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Pretendo fazer discurso rápido e que fale um pouco sobre esse privilégio que é se
tornar médico em uma instituição como a Santa Casa.
Quero também agradecer aos mestres e amigos que conheci ao longo do caminho e
que tornaram tudo isso possível.
Quando demos nossos primeiros passos para dentro daquela que seria nossa casa
durante os próximos 6 anos, trouxemos conosco centenas de sonhos.
Sonhávamos em ser como os médicos que víamos nas séries de TV, capazes de
fazer os diagnósticos mais mirabolantes ; ou então, como aqueles que nos
atenderam quando eramos criança e que hoje se tornaram nossas maiores
inspirações. Queríamos Desejávamos/almejávamos ser pesquisadores e inventar a
cura para doenças que no primeiro ano sequer sabíamos como pronunciar.
Queríamos ajudar um número incontável de pessoas e talvez, por que não, viajar
para as zonas de guerra num projeto humanitário. Por isso, é com imensa alegria
que digo que a Santa Casa, ao longo desses 6 anos, me proporcionou uma série
de desilusões.
Minha primeira desilusão A primeira que tive foi quanto em relação aos alunos da
faculdade.
Descobri que as pessoas e suas histórias eram muito mais plurais do que minha
cabeça de menino do interior pressupunha. Conheci pessoas com histórias
impressionantes e que trouxeram para a faculdade uma diversidade que eu jamais
havia conhecido. Eram pessoas que vieram dos mais diversos cantos do país –
Goias, Lins, Santos, ABC, Teófilo Otoni (aqui cabem outros exemplos também).
Conheci pessoas com ideias impressionantes, gente que já havia cursado outras
faculdades, concluído mestrados, trabalhado durante anos em outras áreas e que
agora compartilhavam comigo esse imenso sonho que hoje realizamos: se de se
tornarem médicos.