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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO/5

NOTA TÉCNICA
TIRO TÉCNICO DE ACEITAÇÃO DA VBCOAP M109

1. FINALIDADE

Regular a realização do tro técnico da VBCOAP M109, principalmente após


manutenção de 3º e 4º Esc, revitalização ou modernização do armamento.

2. REFERÊNCIAS

 TM 9-2350-311-10: Operator’s manual for howitzer, medium, self-propelled, 155mm,


1994;
 TM 9–2350–311–20–2: Unit Maintenance Manual for Cab, Armament, Sightng and Fire
Control, Elevatng and Traversing Systems and Associated Components Howitzer,
Medium, Self-Propelled 155mm;
 TM 9-2350-311-34-2: Direct and General Support Maintenance Manual for Cab,
Armament, Sightng and Fire Control, Elevatng and Traversing Systems and Associated
Components Howitzer, Medium, Self-Propelled 155mm;
 DMWR 9-2350-311-2: Depot Maintenance Work Requirement for Cab, Armament,
Sightng and Fire Control, Elevatng and Traversing Systems and Associated Components
Howitzer, Medium, Self-Propelled 155mm;
 MIL-H-45374E: Military Specifcaton Howitzer - Medium, Self-Propelled, 155mm M109,
M109A1, M109A1B, MI09A2 M109A3, and M109A5;
 Final Inspecton Record for M109A5+;
 TB 9-1000-234-13: Exercising of Recoil Mechanisms and Equilibrators;
 Anteprojeto do Manual do Operador do Obus M109A5+ BR;
 Apostlas da EsMB VBCOAP M109A3;
 Manual de Campanha C 6-86: Serviço da Peça do Obuseiro 155 mm M109A3, 2003;
 TM 9-1000-202-14: Evaluaton of Cannon tubes, 2005;
 TM 9-1240-401-34-P: Maintenance Manual Telescope Mount: M146, Elbow Telescope:
M118A2, Elbow Telescope: M118A3, Telescope Mount: M145, Telescope Mount:
M145A1, Panoramic Telescope: M117, Panoramic Telescope: M117A2, Fire Control
Quadrant: M15, Periscope: M42;
 TOP 03-2-709: Field Artllery Fire Control Sights, 2010;

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 1 de 13)


3. INTRODUÇÃO

O Tiro Técnico é o tro executado de forma controlada visando basicamente a


avaliação das condições do material, ou seja, através da execução do tro técnico é possível
avaliar de forma controlada e realista o comportamento do armamento.
O Tiro Técnico é pratcamente a única forma de se testar o armamento nas
condições reais de utlização e por isso é de vital importância para o parecer fnal, permitndo
que o militar responsável emita um parecer conclusivo sobre o armamento, principalmente nas
questões que envolvem a segurança da operação de tro. Os testes estátcos, ensaios,
exercitamentos e operações da torre/armamento NÃO substtuem o Tiro Técnico.
Existem vários motvos que justfcam a execução do Tiro Técnico, dentre eles
destacam-se a checagem para garantr que o armamento está apto ao uso após a manutenção,
revitalização e/ou modernização do armamento, análise do material para compor um Parecer
Técnico, Inquérito Técnico e inspeção. Portanto, deve-se executar tro técnico sempre que haja
suspeita quanto a real condição do armamento.
Dentro do cronograma de manutenção/revitalização/modernização do material, o
tro técnico é uma das últmas etapas. O material deve passar por todas as a checagens, testes e
correções possíveis antes do tro técnico.
No tro técnico a atenção deve estar voltada principalmente para o armamento,
embora haja possibilidade da correção de múltplos problemas não relacionados diretamente
ao tro. A oportunidade da execução do tro técnico é única e não pode ser desperdiçada, pois
se trata de um evento com custo fnanceiro elevado e de preparação complexa.
Todos os envolvidos na execução do tro técnico deverão estar cientes do conteúdo
desta nota técnica e os responsáveis pelas etapas, preparados. Procedimentos adicionais
podem ser utlizados, objetvando o sucesso da missão e a segurança, desde que não estejam
em desacordo com os parâmetros aqui estabelecidos.

4. SEGURANÇA DAS OPERAÇÕES NO TIRO TÉCNICO

O respeito as prescrições de emprego da VBCOAP M109, aliado à aplicação das


medidas de segurança abaixo descritas são indispensáveis a proteção de todos os envolvidos,
seja a guarnição, sejam os mecânicos e também o próprio material. Dessa forma, NÃO É
PERMITIDO, sob risco de vida e de danifcar a VBCOAP:
a. Colocar dentro da viatura apenas a munição que será imediatamente utlizada (o tro
técnico é realizado com a VBCOAP vazia em relação a munição e seus componentes);
b. Acionar qualquer interruptor ou alavanca sem o exato conhecimento de sua função;
c. Subir na torre ou qualquer outra parte da VBCOAP sem que os ocupantes saibam;
d. Sair do compartmento do motorista para a torre sem o conhecimento do operador da
viatura;
e. Dirigir a VBCOAP sem estar autorizado;
f. Manobrar a VBCOAP sem balizamento duplo;
g. Permanecer próximo da VBCOAP quando esta estver manobrando;
h. Manobrar peças ou ferramentas sem observar a sua segurança;
i. Ser conduzido externamente por VBCOAP em movimento;
j. Transitar sob material suspenso;

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 2 de 13)


k. Deixar peças, ferramentas etc. no interior da torre ou sobre o chassi da VBCOAP;
l. Manter-se próximo de VBCOAP que estver executando manobra de força ou retrada do
conjunto de força, devido ao risco de ruptura de cabos de aço;
m. Permanecer com as escotlhas destravadas, estando as mesmas abertas ou fechadas;
n. Dar partda no motor sem verifcar os níveis previstos;
o. Girar a torre com o compartmento de armazenagem de munição aberto;
p. Fumar ou acender qualquer tpo de fogo na área de trabalho;
q. Dar partda no motor sem autorização para tal e/ou sem verifcar se há alguém
trabalhando em cima do mesmo;
r. Permanecer próximo ao tubo;
s. Não se sentar ou descansar na frente ou atrás da viatura, somente ao lado, porém,
mantendo sempre uma distância de segurança;
t. Pular de cima da viatura.

Deve-se ainda:
a. Antes de iniciar o trabalho, estar de posse de extntores de incêndio e equipe pronta para
atuar no caso de fogo;
b. Retrar relógio, aliança e outros utensílios que possam atentar contra a segurança
própria;
c. Utlizar equipamento de proteção individual quando for necessário;
d. Checar sempre duas vezes antes de executar qualquer operação para evitar acidentes;
e. Avisar em alto e bom tom quando for abrir ou fechar portas, escotlhas, tampas e janelas;
f. Utlizar ferramental adequado e limpo;
g. Só girar a torre com o auxílio de um balizador;
h. Ao girar a torre:
● Verifcar se o motorista está com a cabeça recolhida;
● Tomar cuidado para não bater com a torre em algum obstáculo.
i. Verifcar a temperatura do conjunto de força antes de iniciar o trabalho;
j. Ao trabalhar no motor:
● Tomar cuidado onde pisa;
● Não deixar ferramentas sobre o motor;
● Atentar para que as ferramentas não caiam no interior do compartmento;
● Tomar cuidado com os ventladores, pois podem se armar quando o motor estver
quente.
k. Posicionar-se sempre ao lado da VBCOAP;
l. Acessar a VBCOAP pela frente ou pela retaguarda; nunca pelas laterais;
m. Antes de manobrar, ter certeza de que não há alguém na frente ou retaguarda da
VBCOAP;
n. Desligar a chave geral das baterias quando a VBCOAP não estver em uso;
o. Manter o chão livre de óleos e graxas;
p. Ao realizar reparos no sistema elétrico da viatura, desligar o negatvo da bateria.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 3 de 13)


5. REGISTRO DOS DADOS DA VBCOAP

Inicialmente deve-se registrar no relatório do tro técnico os números de série e


modelos dos subcomponentes do Obus, para que seja possível o completo rastreamento desta
viatura, bem como de seus subitens. Os dados mais importantes são os números de série da
viatura, tubo, culatra, reparo, conjunto de força hidráulico; motor, caixa de mudanças e
equipamentos ótcos. Além dos números de série, é importante também especifcar os modelos
de alguns itens, como rodas (aço ou alumínio); lagarta (T-136, T-154 ou Diehl), Motor (NSN fnal
7396 ou 7391), etc.

6. ANTES DO TIRO TÉCNICO

6.1. Preparação para o Tiro Técnico


A VBCOAP M109 deve estar inteiramente funcionando antes do tro técnico, mesmo
os sistemas do chassi que não estão diretamente envolvidos no tro. Deverá ser seguido o
padrão apresentado na seção dos Procedimentos de Manutenção Preventva (Preventve
Maintenance Checks and Services (PMCS) for M109 Self -Propelled Howitzer), conforme manual
TM 9-2350-311 -10, Tabela 2-1, (tradução: Anteprojeto do Manual do Operador do Obus
M109A5+ BR). Estes procedimentos deverão ser observados durante todo o tro técnico (antes,
durante e depois) de forma a evitar ou dirimir efeitos indesejados.
Antes do tro técnico deve-se obrigatoriamente executar a Preparação para o Tiro
descrita no manual técnico TM 9-2350-311-10, item 2.12.

6.2. Verificação Geral


Após o registro dos dados do obuseiro deve-se fazer uma verifcação visual inicial no
material buscando as seguintes falhas:
a. Parafusos soltos. Um parafuso solto pode ser difcil de detectar sem usar uma chave
inglesa. No entanto, muitas vezes, você pode identfcar os parafusos soltos observando a
pintura solta ou lascada em torno da cabeça do parafuso e do metal sem tnta ou
ferrugem na base. Aperte os parafusos soltos e ponha a tnta conforme necessário.
b. Parafusos sem arame de freno. Deve-se verifcar inicialmente, de forma geral, os
parafusos que necessitam estar com o arame de freno, checando se estes estão
amarrados com o arame.
c. Soldas danifcadas. As soldas danifcadas podem ser detectadas observando a ferrugem
ou a pintura lascada onde ocorrem fssuras.
d. Fios eléctricos desgastados e conectores soltos . Verifcar se a fação elétrica apresenta
fssuras devido ao envelhecimento e fos expostos que podem causar um curto circuito.
Aperte grampos e conectores soltos.
e. Cabos de freio desgastados e ligações soltas . Verifcar os cabos de freio para obter sinais
de desgaste excessivo perto do meio do cabo. Certfcar-se de que as conexões do
acelerador e da direção estejam corretamente conectadas.
f. Corrosão. Verifcar se há sinais de deterioração, ferrugem, rachaduras incomuns,
amolecimento, dilatação ou quebra
g. Mangueiras danifcadas.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 4 de 13)


6.3. Classificação dos Vazamentos no Sistemas Hidráulicos
As defnições de vazamento devem ser classifcadas da seguinte forma:
a. Classe I. Vazamento de fuido não é grande o sufciente para formar gotas (normalmente
indicado pela umidade ou descoloração).
b. Classe II. Vazamento de fuido é grande o sufciente para formar gotas, mas não o
sufciente para fazer com que as gotas gotejem do item que está sendo
verifcado/inspecionado.
c. Classe III. Vazamento de fuido é grande o sufciente para formar gotas que caem do item
que está sendo verifcado/inspecionado.

6.4. Operação com vazamentos no Sistemas Hidráulicos


Deve-se evitar a operação do Obuseiro com vazamentos no sistema hidráulico,
contudo a operação do equipamento é permitda com vazamentos menores (Classes I ou II).
Naturalmente, deve-se considerar a quantdade de fuido no item/sistema que está sendo
verifcado/inspecionado. Quando operando com vazamentos Classe I ou Classe II, deve-se
contnuar a verifcar os níveis de fuido.
Os vazamentos de Classe III devem tornar o equipamento indisponível.
Observação: somente no reparo M182 (M109A3): O vazamento de 1 ml
(aproximadamente 25 gotas) é permitdo na interface do anel de vedação das hastes do freio
de recuo após cinco (5) tros ou 24 horas após o tro.

6.5. Exercitamento para o Tiro Técnico


Exercitar o armamento faz com que eixos e pistões do reparo permaneçam
lubrifcados com uma camada de fuido hidráulico, isto previne o aparecimento de corrosão e o
ressecamento de retentores, as duas fontes de problema mais comuns neste sistema.
Independente do tro técnico, é muito importante que seja feito a cada 120 dias (no
máximo) o exercitamento da VBCOAP M109, incluindo o movimento de giro da torre e elevação
do tubo (exercitamento do equilibrador)
Antes do tro técnico deve-se executar o exercitamento dos sistemas hidráulicos e
em especial o exercitamento do mecanismo de recuo por 3 vezes, no mínimo. Deve-se verifcar
se não há vazamentos, se o mecanismo de abertura da culatra está funcionando corretamente
e se a volta em bateria ocorreu sem solavancos e totalmente. O manual TB 9-1000-234-13
descreve os procedimentos para executar o execitamento.

6.6. Verificação Específica do Armamento


a. Verifcar se o freio de boca está bem fxo e sem fssuras.
b. Verifcar se o eliminador de alma está bem fxo e sem fssuras.
c. Verifcar a alma do tubo com boroscópio e calibrador (TM 9-1000-202-14).
d. Verifcar se o bloco da cultura fecha normalmente. As linhas de fé (marcações de
confrmação) (9) no anel da culatra (8) e no bloco da culatra (cunha) (10) devem alinhar
quando o bloco da culatra está fechado.
e. Verifcar se o mecanismo de disparo (11) e bloco do mecanismo de disparo (12) estão
funcionando corretamente, verifcar se o percussor não está quebrado e se a armadilha e
o martelo estão em condições e fazer o teste de disparo no mecanismo.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 5 de 13)


f. Verifcar se a câmara da estopilha (13) está limpa e a alavanca de abertura da culatra
(alavanca de manobra) (14) está funcionando corretamente e seguramente travada à
frente na posição de repouso.

g. Verifcar a calibragem dos roletes de abertura automátca (23), se não estão quebrados
ou empenados e se as canaletas da placa de abertura automátca (22) estão sem mossas
e lubrifcadas com graxa.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 6 de 13)


h. Verifcar o obturador (19). Verifcar o estado do anel de borracha do obturador (23) dos
anéis partdos (21 e 24) e se estes últmos estão defasados de 180º.

i. Verifcar o nível de óleo no conjunto de força da torre e se o manômetro está marcando


entre 925 e 1225 psi, quando em funcionamento.
j. Verifcar a pressão do nitrogênio no conjunto de força que deverá estar entre 500 e 550
psi nas três vezes que zerar.
k. Verifcar se a tubulação de óleo e junções do freio de recuo não apresenta vazamento
(máximo de 5 gotas em 3 minutos).
l. Verifcar se os sistemas de giro hidráulico e manual funcionam.
m. Verifcar o nível de óleo do reservatório do sistema de giro.
n. Verifcar o funcionamento da chave elétrica da válvula solenoide. Acionar a chave nº 2 e
verifcar se o comando dos controles passa do manual para hidráulico. Acionar a chave nº
3 e verifcar se o controle de elevação passa do principal para o auxiliar (esquerda p/ a
direita).
o. Verifcar o funcionamento da trava da torre.
p. Verifcar se o sistema de balanço está equilibrado, ou seja, se para elevar ou abaixar o
tubo o esforço e a velocidade são as mesmas, tanto no manual quanto no hidráulico.
q. Verifcar se a pressão no acumulador primário do sistema de balanço está em 900 psi.
r. Verifcar se a pressão no acumulador do comando manual do sistema de balanço entre 75
e 90 psi.
s. Verifcar se a pressão no acumulador secundário do sistema de balanço está em 1500 psi.
t. Verifcar se não há nenhum vazamento ou peças quebradas no carregador automátco e
fazer um teste de acionamento para a verifcação do funcionamento. Verifcar se a mesa
de carregamento permanece travada quando recolhida.
u. Verifcar a regulagem da válvula de bloqueio do carregador automátco.
v. Verifcar se os pinos (1) do cilindro recuperador (2) não estão entre 3 e 19 mm. Se estver
acima de 19 mm, recompletar de óleo; se estver abaixo de 3 mm, drene o óleo.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 7 de 13)


w. Verifcar se a pressão de nitrogênio do recuperador está entre 700 a 750 psi.
x. Verifcar se a pressão do recompletador (6.2) está entre 17 e 24 psi. Devido à expansão
do calor, a pressão pode aumentar durante o tro normal. O alcance seguro para tro é de
17 a 50 psi.

y. Verifcar se todos os sistemas hidráulicos executaram a sangria.


z. Verifcar se todos os instrumentos ótcos estão sem fungo ou danifcados.
aa. Verifcar se as setas indicadoras do sistema de recuo variável começam a se separar com
a elevação entre 600 e 800 milésimos (33,75º e 45º).
bb. Verifcar se tubo do obuseiro está estabilizado. Usando o quadrante de nível M1A1,
colocar o tubo na elevação +266 mils (15º), desligar o sistema elétrico da torre. O tubo do
Obuseiro não deve descer mais do que 3,0 milésimos no período de uma hora. Repetr os
passos anteriores colocando o tubo na elevação +600 mils (33,75º).

cc. Verifcar a chaveta do tubo (4), medindo a largura da superfcie inferior em, pelo menos,
três locais diferentes. Substtuir a chaveta do tubo M185 (M109A3) se a largura for
inferior a 31/32 polegadas (24,6 mm) em qualquer ponto ao longo da parte inferior do
cone. Substtuir a chaveta do tubo M284 (109A5) se a largura for inferior a 3,97 cm. A
chaveta deve obrigatoriamente estar amarrada com arame de freno (1).

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 8 de 13)


dd. Verifcar o estado de conservação da Chaveta da Culatra

ee. Verifcar a face posterior (parte traseira) do tubo do Obuseiro (7) deve estar alinhada com
a parte anterior (da frente) do anel da culatra (8). Medir a distância da face posterior
(parte traseira) do tubo do Obuseiro (7) para a retaguarda até a parte anterior do anel de
culatra (8). A distância não pode ser maior que 5 (cinco) polegadas (12,7 cm).

7. TIRO TÉCNICO PROPRIAMENTE DITO

O tro técnico possui risco de acidente maior do que o material regularmente


manutenido, tendo em vista o fato de o material ter sofrido manutenção de grande porte, por

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 9 de 13)


isso as questões de segurança do tro são extrapoladas ao máximo possível. O primeiro disparo
no tro técnico deve ser executado do lado de fora do obuseiro (com a cabine sem nenhuma
pessoa), utlizando cordel de maior comprimento (15m) e numa posição protegida a retaguarda
da viatura.

Vista superior do acionamento da Peça sem proteção.


Sempre que possível deve-se utlizar uma viatura blindada como anteparo entre o
M109 em tro técnico e o Cmt da Peça.

Vista superior do acionamento da Peça com proteção de uma Vtr M113.

Vista traseira do acionamento da Peça com proteção de uma Vtr M113.

Após cada disparo a equipe técnica deve executar uma análise do armamento,
examinando o material quanto ao surgimento de falhas, danos, avarias e vazamentos.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 10 de 13)


No tro técnico propriamente dito da VBCOAP M109 deve-se executar um mínimo
de 3 (três) disparos, sendo o primeiro deles com Carga 6, que é a carga que melhor assenta o
tubo na sua chaveta (manual técnico TM 9-2350-311-34-2, página 5-34) e os demais na Carga 6
ou superior.
Os disparos servem para testar o armamento, por isso, durante a execução destes
três disparos, caso haja alguma dúvida no estado de conservação do material e/ou intervenção
de manutenção em área sensível, deve-se executar mais 2 (dois) disparos (disparos adicionais),
sucessivamente.
A tabela 5-2 (combinações de granadas/cargas de projeção autorizadas para os
tubos M185 dos obuseiros M109A2/M109A3/M109A4 e tubos M284 dos obuseiros M109A5)
do manual TM 9-2350-311-10 defne a correspondência entre granadas e cargas de projeção
para os Obuseiros M109.
A elevação da peça é um fator importante na avaliação do sistema de recuo, tendo
em vista que no disparo com pouca elevação (menos de +600 mils = 33,75º) o recuo é longo
(915mm) e no disparo com grande elevação (acima de +800 mils = 45º) o recuo é curto
(584mm) – para que não haja impacto da culatra no assoalho da Vtr.
O disparo com grande elevação (acima de +800 mills = 45º) exige fsicamente mais
do sistema de recuo da arma e por isso é o mais indicado para o tro técnico, porém, caso não
seja possível executar o disparo com grande elevação, devido as condições de alcance do
Campo de Tiro, deve-se executar obrigatoriamente os dois disparos fnais em Carga 6 ou
superior.

DISPAR ELEVAÇÃO DO TUBO POSIÇÃO DA


CARGA
O RESTRITA QUALQUER GUARNIÇÃO DE TIRO

1º Carga 6 Menor que +600


Menor que +600 mils Protegida fora da
mils
(33,75º) Peça
(33,75º)
2º Menor que +600
Carga 6 ou Entre +600 e +800 mils Protegida fora da
mils
superior (34º e 45º) Peça
(33,75º)
3º Menor que +600 Dentro da Peça**
Carga 6 ou Maior que +800 mils
mils
superior (45º)
(33,75º)
4º * Menor que +600
Carga 6 ou Menor que +600 mils Protegida fora da
mils
superior (33,75º) Peça
(33,75º)
5º * Menor que +600 Dentro da Peça**
Carga 6 ou Maior que +800 mils
mils
superior (45º)
(33,75º)
* Confguração dos disparos adicionais, caso haja necessidade.
** A guarnição executa o disparo dentro da Peça caso o tro anterior não apresente problema.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 11 de 13)


7.1. Risco de Ricochete no Tiro tenso da VBCOAP M109 (ATENÇÃO: RISCO DE ACIDENTE!)
Atenção, existe grande probabilidade de ocorrer ricochete da granada 155mm
quando se executa disparo tenso com carga de projeção elevada. As consequências do
ricochete de uma granada podem ser extremamente graves, haja vista o alcance que esta
munição pode atngir.
Deve-se prestar muita atenção, não só na área de recuo (retaguarda) dos alvos,
proporcional a carga de projeção, mas também ao ângulo de incidência da granada ao atngir o
solo.

Linha de Incidência é a linha tangente à trajetória da granada no ponto de impacto


(solo/alvo) e Ângulo de Incidência é o ângulo formado pela Linha de Incidência e um plano
tangente à superfcie de impacto. Quanto menor for o Ângulo de Incidência, maiores são as
chances de ocorrer o ricochete, por isso deve-se evitar a todo custo o disparo de granadas num
Ângulo de Incidência pequeno.

8. APÓS DO TIRO TÉCNICO

8.1. Análise após o tro Técnico


Após o tro técnico deve-se fazer a mesma análise descrita no Item 6.6 (Verifcação
Específca do Armamento).

8.2. Problemas comuns que podem ocorrer após um disparo


a. Culatra não abre automatcamente após o disparo
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-11.

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 12 de 13)


b. Recuo irregular (Jerky Recoil)
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-14.
c. Força excessiva no recuo
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-17.
d. Deslocamento excessivo de recuo em disparos de grande ângulo de elevação
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-20.
e. Armamento não volta em bateria
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-22.
f. Estopilha não inicia (percute)
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-25.
g. Entrada de gases na cabine após o disparo
Verifcar correção do problema no manual TM 9–2350–311–20–2, página 3-28.

Curitba-PR, 10 de dezembro 2019.

Elaborado por:

__________________________________________
GUILHERME ARAUJO BITTENCOURT – Ten Cel QEM
Chefe da Seção de Engenharia

Revisado por:

_______________________________
JASON FERRARI RISSO – Ten Cel QMB
Diretor do Parque Regional de Manutenção/5

(Nota Técnica do Tiro Técnico da VBCOAP M109 página 13 de 13)

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