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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Disciplina: Estética e Cultura da Mídia. Semestre: 2022.2

Professora: Liliane Feitoza. Créditos: 4

Aluno: Mateus Ferreira dos Santos.

POSE: O ABANDONO AFETIVO/PARENTAL POR LGBTFOBIA, OS NOVOS


CONCEITOS DE FAMÍLIA E A MARGINALIZAÇÃO E SOLIDÃO DA MULHER
TRANS

Os estudos culturais são o resultado de uma série de transformações sociais,


econômicas e políticas que aconteceram em meados da década de 1960, quando novas
pesquisas sobre a relação entre cultura e sociedade foram se desenvolvendo. Partindo das
discussões levantadas pela escola de Frankfurt, os estudos culturais possuem uma perspectiva
crítica, fundamentada principalmente contra as formas de cultura que fomentam a
subordinação. No entanto, apresentam críticas a Adorno e Horkheimer ao considerar a
classificação da cultura entre superior e inferior problemática. Segundo Kellner (2001, p. 27),

A cultura veiculada pela mídia não pode ser simplesmente rejeitada como
um instrumento banal da ideologia dominante, mas deve ser interpretada e
contextualizada de modos diferentes dentro das matrizes de discurso e das
forças sociais concorrentes que a constituem.

Segundo o autor, a cultura da mídia atualmente é dominante e possui um grande


poder — que afeta a política e a sociedade —, influenciando as pessoas em seu
comportamento e na criação de suas identidades. Diante disso, os estudos culturais surgem
para entender como essas produções organizam “ideologias, valores, representações de sexo,
raça e classe na sociedade, e o modo como os fenômenos se inter-relacionam” (KELLNER,
2001, p. 39). Nesse momento, o contexto social é muito importante de se levar em conta, pois
é a partir desse ponto que podemos observar quais os fatores que possibilitaram aquele objeto
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cultural e como ele, por sua vez, afeta e influencia a sociedade por meio de
indivíduos e grupos.
Os estudos culturais têm como uma forte característica a interdisciplinaridade, ou
seja não são uma disciplina, pois fazem uma abordagem mais ampla, perpassando várias áreas
do conhecimento, como a história, sociologia, antropologia e entre outros campos
preexistentes. Além disso, podem se relacionar com o conceito de multiculturalismo, ao
buscar em seus estudos, produtos culturais que trazem as representações de resistência e luta
frente às formas sociais e culturais hegemônicas. O multiculturalismo, segundo Kellner (2001,
p. 37), afirma a “alteridade e a diferença, bem como a importância de atender aos grupos
marginalizados, minoritários e contestadores, antes excluídos do diálogo cultural”. Assim,
esses grupos passam a ser representados na mídia, trazendo questões como racismo,
orientação sexual, feminismo, desigualdade social e entre outros assuntos. Para realizar um
estudo cultural, ainda é recomendado que se faça um estudo multiperspectívico, ou seja,
utilizar diversos tipos de interpretação a fim de fazer uma análise mais abrangente possível
(KELLNER, 2001, p. 130).
Um exemplo de produto da mídia que se enquadra nessas características, é a série
“POSE”, que em sua narrativa, trabalha questões como identidade de gênero, racismo, o
abandono parental e novos conceitos de família, a solidão e a marginalização da mulher trans,
intolerância LGBT e dentre outros diversos assuntos que afetam a comunidade. Essas
características tornam a série um excelente objeto para se fazer um estudo cultural
multiperspectívico.
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Figura 1 - Banner promocional da série. Fonte: Reprodução/Google

DESCRIÇÃO DA OBRA

A série “POSE” é um drama norte-americano criado e produzido por Ryan Murphy,


Brad Falchuk e Steven Canals, lançada no ano de 2018. Atualmente, ela possui três
temporadas e trata do cenário da cultura LGBT, afro-americana e latino-americana presentes
na cidade de Nova Iorque entre o final dos anos 80 e início da década de 90. A trama da
produção tem como base a cultura dos Balls, que eram bailes que surgiam nos subúrbios nova
iorquinos como ponto de encontro, de manifestação artística e de resistência ao preconceito.
Normalmente organizados por drag queens, eles aconteciam em discotecas e lá, pessoas
LGBT, negros e estrangeiros competiam entre si em disputas que abrangiam diferentes
categorias como maquiagem, figurino, dublagem e dança, ao mesmo tempo em que
comemoravam a vida e trocavam experiências sobre os fatos cotidianos.
Mas a série não fica restrita ao glamour dos balls, muito pelo contrário. A trama faz
uma imersão na vida dos personagens, que possuem suas particularidades e problemas. Essa
imersão, possibilita que a série trabalhe muito bem diferentes questões sociais, que afetam a
vida das pessoas da comunidade cotidianamente, como o abandono parental, a falta de
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proteção, auxílios e voz, a solidão e a marginalização da mulher trans, a


identidade de gênero, o preconceito e a ignorância voltados para a comunidade gay e dentre
outras várias temáticas.
A série criou um marco ao colocar em seu elenco o maior número de pessoas trans
da história da televisão. Ao todo, são mais de 50 pessoas que possuem essa identidade de
gênero, envolvidas tanto no elenco quanto na produção. Mas as conquistas provocadas pela
série não param por aí. Através dela, pela primeira vez uma mulher trans foi indicada a
categorias no Emmy — Janet Mock como diretora, roteirista e produtora —, o primeiro
homem negro abertamente gay (Billy Porter) foi indicado como melhor ator de drama e a
primeira mulher trans ganhou um Globo de Ouro como melhor atriz em série de drama (Mj
Rodriguez).

SINOPSE

“Pose, ambientada em 1987, acompanhamos Blanca (MJ Rodriguez), uma


participante de bailes LGBTQ que acolhe algumas pessoas marginalizadas pela sociedade,
como o talentoso dançarino sem-teto Damon (Ryan Jamaal Swain) e a profissional do sexo
Angel (Indya Moore), que se apaixonou por um cliente. Centrada na vida de Blanca, esta é
uma história da cultura de bailes, da comunidade gay e trans, da crise violenta da AIDS e do
declínio do capitalismo. Blanca se esforça para realizar seu sonho de abrir um salão de beleza
bem-sucedido e poder ganhar seu próprio dinheiro sem depender de ninguém. Ela é
incentivada pelo seu melhor amigo, Pray Tell, um homem gay que trabalha como MC dos
bailes e é obrigado a lidar com o HIV. A trama explora com sensibilidade as experiências de
pessoas LGBTQ, especialmente as trans, entregando ao público um enredo emocionante e
pouco visto” (ADORO CINEMA, c2023).
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Figura 2. Blanca é a personagem que se encontra no meio da fotografia. Fonte: Reprodução/Google

CRÍTICA

Para analisar a série, serão abordadas duas das temáticas das quais ela trata. São elas:
o abandono parental por LGBTfobia e os novos conceitos de família, e a solidão e
marginalização da mulher trans.

O ABANDONO AFETIVO/PARENTAL POR LGBTFOBIA E OS NOVOS


CONCEITOS DE FAMÍLIA

A questão do abandono afetivo e parental por LGBTfobia sempre foi uma pauta
muito presente na comunidade, e na série “POSE”, isso é retratado com maestria. Nos
episódios em que esse problema é abordado com maior profundidade — ao contar a história
de Damon, que foi expulso de casa por seu pai após o mesmo descobrir a sexualidade do
garoto, e de Elektra, que foi agredida por sua mãe e em seguida expulsa sem o direito de levar
nenhum de seus pertences —, podemos acompanhar e sentir junto com os personagens a dor
de ser julgado e excluído sem nenhuma consideração, por motivos de sexualidade e
identidade de gênero.
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Segundo Ribas (2019, p 27), a pessoa LGBT passa por diversos tipos de
exclusão ao longo de sua vida. Na escola, no trabalho e até mesmo no ambiente familiar,
podendo esse último, ser considerado a mais severa de todas, pois é a família que deveria ser
o nosso suporte e fonte de apoio.
Essa exclusão também é uma forma de abandono e é a realidade de muitos, que
passam a ser menosprezados, ignorados, ou até mesmo maltratados por seus próprios
familiares. Segundo a autora, “os pais por não aceitarem a condição do filho ou não
entenderem agem de maneira desesperada, buscando medidas de repreensão que podem
chegar até em agressões físicas e psicológicas, muitos são inclusive expulsos de casa”.
Esse foi o caso vivido pelo jovem Damon, que antes de ser expulso, enfrentou
diversas vezes comentários negativos e foi agredido por seu pai, que suspeitava da
sexualidade do garoto por ele gostar de dançar. A essa altura, Damon ainda tinha o apoio de
sua mãe, o qual logo perdeu após ser “descoberto”.
A saída precoce do ambiente familiar também pode acontecer por iniciativa do
próprio jovem que sofre discriminação dentro de casa. Nessas situações, muitos vão morar nas
ruas e acabam encontrando na prostituição uma maneira de sobrevivência. Essa questão da
prostituição, podemos encontrar na história das personagens trans da narrativa. Ao serem
expulsas de casa, todas elas viram nessa possibilidade uma forma de continuar sobrevivendo,
até encontrarem outras formas de ganhar dinheiro.
Uma outra questão abordada na narrativa, são as novas concepções de família. Após
alguns dias morando nas ruas, Damon encontra Blanca, que estava atrás de “filhos” para
poder abrir a sua Casa, a Evangelista. Na narrativa, os balls são constituídos por pessoas que
foram excluídas de alguma maneira da sociedade. Assim, elas se formam em “casas” , que são
normalmente compostas por outras pessoas que também foram expulsas precocemente, e
formam suas famílias. Cada casa tem a sua “mãe”, que é a fundadora do núcleo e assim, esse
grupo de pessoas, que compartilham muitas vezes de vivências semelhantes, trocam afetos,
contam suas histórias, se apoiam e se amam. O ato de se juntar com pessoas que possuem
similaridades, pode evidenciar uma nova compreensão do que se entende por família.
Por muito tempo, o termo família dizia respeito a “um grupo de pessoas com grau de
parentesco que convivem num mesmo lar, a família tradicional, aquela ditada pela cultura
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imposta pela religião e que remete ao sistema patriarcal, onde o homem era visto
como o chefe da casa, dos filhos e até mesmo de sua esposa” (RIBAS, 2019, p. 33).
Hoje, podemos perceber que esse conceito vai muito além disso. De acordo com Ana
Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno (2018 apud RIBAS, 2019, p. 33):

A família contemporânea perdeu sua função puramente econômica, de


unidade produtiva e seguro contra a velhice, em que era necessário um
grande número de integrantes, principalmente filhos, sob o comando de um
chefe – o patriarca. Perdeu também seu costume eminentemente
procracional, deveras influenciado pela Igreja, para adquirir o contorno da
solidariedade, da cooperação e da comunhão de interesses de vida. A família
atual é um sistema no qual seus elementos estão em total interação e
interdependência – ou seja, o que ocorre com um, afeta os demais. Cada
membro deve ter garantida sua satisfação, seu bem-estar e o
desenvolvimento de sua personalidade, mas também não deixa de ser uma
instituição social, com normas jurídicas que definem os direitos e deveres de
cada um e que a sociedade deve garantir. Surgem, assim, novos arranjos
familiares, novas representações sociais baseadas no afeto – palavra de
ordem das novas relações. Por isso, o casamento deixa de ser necessário,
dando lugar à busca da proteção e desenvolvimento da personalidade e da
dignidade humana, ultrapassando, de alguma forma, os valores meramente
patrimoniais.

Assim , podemos dizer que a base da família é o sentimento de união e afeto


existente entre seus membros e não apenas a relação parental, como se considerou por muito
tempo. E entre os membros das casas de “POSE”, afeto e união é o que não falta. Apesar de
muitas vezes haverem discussões, como há em todo tipo de relação, sempre que é preciso eles
lutam para ajudar seus “irmãos” que estão precisando.
Esse sentimento de afeto fica evidente em diversos episódios da série. Como
exemplo, podemos citar a vez em que Damon estava prestes a desistir da sua carreira de
dançarino, e Blanca, a sua “mãe”, fez questão de incentivar o garoto e levá-lo para uma a
prova da escola de dança da qual queria fazer parte. Um outro momento, foi quando a
personagem Angel, que tinha o sonho de ser modelo, estava prestes a desistir de participar de
um casting pelo medo de ser rejeitada por ser uma mulher trans. Blanca, agiu da mesma
forma, e novamente, incentivou a filha a participar da seleção. Esse afeto também se revela
quando Blanca colocava regras de convivência na casa, proibindo seus filhos de usarem ou
traficarem drogas. Essas restrições, eram a forma da personagem demonstrar preocupação
com a vida e reputação de seus filhos.
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Figura 3. Blanca e seus filhos Angel e Damon, da casa Evangelista. Fonte: Reprodução/Google

A MARGINALIZAÇÃO E A SOLIDÃO DA MULHER TRANS

Um outro debate que envolve a série é a marginalização das mulheres trans. Na


trama, a maioria delas sofre dificuldades para encontrar emprego, o que as leva a optar por
outras formas de ganhar dinheiro, sendo uma das saídas, a prostituição. Em um dos episódios,
esse sentimento de estar à margem da sociedade é tratado de uma maneira bem pesada,
quando em mais uma noite de trabalho, uma das personagens, a Candy, é assassinada
violentamente pelo seu cliente. O crime fica impune, pois nada foi feito pelas autoridades para
prender o assassino. Esse episódio evidencia a falta de proteção e de visibilidade que essas
mulheres têm de enfrentar, além da negação de seus direitos.
Em um dos diálogos, a personagem Blanca, a fim de acalmar a indignação dos seus
amigos, diz que a polícia já estava procurando o culpado, mas logo é retrucada por Elektra,
que afirma que a polícia não se importa com uma transexual assassinada, pois nunca foram
tratadas com respeito ou dignidade.
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Em relação a isso, Silva (2008, apud SILVA et al, 2021, p. 17) diz que:

a invisibilidade proporciona com que os não heteronormativos estejam em


uma situação de literalmente invisibilidade de direitos assegurados até
mesmo em políticas públicas, pois não são consideradas pessoas legítimas
pelo governo, e que essa invisibilidade se torna real quando pessoas LBGT
não possuem o mesmo direito que pessoas heterossexuais.

Um outro episódio da narrativa passível de ser citado, diz respeito a quando Blanca
finalmente encontrou um imóvel para alugar e, nesse espaço, realizar seu sonho de abrir
o seu salão. Até então, a locadora não sabia que Blanca era uma mulher trans e alugou o
espaço sem muitas ressalvas. No entanto, quando ficou ciente dessa informação, fez de
tudo para tomar o lugar, deixando a personagem na mão. Essa é mais uma menção a
falta de direitos que essa população possui.
Assim, de acordo com Pedra (2018, apud SILVA et al, 2021, p.17), essa
invisibilidade

faz com que exista uma rachadura em assegurar direitos que seriam
fundamentais aos seres humanos, tendo um grupo que é dominante que
estaria detendo todo esses direitos e assegurando a opressão das minorias,
gerando violências simbólicas, físicas e emocionais nesses indivíduos.

Além dessa problemática, POSE também faz menção à solidão vivida por essas
mulheres. Em um dos episódios, a personagem Angel acaba se apaixonando pelo seu cliente,
chamado Stan, que também se interessa por ela. Stan é casado e mantém uma relação às
escondidas com Angel, na qual chegou a lhe dar jóias, um apartamento e dinheiro. Apesar de
tudo isso, ele não conseguia dar a coisa que Angel mais queria: a sua presença, carinho e
atenção.
Em diversas vezes, o personagem deixava a jovem de lado para se dedicar a sua outra
família. No episódio que se passa no Natal, em que ambos haviam combinado de ficar juntos,
Stan não cumpriu com a sua promessa e novamente a deixou sozinha. Em um dado momento,
Angel cansa de ser deixada de lado, e resolve se afastar do seu amante.
De acordo com Senna (2021, p. 107),
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Relacionar-se afetivamente com alguém se torna então algo quase que


impossível, não só pelo nosso sentimento de baixo autoestima, como
também da parte do outro, que teme passar por uma série de discriminações
e violências em sociedade, e por isso se distanciam de nós.

Em POSE, essa situação fica muito evidente. Apesar de gostar muito de Angel, Stan
não se vê encorajado a deixar a sua família para ficar com Angel. E quando finalmente
resolve ir atrás dela, já é tarde demais.

Figura 4. Angel e Stan. Foto: Reprodução/Google

CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto, podemos perceber que a série é muito feliz ao tentar
evidenciar um pouco as vivências cotidianas desses personagens e casa bem com a realidade.
Para além dos problemas abordados, a série ainda foca nas diversas conquistas da causa
LGBT, e cumpre bem o seu papel de trazer a representatividade da comunidade, indo contra
os tipos de produção atualmente hegemônica e colocando em pauta uma minoria
invisibilizada, e que quando finalmente representados, muitas vezes são colocados de forma a
reforçar estereótipos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia. Bauru: EDUSC, 2001. Disponível em:


<https://drive.google.com/drive/folders/1fYsQH_T37qNir1aSReOaRCqW9f0exKIf>. Acesso
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<https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2022/01/10/mj-rodriguez-de-pose-e-primeira-
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POSE. Adoro Cinema, c2023. Disponível em: <https://www.adorocinema.com/series/serie-


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RIBAS, Camila de Toledo. Inclusão social da minoria LGBTI: O abandono afetivo em


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SALVETI, Tiago. Análise | Pose. Pro Digital Pop, 2021. Disponível em:
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maio 2023.

SENNA, Ariane Moreira de. A solidão da mulher trans, negra e periférica: uma
(auto)etnografia sobre relações socioafetivas em uma sociedade cisheteropatriarcal.
Dissertação de mestrado (Mestrado em estudos étnicos e africanos) – Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, p. 188. 2021. Disponível em:
<https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34369>. Acesso em 11 de maio 2023.

SILVA, Ângela Carolina et al. A invisibilidade acometida a indivíduos Trans e Travestis


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Disponível em: <https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17244>. Acesso
em: 11 de maio 2023.
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