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Simplesmente Grávida (Concluído)

Caren tinha 25 anos quando engravidou de Pedro.

Pedro, 28 anos, Advogado, veio de uma família de classe média alta, depois de ter sido
traído nunca mais levou ninguém a sério. Pelo contrário, se tornou rude, arrogante e
mulherengo.

Ele a conheceu na academia como Professora de Educação Física, eles não tiveram um
bom relacionamento na época, brigaram e não se entenderam de jeito nenhum.

Como o próprio ditado diz: "A primeira impressão é a que fica."

Por fim, Caren saiu do emprego e eles não se viram mais.

Ele vai querer esta gravidez?

O que esperar quando já está esperando?

Um romance levemente picante, que te deixará curioso(a) de como será o fim de Caren
e Pedro.

Espero que você embarque e curta essa história!


Elenco
Personagens principais: Pedro Cáren -
Débora (ex-esposa de Pedro)
Michelle (amiga de Cáren)
George (amigo de Cáren e Pedro)
Bia (Ficante de Pedro)
Gaby (amiga de George)
Dona Joana (Cuidadora, amiga de Pedro)
Thiago (irmão)
Raquel (cunhada de Cáren)
João (pai de Cáren)
Meg (madrasta de Cáren)
Ana (professora da Academia)
Caio (ex-ficante da Cáren)
Jayme (vizinho amigo de Cáren)
Noemi (mãe de Paulo)
Natasha (amiga da Michelle)
Capítulo 1
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by SaFermom
Me chamo Caren, tenho 25 anos e me formei em Educação Física.
Minha mãe antes de falecer (há 5 anos), queria que eu tivesse me
formado em outra área, mas minha paixão
sempre foi por esportes, atividades físicas, tudo que fizesse o meu corpo
se movimentar.
Ninguém da minha família era formada nesta área. A profissão do meu
pai João era segurança e agora está
morando nos Estados Unidos porque casou recentemente com uma
americana que veio no último carnaval de
São Paulo. Enfim, eles se conheceram "na folia" e agora se mudou de
vez pra lá.
Me sinto sozinha porque os meus tios e primos moram em Minas, então,
somente os vejo nas minhas férias
ou nas férias de algum deles.
Estou morando na casa que eram dos meus pais, meu irmão mais velho
Thiago está casado e reside na
cidade de Santos/SP, embora seja relativamente próximo, não tenho
tanto contato com com ele, acho nos
distanciamos muito depois que o papai foi embora. Ele quase nunca
aparece, as vezes acho que por
insistência do meu pai, ele faz o papel de "irmão presente" para saber
como andam as coisas.
Voltando a falar da minha profissão, Educação Física é uma área muito
versátil, porque eu tenho opção de
trabalhar em diversas áreas, como por exemplo, trabalhar com crianças
em idade escolar, com atletas
profissionais, com pacientes que buscam a recuperação de movimentos,
portadores de deficiência física e
idosos que necessitam de cuidados específicos, ou como Personal
Trainee, como faço atualmente.
Trabalhei por seis meses em um academia o que me ajudou muito
porque a minha primeira clientela veio de
lá, a maioria deles machucados porque abusaram na musculação, e foi
neste período que eu comecei a atuar
a domicílio.
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6 meses antes
- Caren, vou te apresentar para os novos alunos da academia - disse
Antonio, um dos proprietários.
- Pessoal, essa é Caren, nova professora, que ajudará no que for
preciso, nos treinos, nas atividades. Ela
trabalhará no período da noite, juntamente com a Professora Ana.
- Caren, essas são as fichas dos alunos, aqui você monta a sequência
das atividades, baseada nestes
cronogramas.
Ele me apresentou várias cronogramas, pra quem quer emagrecer, pra
quem quer adquirir massa corporal.
No começo, me sentia estranha, mas tinha que ocupar a minha mente
porque me sentia sozinha, meu irmão
tinha casado e o meu pai também, eu tinha que focar no trabalho.
Agradecia muito Michelle por ela ter me conseguido este emprego pra
mim.
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Na primeira semana, fiquei focada em observar os alunos, as sequências
em cada atividade. Eu apresentava
os aparelhos e a forma correta de se fazer os exercícios.
Na segunda semana, alguns alunos já estavam acostumados comigo, o
Sr. Antonio tinha comentando com Ana
que estava gostando do meu desempenho - me senti aliviada por isso, a
minha casa dependia daquele
emprego.
- Caren, venha aqui que quero te mostrar uma coisa - diz Ana apontando
pra piscina.
- Tá vendo aquele gato? - Ele se chama Pedro, ele esteva viajando, o
Professor Samuel dá aula pra ele de
natação já algum tempo. As garotas da academia suspiram e morrem por
ele.
- Ele saiu com duas professoras e uma delas o Sr. Antonio despediu
porque arrumou barraco com uma aluna
por ciúmes dele, e no fim, ele não ficou com nenhuma das duas.
- Hum - dei de ombro - Não estava interessada em fofoca.
Ana era muito divertida, mas sabia de tudo que acontecia ali, com
alunos, professores, isso me incomodava.
Respondi :- Ele é bonitinho, corpo em forma, mas pela forma que você
fala dele, ele não vale nada.
Eu sou do tipo reservada, mas não era só isso, eu realmente estava sem
ânimo, minha vida estava monótona,
vazia, tinha terminado com Paulo e nosso relacionamento começou
porque morávamos no mesmo bairro,
logo que a minha mãe morreu ele me ajudou muito, eramos mais amigos
do que namorado. Nestes 5 anos,
ficamos quase 3 anos separados e voltamos mais uma vez e depois
achamos melhor seguir rumos diferentes.
As vezes ainda recebia mensagem dele perguntando se estava afim de
sair, mas de tanto eu recusar ele havia
parado.
- Ana - diz Pedro com um olhar malicioso - minha professora predileta - a
puxou pelo braço e a suspendeu
no alto, - seguindo com um abraço forte.
- Ah, para Pedro - ela diz desconcertada - quem vê pensa sou mesmo, -
me poem no chão.
- Claro que você é, sempre será. E ai o que achou da festa lá em casa?
Eu fico observando de canto de olho, não queria olhar pra ele porque ele
estava molhado e corpo dele
realmente era lindo. Avistei quando saiu da piscina, mas depois não olhei
mais.
- Caren, esse é Pedro - ela nos apresenta.
- Digo - prazer Pedro.
- Prazer. - Nossa mas virou rodízio aqui de professores? Cada semana é
uma nova, assim não aguento - ele
fala num tom sarcástico.
- Você tem parte na culpa desse "rodízio" - Ana diz sorrindo.
Nas minhas costas eu ouço ele perguntar pra Ana.
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- Você a conhece bem ? - Sabe se ela é fácil? Quem sabe ela pode ser a
próxima professora.
Respondo bem secamente: - NÃO! Ela não me conhece e não sou fácil.
Me deem licença por favor.
Era só o que faltava, aguentar desaforo de aluno, quem ele pensa que é?
- Fiquei com raiva e sai de perto.
- Caren, - Ana me chama quando estou descendo as escadas.
Virei as costas e continuei andando apressadamente.
- Caren, fala comigo. - Ela me alcança e me pega pelo braço.
- Ana, não estou afim de conversa. O dia foi cansativo, quero ir embora,
viro as costas.
No estacionamento, pego o meu fusca rosa e quando estou dando
partida, ele aparece.
- Caren seu nome não é? Eu assenti com a cabeça.
- Olha, você não deve se ofender com tudo que as pessoas dizem, afinal
você é adulta e eu não disse nada
demais.
-Estamos em pleno século XXI, qual é? Mulheres estão fáceis e os
homens também. - Isso é natural hoje em
dia, estamos vivendo a era do prazer mútuo, isso é ser moderno.
- Você pode sair da janela do meu carro? - Ignoro tudo que ele disse.
- Esse é seu carro? - Pergunta ironicamente, o meu carro está ali -
aponta para uma BMW linda.
- Deixa seu carro aqui pra gente se conhecer melhor, o que acha? - Já
que está se sentindo ofendida, prometo
não falar nada do que penso.
- Eu não importo com o que você pensa, não quero te conhecer. Quero
que saia da minha frente senão te
atropelo.
- Nossa, nossa. - Você sabia que posso denúnciar sua atitudes? Olha, eu
nem não fui grosseiro com você,
agora se quiser, sei ser pior gata, lembre-se disso.
- Então para de me aportunar porque não estou de bom humor, então
saia de perto do meu carro.
- Você não transa, certo? - Tá na cara!
- O que? não vou te responder isso, como pode ser tão intruso na
intimidade das pessoas?
- Eu estou falando do que vejo, mas posso estar enganado não posso?
Por isso, perguntei e não afirmei.
Nesse momento eu ligo o carro e sem dizer mais nada dei partida e fui
embora.

Capítulo 2

Conviver com ele se tornou muito difícil, soube que ele era sobrinho do
dono, então tinha que me controlar
pra não ser grosseira e ser mandada embora.
Ele me provocava o tempo todo, com olhares, com conversas altas,
falava com várias meninas sobre sexo, o
que ele tinha feito no final de semana com cada garota, eu achava isso
horrível.
Havia se passado quase 6 meses de pura tortura. Ele esbarrava em mim
não olhava pra trás nem para pedir
desculpas. Ele saia da academia cada dia com uma garota , fazia piada
sobre as roupas das meninas nas
aulas de aeróbica, chamava algumas de delícia na minha frente.
Em uma das conversa ouvi ele dizer: Dias atrás discuti com uma
"puritana" no estacionamento da academia,
mas não ouvi o restante da conversa.
Bom "puritana" era o máximo, melhor eu ser chamada assim do que ser
ofendida. Realmente eu era
moralista, isso sim, é uma das característica de uma puritana, mas estou
bem, não iria estragar meu humor
por causa dele.
Mais o que me deixava mais triste, era que nem o meu lado profissional
não agradava ele, depois do
episódio no estacionamento quando eu me recusei em "conhecê-lo
melhor" ele passou a me ignorar
totalmente. Eu chegava perto dele pra passar algum treino, ele dizia que
já havia pego com a Ana, ou seja,
ele estava realmente decidido a nunca mais me conhecer.
O final de semana estava próximo, decidi ir com o George meu vizinho
pra uma balada, tinha que sair um
pouco, conhecer gente nova. Pena que não podia chamar Michelle, ela
estava brigada com George, eles
tiveram um lance e agora estavam se evitando.
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Na balada
A noite tinha começado agitada, George me apresentou para uma amiga
dele (eu realmente esperava que
fosse amiga, porque no fundo, no fundo, queria que ele e Michelle
ficassem bem).
- Essa é Caren - Caren, essa é Grabriely- George nos apresenta.
- Oi Caren, o George fala muito de você.
- Que bom, fala mal ou fala bem? Respondo num tom de brincadeira.
-Muito bem! Ele disse que você é a confidente dele.
- Vamos buscar uma bebida no bar - diz George.
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A pista estava lotada, muita gente dançando black, eu acho essa dança
muito sensual, ainda mais no som de
Ne-Yo - She Got Her Own ft. Jamie Foxx, Fabolous
Vejo diversos casais dançando e outros que não são, mas que estavam
curtindo o som bem colados como se
fossem, esse era o poder do Black Melody.
Pedi duas tequilas, queria realmente beber um pouco, a semana tinha
sido pesada.
Quando olho para o lado, George estava falando com Pedro. Não podia
ser verdade, meu amigo com aquele
arrogante. Eu já tinha bebido toda a tequila, pensei que tivesse vendo
coisa demais, mas não era.
- Caren, Gaby, - George chama nós duas do lado do balcão e nos
apresenta.
- Esse é o Pedro, meu amigo da época da faculdade. - Olho pra ele e
digo, prazer, e Gaby diz o mesmo.
Lembrei alguns comentários do George da época da Faculdade sobre
um "amigo" que virou pegador depois
do término de um relacionamento de nome Pedro, e que este amigo
havia sido traído pela mulher da forma
mais horrível, ele a pegou com o amante na cama. Depois disto, ele a
processou e conseguiu uma boa
indenização e ficou com o apartamento pra ele. Segundo George, eles
moraram juntos há quase 2 anos, ele a
deixou sem nada.
George era Advogado e pelo visto, Pedro também.
Gaby toda eufórica dá 3 beijinhos em Pedro jogando todo o seu charme
em cima dele.
- Gato, o prazer é todo meu - ela fala tão espontaneamente.
- Bom, isso que é recepção, mas prefiro 2 beijos Gata, porque não quero
me casar de novo - ele fala
sorrindo.
Ele fala olhando pra mim como uma indireta e emenda.
- Agora a Caren eu já conheço George, ela é professora lá na Academia,
não é Caren?
Eu assinto, e volto para o balcão. Os três ficaram conversando enquanto
eu peço outra bebida.
- Caren, o que houve? Te senti incomodada - Diz George - Está pegando
alguma coisa que eu não saiba? -
Senti um clima tenso.
- Não, não, só acho esse Pedro insuportável, mas tudo bem, assim que
eu pegar a minha tequila vamos para
mesa?
Ficamos esperando a Tequila, acho que 10 minutos, talvez nem isso,
vejo Gaby e Pedro se atacando, o pior
que eles nem conversaram direito, não sei porque me senti muito
incomodada, irritada. Acho que precisa de
algum cara para me pegar daquela forma.
- Nossa, ele não perde tempo - George dá gargalhada.
Eu tomo minha tequila muito rápida, sinto meu corpo formigar - Vem
George, vamos para mesa, queria
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conversar com George sobre a Michelle, mas ele se antecipou.
- Caren, eu curto a Michelle, mas não estou preparado pra um
relacionamento a sério.
- Porque George? ela gosta de você e era tão bom quando estávamos
nós 3 juntos, vocês são a família que
não tenho - falo emocionada, deve ser o efeito da bebida.
- Eu preciso de tempo Caren, ainda tenho que organizada a minha ...
Somos interrompidos, o casal de "pombinhos" vem perto de mim. Eu não
tinha notado como Pedro estava
lindo naquela noite. Ele era moreno, olhos claros, barba por fazer e um
olhar, aquele olhar de hipnotizar.
Eles veem sorrindo, e logo Gaby diz:
- Gente preciso ir, vou pra casa do Pedro, ele me chamou pra gente ficar
lá, tá muito cheio aqui, minha
cabeça está explodindo.
- Gaby, você disse que queria curtição, por isso te chamei pra vir hoje -
George fala desapontado.
Eu olho pra Pedro, ele vem perto de mim e diz: - Professora, poderia ser
você se não fosse tão puritana, mas
Gaby não é de todo mal, essa noite promete, você não acha?
Eu saiu correndo para o banheiro e começo a chorar. Não sei porque
chorei, na verdade sabia mas não
queria admitir que me sentia atraída por ele, que eu queria que ele
tentasse hoje me conhecer melhor, como
se fosse a primeira vez que estivéssemos sendo apresentados.
Bom, eu já o conhecia quase 6 meses, tentei ao máximo não me
apaixonar, mas porque ele? Nunca gostei de
homem canalha, eu acho as atitudes dele horrível, como posso assim
mesmo me sentir atraída? Paulo era tão
educado, tão melhor que Pedro e mesmo assim não senti por ele o que
estou sentindo agora, acho que é
carência, não pode ser nada mais forte que isso.
O que eu faço agora? Como vou me explicar para George esse meu
rosto vermelho? E se eles estiverem lá?
Quando volto para mesa eles já foram embora, me sinto leve por não ter
que encarar eles juntos e também
por não saber ligar com Pedro falando comigo já que havia acostumado
apenas com olhares e guerras
verbais na academia.
- Caren, o que houve? - Não entendo vocês mulheres! A Gaby primeiro
me disse que queria virar a noite na
balada e depois que conheceu Pedro quis demonstrar o contrário, que
queria ir pra um lugar reservado sem
"barulho". E você... bom, prefiro não entender.
- Me desculpa George, não sei o que houve comigo...
- Vamos dançar, e vê se não chorar mais, senão você vai ficar horrível
com essa maquiagem.
Ele me puxa e fomos dançar... dancei até o meu pé doer, o efeito do
álcool já havia passado.
Naquela noite queria beijar alguém, não importava quem. Eu sai com um
vestido lindo, decotado, eu sabia
que eu estava atraente, mas naquele dia ninguém chegou em mim, me
arrependi de ter saído de casa.
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Fui embora no carro do George, pois tinha saído disposta a beber e por
isso não quis dirigir. Cheguei em
casa era quase 5 horas da manhã, minha cabeça só pensava o que ele
estaria fazendo agora.
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Capítulo 3

Saímos da balada quase 2:00 da , ficamos duas hora na balada, sabia


que Gaby era fácil então, pra que
perder tempo?
Eu não esperava encontrar Caren e muito menos saber que George era
amigo dela. Será que eles moram
perto? de onde eles se conhecem?
Eram quase 7:00 da manha, eu acordei com o braço adormecido porque
Gaby estava em cima dele. Me
levantei com cuidado e fui beber água. Eu estava tanto tempo solteiro
mas vivia acompanhado, todo final de
semana ou até no meio da semana eu levava alguém pra casa, e acaba
trocando o nome delas porque eram
muitas.
Eu me cuidava porque eu sabia que vivia no meio das orgias, das festas,
das farras, e havia um tempo que
estava me incomodando com essa rotatividade na minha casa. No
começo era bom, mas depois todas sem
exceção, começavam a me pressionar para ter algo mais serio, ou seja,
firmar um compromisso.
Meu erro era levá-las? para casa, varias vezes uma ou outra aparecia
quando estava acompanhado e o clima
ficava tenso. Não prometia nada a ninguém, pelo menos estava sendo
sincero, sem ilusão, sem
compromissos.
- Oi amorzinho, acordou cedo, achei que tivesse acabado com você -
Gaby fala manhosamente.
- Gaby, tivemos uma noite ótima, transamos bem gostoso, mas agora já
que acordou, poderia ir pra sua casa
e me deixar sozinho? - Não leve a mal, mas já amanheceu, posso pedir
um táxi pra você se preferir.
- Pedro o que está me dizendo? Está me mandando embora? Você é um
cretino, safado.
- Como pode fazer isso com uma dama?
- Que dama? estou na minha casa, faço o que quiser, foi bom pra nós
dois, mas agora quero que vá embora,
estou sendo sincero, se está magoada, sinto muito.
Ela levanta da cama pelada vai para o banheiro, ouço o chuveiro e
depois volta novamente me jogando na
cama e diz:
- Vou fazer você mudar de ideia...
Ela vem em cima de mim, eu como homem, não nego fogo.
Agora quem vai tomar uma ducha sou eu. Depois de um tempo eu
retorno e digo: Já pedi o seu táxi.
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Eu entro na academia e vejo Pedro puxando um ferro, de repente, ele
solta a barra contudo no chão e cai no
chão de dor.
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Eu corro perto dele na tentativa de socorre-lo.
- Você está bem? Posso te ajudar?
- Bem eu não estou Caren, que pergunta. Deixa que eu me viro sozinho -
Ele se levanta com dor e pega a o
celular no chão e sai em direção da porta.
- Pedro, eu posso falar com você? - Sinto meu coração bater rápido.
- Não Caren, eu não tenho nada pra falar com você, não foi isso que
você me disse quando nos conhecemos?
Eu sei me cuidar sozinho.
Eu queria evitar a Caren porque no fundo percebi que ela não era vulgar
como todas as mulheres que eu
saia. Eu queria descontar em todas as mulheres o que a Débora fez
comigo, por isso, tratava todos com
desprezo depois que saia sexualmente com elas. Caren era diferente, foi
bom pra mim mesmo ela ter
recusado me conhecer, eu não valia nada.
O meu humor estava péssimo porque queria ter saído com Caren e não
com Gaby, mas fiz de propósito
porque ela me desprezou desde o primeiro dia que nos conhecemos. Eu
mesmo sendo malicioso e nada
sensível as mulheres gostavam de mim e com ela tinha sido diferente,
ele me ignorou e o meu ego estava
ferido.
O meu tio precisava da Caren, então pra "uma melhor convivência"
melhor mantermos distância mesmo.
Naquela semana tinha desprezado quase 8 garotas, a maioria delas me
xingou de tantos nomes e com razão.
Eu queria evitar relacionamentos e ainda mais com mulheres
complicadas.
- Eu saio chateada porque ele não me ouviu, não aceitou minha ajuda.
Eu não sabia o que doía mais, se era o
desprezo ou ele não me ver como profissional pra ao menos ajudá-lo?.
Ele vai embora e eu decido conversar com Antonio porque aquele clima
no meu trabalho só estava me
fazendo mal. Eu queria conversar com Pedro sobre a balada, pedir
desculpa por sair correndo, queria dizer
que queria conhece-lo melhor, pra esquecermos os 6 meses passados
de indiretas, e também porque estava
apaixonada por ele.
Eu não iria dizer isso a ele é claro, mas queria me aproximar.
Agora que eu sabia que era o Pedro que tanto o George falava, lembrei
que ele uma vez me disse que Pedro
ficou jogado na rua bêbado depois do que dia que pegou Débora na
cama com outro. Eu queria do fundo do
meu coração me aproximar, sabia que esse jeito difícil dele era magoa,
que ele queria descontar em todo
mundo essa dor que ele sentia, mas ele me ignorou completamente.
- Sr. Antonio, posso entrar?
- Oi Caren claro que pode.
- Eu gostaria de pedir demissão.
-Ele me olha surpreso, aconteceu alguma coisa? Porque está se
demitindo?
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- Minto. - Eu arrumei outro emprego como Personal Trainee, é o que eu
quero Sr. Antonio. Eu agradeço a
oportunidade que o Sr. me deu, mas este emprego é o que eu almejo.
- Caren, pensa direito, o trabalho de Personal não é um trabalho fixo,
além de ser na maioria das vezes,
alguns dias por semana, a não ser que tenha arrumado um cliente rico
para você o auxiliar diariamente.
Porque não tenta manter os dois trabalho, seria possível? Posso diminuir
sua carga horária.
- Eu agradeço mas não será possível.
- Ok, Caren, semana que vem você volta aqui para acertarmos suas
contas.
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Capítulo 4

Chego em casa vou tomar um banho, o telefone está tocando eu não


ouço, ele toca novamente eu corro pra
atender.
- Alô - Caren, é a Michelle.
- Oi Mii pode falar... como é bom falar com você sumida.
- Amiga eu e o George voltamos, ele me pediu em casamento, acredita?
Eu estava saindo com outro caro,
encontrei com George no mercado acho que ele sentiu que iria me
perder. Na verdade estou tão feliz, que
mal consigo me conter.
- Mii fico tão feliz por isso, você merece. - Juro mesmo, estou muito feliz
por você.
- Cá, no final de semana vamos comemorar a nossa volta naquela
balada que vocês foram aquele dia. - Ah,
fiquei sabendo que a cretina da Gaby foi com o George, eu sempre tive
muito ciúmes dela mas ela realmente
é amiga dele porque se fosse algum rolo ela não teria dormindo com o
amigo dele. Você acredita que ele
dormiu com ela e no outro dia chamou um táxi e pôs ela pra correr? -
Isso que dá dormir com um cara na
mesma noite que conhece, bem feito pra ela.
Ouço tudo e fico horrorizada, acabei falando pra Mii que pedi as contas e
que não estava me sentindo bem.
- Porque fez isso Caren?
- Te conto tudo depois, não se preocupa, estou bem.
- Ok, amiga... bjss até o final de semana.
Desliguei rapidamente o telefone, antes de desligar, confirmei minha
presença na comemoração deles. Sentei
no sofá e comecei a chorar, meus pensamentos estavam em Pedro, eu
acho que tomei a atitude certa, talvez
ele nunca mude. Queria muito que tudo tivesse sido diferente, mas não
foi.
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Pedro:
Era quinta-feira, eu tinha sumido da academia porque sentia dores nas
costas.
Quando entro na academia me vem a Bia, uma peguete minha, essa eu
não tinha dispensado, ela era gostosa e
quando eu queria sexo rápido ela topada.
- Oi Pedro... saudades de você sumido, eu estava pensando em ir na sua
casa no final de semana, se quiser
minha companhia, é claro.
- Bia, não vou combinar nada contigo, mas qualquer coisa te ligo.
P 5-1 72ias_ar Olho pra todos os lados e não vejo a Caren então pergunto
pra Bia e fico sabendo que ela se demitiu. Sinto
algo estranho nessa notícia, mas porque? Será que era isso que ela
queria falar?
Vou até a sala do meu tio.
- Tio o que houve com a Professora Caren? Ela pediu demissão?
- Sim, ela disse que arrumou um emprego de Personal, eu ofereci pra ela
trabalhar com uma carga de horário
reduzida mas ela não quis. E você já está de olho nela também? Seu
garoto safado!
- Claro que não tio, nem conhecia ela direto.
- Pedro, não me faça rir. Ela trabalhou aqui 6 meses, e justamente você
que não perde tempo vem com esse
papo furado que não conhecia ela direto. Se é verdade, que bom que
esteja mudando, porque não gosto de
envolvimento com aluno e professores aqui.
Saio da sala e não respondo nada para o meu tio, ligo pra George
- Alô - George? É o Pedro como você está cara?
- Oi Pedro estou bem, na correria do trabalho mas bem, e você?
- Então estou te ligando pra saber se você tem como me passar o
número da Caren, pode ser cara?
- Pedro, na moral não vai dar. A Caren é minha amiga de vários anos,
você saiu com a Gaby deixou ela mal
pra caramba, sou seu amigo cara mas não me leve a mal, a Caren não
merece você no pé dela, deixa ela de
boa.
- Caramba George até você, está desconfiando de mim cara? - Ela era
minha professora, mas blz, deixa pra
lá.
- Vamos na balada de novo esse final de semana, mas vou com a
Michelle minha noiva, a Caren vai estar lá,
se ela quiser te passar o número dela, aí é entro vocês.
- Parabéns pelo novidade.
- Vou noivar e pretendo me casar daqui um mês, algo simples, vou deixar
o convite do meu casamento na
portaria do seu prédio. - Acho que os convites ficam prontos na segunda.
- Tudo bem. Não acredito que vai casar. Você é louco - falo pra George
ironicamente - boa sorte!
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Capítulo 5

Tive uma noite terrível pensando no Pedro, não só nele, agora que o
"calor da emoção" havia passado, dei
conta que estava desempregada.
Havia dois dias que tinha pedido as contas, eu precisava urgente
atualizar o meu currículo e começar a
distribuir nas academias, escolas, enfim parada não podia ficar.
Meu telefone toca as 9:30, era o Luiz, da academia, um moreno alto,
casado, tinha 37 anos, ele precisava de
uma personal, ela queria perder peso porque estava com problema de
coluna.
-Caren é Luiz da academia tudo bem? Seu Antônio me passou seu
contato e me disse que agora você é
Personal.
- Nossa as noticias correm. - Falo de forma surpresa. - Sim eu estou
trabalhando nessa área agora, mas acho
que o seu caso também deve ser analisado por um fisioterapeuta.
- Vou procurar um fisioterapeuta também mas quero que me ajude a
perder peso primeiro. Eu estou
precisando dos seus serviços pelo menos três vez por semana, de
segunda, quarta e sexta, pode ser? Ou já
está com a agenda lotada? O meu horário no trabalho esta ruim, vou
pausar a academia e queria fechar com
você em horários mais personalizados, digamos assim.
- Eu quero sim, esses 3 dias são perfeitos pra mim. Eu agradeço a
confiança.
- Começamos na segunda-feira.
Nós despedimos e já estava emprega, agradeci a Deus por isso.
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Pedro
Bia insistiu em me encontrar no final de semana, mas sábado queria ver
a Caren, também me sentia atraído
por ela, mais do que eu pensava. Sentia falta dela na academia, mas
acho que era orgulho ferido de "macho
alfa" - Praticamente tinha saído com quase todas as meninas da
academia, incluindo as professoras. - Ela
não, não quis me conhecer, não quis nada comigo, ainda pediu as
contas, me sentia desafiado.
A Bia chegará às 22:00h, sei que terei uma noite de sexo prazerosa, mas
a havia duas semanas que a Bia
começou a pegar no meu pé dizendo que estava disperso, que eu não
havia com frequência como antes. Era
verdade! Eu tinha certeza que ela tocaria no assunto estando aqui em
casa.
Comprei um vinho, comprei petiscos e pontualmente ela chegou.
- Oi amor, estava me esperando?
Ela estava com um vestido estigante.
P 6-1 _______________
Ela me beijou, eu retribui - abrimos o vinho.
- Não demorou muito pra ela falar:
- Pedro, precisamos conversar. Estamos há 7 meses juntos e você não
assumiu nosso relacionamento. Pedro
eu te amo e não sou a Débora, porque não ficamos juntos?
- Bia já conversamos sobre isso, gosto de minha liberdade. Faço o que
quero, na hora que quero. Semana
que vem tenho uma audiência no Rio, quero conhecer a noite carioca,
sem precisar dar satisfação pra
ninguém Bia. Você deveria fazer o mesmo, você é linda, gostosa porque
não vive sua liberdade? Pra que
compromisso a sério?
- Eu que te pergunto Pedro, porque você não quer um compromisso a
sério? Por medo? Você usa essa "tal
liberdade" pra se esconder do medo de se relacionar e se dar mal de
novo.
- Bia não estraga a nossa noite.
Eu sabia o que eu tinha que fazer, ela já tinha dito as palavrinha
mágicas, "eu te amo" - eu tinha que parar
por ali
- Bia, se que continuar comigo, vai ser assim, não sei se vou mudar, é o
que quero pra hoje. Você que passar
a noite comigo?
- Pedro sinto muito, pra mim não dá mais. Achei que você me vendo
assim toda linda pra você, te faria
pensar. Achei que esses meses juntos valessem a pena tentar uma
conversa mais séria, mas vejo que não.
Também não vou dormir com você hoje, pra mim chega.
Ela vira as costas pega a bolsa no sofá e vai embora batendo a porta.
Me resta tomar o vinho sozinho, e pensar na noite de amanhã. Pelo
menos com a Bia foi diferente, não
precisei mandar ela embora, ela desistiu de mim por si só. Me sinto
menos mal quando não tenho que
mandar ninguém embora como foi com a amiga do George, nem lembro
o nome dela mais.

Capítulo 6

Acordei radiante, depois de dias consegui dormir um pouco melhor.


Ligo o celular, vejo a mensagem da Mii logo cedo.
"Gata hoje a noite promete, veste a sua melhor roupa porque o George
vai levar o amigo dele Caio pra te
conhecer. Não aceito não como resposta."
"Mii - você que vai casar e não eu. Pare de querer me arrumar
pretendente, estou de boa, sério, vai cuidar
dos preparativos da sua festa."
"Caren estou pensando em todos os preparativos fica tranquila, mas
também quero pensar que a minha
madrinha daqui um mês estará com um gato novo. Se você pegar o
buquê, vai ser bom ter algum com você
pra se concretizar a lenda de que o seu casamento será o próximo rs."
"- Mii essa foi a forma que você encontrou para me chamar como
madrinha? Simmmm, eu aceito sua chata."
Até a noite, e vamos conversar sobre isso.
================================
Começo a me arrumar são 22:00 horas, novamente vou com o carro do
George porque eu queria beber de
novo.
Estou disposta a conhecer o Caio, pela foto que a Mii me mandou ele é
um cara bonito, preciso esquecer o
Pedro.
Acabo aceitando a ideia da "santa casamenteira" Michelle. Coloco um
vestido vermelho curto e colado. Uso
minha melhor maquiagem e perfume da Channel, queria impressionar
Semana que vem terei que ver o Pedro, já que o Sr. Antônio vai acertar o
que me deve lá na academia, até
lá, quero estar bem com o Caio, quem sabe dá certo com ele.
Preciso arrumar alguém logo, estou carente a meses, preciso beijar,
transar estou quase subindo pelas
paredes.
- George interfona na portaria - Caren estamos te espetando, chegamos!
Quando entro no carro, sou apresentada para o Caio, ele trabalha com
George no escritório de advocacia.
- Prazer Caren, me chamo Caio, você é mais linda do que eu pensava.
Percebo que ele é galanteador.
- Caren, ficou muda? -Mii pergunta dando risada.
- Claro que não Mii, assim você me deixa sem jeito.
- Obrigada Caio.
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Chegamos na balada, pegando um fila enorme. O Caio tinha vips pra
gente naquela noite.
Na fila ele fica atrás de mim me abraçando pela cintura, quando
entramos e estava tocando Black, cada
andar era um ritmo. Na outra vez que vim com George não tinhamos
subido para os outros andares.
Passamos a pista de Black e ficamos na pista de samba. Não sou tão fã
de samba mas estava tocando
Péricles. Pedimos algumas bebidas, garantimos uma mesa.
Logo percebo o George falando com Pedro pelo celular.
- E aí brother tô na balada Atenas, a mesma dá semana passada,você
vai colar? Estamos na pista do samba,
não tô te ouvindo bem por causa do som, tá bombando aqui, mas pode
colar. Tem bastante bebida pra gente
se divertir a noite toda.
- Caren, lembrei de uma coisa - chega perto do meu ouvido - O Pedro me
pediu o seu telefone, então pelo o
que ele fez com a Gaby eu recusei.
- Eu disse a ele que se ele quisesse seu telefone ele que viesse pegar
com você?. Ele sabe que vou me casar,
então chamei ele pra comemorar também. Você se importa? Tá rolando
alguma coisa entre vocês? Porque se
tiver, você deveria ter me avisado porque eu não teria chamado o Caio
hoje.
- George é claro que não está rolando nada, simplesmente ele não se
simpatiza comigo e eu não me
simpatizo com ele.
- Ufa. Menos mal o Caio é um cara bom, melhor do que o Pedro. Pra
amizade o Pedro é um cara legal, mas
não indico como "companhia" pra você minha madrinha.
Então, decidi chamar o Caio para irmos pra pista de Black, queria sumir
da pisca aonde o Pedro iria
aparecer.
- Caren você gosta de Black? - Caio me pergunta- Acho que vamos se
identificar bastante.
Eu assinto que sim. Antes de chegar na pista bebemos no bar juntos,
viramos algumas tequilas. Acho que
foram três cada.
Na pista dançamos e conversamos sobre diversos assuntos.
Ele me falou que é advogado criminalista que era estressante essa área,
nem sempre ele defendia o mocinho.
Ele quer viajar pra Europa nas férias dele no mês que vem, também me
disse que está a procura de um
relacionamento sério.
Falei pouco sobre mim, contei do meu novo trabalho, também mencionei
que me sentia sozinha depois que o
meu pai e irmão se casaram. Esqueci por algum momento que Pedro
viria.
Começou tocar : Justin Timberlake - What Goes Around
Ele pegou na minha mão, chegou perto de mim e começou a me beijar.
Era um beijo suave, sentia o gosto da
tequila na língua dele. Ele me encostou na parede e o nosso beijo
aumentou o ritmo, e quando abro os olhos,
P 7-2
percebo que Pedro estava me olhando, sério encostado no balcão.
Quando percebi o olhos dele estava em minha direção, então comecei a
"representar", me esfreguei no Caio
de todas as formas. Beijei o pescoço dele, deixei ele pegar na minha
bunda, ele colocou as mãos no meio
das minhas pernas, por entre o vestido.
O clima estava ficando muito tenso, o ambiente esta levemente escuro
mais eu me senti uma vadia, então
parei e disse, vou ao banheiro e já volto.
Quando estava chegando perto do banheiro, ele me puxa pelo braço.
- Tô vendo que está acompanhada. Acho que você não é tão puritana
como pensava. -Porque se fez de difícil
comigo?
- O que você quer Pedro? Me enlouquecer? O quer comigo? Porque
você quer o meu telefone? -Você quer
sair comigo e depois fazer o mesmo que fez com a Gaby? Não se sente
satisfeito com a sua coleção e quer
um brinquedinho novo? - Encho ele de perguntas e ele mal consegue
responder.
- Quantas perguntas reprimidas, preciso de mais tempo com você pra
responder todas elas. -Eu pedi o seu
telefone pra me ajudar com alguns exercícios, ainda sinto dores daquele
dia na academia.
- Não sou médica Pedro. Sinto muito não posso te ajudar. - Quando
estou prestes a sair ele me puxa de novo.
- Volta comigo hoje? Te levo embora.
Eu não estava acostumado ser desprezado, não esperava vê-la com
outro cara, tinha outros planos ,me sentia
irritado, não queria sair ileso naquela noite.
- Não posso Pedro já estou acompanhada.
- Então tá, não sei porque perdi meu tempo com você de novo. Ele vira
as costas e vai para o balcão pegar
outra bebida.
Meu coração queria ir com ele, mas sabia que estava fazendo a coisa
certa.
Volto para a pista de samba e Michele estava com duas amigas (Natacha
e Sophia) tinha os amigos de
George (Gustavo, Denis e Lucas) ainda tinha uma galera pra chegar.
Quando tudo parecia estar normal, vejo Pedro beijando uma menina na
pista de dança. Eu não consegui
suportar, simplesmente virei mais dois copos de tequila.
Caio estava no telefone e quando ele se aproximou, ele me pediu
desculpa mas disse que tinha que ir embora
porque a sua mãe estava passando mal.
Senti por isso, e pensei em ir com ele mas Michelle insistiu pra eu ficar,
até porque o Caio precisava ir ao
médico, ele iria direto e com certeza eu iria atrapalhar. Ela tinha razão,
me despedi de Caio já imaginando
que Pedro iria insistir pra eu ir com ele embora.
Caio me deixou o telefone dele é me prometeu que se ele saísse cedo,
iria voltar.
P 7-3
Era quase 3:00 horas da manhã, já estava tonta e irritada por ver o Pedro
abraçado com um mulher alta,
magra e loira - eu tive vontade de sair correndo. - Então não aguentei e
fui falar com Michelle e George.
Mii, me perdoe, George ... Peço perdão também, mas vou embora, vou
pegar um táxi pra casa, prometo
passar um final de semana com vocês pra compensar.
- Ah, Caren - não acredito que já vai, poxa fica um pouquinho mais?
- Mii, sério preciso ir. - Beijo a testa dela. - Me despeço do pessoal, pago
a minha comanda e saio.
Do lado de fora não a apareceu um táxi, que droga! Estou com frio, não
deveria ter vindo de vestido.
De repente, sinto uma mão em meus ombros e uma casaco de frio me
aquecendo, viro e vejo Pedro. - Retiro
o casaco e agradeço, mas sem olhar nos olhos dele.
- Ele me vira e segura no meu rosto. Sabia que é feito ir embora sem se
despedir.
Olho pra ele e fico em silêncio por alguns segundos. Fitei os olhos dele é
Fiquei sem reação.
- Ah digo...digo, você estava acompanhado, preferi não atrapalhar.
- Nao precisa gaguejar, eu não mordo.
- Pedro, preciso ir embora, estou levemente alta, com fome, daqui a
pouco o meu mau humor vai atacar
você, então, volta pra sua ficante e me deixa ir.
- Eu te levo pra casa. Não sou o mostro que pareço ser ou que você
pinta ser. - - Se você me deixar te levar,
não te peço mais nada.
-Tudo bem, você me leva. Meu coração batia loucamente.
Quando estávamos no carro, eu não conseguia pensar em nada pra
falar, nada pra quebrar o gelo.
- Caren já que está com fome, você se importaria se eu passasse em
casa? Poderíamos comer alguma coisa...
- Pedro, não sei, acho que não é uma boa ideia.
- Porque você esquiva de mim Caren? Ainda pensa naquele dia que
mencionei sobre as mulheres serem
fáceis? Só por isso? Quando vai esquecer daquele dia, é tão pequeno o
motivo pra guardar rancor.
- Não é por isso, é porque você meche comigo. - Aí Deus porque disse
isso, pensei- Sou uma idiota, bêbada.
- Ele ri, faz o retorno com o carro e diz: vamos pra minha casa!
Ficamos em silêncio na entrada do prédio. No elevador Pedro me olha e
simplesmente me agarra, me puxa
juto dele, coloca suas mãos atrás do meu pescoço e me devora com um
beijo avassalador.
O beijo dele era quente, os lábios macios e ele abria a boca como se
fosse me engolir.
Ele levanta minhas pernas e diz no meu ouvido: Safada! Você me quer
não quer? Eu quero ver aquela mulher
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safada que estava na pista, aliás você não tem nada de quietinha? - Pra
chamar minha atenção? - Então
confeço que conseguiu.
- Eu não sou assim Pedro, acho que eu você...
Ele me aperta mais, não consigo responder.
Saímos do elevador, ele empurrou a porta e se esfregou em mim. É
assim que você gosta?
A porta abre, quase cai pra trás. Ele me segura e entramos no
apartamento - aquela lugar cheirava perfume
de mulher.
Ele começa me acariciando depois coloca a mão embaixo do meu
vestido, me beija intensamente e tira a
minha calcinha por baixo e sussurra no meu ouvido: - "você é gostosa,
que corpo maravilhoso, estou com
muito tesão por você".
- Pedro, acho que é muito cedo pra nós fazermos isso.
Ele me encara, desabotoa a calça, tira a blusa e fica de cueca.
O meu sangue começa a ferver, ele começou a tirar o meu vestido por
cima da cabeça - fico só de calcinha. -
eu estava sem sutiã, com aquele vestido não precisava.
Eu queria algo mais calmo mas não foi assim.
Eu escuto um barulho estranho, mas ele estava tão frenético entrando e
saindo de mim que eu não quis
atrapalhar.
Eu estava tonta me segurando pra não cair pra frente, então ele geme de
prazer praticamente junto comigo.
Ele sai de dentro de mim, e vai pra cozinha, pega um vinho e bebe me
olhando.
Eu olhei pra ele e fiquei com medo dele me mandar embora depois disso.
- Você é gostosa, só dei um pausa para o vinho.
Sorrio sem graça - ele serve uma taça pra mim também.
Ele vem e me beija de novo, com mais pegada, com mais fome. O
membro dele estava ereto, nem parecia
que ele havia gozado. Ele tira o preservativo, e me leva para o quarto.
Ele me deita na cama, achei que dessa vez seria mais calmo, mas não
foi.
Enfim, transamos ate amanhecer.

Capítulo 7
Eu cochilei várias vezes, na verdade eu estava esperando clarear um
pouco para pedir o meu táxi, não
queria correr o risco dele me mandar embora. Como uma mulher
apaixonada, fiquei olhando ele dormir,
percebi que nas costas dele havia uma tatuagem com o nome de
Débora, fiquei chateada com o que vi mas
estava tão cansada que peguei no sono de novo.
Quando acordei era quase 10:00 - Olho pro lado da cama ele não está.
Ele sai do banheiro e me olha, eu não sei como reagir ontem estava mais
a vontade, a bebida nos
proporciona isso, mas enfim, não consegui encará-lo.
Eu me levantei rapidamente e me antecipei. - Pedro, eu já vou embora,
vou ligar para o táxi.
-Ele deu de ombros e não respondeu.
Eu sabia que seria assim, pego as minhas roupas e vou para o banheiro.
Quando eu saio do banheiro ele não
estava mais.
- Pedro? Pedro? - Ninguém responde.
Vi um bilhete na mesa: "Esses e o meu número, quando quiser uma
transa pode me procurar. Vou tomar café
na padaria, não te chamei porque você tem seus compromissos e eu
tenho os meus, não se ofenda eu sou
assim, - prazer, Pedro."
A porta estava aberta, então entendi isso como um sinal, peguei o
elevador e comecei a chorar; - chorei de
soluçar com o bilhete na mão.
Entrei no primeiro táxi enxugando as lágrimas, me senti usada, mas
sabia que eu mesmo me deixei usar.
Cheguei em casa dormir a tarde inteira.
A Mii me ligou e eu contei tudo pra ela. Acabei ouvindo o que eu não
queria
" - Caren, como pode fazer isso com você? - Você sabe como ele é! Em
segundo lugar, sua noite tava
perfeita até antes desse ordinário chegar, você poderia ter fechado com
chave de ouro ficando somente com
o Caio. Ele te adorou, falou com o George que quer sair com você de
novo e que se vocês continuarem
saindo, ele cogita em até te pedir em namoro.- Caren amiga, você sabia
da Gaby como pode se arriscar
assim?"
Eu só soluçava. Agora que passou a euforia, a bebedeira, vejo que
transamos de forma selvagem e que a
forma que ele me tratou quando acordamos foi horrível.
- Ele não foi carinhoso comigo Mii, ele me tratou como uma qualquer.
- Que raiva Caren, nem vou comentar com George senão vai dar merda.
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- Nao, esquece! Não fale para o George não, eles são amigos. Uma
coisa é a amizades deles a outra eu como
ficante dele.
Depois que desliguei, voltei pra cama e não fiz mais nada o dia todo.
================================
Quinze dias se passaram e faltam quinze para o casamento de Michelle
e George.
Eu era madrinha então ajudei na organização e escolha do buffet,
decoração e DJ.
Meu presente era a viagem de Lua de Mel para o casal.
Na semana tinha tempo livre pra ajudá-la na mudança, até porque o meu
trabalho como Personal permitia.
Eu estava gostando de trabalhar alguns dias por semana, era tranquilo,
sem estresse.
Tinha pego uma boa grana com o Sr. Antônio pra ajudar no casamento
dos meus amigos e tive sorte que
esses dias que se passaram não vi o Pedro, nem mesmo quanto fui na
academia.
Soube que ele tinha voltado do Rio e que teve sucesso na audiência da
guarda de uma menor de idade, ele
conseguiu convencer o juiz que o pai tinha condições de cuidar da
criança melhor que a mãe. Ele era bom no
que fazia.
Às vezes George falava dele, então sabia algumas coisas que
aconteciam, algumas boas outras não.
Um dia a noite peguei o telefone que ele me deu e anotei nos meus
contatos e a foto de perfil do whats era
dele no Rio perto da estátua do Cristo Redentor, ao lado de uma gringa. -
Me senti muito mal.
Acabei ligando para o Caio de tanta raiva mais caiu na caixa postal.
Melhor assim, não podia continuar
agindo por impulso.
Nunca mais sai com Caio, tive remorso de tudo que ouvi da Michelle e
também por ter saído com Pedro.
Eu sabia que iria encontrá-los? no casamento dos meus melhores
amigos, mas teria que conviver com isso,
afinal o nosso ciclo de amizade são os mesmos.
Entrei no Facebook, havia uma solicitação de amizade. Adivinha? De
Pedro e também da Gabi, acabei
aceitando de ambos.
A despedida de solteiro estava marcada pra esse final de semana. O
Georges sairia com os rapazes para
Atenas e nos mulheres, iríamos num Karaokê.
Esses últimos dias me sentia cansada, acho que era a agitação do
casamento.
Chegava em casa, só queria dormir nem apetite eu tinha. Acabei indo
dormir porque precisava me poupar,
esse final de semana prometia.
================================
Pedro

Depois de 15 dias achei que Caren me ligaria, mas nem sinal dela,
mesmo que fosse só pra ficarmos.
No dia que ficamos na balada, antes de vê-la beijando um cara eu fui
direto pra pista de samba.
Assim que eu cheguei Michelle e George me abordaram dizendo que a
Caren estava com o Caio pra eu ficar
longe dela, - que ela era moça de família, disseram também que ela teve
um único namorado de nome Paulo,
que morava sozinha porque os membros da família cada um vivia por si,
- que ela não tinha perdido a mãe
há 5 anos, pra eu desistir de qualquer envolvimento que pudesse magoá-
la.
Eu comecei a ficar com dor de cabeça só de ouvir tudo aquilo.
Acabei desconversando, eu disse que iria pegar uma bebida na pista de
baixo e vejo ela toda safada,
diferente de tudo que tinha ouvido - "moça de família" não "quase" transa
em público.
Depois da Caren fiquei com uma mulher de nome Emma, ela era gringa,
mas não sei o que houve comigo,
simplesmente não parava de pensar na Caren. Será que esse
pensamento tem haver com o fato de ser alguém
que eu deva ficar "distante"? - E justamente por isso tenho me
interessado? - Minha cabeça está dando um
nó.
Hoje é o dia da despedida, os homens irão pra um lado e as mulheres
pra outro, mas gostaria de encontrá-la
no final da noite.
Queria repetir o que aconteceu, sei que é errado. Eu tratei ela como
todas, mas agora minha cabeça ficava
martelando o que eles me disseram sobre ela, mas independente de
quão legal ela seja, não quero me apegar.
Evitei demais várias mulheres mas estava decido voltar a "ativa" ficar
com uma só, isso não é coisa pra
mim, não mais.
================================
Caren
Me arrumei muito bem naquela noite.
Estava com um vestido preto, decotado e que caiu como uma luva no
meu corpo. Me maquiei bem com um
sombra bem escura e passei o meu perfume predileto.
As meninas passariam aqui as 23h, então ainda deu tempo de arrumar o
meu cabelo e fazer alguns cachos nas
pontas. Desci na portaria e liguei pra Mii.
- Mii, já estou aqui em baixo, você já está chegando?
- Caren o George vai buscar a Natasha e você e mais algumas meninas
no caminho. O meu carro já está
lotado. Os meninos estão ajudando e vão levar a gente depois vão para
role deles.
- Não precisa Mii eu vou com o meu carro então.
- Cá, eles já estão a caminho.
- Eles quem? - Você sabe quem está com o George?
- Cá nem perguntei para o George, tem uma galera mas posso ver se
quiser, acho que sei o porquê está me
P 8-3
perguntando isso.
- Mii, deixa pra lá, seja quem for, superei essa situação, já é passado. -
Menti pra Michelle, não queria
estragar a noite dela com as minhas coisas pessoais.
Dito e feito, quando vejo eles chegando lá estão: George com Silas
(conhecidos do bairro) e Gaby - No
outro carro, Pedro , Natasha e Gustavo.
Eu cumprimentei todos e sinto o meu rosto arder porque o Pedro estava
me olhava de uma forma "sul real".
Então, quis me mostrar indiferente e perguntei do Caio.
- Ele não vêm, está de férias e foi para o exterior, respondeu George.
- Digo: É uma pena.
-Você pode ir com Pedro? Preciso pegar outro pessoal.
Não tinha escolha, entrei no carro e fomos para o Karaokê. No caminho
Gustavo estava na frente
conversando com Pedro sobre carro e moto e Natasha estava no
telefone com alguém. Fiquei quieta o
caminho inteiro.
- Caren, Natasha - vamos passar aqui depois da balada pra pegar vocês
blz? - diz Pedro.
- Eu vou de táxi - não precisa. - respondo de imediato.
Chegamos. O lugar estava cheio.
Gustavo ficou no carro e Natasha agradeceu os meninos e foi para a
entrada do local.
Pedro saiu do carro - Preciso falar com você - ele disse tocando em
meus braços.
- Essa não é a hora Pedro - ele me interrompe, me puxa e me beija.
- Eu o empurro - O que você quer Pedro? Me deixa, você já me usou o
que quer mais?
- Quero você de novo, essa noite! - Não vou deixar você ir de táxi.
Eu não consegui dizer nada, eu estou parecendo mulher de malandro
porque no fundo eu queria também.
- Pedro, eu não quero. Não quero acordar com um bilhete infantil e você
não estar lá. Não quero ser
humilhada como você faz com todas que se envolvem com você, não
quero. Encontre alguém no Atenas e
leva pra sua casa e faz a sua diversão e me esquece.
- Caren, quero você hoje, não vou com mais ninguém se não for com
você. Prometo que não vou te deixar no
dia seguinte (caramba o que eu estava falando? - estou quebrando
minhas próprias regras). Me desculpa!
Não acredito no que ouvi, ele me pedindo desculpa.
P 8-4
- Bom, posso ir pra sua casa mas não vou dormir lá, se quiser assim tudo
bem, senão, não!
- Tudo bem, até mais tarde.
Ele entra no carro e vai embora.
Natasha me chama - Caren, vem logo!
Quando eu entrei já tinham várias amigas da Mii. Algumas eu conhecia e
outras não.
Logo depois, chegou a Gaby, Estela e mais duas amigas delas que não
conhecia.
Arrumamos uma mesa maior, pegamos as pastas e começamos a
escolher as músicas. Não parava de pensar
no beijo, em Pedro, até que Gaby veio perto de mim.
- Oi Caren tudo bem?
Tudo Gaby e você?
- Posso me sentar perto de você? Queria te alertar sobre o Pedro, o
George me comentou que ele anda atrás
de você, quer seu contato e tudo mais não é?
- Gaby, essa não é a hora, eu não tenho nada com Pedro, e
sinceramente, sei o que houve entre vocês e juro,
foi horrível. Não desejo isso pra mulher nenhuma e...
Ela me interrompe.
- Caren, você não sabe de nada. Você não sabe como me sinto. Ele vai
te usar e te chutar como fez comigo e
com a Bia da academia.
Você conhece a Bia? - eu fico surpresa.
- Sim, eu comecei fazer academia logo depois que sai com Pedro. Ele
tem ido muito menos lá, mas peguei
amizade com a Bia e ela me contou o que ficou com ele quase um ano e
ele a chutou.
-Fica longe dele Caren, seja diferente.
Ela se levanta e pega o microfone porque era a música que ela iria
cantar.
A noite passou rápido, eu bebi um pouco mas comecei a sentir meu
estômago embrulhar, acho que eu comigo
alguma coisa que não caiu bem.
Procurei não pensar se Pedro estava com alguém na balada.Toda vez
que pensava isso eu sofria.
Eu cantei 3 músicas e me diverti bastante, lógico, tirando a conversa
chata com a Gaby, a Mii estava
radiante, conseguia enxergar a felicidade no rosto dela.
Já era três da manhã quando os meninos entraram. Mii pula em George
e eles se beijam. Todos gritam e vejo
Pedro me fitando com as mãos nos bolsos.
Ele pega uma bebida no balcão e vem em minha direção e fala no meu
ouvido: Que tal irmos agora?

Capítulo 8

No carro ficamos em silêncio por um tempo e logo em seguida ele me


fala.
- Caren não sou um cara ruim, sei que posso ter parecido...
Ela me interrompe.
- Pedro o que eu penso não importa, você não está sendo bom pra mim,
sua insistência do nada, você não
gosta de mim, nós não temos nada em comum, não sou o tipo de mulher
que você costuma sair - falo sem
olhar pra ele.
- Tipo de mulher? - Homem gosta de mulher, não existe "tipo".
Eu dou risada, realmente tinha esquecido que estamos falando de Pedro.
-Caren, soube dos seus pais, sei que você vive sozinha, não quero
mudar sua vida, acredite, eu também amo
minha vida. Eu moro sozinho por opção , temos muito em comum, somos
independentes, então porque a
gente não sai de vez em quando, talvez seja bom pra gente não ficar tão
sozinho.
Eu não acredito que você está me propondo um "caso" assim como fez
com Bia?
- O que você sabe de mim e da Bia? Não tire conclusões precipitadas.
- Eu sei o suficiente, você a usou por muito tempo até enjoar, agora quer
fazer isso comigo?
- Eu não te devo satisfação da minha vida pessoal, - fala irritado - mas
saiba que ela que não quis continuar
a sair comigo por questões de não querer se apegar, sei lá, eu não chutei
ela.
Eu fico em silêncio - será que é verdade? Fico pensativa mas não quis
continuar a conversa.
Chegamos na casa de Pedro ele foi no banheiro, eu sentei no sofá.
Ele volta e para na minha frente me levanta pelas mãos e me beija bem
devagar. - Fiquei louca, me "derreti"
por completo, mas me afastei.
- Eu quero que passe essa noite comigo. Ele diz olhando nos meus
olhos.
- Porque você é tão insistente? E depois Pedro? Você vai sumir de novo,
não quero isso pra mim.
- Porque vocês mulheres são todas iguais? Sempre pensam no amanhã,
eu vivo o hoje! Eu gostaria também
que fizesse o mesmo.
-Eu não posso, sinto muito mas não quero insistir em alguém que só
pensa em sexo. Que não tem visão de
futuro. Não quero me envolver e depois sair magoada porque me
apeguei a você.
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Vou em direção a porta, ele me puxa pelo braço e coloca suas mãos e
meu rosto, me faz olha pra ele e me
diz: - "Fica somente hoje então, não te peço mais, não vou mais atrás de
você depois de hoje, prometo."
Não era o que eu queria ouvir, saber que ali era uma dispendida, me
senti triste,mas como uma mulher
apaixonada, aceitei.
A gente se beija e seguimos em direção ao quarto, ele tira a roupa ao
mesmo que me beija de forma voraz.
Ele me deita carinhosamente na cama e tira peça por peça das minhas
roupas me olhando nos olhos.
Eu olhava pra ele pensando como ele pode não se envolver fazendo isto
que é tão íntimo? Como conseguia
ser assim?
Ele abre a cômoda ao lado da cama, procura um preservativo e não
encontrar, ele reclama e volta dizendo
que precisa sair. Não deixei, dominei a situação e transamos
Depois que transamos ele chega perto de mim e beija minha testa e f
acariciando.
- Pedro, eu preciso te dizer uma coisa.
- Pode falar.- ele responde.
- Eu acho que estou apaixonada por você...
Ele não respondeu nada, continuou me acariciando e dormimos
abraçados.
Acordei às 7:30 da manhã passando mal, não sei o que aconteceu mas
fui no banheiro e vomitei. Estava com
dor de cabeça.
- Ei você está bem?
Estou, acho que deve ser a bebida de ontem a noite. Você me leva
embora? Por favor.
###
Quinze dias se passaram e eu não tive mais notícias de Pedro.
Realmente, ele não me procurou mais.
No último dia que saímos ele me trouxe em casa, pediu meu telefone e
me disse que me ligaria mais tarde
pra saber se eu estava melhor. Eu passei meu número, ele ligou a noite
e depois nunca mais nos falamos.
Aquele dia amanheci mal, acho que eu estava nervosa por saber que
veria Pedro, ele também era padrinho
de casamento de George. Eu entraria com Caio, depois de tanto tempo
também o veria.
Terminei de me arrumar, todas as madrinha estavam de vestido "tubinho
lilás" combinando com a
decoração.
Cheguei na igreja antes das 18,:00 horas, avistei o carro de Pedro do
outro lado da rua.
Ele estava conversando com a Natasha encostado no carro. Eu
estacionei meu carro desci e não
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cumprimentei ninguém, sai correndo para o banheiro e vomitei de novo. -
"Meu Deus o que está acontecendo
comigo?" - Será que estou doente?
Quando sai do banheiro, avistei o mestre de cerimônia conversando com
os padrinhos e madrinhas.
- Caren, tudo bem como você esta?
- Caio quanto tempo, estou bem e você?
- Estou ótimo, na correria de sempre, mas bem. Você está linda!
- Você também está ótimo - sorrio tímida.
Pedro me cumprimenta de longe. Desde quando eu demonstrei
sentimento por Pedro eu senti que ele
mudaria.
Demos a mãos para o nossos padrinhos e recapitulando as entradas.
Eu não estava aguentando o cheiro de perfume do Caio, tive que deixá-lo
de novo e fui para o banheiro
novamente. Eu estava fria, acho que a minha pressão tava baixa.
Fiquei tanto tempo no banheiro que foram me chamar dizendo que era a
hora dos padrinhos entrarem.
A música de entrada era clássica , tocada em piano. Todos na igreja nos
olhavam, em seguida, entrou os
noivos e depois a noiva.
A Michelle estava lindíssima, um vestido sereia branco pérola, um trança
de lado com fitas brancas e um
buquê lilás.
Foi tudo lindo, eu já estava chorando assim que ela entrou.
- Se controla, Caren.
Pedro me olhava do lado de lá, eu simplesmente baixei a cabeça.
Quando a cerimônia terminou fomos para o salão de festa.
O DJ arrasou nas escolhas, começou por anos 80 depois 90. Depois
flesh house, chegou no Black. Neste
momento Caio veio até a mim e me chamou pra dançar.
Eu fui pra pista. Eu e o Caio estávamos tão perto e de repente, veio
Pedro e me chamou.
- É ele mesmo a bola da vez Caren? Vai sair com ele também?
O que você tá falando Pedro? Isso é uma festa, só estamos dançando e
outra, vê se me erra, isso você sabe
fazer bem.
Saí do salão?, não esperei o bolo, nem fotos com a padrinhos e muito
menos o buquê, nada. Peguei o meu
carro e fui embora. Duas vezes parei o carro abri a porta e vomitei. - que
droga, não bebi nada essa noite,
P 9-3
porque estava passando tão mal?
Cheguei em casa não era meia noite, depois de meia hora o porteiro
disse que tinha alguém me esperando na
portaria. Pedi pra subir mas nem perguntei quem era. Quando abro a
porta era ele - esqueci completamente
que no dia da despedida de solteiro ele veio aqui de carro, então ele
sabia aonde eu morava.
- Nao vai me convidar pra entrar?
Não! O que é Pedro você conseguiu o que queria,quando terminei de
falar vomitei nos pés dele.
-Caren que merda! O que você bebeu?
Ele realmente preciso entrar e limpar o meu sapato.
Eu fui pro banheiro e ainda continue passando mal.
- Você está assim desde aquele dia, precisa de cuidar garota.
Pedro limpa logo seu sapato e fora daqui.
- Vim te buscar, não foi certo o que falei mas não é justo você deixar a
festa por mim, são nossos amigos.
Vou deixar você lá...
O telefone toca era Natasha.
- Oi Natasha,vou voltar sim, sai pra resolver um problema. Ok. Bj até
daqui a pouco.
- Eu sou o problema? Qual é? Você me pergunta se eu iria sair com o
Caio é esta dando satisfação pra
Natasha.
-Caren, fui rude com você,vim te pedir desculpas. Não tenho direito de
falar nada e nem te questionar o que
você faz da sua vida.
-Sobre a Natasha, não vou mentir estamos ficando, mas não dormir com
ela.
Respondo - ainda.
Olha Pedro eu te odeio! Não sinto nada por você além de raiva. Acha
que me empolguei quando sai com
você. -Me deixa em paz, não olha na minha cara nem pra dar oi.
Você fez comigo o mesmo que fez com a Bia, eu devia ter ouvido a Gaby
- empurrar ele pra fora - ele segura
no meu braço.
- Ei, ei, só dei um beijo nela hoje, não significou nada pra mim.
Mas pra mim significa Pedro, significa o quanto você é desprezível pra
mim a partir de hoje - dá o fora -
falo gritando.
Ele sai e bate a porta.
Eu saiu correndo pro banheiro de novo, sento ao lado da privada e acabo
cochilando.

Capítulo 9

Pedro
Voltei pra festa irritado. Ela não voltou comigo e agora brigamos como se
fôssemos namorados, isso é
ridículo.
Todos perguntaram dela, inclusive Caio. Eu acabei dizendo que ela
passou mal e por isso foi embora.
Michelle veio me perguntar se eu era o culpado, eu disse que não.
Eu sabia sim,foi meu estilo arrogante, não medi minhas palavras, enfim a
noite estava um desastre.
Quando a festa acabou fui levar Natasha embora. Não queria nada com
ela, nem sei porque a beijei, acho
que queria mostrar para Caren que depois da gente ter saído a fila
estava andando. Era foram de responder a
ela que não deveria se apegar a mim, essa era a minha regra.
Quando estacionei na frente da casa da Natasha ela pulo em cima de
mim dentro do carro. Nos beijamos e
quando eu abri a minha calça, eu disse: Vem Cá...
- O que você disse Pedro? Você me chamou de outro nome.
- Eu não disse nada Natasha, estou cansando e você bêbada, deve ter
ouvido outra coisa.
- Eu iria te chamar gato pra entrar, mas quando você souber quem eu
sou realmente. - Ela bateu a porta do
meu carro e foi embora.
- As coisas estavam fora do controle
Liguei pra Bia, ela me atendeu e disse que iria pra minha casa. Precisava
de um corpo que eu já conhecesse,
alguém que me fizesse sentir a vontade, precisava transar com alguém
para parar de pensar na Caren. - Eu
não estou apaixonado, repeti isso no carro várias vezes como um
mantra. Não só quero me convencer disso,
como sei que se até hoje eu não me apaixonei? pela Bia que passei
muito mais tempo, não seria a Caren que
faria me apaixonar.
Chego em casa coloco duas taças de vinho e a campainha toca.
- Bia você está linda! Ela entra me beijando, você mudou de ideia não é
gato? Vai aceitar nosso
relacionamento? Diz que sim, vai.
Ela tira a roupa e o meu telefone toca.
Eu não atendo e vou pro quarto colocar uma roupa mais a vontade.
Ouço a Bia dizendo.
- Alô, quem é?
P 10-1
Eu fico calada mas logo respondo, é a Caren. É você Natasha?
- Não é a Bia.
- Bia? Mas... Ela estava com a Natasha quase agora na festa.
- Garota se toca, ele me chamou aqui porque voltamos, ele é meu
namorado agora, não liga mais pra ele, por
favor. - Desliga o telefone.
- O que você fez Bia?- Quem era no telefone?
- Adivinha, a Caren, você está pegando ela também?
- Sai da minha casa agora Bia, você não muda mesmo. Não sou seu
namoro e não vou ser.
Ela saiu furiosa, se veste e sai me xingando muito.
================================
Caren
Eu comecei a chorar e corri para o banheiro de novo.
Eu tinha decidido ligar pra ele porque não estava em condições de dirigir,
não sei porque liguei pra ele.
Acho que me assustei por ter dormindo ao lado do vaso, eu precisava de
ajuda.
Chorei muito, não atendi as ligações dele.
Passou quase uma hora ouço batidas na porta. Meu Deus, só podia ser
ele.
Abro a porta e acertei. - O que você quer? Como conseguiu subir sem
interfonar?
-Falei para o porteiro que tinha esquecido minha carteira e que você
estava me esperando.
- Eu não estou me sentindo muito bem, mas foi um erro ter te ligado. Não
queria atrapalhar sua noite.
- Caren, vocês? não atrapalhou a minha noite, a Bia é louca, eu não
estou namorando com ela.
- Pedro, não precisa me dar satisfação da sua noite com as "suas
mulheres". Eu achei que pelo horário você
ainda estivesse acordado ou na festa sei lá, iria te pedir pra me levar no
medico e também te pedir desculpas
por ter mandado você? embora daquele jeito da minha casa.
-Minhas mulheres? Do que está você falando Caren? - Não vou me
explicar porque você não entenderia.
- Ótimo já disse que não precisa.
- Se troca vou te levar agora no médico
===============================
Chegamos no hospital ele me deixou na entrada.
Eu insisti pra ele ir embora, já era quase dia, pegaria um táxi na volta.
Na recepção deixei meus documentos, sentei na cadeira exausta.
Tinha algumas pessoas na minha frente e quando me chamaram, passei
pela triagem, mediram minha pressão,
estava uma pouco baixa porque eu estava com a barriga vazia.
Volto para sala de espera e depois o médico me chamar
- Caren de Albuquerque
- Oi Caren sou o Dr. Manoel o que você está sentindo?
- Dr. Há um mês acho venho passando muito mal, moleza no corpo e
muito vômito. Eu vomito por tudo,
quando sinto cheiro de perfume forte, quando olho pra alguma comida
diferente. Também tenho sentido
muita dor de cabeça.
- Sua menstruação está atrasada?
Pensei um pouco e realmente estava mais era coisa de 7 dias acho.
- Dr. Não estou grávida, me previno sempre.
- Bom, vou pedir um exames de sangue e urina, quando ficar pronto você
volta aqui.
Sai da sala e coletei todos os exames. O ruim era ficar esperando mais
de duas horas. Nesse meio tempo sai
e comi um lanche rápido numa lanchonete em frente ao hospital.
Meu telefone toca era a Michelle.
- Oi Mii bom dia.
- Oi madrinha desnaturada, fiquei preocupada com você.
- Estou bem Mii curta sua viagem amiga. Me perdoa por sair da festa
daquele jeito.
- Se eu não fosse tão sua amiga estaria com muita raiva.
- Aonde vocês estão agora?
- Estamos no aeroporto esperando o embarque.
- Eu estou aqui no hospital, esperando o resultado dos meus exames.
- Cá, me liga assim que sair daí, queremos saber notícias de você.
- Mii não vou ligar pra vocês na lua de mel. Fica tranquila, espero vocês
chegarem, estou bem melhor agora.
- Não está bem não. Se estivesse não estaria no hospital. Não aceito não
como resposta. Liga pra gente
quando sair - bjs tenho que desligar.
P 10-3
- Eu voltei pra sala de espera e logo me chamaram.
- Oi Dr. Licença.
- Fecha a porta.
-Sra. Caren seu exame de urina está normal mas o de sangue você está
com as plaquetas baixa, um pouco de
anemia e sobre a minha suspeita de gravidez, sim a Sra está grávida.
- Não Dr. Não posso estar grávida.
- Mas está! Sugiro que comece a se cuidar agora, principalmente da sua
anemia. Inicie seu pré-natal? com
seu médico ginecologista.
Ah! Meus parabéns.
Eu começo a chorar, agradeço com a cabeça, mas tentei não
transparecer que meu choro não era de alegria e
sim de tristeza. Eu liguei novamente para Michelle mas acho que eles já
tinham embarcado.

Capítulo 10

Pedro
Eu estava cansado, depois do casamento do George eu foquei muito no
trabalho. Já se passaram cinco dias,
minha vida estava normal trabalho, casa e nada de mulher.
Estava farto de todas, sem exceção. Cansei dos joguinhos, acho que
seguirei o conselho dos meus pais,
arrumar uma mulher e sossegar o facho.
Mas sempre que pensava nisso, lembrava de Débora. Como é ruim se
entregar numa relação de corpo e alma
pra depois ficar vulnerável.
Tinha uma audiência a tarde depois iria pra minha casa de praia. No
caminho do trabalho avistei Caren
saindo de um loja infantil com roupas de bebe junto com um cara, eles
estavam dando risada.
Fiquei com raiva, acelerei cantando pneu.
Cheguei no meu escritório, pedi pra minha secretária separar os
processos pendentes, estava sem cabeça pra
nada.
Fui para primeira audiência sobre a custódia de um garoto de 3 anos. Os
pais usuário?s de drogas, os avos
estavam pleiteando a guarda. Tivemos sucesso na primeira audiência,
mas ainda era cedo para comemorar.
Quando eu saí de lá, liguei para Caren. Ela não me atendeu. Como era
sexta-feira, decidi descer pra praia,
passei em casa coloquei algumas peças de roupa na mala e peguei a
estrada.
Vinte minutos depois ela me retorna.
-Alô! Caren, oi
- Oi Pedro, você me ligou?
-Liguei sim, queria saber se você está bem, nunca mais nos falamos.
- Sim estou... A Michelle e o George voltaram hoje de manhã e vou
passar na casa deles mais tarde.
Ok.
Eu não sabia o que dizer pra ela...Estou indo viajar pra praia, então
mande lembranças pra eles por mim.
Ela se despediu e desligou.
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Caren

Eu estava preocupa todos desses dias, de como falar para Pedro, como
falar para o meu pai e para o meu
irmão, eu estava esperando meus amigos voltarem de viagem, queria um
conselho.
Eu não queria que Pedro ficasse comigo por obrigação, mas não queria
cuidar dessa criança sozinha.
Hoje resolvi comprar a primeira roupinha do meu bebê. Meu vizinho
Jayme era gay, ele foi o primeiro a
saber da gravidez, eu tinha que contar pra alguém senão enlouqueceria.
Trabalhei pela manhã e quando foi a tarde Jayme foi comigo a loja de
roupa, ele era amigo da dona da loja e
disse que iria me levar e tentar um desconto especial. Acabei gastando o
que não podia, comprei vários
roupinhas de cores neutra, pois não sabia o sexo do bebe.
A noite fui na casa dos meus amigos, cheguei lá, pediram uma pizza,
falamos por quase um hora sobre a
viagem, eles me mostraram as fotos que eles tiraram.
Quando tomei mais um gole de refrigerante e mordi um pedaço da pizza,
sai correndo para o banheiro.
Quando voltei, os dois me olhavam, eu logo emendei - gente eu estou
grávida!
- O que você está falando, Caren? Não acredito.
- Aí meu Deus, não vai me falar que é do Pedro.
- Você está louca Michelle, a Caren não gosta do Pedro - George se
expressa rapidamente.
- É do Pedro sim. - não sei como aconteceu, nos cuidamos das duas
vezes mas... começo a chorar
despertada. Eu não sei o que eu faço, não sei como contar para os meu
pais, por isso, vim aqui.
- Caren você já falou com o Pedro? Ele ligou para o George na nossa lua
de mel. Você sabe que eu não
gosto dele, pela forma que ele trata as mulheres, enfim, mas você
precisa falar com ele.
- Eu sei Mi, hoje ele me ligou mas não? tive coragem.
- Quando se falaram?
- Hoje, acho que ele está indo para a praia.
- Mais porque ele te ligou? Vocês não estavam brigados?
Eu dei conta que nem eu sabia o motivo - respondi: Ele disse que queria
saber se eu estava bem.
- Espera aí, o Pedro te ligou somente pra te dizer isso? - George fala
surpreso.
- Sim, respondi.
- Ele nunca liga pra mulher nenhuma pra saber se está bem, ele só liga
se for pra transar.
- Nossa quanta sensibilidade, amor.
- Eu vou embora, preciso ir pra casa. - falo levantando.
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- Bom acho que até agora eu não me pronunciei. - fala George um tanto
sério.
- Caren eu gosto de você como minha irmã. Você sabe que isso foi uma
loucura mas já está feito. Você e
mais ninguém decide se deseja manter essa gravidez ou não.
- George o que você está me falando? Eu vou dar continuidade sim a
essa gravidez - falo irritada.
- Então acho que vai sofrer, eu não gostaria de presenciar isto, mas...
- Amor, acho que está sendo insensível com ela.
- Tudo bem, eu já estou indo não quero atrapalhar vocês - não atrapalha
- Michele prontamente responde.
- Não vai agora não amiga fica mais.
- Eu ligo depois.
Vou em direção a porta, me despeço e saio rapidamente.
Fiquei super triste com George cogitar eu não ter o meu bebê, mas pra
ele falar isso, acho que ele conhece
bem o amigo que tem.

Capítulo 11

Passei na casa da Bia ante de ir para praia, precisa conversar com ela.
Não levava ela a sério, mas a
considerava como amiga, ela me conhecia de verdade.
Buzinei ela saiu pra fora - pediu para eu esperar
Neste meio tempo liguei para o George queria saber da Caren, de forma
indireta, mas não descobri nada,
mas algo me intrigou, ouvi a Michelle no fundo dizer "não fala pra ele
nada sobre a Caren, deixa que ela
mesmo fala." - O que ela quis dizer com isso?
A Bia atravessa a rua com um micro short, me deu desejo só de olhar.
- Oi Pedro, o que quer?
- Quero você na praia comigo hoje. Fui grosso com você aquele dia
porque você mereceu. - você sabe que
não namoramos, não gosto que peguem o meu telefone e ainda tomem
atitudes por mim.
- Ah é? Bom Pedro, estou cansada de você me usar e desfazer quando
quer. Soube da Gaby, a conheci na
academia, e sinceramente, achei que você só ficasse comigo.
- Se eu ficasse só com você isso não seria "só ficar" isso se chamaria
namoro.
- Bia, gosto de você, você me satisfaz, curte comigo hoje, vamos relaxar
vai? - Quero você hoje!
- Bom, eu vou mas desde que você pense sobre a gente.
- Você quer tanto namorar assim? Eu não te amo e você sabe...
- Eu faço você gostar de mim, só te peço uma chance Pedro.
- Bia vamos conversar sobre isso lá, pode ser?
Ela me agarra com força e me beija com um selinho. Vou pegar as
minhas coisas.
Cheguei na praia era quase no final da tarde e a primeira coisa que fiz foi
dar um mergulho, a Bia ficou
esperando no carro porque não tinha sol, ela não quis entrar.
Quando mergulhei, pensei em Caren, quem era aquele cara que estava
com ela? Ela não perde tempo -
mulheres todas iguais!
Voltei pro carro e fui para casa. A Bia colocou a comida no fogão, fiquei
observando ela cantando, o som
estava alta.
Ela vem até a mim dançando, tirando a roupa toda sensual. Nos
beijamos e fizemos sexo na sala.
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Ela estava em cima de mim quando perguntou se iríamos namorar.
- Ok. Bia, você venceu, vamos tentar um namoro - tentar, não prometo
que isso vai dar certo.
Ela me beija e fomos jantar.
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Domingo a noite a Mii e eu combinamos de ir para o Shopping. - Senti
que ela queria estar perto de mim de
alguma forma e resolvemos comprar algumas roupas e almoçar juntas.
- Cá, quando você vai falar para o Pedro?
- Não sei Mii, nem sei se devo falar. Ele não se importa, ele é frio, vai ser
assim com o bebe também prefiro
me poupar e poupar nosso filho.
- Você está sendo injusta, dá um chance pra ele reagir Cáren, não gosto
dele mas vai que ele mude por essa
criança.
- Eu quero alguém que goste de mim e não que mude forçadamente.
Quando chegamos na praça de alimentação, vejo Pedro e Bia. - Essa
não.
- Calma Caren.
- Ele está com ela em público. Não acredito - falo de uma forma
indignada.
Avistei os dois de mãos dadas um de frente para o outro.
- Cá, eu vou lá falar com eles.
- Você não vai não.
- Ele precisa saber de você, dessa criança e parar de ser esse galinha,
arrogante.
- Você não tem o direito de falar nada Mii, eu que devo dar a notícia e
não você.
- Mas vou lá mesmo assim, fica aqui já volto.
Eles estavam se beijando quando a Michelle parou na frente deles, eu
estava distante, não conseguia ouvir
nada, comecei a roer as unhas.
- Oi Pedro tudo bem?
- Michelle, como vai - me levanto e beijo a rosto dela, essa é a Bia, minha
namorada.
- Ah... sua namorada? Prazer, Michelle. - Eu não sabia que estava
namorando, porque não foi com ela na
minha festa.
- A gente começou a namorar agora, esse final de semana. O George
está bem? Você veio com ele?
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- Não vim com a Cáren, ela está ali na mesa.
De longe ele me olha, meu Deus o que a Michelle está falando pra ele.
- Bom deixa eu ir almoçar, estou morrendo de fome. Parabéns pelo
namoro - quando estou saindo ele
pergunta:
- Michelle espere - ele se levanta da mesa e fala bem próximo para a Bia
não ouvir - eu quando liguei para o
George ouvi você dizer pra ele não me falar nada a respeito da Caren,
está acontecendo alguma coisa que eu
não saiba?
- Bom Pedro, se você não sabe é porque não está perto dela o suficiente
pra saber, concorda? - Aliás,
esqueci agora você é comprometido. - Só te falo um coisa, esquece a
Caren, você está com alguém que te
merece.
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=======
- Mii, o que você disse pra ele?
- Nada, ele me ouviu falando no fundo do telefone para o George que
não era pra contar nada pra ele.vEle
queria saber o que era.
- O que você disse?
- Eu disse que se ele não sabe é porque não está perto você o suficiente
pra saber.
- Ai meu Deus, ela vai querer saber o que é agora.
- Cá, não vai. Ele está namorando com essa tal de Bia.
- O que?- Ele disse que não estava quando foi na minha casa depois da
sua festa.
- Sim, é verdade. Ele disse que assumiu namorado esse final de semana
na praia.
Eu começo a chorar, mas bem baixinho. Não queria que ele percebesse,
já estava pensando como se levantar
e não atrair olhares.
Pedro.
- Amor, o que disse pra essa tal de Michelle que eu não possa saber? -
Bia pergunta.
- Nada Bia, coisas do casamento dela, eu fui padrinho, por favor, sem
perguntas.
- Porque está de mal humor? - Ah, não acredito que é pela Caren, você
está afim dela?
- Deixa de ser criança Bia, estou com você não estou?
- Desculpa amor, é que tenho tanto ciúmes de você. Essa idiota da
Caren te ligando quero que essa garota se
exploda, odeia ela.
- Não fala assim dela. Você a conheceu na academia, sabe que ela é
uma pessoa maravilhosa.
- Você está defendendo ela? Não acredito.
- Não estou, só estou sendo justo.
Olho para Caren ela parece triste, só poderia ser porque ela estava me
vendo com outra.
- Vamos embora Bia.
Nos levantamos e fomos embora.

Capítulo 12

Eu cheguei em casa arrasada. Meu pai viria para o Brasil mês que vem
junto com o meu irmão eu realmente
não sabia o que fazer.
Pedro estava se dando uma chance. Nós transamos, saímos 2 vezes e
nada mais. Como explicar essa
gravidez se nos cuidamos?
Chorei horrores, estava sem fome nenhuma, meu telefone toca era
Pedro.
- Alô
- Oi Caren é o Pedro, podemos conversar.
- O que você quer?
- Conversar..
- Sobre?
- Posso ir ai?
- Já são quase dez da noite, acho melhor..
- Até daqui a pouco - ele desliga o telefone na minha cara.
- Arrumei a casa, entrei no banheiro, passei um pó na cara pra disfarçar
o choro.
Ele estava a caminho. Meu Deus o que faço? - Pensa Caren, Pensa
Caren.
Me arrumo com um vestido bem solto e curto - No fundo estava
querendo provocá-lo, - me perfumei, fiquei
esperando na sala impaciente.
O interfone toca - Pode subir - aviso a portaria.
A campainha toca - abro a porta.
Ele estava lindo: calça jeans, camiseta regata, cabelo maravilhoso.
- Oi boa noite Caren.
- Oi Pedro.
- Entra - Você quer uma água ou um café?
- Aceito uma água.
P 13-1
- A que devo a visita essa noite?
- Caren, percebi que estava mal no shopping hoje a tarde, como disse
quando nos conhecemos, não sou um
cara ruim, tenho problemas com mulheres mas não sou ruim.
- Problemas? Não acho que tenha mais nenhum problema, alias tem
apenas um agora já que está namorando.
Não vai precisar conviver com varias mulheres problemáticas atrás de
você.
- É sobre isso que eu também quero falar - Aquele dia que vim aqui eu fui
sincero com você, não estava com
a Bia.
- Eu sei, já soube. Pedro me poupe, você não precisava vir se justificar. -
A Mi já me disse que você
assumiu seu namoro esse final de semana. Acho melhor a nossa
conversa termina por aqui.
- Vai me expulsar de novo da sua casa? Se fizer isso eu não volto mais.
As palavras dele me cortou.
- Está tarde, levanto cedo e...
Ele se aproxima de mim, toca no meu rosto eu dou um dou um passo
para trás.
- Você estava chorando?
- Na não...
- Você gagueja quando está nervosa... ou mentindo.
- Não, não estou chorando e nem estou gaguejando.
- Foi por mim que chorou?
- Pedro, para de se aproximar - encosto na parede.
- Ele me olha e me beija, me beija diferente...
Eu o empurro - O que você pensa que está fazendo?
- Te beijando.
- Não quero, não te quero, você namora que falta de respeito com a Bia.
- Desculpa, não resisti.
- Você é assim com todas? Como pode?
- Só com quem me interessa.
- Então porque namora se não pode ser fiel?
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- Caren, me desculpa e vim aqui porque você me disse que eu estava te
usando como usava a Bia. Então
resolvi dar uma chance pra ela, não mais usá-la, queria que soubesse
que também posso levar alguém a sério
e...
- Não quero ficar mal com você, frequentamos os mesmos ambientes,
somos padrinhos e temos amigos em
comum.
- Você só pede desculpas... desculpas, você vai me pedir desculpa por
ter me engravidado também?
O silencio pairou.
- O que? grávida? De mim?
- Sim. Pedro estou grávida de você.
- Não mesmo, você está louca? Nos cuidamos, usei preservativo.
- O que quer dizer?
- Que esse filho não pode ser meu.
- Você que está louco. Não tive ninguém depois de você, não sou
qualquer uma.
- Eu te vi no Atenas daquela vez...
Eu viro um tapa na cara dele.
- Porque fez isso? Você está descontrolada.
- Saia daqui agora. Não preciso de você, fica com a sua namoradinha
piriguete que mostra o rabo dela pra
todo mundo me esquece, esquece seu filho seu babaca.
- Olha aqui Caren, se o filho for meu, ele vai ficar comigo agora se não
for você vai se arrepender por
querer jogar essa responsabilidade pra mim. - Se fosse meu, você teria
me procurado antes, não ficaria por
ai andando com outro homem.
- Você está louco, que homem?
- Te vi saindo de uma loja de roupa infantil com um homem, está tudo
explicado agora.
- Meu amigo é gay.
- Porque não me contou antes? Como vou saber se é verdade? Só me
falou porque eu te procurei ou isto é
mais uma cena porque me viu com a Bia? Está com inveja do meu
relacionamento e inventou essa história?
Começo a chorar na frente dele, de forma desesperada.
- Pedro, me ouça, eu não sei como isso foi acontecer, eu juro que eu não
queria. Não sei se a camisinha
estourou, se foi aquela vez que eu fui pra cima de você e você estava
sem preservativo, pra mim foi uma
P 13-3
surpresa. Estou com medo, não precisa ficar comigo, não estou com
inveja de você e da Bia, juro.
Ele anda de um lado para outro.
Desde quando você sabe da sua gravidez?
- Daquele dia que você me levou para o médico.
- Você não me falou nada, porque Caren?
- Eu tive medo, medo de você não aceitar, medo apenas medo.
- E pretendia esconder até quando?
- Não sei, não queria te contar ainda mais mais quando você assumiu a
Bia.
- Me desculpa Pedro, meu pai vem mês que vem, meu irmão também e
eu esperei a Mii e o George
chegarem, eu queria um conselho deles.
- A minha gravidez é de risco, estou com anemia e comendo muito mal.
- Para, você está grávida, precisa se alimentar - fala irritado.
- Vou embora, quero pensar como vamos fazer, te ligo amanhã.
Sento no sofá tremendo, coloco a mão na minha barriga - seja o que
Deus quiser.

Capítulo 13

Segunda-feira mal consegui me concentrar no trabalho, o meu


pensamento estava na Caren e em tudo que
havíamos conversado.
A Bia já tinha enviando várias mensagens:
1 - " Amor, bom dia. Hoje completamos 4 dias. Te amo estou muito feliz
com você."
2 - "Amor está muito corrido aí? Acho que sim neh? Não te vi online
ainda. A propósito está na hora de
atualizar a foto do seu perfil."
3- "Amor, hoje tem surpresa pra você, espero que goste."
4- "Toc-Toc, me responde nem que seja com um oi."
Estava exausto, não queria responder.
O que será que a Bia vai aprontar. De qualquer forma, estava com dó
dela, ela gosta realmente de mim, mas
agora tinha que priorizar a Caren e o bebê.
Cheguei em casa o porteiro me avisou que a Bia tinha subido.
- Sr. Mathias, não é pra ninguém subir sem a minha autorização.
- Sr. Pedro ela disse que tinha autorização, que ela é sua mulher. Como
ela vem sempre aqui, achei melhor
deixar ela subir.
Como ela conseguiu uma cópia da chave? - Lembrei! Ela pegou o molho
de chaves que estava na casa de
praia.
Quando abro a porta, lá estava ela, nua com velas rodeadas pelo
apartamento intento. Ela estava deitada no
sofá de frente pra porta quando entrei ela estava com a perna aberta
totalmente sexy.
- Bia o que é isso?
- E pra você amor? Gostou? Ela levanta e vem me beijar.
- Bia agora não, precisamos conversar.
- A conversa vem depois do sexo - ela começa a tirar a minha roupa- eu
esquivo.
- Não dessa vez Bia.
- Ela me olha e senta no sofá.
- Bia, você é linda, obrigado pela surpresa. Olha, o que eu tenho pra te
dizer pode te chatear agora...
Ela interrompe.
- Você se arrependeu de aceitar o namoro?
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- Não, não é isso, mas o que aconteceu muda os fatos. Eu vou ser pai
Bia, não estava nos meu planos mas
vou ser pai.
- O que? Desde de quando? Quem é a biscate?
- Ela não é biscate Bia, eu acho que realmente esse filho é meu, mesmo
estranhando as circunstâncias, nós
nos cuidamos e não sei como ela está grávida (falei a verdade, se a
própria Caren não sabia como, eu
também não sabia).
- Quem é ela? Eu conheço?
- Sim. Conhece. - É a Caren.
-Aquela vadia, dissimulada, eu vou acabar com ela.
- Você não vai fazer nada. Ela está grávida, você enlouqueceu?
- Não enlouqueci não, se você se cuidou é óbvio que ela está aplicando o
golpe da barriga em você, e pior,
você vai cair. Ela sabe que você é bem de vida, bonito, gostoso e não
seria dela senão fosse dessa forma.
-Vamos continuar juntos amor, eu não ligo, assume essa criança se for
sua, mas faça um teste de DNA
quando nascer. Enquanto isso, continuamos juntos, eu não quero abrir
mão do nosso relacionamento.
- Preciso pensar Bia, não vai ser bom pra ninguém isso. Vamos ficar
todos numa situação constrangedora,
além do mais, não quero que a Caren passe algum nervoso na gravidez
e venha me culpar depois.
Embora o que estava falando fosse verdade, eu realmente já tinha me
arrependido de aceitar o namoro com a
Bia.
Acho que dê tudo que estava acontecendo, essa foi a melhor forma de
se terminar um namoro.
Eu a abracei, beijei é ela foi se vestir enquanto eu apagava as velas.
- Você tem certeza que não quer uma despedida?
- Bia não estou com cabeça. Me perdoa.
Ela deixou as chaves em cima da mesa e saiu chorando.
================================
Bia
- Essa mentirosa me paga.
Eu vou até a casa dela é vou dizer muitas verdades, não vou deixar isso
quieto, não mesmo, ele é o meu
homem.
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Já era quarta-feira e nada de Pedro, acho que ele não reagiu bem a ideia
de ser pai ou não está acreditando
que vai ser pai.
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Fiquei muito mal desde de domingo, mas precisava reagir. Então
combonei de pegar a Michelle na casa dela
mais tarde e assistiríamos um filme.
Peguei o meu carro na garagem e sai de casa era 16:30, quando dobrei
o 3o. Quarteirão simplesmente
apaguei.
Eu acordei no hospital e via a Michelle próximo da porta conversando
com um médio, quando me viu
acordar ela se aproximou.
- Oi Cá, não precisa falar, não quero que se esforce tá bem? Você se
acidentou, agora precisa se recuperar
você e perdeu sangue e...
- Tento falar mas não consigo me sentia fraca. - Como você chegou
aqui? - falo baixinho.
- O celular Cá, eles ligaram para o último número discado.
- Eu fecho os olhos e durmo.
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Pedro
- Cadê ela Michelle? Em qual quarto ela está?
- Pedro ela está dormindo ela perdeu sangue na batida. Olha Pedro te
peço por favor, que seja gentil com
ela, sei que não acredita que esse filho é seu mais é. Ela está sofrendo
muito e a gravidez é de risco.
- Vou pedir pra ela ir pra minha casa alguém precisa cuidar dela
enquanto esse bebê está por vir espero que
ela aceite.
- Quem é o acompanhamento da Srta. Caren Duarte? - pergunta Dr.
Flávio Augusto.
- Eu- responderam Pedro e Michelle ao mesmo tempo.
- Me acompanhem. Sentem por favor.
-Dr. E a criança está bem? - pergunta Pedro apreensivo.
- A Srta. Caren ela está com pressão alta, contrações e sangramento. - A
equipe considera a gravidez dela de
alto risco devido aos fatores apresentados.
- Ela chegou desacordada e sangrando, foi atendida pela emergência e
agora está em estado de observação.
Vamos mantê-la? aqui até instabilizar o quadro de sangramento.
- No demais, ela fraturou a perna então terá dificuldade de andar nos
próximos dias. Fizemos ultrassom,
exames de sangue e a criança está bem.
- Vou ter que afasta-la do trabalho e recomendar repouso absoluto.
Fiquem atentos depois da alta, caso o
sangramento persista, procure o médico ginecologista da Srta. Caren.
Alguma pergunta?
P 14-3
- Podemos vê-la? pergunta Michelle.
- Se lá estiver acordada, sim.
Sai da sala e entrei e Caren estava dormindo. Beijei-a na testa e sai.
- Michelle mais tarde gostaria de passar na casa da Caren e pegar
algumas coisas dela é levar para o meu
apartamento, você teria como ir comigo?
- Pedro não é melhor você esperar ela acordar pra vocês decidirem?
- Não. Esse filho também é meu então quero ter certeza que ele está
bem, que ela não vai passar mal de
madrugada e desmaiar sozinha e não ter ninguém pra socorrer. Você
ouviu o que o médico disse, é repouso
absoluto e pra isso ela terá que ter alguém do lado dela, depois quando
essa criança nascer voltamos as
nossas vidas normalmente.
- Posso fazer isso pelo bem estar dela, mas tenho certeza que ela não
vai gostar e outra Pedro, se você fizer
alguma coisa que possa magoa-lá, eu juro que te mato.
- Passa em casa a noite, as 19h que vamos buscar as coisas dela.
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Capítulo 14

Caren
Havia dois dias que eu estava no hospital, o sangramento parou, minha
pressão estava normalizada.
Hoje teria alta com certeza, o médico passou pela manhã e me passou
várias recomendações sendo uma
delas o repouso absoluto.
Alguns minutos depois entra Michelle.
- Oi Cá, boa tarde amiga, como está E sentindo hoje?
- Oi, estou bem na medida do possível.
- Preciso falar com você, antes do Pedro chegar - diz ela ressabiada.
- Pedro?
- Sim ele veio aqui quando você se internou e hoje ele quer vir te buscar.
Esses dias ele não veio devido ao
trabalho, mas sempre me pergunta de você por mensagem. Ele tem se
mostrado atencioso e preocupado com
você.
- Isso se chama consciência pesada, ele está assim porque existe uma
criança entre nós.
- Cá, preciso te dizer uma coisa. Ele não está mais com a Bia, ele
comentou com o George e também, ele me
pediu pra pegar algumas peças de roupas, o necessário pra você passar
um tempo com ele, já que a sua
gravidez é de risco.
- Você está brincando Michelle, ele não tem esse direito, não vou pra
casa dele. Você não fez isso, não é?
- Cá, me desculpa mas... Você estava na internação e por pensar na sua
saúde eu fui até lá e peguei algumas
roupas e...
- As coisas são minhas Mii, não quero morar com ele. Estou com raiva,
ele acha que esse filho não é dele,
como você aceito fazer isso e nem me consultar?
- Caren você gosta dele, achei que não iria ficar tão nervosa. Você vai
estar do lado do pai do seu filho, ele
está cedendo, qual é? Você não acha que é uma boa ideia pra vocês se
acertarem?
- Não. Não. Não. Acho que vou piorar já que não temos nada, vou ter
que vê-lo sair sem saber pra onde vai,
chegar de madrugada com perfume de mulher é isso que quer pra mim?
Começo a chorar - minha sensibilidade está a flor da pele.
- Bom já que não quer fale pra ele, com certeza ele vai passar no AP e
pega a suas roupas, mas já vou te
avisando, sua gravidez é de risco, sozinha naquela casa se acontecer
alguma coisa com você e com essa
criança é responsabilidade sua por não aceitar ajuda. Não te chamo pra
morar com a gente porque não tem
P 15-1
espaço. Outra, seu pai vem mês que vem correto? Seria bom ele ver que
tem o apoio do pai do seu filho.
Vou embora, depois conversamos.
- Mii espera, sei que fez isso pensando em mim, mas não sei se posso
conviver com ele, ainda mais agora.
Ela me abraça - Vai dar tudo certo Cá, confie - depois vai embora.
Era quase 16h quando Pedro chegou.
- Oi como você se sente? - Ele entra junto com o medico.
- Agora bem.
O médico repete todas as recomendo, e afirmamos com a cabeça que
estávamos cientes de tudo.
Quando entramos no carro, eu questiono Pedro.
- Porque você quer que eu me mude pra sua casa?
- Que pergunta Caren, pelo bebê pra você ter alguém por perto.
- Não gostei de não ser consultada. Você poderia ter visto isto comigo
quando eu acordasse ou estivesse
melhor.
- Olha Caren, eu fiz desta forma porque se fosse esperar você pensar
com certeza não iria. Eu tenho direito
de acompanhar essa gravidez, é interesse meu também.
- Agora é interesse? Até menos de uma semana lembro de você colocar
em dúvida essa gravidez, aliás, se
essa criança é sua.
- Não quero discutir com você Caren, acabamos de sair do hospital qual
é a sua? Quer mesmo levar isso
adiante?
Eu acho melhor você ir para o meu apartamento, mas se quiser ficar
sozinha no seu sem ninguém pra estar
perto, você quem sabe, mas se essa criança for minha e você colocá-la
em riso, saiba que arrumará uma
enorme briga comigo.
- De novo você essa fala "se essa criança for minha" - Isso é demais pra
mim.
Ficamos em silêncio.
- Ok. Pedro você venceu, eu vou ficar um tempo no seu apartamento
mas não quero dormir com você, quero
ter o meu espaço e quando eu ganhar essa criança volto para o meu
apartamento. - Eu falei sentindo uma dor
no meu peito, eu tinha acabado de aceitar tudo isso porque também
lembrei que eu estava sem emprego já
que deveria ficar de repouso absoluto, eu precisava de ajuda.
- Cáren, não me leve a mal mas em nenhum momento eu disse que
dormiremos juntos, tenho um quarto a mais
e você pode ficar nele.
Lembrei de como ele insistiu para dormir comigo e agora simplesmente
diz "não dormiremos juntos" - como
os homens mudam depois que conseguem o que querem.
P 15-2
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Capítulo 15

Chegamos no apartamento e tinha uma senhora fazendo a limpeza.


- Cáren esta é a Sra. Joana.
- Oi menina tudo bem?
- Tudo bem, prazer Caren.
- Eu a contratei para cozinha e limpar e pra te ajudar no que for preciso,
principalmente porque eu chego
tarde e pra você não ficar sozinha. - diz Pedro.
- Eu agradeço.
- Caren, deixa eu te mostrar o seu quarto, a Sra. Joana já organizou as
suas coisas nas gavetas, ainda tem o
guarda-roupa que liberamos.
Ele esbarra na cômoda e derruba a minha bolsa.
- Eu agradeço a hospitalidade - me abaixo -ele me ajuda e quando nos
levantamos ficamos de um de frente
para outro.
- Desculpa.
Eu não consigo parar de olhar para sua boca - me desvio. - Espero que
ele não tenha notado.
Ele coça a cabeça, acho que ele ficou tão sem graça como eu, mas
conseguiu disfarçar.
- Você prefere ficar aqui ou no meu quarto? Posso vir pra cá e você fica
com o meu.
- Não, posso ficar com esse mesmo.
- A Joana deixou as toalhas limpas em cima da cama, as 20horas o
jantar estará servido.
- Eu prefiro comer aqui no quarto senão se importar.
- Por mim tudo bem. Então, boa noite.
Joana
- Oi menina, trouxe uma bandeja com arroz, salada e frango grelhado e
um suco de maracujá espero que
goste.
- Obrigada Joana.
P 16-1 _________________
- Pode me chamar de Jô. - Tenho idade pra ser sua mãe menina.
- Eu sei. - Começo a chorar. Estava muito emotiva.
- Eu disse alguma coisa que não deveria?
- Não Sra. Jô, é que eu gostaria que a minha mãe estivesse aqui e
também que tudo fosse diferente.
- Você perdeu sua mãe não é?
- Assinto.
- Mas o que gostaria que fosse diferente? Está sendo bem cuidada pelo
Pedro ele parece muito preocupado
com vocês.
- Eu sei, mas que foi um erro entre nós. Ele não me ama e estou com
medo de ficar aqui perto dele e enfim,
não consigo explicar o que sinto agora.
- Se você o ama, lute por ele. Esse rapaz é bom, a Débora o fez sofrer
demais, depois disso ele ficou casca
grossa mas no fundo ele precisa tanto de alguém como você.
- O que faria no meu lugar Sra. Jô?
- Dormiria no mesmo quarto que ele, não é novidade pra vocês mesmo.
- Não posso. Ele dias atrás estava namorando com uma outra pessoa e
eu só o atrapalhei com essa notícia.
- Ele namorando? Com quem menina?
- Bia, e uma conhecida minha da academia.
- Ah, acho que sei quem é. Mas com certeza não é era nada sério,
conheço uma menina seria de longe e
aquela não era.
- Bom Sra. Jô, sendo ou não sendo uma garota séria, era com ela que
ele estava e não comigo.
- Para de bobagem menina, se ele gostava dessa moça estaria com ela e
só assumiria seu filho é nada mais,
pensa nisso.
- A Sra pode ter razão, mas não foi a mim que ele escolheu. Nos
transamos e logo ele apareceu com outra
pessoa. Não quero pensar nisso, não quero sofrer.
- Vou deixar você refletir, vou embora já está tarde eu moro no final
dessa rua, amanhã estou de volta.
Era quase nove da noite quando Joana foi embora. Tomei um banho e
tentei ler um livro para relaxar e
esperar que o sono viesse, mas nada.
Quando foi quase meia noite fui até a geladeira ver se tinha alguma coisa
diferente e de repente, vejo a porta
do quarto se abrir e Pedro me olhando.
P 16-2
- Não sabia que estava acordada, está atacando a geladeira de
madrugada? - Fala sorrindo.
- Sim. Minha fome tem aumentando ultimamente.
Eu estava de camisola sem sutiã, muito a vontade, mas quando vi Pedro
e acabei protegendo meus seios pra
não ver o quanto eu estava arrepiada. - Ele veio em minha direção e me
olhando.
- Minha geladeira é sua agora.
- Eu acho que vou pegar somente um copo de leite pelo horário não vou
abusar pra não passar mal. - Viro as
costas.
- Amanhã quero conversas com você, pode ser?
- Sobre? - pergunto curiosa.
- Você que que eu adianto o assunto? Se estiver sem sono...
- Eu prefiro.
- Bom, quero acompanhar seus exames e...
- Você quer saber se o filho é seu? É por isso que quer me acompanhar?
- Caren, não iria tocar nesse assunto, eu queria entender o que houve
mas você também não sabe. Então
vamos começar do zero isso, quero ajudar, pra mim é tudo novo.
- Pra mim também é Pedro. Meu pai e meu irmão vem mês que vem e
estou com medo de dizer que estou
grávida.
Você poderia fazer algo por mim?
- Estamos nessa juntos, eu não quero que nada aconteça com essa
criança.
- A gente pode falar para o meu pai que estamos juntos e depois quando
nascer o nosso filho eu falo que
brigamos sei lá, só para não falar que eu engravidei de uma cara que mal
conheço, que nunca tive um
relacionamento a sério - eu começo a chorar.
- Se acalma. - Ele me abraça.
- Podemos fazer isso se fizer bem pra você, eu conheço o seu pai e seu
irmão sem problema.
- Eu te agradeço Pedro. Acho que vou para o quarto, estou cansada.
- Boa noite Caren.
- Boa noite.
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Capítulo 16

A semana passou rápido. Eu sempre jantava no quarto e via bem pouco


Pedro. No final de semana ele
continuava saindo e chegando tarde.
Joana
Hoje é sexta Sta. Caren, eu vou ficar até às 21h, não posso ficar até mais
tarde porque meu neto vai ficar
comigo esse final de semana.
O telefone toca.
- Alô que fala.
- É a Bia, quem é?
- É a Caren.
- Oi garota safada, era com você mesmo que eu queria falar. - O Pedro
tem pena de você, ele disse que sabe
que esse filho não é dele, que vai fazer o teste de DNA.
- Bia nunca tive intenção de prejudicar o relacionamento de vocês e...
- Deixa de ser sonsa garota. Você foi mais uma que se apaixonou pelo
Pedro mas foi esperta o suficiente
para aplicar o "golpe da barriga nele". Ele vai sair comigo essa noite e
não tem hora pra chegar, a vida dele
não mudou e nem vai mudar por você.
- Ótimo não pedi pra ele mudar mesmo, se quer mesmo saber, moro aqui
mas não tenho nada com ele, está
feliz? Não tenho nada a mais pra dizer pra você Bia, a não ser: "boa
sorte, fique com ele".
- Desliguei e corri para o banheiro, passando mal.
- Menina deixa eu te ajuda - Sra. Joana falou preocupada.
Ela me trouxe água com açúcar.
- Posso saber quem era?
- Era Bia - falo chorando. - Ela disse que o Pedro está comigo por dó,
que vai pedir um teste de DNA
quando a criança nascer e que vai passar a noite com ela hoje.
- Ele não vai fazer isso não Sra.Caren, ele não gosta de te deixar sozinha
porque ele sabe que a sua gravidez
é de risco. Eu vou embora daqui a pouco mas tenho certeza que ele não
vai demorar.
- Vou preparar alguma coisa pra você comer, fique tranquilo menina
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Pedro
A Bia tinha me ligado no escritório, ela disse que queria falar comigo
sério, então, resolvi me encontrar com
ela num barzinho aqui perto do escritório. Eu devia muitos favores a Bia,
ela sempre me encontrou quando
eu queria.
Eu já estava querendo sair pra espairecer, fazia tempo que eu não fazia
isso.
Ela estava bonita, bem arrumada, bem perfumada me abraçou e me
beijou no rosto.
- Quanto tempo amor.
- Oi Bia tudo bem? Está bonita essa noite.
- Me arrumei pra você.
- Bia você não muda mesmo, acho que precisar conhecer alguém e dar
um chance para se relacionar, porque
me chamou pra conversar?
Ela ficou duas horas conversando sobre a família que precisa de dinheiro
pra viajar e visitar os parentes
distantes e ver a mãe que esta na Bahia.
- Eu te empresto Bia quando puder você me paga.
- Achei que iria me dar e não emprestar - fala manhosamente.
Tomamos vinho e fiquei um pouco embriagado mas não muito.
Como sempre, Bia se oferece.
- Amor vamos pra minha casa, estou sem calcinhas agora.
- Bia, Bia, para de mexer com o fogo.
Vou te deixar em casa. - Aqui está o cheque.
Chegamos na casa dela era 00h:30m, ela tenta me beijar mas eu não
deixo.
- Tem certeza que não quer ficar amor?
- Bia está na hora de você seguir em frente, é para o seu bem.
- Quando mudar de ideia, me liga.
Saiu do carro rebolando. - Ela realmente sabe seduzir.
Dei conta horário e sai pisando fundo.
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Caren
P 17-2
A Joana já tinha ido embora e nada do Pedro chegar. Ela esperou até
próximo das 22h, depois foi embora.
Ela fez um bolo e um suco pra tentar me acalmar, confesso, ela é a
pessoa que mais consegue essa
primórdia.
Quando se aproximou da meia noite eu já estava desesperada. Andava
de um lado pro outro estava
parecendo uma esposa quando está esperando o marido.
Acabei roendo todas as minha unhas.
Fui para o quarto deixei a luz acessa e e a porta encostada. Estava
tentando deixar uma "dica" pra ele chegar
e vir até a mim.
Não demorou muito para ouvir a porta abrir, barulho de chaves na mesa
e passos ao lado da minha porta e o
barulho dele entrando no outro quarto.
Eu não resisti e fui até lá.
- Pedro bato na porta.
- Ele me olha e diz.
- Acordada ainda? Estava me esperando?
- Estava te esperando sim, não no sentido dessa sua ironia. - percebo
que a camiseta dele estava suja de
batom.
- Nossa a noite foi boa hein? - falo num tom de gozação.
- Foi ótima. Acho que temos um acordo de vivermos normalmente não
temos Caren?
- Sim. Mas pensei que isso fosse depois que a criança nascesse e não
antes. Que sentido faz eu morar aqui
pra você me deixar sozinha até agora? Então eu prefiro voltar para o
meu apartamento.
Ele se aproxima de mim e sinto o cheiro de perfume e vinho.
- Estou achando que não é o fato de você ter ficado sozinha que está te
incomodando.
- Ah, você acha? Então tenha certeza disso, porque eu não vim aqui para
ouvir desaforo da sua namoradinha
que me liga, me xinga, vocês se merecem. -Saio batendo a porta.
Ele vem atrás de mim.
- Espera aí, você vem fala o que quer bate a porta do meu quarto e não
me explica o que está acontecendo.
Eu já disse que a Bia não é mais minha namorada.
- Então ela é o que? Sua amizade colorida? Sua camisa está toda
marcada de batom e...
- Caren moramos juntos mas não te devo satisfação de nada. Sobre o
horário não vou te deixar mais sozinha.
_________________
-Eu vou embora é impossível conviver com você.
- Ele se aproxima - não vai não.
Ele me beija. Ficamos um bom tempo nos beijando.
Ele me faz deitar sobre a cama e quando estou prestes a me render,
simplesmente levanto.
-Não Pedro, não vamos confundir as coisas.
- Caren, vamos transar? Eu estou com vontade e você também.
- Não se trata de vontade...
- Eu não fique com a Bia hoje, ela tentou mas não rolou, acredita em
mim.
- Ela me ligou falou que você estaria com ela mais tarde pra eu não te
esperar voltar. Disse que você tem dó
de mim e que fará um teste de DNA no nosso filho. - Ela me humilhou
Pedro, me xingou eu não quero mais
passar por isso.
- Vou falar com ela, pode ter certeza que ela não vai te importunar. Sobre
nós, quer dizer, eu, de forma
alguma tenho dó de você, mas sobre o DNA não vou mentir que eu e a
Bia falamos sobre isso.
- Saia do quadro agora Pedro, não quero ouvir mais nada. Não vou
esperar essa criança nascer, quero ir
para meu apartamento depois que o meu pai vier.
- Isso não vai acontecer, combinamos que ficaria até nascer.
- Não sei se vou esperar isso acontecer.
- Eu vou deixar você se acalmar Caren, quando estiver melhor,
conversamos.
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Capítulo 17
O mês passou rapidamente a Michelle e o George iriam buscar o meu
pai no aeroporto. Por sorte, a minha
barriga não tinha crescido muito, eu já estava de quatro meses, eu não
queria ver o meu pai surpreso antes de
conversarmos.
O meu irmão ficou de ir direto para o aeroporto, acho que hoje seria um
dia tenso.
Pedro estava trabalhando e conheceria meu pai a noite quando iríamos
conversar sobre a gravidez, não
queria falar com eles sozinhos.
Estava no portão de saída quando avistei meu pai.
- Oi filhona que saudade. - me dá um abraço caloroso.
-Oi Pai, Meg não veio?
- Não amor, ele está lecionando e somente eu estou de férias. Onde está
o seu irmão?
- Falando dele - olha ele aí.
- Pai, que saudade. - Oi maninha - nos abraçamos.
- Vamos para casa, estou com saudades de meu antigo lar.
- Pai, eu não estou mais em casa? Estou na casa do Pedro meu
namorado
- Você está morando com ele? Nem sabia que estava namorando,
porque não me contou? - meu pai fala
surpreso.
- Pai não me olha assim, também estou sabendo agora - Thiago fala se
esquivando do assunto.
- Sim. Eu vou apresentá-lo pra vocês, ele é bom pai. - Ele é advogado,
tem uma boa família, a Michelle e do
George o conhece.
- Você quer matar o seu pai do coração? Me pegou de surpresa e
poderia te me falado.
- Desculpa pai. Estava me sentindo sozinha naquela casa, Pedro
também e...
- Maninha - já entendemos, vamos para sua casa logo que tô morrendo
de fome.
George e Michelle abraçaram o meu pai e meu irmão e fomos para o
estacionamento.
Senti meu pai triste, acho que a ideia da "garotinha" estar morando com
alguém não o alegrou.
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Chegamos no apartamento de Pedro, assim que entrarmos Joana se
aproximou de nós eu apresentei meu pai e
o meu irmão.
Ela tinha feito uma torta e alguns mini salgados. Conversamos sobre a
viagem, sobre os negócios dos meus
pai.
- Nossa que torta maravilhosa . Esta sendo bem tratada aqui filha.
- Sim. E como estou.
- Você vai ficar com a gente pai? Ou prefere ficar no ap?
- Posso ficar aqui com vocês para conhecer o rapaz e Thiago fica no
apartamento e amanhã ele vai buscar a
Raquel e então eles podem ficar por lá, o que acha?
- Tudo bem, pode ser pai.
Michelle e George mencionam que querem viajar para fora do Brasil,
meu pai todo solicito os convida para
passar um tempo em sua casa.
Fiquei eufórica, quem sabe depois que o bebe nascer eu também possa
passar um tempo distante para
colocar as ideias no lugar.
- Pai, eu vou ser pai - Thiago fala entusiasmado - estava esperando o
senhor chegar pra dar essa notícias.
- Filho, que coisa maravilhosa - vem cá que quero te abraçar.
Eles se levantaram, se abraçaram. Parabéns.
- Parabéns, irmão.
Eu achei que seria uma boa hora para também anunciar.
- Pai.
- Oi filha.
- Eu também vou ser mãe.
O silêncio pairou no ar. Porém, comigo foi diferente.
- Filha, mas quanto tempo está com esse rapaz? Não posso dizer que
estou tão contente quanto estou com o
seu irmão, vocês não estão casados.
- Estamos morando junto pai.
- É diferente. Todos nós se casamos, fizemos tudo certinho, não
atropelamos as coisas.
George e Michelle se levantam.
P 18-2
- Pessoal os salgados estavam ótimos, mas precisamos ir.
- Eu acompanho vocês.
Fomos até a porta - Cá, fica calma, vai da tudo certo.
Obrigado por tudo. Depois ligo para vocês.
Quando abri a porta para eles saírem Pedro entra.
- Oi amor. - Diz Pedro e me dá um selinho. - ele começou a "representar"
na frente de todos.
- Oi amor. - Entrei no jogo.
- Amor este é o meu pai João
- Prazer Pedro.
- Então você é o rapaz que engravidou a minha filha e roubou ela de
mim?
Eu fico totalmente sem graça.
- Bom Sr. João, minha intenção não é roubar sua filha e sim o senhor
ganhar um filho e um neto.
- Esperta resposta rapaz. - Você chegou bem na hora que eu estava
falando com Caren a respeito disso.
Nossa família todos sem exceção? se casaram com direito a festa e tudo
mais, ela é a minha única filha,
quero ter o prazer de levá-la ao altar, agora grávida não sei como será
possível.
- Pra tudo se tem um jeito Sr. João. Ainda estamos discutindo essa
questão.
Pedro se saiu bem na resposta, não disse que não e nem que sim.
Eles foram para a sala, meu pai, Thiago e Pedro. Ouvi eles conversarem
sobre tudo e depois jogaram uma
partida de carta. Meu pai sempre fazia isso quando estávamos em casa.
Eu fui para o meu quarto, retirei algumas coisas de lá e passei para o
quarto de Pedro. Eu não queria que o
meu pai observasse que aquilo tudo não era verdadeiro. - "amor para cá"
- "amor pra lá" - estava triste por
esconder isso do meu pai, mas o desgosto já era grande dele não poder
me levar para o altar e ainda mãe
solteira.
Era quase meia noite quando Thiago foi embora. Antes de ir ele me
disse.
- Maninha, gostei do meu cunhado.
Meu pai me beijou na testa antes de dormir e foi para o quarto.
Quando eu estava de calcinha e sutiã Pedro entra.
- Desculpa.
-Eu me cubro. - pode entrar.
P 18-3
- Acho que conseguimos o que você queria.
-Realmente, acho que causou uma boa impressão no meu pai e no meu
irmão também.
- Em qual lado da cama você prefere dormir? Posso dormir na cabeceira
ou no pé da cama, se preferir.
- Não precisa, podemos dormir do mesmo lado, acho que não
precisamos de tanta distância assim.
- Então, prefere estar do meu lado? - ele fala sorrindo.
Eu jogo o travesseiro nele.
- Do mesmo lado mais não próximo.
- Não vi você se vestir. - eu acho.
- Pedro ainda estou de calcinha e sutiã, se você saísse do quarto daria
na cara que eu e você...
- Acho que não deveria dormir assim perto de mim.
Meu coração começa a bater em disparado.
-Vou tirar minha roupa mas pode olhar se quiser.
- Viro para o lado. Sinto o cobertor se movimentar. - Boa noite.
- Quando eu olho pra ele e me olha.
Meus hormônios estava eufóricos e naquele dia, somente naquele dia eu
me precipitei. - Pedro, posso te
pedir uma coisa?
- Claro que pôde, se não for nenhum desejo absurdo que me faça
levantar daqui agora.
- Rimos. -
- Eu gostaria de dormir abraçado com você.
- Caren, Caren, você está testando minha residência? Está praticamente
nua e quer que eu te abrace?
Eu realmente queria que ele me atacasse. Eu precisava senti-lo de novo.
- Ele me abraçou por trás, mas logo em seguida ele beijou o meu
pescoço, minha nuca, me envolveu com os
braços.
- Caren você tem certeza que quer isso? Mesmo que não estamos
juntos?
- Eu queiro sim, muito Pedro.
Transamos loucamente...
P 18-4
- Eu deito ao lado da cama sem dizer nada. Me viro e choro em silêncio.
- Caren, me desculpa, não quero misturar as coisas. - Você está
chorando?
- Não toca mais em mim, nunca mais.
- Você não percebe que não quero te fazer sofrer? Você é especial pra
mim, carrega meu filho.
- Porque quis sair comigo se não queria nada sério?
- Caren, você é bonita, gotosa, atraente me ignorava...
- Então por isso? Depois que conseguiu não era mais atraente pra você?
- Caren, para por favor... Não vamos estragar o clima.
- Depois que eu sai com você eu fiquei pensando sim em nós dois mas
não alimentei isso.
- E porque deu chances pra Bia?
- Caren ele soube me convencer num momento que eu estava
vulnerável, digamos assim...
- Transando, aposto.
- Não vou mentir pra você foi assim, mas depois também me arrependi
de ter aceito, e quando você
apareceu grávida foi o motivo que eu precisava.
- Você é sempre tão frio?
- Caren, quando eu sinto que vou me envolver eu me policio.
- Você se arrepende de ter saído comigo e ter me engravidado?
Essa pergunta fez ele se calar.
- Não precisa responder. Saiba que eu amo essa criança mesmo que
você rejeite eu vou dar muito amor a
ela. Quem sabe eu encontre um pai e...
- Que história é essa? Eu sou o pai dessa criança, esse papel ninguém
vai me tirar.
- Eu começo a sentir uma dor forte e quando olho para baixo, estou
sangrando.
- Caren o que está acontecendo?
Eu vejo tudo turvo e caio nos braços de Pedro.
====
Acordo no hospital ao meu lado estava o meu pai de mãos dadas
comigo.
P 18-5
- Pai, eu não sei o que houve...
- Filha estou aqui. Pedro está lá fora conversando com o medico.
- O bebê pai como ele está?
- Você sofreu um início de aborto mas está tudo sobre controle agora.
Pedro entra e o meu pai sai para conversarmos.
- Caren me desculpa, acho que te fiz passar nervoso, sou culpado disso.
Eu não me perdoaria se tivesse
acontecido alguma coisa com o nosso filho.
- Pedro tudo bem, eu não deveria ter insistido na conversa. Te prometo
que as coisas serão diferente.
======
Dois dias se passaram depois do meu quase aborto. Tinha resolvido
esquecer Pedro, assim que meu pai
fosse embora voltaria para o outro quarto.
Ele tinha notado a minha frieza, eu dormi com ele do lado oposto da
cama, essa noite não seria diferente.
- Você já vai dormir? -Pedro me pergunta depois da partida de baralho
com o meu Pai.
- Eu vou. - Benção papai.
- Deus te abençoe filha.
- Pedro pode ir dormir com ela filho, ela precisa de você.
Eu me senti o pior homem, tudo estava errado e agora Caren mudou da
água pro vinho. Não foi proposital o
que aconteceu? de nenhuma das partes mas ela mudou.
Entro no quarto ela está de olho fechado. - do outro lado da cama.
- Você está acordada?
- Estou.
- Estava penando da gente sair, pegar um cinema e comer alguma coisa
esse final de semana o que acha?
- Eu já tenho compromisso esse final de semana, obrigada.
- Ok. Eu posso saber com quem?
- Com o Paulo. Porque?
- Porque você tem uma gravidez de risco e me preocupo.
- Jura? Não pensei que isso contasse.
P 18-6
Me viro para lado na tentativa de dormir.
- Boa noite.
================================
De madrugada tenho um pesadelo terrível. Sonhei que eu tinha uma
menina em meus braços e Pedro estava
ao lado com Débora brigando na justiça pela guarda da criança. Acordo
gritando e chorando.
- Pedro pula em cima de mim., - O que houve? E o bebê?
- Eu o abraço. - Não tire ela de mim, por favor.
- Calma Caren eu estou aqui. Do que ela está falando?
Me esquivo, quando percebo que nosso rosto está próximo. Percebo que
ele olhou para os meus lábios e
respirou fundo.
- Acho que tive um pesadelo.
- Percebi, quer um copo de água? Alguma coisa?
- Não obrigada, vou tentar dormir de novo.
================================
***********************************************************************

Capítulo 19

Meu pai iria embora hoje, eu já estava com saudades dele mesmo ele
estando aqui.
Nossa família era pequena mas de certa forma me sentia protegida
quando estávamos juntos.
- Filha o Pedro disse que me leva hoje para o aeroporto.
- Eu vou também.
- Quero que fique e descanse, sem emoções de despedidas. - Também
quero conversar com Pedro, sobre os
preparativos do bebê.
Ele me abraçou e disse: Paciência Caren, paciência as coisas entraram
nos eixos.
- Pai porque está dizendo isso?
Ele sorriu e me beijou na testa - não respondeu.
- Vamos Pedro?
No caminho do aeroporto a conversa surge.
- Pedro quando vai ser o momento de vocês falarem a verdade pra mim?
- Não entendi Sr. João.
- Vocês e Caren não são um casal eu percebi, não entrei nesse assunto
com ela porque ela praticamente teve
um aborto mas te digo uma coisa, se a minha filha está infeliz ao seu
lado, eu não ligo dela ser mãe solteira.
- Sr. João estamos tentando e...
- Isso que você chama de tentar? Eu ouvi ela falando ao telefone que
queria sair com o Paulo, um rapaz que
eu estimo muito por sinal. - Ouvi ela chorar algumas vezes no banheiro
por sua causa não é?
Ouço tudo de cabeça baixa.
- Sr. João eu e a Caren nos conhecemos num tempo errado, fica difícil
pra eu te explicar.
- Não importa rapaz o tempo sendo e errado ou não, vocês estão
esperando essa criança juntos, nada vai
mudar o que aconteceu, então encarem isso juntos ou fiquem separados
de vez, mas em harmonia por essa
criança.
Não queria dizer sobre a dúvida que eu tinha. Às vezes essa dúvida
sumia quando? percebia o olhar dela em
mim, outras vezes essa dúvida surgia meus sentimentos eram uma
gangorra.
Chegamos no aeroporto, eu agradeço pela conversa. Ele me abraçou e
entrou no portão de embarque.
P 19-1
Cheguei no apartamento decidido a dar uma chance pra nós, acho que
eu precisava de uma conversa
daquelas com alguém mais experiente. Eu tinha dado uma chance pra
Bia e porque não daria para Caren que
esperava um filho meu?
- Oi Joana a Caren saiu?
- Sim filho. Ela saiu com um rapaz.
- Ela não iria sair com ele no final de semana?
- Pedro não quero me intrometer na sua vida mas ela estava chorando
muito quando o pai dela se foi, ela
pegou a mala colocou algumas coisas dentro e foi embora.
Na mesma hora liguei para o celular dela.
- Alô, Caren aonde você está?
- Oi Pedro estou na casa do Paulo.
- Vem pra casa agora precisamos conversar.
- Você não manda em mim. Não vou Pedro.
- Estou a caminho do seu apartamento, me encontre lá.
- Não vou pra lá Pedro, como você mesmo disse não posso ficar sozinha,
minha gravidez é de risco.
- Então o que pretende fazer Caren? Morar com esse cara? Esse tal de
Paulo.
- Sim. É isso mesmo. Ele não mora sozinho, a mãe dele Noemi
praticamente me viu crescer e me apoiará até
o bebê nascer.
- Caren quero conversar com você.
- Daqui uma semana conversamos, estou decidida Pedro. - Semana que
vem vou para o ultrassom, pode me
acompanhar se quiser, agora preciso desligar.
=======
Pedro
Estava me sentindo um babaca egoísta. Já estava perto da casa dela
acreditando que ela iria conversa
comigo.
Voltei abri um vinho e fui para o quarto. - Dona Joana bateu na porta
algumas vezes mas não quis atender.
Dois dias se passaram, era domingo, eu estava sem saber o que fazer, a
casa parecia pequena sem Dona
Joana e Caren.
Recebo um ligação no modo restrito.
- Alô?
P 19-2
- Oi Pedro quando tempo.
- Débora como conseguiu meu telefone?
- Ah, se eu falar perde a graça, estou aqui em baixo poderia subir pra fala
com você?
- Você está brincando comigo Débora? - Não é pra você pisar aqui é
muito menos tentar se aproximar de
mim.
- Uma conversa apenas Pedro - uma - te prometo que não te procuro
mais, já estou aqui, por favor.
Eu interfono e peço pra ela subir.
Abro a porta e digo: Seja breve, você tem 10 minutos.
- Pedro sei que já somos divorciados mas eu gostaria de te dizer que
aquele cara com quem eu sai não
significou nada, ele era o motoboy da empresa onde eu trabalhava. -
Depois daquele dia não tive nada com
ele nem nos falamos mais.
- Você quer se explicar agora? Tem mais de um ano Débora, você acho
que sou trouxa?
- Eu tentei te explicar mas você não deixou. Eu não demoraria um ano
pra te procurar Pedro, se você não
tivesse me excluído de tudo e tirado de mim o direito de me explicar.
- Não tem explicação para o que você fez. Você usou a nossa cama
merda, a nossa cama. - Você dizia que
amava e eu acreditava, nunca imaginei que você pudesse ser tão sínica,
dissimulada, atriz, isso você é com
certeza.
A porta abre e Caren entra.
- Acho que cheguei na hora errada, posso voltar depois.
- Caren fica. - Débora já está de saída - pedro responde.
- Eu não terminei de falar Pedro.
- Seja o que for Débora não estou disposto a ouvir. Tenho uma mulher
grávida e que tenho que dar todo
atenção, então por favor, sai da minha casa.
Ela sai furiosa.
- Pedro, eu não sabia que estava aqui eu vim buscar algumas roupas.
Ele vem em minha direção e me beija.
- Pedro, por favor, não quero.
- Fica comigo Caren - vamos tentar?
P 19-3
- Não posso.
- Porque mudou de ideia? É o Paulo? Ele fez sua cabeça?
- Não, claro que não. Posso dizer o mesmo de você - Você quis fazer
ciumes para sua ex? Como se
realmente se importasse comigo e com essa gravidez.
- Caren eu quero tentar. - Não posso dizer que te amo, mas gosto de
você e quero tentar, você aceita namorar
comigo?
Ele se aproxima e me beija - não consigo esquivar. - Eu queria tanto
quanto ele, queria sentí-lo.
Fizemos as pazes de um jeito quente e intenso... Eu realmente não
conseguia resistir a ele.
######
- Cáren, vamos ficar bem?
- O que é bem pra você Pedro?
- Trégua Cáren, senti sua falta, eu iria conversar com você naquele dia
mas você foi embora.
- Eu fui, estava me sentindo super mal com a nossa digamos "relação".
Menti para o meu pai, eu estava
muito mal.
- E por isso sai com seu ex naquele dia? Acha justo?
- Ele é o meu ex. Eu falei para Joana porque não vejo mal em vê-lo,
somos amigos acima de tudo.
- Ah, seu ex, depois você me diz que eu tenho "mulheres". Na primeira
oportunidade você também recorre
ao seu ex?
- Não quero estragar a noite Pedro, chega! Quem vê pensa que você
está com ciúmes.
- Você diz que me ama mas foi morar com outra cara é isso?
- Eu já te disse que ele não mora sozinho, a mãe dele estava lá, a Sra.
Noemi esses dias ficou comigo, fiquei
com medo de voltar para o apartamento e perder o bebê.
- Quero saber a verdade, aconteceu algo entre você e ele?
- Não (falo baixo ) - Dormi no quarto da irmã dele, mas depois decidi
pegar minhas coisas porque queria
voltar para o meu apartamento, vi sua ex., e tudo aconteceu entro nós
novamente.
- Cáren, fiz coisas ruins eu sei, mas quero fazer valer a pena, por nós.
- Pedro, você me ama?
- Não sei o que sinto, mas você é especial pra mim, e a nossa filha
também.
P 19-4
Nos abraçamos e deitamos na cama.
Ele tira a roupa e eu também, mas dessa vez ele vem em cima de mim e
fizemos amor, ele pode negar mas
senti que ele estava me amando.
Ele se movimentou lentamente varias vezes, me beijava, senti muito
carinho, diferente das outras vezes que
fizemos.
Eu queria dizer o quanto estava feliz, mas não queria dizer que o amava
porque no fundo parecia um sonho
estar ali sendo acariciada por ele
**********************************

Capítulo 19

Dias Antes
Meu telefone toca as 07:00h ao som de Avril Lavigne - I'm With You
Acordo nos braços fortes de Pedro - me espreguiço. - Hoje era o dia da
consulta e não poderia perder.
Estava com 4 meses e quem sabe, saberíamos o sexo do bebe. -
Quando estava prestes a levantar, Pedro me
puxa e diz:
- Bom dia linda.
- Bom dia - respondo sem jeito.
- Você não me respondeu ontem sabia? Pensa que eu esqueci.
- Eu sei disso.
- Então. - Você Caren, aceita namorar comigo? - Ele se ajoelha na cama
e faz o sinal de oração como se
fosse suplicando.
- Aceito. - Volto pra cama e me jogo em cima dele... Nos beijamos por
um bom tempo.
Tomamos banhos juntos. Eu não estava acreditando em tudo que está
acontecendo.
- Pedro - Você realmente quer isso? Digo, um compromisso.
- Eu não estou brincando Caren, nada mais justos vamos ter um bebe.
- É pelo bebe que está fazendo isso?
- Sim, por ele.
Fiquei triste por saber que era exclusivamente pelo bebe, mas tudo bem,
estávamos juntos nessa.
Agora me falta coragem de falar com Pedro o que fiz... não quero
começar um relacionamento no engano.
####
- Caren, você ouviu que a Michelle disse, come bastante chocolate que
vai deixar a criança eufórica, quem
sabe hoje saberemos o sexo do bebê.
- Mais do que eu já comi?
- Amo... Quer dizer Pedro...
P 20-1
- Pode me chamar de amor Caren, não precisa se corrigir, se é isto que
sente.
Ele me beija com um selinho. Na sala de espera.
- Estou feliz por você estar aqui Pedro, nunca pensei que estaríamos
assim.
Na sala havia muitas grávidas, alguns com companheiro e outras não.
De certa forma estava me sentindo segura, mas meu coração estava
com medo daquele castelo de sonhos
acabar.
- Sra. Caren.
- Oi Dr. Bom dia.
- Bom dia, entre por favor. - Vista por favor, essa roupa com a parte
aberta na frente.
O doutor pede para o Dr. Pedro se sentar.
Deitei na maca e ele me instrui com o próximo passo que é o gel em toda
a minha barriga.
Ele comeca em movimentos circulares, depois passa para a região do
umbigo. Como eu já eu tinha
completado 5 meses, a minha barriga estava grande
- Olha lá seu bebê esperto, está com a mão na boca.- Diz o Doutor.
- Vocês querem saber o sexo?
- Sim queremos. - respondo ansiosa.
- É uma menina.
Eu começo a chorar, lembrei da ligação que eu tinha com a minha mãe.
- Está tudo perfeito com a sua menina.
-Obrigada Doutor.
Saímos radiantes.
- Nossa, serei pai de uma princesa. Vou ser chato com ela, pode ter
certeza.
- Não vai não. - Começamos a rir.
Pedro passou na loja de roupa e comprou o primeira roupa para nossa
bebê.
-Caren o que você acha dessa roupa?
- Amei Pedro. - Não sei o que dizer.
- Diga que vai ser uma boa mãe.
P 20-2
- Serei. - Eu pulo nos braços dele e o beijo bem eufórica.
Chegamos em casa e Joana estava quase de saída.
Pedro abraça a Joana e a rodopia.
- Joana é menina a nossa princesa.
Joana me abraça e fica tão surpresa - eu sabia que vocês iriam ficar
bem, essa princesa precisa de vocês
(...)
Fomos para o quarto e comemoramos na forma clássica, fazendo amor.
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Capítulo 20

Três dias antes,


Assim que Pedro levou meu pai para o aeroporto, Paulo me ligou
querendo conversar.
- Alô, atendo ao ver o número de Paulo no visor.
- Oi Cáren, estou te ligando pra saber se é verdade sobre a gravidez, vi o
Thiago e não acreditei quando ele
disse.
- Sim, é verdade. Mas é tudo faixada Paulo - desabo a chorar.
- Quer vir aqui em casa, conversamos e você também aproveita pra ver a
minha mãe que está morrendo de
saudade de você.
- Tudo bem. Pode vir me pegar agora então. - Anota meu endereço.
Assim que desliguei, Joana toda preocupada entra no quarto.
- Menina aonde você vai? Porque está pegando tanta roupa?
- Joana, preciso ir embora daqui, colocar minha cabeça no lugar. Vou
ficar fora alguns dias, volto depois
pra pegar o resto das minhas coisas.
- Você não pode fazer isso com Pedro, ele gosta de você.
- Chega Joana. Não quero me iludir, tudo isso foi uma farsa que eu pedi
pra ele fazer. Paulo é do bem Joana,
namoramos muito tempo ele sim tem sentimento por mim, diferente de
Pedro.
- Vou rezar pra você menina, para vocês ficarem bem.
Beijo a Joana na testa - Paulo me pegou em menos de uma hora na
portaria.
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Encontro de Paulo e Cáren
- Oi Cá, você está linda - fala entusiasmado.
- Obrigada. Para onde vamos?
- Primeiro quero que me conte tudo, que tal um sorvete?
- Sim, vai ser ótimo.
P 21-1
- Cheguei na sorveteria e contei tudo, desde quando vi Pedro pela
primeira vez, chorei bastante também.
Ele me abraça, faz carinho no meu rosto, me beija. Nos beijamos e
depois de um tempo recuei.
- Porque fez isso?
- Caren, te amo. Me dá um chance? - Já voltamos uma vez, mas agora
estou mais maduro, posso assumir sua
filha já que esse cara não te merece.
- Não Paulo. Pedro tem seus defeitos mas ele deixou claro quer quer
estar perto e assumir nossa filha.
- Mas ele duvida de você. Quer DNA, quer te expor. Isso é estar ao seu
lado? - Posso te fazer mais feliz do
que ele, acredite.
- Quero ficar fora esses dias e pensar...
- Mas você não pode ficar sozinha, é perigoso! Você aceita ficar comigo
e com a minha mãe?
- Se não for ruim pra vocês, tudo bem.
(...)
Noemi me recebe com um grande abraço.
- Que bom vê-la minha filha, você continua linda.
- Obrigada.
- Vocês voltaram?
- Paulo responde - quem me dera mãe.
Me sinto sem graça.
Fiz um bolo pra vocês, de laranja, espero que gostem.
- Mãe, a Cáren poderia ficar aqui alguns dias? Ela está grávida e não
pode ficar sozinha, a gravidez é de
risco.
- Parabéns filha, meu Deus vou ser avó? - Me abraça bem forte.
- Calma mãe, não é meu não, mas gostaria que fosse.
O silêncio paira entre nós.
Eu sento na cadeira e me sirvo, me sinto em casa.
Comecei a comer e a contar por cima a minha história. Vejo que Noemi
ficou triste por saber que estava
sofrendo.
P 21-2
Meu telefone toca, vejo no visor é Pedro.
- Me dê licença, já volto.
- Alô, Caren aonde você está?
- Oi Pedro estou na casa do Paulo.
- Vem pra casa agora precisamos conversar.
- Você não manda em mim. Não vou Pedro.
- Estou a caminho do seu apartamento, me encontre lá.
- Não vou pra lá Pedro, como você mesmo disse não posso ficar sozinha,
minha gravidez é de risco.
- Então o que pretende fazer Caren? Morar com esse cara? Esse tal de
Paulo.
- Sim. É isso mesmo.- Ele não mora sozinho, a mãe dele Noemi
praticamente me viu crescer e me apoiará
até o bebê nascer.
- Caren quero conversar com você.
- Daqui uma semana conversamos, estou decidida Pedro. - Semana que
vem vou para o ultrassom, pode
me acompanhar se quiser, agora preciso desligar.
Quando deliguei eu desabei, eu não iria ficar aqui até meu bebê nascer,
falei na hora da raiva.
Eu fiquei lá fora tomando ar, senti que minhas pernas tremerem.
- Caren, você está bem? - Quer conversar?
- Obrigada Paulo, mas acho que vou tomar um banho, estou com
algumas roupas e preciso descansar, passei
muito nervoso e acho que não faz bem pro bebê.
Tomei um banho, a Dona Noemi me mostrou o quarto que era da irmã de
Paulo, a Paloma. - Ela foi para
Suíssa então o quarto estava livre.
Entrei e tinha várias fotos da Paloma de Paulo e Noemi, eles são unidos,
e isso eu admirava.
Escuto batidas na porta.
- Entra.
- Caren, preciso falar com você, prometo que vou deixar você descansar.
- Tudo bem, eu fico em pé, pois não queria que a conversa se
estendesse.
- Eu errei em não te dado valor para o nosso relacionamento, me sinto
triste por saber que ficamos tanto
tempo juntos e você nunca engravidou e como isso não aconteceu tão
rápido com ele? Sei que não tem
P 21-3
explicações para muitas coisas, mas...
- Paulo, não se torture nem eu acredito que isso aconteceu, acho que a
camisinha estourou sei lá; você é
lindo e não se prenda a mim, a nossa história acabou.
Ele se aproxima e me beija. Eu fiquei exitada pelo toque e não por sentir
nada por ele a não ser carinho.
Ele me sugura pela nuca e começa a tentar tirar o meu vestido.
- Paulo, não. Não posso.
- Você pode Caren, não tem nada com esse cara a não ser o bebê.
- Se você continuar insistido não vou ter como ficar aqui.
- Tudo bem, descanse - saiu fechando a porta.
************************************
Dois dias depois.
Os dias se passaram mas Paulo estava tranquilo, ele me levou no dia
seguindo pra comer fora com a mãe
dele, ontem a noite quando ele chegou do trabalho me trouxe flores. Eu
sabia que não estava sendo sadio
ficar ali com eles, de certa forma estava alimentando esperanças de que
poderíamos um dia voltar a se
relacionar.
- Cáren, eu te adoro como filha, mas preciso saber se você pretende
voltar com o meu filho, ainda mais
agora grávida de outro.
- Dona Noemi, eu gosto muito do Paulo, mas o que passou já passou, eu
amo Pedro, mesmo que não
fiquemos juntos eu não penso em me relacionar tão cedo.
- Então, espero que não se chateie com o que eu vou falar, não sei se
está sendo bom você ficar aqui com o
meu filho te mimando.
- Eu sei, estava pensando exatamente isso.
- Eu vou ter que ir até o apartamento de Pedro, pegar algumas roupas
mas vou direto para o meu
apartamento, não volto mais para cá.
- Sinto muito Cáren, se Paulo souber que te disse isso, ele me mata.
- Fica tranquila, não falarei nada a respeito.
- Oi mulheres lindas que amo. - Paulo chega de repente.
E mais uma vez, ele me trouxe flores.
- Oi filho, estava preparando o café com a Cáren, chegou bem na hora.
P 21-4
- Paulo, será que poderíamos conversar?
Fomos até o quarto, eu disse para ele que amava Pedro, que precisa
pegar algumas coisas no apartamento
dele, se ele poderia me levar. No começo ele insistiu para eu não ir, mas
depois me levou. Avisei que
depois não voltaria com ele.
Ficamos em silêncio o caminho inteiro, eu sabia que havia partido o
coração dele em mil pedaços.
************************************
Bia
Eu estava esperando Pedro aparecer na academia mas nada disso.
Eu não queria ir ao apartamento para ver Cáren, eu iria perder a cabeça,
mas Pedro não poderia ser
enganado, eu a vi beijando um cara na sorveteria. Eu disse para ela que
não iria ficar assim, então essa é a
minha cartada, vou falar para Pedro e contar o que vi, também bati fofo,
eu não sou boba.
- Alô, Pedro.
- Oi Bia, o que você quer?
- Poderia me encontrar naquela bar ai perto do seu serviço?
- Não posso, quero chegar cedo em casa, Cáren está me esperando e
prometi tentarmos um relacionamento
mais sério, não quero confusão, e gostaria que você a respeitasse.
- Pedro, é importante - ela está te traindo...
- Bia, sem essa, Cáren jamais faria isso.
- Eu tenho provas Pedro, tenho fotos.
- Ok. Às 19h eu te encontro no lugar de sempre.
************************************

Capítulo 21
Chego pontualmente no bar.
- Oi Bia.
Ela se levanta e me beija no rosto.
- Pedro, sei que tudo que eu disser vai te lembrar a Débora e a velha
história de que todas as mulheres não
prestam, mas saiba que te amo e estou aqui pra provar que essa
vigarista é uma vagabunda e que esse filho é
bem provável que não seja seu.
- Bia, vamos direto ao assunto.
-Primeiro, quero que você me prometa que se precisar de um corpo
amigo, esse será o meu e não nessa
monte de mulher ordinária que você teve e nunca te deu valor.
- Bia, não tenho procurado ninguém, estou com a Cáren e a nossa filha.
- Ah, é filha... e você realmente está acreditando que é de vocês?
O garçom traz as bebidas. - Bia pediu uma caipirinha de saquê, eu o meu
velho Whisky.
- Bia, pode ter certeza que se eu ficar solteiro a gente vai sair, mas minha
vida mudou, a paternidade me
mudou.
- Ok. Vamos à sessão balde de água fria - Mostro as fotos, a Caren está
beijando um cara, eu fiz vários
cliques e eles saindo abraçados. - Mostro a data da foto.
- É ela, não acredito, ela estava com esse cara no dia que levei o pai
dela no aeroporto, reconheço pela
roupa que ela estava.
- Está vendo Pedro, você estava achando que eu estava inventando.
- Ela não presta, você tem razão, eu me cuidei quando a gente saiu,
como não pensei nisso. Esse namorado
que ela diz que é ex, nunca foi. Eles querem me dar um golpe. - Vou
mandar ela embora, não quero mais
saber, basta.
Levanto do mesa.
- Me leva pra casa Pedro, por favor.
- Bia quero resolver logo isso, posso te pagar um taxi, mas quero ir
embora direto. - Pego o whisky, bebo o
restante.
- Tudo bem Pedro, se quiser ir lá em casa depois, posso te fazer
esquecer tudo isso, posso te dar muito
P 22-1
prazer pra compensar toda essa sujeira.
- Bia me dá um selinho e sai. - Pode deixar que eu mesmo pego um taxi.
(...)
- Joana estou feliz sabia, acho que as coisas estão indo bem entre eu e
Pedro, acho que estamos namorando.
- Menina, não disse que as coisas iriam se ajeitar.
- Sinto minha barriga mexer. - Joana corre aqui - acho que ela está
mexendo
Já estou com 5 meses, era a primeira vez que a sentia bem forte. Ela
coloca a mão na minha barriga e me
sinto emocionada.
Eu olho para o relógio são 20:30 nada do Pedro chegar.
- Deixei o jantar pronto, mas já estou indo. Se precisar me liga, estou
uma quadra de você.
Me despeço de Joana, vou para o quarto entro no banho.
Quando estava saindo do banho Pedro entra batendo a porta.
- VOCÊ É IGUAL A TODAS AS PIRANHAS QUE SAÍ, VOCÊ, DÉBORA,
SÃO IGUAIS. EU TENHO
NOJO DE VOCÊ. NUNCA VOU CONFIAR EM VOCÊ, NUNCA.
ESSE FILHO NÃO É MEU, AGORA SEI DISSO.
- O que houve Pedro? Me diz...
Vou andando para trás e caio na cama, mas ele me levanta pelo braço, e
me aperta. - Minha toalha cai eu
fico nua, minha filha se mexe.
- Sua filha está mexendo, até ela deve estar concordando comigo.
Pedro joga a toalha e mim. - Se veste e arruma suas coisas - não quero
nunca mais olhar na sua cara.
Eu começo a chorar.
- Pedro olha pra mim, não sei do que está falando.
- Você na sorveteria com seu namorado, se beijando, e ainda diz que me
ama. Eu levando o seu pai e você
se agarrando com outro?
- Me perdoa Pedro, eu não queria, estava triste eu... eu...você disse que
não tínhamos nada...e...
- Mentirosa, safada... sai da minha casa. Você quer o meu dinheiro e usa
sua filha pra isso?
- Não é isso. Você está sendo injusto. - Coloco o primeiro vestido que
vejo.
P 22-2
- Pedro está tarde, não quero ir agora.
- Não me importa! - Se vira e deixa a chave na mesa.
Saio chorando com uma mochila na mão, não tinha dinheiro para taxi.
Liguei para a Michelle, ela veio me buscar.
Fico em frente de uma farmácia quando a Michelle me vê ela estaciona,
me dá um abraço, eu choro.
Contei tudo pra ela.
- Cá como você pode beijar o Paulo em público grávida amiga. Ainda se
você tivesses falado com ele que o
Paulo te beijou talvez vindo de você ele teria reagido de outra forma.
- Estou com raiva Mii ele me humilhou, falou que a minha filha não é
dele.
- Calma ele está com raiva, vai passar. Dorme em casa amanhã veremos
o que fazer.
- Quero voltar a trabalhar, pagar as minhas contas, mas não posso não
sei o que fazer. Ainda não comprei
nada para a bebê, como vou fazer?
- Cá vou tentar falar com Pedro, esse filho é dele, ele não pode agir
assim com você.
- Não quero Mii, ele me expulsou, e não quer mais me ver.
Chegamos na casa de Michelle, George me abraçou e não disse nada, a
Michelle arrumou o sofá da sala
para eu dormir enquanto eu contava pra George.
- Minha amiga homem é assim não aceita dividir o que é seu.
Independente dele não ter falado antes de
relacionamento com você, ele já estava te vendo como mulher dele,
morando com você, tendo relação com
você, não é?
Ele tinha mudado Caren, olha que pra eu dizer isso de Pedro é porque
ele mudou mesmo.
Vou falar com ele. Quem sabe ele mude de ideia.
(...)
Pedro
Quebrei tudo no quarto, realmente eu descobri que gostava dela.
Aquela vadia tinha me enganado. Ninguém me engana.
Ligo para Bia.
- Alô, sou eu. Posso te buscar?
- Claro que pode amor. Ela responde.
P 22-3
Busco a Bia, por algum motivo não quis levá-la em casa.
- Bia vou ser direto e reto. Quero transar e beber, vamos pra um motel.
Sem entrar em detalhes, foi uma noite difícil. Bebi muito, chorei depois de
anos e transei bêbado.
Acordei com ressaca mais tinha que admitir minha vida estava de pernas
pro ar.
- Bia, acorda já são quase 10h, preciso trabalhar.
- Pedro vai lá pra casa hoje. Se der...
- Bia preciso de um tempo, quando eu tiver melhor eu te procuro.
(...)
Vinte dias depois.
- Pedro me passa o contato dela? A menina era boa, vocês brigaram
mas sempre há dois lados da história.
- Joana não quero saber dela e de nada que lembre a ela. Ela é falsa,
traiçoeira, mas se quiser mesmo, esse é
o contato dela.
- Me desculpa, mas te conheço desde de menino, antes do seu pai ir
embora e antes da sua mãe falecer e e te
deixar o escritório. Ela pediu pra eu cuidar de você.
- Não tenho seu sangue mas troquei suas fraldas, te conheço como se
fosse sua mãe. Sei que gosta dela, então
vai lá e saiba o que realmente aconteceu.
- Joana não! Estou bem, sai com a Bia esses depois com a Ana e assim
está ótimo.
- E qual delas carrega um filho seu?
- Nenhuma. Mas também não sei se a Caren carrega.
- Eu via verdade nos olhos dela e te digo menino, se essa criança for sua
e você estiver sendo injusto, ela
não vai te querer por perto depois, com razão.
- Eu você acho que eu devo fazer o que? Ir atrás dela, não sei... Prefiro
ficar na dúvida do que me humilhar.
Meu telefone toca.
- Oi George, fala cara.
- Precisou conversar com você cara.
- Se for sobre a Caren não quero ouvir.
Joana olha de longe como cara de repreensão.
- Ela não está bem, fraca, debilitada e chora muito. Meu a criança é sua,
eu sou seu Brother não iria mentir
P 22-4
pra você.
- George eu não quero perder sua amizade, eu estou curtindo a vida,
saindo com a Bia, avisa a Caren que
isso veremos depois isso, sinceramente não acredito nela.
- Cara ela está sem trabalho precisando das coisas pra sua filha, ela
alugou o apartamento com tudo dentro
para conseguir uma grana e está morando com um amigo gay, o Jayme,
não sei se você o conhece.
- George eu vou procura-la, não agora, mas quero um teste de
paternidade. Vou procurar fazer isso o quanto
antes.
- Pedro semana que vem é meu aniversário, está convidando para um
churrasco. Lá conversamos melhor.
- A gente se fala, se cuida main.
(...)
Uma semana depois
Hoje acordei super mal estou com 6 meses mas ainda continuo com
enjoo.
O Jaymes trabalha num hotel de madrugada passo boa parte sozinha.
Joana veio me visitar semana passada, acho que fiquei mais emotiva
depois disso, eu insisti para ela me
informar sobre Pedro e já soube que ele está com Bia.
Não queria vê-los na casa de George mas preciso mostrar que sou
superior e que também posso seguir em
frente.
Ontem fui ao médico porque estava com sangramento de novo, estou
com medo de um parto prematuro.
Fui no cabeleireiro, fiz unhas, me arrumei como fazia antes. Coloquei um
vestido solto, minha barriga não
estava muito grande então esse vestido deixou menos evidente.
As 18h, a Michelle me ligou.
- Caren você já está vindo?
- Mii estou quase chegando, já estou estacionando.
- Como vocês está? E essa princesa vai bem? - ela coloca a mão na
minha barriga.
- Sim estou, mas ontem não estava bem tive sangramento de novo.
- Você não me avisou? Não acredito.
- Eu fui sozinha no hospital, mas está tudo bem.
- Cáren, não gostaria que você passasse nervoso com o Pedro aqui.
- Não tudo bem. Estou preparada.
P 22-5
Quando chegamos as primeiras pessoas que avistei foi Pedro e Bia.
Sentado com os amigos de George e
Caio.
Eu cumprimentei todos de longe, sentei ao lado de Natasha.
Conversamos sobre a bebê, ela foi muito discreta e não comentou nada
a respeito de Pedro.
Eu realmente achei que seria mais fácil porque estava com raiva ainda
de Pedro por tudo que ele me disse,
mas não, estava mais magoada por vê-lo ao lado de Bia. Ela não média
esforços pra abraça-lo e beijá-lo na
minha frente.
Quando fui na cozinha, Pedro me chama.
- Cáren, gostaria de falar com você um minuto.
- Achei que não quisesse olhar na minha cara.
- Quero falar sobre o DNA, é possível fazer durante a gravidez, gostaria
de saber se você poderia fazer.
- E isso que quer falar comigo?
- Sim. O que mais seria?
- Pensei que sua raiva tinha passado Pedro.
- Não tenho mais raiva de você, na verdade não sinto sentimento
nenhum para falar a verdade.
Meu olhos se enchem de lágrimas.
- Tudo bem, podemos fazer o teste mais saiba que depois do resultado
não vou querer contato com você nem
pela nossa filha.
- Se for minha filha você terá que ter contato comigo, vou aceita-la
novamente em minha casa para
acompanhar o nascimento.
- Quem disse que eu vou querer voltar pra sua casa. Não vou aceitar
nada de você. Até agora você não fez
nada pela nossa filha, não vou querer depois.
- Você não está em condições de querer nada. Senão aceitar, vou querer
a guarda dela.
- Você está sem trabalho posso alegar que não tem condições pra isso.
- Como ousa querer tirar a minha filha ?
- Você pode estar perto se quiser, minha casa está aberta. Claro, até o
nascimento da bebê. Não quero correr
o risco de perder o bebê se for meu.
- Tudo bem, quando faremos o exame?
P 22-6
- Amanhã se for possível. Ele responde.
- Ok pra mim.
- Meu motorista te pega pela manhã.
Eu vou para o banheiro porque estava tremendo, eu precisava chorar.
Quando eu saí do banheiro Bia estava no corredor.
- Caren quem diria hein...
- Oi Bia fala o que você quer.
- Achou que iria enganar todo mundo, mas não conseguiu.
Eu viro as costas ela pega o meu braço.
- Me solta Bia.
- Eu estou com ele agora, durmo com ele e você não é nada. Ele tem
nojo de você.
- Solta ela Bia. Vejo Pedro se aproximar.
- Eu estava conversando com ela amor.
- Deixe-nos a sós.
Bia se retira.
- Eu voltei para avisar que as 9h o motorista te pega.
- O que a Bia te disse?
- Nada que você não saiba Pedro.
Viro as costas e saio.
As 22h o bolo foi cortado, sentia o olhos de Pedro sobre mim mas não
olhei mais porque percebi que toda
vez que eu olhava a Bia o agarrando e o beijava para me provocar.
Meu olhos estavam vermelhos, sabia que estava denunciando todo o
meu sentimento. Já estava prestes a ir
embora quando Caio veio em minha direção.
- Nossa como você está linda. A mãe mais bonita da festa.
- Eu sorrio forçada.
Caio senta do meu lado e começa a perguntar da gravidez, em um certo
momento ele pede pra colocar a mão
na barriga, eu permito. Somente neste momento eu vejo raiva no rosto
de Pedro, ele se levanta, se despede
do pessoal e vai embora primeiro. - Infelizmente de mãos dadas com Bia.
P 22-7
Caio me dá Carona e me deixa em casa.
- Mona você chegou - Diz Jayme.
- Estava te esperando pra me contar como foi o aniversário, como foi ver
o bofe depois de tanto tempo?
- Eu nunca pensei que sofreria tanto, ele estava com Bia. Ela veio e
pegou no meu braço disse que está com
ele, enfim, foi horrível.
- Você deveria ter feito um escândalo já que não pode esbofetear essa
perigosa devido a nossa princesa.
Aliás você já sabe o nome que vai dar a ela?
- Pensei em Pietra mas não sei.
- Ah não, esse nome não. É por causa do Pedro que quer colocar Pietra?
- Ele vai mandar o motorista dele amanhã, quer fazer o teste de DNA. Ele
disse que se for filha dele ele vai
brigar na justiça e me quer na casa dele até eu ganhar. Ele me ameaçou,
tenho medo de dizer que não vou e
ele ficar furioso e brigar pela guarda depois. Não sei o que fazer.
- Mona isso é desculpa, a guarda se ele quiser ele vai requerer quando a
criança nascer e não querer você na
casa dele enquanto está grávida. Ele quer você perto e não quer admitir.
- Será? Mas porquê se ele está com a Bia. Acho que ele quer me fazer
sofrer, não sei. O que devo fazer?
- Se ele te quer perto, vai. Mas pisa nele pra ele sofrer tudo que está
passando agora.
Capítulo 22

Escuto alguém me chamando, acordo e quando vejo já são 8:20 da


manhã, estou atrasada.
- Oi motorista, me espera um pouco que já estou saindo - Falo da janela.
Pego meus documentos e quando entro no carro passo uma maquiagem
leve e faço um rabo de cavalo.
Chegamos na Clínica no horário, o motorista de Pedro correu um pouco
pra não nos atrasarmos.
Na recepção, entrego meus documentos e espero ser chamada.
As horas passam rápido, fiz o bendito exame de DNA.
- Sra. Cáren daqui duas semanas o resultado está pronto.
Eu agradeço e entrego o protocolo para o motorista ir buscar.
- A Sra não vai querer anotar o protocolo, ele me pergunta.
- Não, diga para o seu patrão ir buscar, já sei o resultado.
(...)
Chego em casa meio dia. Almoço e me deito porque a dor de cabeça
estava grande.
Estava me sentindo cansada, ofegante. Acho que a minha pressão
estava alterada.
(...)
Pedro
Eu pego o protocolo e pergunto se correu tudo bem. Segundo o motorista
ela se atrasou pra sair de casa mas
chegaram a tempo. Ela não quis o protocolo porque disse saber qual
seria o resultado.
Duas semanas se passaram, esses dias acho que a minha cabeça
estava mais no lugar. Estou começando a
pensar que se essa criança não fosse minha, Caren recusaria fazer o
exame.
Estava me sentindo culpado essas duas semanas por ter ido na festa
com a Bia, vi nos olhos da Caren que
ela se abateu por isso, também não queria ver ela ir embora com Caio.
Hoje era o dia derradeiro, a Bia não parava de perguntar se eu queria
que ela fosse junto comigo. Não sei o
que estava na cabeça de ter falado com ela que hoje era o dia do
resultado.
#Mensagem
@Amor se quiser eu vou com você e posso abrir o resultado também.
P 23-1
@ não Bia posso ir sozinho.
@ mas me conta depois o que deu Pedro,vou estar aqui.
@ ok te escrevo.
(...)
Chego no balcão e sou atendimento por uma moça bem nova.
- Senhor, aqui está o resultado.
Agradeço e vou para o carro. Estava soando frio, e quando abro:
Positivo, totalmente compatível com a
minha amostra. - Ela é a minha filha.
Respondo pra Bia.
@ Bia sou o pai mesmo. Sei que a Caren errou mas ela precisa dos
meus cuidados agora. Me ausentei muito
e preciso resolver alguns coisas, então não estranha se eu sumir.
Obrigado pelos momentos que passamos,
você é incrível, sempre vou lembrar de você com carinho bj Pedro
@ não acredito que vai me abandonar, se é sua filha, assume mas não
volte com ela, pensa em nós dois...
Sabe o que sinto por você, não terminei comigo.
@ não estou terminando porque não estávamos namorando. Estávamos
juntos mas agora não posso mais,
desculpa.
@ você me magoou de novo isso não vai ficar assim...
@ te pedi desculpa Bia, mas se prefere levar pra esses lado, tudo bem.
Encosto o carro do lado de fora da casa onde a Caren estava morando.
Buzino.
Caren olha pela janela e sai logo em seguida.
- Oi Pedro.
- Oi Caren.
Ficamos parados um de frente para o outro, sem dizer nada.
- Caren, desculpe por ter te ofendido.
- Já passou, você só veio pra isso?
- Quero que você vá comigo pra casa, não quero minha filha longe além
do mais sua gravidez é de risco.
- Agora você está pensando nisso? Não acho uma boa ideia.
P 23-2
- Caren já te disse, não quero você longe até minha filha nascer. Você
tem ficado sozinha já soube disso pelo
George.
- Pra que Pedro? Pra vivermos no mesmo teto sem conversamos?
- Não Importa. Quero você perto.
- E a Bia?
- Isso eu já resolvi.
- Posso ir com um acordo. Quando a nossa filha nascer você não vai
entrar na justiça e nem impedir que eu
volte pra casa.
- Tudo bem. Fechado. - Só quero que a minha filha nasça em segurança.
Arrumo as minhas coisas e fomos em silêncio.
Cheguei na casa de Pedro é o quarto do lado estava arrumado, parecia
estar me esperando.
Entro em silêncio e fecho a porta. Voltar naquele lugar me trouxe
recordações então choro muito. Não sabia
se fiz certo em aceitar.
Era quase duas da manhã quando resolvi ir embora. Quando estava na
porta virando a chave na maçaneta
Pedro aparece.
- Aonde você pensa que vai?
Derrubou a chave no chão.
- Eu... Eu...
- Está nervosa? Ele pergunta se aproximando.
Eu fico calada.
- Nao vai responder?
- Pode ficar tranquila não vou te beijar.
- Pedro eu iria embora, não estou me sentindo bem aqui.
- Então iria sair fugitiva?
- Não. Eu iria te ligar de manhã.
Ele se aproxima de mim. Meu coração acelera e a bebê se movimenta.
- Eu posso por a mão?
P 23-3
- Sim. Fico sem reação.
Meu pensamento estava um turbilhão, eu estava com raiva e ao mesmo
tempo o queria perto, já tinha
completado 7 meses.
Ele me toca e eu resolvo tentar algo porque meu coração estava dizendo
mais alto.
Quando ele me toca eu me aproximo e pego na mão dele e coloco na
minha barriga
- Melhor você ir pro seu quarto.
- Pedro, me desculpa queria ficar bem e...
- Caren, está tarde melhor descansarmos. Espero que não tente ir
embora sem conversar comigo.
Me sinto frustrada por ele ter recuado. Nós Mulheres são bem mais
fáceis de perdoar do que homens. Eu
tinha o direito de estar com raiva porque ele me humilhou e mesmo ele
sabendo que a nossa filha é dele ele
continua me deixando longe.
Mas acho que é melhor assim, desde a primeira vez que eu vim morar
aqui o combinado era esse, não se
apegar porque depois do nascimento da bebê tudo iria voltar ao normal.
- Pedro não sei se posso ficar aqui.
-Claro que pode. Você pode morar com seu ex por alguns dias, também
pode morar aqui.
- Não aconteceu nada enquanto eu estive lá. Eu juro.
Ele sorri de forma irônica.
- Você beijou publicamente o que não pode ter feito enquanto estiveram
sob o mesmo teto.
- O que? Você acha que me deitaria com Paulo grávida?
Ele não responde
- Você é horrível Pedro...horrível
Saiu rapidamente pra ele não me ver chorando. Entro no quarto começo
a chorar, acho que estava chorando
alto.
Ele bate na porta.
Não sei o que faço, se abro a porta, se ignoro então respondo.
- Pedro vai embora.
Ele bate de novo.
- O que você quer? Falo irritada.
P 23-4
- Quando você chora me sinto mal, acha que essa situação é agradável
pra mim?
Abro a porta.
- Pra mim também não. Se quer saber, me arrependo do beijo que deixei
Paulo me dar. Eu te amo Pedro e
estou sofrendo. Acho que foi fácil te ver com a Bia? É fácil estar aqui do
seu lado estando longe? Não
dormir com você, sem te sentir - eu começo a chorar na frente dele.
Ele passa a mão no cabelo vem perto de mim e me beija.
Nessa hora senti todos os meus medos passarem. Só queria tê-lo do
meu lado.
- Fica comigo Pedro somente essa noite.
Nos deitamos juntos e dormimos abraçados.
Quando acordei ele não estava por perto. Não sabia o que fazer, como
reagir quando vê-lo.
Joana bate na porta e entra.
- Bom dia menina, estou muito feliz que está de volta. O Pedro me ligou e
disse que estará aqui no almoço
ele quer sair com você a tarde.
- Ele disse pra aonde iríamos?
- Sim. Disse que vai comprar o enxoval do bebê e também o berço.
Levantei, tomei um café reforçado e fiquei esperando.
Pedro chegou no final da tarde, me cumprimentou mas não
mencionamos nada da noite anterior.
Entramos no carro em silêncio, quando chegamos na loja olhamos
diversas coisas, berço, enxoval,
roupinhas, fizemos um compra gigantesca.
- Pedro, obrigada.
- Não tem o que agradecer Cáren, é pra nossa minha filha.
- Pedro, eu gostaria te dizer algo, mas não sei como você vai reagir.
- Bom, é só você não me arrumar problemas...
- Eu estava pensando em viajar para o exterior, assim que a bebe
nascer. Gostaria de passar um tempo com
o meu pai, acho que vai ser bom pra mim.
- Não Cáren, realmente isso não é uma boa ideia. Eu não pretendo ficar
longe da minha filha.
- Vai ser como umas férias Pedro, depois temos que nos acostumar a
ficar longe, logo mais voltarei para o
meu apartamento e você vai vê-la nas suas folgas ou nos dias que
combinarmos.
P 23-5
- Você consegue me tirar do sério Caren, hoje era pra ser um dia legal e
não entraremos em assuntos como
este.
- Mas precisamos conversar Pedro, combinamos isso, que ficaria aqui
pela minha gravidez de risco mas
depois as coisas voltariam ao normal.
- Sim. Eu sei, mas temos mais dois meses pra conversar sobre isso.
- Porque estou sentindo que vocês está correndo dessa conversa Pedro?
- Não estou. Se quer viajar você pode mas vou querer saber quando
retornar pra eu ver a minha filha.
- Tudo bem combinado.
Chegamos em casa e guardei todo o enxoval no quarto.
Batidas na porta.
- Entra.
- Menina vim aqui saber se você precisa de ajuda pra guardar as coisas.
- Joana, não precisa, acho que preciso de um colo.
Sentamos na cama e eu deito nas pernas dela. Ela acaricia o meu
cabelo.
- To sentindo você triste.
- Sim, Joana, estou.
- Ela gosta de você menina, mas homem é orgulhoso, demora pra atinar
as coisas.
- Não sei Joana. Ele vai me deixar viajar, e também não se importa que
eu volte para o apartamento.
- Ele se importa, tenha paciência.
Pedro
Volto para o escritório angustiado. Aquela conversa tinha mexido comigo
eu mesmo não estava me
reconhecendo.
Eu estaria apaixonado? Eu nunca me imaginei casado, não sei se
conseguiria ser fiel, ser marido, pai. Por
outro lado, estava triste porque não queria ficar longe delas, ainda me
sentia traído pela Carén, por mais que
eu acreditava nos sentimentos dela, ela me traiu.
Queria passar mais tempo com ela, eu sabia que as coisas mudariam
quando ela se fosse.
Iria ocupar minha mente, hoje tinha um happy hour na empresa, envie
um mensagem para Cáren avisando.
@ Cáren, hoje vai ter um happy hour na empresa, chegarei tarde.
P 23-6
@ Ok.
Chegamos no barzinho as 19h, logo avistei George.
- Oi Cara, quanto tempo.
- Verdade, como estão as coisas? A Cáren, sua filha.
- Estamos nos entendendo bem, mas não estamos junto.
Conversamos sobre filhos ele disse que a Michelle também estava
suspeitando estar grávida.
- Caren vai ficar feliz quando souber disso.
Jogamos sinuca e depois ele sentou com um pessoal na mesa e fui para
o bar pegar outra rodada de cerveja.
- Pedro quanto tempo.
- Oi Amanda, nossa o que faz por aqui?
Amanda era uma ficante no tempo da faculdade.
- Eu vim com um pessoal aqui do escritório - ela resposta
- E você o que faz da vida? casou? pergunta sem pretensão.
- Casei e Descasei - ela responde - Agora estou esperando você.
Ela me contou sobre a vida dela inteira - ela estava separada quase 1
ano - e que estava fazendo curso de
culinária nas horas vagas.
Demos risadas e as horas se passaram rapidamente. O pessoal já tinha
indo embora e acabei ficando até
mais tarde.
Ela queria "esticar" e sair dali para um lugar mais reservado, eu recusei.
Ela foi embora eu peguei o carro e
fui também.
Cheguei era de madrugada. Quando entrei vejo a Caren dormindo no
sofá.
Será que ela me esperou? - Quando acendi a luz ela acordou.
- Nossa, desculpa acho que te acordei.
- Não, acho que peguei no sono vendo TV.
Olho pra ele vejo que ele bebeu. Quando olho na camiseta dele vejo
marca de batom.
Ele percebeu eu olhando pra gola da camisa.
- Cáren, escute não foi nada disso...
P 23-7
- Acho que agora você entende quando eu te disse que não foi nada bom
com o Paulo também.
Vou para o quarto, ele vai atrás de mim.
- Você me quer Caren?
- Pedro, sai daqui... você está bêbado.
- Estou, mas sei o que estou fazendo.
Ele se aproxima e me beija. Um beijo quente, e ao mesmo tempo ele
começa a tirar o meu vestido - eu deixo.
Ele retira a roupa e me deita com cuidado. Eu estava chorando sem ele
perceber, seria a última vez que faria
com ele, estava decidida.
Ele beija o meu corpo, meus seios, minha barriga e depois suavemente
me penetra.
- Carén, eu queria tanto isso. Estava quase louco.
Aumentamos o rítio e freneticamente nos beijamos até chegarmos o
clímax juntos.
- Pedro, pode me deixar sozinha?
- Esta me dispensando Cáren? Não foi bom pra você?
- Não é isso. Eu preciso ficar sozinha.
Ele levanta, pega as roupas no chão e sai do quarto.
Eu me troco, pego as minhas roupas coloco na mochila, ligo para o taxi e
vou embora, mas antes deixo um
bilhete na sala.
Pedro, fui embora e não vou voltar. Sei que a minha gravidez é de risco,
por isso, vou para casa do meu
irmão em Santos até a nossa filha nascer, ela vem me buscar no final de
semana.
Enquanto isso, vou organizar o meu apartamento para quando a nossa
bebê chegar. Bom, melhor
dizendo, a nossa Emily.
Não quero sofrer Pedro e estando do seu lado estou sofrendo. Não
suporto ver marcar de batom em você.
Não suporto essa nossa relação estranha, eu realmente preciso ficar
longe.
Me entenda e não me procure, pelo menos por agora.
Quando chegar a hora da nossa Emily nascer, te aviso. Bjs Cáren
Cheguei no meu apartamento e a luz havia sido cortada. Os inquilinos
ficaram 1 mês e saiu me deixando
com contas em aberto de agua e luz. Realmente eu estava numa maré
de azar.
Como era de madrugada, me deitei e pensei o que eu iria fazer da minha
vida.
P 23-8
Eu teria que passar o tempo da amamentação pra arrumar um emprego.
Meu irmão iria me ajudar e o Pedro
também, mas não queria depender de ninguém por muito tempo. Fiquei
pensando tanto que acabei dormindo.
##
Escuto batidas na porta era Joana.
- Pode entrar.
- Pedro sou eu filho, acho que você perdeu a hora do trabalho e também
não vi a Caren no quarto dela, achei
esse bilhete na sala.
Eu começo a ler e não acredito no que estava vendo.
- Se ela quer assim, assim será.
Tomo um banho para curar a ressaca e vou para o trabalho. Tem vários
processos empilhados e não consigo
me concentrar.
Resolvi mandar uma mensagem pra ela.
@ Cáren, sou eu. Vou te respeitar se quer isso. Espero que a nossa filha
não esteja correndo risco com essa
atitude. Você sabe onde me encontrar se cuida Pedro.
Não recebi resposta.
(...)
Duas semanas se passaram e nada de contato com a Caren. Não sabia
o que fazer.
Queria notícias.
- Joana tem como você ligar pra Caren e saber como elas estão?
- Filho porque não vai atrás dela e a trás pra cá?
- Não posso. Eu disse que respeitaria a decisão dela.
- Ela está grávida, precisa de você.
-EU SEI JOANA! NÃO PRECISA ME LEMBRAR.
- Eu vou até a casa dela preciso saber como elas estão. Acho que você
deveria fazer o mesmo - Joana
responde.
(...)
Escuto o interfone, eu peço para Joana subir, eu sabia que ela se
importava comigo.
- Joana que bom te ver.
P 23-9
- Menina como você está? E essa bebê linda?
- Está bem, já estou no 8º mes, logo logo nossa pequena chega. Como
Pedro está?
- Ele está mal, ele gosta de você. Porque não se acertam de vez, por
essa criança menina.
- Não posso Joana, ele chegou marcado de batom, não aguento mais
viver isso, sentir o que sinto e ele não
retribuir.
- Ele não tem feito isso mais, ele mudou menina. Ele nem tem saído.
- Você tem se alimentado bem? Estou achando você mais magra.
(...)
- Muita preocupação, acho -respondo desviando o olhar - não queria que
ela percebesse que as coisas
estavam difíceis sem emprego.
- Você está precisando de alguma coisa? Tem se alimentado bem?
- Não obrigada, meu pai me deu algum dinheiro porque estava sem luz,
mas estou me virando.
- Vou falar com Pedro pra você ir embora agora.
- Não. Por favor, não quero ficar perto dele.
- Porque? Você está precisando e está deixando o orgulho falar mais
alto.
- Porque eu o amo, e sofro com as atitudes dele.
- Mas você precisa pensar na sua filha ao invés do seu sofrimento.
Começo a chorar sem para - Joana me abraça e ficamos em silêncio.
- Fala com ele menina, ele disse que vai respeitar sua decisão, mas ele
também está sofrendo.
- Se ele tivesse veria me ver.
- Trouxe algumas roupas pra nossa princesa.
Eu agradeço, faço um café pra nós duas e quanto deu 17h ela se foi.
Tomei um banho porque estava sentindo minha pressão subir, minha
cabeça estava doendo.
Resolvi escrever para Pedro, mas senti o sangue escorrer pela minha
perna.
# Pedro, me ajuda estou sangrando, na sequência apaguei.
(...)
P 23-10
Pedro
Cheguei em casa do trabalho, a janta estava pronta mas Joana não
estava.
Tomei banho e deitei na cama, estava chateado sem ânimo de nada.
Vou ligar para Joana pra saber como foi
a visita na Cáren. Quando peguei o celular vi a mensagem da Cáren, sai
correndo as pressas, já havia mais
de uma hora que ela tinha mandando a mensagem.
Subi com a porteiro porque o carro dela estava na caragem então ela
não tinha saído.
Empurramos a porta ela estava caída rodeada de sangue.
Apressadamente peguei ela no colo e levei até o carro. Chegamos no
hospital ela entrou na emergência
direto.
Fiquei na sala de espera agoniado, foram quase 1 hora de espera.
Eu queria chorar dizer que eu a amava que estava com medo dela ir
embora e que minha filha e ela eram as
coisas mais importante pra mim.
O Dr. Reis entra na sala -
Acompanhante de Cáren.
- Eu me levanto trêmulo.
- Tivemos que fazer um parto de emergência, a sua filha está bem, mas
ela veio ao mundo prematuramente e
por isso ficará internada.
Quanto a Sra. Cáren, sofreu um hemorragia forte mas conseguimos
controlar, ela está frágil mas não corre
risco. - Você pode ver sua filha se quiser pelo vidro.
Mesmo de longe conseguia ver a minha pequena, estava serena
dormindo.
Chorei de emoção mesmo não podendo pegá-la, me senti feliz por saber
que ela era parte de mim. Eu havia
mudado muito e sabia que era para melhor. Era por elas... meus amores.
No outro dia...
Eu queria falar com a Caren, mas soube que ela estava fraca e
debilitada.
Quando eu entrei na sala ela estava dormindo. - Eu a beijei na testa e ela
acordou.
- Oi amor eu disse.
- Ela sorriu.
- Não diga nada, somente ouça. Nossa filha é linda e parece com você.
P 23-11
- Cáren eu te amo. Sei que te amo porque fiquei com muito medo de te
perder.
- Ela começa a chorar.
- Não chore. Por favor, senão vou me sentir o pior homem desse mundo.
- Vamos ficar bem. Quero você do meu lado como minha esposa, quero
me casar com você, com direito a
uma linda festa, quero ter mais filhos com você.
- Pedro - ela fala baixinho.
- Não precisa me dizer tudo isso porque estou aqui debilitada.
- Não é isso. Eu realmente quero você.
Eu me ajoelho no pé da cama. - Cáren, você aceita ser a minha esposa?
Prometo te honrar e respeitar todos
os dias da sua vida.
- Sim. Ela me diz chorando.
##################

Capítulo 23

* 6 meses depois.
Nossa filha era perfeita! Ela ficou um bom tempo na encubadora pra
ganhar peso mas quando voltou pra
casa, foi o dia mais feliz de nossas vidas
Quando ela nasceu eu ficava indo e voltando para o hospital por causa
do leite, mas valeu a pena cada
sacrifício por ela.
Minha relação com Pedro estava muito boa, eu não acreditava o quanto
ele havia mudado. Sofri muito,
confesso, mas acho que realmente conquistei o seu coração.
Acordavamos de madrugada juntos, e ele me ajudava com a casa, com a
roupa em tudo. Pela primeira vez de
verdade, pelo menos com ele me senti segura.
Joana
- Menina eu amo ver essa cena, de você amamentando a nossa
pequena.
- Joana segura ela pra mim - saio correndo e fui no banheiro vomitar.
- Menina o que houve? Será que a macarronada não te fez bem?
- Joana não sei, tem 1 mês já que estou assim, sinto muita dor de
cabeça, logo depois que amamento.
- Seu ciclo está normal?
- Não sei, acho que está pra vim pra mim. Mas estou amamentando, e
não se engravida amamentando.
- Quem te disse essa besteira menina? Lógico que engravida.
- Ah não, por Deus não posso estar grávida. Mês que vem nos casamos
e nem posso pensar nisso.
Pego a bebê no colo que começa a ranhetar no peito.
- Ela está mamando seu leite? Joana pergunta desconfiada.
- Bem pouco, não sei porque ela tem rejeitado.
- Se você estiver grávida, e tiver produzindo outro leite ela pode sim
recusar.
- Joana não... Não quero ouvir isso.
Me desespero.
P 24-1
- Calma vou comprar um teste pra você, se realmente você estiver
grávida vamos saber logo.
...
Caren então o que deu menina, estou agoniada. - Joana bate na porta.
Eu fiquei meia hora no banheiro atônita sem responder a Joana. Não
sabia se de alegria ou desespero.
Quando saí do banheiro abracei a Joana e disse. - Estou grávida de
novo!
-Vamos deixar tudo ajeitado para quando Pedro chegar você dar a
notícia.
- Estou com medo Joana ele não reagiu bem da Emy mas agora tenho
medo que por causa da festa dos
gastos, dele ficar bravo, sei lá.
- Pare com isso, ele reagirá bem. Vocês se entenderam por fim, vai ser
diferente.
Joana deu mama pra Emy ela reagiu bem pegando pela primeira vez na
mamadeira. Acho que ela estava com
fome pois estava rejeitando o meu leite por 3 dias.
Joana deixou tudo organizado, jantar a mesa e foi embora. - Pedro
chegou por volta das 20h em ponto.
- Oi amor como foi seu dia? - Me deu um beijo demorado. - Cade a nossa
pequena?
- Ela está dormindo no berço, acabou de pegar no sono.
- Pedro preciso te contar uma coisa.
- Depois, primeiro quero você agora. Aproveitar que a Emy está
dormindo e tem dois dias que te quero.
Fomos para o sofá e ele se despiu com muita rapidez na mesma
agilidade que eu me despi.
Fizemos amor com volúpia. Ele me beijava enquanto fazíamos amor ao
mesmo tempo que ele me penetrava
ele falava: Te amo - te amo - te amo - te amo.
Levantamos suados eu fomos para o banheiro, em meio água em nossos
corpos, ele vem por trás de mim e
me ensaboa, levanta as minhas pernas e começamos tudo de novo. Ele
tinha um fogo incontrolável.
Assim que saímos do banheiro tive que colocar o jantar no microondas
de tanto que demoramos. Quando
sentamos para comer a Emy começou a chorar, mas Pedro foi acalmá-la
enquanto eu servia os pratos.
- Amor ela dormiu de novo, coloquei a chupeta e foi instantâneo.
Demos risadas.
- A nossa Emy tem um pique que vale por dois.
Eu fico seria.
- Vamos comer amor. - Retiro as batatas, a carne e também o arroz.
P 24-2
- Esse jantar está maravilhoso, temos alguma data especial para
comemorar?
- Pedro acho que sim. - Quando eu iria falar meu estômago revira.
Já volto amor. - Corri para o banheiro e passei mal.
Eu não queria estar sentindo todos esses sintomas de novo. A minha
gravidez poderia ser diferente. Quando
voltei para a cozinha Pedro estava me olhando sério sem falar nada.
- Caren, Caren - porque eu já estou suspeitando o que você tem algo pra
me dizer.
- Pedro, não sei como te falar...
- Eu sei! Você está grávida não é?
Eu abaixo meu olhos e fico calada por alguns instantes.
- Pedro eu pensei que eu amamentando seria impossível engravidar,
mas não é... Estou péssima a Emy é tão
pequena e também não estávamos planejando, juro.
- Caren para, por favor. Nosso casamento está bem, eu não estou triste
que esteja grávida. Se aconteceu e
porque somos capazes pra criar isso é uma dádiva. - Ele se aproxima e
me beija
- Eu amo você e a nossa família. Ele é parte da gente, e vai crescer junto
com a nossa Emy.
- Ele?
- Sim vai ser um menino agora.
- E se não for?
- Vou amar do mesmo jeito. Vem aqui sua boba. - Ele me abraça e
vamos para o quarto.
Ele reagiu melhor do que eu esperava. Eu mesmo estava com mais
medo do que ele por ter acabado de
ganhar a nossa bebê e já estar grávida de outro.
Dormi feliz porque tinha o apoio dele e porque senti que ele tinha ficado
feliz também.
* Alguns meses depois.
Meu casamento tinha sido perfeito. Me casei num sítio com um vestido
simples mas de bom gosto. Foram 50
convidados, somente os mais chegados mesmo.
Todas as pessoas que amo estiveram presentes, foi sem dúvida, o dia
que realizei o meu sonho. Conheci meu
sobrinho no casamento, meu pai entrou comigo e Pedro me estava me
esperando com o olhar mais
apaixonado que pude ver.
A Mii foi minha madrinha como havíamos combinado desde a nossa
infância.
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Viajamos para Europa por 5 dias e deixei Emy com Joana, só não
ficamos mais tempo fora por causa dela.
4 meses depois.
- Sr. Caren pronta para o ultrassom.
- Sim.
Entramos juntos de mãos dadas.
- Pode deitar, por favor, na maca.
- Quando o ultrassom começa a Dra. Pergunta para nós.
- Vocês querem saber o sexo?
- Sim. - respondemos em uníssono.
- Papai está vendo? - Esse é o órgão genital do seu filho. - Esse outro
pontinho aqui também, é outro órgão
genital.
- Pedro fica olhando emocionado. - São dois como assim? Não apareceu
isso na outra ultrassom anterior que
fizemos.
- Bom então nessa está aparecendo. São gêmeos, meninos.
Eu chorei de emoção. Sempre achei lindo gravidez de gêmeos, mas não
esperava que aconteceria comigo.
Nossa história de tantos recomeços deu uma super guinada, e agora
seremos 4.
Não tinha palavras para agradecer tanta dádiva. Essa seria a nossa
história, uma nova jornada começaria ali,
mas eu estava mais forte e preparada para viver tudo isso, com eles,
com Pedro e com Emy. Pronta para
viver o meu final feliz o que eu tanto desejava, agora em dose dupla.

The End

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