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Pedro, 28 anos, Advogado, veio de uma família de classe média alta, depois de ter sido
traído nunca mais levou ninguém a sério. Pelo contrário, se tornou rude, arrogante e
mulherengo.
Ele a conheceu na academia como Professora de Educação Física, eles não tiveram um
bom relacionamento na época, brigaram e não se entenderam de jeito nenhum.
Um romance levemente picante, que te deixará curioso(a) de como será o fim de Caren
e Pedro.
Capítulo 2
Conviver com ele se tornou muito difícil, soube que ele era sobrinho do
dono, então tinha que me controlar
pra não ser grosseira e ser mandada embora.
Ele me provocava o tempo todo, com olhares, com conversas altas,
falava com várias meninas sobre sexo, o
que ele tinha feito no final de semana com cada garota, eu achava isso
horrível.
Havia se passado quase 6 meses de pura tortura. Ele esbarrava em mim
não olhava pra trás nem para pedir
desculpas. Ele saia da academia cada dia com uma garota , fazia piada
sobre as roupas das meninas nas
aulas de aeróbica, chamava algumas de delícia na minha frente.
Em uma das conversa ouvi ele dizer: Dias atrás discuti com uma
"puritana" no estacionamento da academia,
mas não ouvi o restante da conversa.
Bom "puritana" era o máximo, melhor eu ser chamada assim do que ser
ofendida. Realmente eu era
moralista, isso sim, é uma das característica de uma puritana, mas estou
bem, não iria estragar meu humor
por causa dele.
Mais o que me deixava mais triste, era que nem o meu lado profissional
não agradava ele, depois do
episódio no estacionamento quando eu me recusei em "conhecê-lo
melhor" ele passou a me ignorar
totalmente. Eu chegava perto dele pra passar algum treino, ele dizia que
já havia pego com a Ana, ou seja,
ele estava realmente decidido a nunca mais me conhecer.
O final de semana estava próximo, decidi ir com o George meu vizinho
pra uma balada, tinha que sair um
pouco, conhecer gente nova. Pena que não podia chamar Michelle, ela
estava brigada com George, eles
tiveram um lance e agora estavam se evitando.
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Na balada
A noite tinha começado agitada, George me apresentou para uma amiga
dele (eu realmente esperava que
fosse amiga, porque no fundo, no fundo, queria que ele e Michelle
ficassem bem).
- Essa é Caren - Caren, essa é Grabriely- George nos apresenta.
- Oi Caren, o George fala muito de você.
- Que bom, fala mal ou fala bem? Respondo num tom de brincadeira.
-Muito bem! Ele disse que você é a confidente dele.
- Vamos buscar uma bebida no bar - diz George.
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A pista estava lotada, muita gente dançando black, eu acho essa dança
muito sensual, ainda mais no som de
Ne-Yo - She Got Her Own ft. Jamie Foxx, Fabolous
Vejo diversos casais dançando e outros que não são, mas que estavam
curtindo o som bem colados como se
fossem, esse era o poder do Black Melody.
Pedi duas tequilas, queria realmente beber um pouco, a semana tinha
sido pesada.
Quando olho para o lado, George estava falando com Pedro. Não podia
ser verdade, meu amigo com aquele
arrogante. Eu já tinha bebido toda a tequila, pensei que tivesse vendo
coisa demais, mas não era.
- Caren, Gaby, - George chama nós duas do lado do balcão e nos
apresenta.
- Esse é o Pedro, meu amigo da época da faculdade. - Olho pra ele e
digo, prazer, e Gaby diz o mesmo.
Lembrei alguns comentários do George da época da Faculdade sobre
um "amigo" que virou pegador depois
do término de um relacionamento de nome Pedro, e que este amigo
havia sido traído pela mulher da forma
mais horrível, ele a pegou com o amante na cama. Depois disto, ele a
processou e conseguiu uma boa
indenização e ficou com o apartamento pra ele. Segundo George, eles
moraram juntos há quase 2 anos, ele a
deixou sem nada.
George era Advogado e pelo visto, Pedro também.
Gaby toda eufórica dá 3 beijinhos em Pedro jogando todo o seu charme
em cima dele.
- Gato, o prazer é todo meu - ela fala tão espontaneamente.
- Bom, isso que é recepção, mas prefiro 2 beijos Gata, porque não quero
me casar de novo - ele fala
sorrindo.
Ele fala olhando pra mim como uma indireta e emenda.
- Agora a Caren eu já conheço George, ela é professora lá na Academia,
não é Caren?
Eu assinto, e volto para o balcão. Os três ficaram conversando enquanto
eu peço outra bebida.
- Caren, o que houve? Te senti incomodada - Diz George - Está pegando
alguma coisa que eu não saiba? -
Senti um clima tenso.
- Não, não, só acho esse Pedro insuportável, mas tudo bem, assim que
eu pegar a minha tequila vamos para
mesa?
Ficamos esperando a Tequila, acho que 10 minutos, talvez nem isso,
vejo Gaby e Pedro se atacando, o pior
que eles nem conversaram direito, não sei porque me senti muito
incomodada, irritada. Acho que precisa de
algum cara para me pegar daquela forma.
- Nossa, ele não perde tempo - George dá gargalhada.
Eu tomo minha tequila muito rápida, sinto meu corpo formigar - Vem
George, vamos para mesa, queria
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conversar com George sobre a Michelle, mas ele se antecipou.
- Caren, eu curto a Michelle, mas não estou preparado pra um
relacionamento a sério.
- Porque George? ela gosta de você e era tão bom quando estávamos
nós 3 juntos, vocês são a família que
não tenho - falo emocionada, deve ser o efeito da bebida.
- Eu preciso de tempo Caren, ainda tenho que organizada a minha ...
Somos interrompidos, o casal de "pombinhos" vem perto de mim. Eu não
tinha notado como Pedro estava
lindo naquela noite. Ele era moreno, olhos claros, barba por fazer e um
olhar, aquele olhar de hipnotizar.
Eles veem sorrindo, e logo Gaby diz:
- Gente preciso ir, vou pra casa do Pedro, ele me chamou pra gente ficar
lá, tá muito cheio aqui, minha
cabeça está explodindo.
- Gaby, você disse que queria curtição, por isso te chamei pra vir hoje -
George fala desapontado.
Eu olho pra Pedro, ele vem perto de mim e diz: - Professora, poderia ser
você se não fosse tão puritana, mas
Gaby não é de todo mal, essa noite promete, você não acha?
Eu saiu correndo para o banheiro e começo a chorar. Não sei porque
chorei, na verdade sabia mas não
queria admitir que me sentia atraída por ele, que eu queria que ele
tentasse hoje me conhecer melhor, como
se fosse a primeira vez que estivéssemos sendo apresentados.
Bom, eu já o conhecia quase 6 meses, tentei ao máximo não me
apaixonar, mas porque ele? Nunca gostei de
homem canalha, eu acho as atitudes dele horrível, como posso assim
mesmo me sentir atraída? Paulo era tão
educado, tão melhor que Pedro e mesmo assim não senti por ele o que
estou sentindo agora, acho que é
carência, não pode ser nada mais forte que isso.
O que eu faço agora? Como vou me explicar para George esse meu
rosto vermelho? E se eles estiverem lá?
Quando volto para mesa eles já foram embora, me sinto leve por não ter
que encarar eles juntos e também
por não saber ligar com Pedro falando comigo já que havia acostumado
apenas com olhares e guerras
verbais na academia.
- Caren, o que houve? - Não entendo vocês mulheres! A Gaby primeiro
me disse que queria virar a noite na
balada e depois que conheceu Pedro quis demonstrar o contrário, que
queria ir pra um lugar reservado sem
"barulho". E você... bom, prefiro não entender.
- Me desculpa George, não sei o que houve comigo...
- Vamos dançar, e vê se não chorar mais, senão você vai ficar horrível
com essa maquiagem.
Ele me puxa e fomos dançar... dancei até o meu pé doer, o efeito do
álcool já havia passado.
Naquela noite queria beijar alguém, não importava quem. Eu sai com um
vestido lindo, decotado, eu sabia
que eu estava atraente, mas naquele dia ninguém chegou em mim, me
arrependi de ter saído de casa.
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Fui embora no carro do George, pois tinha saído disposta a beber e por
isso não quis dirigir. Cheguei em
casa era quase 5 horas da manhã, minha cabeça só pensava o que ele
estaria fazendo agora.
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Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Tive uma noite terrível pensando no Pedro, não só nele, agora que o
"calor da emoção" havia passado, dei
conta que estava desempregada.
Havia dois dias que tinha pedido as contas, eu precisava urgente
atualizar o meu currículo e começar a
distribuir nas academias, escolas, enfim parada não podia ficar.
Meu telefone toca as 9:30, era o Luiz, da academia, um moreno alto,
casado, tinha 37 anos, ele precisava de
uma personal, ela queria perder peso porque estava com problema de
coluna.
-Caren é Luiz da academia tudo bem? Seu Antônio me passou seu
contato e me disse que agora você é
Personal.
- Nossa as noticias correm. - Falo de forma surpresa. - Sim eu estou
trabalhando nessa área agora, mas acho
que o seu caso também deve ser analisado por um fisioterapeuta.
- Vou procurar um fisioterapeuta também mas quero que me ajude a
perder peso primeiro. Eu estou
precisando dos seus serviços pelo menos três vez por semana, de
segunda, quarta e sexta, pode ser? Ou já
está com a agenda lotada? O meu horário no trabalho esta ruim, vou
pausar a academia e queria fechar com
você em horários mais personalizados, digamos assim.
- Eu quero sim, esses 3 dias são perfeitos pra mim. Eu agradeço a
confiança.
- Começamos na segunda-feira.
Nós despedimos e já estava emprega, agradeci a Deus por isso.
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Pedro
Bia insistiu em me encontrar no final de semana, mas sábado queria ver
a Caren, também me sentia atraído
por ela, mais do que eu pensava. Sentia falta dela na academia, mas
acho que era orgulho ferido de "macho
alfa" - Praticamente tinha saído com quase todas as meninas da
academia, incluindo as professoras. - Ela
não, não quis me conhecer, não quis nada comigo, ainda pediu as
contas, me sentia desafiado.
A Bia chegará às 22:00h, sei que terei uma noite de sexo prazerosa, mas
a havia duas semanas que a Bia
começou a pegar no meu pé dizendo que estava disperso, que eu não
havia com frequência como antes. Era
verdade! Eu tinha certeza que ela tocaria no assunto estando aqui em
casa.
Comprei um vinho, comprei petiscos e pontualmente ela chegou.
- Oi amor, estava me esperando?
Ela estava com um vestido estigante.
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Ela me beijou, eu retribui - abrimos o vinho.
- Não demorou muito pra ela falar:
- Pedro, precisamos conversar. Estamos há 7 meses juntos e você não
assumiu nosso relacionamento. Pedro
eu te amo e não sou a Débora, porque não ficamos juntos?
- Bia já conversamos sobre isso, gosto de minha liberdade. Faço o que
quero, na hora que quero. Semana
que vem tenho uma audiência no Rio, quero conhecer a noite carioca,
sem precisar dar satisfação pra
ninguém Bia. Você deveria fazer o mesmo, você é linda, gostosa porque
não vive sua liberdade? Pra que
compromisso a sério?
- Eu que te pergunto Pedro, porque você não quer um compromisso a
sério? Por medo? Você usa essa "tal
liberdade" pra se esconder do medo de se relacionar e se dar mal de
novo.
- Bia não estraga a nossa noite.
Eu sabia o que eu tinha que fazer, ela já tinha dito as palavrinha
mágicas, "eu te amo" - eu tinha que parar
por ali
- Bia, se que continuar comigo, vai ser assim, não sei se vou mudar, é o
que quero pra hoje. Você que passar
a noite comigo?
- Pedro sinto muito, pra mim não dá mais. Achei que você me vendo
assim toda linda pra você, te faria
pensar. Achei que esses meses juntos valessem a pena tentar uma
conversa mais séria, mas vejo que não.
Também não vou dormir com você hoje, pra mim chega.
Ela vira as costas pega a bolsa no sofá e vai embora batendo a porta.
Me resta tomar o vinho sozinho, e pensar na noite de amanhã. Pelo
menos com a Bia foi diferente, não
precisei mandar ela embora, ela desistiu de mim por si só. Me sinto
menos mal quando não tenho que
mandar ninguém embora como foi com a amiga do George, nem lembro
o nome dela mais.
Capítulo 6
Capítulo 7
Eu cochilei várias vezes, na verdade eu estava esperando clarear um
pouco para pedir o meu táxi, não
queria correr o risco dele me mandar embora. Como uma mulher
apaixonada, fiquei olhando ele dormir,
percebi que nas costas dele havia uma tatuagem com o nome de
Débora, fiquei chateada com o que vi mas
estava tão cansada que peguei no sono de novo.
Quando acordei era quase 10:00 - Olho pro lado da cama ele não está.
Ele sai do banheiro e me olha, eu não sei como reagir ontem estava mais
a vontade, a bebida nos
proporciona isso, mas enfim, não consegui encará-lo.
Eu me levantei rapidamente e me antecipei. - Pedro, eu já vou embora,
vou ligar para o táxi.
-Ele deu de ombros e não respondeu.
Eu sabia que seria assim, pego as minhas roupas e vou para o banheiro.
Quando eu saio do banheiro ele não
estava mais.
- Pedro? Pedro? - Ninguém responde.
Vi um bilhete na mesa: "Esses e o meu número, quando quiser uma
transa pode me procurar. Vou tomar café
na padaria, não te chamei porque você tem seus compromissos e eu
tenho os meus, não se ofenda eu sou
assim, - prazer, Pedro."
A porta estava aberta, então entendi isso como um sinal, peguei o
elevador e comecei a chorar; - chorei de
soluçar com o bilhete na mão.
Entrei no primeiro táxi enxugando as lágrimas, me senti usada, mas
sabia que eu mesmo me deixei usar.
Cheguei em casa dormir a tarde inteira.
A Mii me ligou e eu contei tudo pra ela. Acabei ouvindo o que eu não
queria
" - Caren, como pode fazer isso com você? - Você sabe como ele é! Em
segundo lugar, sua noite tava
perfeita até antes desse ordinário chegar, você poderia ter fechado com
chave de ouro ficando somente com
o Caio. Ele te adorou, falou com o George que quer sair com você de
novo e que se vocês continuarem
saindo, ele cogita em até te pedir em namoro.- Caren amiga, você sabia
da Gaby como pode se arriscar
assim?"
Eu só soluçava. Agora que passou a euforia, a bebedeira, vejo que
transamos de forma selvagem e que a
forma que ele me tratou quando acordamos foi horrível.
- Ele não foi carinhoso comigo Mii, ele me tratou como uma qualquer.
- Que raiva Caren, nem vou comentar com George senão vai dar merda.
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- Nao, esquece! Não fale para o George não, eles são amigos. Uma
coisa é a amizades deles a outra eu como
ficante dele.
Depois que desliguei, voltei pra cama e não fiz mais nada o dia todo.
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Quinze dias se passaram e faltam quinze para o casamento de Michelle
e George.
Eu era madrinha então ajudei na organização e escolha do buffet,
decoração e DJ.
Meu presente era a viagem de Lua de Mel para o casal.
Na semana tinha tempo livre pra ajudá-la na mudança, até porque o meu
trabalho como Personal permitia.
Eu estava gostando de trabalhar alguns dias por semana, era tranquilo,
sem estresse.
Tinha pego uma boa grana com o Sr. Antônio pra ajudar no casamento
dos meus amigos e tive sorte que
esses dias que se passaram não vi o Pedro, nem mesmo quanto fui na
academia.
Soube que ele tinha voltado do Rio e que teve sucesso na audiência da
guarda de uma menor de idade, ele
conseguiu convencer o juiz que o pai tinha condições de cuidar da
criança melhor que a mãe. Ele era bom no
que fazia.
Às vezes George falava dele, então sabia algumas coisas que
aconteciam, algumas boas outras não.
Um dia a noite peguei o telefone que ele me deu e anotei nos meus
contatos e a foto de perfil do whats era
dele no Rio perto da estátua do Cristo Redentor, ao lado de uma gringa. -
Me senti muito mal.
Acabei ligando para o Caio de tanta raiva mais caiu na caixa postal.
Melhor assim, não podia continuar
agindo por impulso.
Nunca mais sai com Caio, tive remorso de tudo que ouvi da Michelle e
também por ter saído com Pedro.
Eu sabia que iria encontrá-los? no casamento dos meus melhores
amigos, mas teria que conviver com isso,
afinal o nosso ciclo de amizade são os mesmos.
Entrei no Facebook, havia uma solicitação de amizade. Adivinha? De
Pedro e também da Gabi, acabei
aceitando de ambos.
A despedida de solteiro estava marcada pra esse final de semana. O
Georges sairia com os rapazes para
Atenas e nos mulheres, iríamos num Karaokê.
Esses últimos dias me sentia cansada, acho que era a agitação do
casamento.
Chegava em casa, só queria dormir nem apetite eu tinha. Acabei indo
dormir porque precisava me poupar,
esse final de semana prometia.
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Pedro
Depois de 15 dias achei que Caren me ligaria, mas nem sinal dela,
mesmo que fosse só pra ficarmos.
No dia que ficamos na balada, antes de vê-la beijando um cara eu fui
direto pra pista de samba.
Assim que eu cheguei Michelle e George me abordaram dizendo que a
Caren estava com o Caio pra eu ficar
longe dela, - que ela era moça de família, disseram também que ela teve
um único namorado de nome Paulo,
que morava sozinha porque os membros da família cada um vivia por si,
- que ela não tinha perdido a mãe
há 5 anos, pra eu desistir de qualquer envolvimento que pudesse magoá-
la.
Eu comecei a ficar com dor de cabeça só de ouvir tudo aquilo.
Acabei desconversando, eu disse que iria pegar uma bebida na pista de
baixo e vejo ela toda safada,
diferente de tudo que tinha ouvido - "moça de família" não "quase" transa
em público.
Depois da Caren fiquei com uma mulher de nome Emma, ela era gringa,
mas não sei o que houve comigo,
simplesmente não parava de pensar na Caren. Será que esse
pensamento tem haver com o fato de ser alguém
que eu deva ficar "distante"? - E justamente por isso tenho me
interessado? - Minha cabeça está dando um
nó.
Hoje é o dia da despedida, os homens irão pra um lado e as mulheres
pra outro, mas gostaria de encontrá-la
no final da noite.
Queria repetir o que aconteceu, sei que é errado. Eu tratei ela como
todas, mas agora minha cabeça ficava
martelando o que eles me disseram sobre ela, mas independente de
quão legal ela seja, não quero me apegar.
Evitei demais várias mulheres mas estava decido voltar a "ativa" ficar
com uma só, isso não é coisa pra
mim, não mais.
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Caren
Me arrumei muito bem naquela noite.
Estava com um vestido preto, decotado e que caiu como uma luva no
meu corpo. Me maquiei bem com um
sombra bem escura e passei o meu perfume predileto.
As meninas passariam aqui as 23h, então ainda deu tempo de arrumar o
meu cabelo e fazer alguns cachos nas
pontas. Desci na portaria e liguei pra Mii.
- Mii, já estou aqui em baixo, você já está chegando?
- Caren o George vai buscar a Natasha e você e mais algumas meninas
no caminho. O meu carro já está
lotado. Os meninos estão ajudando e vão levar a gente depois vão para
role deles.
- Não precisa Mii eu vou com o meu carro então.
- Cá, eles já estão a caminho.
- Eles quem? - Você sabe quem está com o George?
- Cá nem perguntei para o George, tem uma galera mas posso ver se
quiser, acho que sei o porquê está me
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perguntando isso.
- Mii, deixa pra lá, seja quem for, superei essa situação, já é passado. -
Menti pra Michelle, não queria
estragar a noite dela com as minhas coisas pessoais.
Dito e feito, quando vejo eles chegando lá estão: George com Silas
(conhecidos do bairro) e Gaby - No
outro carro, Pedro , Natasha e Gustavo.
Eu cumprimentei todos e sinto o meu rosto arder porque o Pedro estava
me olhava de uma forma "sul real".
Então, quis me mostrar indiferente e perguntei do Caio.
- Ele não vêm, está de férias e foi para o exterior, respondeu George.
- Digo: É uma pena.
-Você pode ir com Pedro? Preciso pegar outro pessoal.
Não tinha escolha, entrei no carro e fomos para o Karaokê. No caminho
Gustavo estava na frente
conversando com Pedro sobre carro e moto e Natasha estava no
telefone com alguém. Fiquei quieta o
caminho inteiro.
- Caren, Natasha - vamos passar aqui depois da balada pra pegar vocês
blz? - diz Pedro.
- Eu vou de táxi - não precisa. - respondo de imediato.
Chegamos. O lugar estava cheio.
Gustavo ficou no carro e Natasha agradeceu os meninos e foi para a
entrada do local.
Pedro saiu do carro - Preciso falar com você - ele disse tocando em
meus braços.
- Essa não é a hora Pedro - ele me interrompe, me puxa e me beija.
- Eu o empurro - O que você quer Pedro? Me deixa, você já me usou o
que quer mais?
- Quero você de novo, essa noite! - Não vou deixar você ir de táxi.
Eu não consegui dizer nada, eu estou parecendo mulher de malandro
porque no fundo eu queria também.
- Pedro, eu não quero. Não quero acordar com um bilhete infantil e você
não estar lá. Não quero ser
humilhada como você faz com todas que se envolvem com você, não
quero. Encontre alguém no Atenas e
leva pra sua casa e faz a sua diversão e me esquece.
- Caren, quero você hoje, não vou com mais ninguém se não for com
você. Prometo que não vou te deixar no
dia seguinte (caramba o que eu estava falando? - estou quebrando
minhas próprias regras). Me desculpa!
Não acredito no que ouvi, ele me pedindo desculpa.
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- Bom, posso ir pra sua casa mas não vou dormir lá, se quiser assim tudo
bem, senão, não!
- Tudo bem, até mais tarde.
Ele entra no carro e vai embora.
Natasha me chama - Caren, vem logo!
Quando eu entrei já tinham várias amigas da Mii. Algumas eu conhecia e
outras não.
Logo depois, chegou a Gaby, Estela e mais duas amigas delas que não
conhecia.
Arrumamos uma mesa maior, pegamos as pastas e começamos a
escolher as músicas. Não parava de pensar
no beijo, em Pedro, até que Gaby veio perto de mim.
- Oi Caren tudo bem?
Tudo Gaby e você?
- Posso me sentar perto de você? Queria te alertar sobre o Pedro, o
George me comentou que ele anda atrás
de você, quer seu contato e tudo mais não é?
- Gaby, essa não é a hora, eu não tenho nada com Pedro, e
sinceramente, sei o que houve entre vocês e juro,
foi horrível. Não desejo isso pra mulher nenhuma e...
Ela me interrompe.
- Caren, você não sabe de nada. Você não sabe como me sinto. Ele vai
te usar e te chutar como fez comigo e
com a Bia da academia.
Você conhece a Bia? - eu fico surpresa.
- Sim, eu comecei fazer academia logo depois que sai com Pedro. Ele
tem ido muito menos lá, mas peguei
amizade com a Bia e ela me contou o que ficou com ele quase um ano e
ele a chutou.
-Fica longe dele Caren, seja diferente.
Ela se levanta e pega o microfone porque era a música que ela iria
cantar.
A noite passou rápido, eu bebi um pouco mas comecei a sentir meu
estômago embrulhar, acho que eu comigo
alguma coisa que não caiu bem.
Procurei não pensar se Pedro estava com alguém na balada.Toda vez
que pensava isso eu sofria.
Eu cantei 3 músicas e me diverti bastante, lógico, tirando a conversa
chata com a Gaby, a Mii estava
radiante, conseguia enxergar a felicidade no rosto dela.
Já era três da manhã quando os meninos entraram. Mii pula em George
e eles se beijam. Todos gritam e vejo
Pedro me fitando com as mãos nos bolsos.
Ele pega uma bebida no balcão e vem em minha direção e fala no meu
ouvido: Que tal irmos agora?
Capítulo 8
Capítulo 9
Pedro
Voltei pra festa irritado. Ela não voltou comigo e agora brigamos como se
fôssemos namorados, isso é
ridículo.
Todos perguntaram dela, inclusive Caio. Eu acabei dizendo que ela
passou mal e por isso foi embora.
Michelle veio me perguntar se eu era o culpado, eu disse que não.
Eu sabia sim,foi meu estilo arrogante, não medi minhas palavras, enfim a
noite estava um desastre.
Quando a festa acabou fui levar Natasha embora. Não queria nada com
ela, nem sei porque a beijei, acho
que queria mostrar para Caren que depois da gente ter saído a fila
estava andando. Era foram de responder a
ela que não deveria se apegar a mim, essa era a minha regra.
Quando estacionei na frente da casa da Natasha ela pulo em cima de
mim dentro do carro. Nos beijamos e
quando eu abri a minha calça, eu disse: Vem Cá...
- O que você disse Pedro? Você me chamou de outro nome.
- Eu não disse nada Natasha, estou cansando e você bêbada, deve ter
ouvido outra coisa.
- Eu iria te chamar gato pra entrar, mas quando você souber quem eu
sou realmente. - Ela bateu a porta do
meu carro e foi embora.
- As coisas estavam fora do controle
Liguei pra Bia, ela me atendeu e disse que iria pra minha casa. Precisava
de um corpo que eu já conhecesse,
alguém que me fizesse sentir a vontade, precisava transar com alguém
para parar de pensar na Caren. - Eu
não estou apaixonado, repeti isso no carro várias vezes como um
mantra. Não só quero me convencer disso,
como sei que se até hoje eu não me apaixonei? pela Bia que passei
muito mais tempo, não seria a Caren que
faria me apaixonar.
Chego em casa coloco duas taças de vinho e a campainha toca.
- Bia você está linda! Ela entra me beijando, você mudou de ideia não é
gato? Vai aceitar nosso
relacionamento? Diz que sim, vai.
Ela tira a roupa e o meu telefone toca.
Eu não atendo e vou pro quarto colocar uma roupa mais a vontade.
Ouço a Bia dizendo.
- Alô, quem é?
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Eu fico calada mas logo respondo, é a Caren. É você Natasha?
- Não é a Bia.
- Bia? Mas... Ela estava com a Natasha quase agora na festa.
- Garota se toca, ele me chamou aqui porque voltamos, ele é meu
namorado agora, não liga mais pra ele, por
favor. - Desliga o telefone.
- O que você fez Bia?- Quem era no telefone?
- Adivinha, a Caren, você está pegando ela também?
- Sai da minha casa agora Bia, você não muda mesmo. Não sou seu
namoro e não vou ser.
Ela saiu furiosa, se veste e sai me xingando muito.
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Caren
Eu comecei a chorar e corri para o banheiro de novo.
Eu tinha decidido ligar pra ele porque não estava em condições de dirigir,
não sei porque liguei pra ele.
Acho que me assustei por ter dormindo ao lado do vaso, eu precisava de
ajuda.
Chorei muito, não atendi as ligações dele.
Passou quase uma hora ouço batidas na porta. Meu Deus, só podia ser
ele.
Abro a porta e acertei. - O que você quer? Como conseguiu subir sem
interfonar?
-Falei para o porteiro que tinha esquecido minha carteira e que você
estava me esperando.
- Eu não estou me sentindo muito bem, mas foi um erro ter te ligado. Não
queria atrapalhar sua noite.
- Caren, vocês? não atrapalhou a minha noite, a Bia é louca, eu não
estou namorando com ela.
- Pedro, não precisa me dar satisfação da sua noite com as "suas
mulheres". Eu achei que pelo horário você
ainda estivesse acordado ou na festa sei lá, iria te pedir pra me levar no
medico e também te pedir desculpas
por ter mandado você? embora daquele jeito da minha casa.
-Minhas mulheres? Do que está você falando Caren? - Não vou me
explicar porque você não entenderia.
- Ótimo já disse que não precisa.
- Se troca vou te levar agora no médico
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Chegamos no hospital ele me deixou na entrada.
Eu insisti pra ele ir embora, já era quase dia, pegaria um táxi na volta.
Na recepção deixei meus documentos, sentei na cadeira exausta.
Tinha algumas pessoas na minha frente e quando me chamaram, passei
pela triagem, mediram minha pressão,
estava uma pouco baixa porque eu estava com a barriga vazia.
Volto para sala de espera e depois o médico me chamar
- Caren de Albuquerque
- Oi Caren sou o Dr. Manoel o que você está sentindo?
- Dr. Há um mês acho venho passando muito mal, moleza no corpo e
muito vômito. Eu vomito por tudo,
quando sinto cheiro de perfume forte, quando olho pra alguma comida
diferente. Também tenho sentido
muita dor de cabeça.
- Sua menstruação está atrasada?
Pensei um pouco e realmente estava mais era coisa de 7 dias acho.
- Dr. Não estou grávida, me previno sempre.
- Bom, vou pedir um exames de sangue e urina, quando ficar pronto você
volta aqui.
Sai da sala e coletei todos os exames. O ruim era ficar esperando mais
de duas horas. Nesse meio tempo sai
e comi um lanche rápido numa lanchonete em frente ao hospital.
Meu telefone toca era a Michelle.
- Oi Mii bom dia.
- Oi madrinha desnaturada, fiquei preocupada com você.
- Estou bem Mii curta sua viagem amiga. Me perdoa por sair da festa
daquele jeito.
- Se eu não fosse tão sua amiga estaria com muita raiva.
- Aonde vocês estão agora?
- Estamos no aeroporto esperando o embarque.
- Eu estou aqui no hospital, esperando o resultado dos meus exames.
- Cá, me liga assim que sair daí, queremos saber notícias de você.
- Mii não vou ligar pra vocês na lua de mel. Fica tranquila, espero vocês
chegarem, estou bem melhor agora.
- Não está bem não. Se estivesse não estaria no hospital. Não aceito não
como resposta. Liga pra gente
quando sair - bjs tenho que desligar.
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- Eu voltei pra sala de espera e logo me chamaram.
- Oi Dr. Licença.
- Fecha a porta.
-Sra. Caren seu exame de urina está normal mas o de sangue você está
com as plaquetas baixa, um pouco de
anemia e sobre a minha suspeita de gravidez, sim a Sra está grávida.
- Não Dr. Não posso estar grávida.
- Mas está! Sugiro que comece a se cuidar agora, principalmente da sua
anemia. Inicie seu pré-natal? com
seu médico ginecologista.
Ah! Meus parabéns.
Eu começo a chorar, agradeço com a cabeça, mas tentei não
transparecer que meu choro não era de alegria e
sim de tristeza. Eu liguei novamente para Michelle mas acho que eles já
tinham embarcado.
Capítulo 10
Pedro
Eu estava cansado, depois do casamento do George eu foquei muito no
trabalho. Já se passaram cinco dias,
minha vida estava normal trabalho, casa e nada de mulher.
Estava farto de todas, sem exceção. Cansei dos joguinhos, acho que
seguirei o conselho dos meus pais,
arrumar uma mulher e sossegar o facho.
Mas sempre que pensava nisso, lembrava de Débora. Como é ruim se
entregar numa relação de corpo e alma
pra depois ficar vulnerável.
Tinha uma audiência a tarde depois iria pra minha casa de praia. No
caminho do trabalho avistei Caren
saindo de um loja infantil com roupas de bebe junto com um cara, eles
estavam dando risada.
Fiquei com raiva, acelerei cantando pneu.
Cheguei no meu escritório, pedi pra minha secretária separar os
processos pendentes, estava sem cabeça pra
nada.
Fui para primeira audiência sobre a custódia de um garoto de 3 anos. Os
pais usuário?s de drogas, os avos
estavam pleiteando a guarda. Tivemos sucesso na primeira audiência,
mas ainda era cedo para comemorar.
Quando eu saí de lá, liguei para Caren. Ela não me atendeu. Como era
sexta-feira, decidi descer pra praia,
passei em casa coloquei algumas peças de roupa na mala e peguei a
estrada.
Vinte minutos depois ela me retorna.
-Alô! Caren, oi
- Oi Pedro, você me ligou?
-Liguei sim, queria saber se você está bem, nunca mais nos falamos.
- Sim estou... A Michelle e o George voltaram hoje de manhã e vou
passar na casa deles mais tarde.
Ok.
Eu não sabia o que dizer pra ela...Estou indo viajar pra praia, então
mande lembranças pra eles por mim.
Ela se despediu e desligou.
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Caren
Eu estava preocupa todos desses dias, de como falar para Pedro, como
falar para o meu pai e para o meu
irmão, eu estava esperando meus amigos voltarem de viagem, queria um
conselho.
Eu não queria que Pedro ficasse comigo por obrigação, mas não queria
cuidar dessa criança sozinha.
Hoje resolvi comprar a primeira roupinha do meu bebê. Meu vizinho
Jayme era gay, ele foi o primeiro a
saber da gravidez, eu tinha que contar pra alguém senão enlouqueceria.
Trabalhei pela manhã e quando foi a tarde Jayme foi comigo a loja de
roupa, ele era amigo da dona da loja e
disse que iria me levar e tentar um desconto especial. Acabei gastando o
que não podia, comprei vários
roupinhas de cores neutra, pois não sabia o sexo do bebe.
A noite fui na casa dos meus amigos, cheguei lá, pediram uma pizza,
falamos por quase um hora sobre a
viagem, eles me mostraram as fotos que eles tiraram.
Quando tomei mais um gole de refrigerante e mordi um pedaço da pizza,
sai correndo para o banheiro.
Quando voltei, os dois me olhavam, eu logo emendei - gente eu estou
grávida!
- O que você está falando, Caren? Não acredito.
- Aí meu Deus, não vai me falar que é do Pedro.
- Você está louca Michelle, a Caren não gosta do Pedro - George se
expressa rapidamente.
- É do Pedro sim. - não sei como aconteceu, nos cuidamos das duas
vezes mas... começo a chorar
despertada. Eu não sei o que eu faço, não sei como contar para os meu
pais, por isso, vim aqui.
- Caren você já falou com o Pedro? Ele ligou para o George na nossa lua
de mel. Você sabe que eu não
gosto dele, pela forma que ele trata as mulheres, enfim, mas você
precisa falar com ele.
- Eu sei Mi, hoje ele me ligou mas não? tive coragem.
- Quando se falaram?
- Hoje, acho que ele está indo para a praia.
- Mais porque ele te ligou? Vocês não estavam brigados?
Eu dei conta que nem eu sabia o motivo - respondi: Ele disse que queria
saber se eu estava bem.
- Espera aí, o Pedro te ligou somente pra te dizer isso? - George fala
surpreso.
- Sim, respondi.
- Ele nunca liga pra mulher nenhuma pra saber se está bem, ele só liga
se for pra transar.
- Nossa quanta sensibilidade, amor.
- Eu vou embora, preciso ir pra casa. - falo levantando.
P 11-2
- Bom acho que até agora eu não me pronunciei. - fala George um tanto
sério.
- Caren eu gosto de você como minha irmã. Você sabe que isso foi uma
loucura mas já está feito. Você e
mais ninguém decide se deseja manter essa gravidez ou não.
- George o que você está me falando? Eu vou dar continuidade sim a
essa gravidez - falo irritada.
- Então acho que vai sofrer, eu não gostaria de presenciar isto, mas...
- Amor, acho que está sendo insensível com ela.
- Tudo bem, eu já estou indo não quero atrapalhar vocês - não atrapalha
- Michele prontamente responde.
- Não vai agora não amiga fica mais.
- Eu ligo depois.
Vou em direção a porta, me despeço e saio rapidamente.
Fiquei super triste com George cogitar eu não ter o meu bebê, mas pra
ele falar isso, acho que ele conhece
bem o amigo que tem.
Capítulo 11
Passei na casa da Bia ante de ir para praia, precisa conversar com ela.
Não levava ela a sério, mas a
considerava como amiga, ela me conhecia de verdade.
Buzinei ela saiu pra fora - pediu para eu esperar
Neste meio tempo liguei para o George queria saber da Caren, de forma
indireta, mas não descobri nada,
mas algo me intrigou, ouvi a Michelle no fundo dizer "não fala pra ele
nada sobre a Caren, deixa que ela
mesmo fala." - O que ela quis dizer com isso?
A Bia atravessa a rua com um micro short, me deu desejo só de olhar.
- Oi Pedro, o que quer?
- Quero você na praia comigo hoje. Fui grosso com você aquele dia
porque você mereceu. - você sabe que
não namoramos, não gosto que peguem o meu telefone e ainda tomem
atitudes por mim.
- Ah é? Bom Pedro, estou cansada de você me usar e desfazer quando
quer. Soube da Gaby, a conheci na
academia, e sinceramente, achei que você só ficasse comigo.
- Se eu ficasse só com você isso não seria "só ficar" isso se chamaria
namoro.
- Bia, gosto de você, você me satisfaz, curte comigo hoje, vamos relaxar
vai? - Quero você hoje!
- Bom, eu vou mas desde que você pense sobre a gente.
- Você quer tanto namorar assim? Eu não te amo e você sabe...
- Eu faço você gostar de mim, só te peço uma chance Pedro.
- Bia vamos conversar sobre isso lá, pode ser?
Ela me agarra com força e me beija com um selinho. Vou pegar as
minhas coisas.
Cheguei na praia era quase no final da tarde e a primeira coisa que fiz foi
dar um mergulho, a Bia ficou
esperando no carro porque não tinha sol, ela não quis entrar.
Quando mergulhei, pensei em Caren, quem era aquele cara que estava
com ela? Ela não perde tempo -
mulheres todas iguais!
Voltei pro carro e fui para casa. A Bia colocou a comida no fogão, fiquei
observando ela cantando, o som
estava alta.
Ela vem até a mim dançando, tirando a roupa toda sensual. Nos
beijamos e fizemos sexo na sala.
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Ela estava em cima de mim quando perguntou se iríamos namorar.
- Ok. Bia, você venceu, vamos tentar um namoro - tentar, não prometo
que isso vai dar certo.
Ela me beija e fomos jantar.
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Domingo a noite a Mii e eu combinamos de ir para o Shopping. - Senti
que ela queria estar perto de mim de
alguma forma e resolvemos comprar algumas roupas e almoçar juntas.
- Cá, quando você vai falar para o Pedro?
- Não sei Mii, nem sei se devo falar. Ele não se importa, ele é frio, vai ser
assim com o bebe também prefiro
me poupar e poupar nosso filho.
- Você está sendo injusta, dá um chance pra ele reagir Cáren, não gosto
dele mas vai que ele mude por essa
criança.
- Eu quero alguém que goste de mim e não que mude forçadamente.
Quando chegamos na praça de alimentação, vejo Pedro e Bia. - Essa
não.
- Calma Caren.
- Ele está com ela em público. Não acredito - falo de uma forma
indignada.
Avistei os dois de mãos dadas um de frente para o outro.
- Cá, eu vou lá falar com eles.
- Você não vai não.
- Ele precisa saber de você, dessa criança e parar de ser esse galinha,
arrogante.
- Você não tem o direito de falar nada Mii, eu que devo dar a notícia e
não você.
- Mas vou lá mesmo assim, fica aqui já volto.
Eles estavam se beijando quando a Michelle parou na frente deles, eu
estava distante, não conseguia ouvir
nada, comecei a roer as unhas.
- Oi Pedro tudo bem?
- Michelle, como vai - me levanto e beijo a rosto dela, essa é a Bia, minha
namorada.
- Ah... sua namorada? Prazer, Michelle. - Eu não sabia que estava
namorando, porque não foi com ela na
minha festa.
- A gente começou a namorar agora, esse final de semana. O George
está bem? Você veio com ele?
P 12-2
- Não vim com a Cáren, ela está ali na mesa.
De longe ele me olha, meu Deus o que a Michelle está falando pra ele.
- Bom deixa eu ir almoçar, estou morrendo de fome. Parabéns pelo
namoro - quando estou saindo ele
pergunta:
- Michelle espere - ele se levanta da mesa e fala bem próximo para a Bia
não ouvir - eu quando liguei para o
George ouvi você dizer pra ele não me falar nada a respeito da Caren,
está acontecendo alguma coisa que eu
não saiba?
- Bom Pedro, se você não sabe é porque não está perto dela o suficiente
pra saber, concorda? - Aliás,
esqueci agora você é comprometido. - Só te falo um coisa, esquece a
Caren, você está com alguém que te
merece.
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- Mii, o que você disse pra ele?
- Nada, ele me ouviu falando no fundo do telefone para o George que
não era pra contar nada pra ele.vEle
queria saber o que era.
- O que você disse?
- Eu disse que se ele não sabe é porque não está perto você o suficiente
pra saber.
- Ai meu Deus, ela vai querer saber o que é agora.
- Cá, não vai. Ele está namorando com essa tal de Bia.
- O que?- Ele disse que não estava quando foi na minha casa depois da
sua festa.
- Sim, é verdade. Ele disse que assumiu namorado esse final de semana
na praia.
Eu começo a chorar, mas bem baixinho. Não queria que ele percebesse,
já estava pensando como se levantar
e não atrair olhares.
Pedro.
- Amor, o que disse pra essa tal de Michelle que eu não possa saber? -
Bia pergunta.
- Nada Bia, coisas do casamento dela, eu fui padrinho, por favor, sem
perguntas.
- Porque está de mal humor? - Ah, não acredito que é pela Caren, você
está afim dela?
- Deixa de ser criança Bia, estou com você não estou?
- Desculpa amor, é que tenho tanto ciúmes de você. Essa idiota da
Caren te ligando quero que essa garota se
exploda, odeia ela.
- Não fala assim dela. Você a conheceu na academia, sabe que ela é
uma pessoa maravilhosa.
- Você está defendendo ela? Não acredito.
- Não estou, só estou sendo justo.
Olho para Caren ela parece triste, só poderia ser porque ela estava me
vendo com outra.
- Vamos embora Bia.
Nos levantamos e fomos embora.
Capítulo 12
Eu cheguei em casa arrasada. Meu pai viria para o Brasil mês que vem
junto com o meu irmão eu realmente
não sabia o que fazer.
Pedro estava se dando uma chance. Nós transamos, saímos 2 vezes e
nada mais. Como explicar essa
gravidez se nos cuidamos?
Chorei horrores, estava sem fome nenhuma, meu telefone toca era
Pedro.
- Alô
- Oi Caren é o Pedro, podemos conversar.
- O que você quer?
- Conversar..
- Sobre?
- Posso ir ai?
- Já são quase dez da noite, acho melhor..
- Até daqui a pouco - ele desliga o telefone na minha cara.
- Arrumei a casa, entrei no banheiro, passei um pó na cara pra disfarçar
o choro.
Ele estava a caminho. Meu Deus o que faço? - Pensa Caren, Pensa
Caren.
Me arrumo com um vestido bem solto e curto - No fundo estava
querendo provocá-lo, - me perfumei, fiquei
esperando na sala impaciente.
O interfone toca - Pode subir - aviso a portaria.
A campainha toca - abro a porta.
Ele estava lindo: calça jeans, camiseta regata, cabelo maravilhoso.
- Oi boa noite Caren.
- Oi Pedro.
- Entra - Você quer uma água ou um café?
- Aceito uma água.
P 13-1
- A que devo a visita essa noite?
- Caren, percebi que estava mal no shopping hoje a tarde, como disse
quando nos conhecemos, não sou um
cara ruim, tenho problemas com mulheres mas não sou ruim.
- Problemas? Não acho que tenha mais nenhum problema, alias tem
apenas um agora já que está namorando.
Não vai precisar conviver com varias mulheres problemáticas atrás de
você.
- É sobre isso que eu também quero falar - Aquele dia que vim aqui eu fui
sincero com você, não estava com
a Bia.
- Eu sei, já soube. Pedro me poupe, você não precisava vir se justificar. -
A Mi já me disse que você
assumiu seu namoro esse final de semana. Acho melhor a nossa
conversa termina por aqui.
- Vai me expulsar de novo da sua casa? Se fizer isso eu não volto mais.
As palavras dele me cortou.
- Está tarde, levanto cedo e...
Ele se aproxima de mim, toca no meu rosto eu dou um dou um passo
para trás.
- Você estava chorando?
- Na não...
- Você gagueja quando está nervosa... ou mentindo.
- Não, não estou chorando e nem estou gaguejando.
- Foi por mim que chorou?
- Pedro, para de se aproximar - encosto na parede.
- Ele me olha e me beija, me beija diferente...
Eu o empurro - O que você pensa que está fazendo?
- Te beijando.
- Não quero, não te quero, você namora que falta de respeito com a Bia.
- Desculpa, não resisti.
- Você é assim com todas? Como pode?
- Só com quem me interessa.
- Então porque namora se não pode ser fiel?
P 13-2
- Caren, me desculpa e vim aqui porque você me disse que eu estava te
usando como usava a Bia. Então
resolvi dar uma chance pra ela, não mais usá-la, queria que soubesse
que também posso levar alguém a sério
e...
- Não quero ficar mal com você, frequentamos os mesmos ambientes,
somos padrinhos e temos amigos em
comum.
- Você só pede desculpas... desculpas, você vai me pedir desculpa por
ter me engravidado também?
O silencio pairou.
- O que? grávida? De mim?
- Sim. Pedro estou grávida de você.
- Não mesmo, você está louca? Nos cuidamos, usei preservativo.
- O que quer dizer?
- Que esse filho não pode ser meu.
- Você que está louco. Não tive ninguém depois de você, não sou
qualquer uma.
- Eu te vi no Atenas daquela vez...
Eu viro um tapa na cara dele.
- Porque fez isso? Você está descontrolada.
- Saia daqui agora. Não preciso de você, fica com a sua namoradinha
piriguete que mostra o rabo dela pra
todo mundo me esquece, esquece seu filho seu babaca.
- Olha aqui Caren, se o filho for meu, ele vai ficar comigo agora se não
for você vai se arrepender por
querer jogar essa responsabilidade pra mim. - Se fosse meu, você teria
me procurado antes, não ficaria por
ai andando com outro homem.
- Você está louco, que homem?
- Te vi saindo de uma loja de roupa infantil com um homem, está tudo
explicado agora.
- Meu amigo é gay.
- Porque não me contou antes? Como vou saber se é verdade? Só me
falou porque eu te procurei ou isto é
mais uma cena porque me viu com a Bia? Está com inveja do meu
relacionamento e inventou essa história?
Começo a chorar na frente dele, de forma desesperada.
- Pedro, me ouça, eu não sei como isso foi acontecer, eu juro que eu não
queria. Não sei se a camisinha
estourou, se foi aquela vez que eu fui pra cima de você e você estava
sem preservativo, pra mim foi uma
P 13-3
surpresa. Estou com medo, não precisa ficar comigo, não estou com
inveja de você e da Bia, juro.
Ele anda de um lado para outro.
Desde quando você sabe da sua gravidez?
- Daquele dia que você me levou para o médico.
- Você não me falou nada, porque Caren?
- Eu tive medo, medo de você não aceitar, medo apenas medo.
- E pretendia esconder até quando?
- Não sei, não queria te contar ainda mais mais quando você assumiu a
Bia.
- Me desculpa Pedro, meu pai vem mês que vem, meu irmão também e
eu esperei a Mii e o George
chegarem, eu queria um conselho deles.
- A minha gravidez é de risco, estou com anemia e comendo muito mal.
- Para, você está grávida, precisa se alimentar - fala irritado.
- Vou embora, quero pensar como vamos fazer, te ligo amanhã.
Sento no sofá tremendo, coloco a mão na minha barriga - seja o que
Deus quiser.
Capítulo 13
Capítulo 14
Caren
Havia dois dias que eu estava no hospital, o sangramento parou, minha
pressão estava normalizada.
Hoje teria alta com certeza, o médico passou pela manhã e me passou
várias recomendações sendo uma
delas o repouso absoluto.
Alguns minutos depois entra Michelle.
- Oi Cá, boa tarde amiga, como está E sentindo hoje?
- Oi, estou bem na medida do possível.
- Preciso falar com você, antes do Pedro chegar - diz ela ressabiada.
- Pedro?
- Sim ele veio aqui quando você se internou e hoje ele quer vir te buscar.
Esses dias ele não veio devido ao
trabalho, mas sempre me pergunta de você por mensagem. Ele tem se
mostrado atencioso e preocupado com
você.
- Isso se chama consciência pesada, ele está assim porque existe uma
criança entre nós.
- Cá, preciso te dizer uma coisa. Ele não está mais com a Bia, ele
comentou com o George e também, ele me
pediu pra pegar algumas peças de roupas, o necessário pra você passar
um tempo com ele, já que a sua
gravidez é de risco.
- Você está brincando Michelle, ele não tem esse direito, não vou pra
casa dele. Você não fez isso, não é?
- Cá, me desculpa mas... Você estava na internação e por pensar na sua
saúde eu fui até lá e peguei algumas
roupas e...
- As coisas são minhas Mii, não quero morar com ele. Estou com raiva,
ele acha que esse filho não é dele,
como você aceito fazer isso e nem me consultar?
- Caren você gosta dele, achei que não iria ficar tão nervosa. Você vai
estar do lado do pai do seu filho, ele
está cedendo, qual é? Você não acha que é uma boa ideia pra vocês se
acertarem?
- Não. Não. Não. Acho que vou piorar já que não temos nada, vou ter
que vê-lo sair sem saber pra onde vai,
chegar de madrugada com perfume de mulher é isso que quer pra mim?
Começo a chorar - minha sensibilidade está a flor da pele.
- Bom já que não quer fale pra ele, com certeza ele vai passar no AP e
pega a suas roupas, mas já vou te
avisando, sua gravidez é de risco, sozinha naquela casa se acontecer
alguma coisa com você e com essa
criança é responsabilidade sua por não aceitar ajuda. Não te chamo pra
morar com a gente porque não tem
P 15-1
espaço. Outra, seu pai vem mês que vem correto? Seria bom ele ver que
tem o apoio do pai do seu filho.
Vou embora, depois conversamos.
- Mii espera, sei que fez isso pensando em mim, mas não sei se posso
conviver com ele, ainda mais agora.
Ela me abraça - Vai dar tudo certo Cá, confie - depois vai embora.
Era quase 16h quando Pedro chegou.
- Oi como você se sente? - Ele entra junto com o medico.
- Agora bem.
O médico repete todas as recomendo, e afirmamos com a cabeça que
estávamos cientes de tudo.
Quando entramos no carro, eu questiono Pedro.
- Porque você quer que eu me mude pra sua casa?
- Que pergunta Caren, pelo bebê pra você ter alguém por perto.
- Não gostei de não ser consultada. Você poderia ter visto isto comigo
quando eu acordasse ou estivesse
melhor.
- Olha Caren, eu fiz desta forma porque se fosse esperar você pensar
com certeza não iria. Eu tenho direito
de acompanhar essa gravidez, é interesse meu também.
- Agora é interesse? Até menos de uma semana lembro de você colocar
em dúvida essa gravidez, aliás, se
essa criança é sua.
- Não quero discutir com você Caren, acabamos de sair do hospital qual
é a sua? Quer mesmo levar isso
adiante?
Eu acho melhor você ir para o meu apartamento, mas se quiser ficar
sozinha no seu sem ninguém pra estar
perto, você quem sabe, mas se essa criança for minha e você colocá-la
em riso, saiba que arrumará uma
enorme briga comigo.
- De novo você essa fala "se essa criança for minha" - Isso é demais pra
mim.
Ficamos em silêncio.
- Ok. Pedro você venceu, eu vou ficar um tempo no seu apartamento
mas não quero dormir com você, quero
ter o meu espaço e quando eu ganhar essa criança volto para o meu
apartamento. - Eu falei sentindo uma dor
no meu peito, eu tinha acabado de aceitar tudo isso porque também
lembrei que eu estava sem emprego já
que deveria ficar de repouso absoluto, eu precisava de ajuda.
- Cáren, não me leve a mal mas em nenhum momento eu disse que
dormiremos juntos, tenho um quarto a mais
e você pode ficar nele.
Lembrei de como ele insistiu para dormir comigo e agora simplesmente
diz "não dormiremos juntos" - como
os homens mudam depois que conseguem o que querem.
P 15-2
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========
Capítulo 15
Capítulo 16
Pedro
A Bia tinha me ligado no escritório, ela disse que queria falar comigo
sério, então, resolvi me encontrar com
ela num barzinho aqui perto do escritório. Eu devia muitos favores a Bia,
ela sempre me encontrou quando
eu queria.
Eu já estava querendo sair pra espairecer, fazia tempo que eu não fazia
isso.
Ela estava bonita, bem arrumada, bem perfumada me abraçou e me
beijou no rosto.
- Quanto tempo amor.
- Oi Bia tudo bem? Está bonita essa noite.
- Me arrumei pra você.
- Bia você não muda mesmo, acho que precisar conhecer alguém e dar
um chance para se relacionar, porque
me chamou pra conversar?
Ela ficou duas horas conversando sobre a família que precisa de dinheiro
pra viajar e visitar os parentes
distantes e ver a mãe que esta na Bahia.
- Eu te empresto Bia quando puder você me paga.
- Achei que iria me dar e não emprestar - fala manhosamente.
Tomamos vinho e fiquei um pouco embriagado mas não muito.
Como sempre, Bia se oferece.
- Amor vamos pra minha casa, estou sem calcinhas agora.
- Bia, Bia, para de mexer com o fogo.
Vou te deixar em casa. - Aqui está o cheque.
Chegamos na casa dela era 00h:30m, ela tenta me beijar mas eu não
deixo.
- Tem certeza que não quer ficar amor?
- Bia está na hora de você seguir em frente, é para o seu bem.
- Quando mudar de ideia, me liga.
Saiu do carro rebolando. - Ela realmente sabe seduzir.
Dei conta horário e sai pisando fundo.
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Caren
P 17-2
A Joana já tinha ido embora e nada do Pedro chegar. Ela esperou até
próximo das 22h, depois foi embora.
Ela fez um bolo e um suco pra tentar me acalmar, confesso, ela é a
pessoa que mais consegue essa
primórdia.
Quando se aproximou da meia noite eu já estava desesperada. Andava
de um lado pro outro estava
parecendo uma esposa quando está esperando o marido.
Acabei roendo todas as minha unhas.
Fui para o quarto deixei a luz acessa e e a porta encostada. Estava
tentando deixar uma "dica" pra ele chegar
e vir até a mim.
Não demorou muito para ouvir a porta abrir, barulho de chaves na mesa
e passos ao lado da minha porta e o
barulho dele entrando no outro quarto.
Eu não resisti e fui até lá.
- Pedro bato na porta.
- Ele me olha e diz.
- Acordada ainda? Estava me esperando?
- Estava te esperando sim, não no sentido dessa sua ironia. - percebo
que a camiseta dele estava suja de
batom.
- Nossa a noite foi boa hein? - falo num tom de gozação.
- Foi ótima. Acho que temos um acordo de vivermos normalmente não
temos Caren?
- Sim. Mas pensei que isso fosse depois que a criança nascesse e não
antes. Que sentido faz eu morar aqui
pra você me deixar sozinha até agora? Então eu prefiro voltar para o
meu apartamento.
Ele se aproxima de mim e sinto o cheiro de perfume e vinho.
- Estou achando que não é o fato de você ter ficado sozinha que está te
incomodando.
- Ah, você acha? Então tenha certeza disso, porque eu não vim aqui para
ouvir desaforo da sua namoradinha
que me liga, me xinga, vocês se merecem. -Saio batendo a porta.
Ele vem atrás de mim.
- Espera aí, você vem fala o que quer bate a porta do meu quarto e não
me explica o que está acontecendo.
Eu já disse que a Bia não é mais minha namorada.
- Então ela é o que? Sua amizade colorida? Sua camisa está toda
marcada de batom e...
- Caren moramos juntos mas não te devo satisfação de nada. Sobre o
horário não vou te deixar mais sozinha.
_________________
-Eu vou embora é impossível conviver com você.
- Ele se aproxima - não vai não.
Ele me beija. Ficamos um bom tempo nos beijando.
Ele me faz deitar sobre a cama e quando estou prestes a me render,
simplesmente levanto.
-Não Pedro, não vamos confundir as coisas.
- Caren, vamos transar? Eu estou com vontade e você também.
- Não se trata de vontade...
- Eu não fique com a Bia hoje, ela tentou mas não rolou, acredita em
mim.
- Ela me ligou falou que você estaria com ela mais tarde pra eu não te
esperar voltar. Disse que você tem dó
de mim e que fará um teste de DNA no nosso filho. - Ela me humilhou
Pedro, me xingou eu não quero mais
passar por isso.
- Vou falar com ela, pode ter certeza que ela não vai te importunar. Sobre
nós, quer dizer, eu, de forma
alguma tenho dó de você, mas sobre o DNA não vou mentir que eu e a
Bia falamos sobre isso.
- Saia do quadro agora Pedro, não quero ouvir mais nada. Não vou
esperar essa criança nascer, quero ir
para meu apartamento depois que o meu pai vier.
- Isso não vai acontecer, combinamos que ficaria até nascer.
- Não sei se vou esperar isso acontecer.
- Eu vou deixar você se acalmar Caren, quando estiver melhor,
conversamos.
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Capítulo 17
O mês passou rapidamente a Michelle e o George iriam buscar o meu
pai no aeroporto. Por sorte, a minha
barriga não tinha crescido muito, eu já estava de quatro meses, eu não
queria ver o meu pai surpreso antes de
conversarmos.
O meu irmão ficou de ir direto para o aeroporto, acho que hoje seria um
dia tenso.
Pedro estava trabalhando e conheceria meu pai a noite quando iríamos
conversar sobre a gravidez, não
queria falar com eles sozinhos.
Estava no portão de saída quando avistei meu pai.
- Oi filhona que saudade. - me dá um abraço caloroso.
-Oi Pai, Meg não veio?
- Não amor, ele está lecionando e somente eu estou de férias. Onde está
o seu irmão?
- Falando dele - olha ele aí.
- Pai, que saudade. - Oi maninha - nos abraçamos.
- Vamos para casa, estou com saudades de meu antigo lar.
- Pai, eu não estou mais em casa? Estou na casa do Pedro meu
namorado
- Você está morando com ele? Nem sabia que estava namorando,
porque não me contou? - meu pai fala
surpreso.
- Pai não me olha assim, também estou sabendo agora - Thiago fala se
esquivando do assunto.
- Sim. Eu vou apresentá-lo pra vocês, ele é bom pai. - Ele é advogado,
tem uma boa família, a Michelle e do
George o conhece.
- Você quer matar o seu pai do coração? Me pegou de surpresa e
poderia te me falado.
- Desculpa pai. Estava me sentindo sozinha naquela casa, Pedro
também e...
- Maninha - já entendemos, vamos para sua casa logo que tô morrendo
de fome.
George e Michelle abraçaram o meu pai e meu irmão e fomos para o
estacionamento.
Senti meu pai triste, acho que a ideia da "garotinha" estar morando com
alguém não o alegrou.
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P 18-1
Chegamos no apartamento de Pedro, assim que entrarmos Joana se
aproximou de nós eu apresentei meu pai e
o meu irmão.
Ela tinha feito uma torta e alguns mini salgados. Conversamos sobre a
viagem, sobre os negócios dos meus
pai.
- Nossa que torta maravilhosa . Esta sendo bem tratada aqui filha.
- Sim. E como estou.
- Você vai ficar com a gente pai? Ou prefere ficar no ap?
- Posso ficar aqui com vocês para conhecer o rapaz e Thiago fica no
apartamento e amanhã ele vai buscar a
Raquel e então eles podem ficar por lá, o que acha?
- Tudo bem, pode ser pai.
Michelle e George mencionam que querem viajar para fora do Brasil,
meu pai todo solicito os convida para
passar um tempo em sua casa.
Fiquei eufórica, quem sabe depois que o bebe nascer eu também possa
passar um tempo distante para
colocar as ideias no lugar.
- Pai, eu vou ser pai - Thiago fala entusiasmado - estava esperando o
senhor chegar pra dar essa notícias.
- Filho, que coisa maravilhosa - vem cá que quero te abraçar.
Eles se levantaram, se abraçaram. Parabéns.
- Parabéns, irmão.
Eu achei que seria uma boa hora para também anunciar.
- Pai.
- Oi filha.
- Eu também vou ser mãe.
O silêncio pairou no ar. Porém, comigo foi diferente.
- Filha, mas quanto tempo está com esse rapaz? Não posso dizer que
estou tão contente quanto estou com o
seu irmão, vocês não estão casados.
- Estamos morando junto pai.
- É diferente. Todos nós se casamos, fizemos tudo certinho, não
atropelamos as coisas.
George e Michelle se levantam.
P 18-2
- Pessoal os salgados estavam ótimos, mas precisamos ir.
- Eu acompanho vocês.
Fomos até a porta - Cá, fica calma, vai da tudo certo.
Obrigado por tudo. Depois ligo para vocês.
Quando abri a porta para eles saírem Pedro entra.
- Oi amor. - Diz Pedro e me dá um selinho. - ele começou a "representar"
na frente de todos.
- Oi amor. - Entrei no jogo.
- Amor este é o meu pai João
- Prazer Pedro.
- Então você é o rapaz que engravidou a minha filha e roubou ela de
mim?
Eu fico totalmente sem graça.
- Bom Sr. João, minha intenção não é roubar sua filha e sim o senhor
ganhar um filho e um neto.
- Esperta resposta rapaz. - Você chegou bem na hora que eu estava
falando com Caren a respeito disso.
Nossa família todos sem exceção? se casaram com direito a festa e tudo
mais, ela é a minha única filha,
quero ter o prazer de levá-la ao altar, agora grávida não sei como será
possível.
- Pra tudo se tem um jeito Sr. João. Ainda estamos discutindo essa
questão.
Pedro se saiu bem na resposta, não disse que não e nem que sim.
Eles foram para a sala, meu pai, Thiago e Pedro. Ouvi eles conversarem
sobre tudo e depois jogaram uma
partida de carta. Meu pai sempre fazia isso quando estávamos em casa.
Eu fui para o meu quarto, retirei algumas coisas de lá e passei para o
quarto de Pedro. Eu não queria que o
meu pai observasse que aquilo tudo não era verdadeiro. - "amor para cá"
- "amor pra lá" - estava triste por
esconder isso do meu pai, mas o desgosto já era grande dele não poder
me levar para o altar e ainda mãe
solteira.
Era quase meia noite quando Thiago foi embora. Antes de ir ele me
disse.
- Maninha, gostei do meu cunhado.
Meu pai me beijou na testa antes de dormir e foi para o quarto.
Quando eu estava de calcinha e sutiã Pedro entra.
- Desculpa.
-Eu me cubro. - pode entrar.
P 18-3
- Acho que conseguimos o que você queria.
-Realmente, acho que causou uma boa impressão no meu pai e no meu
irmão também.
- Em qual lado da cama você prefere dormir? Posso dormir na cabeceira
ou no pé da cama, se preferir.
- Não precisa, podemos dormir do mesmo lado, acho que não
precisamos de tanta distância assim.
- Então, prefere estar do meu lado? - ele fala sorrindo.
Eu jogo o travesseiro nele.
- Do mesmo lado mais não próximo.
- Não vi você se vestir. - eu acho.
- Pedro ainda estou de calcinha e sutiã, se você saísse do quarto daria
na cara que eu e você...
- Acho que não deveria dormir assim perto de mim.
Meu coração começa a bater em disparado.
-Vou tirar minha roupa mas pode olhar se quiser.
- Viro para o lado. Sinto o cobertor se movimentar. - Boa noite.
- Quando eu olho pra ele e me olha.
Meus hormônios estava eufóricos e naquele dia, somente naquele dia eu
me precipitei. - Pedro, posso te
pedir uma coisa?
- Claro que pôde, se não for nenhum desejo absurdo que me faça
levantar daqui agora.
- Rimos. -
- Eu gostaria de dormir abraçado com você.
- Caren, Caren, você está testando minha residência? Está praticamente
nua e quer que eu te abrace?
Eu realmente queria que ele me atacasse. Eu precisava senti-lo de novo.
- Ele me abraçou por trás, mas logo em seguida ele beijou o meu
pescoço, minha nuca, me envolveu com os
braços.
- Caren você tem certeza que quer isso? Mesmo que não estamos
juntos?
- Eu queiro sim, muito Pedro.
Transamos loucamente...
P 18-4
- Eu deito ao lado da cama sem dizer nada. Me viro e choro em silêncio.
- Caren, me desculpa, não quero misturar as coisas. - Você está
chorando?
- Não toca mais em mim, nunca mais.
- Você não percebe que não quero te fazer sofrer? Você é especial pra
mim, carrega meu filho.
- Porque quis sair comigo se não queria nada sério?
- Caren, você é bonita, gotosa, atraente me ignorava...
- Então por isso? Depois que conseguiu não era mais atraente pra você?
- Caren, para por favor... Não vamos estragar o clima.
- Depois que eu sai com você eu fiquei pensando sim em nós dois mas
não alimentei isso.
- E porque deu chances pra Bia?
- Caren ele soube me convencer num momento que eu estava
vulnerável, digamos assim...
- Transando, aposto.
- Não vou mentir pra você foi assim, mas depois também me arrependi
de ter aceito, e quando você
apareceu grávida foi o motivo que eu precisava.
- Você é sempre tão frio?
- Caren, quando eu sinto que vou me envolver eu me policio.
- Você se arrepende de ter saído comigo e ter me engravidado?
Essa pergunta fez ele se calar.
- Não precisa responder. Saiba que eu amo essa criança mesmo que
você rejeite eu vou dar muito amor a
ela. Quem sabe eu encontre um pai e...
- Que história é essa? Eu sou o pai dessa criança, esse papel ninguém
vai me tirar.
- Eu começo a sentir uma dor forte e quando olho para baixo, estou
sangrando.
- Caren o que está acontecendo?
Eu vejo tudo turvo e caio nos braços de Pedro.
====
Acordo no hospital ao meu lado estava o meu pai de mãos dadas
comigo.
P 18-5
- Pai, eu não sei o que houve...
- Filha estou aqui. Pedro está lá fora conversando com o medico.
- O bebê pai como ele está?
- Você sofreu um início de aborto mas está tudo sobre controle agora.
Pedro entra e o meu pai sai para conversarmos.
- Caren me desculpa, acho que te fiz passar nervoso, sou culpado disso.
Eu não me perdoaria se tivesse
acontecido alguma coisa com o nosso filho.
- Pedro tudo bem, eu não deveria ter insistido na conversa. Te prometo
que as coisas serão diferente.
======
Dois dias se passaram depois do meu quase aborto. Tinha resolvido
esquecer Pedro, assim que meu pai
fosse embora voltaria para o outro quarto.
Ele tinha notado a minha frieza, eu dormi com ele do lado oposto da
cama, essa noite não seria diferente.
- Você já vai dormir? -Pedro me pergunta depois da partida de baralho
com o meu Pai.
- Eu vou. - Benção papai.
- Deus te abençoe filha.
- Pedro pode ir dormir com ela filho, ela precisa de você.
Eu me senti o pior homem, tudo estava errado e agora Caren mudou da
água pro vinho. Não foi proposital o
que aconteceu? de nenhuma das partes mas ela mudou.
Entro no quarto ela está de olho fechado. - do outro lado da cama.
- Você está acordada?
- Estou.
- Estava penando da gente sair, pegar um cinema e comer alguma coisa
esse final de semana o que acha?
- Eu já tenho compromisso esse final de semana, obrigada.
- Ok. Eu posso saber com quem?
- Com o Paulo. Porque?
- Porque você tem uma gravidez de risco e me preocupo.
- Jura? Não pensei que isso contasse.
P 18-6
Me viro para lado na tentativa de dormir.
- Boa noite.
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De madrugada tenho um pesadelo terrível. Sonhei que eu tinha uma
menina em meus braços e Pedro estava
ao lado com Débora brigando na justiça pela guarda da criança. Acordo
gritando e chorando.
- Pedro pula em cima de mim., - O que houve? E o bebê?
- Eu o abraço. - Não tire ela de mim, por favor.
- Calma Caren eu estou aqui. Do que ela está falando?
Me esquivo, quando percebo que nosso rosto está próximo. Percebo que
ele olhou para os meus lábios e
respirou fundo.
- Acho que tive um pesadelo.
- Percebi, quer um copo de água? Alguma coisa?
- Não obrigada, vou tentar dormir de novo.
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Capítulo 19
Meu pai iria embora hoje, eu já estava com saudades dele mesmo ele
estando aqui.
Nossa família era pequena mas de certa forma me sentia protegida
quando estávamos juntos.
- Filha o Pedro disse que me leva hoje para o aeroporto.
- Eu vou também.
- Quero que fique e descanse, sem emoções de despedidas. - Também
quero conversar com Pedro, sobre os
preparativos do bebê.
Ele me abraçou e disse: Paciência Caren, paciência as coisas entraram
nos eixos.
- Pai porque está dizendo isso?
Ele sorriu e me beijou na testa - não respondeu.
- Vamos Pedro?
No caminho do aeroporto a conversa surge.
- Pedro quando vai ser o momento de vocês falarem a verdade pra mim?
- Não entendi Sr. João.
- Vocês e Caren não são um casal eu percebi, não entrei nesse assunto
com ela porque ela praticamente teve
um aborto mas te digo uma coisa, se a minha filha está infeliz ao seu
lado, eu não ligo dela ser mãe solteira.
- Sr. João estamos tentando e...
- Isso que você chama de tentar? Eu ouvi ela falando ao telefone que
queria sair com o Paulo, um rapaz que
eu estimo muito por sinal. - Ouvi ela chorar algumas vezes no banheiro
por sua causa não é?
Ouço tudo de cabeça baixa.
- Sr. João eu e a Caren nos conhecemos num tempo errado, fica difícil
pra eu te explicar.
- Não importa rapaz o tempo sendo e errado ou não, vocês estão
esperando essa criança juntos, nada vai
mudar o que aconteceu, então encarem isso juntos ou fiquem separados
de vez, mas em harmonia por essa
criança.
Não queria dizer sobre a dúvida que eu tinha. Às vezes essa dúvida
sumia quando? percebia o olhar dela em
mim, outras vezes essa dúvida surgia meus sentimentos eram uma
gangorra.
Chegamos no aeroporto, eu agradeço pela conversa. Ele me abraçou e
entrou no portão de embarque.
P 19-1
Cheguei no apartamento decidido a dar uma chance pra nós, acho que
eu precisava de uma conversa
daquelas com alguém mais experiente. Eu tinha dado uma chance pra
Bia e porque não daria para Caren que
esperava um filho meu?
- Oi Joana a Caren saiu?
- Sim filho. Ela saiu com um rapaz.
- Ela não iria sair com ele no final de semana?
- Pedro não quero me intrometer na sua vida mas ela estava chorando
muito quando o pai dela se foi, ela
pegou a mala colocou algumas coisas dentro e foi embora.
Na mesma hora liguei para o celular dela.
- Alô, Caren aonde você está?
- Oi Pedro estou na casa do Paulo.
- Vem pra casa agora precisamos conversar.
- Você não manda em mim. Não vou Pedro.
- Estou a caminho do seu apartamento, me encontre lá.
- Não vou pra lá Pedro, como você mesmo disse não posso ficar sozinha,
minha gravidez é de risco.
- Então o que pretende fazer Caren? Morar com esse cara? Esse tal de
Paulo.
- Sim. É isso mesmo. Ele não mora sozinho, a mãe dele Noemi
praticamente me viu crescer e me apoiará até
o bebê nascer.
- Caren quero conversar com você.
- Daqui uma semana conversamos, estou decidida Pedro. - Semana que
vem vou para o ultrassom, pode me
acompanhar se quiser, agora preciso desligar.
=======
Pedro
Estava me sentindo um babaca egoísta. Já estava perto da casa dela
acreditando que ela iria conversa
comigo.
Voltei abri um vinho e fui para o quarto. - Dona Joana bateu na porta
algumas vezes mas não quis atender.
Dois dias se passaram, era domingo, eu estava sem saber o que fazer, a
casa parecia pequena sem Dona
Joana e Caren.
Recebo um ligação no modo restrito.
- Alô?
P 19-2
- Oi Pedro quando tempo.
- Débora como conseguiu meu telefone?
- Ah, se eu falar perde a graça, estou aqui em baixo poderia subir pra fala
com você?
- Você está brincando comigo Débora? - Não é pra você pisar aqui é
muito menos tentar se aproximar de
mim.
- Uma conversa apenas Pedro - uma - te prometo que não te procuro
mais, já estou aqui, por favor.
Eu interfono e peço pra ela subir.
Abro a porta e digo: Seja breve, você tem 10 minutos.
- Pedro sei que já somos divorciados mas eu gostaria de te dizer que
aquele cara com quem eu sai não
significou nada, ele era o motoboy da empresa onde eu trabalhava. -
Depois daquele dia não tive nada com
ele nem nos falamos mais.
- Você quer se explicar agora? Tem mais de um ano Débora, você acho
que sou trouxa?
- Eu tentei te explicar mas você não deixou. Eu não demoraria um ano
pra te procurar Pedro, se você não
tivesse me excluído de tudo e tirado de mim o direito de me explicar.
- Não tem explicação para o que você fez. Você usou a nossa cama
merda, a nossa cama. - Você dizia que
amava e eu acreditava, nunca imaginei que você pudesse ser tão sínica,
dissimulada, atriz, isso você é com
certeza.
A porta abre e Caren entra.
- Acho que cheguei na hora errada, posso voltar depois.
- Caren fica. - Débora já está de saída - pedro responde.
- Eu não terminei de falar Pedro.
- Seja o que for Débora não estou disposto a ouvir. Tenho uma mulher
grávida e que tenho que dar todo
atenção, então por favor, sai da minha casa.
Ela sai furiosa.
- Pedro, eu não sabia que estava aqui eu vim buscar algumas roupas.
Ele vem em minha direção e me beija.
- Pedro, por favor, não quero.
- Fica comigo Caren - vamos tentar?
P 19-3
- Não posso.
- Porque mudou de ideia? É o Paulo? Ele fez sua cabeça?
- Não, claro que não. Posso dizer o mesmo de você - Você quis fazer
ciumes para sua ex? Como se
realmente se importasse comigo e com essa gravidez.
- Caren eu quero tentar. - Não posso dizer que te amo, mas gosto de
você e quero tentar, você aceita namorar
comigo?
Ele se aproxima e me beija - não consigo esquivar. - Eu queria tanto
quanto ele, queria sentí-lo.
Fizemos as pazes de um jeito quente e intenso... Eu realmente não
conseguia resistir a ele.
######
- Cáren, vamos ficar bem?
- O que é bem pra você Pedro?
- Trégua Cáren, senti sua falta, eu iria conversar com você naquele dia
mas você foi embora.
- Eu fui, estava me sentindo super mal com a nossa digamos "relação".
Menti para o meu pai, eu estava
muito mal.
- E por isso sai com seu ex naquele dia? Acha justo?
- Ele é o meu ex. Eu falei para Joana porque não vejo mal em vê-lo,
somos amigos acima de tudo.
- Ah, seu ex, depois você me diz que eu tenho "mulheres". Na primeira
oportunidade você também recorre
ao seu ex?
- Não quero estragar a noite Pedro, chega! Quem vê pensa que você
está com ciúmes.
- Você diz que me ama mas foi morar com outra cara é isso?
- Eu já te disse que ele não mora sozinho, a mãe dele estava lá, a Sra.
Noemi esses dias ficou comigo, fiquei
com medo de voltar para o apartamento e perder o bebê.
- Quero saber a verdade, aconteceu algo entre você e ele?
- Não (falo baixo ) - Dormi no quarto da irmã dele, mas depois decidi
pegar minhas coisas porque queria
voltar para o meu apartamento, vi sua ex., e tudo aconteceu entro nós
novamente.
- Cáren, fiz coisas ruins eu sei, mas quero fazer valer a pena, por nós.
- Pedro, você me ama?
- Não sei o que sinto, mas você é especial pra mim, e a nossa filha
também.
P 19-4
Nos abraçamos e deitamos na cama.
Ele tira a roupa e eu também, mas dessa vez ele vem em cima de mim e
fizemos amor, ele pode negar mas
senti que ele estava me amando.
Ele se movimentou lentamente varias vezes, me beijava, senti muito
carinho, diferente das outras vezes que
fizemos.
Eu queria dizer o quanto estava feliz, mas não queria dizer que o amava
porque no fundo parecia um sonho
estar ali sendo acariciada por ele
**********************************
Capítulo 19
Dias Antes
Meu telefone toca as 07:00h ao som de Avril Lavigne - I'm With You
Acordo nos braços fortes de Pedro - me espreguiço. - Hoje era o dia da
consulta e não poderia perder.
Estava com 4 meses e quem sabe, saberíamos o sexo do bebe. -
Quando estava prestes a levantar, Pedro me
puxa e diz:
- Bom dia linda.
- Bom dia - respondo sem jeito.
- Você não me respondeu ontem sabia? Pensa que eu esqueci.
- Eu sei disso.
- Então. - Você Caren, aceita namorar comigo? - Ele se ajoelha na cama
e faz o sinal de oração como se
fosse suplicando.
- Aceito. - Volto pra cama e me jogo em cima dele... Nos beijamos por
um bom tempo.
Tomamos banhos juntos. Eu não estava acreditando em tudo que está
acontecendo.
- Pedro - Você realmente quer isso? Digo, um compromisso.
- Eu não estou brincando Caren, nada mais justos vamos ter um bebe.
- É pelo bebe que está fazendo isso?
- Sim, por ele.
Fiquei triste por saber que era exclusivamente pelo bebe, mas tudo bem,
estávamos juntos nessa.
Agora me falta coragem de falar com Pedro o que fiz... não quero
começar um relacionamento no engano.
####
- Caren, você ouviu que a Michelle disse, come bastante chocolate que
vai deixar a criança eufórica, quem
sabe hoje saberemos o sexo do bebê.
- Mais do que eu já comi?
- Amo... Quer dizer Pedro...
P 20-1
- Pode me chamar de amor Caren, não precisa se corrigir, se é isto que
sente.
Ele me beija com um selinho. Na sala de espera.
- Estou feliz por você estar aqui Pedro, nunca pensei que estaríamos
assim.
Na sala havia muitas grávidas, alguns com companheiro e outras não.
De certa forma estava me sentindo segura, mas meu coração estava
com medo daquele castelo de sonhos
acabar.
- Sra. Caren.
- Oi Dr. Bom dia.
- Bom dia, entre por favor. - Vista por favor, essa roupa com a parte
aberta na frente.
O doutor pede para o Dr. Pedro se sentar.
Deitei na maca e ele me instrui com o próximo passo que é o gel em toda
a minha barriga.
Ele comeca em movimentos circulares, depois passa para a região do
umbigo. Como eu já eu tinha
completado 5 meses, a minha barriga estava grande
- Olha lá seu bebê esperto, está com a mão na boca.- Diz o Doutor.
- Vocês querem saber o sexo?
- Sim queremos. - respondo ansiosa.
- É uma menina.
Eu começo a chorar, lembrei da ligação que eu tinha com a minha mãe.
- Está tudo perfeito com a sua menina.
-Obrigada Doutor.
Saímos radiantes.
- Nossa, serei pai de uma princesa. Vou ser chato com ela, pode ter
certeza.
- Não vai não. - Começamos a rir.
Pedro passou na loja de roupa e comprou o primeira roupa para nossa
bebê.
-Caren o que você acha dessa roupa?
- Amei Pedro. - Não sei o que dizer.
- Diga que vai ser uma boa mãe.
P 20-2
- Serei. - Eu pulo nos braços dele e o beijo bem eufórica.
Chegamos em casa e Joana estava quase de saída.
Pedro abraça a Joana e a rodopia.
- Joana é menina a nossa princesa.
Joana me abraça e fica tão surpresa - eu sabia que vocês iriam ficar
bem, essa princesa precisa de vocês
(...)
Fomos para o quarto e comemoramos na forma clássica, fazendo amor.
===================
Capítulo 20
Capítulo 21
Chego pontualmente no bar.
- Oi Bia.
Ela se levanta e me beija no rosto.
- Pedro, sei que tudo que eu disser vai te lembrar a Débora e a velha
história de que todas as mulheres não
prestam, mas saiba que te amo e estou aqui pra provar que essa
vigarista é uma vagabunda e que esse filho é
bem provável que não seja seu.
- Bia, vamos direto ao assunto.
-Primeiro, quero que você me prometa que se precisar de um corpo
amigo, esse será o meu e não nessa
monte de mulher ordinária que você teve e nunca te deu valor.
- Bia, não tenho procurado ninguém, estou com a Cáren e a nossa filha.
- Ah, é filha... e você realmente está acreditando que é de vocês?
O garçom traz as bebidas. - Bia pediu uma caipirinha de saquê, eu o meu
velho Whisky.
- Bia, pode ter certeza que se eu ficar solteiro a gente vai sair, mas minha
vida mudou, a paternidade me
mudou.
- Ok. Vamos à sessão balde de água fria - Mostro as fotos, a Caren está
beijando um cara, eu fiz vários
cliques e eles saindo abraçados. - Mostro a data da foto.
- É ela, não acredito, ela estava com esse cara no dia que levei o pai
dela no aeroporto, reconheço pela
roupa que ela estava.
- Está vendo Pedro, você estava achando que eu estava inventando.
- Ela não presta, você tem razão, eu me cuidei quando a gente saiu,
como não pensei nisso. Esse namorado
que ela diz que é ex, nunca foi. Eles querem me dar um golpe. - Vou
mandar ela embora, não quero mais
saber, basta.
Levanto do mesa.
- Me leva pra casa Pedro, por favor.
- Bia quero resolver logo isso, posso te pagar um taxi, mas quero ir
embora direto. - Pego o whisky, bebo o
restante.
- Tudo bem Pedro, se quiser ir lá em casa depois, posso te fazer
esquecer tudo isso, posso te dar muito
P 22-1
prazer pra compensar toda essa sujeira.
- Bia me dá um selinho e sai. - Pode deixar que eu mesmo pego um taxi.
(...)
- Joana estou feliz sabia, acho que as coisas estão indo bem entre eu e
Pedro, acho que estamos namorando.
- Menina, não disse que as coisas iriam se ajeitar.
- Sinto minha barriga mexer. - Joana corre aqui - acho que ela está
mexendo
Já estou com 5 meses, era a primeira vez que a sentia bem forte. Ela
coloca a mão na minha barriga e me
sinto emocionada.
Eu olho para o relógio são 20:30 nada do Pedro chegar.
- Deixei o jantar pronto, mas já estou indo. Se precisar me liga, estou
uma quadra de você.
Me despeço de Joana, vou para o quarto entro no banho.
Quando estava saindo do banho Pedro entra batendo a porta.
- VOCÊ É IGUAL A TODAS AS PIRANHAS QUE SAÍ, VOCÊ, DÉBORA,
SÃO IGUAIS. EU TENHO
NOJO DE VOCÊ. NUNCA VOU CONFIAR EM VOCÊ, NUNCA.
ESSE FILHO NÃO É MEU, AGORA SEI DISSO.
- O que houve Pedro? Me diz...
Vou andando para trás e caio na cama, mas ele me levanta pelo braço, e
me aperta. - Minha toalha cai eu
fico nua, minha filha se mexe.
- Sua filha está mexendo, até ela deve estar concordando comigo.
Pedro joga a toalha e mim. - Se veste e arruma suas coisas - não quero
nunca mais olhar na sua cara.
Eu começo a chorar.
- Pedro olha pra mim, não sei do que está falando.
- Você na sorveteria com seu namorado, se beijando, e ainda diz que me
ama. Eu levando o seu pai e você
se agarrando com outro?
- Me perdoa Pedro, eu não queria, estava triste eu... eu...você disse que
não tínhamos nada...e...
- Mentirosa, safada... sai da minha casa. Você quer o meu dinheiro e usa
sua filha pra isso?
- Não é isso. Você está sendo injusto. - Coloco o primeiro vestido que
vejo.
P 22-2
- Pedro está tarde, não quero ir agora.
- Não me importa! - Se vira e deixa a chave na mesa.
Saio chorando com uma mochila na mão, não tinha dinheiro para taxi.
Liguei para a Michelle, ela veio me buscar.
Fico em frente de uma farmácia quando a Michelle me vê ela estaciona,
me dá um abraço, eu choro.
Contei tudo pra ela.
- Cá como você pode beijar o Paulo em público grávida amiga. Ainda se
você tivesses falado com ele que o
Paulo te beijou talvez vindo de você ele teria reagido de outra forma.
- Estou com raiva Mii ele me humilhou, falou que a minha filha não é
dele.
- Calma ele está com raiva, vai passar. Dorme em casa amanhã veremos
o que fazer.
- Quero voltar a trabalhar, pagar as minhas contas, mas não posso não
sei o que fazer. Ainda não comprei
nada para a bebê, como vou fazer?
- Cá vou tentar falar com Pedro, esse filho é dele, ele não pode agir
assim com você.
- Não quero Mii, ele me expulsou, e não quer mais me ver.
Chegamos na casa de Michelle, George me abraçou e não disse nada, a
Michelle arrumou o sofá da sala
para eu dormir enquanto eu contava pra George.
- Minha amiga homem é assim não aceita dividir o que é seu.
Independente dele não ter falado antes de
relacionamento com você, ele já estava te vendo como mulher dele,
morando com você, tendo relação com
você, não é?
Ele tinha mudado Caren, olha que pra eu dizer isso de Pedro é porque
ele mudou mesmo.
Vou falar com ele. Quem sabe ele mude de ideia.
(...)
Pedro
Quebrei tudo no quarto, realmente eu descobri que gostava dela.
Aquela vadia tinha me enganado. Ninguém me engana.
Ligo para Bia.
- Alô, sou eu. Posso te buscar?
- Claro que pode amor. Ela responde.
P 22-3
Busco a Bia, por algum motivo não quis levá-la em casa.
- Bia vou ser direto e reto. Quero transar e beber, vamos pra um motel.
Sem entrar em detalhes, foi uma noite difícil. Bebi muito, chorei depois de
anos e transei bêbado.
Acordei com ressaca mais tinha que admitir minha vida estava de pernas
pro ar.
- Bia, acorda já são quase 10h, preciso trabalhar.
- Pedro vai lá pra casa hoje. Se der...
- Bia preciso de um tempo, quando eu tiver melhor eu te procuro.
(...)
Vinte dias depois.
- Pedro me passa o contato dela? A menina era boa, vocês brigaram
mas sempre há dois lados da história.
- Joana não quero saber dela e de nada que lembre a ela. Ela é falsa,
traiçoeira, mas se quiser mesmo, esse é
o contato dela.
- Me desculpa, mas te conheço desde de menino, antes do seu pai ir
embora e antes da sua mãe falecer e e te
deixar o escritório. Ela pediu pra eu cuidar de você.
- Não tenho seu sangue mas troquei suas fraldas, te conheço como se
fosse sua mãe. Sei que gosta dela, então
vai lá e saiba o que realmente aconteceu.
- Joana não! Estou bem, sai com a Bia esses depois com a Ana e assim
está ótimo.
- E qual delas carrega um filho seu?
- Nenhuma. Mas também não sei se a Caren carrega.
- Eu via verdade nos olhos dela e te digo menino, se essa criança for sua
e você estiver sendo injusto, ela
não vai te querer por perto depois, com razão.
- Eu você acho que eu devo fazer o que? Ir atrás dela, não sei... Prefiro
ficar na dúvida do que me humilhar.
Meu telefone toca.
- Oi George, fala cara.
- Precisou conversar com você cara.
- Se for sobre a Caren não quero ouvir.
Joana olha de longe como cara de repreensão.
- Ela não está bem, fraca, debilitada e chora muito. Meu a criança é sua,
eu sou seu Brother não iria mentir
P 22-4
pra você.
- George eu não quero perder sua amizade, eu estou curtindo a vida,
saindo com a Bia, avisa a Caren que
isso veremos depois isso, sinceramente não acredito nela.
- Cara ela está sem trabalho precisando das coisas pra sua filha, ela
alugou o apartamento com tudo dentro
para conseguir uma grana e está morando com um amigo gay, o Jayme,
não sei se você o conhece.
- George eu vou procura-la, não agora, mas quero um teste de
paternidade. Vou procurar fazer isso o quanto
antes.
- Pedro semana que vem é meu aniversário, está convidando para um
churrasco. Lá conversamos melhor.
- A gente se fala, se cuida main.
(...)
Uma semana depois
Hoje acordei super mal estou com 6 meses mas ainda continuo com
enjoo.
O Jaymes trabalha num hotel de madrugada passo boa parte sozinha.
Joana veio me visitar semana passada, acho que fiquei mais emotiva
depois disso, eu insisti para ela me
informar sobre Pedro e já soube que ele está com Bia.
Não queria vê-los na casa de George mas preciso mostrar que sou
superior e que também posso seguir em
frente.
Ontem fui ao médico porque estava com sangramento de novo, estou
com medo de um parto prematuro.
Fui no cabeleireiro, fiz unhas, me arrumei como fazia antes. Coloquei um
vestido solto, minha barriga não
estava muito grande então esse vestido deixou menos evidente.
As 18h, a Michelle me ligou.
- Caren você já está vindo?
- Mii estou quase chegando, já estou estacionando.
- Como vocês está? E essa princesa vai bem? - ela coloca a mão na
minha barriga.
- Sim estou, mas ontem não estava bem tive sangramento de novo.
- Você não me avisou? Não acredito.
- Eu fui sozinha no hospital, mas está tudo bem.
- Cáren, não gostaria que você passasse nervoso com o Pedro aqui.
- Não tudo bem. Estou preparada.
P 22-5
Quando chegamos as primeiras pessoas que avistei foi Pedro e Bia.
Sentado com os amigos de George e
Caio.
Eu cumprimentei todos de longe, sentei ao lado de Natasha.
Conversamos sobre a bebê, ela foi muito discreta e não comentou nada
a respeito de Pedro.
Eu realmente achei que seria mais fácil porque estava com raiva ainda
de Pedro por tudo que ele me disse,
mas não, estava mais magoada por vê-lo ao lado de Bia. Ela não média
esforços pra abraça-lo e beijá-lo na
minha frente.
Quando fui na cozinha, Pedro me chama.
- Cáren, gostaria de falar com você um minuto.
- Achei que não quisesse olhar na minha cara.
- Quero falar sobre o DNA, é possível fazer durante a gravidez, gostaria
de saber se você poderia fazer.
- E isso que quer falar comigo?
- Sim. O que mais seria?
- Pensei que sua raiva tinha passado Pedro.
- Não tenho mais raiva de você, na verdade não sinto sentimento
nenhum para falar a verdade.
Meu olhos se enchem de lágrimas.
- Tudo bem, podemos fazer o teste mais saiba que depois do resultado
não vou querer contato com você nem
pela nossa filha.
- Se for minha filha você terá que ter contato comigo, vou aceita-la
novamente em minha casa para
acompanhar o nascimento.
- Quem disse que eu vou querer voltar pra sua casa. Não vou aceitar
nada de você. Até agora você não fez
nada pela nossa filha, não vou querer depois.
- Você não está em condições de querer nada. Senão aceitar, vou querer
a guarda dela.
- Você está sem trabalho posso alegar que não tem condições pra isso.
- Como ousa querer tirar a minha filha ?
- Você pode estar perto se quiser, minha casa está aberta. Claro, até o
nascimento da bebê. Não quero correr
o risco de perder o bebê se for meu.
- Tudo bem, quando faremos o exame?
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- Amanhã se for possível. Ele responde.
- Ok pra mim.
- Meu motorista te pega pela manhã.
Eu vou para o banheiro porque estava tremendo, eu precisava chorar.
Quando eu saí do banheiro Bia estava no corredor.
- Caren quem diria hein...
- Oi Bia fala o que você quer.
- Achou que iria enganar todo mundo, mas não conseguiu.
Eu viro as costas ela pega o meu braço.
- Me solta Bia.
- Eu estou com ele agora, durmo com ele e você não é nada. Ele tem
nojo de você.
- Solta ela Bia. Vejo Pedro se aproximar.
- Eu estava conversando com ela amor.
- Deixe-nos a sós.
Bia se retira.
- Eu voltei para avisar que as 9h o motorista te pega.
- O que a Bia te disse?
- Nada que você não saiba Pedro.
Viro as costas e saio.
As 22h o bolo foi cortado, sentia o olhos de Pedro sobre mim mas não
olhei mais porque percebi que toda
vez que eu olhava a Bia o agarrando e o beijava para me provocar.
Meu olhos estavam vermelhos, sabia que estava denunciando todo o
meu sentimento. Já estava prestes a ir
embora quando Caio veio em minha direção.
- Nossa como você está linda. A mãe mais bonita da festa.
- Eu sorrio forçada.
Caio senta do meu lado e começa a perguntar da gravidez, em um certo
momento ele pede pra colocar a mão
na barriga, eu permito. Somente neste momento eu vejo raiva no rosto
de Pedro, ele se levanta, se despede
do pessoal e vai embora primeiro. - Infelizmente de mãos dadas com Bia.
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Caio me dá Carona e me deixa em casa.
- Mona você chegou - Diz Jayme.
- Estava te esperando pra me contar como foi o aniversário, como foi ver
o bofe depois de tanto tempo?
- Eu nunca pensei que sofreria tanto, ele estava com Bia. Ela veio e
pegou no meu braço disse que está com
ele, enfim, foi horrível.
- Você deveria ter feito um escândalo já que não pode esbofetear essa
perigosa devido a nossa princesa.
Aliás você já sabe o nome que vai dar a ela?
- Pensei em Pietra mas não sei.
- Ah não, esse nome não. É por causa do Pedro que quer colocar Pietra?
- Ele vai mandar o motorista dele amanhã, quer fazer o teste de DNA. Ele
disse que se for filha dele ele vai
brigar na justiça e me quer na casa dele até eu ganhar. Ele me ameaçou,
tenho medo de dizer que não vou e
ele ficar furioso e brigar pela guarda depois. Não sei o que fazer.
- Mona isso é desculpa, a guarda se ele quiser ele vai requerer quando a
criança nascer e não querer você na
casa dele enquanto está grávida. Ele quer você perto e não quer admitir.
- Será? Mas porquê se ele está com a Bia. Acho que ele quer me fazer
sofrer, não sei. O que devo fazer?
- Se ele te quer perto, vai. Mas pisa nele pra ele sofrer tudo que está
passando agora.
Capítulo 22
Capítulo 23
* 6 meses depois.
Nossa filha era perfeita! Ela ficou um bom tempo na encubadora pra
ganhar peso mas quando voltou pra
casa, foi o dia mais feliz de nossas vidas
Quando ela nasceu eu ficava indo e voltando para o hospital por causa
do leite, mas valeu a pena cada
sacrifício por ela.
Minha relação com Pedro estava muito boa, eu não acreditava o quanto
ele havia mudado. Sofri muito,
confesso, mas acho que realmente conquistei o seu coração.
Acordavamos de madrugada juntos, e ele me ajudava com a casa, com a
roupa em tudo. Pela primeira vez de
verdade, pelo menos com ele me senti segura.
Joana
- Menina eu amo ver essa cena, de você amamentando a nossa
pequena.
- Joana segura ela pra mim - saio correndo e fui no banheiro vomitar.
- Menina o que houve? Será que a macarronada não te fez bem?
- Joana não sei, tem 1 mês já que estou assim, sinto muita dor de
cabeça, logo depois que amamento.
- Seu ciclo está normal?
- Não sei, acho que está pra vim pra mim. Mas estou amamentando, e
não se engravida amamentando.
- Quem te disse essa besteira menina? Lógico que engravida.
- Ah não, por Deus não posso estar grávida. Mês que vem nos casamos
e nem posso pensar nisso.
Pego a bebê no colo que começa a ranhetar no peito.
- Ela está mamando seu leite? Joana pergunta desconfiada.
- Bem pouco, não sei porque ela tem rejeitado.
- Se você estiver grávida, e tiver produzindo outro leite ela pode sim
recusar.
- Joana não... Não quero ouvir isso.
Me desespero.
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- Calma vou comprar um teste pra você, se realmente você estiver
grávida vamos saber logo.
...
Caren então o que deu menina, estou agoniada. - Joana bate na porta.
Eu fiquei meia hora no banheiro atônita sem responder a Joana. Não
sabia se de alegria ou desespero.
Quando saí do banheiro abracei a Joana e disse. - Estou grávida de
novo!
-Vamos deixar tudo ajeitado para quando Pedro chegar você dar a
notícia.
- Estou com medo Joana ele não reagiu bem da Emy mas agora tenho
medo que por causa da festa dos
gastos, dele ficar bravo, sei lá.
- Pare com isso, ele reagirá bem. Vocês se entenderam por fim, vai ser
diferente.
Joana deu mama pra Emy ela reagiu bem pegando pela primeira vez na
mamadeira. Acho que ela estava com
fome pois estava rejeitando o meu leite por 3 dias.
Joana deixou tudo organizado, jantar a mesa e foi embora. - Pedro
chegou por volta das 20h em ponto.
- Oi amor como foi seu dia? - Me deu um beijo demorado. - Cade a nossa
pequena?
- Ela está dormindo no berço, acabou de pegar no sono.
- Pedro preciso te contar uma coisa.
- Depois, primeiro quero você agora. Aproveitar que a Emy está
dormindo e tem dois dias que te quero.
Fomos para o sofá e ele se despiu com muita rapidez na mesma
agilidade que eu me despi.
Fizemos amor com volúpia. Ele me beijava enquanto fazíamos amor ao
mesmo tempo que ele me penetrava
ele falava: Te amo - te amo - te amo - te amo.
Levantamos suados eu fomos para o banheiro, em meio água em nossos
corpos, ele vem por trás de mim e
me ensaboa, levanta as minhas pernas e começamos tudo de novo. Ele
tinha um fogo incontrolável.
Assim que saímos do banheiro tive que colocar o jantar no microondas
de tanto que demoramos. Quando
sentamos para comer a Emy começou a chorar, mas Pedro foi acalmá-la
enquanto eu servia os pratos.
- Amor ela dormiu de novo, coloquei a chupeta e foi instantâneo.
Demos risadas.
- A nossa Emy tem um pique que vale por dois.
Eu fico seria.
- Vamos comer amor. - Retiro as batatas, a carne e também o arroz.
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- Esse jantar está maravilhoso, temos alguma data especial para
comemorar?
- Pedro acho que sim. - Quando eu iria falar meu estômago revira.
Já volto amor. - Corri para o banheiro e passei mal.
Eu não queria estar sentindo todos esses sintomas de novo. A minha
gravidez poderia ser diferente. Quando
voltei para a cozinha Pedro estava me olhando sério sem falar nada.
- Caren, Caren - porque eu já estou suspeitando o que você tem algo pra
me dizer.
- Pedro, não sei como te falar...
- Eu sei! Você está grávida não é?
Eu abaixo meu olhos e fico calada por alguns instantes.
- Pedro eu pensei que eu amamentando seria impossível engravidar,
mas não é... Estou péssima a Emy é tão
pequena e também não estávamos planejando, juro.
- Caren para, por favor. Nosso casamento está bem, eu não estou triste
que esteja grávida. Se aconteceu e
porque somos capazes pra criar isso é uma dádiva. - Ele se aproxima e
me beija
- Eu amo você e a nossa família. Ele é parte da gente, e vai crescer junto
com a nossa Emy.
- Ele?
- Sim vai ser um menino agora.
- E se não for?
- Vou amar do mesmo jeito. Vem aqui sua boba. - Ele me abraça e
vamos para o quarto.
Ele reagiu melhor do que eu esperava. Eu mesmo estava com mais
medo do que ele por ter acabado de
ganhar a nossa bebê e já estar grávida de outro.
Dormi feliz porque tinha o apoio dele e porque senti que ele tinha ficado
feliz também.
* Alguns meses depois.
Meu casamento tinha sido perfeito. Me casei num sítio com um vestido
simples mas de bom gosto. Foram 50
convidados, somente os mais chegados mesmo.
Todas as pessoas que amo estiveram presentes, foi sem dúvida, o dia
que realizei o meu sonho. Conheci meu
sobrinho no casamento, meu pai entrou comigo e Pedro me estava me
esperando com o olhar mais
apaixonado que pude ver.
A Mii foi minha madrinha como havíamos combinado desde a nossa
infância.
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Viajamos para Europa por 5 dias e deixei Emy com Joana, só não
ficamos mais tempo fora por causa dela.
4 meses depois.
- Sr. Caren pronta para o ultrassom.
- Sim.
Entramos juntos de mãos dadas.
- Pode deitar, por favor, na maca.
- Quando o ultrassom começa a Dra. Pergunta para nós.
- Vocês querem saber o sexo?
- Sim. - respondemos em uníssono.
- Papai está vendo? - Esse é o órgão genital do seu filho. - Esse outro
pontinho aqui também, é outro órgão
genital.
- Pedro fica olhando emocionado. - São dois como assim? Não apareceu
isso na outra ultrassom anterior que
fizemos.
- Bom então nessa está aparecendo. São gêmeos, meninos.
Eu chorei de emoção. Sempre achei lindo gravidez de gêmeos, mas não
esperava que aconteceria comigo.
Nossa história de tantos recomeços deu uma super guinada, e agora
seremos 4.
Não tinha palavras para agradecer tanta dádiva. Essa seria a nossa
história, uma nova jornada começaria ali,
mas eu estava mais forte e preparada para viver tudo isso, com eles,
com Pedro e com Emy. Pronta para
viver o meu final feliz o que eu tanto desejava, agora em dose dupla.
The End