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Movimento Operário

Descontentes com as condições de trabalho, os operários mobilizaram-se e organizaram-se. Em 1906, no Rio de


Janeiro, ocorreu o Primeiro Congresso Operário Brasileiro, que reuniu trabalhadores de várias partes do país,
iniciando a luta pela formação de sindicatos livres e pela jornada de oito horas diárias de trabalho. Por meio de
assembleias, os sindicatos definiam as greves e reivindicações, como aumentos de salário e melhores condições de
trabalho.
O anarcossindicalismo

O início do movimento operário brasileiro foi marcado por uma forte influência das ideias anarquistas, difundidas
pelos imigrantes. Grande parte deles já havia participado de mobilizações operárias em seus países de origem.
O anarcossindicalismo foi a corrente que teve maior expressão no início do movimento operário do Brasil. Os
anarcossindicalistas defendiam a ação direta dos trabalhadores por meio dos sindicatos, das greves e de outras formas
de mobilização e condenavam a participação em eleições, partidos políticos e órgãos do governo.
Além do anarquismo, o comunismo foi uma das correntes políticas mais influentes no movimento operário e sindical
brasileiro da Primeira República. Agrupados no Partido Comunista do Brasil (PCB), fundado em 1922, os comunistas
defendiam a organização dos trabalhadores em um partido político e a formação de alianças estratégicas com setores
da burguesia para realizar reformas democráticas no Brasil. Antes do PCB, já haviam sido organizadas no país outras
agremiações partidárias dos trabalhadores, como o Partido Operário, fundado em 1890.
A cultura popular: o samba

Uma das ferramentas utilizadas por Vargas para conquistar o apoio das camadas populares foi a música,
principalmente o samba. Até os anos 1920 o samba era visto pelo governo como algo marginal, “incivilizado”, que
incitava a desordem e a vadiagem e, por isso, deveria ser reprimido. Porém, com o movimento modernista, esse estilo
musical começou a se popularizar entre as elites.
Durante o Estado Novo, o samba foi utilizado para transmitir uma idéia positiva do trabalho, legitimando os valores
do regime varguista. O governo, então, investiu em artistas como Ataulfo Alves, João de Barro e Moreira da Silva
com o objetivo de criar um samba “educado e civilizado”.
Para isso, a linguagem das canções foi mudando, assim como a temática, que passou a ser a exaltação do trabalho, do
trabalhador e do nacionalismo.
A intenção era trocar a imagem do sambista “malandro” pela do sambista “trabalhador dedicado”, que, depois de uma
longa jornada, podia ter o prazer de tocar um samba. Como exemplo desse processo, leia o samba a seguir, composto
por Wilson Batista e Ataulfo Alves em 1937.

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