológico
● Ambientais (incluindo fatores sociais e culturais)

A pesquisa tem demonstrado que fatores genéticos influenciam muitos transtornos


de saúde mental. Frequentemente, um transtorno de saúde mental ocorre em uma pessoa
cuja composição genética a torna vulnerável a esses transtornos. Essa vulnerabilidade,
juntamente com os estresses da vida, por exemplo, problemas com a família ou trabalho,
podem dar origem ao desenvolvimento de um transtorno mental.
Além disso, muitos especialistas acreditam que uma disfunção no controle dos
mensageiros químicos no cérebro (neurotransmissores) pode contribuir para os transtornos
de saúde mental. Técnicas de diagnóstico por imagem como, por exemplo, ressonância
magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (TEP), frequentemente mostram
alterações no cérebro de pessoas com transtorno de saúde mental. Por isso, muitos
transtornos de saúde mental parecem ter um componente biológico, semelhante aos
transtornos que são considerados neurológicos (por exemplo, a doença de Alzheimer ).
Contudo, ainda não está claro se as alterações observadas nos exames de imagem são a
causa ou o resultado do transtorno de saúde mental.

O que é cidadania e saúde mental?


Cidadania e legislação psiquiátrica
O direito de cidadania do doente mental deve ser o direito de receber assistência
adequada, a garantia de participar da sociedade e de não ser pura e simplesmente jogado
em depósitos, como ainda é uma realidade brasileira, na sua forma mais brutal, nos
grandes hospícios públicos ou, nas formas mais sutis, em clínicas
LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Como está organizada a rede de atenção em saúde mental?


A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de
Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de
Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral
(em Hospitais Gerais, nos CAPS III).

Quais são os níveis de atenção à saúde mental?


Cada ponto de atenção na rede de saúde mental tem suas competências e seu
território sanitário. Abaixo elencamos os pontos, competências e os territórios nos três
níveis de atenção à saúde - primária, secundária e terciária.

O que é saúde mental na Atenção Primária?


Afirmam que ofertar cuidados em saúde mental na atenção primária significa garantir
que as pessoas que precisam desses cuidados poderão acessá-los próximo às suas casas,
sem comprometer seus vínculos familiares, de trabalho e de suporte social, que podem ser
fontes importantes de recuperação.

O que é a atenção secundária à saúde?


Na rede de saúde, a atenção secundária é formada pelos serviços especializados
em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção
primária e a terciária(2), historicamente interpretada como procedimentos de média
complexidade.

O que é atenção primária secundária e terciária à saúde?


Como você já sabe, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são utilizadas para a
atenção primária; as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para a secundária; e os
hospitais, para o acolhimento no nível terciário.
Qual é o papel da enfermagem na saúde mental?
O objetivo da enfermagem nos centros de atenção psicossocial deve ser a
promoção de ações terapêuticas voltadas para identificar e auxiliar na recuperação do
paciente em sofrimento psíquico, visando à reabilitação de suas capacidades físicas e
mentais, respeitando suas limitações e os seus direitos de cidadania

Qual a importância da enfermagem para assistência ao paciente psiquiátrico?


A assistência de enfermagem humanizada é de grande importância no cuidar do
paciente portador de transtorno mental, possibilita uma relação de empatia entre
profissionais e pacientes, ocasiona melhoria na qualidade de vida, inserção na sociedade e
resgate da dignidade e da cidadania dos indivíduos portadores de

Quais os cuidados de enfermagem na saúde mental?


Além disso, é preciso que o enfermeiro esteja preparado para:
● Realizar avaliações biopsicossociais da saúde;
● Criar e implementar planos de cuidados para pacientes e familiares;
● Participar de atividades de gerenciamento de caso;
● Promover e manter a saúde mental;
● Fornecer cuidados diretos e indiretos;

Qual é a pior doença mental?


Quais as doenças psiquiátricas mais incapacitantes do mundo?
● Depressão. ...
● Síndrome de Burnout. ...
● Síndrome do Pânico. ...
● Esquizofrenia. ...
● Distúrbio de ansiedade generalizada. ...
● Transtorno bipolar. ...
● Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas.

As 8 doenças psiquiátricas que mais aposentam por invalidez, por CID, são:
1. F20 – Esquizofrenia;
2. F33 – Transtorno depressivo recorrente; ...
3. F31 – Transtorno afetivo bipolar;
4. F32 – Episódios depressivos;
5. Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool;
6. Qual é a classificação internacional de doenças mentais mais utilizada no Brasil?

A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde


(CID), atualmente, é o sistema diagnóstico mais utilizado na codificação de agravos à
saúde, inclusive na área da psiquiatria, e tem por objetivo a busca da padronização
internacional dos diagnósticos.
7 transtornos mentais mais comuns: como identificar e tratar
● Ansiedade. Os transtornos de ansiedade são muito comuns, presentes em cerca de
1 a cada 4 pessoas que vão ao médico. ...
● Depressão. ...
● Esquizofrenia. ...
● Transtornos alimentares. ...
● Estresse pós traumático. ...
● Somatização. ...
● Transtorno bipolar. ...
● Transtorno obsessivo-compulsivo.

5 sinais de quem possui transtornos mentais


1. Apresenta problemas de sono. Esse é um problema relacionado a diversos
transtornos mentais, podendo ser desde a insônia até o excesso de sono. ...
2. Está sempre ansioso ou tenso. ...
3. Humor se altera com facilidade. ...
4. Tem se afastado das pessoas. ...
5. Esquecimento frequente.

Qual a diferença entre doença e transtorno?


Assim como ocorre nas síndromes, os transtornos não têm uma única causa e
podem ser resultado de déficits biológicos e/ou psicológicos. As alterações mentais — ou os
transtornos — apresentam sintomas como o de uma doença.

Quais são os principais distúrbios alimentares?


Medo irracional de engordar, ingestão de enormes quantidades de comida e
obsessão por dietas saudáveis podem ser sinais de distúrbios alimentares.

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Frequentemente, os distúrbios alimentares ainda são vistos como meras tentativas
de chamar atenção, sinal de falta de vontade ou apenas uma manifestação de futilidade.
Contudo, esses problemas são doenças que podem e devem ser tratadas.
Também chamados de transtornos alimentares, esses distúrbios são perturbações na
alimentação e nos comportamentos relacionados a ela, podendo resultar em perda de peso
extrema, obesidade e outros prejuízos ao organismo, ao aspecto psicológico e às relações
sociais do paciente.
Em geral, eles afetam principalmente as mulheres jovens (90% dos indivíduos
acometidos são pessoas do sexo feminino de 14 a 18 anos), podendo ter origem ainda na
infância. Contudo, esses transtornos também podem atingir os homens, embora com menor
frequência.
Saiba quais são os principais distúrbios alimentares e como reconhecê-los:
1. Anorexia nervosa
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que se caracteriza pela busca da
magreza extrema, o que leva o paciente a seguir dietas muito rígidas e adotar uma rotina
exaustiva de exercícios físicos devido ao medo intenso de engordar.
A anorexia atinge principalmente adolescentes, atletas, artistas e modelos do sexo feminino,
estando relacionada à cultura ao corpo “perfeito” e à pressão estética.
Esse distúrbio pode interromper a menstruação, causar anemia, alterações hormonais e
osteoporose e levar à morte por inanição, desequilíbrio dos componentes do sangue ou
suicídio. Seus principais sintomas são:
● Ter medo irracional de engordar;
● Dar desculpas como náuseas, dor abdominal e falta de apetite para recusar ou pular
uma refeição;
● Excluir carboidratos, gorduras ou outros grupos alimentares da sua dieta;
● Distorcer a própria imagem e achar que está sempre acima do peso, mesmo já
estando excessivamente magro;
● Fazer exercícios físicos em excesso, incluindo praticar esportes, subir escadas e
fazer abdominais no caso das crianças sem acesso a uma academia;
● Ser obcecado com a contagem de calorias;
● Tomar medicamentos para emagrecer.
2. Bulimia nervosa
A bulimia nervosa tem semelhanças com a anorexia, mas sua principal característica
são os períodos de compulsão alimentar, com o consumo de enormes quantidades de
comida, intercalados com comportamentos compensatórios, como a indução de vômitos e o
uso de laxantes, na tentativa de evitar o ganho de peso.
Em função desses episódios alternados, as pessoas com bulimia costumam
apresentar peso normal. Porém, esse ciclo traz complicações como feridas no esôfago, na
garganta e na mucosa oral e causa prejuízos à arcada dentária, ambos devido à exposição
ao ácido gástrico. Além disso, a bulimia pode aumentar a tendência ao abuso de álcool e
drogas e levar à morte. Conheça os principais sintomas:
● Ter a sensação de perda de controle diante da comida;
● Evitar fazer as refeições junto com a família ou se recusar a comer em público;
● Ingerir grandes quantidades de alimentos em intervalos curtos;
● Apresentar sentimento de culpa, arrependimento e vergonha, que levam a
comportamentos compensatórios;
● Induzir ao vômito mecanicamente após os episódios de compulsão alimentar (90%
dos casos);
● Consumir medicamentos como laxantes e diuréticos para compensar o excesso de
calorias ingerido;
● Ser obcecado com a forma física, embora apresente peso normal;
● Apresentar inflamação crônica na garganta, cáries, refluxo gástrico e desidratação;
● Adotar dietas rígidas e praticar exercícios físicos em excesso;
● Abusar de substâncias estimulantes, como a cafeína e a cocaína.
3. Transtorno de compulsão alimentar
Em partes, o transtorno de compulsão alimentar é semelhante à bulimia, pois ele se
caracteriza por episódios em que a pessoa consome rapidamente grandes quantidades de
comida mesmo sem sentir fome.
A diferença entre esses distúrbios alimentares é que, na compulsão, não há o
comportamento compensatório com a indução de vômitos ou a prática de exercícios
exaustivos. Em consequência, a pessoa acaba ganhando peso e pode se tornar obesa.
Além da associação com a obesidade (estima-se que o distúrbio esteja presente em 30%
dos casos), a compulsão alimentar está relacionada a transtornos de ansiedade e
depressão. Conheça seus principais sintomas:
● Ingerir uma quantidade de comida anormalmente grande em um tempo delimitado
(até 2 horas), a ponto de se sentir desconfortável;
● Continuar comendo mesmo sentindo que o estômago está cheio;
● Sentir que perdeu o controle sobre o tipo e a quantidade de alimentos consumidos;
● Preferir alimentar-se sozinho por vergonha do volume ingerido;
● Sentir-se culpado ou ter repulsa de si mesmo após um episódio de compulsão
alimentar;
● Apresentar outros transtornos psiquiátricos concomitantes, como imagem corporal
negativa, baixa autoestima, depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
4. Ortorexia nervosa
A ortorexia nervosa é a obsessão patológica pela alimentação saudável. Trata-se de
um comportamento paradoxal que faz com que a pessoa apresente uma preocupação
excessiva em ingerir apenas produtos saudáveis e nutritivos.
Dessa forma, não há uma obsessão com a magreza, pois a pessoa não deixa de
comer, mas sim com a saúde – embora o conceito de “saúde” esteja distorcido. Esse
distúrbio não está na lista oficial dos transtornos alimentares porque seus critérios
diagnósticos ainda não foram totalmente estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).
Contudo, a ortorexia é digna de nota porque pode trazer complicações como
isolamento social, perda de interesse nas atividades antes prazerosas e carências
nutricionais devido às restrições alimentares. Conheça os principais sintomas:
● Mostrar-se obcecado em seguir uma dieta “saudável” de acordo com seus próprios
critérios;
● Analisar minuciosamente a composição nutricional de cada alimento;
● Apresentar medo exagerado de ficar doente ou sentir desconfortos físicos ao
quebrar suas regras alimentares autoimpostas;
● Excluir grupos alimentares da dieta, geralmente carboidratos, laticínios e carnes, por
considerá-los não saudáveis;
● Evitar comer fora de casa por não ter controle sobre o preparo dos alimentos;
● Levar sua própria comida em eventos sociais ou na casa de amigos e familiares.

O que fazer ao suspeitar de distúrbios alimentares?


Ao se identificar com os sintomas de algum dos transtornos apresentados acima ou
suspeitar que um familiar esteja enfrentando esses problemas, a orientação é buscar
tratamento o mais rápido possível.
Devido à natureza diversificada das causas desses distúrbios alimentares, o
tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar com profissionais como
endocrinologista, nutricionista, psiquiatra e psicólogo. Procure a unidade MED PREV mais
próxima e agende sua consulta.

ESTRUTURA DA ATENÇÃO
Na atual política da Saúde Mental, pretende-se diminuir a necessidade de leitos
hospitalares mediante o fortalecimento do trabalho extra-hospitalar, com implantação de um
sistema de referência e contrarreferência.
A equipe multiprofissional é composta por psiquiatra, psicóloga, assistência social,
terapeuta ocupacional, enfermeiro, fonoaudiólogo, visitador domiciliar e auxiliares.
Nos hospitais e prontos socorros, é necessária a atuação de médicos clínicos, nutricionistas
e farmacêuticos; é desejável a participação de dentistas, técnicos desportivos e de
reabilitação física.
De acordo com o tipo e intensidade dos problemas mentais, os indivíduos poderão
receber atendimento:
- em grupo: psicoterapia de grupo, grupo de orientação, de medicação, de terapia
ocupacional e outros;
- Individual: psicoterápico, medicamento, orientação e outros.
A equipe profissional do sistema extra-hospitalar deve priorizar os doentes com
maior risco de interação (psicóticos, alcoolistas, drogaditos e outros casos em estado grave;
para poder evitar a internação, é necessário utilizar o máximo de recursos disponíveis,
recorrendo à internação apenas como último recurso.
Para que a população possa receber esse tipo de assistência, é necessário que as
Secretarias de Saúde organizem um plano assistencial primário, secundário e terciário.

Nível primário (sistema extra-hospitalar)


A atividade é desenvolvida na Unidade Básica de Saúde, e tem por objetivo:
- desenvolver trabalho com a comunidade, visando prevenir e/ou diminuir a incidência e de
doenças mentais;
- detectar e tratar precocemente a doença mental para impedir o seu agravamento;
- desenvolver trabalho com a comunidade de referência ou grupos específicos, visando
prevenir a marginalização dos indivíduos com problemas mentais;
- encaminhar ao ambulatório de referência ou hospital os casos que necessitam de uma
assistência mais intensiva.

Nível secundária (sistema extra-hospitalar)


As atividades são desenvolvidas pelos ambulatórios, hospitais dia/noite, centros de atenção
psicossocial, pensões protegidas etc.
Tem como proposta de trabalho:
- oferecer programa de atendimento ambulatorial adequado e resolutivo;
- acompanhar e agir terapeuticamente com os familiares dos doentes;
- garantir o seguimento ambulatorial dos egressos de hospitalização;
- colaborar ao desenvolvimento de ações educativas junto à população;
- encaminhar para a hospitalização os casos mais graves.

Nível terciário (sistema hospitalar)


Abrange os serviços de emergência psiquiátrica em pronto socorro geral e com
leitos de observação para 72 horas as enfermarias psiquiátricas em hospitais gerais e os
hospitais psiquiátricos.
Ao receber os doentes encaminhados pelos outros serviços hospitalares e extra
hospitalares deve-se prevenir a “cronificação institucional”, ou seja, permitir a alta hospitalar
no tempo mais breve possível. Para tanto, recomenda-se:
- desenvolver ações terapêuticas multiprofissionais para remissão dos sinais/ou sintomas
que motivaram a interação;
- orientar familiares ou responsáveis e procurar envolvê-los durante o período de
internação.
- reforçar a importância do seguimento ambulatorial nos serviços extra hospitalares, após a
alta hospitalar.

AÇÕES DE ENFERMAGEM
A assistência de enfermagem psiquiátrica incorpora não somente os tradicionais
cuidados físicos e da terapêutica somática, mas também a abordagem psicológica e social.
Uma das metas principais do trabalho do enfermeiro junto ao doente é a inter-relação
terapêutica/paciente, Para se atingir essa meta é necessário que o profissional esteja ciente
quanto:
- aos objetivos da internação terapêutica: incluem, por parte dos doentes, uma melhor
compreensão de suas necessidades, participação social aumentada e criação de métodos
construtivos para obtenção de satisfações pessoais;
- à eficácia terapêutica; inclui, por parte dos profissionais, uma melhor compreensão dos
doentes e das doenças, e a percepção de seus próprios sentimentos e do impacto de suas
respostas. Por isso, no seu trabalho diário, a enfermagem;
- participa de atividades que criam o ambiente o ambiente terapêutico que possibilita o
desenvolvimento do doente;
- estabelece limites e ajuda o indivíduo a conservar a sua integridade e saúde físicas;
- participa de programa de terapia de grupo;
No nível extra hospitalar, as ações de enfermagem variam de acordo com a filosofia
do serviço e dos recursos humanos disponíveis; a sua participação é no atendimento
individual e de grupo.

ATENDIMENTO INDIVIDUAL
- triagem; a enfermagem ouve a queixa do paciente e/ou família, avalia e decide pelo
melhor procedimento (atendimento na Unidade Básica de Saúde, no ambulatório, Pronto
Atendimento ou encaminhamento a outra instituição).
- recepção dos pacientes novos; preenchimento dos dados, controle dos sinais vitais,
orientação quanto às rotinas do serviço e importância do tratamento;
- consulta de enfermagem: desenvolve-se dentro do ambiente terapêutico e, nesta atuação,
a enfermeira é o agente terapêutico que estabelece o relacionamento que visa desenvolver
o potencial máximo do indivíduo e da família;
- trabalho com os doentes matriculados no ambulatório e egressos de internação
psiquiátrica: esse tipo de atendimento tem por objetivo avaliar as condições pós-alta,
reagendar o doente para a continuidade do tratamento, fornecer apoio emocional ao
indivíduo e á fornecer apoio emocional ao indivíduo e à família e enfatizar a possibilidade de
reintegração social do doente;
- reagendamento dos faltosos; feita através de convocação dos doentes e/ou familiares, ou
no atendimento de doentes que procuram serviço de saúde fora da hora marcada; nesta
casos, a enfermagem verifica o motivo do não comparecimento, observa e avalia o doente,
encaminha-o (se necessário) ao profissional que o atende, agendar a consulta e orientação
quanto à necessidade da regularidade do tratamento ambulatorial;
- atendimento das necessidades gerais, tais como medicação, tais como medicação,
encaminhamento etc.;
- realização de visita domiciliária para uma melhor avaliação das condições em que vive o
indivíduo e sua família.

ATENDIMENTO GRUPAL
Quando o indivíduo é colocado em um grupo de pessoas que participam do mesmo
universo, ele poderá sentir uma identificação mais próxima, exprimir melhor seus
sentimentos e partilhar suas experiências.
Neste grupo, o terapeuta é o elemento aglutinador, fornecedor e mantenedor das
regras de comunicação no grupo.
Neste tipo de atendimento, os indivíduos participam de grupos de 5 a 10 pessoas,
de acordo com o diagnóstico, faixa etária, necessidades do grupo e a participação dos
elementos da equipe de saúde;
- controle e orientação medicamentosa;
- colaboração na abordagem psicoterapêutica para os questionamentos sobre
relacionamento familiar, problemática emocional etc.;
- estimulação nas oficinas que estimulam a capacidade criativa, atividades de educação
física, trabalhos manuais etc.;
- orientações gerais sobre os cuidados corporais, sexualidade, drogadição etc.

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