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Escola de Líderes – Módulo: PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................................................................02
AULA 01 – CONCEITOS DE LIDERANÇA..............................................................................................................................................03
AULA 02 – PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA..............................................................................................................................................06
AULA 03 – SER LÍDER.........................................................................................................................................................................09
AULA 04 – FUNDAMENTOS DE UM VERDADEIRO LÍDER...................................................................................................................12
AULA 05 - QUALIDADES ESSENCIAIS À LIDERANÇA – Parte 01..........................................................................................................15
AULA 06 - QUALIDADES ESSENCIAIS À LIDERANÇA – Parte 02 E A COMUNICAÇÃO.........................................................................18
AULA 07 – DESAFIOS DA LIDERANÇA.................................................................................................................................................23
AULA 08 – EXPECTATIVAS DA LIDERANÇA.........................................................................................................................................27
APÊNDICE 01......................................................................................................................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................................................................33

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Escola de Líderes – Módulo: PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
APRESENTAÇÃO

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.
(1 Coríntios 15.58)

Definir liderança é como tentar definir o amor: Todos sabem que existe, mas é difícil dar-lhe uma
definição exata. A seguir apresento algumas definições que podem nos ajudar a compreender o sentido de
liderança. “Qual a diferença entre liderar e influenciar? Você gerencia coisas e lidera pessoas”.

E como afirma Sam Deep, “liderar é influenciar”, ou como disse Daniel Goleman: “Liderar não é
dominar, mas sim, a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vista de um objetivo comum”. Max
Depree aprofunda a definição dizendo que “liderar é libertar as pessoas para que elas façam o que é
necessário, da forma mais eficaz e mais humana possível”.

Para Jesus, liderar era ser servo dos servos, como afirma em Marcos 10:45. Portanto, como disse
John Maxwell, “liderança não é uma questão de direito ou título, mas de habilidade”. Outras pessoas
definiram liderança nas seguintes frases:

“Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren G. Bennis).

“O líder é aquele que sobe na árvore mais alta, estuda a situação em seu conjunto e grita: Estamos
na mata errada”. (Stephen R. Covey).

“Liderança é aprender a lidar com paradoxos e aquilo que eles representam”. (Tom Peters).

“Liderança cristã é a arte de crescer com as pessoas”. (Nancy Dusilek).

“A liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recíprocas bem-sucedidas, as


diferenças individuais são controladas e a energia humana, que delas se deriva, encaminha-se em benefício
de uma causa comum. A liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro
de um grupo, no sentido de levá-lo a atingir metas de permanentes benefícios, que atendam às
necessidades reais deste grupo”. (John Haggai).

Cremos que se entendermos o que é liderar, seus princípios e valores, seremos melhores líderes e
assim formaremos melhor aqueles que estão sob o nosso cuidado. Precisamos ter em mente o que diz a
Palavra, que a obra não é nossa, mas sim de nosso Senhor, e que somos, assim como Cristo Jesus, servos
dos servos, e que nossos olhos estejam sempre no Autor e Consumador da nossa Fé. Pois nosso trabalho
nunca será em vão.

Diante disso líder, se envolva nesse processo, deixe ser moldado pelo Senhor para que Ele que te
chamou, também possa te capacitar, e veja estes estudos como mais uma ferramenta onde Ele estará te
munindo para a Sua obra redentora!

Deus abençoe,
Pastores da PIB-PL

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Escola de Líderes – Módulo: PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
AULA 1 – CONCEITOS DE LIDERANÇA

1 - A LIDERANÇA
Liderança não é uma coisa fácil de ser aprendida, mas por que vale tanto a pena? Afinal, ainda que
se tornar um líder melhor gere benefícios, também exige grande esforço. A liderança requer muito das
pessoas que desejam desenvolvê-la. É exigente e complexa. Entenda o que estou querendo dizer:
• Liderança é a disposição de assumir riscos.
• Liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença.
• Liderança é se sentir incomodado com a realidade.
• Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas.
• Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as
dificuldades. Liderança é a disposição de se destacar no meio da multidão.
• Liderança é abrir a mente e o coração.
• Liderança é a capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo que é melhor.
• Liderança é evocar em quem nos ouve a capacidade de sonhar.
• Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem oferecer.
• Liderança é o poder de potencializar muitas vidas.
• Liderança é falar com o coração ao coração dos liderados.
• Liderança ó a integração do coração, da mente e da alma.
• Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso, liberar as ideias, a energia e
a capacidade dessas pessoas.
• Liderança é o sonho transformado em realidade.
• Liderança é, acima de tudo, coragem.
Se essas reflexões sobre a liderança aceleram sua pulsação e mexem com seu coração, aprender
mais sobre esse assunto fará uma grande diferença em sua vida, e por sua vez você será capaz de fazer
uma grande diferença na vida de outras pessoas.

2 – OS PRINCÍPIOS
Os princípios de liderança, tanto no âmbito temporal como no espiritual, são apresentados e
ilustrados, abundantemente, nas Sagradas Escrituras e nas biografias de eminentes homens de Deus. Na
versão da Bíblia Viva no Livro de I Timóteo 3:1 diz: “Se um homem deseja ser pastor (líder), tem uma boa
ambição”. A afirmação de Paulo de que o desejo pela liderança é uma boa ambição não será aceita por
todos os crentes sem alguma reserva. Não é o cargo que procura o homem, ao invés de o homem procurar
o cargo? Não é perigoso colocar um homem ambicioso na liderança? Certamente não é pequena a verdade
da expressão: “a última enfermidade das mentes nobres é a ambição”.
Não podemos negar que há ambições merecedoras destas restrições. Contudo, há ambições dignas
de serem alimentadas, por serem nobres. Ao avaliar o excelente trabalho, ou a boa ambição de que Paulo
fala, vários fatores devem ser mantidos em mente. Acostumamos examinar a declaração de Paulo à luz da
honra e do prestígio que sobrevêm àqueles que, em nossos dias, ocupam posições de liderança na igreja.
Contudo, quando Paulo escreveu, as condições eram muito diferentes. O cargo de bispo, era longe de ser
ambicionado, e frequentemente significava grandes perigos e pesadas responsabilidades. Muitas vezes a
recompensa eram as provações, o menosprezo e a rejeição.
Lida à luz dessas condições, a declaração de Paulo não parece tão cheia de perigos. Os charlatões e
os amantes de cargos não teriam coragem de enfrentar um compromisso tão oneroso. Paulo então achou
necessário, dar alguns incentivos à liderança, e pronunciar uma palavra de encorajamento apreciativo
àqueles que estavam dispostos a correr os riscos de liderança. Isto explica as palavras “se um homem
deseja ser pastor, tem uma boa ambição”.

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Devemos observar que Paulo
não atribui honra e nobreza ao cargo de
liderança, mas à função de liderança.
Esta é a mais privilegiada função do
mundo. Seu caráter glorioso deve ser
um incentivo para que ambicionemos,
porque, quando almejada pelos motivos
mais altos, produz consequências
temporais e eternas.
Nos dias de Paulo, somente um
profundo amor a Cristo, e um genuíno
interesse por Sua Igreja dariam a pessoa
uma motivação suficiente poderosa
para ambicionar uma função de
liderança. Todos os cristãos devem
realizar o máximo em suas vidas, desenvolvendo ao máximo suas capacidades e seus talentos recebidos de
Deus. Entretanto, Jesus ensinou que qualquer ambição que se centraliza em si mesmo, e termina em si
mesmo é errônea.
Por outro lado, a ambição que se centraliza na glória de Deus, e no bem-estar de Sua Igreja, não
apenas é legítima como também é digna de louvor.

No início de qualquer estudo sobre liderança espiritual, é essencial que o princípio mestre,
enunciado por Deus, seja compreendido com clareza e obedecido com fidelidade. A verdadeira grandeza,
a verdadeira liderança, não é alcançada conseguindo sujeição de pessoas ao nosso serviço, mas mediante
nossa consagração ao serviço das pessoas. O verdadeiro líder espiritual está infinitamente mais
interessado no serviço que ele pode prestar a Deus, e a seus companheiros, do que nos benefícios e
prazeres que ele poderia extrair de sua posição. Seu objetivo é servir à vida e não se aproveitar dela.
Há uma diferença entre cargo e encargo. Cargo é a posição que as pessoas assumem dentro de
uma organização. Encargo é um desejo profundo do coração, compartilhado por aqueles que fazer parte
de um mesmo organismo. Cargos são posições que geram status, encargos são sonhos do coração, encargo
é ser movido por uma causa maior, é amar servir, é ter o coração sempre aberto e disposto. Cargo é
pesado, é fardo. Precisamos sentir a liderança como um encargo, uma paixão, um privilégio e não um peso.
PERGUNTAS:
Em uma escala de 0 a 10, responda com sinceridade as quatro questões abaixo:
1. Qual o nível de envolvimento com a liderança que você tem hoje? __1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
2. Para você, a liderança é uma das prioridades da sua vida? __1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
3. Quanto que a liderança para você hoje é um CARGO? __1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
4. Quanto que a liderança para você hoje é um ENCARGO? __1__2__3__4__5__6__7__8__9__10
3 – O CHAMADO DE DEUS PARA A LIDERANÇA
Líderes espirituais não são feitos mediante eleição ou nomeação por homens, só Deus pode fazer
líderes. Comissões podem conferir posições religiosas, mas não podem conferir autoridade espiritual, algo
essencial na liderança cristã. A liderança vem, frequentemente sem ser procurada. Aqueles que bem cedo
na vida, foram provados e achados dignos dela, por sua espiritualidade, disciplina, habilidade e diligência,
que tem procurado em primeiro lugar o Reino de Deus. Liderança espiritual é coisa do Espírito, e só pode
ser conferida pelo próprio Deus.
Quando estudamos a Bíblia cuidadosamente, vemos que a liderança é, verdadeiramente, uma ideia
de Deus. Deus é o Líder maior, mas Ele também nos chamou para sermos líderes. Pense sobre isto: A
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primeira descrição do homem na Bíblia envolve liderança. Deus nos criou para liderar, para exercer
autoridade e dominar. De acordo com Gênesis 1:26-31, você e eu nascemos para liderar.
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre
os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se
move sobre a terra” (Gênesis 1:26).
3.1. Sermos feitos conforme a imagem de Deus significa que fomos criados para _____________.
De acordo com o versículo 26, nós fomos feitos à imagem de Deus. O que significa isso? Uma pista é
encontrada na frase seguinte: “e domine”. Ser como Deus também significa saber que fomos criados para
liderar e governar.
3.2. Deus deu aos homens ___________________ sobre toda a terra. Há duas posições em que
nós deveríamos nos sentir confortáveis. A primeira é quando estamos sob a autoridade de Deus. A
segunda é quando exercemos autoridade sobre o mundo. Deus nos deu este chamado, por isso,
precisamos descobrir o que significa liderar como Deus lidera.
3.3. Se Deus nos mandou dominar, é porque nós temos a __________________ para fazê-lo. Deus
nunca nos manda fazer algo sem nos preparar para isso primeiro. Você e eu temos a habilidade de liderar
porque Deus nos criou e nos mandou liderar. Seus dons e personalidade são os que indicam em que área
você tem a habilidade de liderar.
3.4. No Novo Testamento, Deus confirma o chamado que nos faz para influenciar a outros. Leia
Mateus 5:13-16. O sal exerce influência sobre a comida que comemos, assim como a luz exerce influência
sobre as casas nas quais vivemos. Jesus está nos chamando para abraçar o nosso chamado de influenciar e
brilhar aonde quer que formos.
3.5. Muitos de nós nos sentimos como Moisés quando viu Deus na sarça ardente, em Êxodo 3-4.
Ele se sentiu inadequado e despreparado para liderar. Mas foi para isso que Deus o chamou. A Bíblia nos
mostra muitos líderes em potencial que ficaram com medo e fugiram do seu chamado. A maioria de nós
pode apresentar uma lista de motivos pelos quais não somos capazes de liderar de maneira eficaz, assim
como Moisés fez. Quando Deus o chamou, ele imediatamente encontrou cinco desculpas pelas quais não
poderia liderar. Observe como Deus responde a cada uma delas:
3.5.1. Desculpa nº 1: Quem sou eu? (Êxodo 3:11). Moisés entrou em conflito com sua
própria identidade. Ele simplesmente não se sentiu qualificado e pensou que Deus havia escolhido o líder
errado. A resposta de Deus foi: Não importa quem você é. Eu chamei você. Eu estou com você.
3.5.2. Desculpa nº 2: Quem és tu? (Êxodo 3:13). Moisés entrou em conflito por causa de sua
falta de intimidade com Deus. Ele não conhecia Deus bem o bastante para descrevê-lo para o povo. Seu
relacionamento com Deus estava enfraquecido. Mas a resposta de Deus para ele foi: EU SOU O QUE SOU.
3.5.3. Desculpa nº 3: E se eles não me ouvirem? (Êxodo 4:1). Moisés entrou em conflito
com a intimidação. Ele ficou preocupado com a reação do povo em relação a ele. A resposta de Deus foi:
Eu sou tudo o que você precisa. Quando eu terminar, eles ouvirão. Confie em mim.
3.5.4. Desculpa nº 4: Nunca fui um bom orador. (Êxodo 4:10). Moisés entrou em conflito
com a inadequação. Quem o seguiria se ele não sabia falar bem? A resposta de Deus para ele foi: Adivinhe
quem fez a sua boca? Sou Eu a fonte dos seus dons.
3.5.5. Desculpa nº 5: Eu sei que você encontrará outra pessoa. (Êxodo 4:13). Moisés entrou
em conflito com um sentimento de inferioridade. Ele se comparou com outras pessoas mais competentes
e se sentiu inferior. A resposta de Deus foi: Tudo bem, vou deixar Aarão ir com você... Mas ainda assim é
você que eu estou chamando.
PERGUNTA: Qual é a sua desculpa para não liderar bem? Que resposta você acha que Deus lhe
daria? _________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

“Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores
não espalham sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. (...) A vida é boa quando você está feliz; mas
a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por sua causa”.
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AULA 2 – PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

O ideal de Cristo para Seu Reino era de uma comunidade de pessoas servindo-se mutuamente —
serviço mútuo, uns aos outros. Paulo advoga a mesma ideia: "sede, antes, servos uns dos outros, pelo
amor" (Gal.5:13). Naturalmente, nosso serviço de amor deve ser estendido ao mundo necessitado ao
nosso redor. Entretanto, na vida da igreja de hoje usualmente são poucos que servem a muitos.
Eis uma lição que Tiago e João ainda não haviam aprendido. Haviam, contudo, levado muito a sério
a promessa do Mestre: "Em verdade vos digo que vos os que me seguistes, quando, na regeneração, o
Filho do homem se assentar no trono da sua gloria, também vos assentareis em doze tronos para julgar as
doze tribos de Israel" (Mat. 19:28). O egoísmo ambicioso deles levou-os a usar a própria mãe super-
protetora para tentar sobrepujar seus colegas, e ocupar os primeiros lugares no reino vindouro. Contudo,
Jesus não concordou com isto. Não deve haver intercessão para ocupar bons cargos. "Vocês não sabem o
que estão pedindo", foi a resposta de Jesus (Mat. 20:22). Eles queriam a gloria, mas não a vergonha; a
coroa, mas não a cruz; ser senhores, não servos.
O pedido deles deu ocasião a Jesus para apresentar dois princípios de liderança de importância
permanente.

1 - Há uma soberania na liderança espiritual.


"...quanto, porém, ao assentar-se a minha direita ou a minha esquerda, não me compete concedê-
lo; porque é para aqueles a quem está preparado" (Mc. 10:40). Nós, provavelmente, diríamos: "E para
aqueles que se prepararam para isso". Mas, Jesus enfatizou a diferença fundamental nos princípios de
liderança. "Entre vocês não podem ser assim." Os ministérios espirituais são soberanamente conferidos
por Deus. Uma versão em inglês diz assim: "E Deus quem dará estes lugares as pessoas para as quais Ele os
preparou."
Nenhum curso teológico ou treinamento em liderança dará, automaticamente, liderança espiritual,
nem qualificará alguém para um ministério eficiente. Mais tarde Jesus lhes diria: "Não fostes vós que me
escolhestes pelo contrário, eu vos escolhi a vos outros, e vos designei para que vades e deis frutos..." (Jo.
15:16). Poder dizer com certeza: "estou aqui, não porque um homem me selecionou, ou porque um grupo
me elegeu, mas pela nomeação soberana de Deus" é algo que dá grande confiança ao obreiro cristão.

2 – Há sofrimento envolvido na liderança espiritual.


"...podeis vos beber o cálice que eu bebo, ou receber o batismo com que eu sou batizado"? (Mc.
10:38). Jesus era franco e honesto demais para esconder o custo do serviço no Reino. Para que pudesse
cumprir a maravilhosa missão que lhe fora confiada, Ele precisava de homens e mulheres de qualidade, de
olhos bem abertos, dispostos a segui-lo até a morte.
A pergunta inquisidora do Senhor, eles responderam prontamente: "podemos". O que denotou
uma trágica falta de autoconhecimento. Jesus lhes disse que de fato eles beberiam do cálice e
experimentariam o batismo. Eles deveriam aprender que há um elevado preço a ser pago por um
ministério espiritual de grande influência — preço que não poderia ser pago de uma só vez.
A lição fundamental de que a grandeza só vem mediante a servitude, e que o primeiro lugar em
liderança é obtido apenas mediante a pessoa tomar-se servo de todos, deve ter atingido os discípulos com
um grande e desagradável choque.
Ao declarar que a primazia na liderança advém pela primazia no serviço, Jesus não tinha em mente
meros atos de serviço, porquanto estes podem ser desempenhados por motivos duvidosos. Cristo tinha
em mente o espírito da servitude, como quando Ele declarou: "Pois, no meio de vós, eu sou como quem
serve" (Luc. 22:27).

3 – Os princípios de liderança no exemplo de Cristo Jesus.


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Em Isaías 42:1-5, uma passagem messiânica, revela o que significa o espírito de servitude, e
delineia, nesta mensagem profética, as características que haveriam de qualificar o Messias vindouro,
como o Servo do Senhor.
Israel havia sido escolhido por Deus para ser seu servo, através de quem Ele poderia revelar-se ao
mundo. Contudo, a nação falhou totalmente. Contudo, onde Israel fracassou, Jesus venceu gloriosamente,
e os princípios de Sua vida devem constituir o padrão para nós.
Eis alguns desses princípios:
3.1 – Dependência: “Eis aqui o meu servo a quem sustenho” (v. 1), é uma declaração cheia de
significado messiânico. Ao cumprir esta vocação profética, Jesus voluntariamente "se esvaziou, assumindo
a forma de servo" (Fl. 2:7), entregando seus privilégios e o exercício independente de Sua vontade. Embora
possuísse todos os poderes e prerrogativas da deidade, Ele voluntariamente se tornou dependente de Seu
Pai. Embora sustentasse "todas as cousas pela palavra do Seu poder" (Hb. 1:3) Ele se identificou tão
inteiramente com nossa humanidade cheia de enfermidades e fraquezas que, tendo-se tornado um
homem, precisou ser sustentado. Este paradoxo divino é um dos aspectos espantosos da condescendência
de Cristo. O Espirito Santo poderá usar-nos à medida que adotarmos esta mesma atitude.
3.2 – Aprovação: “O meu escolhido, em quem a minha alma se compraz" (v. 1). O prazer de Deus
Pai em Seu Servo ideal foi retribuído, porque em outra passagem messiânica, o Filho diz: "Agrada-me fazer
a tua vontade, Deus meu" (Sl. 40:8).
3.3 – Modéstia: "Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça" (v. 2). O ministério
do servo do Senhor não seria gritante, retumbante, mas modesto, quase apagado. Nesta época de
propaganda arrogante e ruidosa, em causa própria, a modéstia é qualidade muito desejável. O diabo
tentou a Jesus neste ponto, quando ele O desafiou a criar espanto ao atirar-se do pináculo do templo.
Contudo, Cristo não caiu no engano do tentador. O Servo do Senhor trabalha tão quieta e discretamente
que muitos até duvidam de Sua existência.
3.4 – Empatia: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega" (v. 3). O Servo
do Senhor haveria de mostrar-se simpático e compreensivo para com os fracos e faltosos. Homens e
mulheres que erram, frequentemente são esmagados sob os pés duros de seus companheiros; mas, não é
assim que os trata o Servo ideal. Ele haveria de especializar-se em reparar canas quebradas e em assoprar
a torcida fumegante até incendiar-se.
3.5 – Otimismo: "Não desanimará nem se quebrará até que ponha na terra o direito" (v. 4). O Servo
do Senhor jamais ficaria desencorajado. O pessimista nunca se torna um líder inspirador. Esperança e
otimismo são qualidades essenciais do servo do Senhor, para enfrentar as batalhas contra os poderes das
trevas em defesa das almas. O Servo do Senhor será otimista até que seu objetivo seja totalmente
atingido.
3.6 – Unção: "Pus sobre ele o meu Espirito" (v. 1). Por si mesmas, as cinco qualidades precedentes
seriam insuficientes para a tremenda tarefa do Servo. Era necessário um toque do sobrenatural, que foi a
unção do Espirito. "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espirito Santo e poder, o qual andou por
toda a parte, fazendo o bem..." (At. 10:38). A mesma unção que o Servo do Senhor recebeu está a nossa
disposição. Enquanto o Espírito não desceu sobre Ele em Seu batismo, Jesus não criou qualquer tumulto
em Nazaré; a partir, porém, deste evento, fatos que sacudiriam o mundo começaram a acontecer.

RESPONDA:
Dentro dos seis pontos apresentados sobre “Os princípios de liderança no exemplo de Cristo
Jesus” qual deles você sente mais desafiador para sua liderança pessoal e por quê?
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

4. Liderança Natural e Liderança Espiritual


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Foi J. Oswald Sanders quem disse pela primeira vez: Liderança é influência. Nada mais, nada menos.
É influenciar os outros a se envolverem em uma causa justa. Não depende de títulos ou posições, mas de
alguém que alcance a visão de Deus e mobilize outros a segui-lo em direção à sua realização. Quando isso
acontece, a liderança surge em sua forma mais pura. Isso acontece em toda organização, mais cedo ou
mais tarde, principalmente quando não há nenhum sistema ou plano já estabelecido – momentos em que
não há qualquer expectativa de progresso. Nos dias de hoje, existem muitas regiões do mundo chorando
por líderes que sejam homens de Deus eficazes em sua tarefa. O líder deve conquistar o direito de liderar,
e consequentemente outros escolherão segui-lo.
Liderança espiritual é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Até mesmo as qualidades
naturais não são oriundas do indivíduo, mas de Deus e, portanto, alcançam maior efetividade quando
empregadas no serviço de Deus, e para Sua glória.
Quando se pergunta se os líderes já nascem líderes ou se é preciso forjá-los, obtém-se grande
número de respostas. Parece que a resposta correta é: há líderes natos e lideres forjados. Liderança pode
ser definida como "uma qualidade indefinível e elétrica" vinda diretamente de Deus. Por outro lado, é
claro que a perícia da liderança pode ser cultivada e desenvolvida.
Todos nós possuímos, de nascimento, dons ou talentos que nos qualificam ou nos desqualificam
para determinadas tarefas. Estes dons e talentos quase sempre permanecem dormentes, até que uma
crise exige que sejam exercitados. Eles podem, e devem, portanto, ser desenvolvidos. Parece que algumas
pessoas desenvolvem o espírito de liderança unicamente em razão de uma série de circunstancias. Elas
estavam em disponibilidade no momento crucial, e ninguém melhor qualificado estava presente. Contudo,
uma investigação mais apurada revelara, geralmente, que a escolha não foi acidental.
Por detrás das cortinas, isto é, na vida pregressa dessa pessoa, um treinamento oculto lhe foi
ministrado, e que a tornou apta para desempenhar aquela função. José é um exemplo perfeito disto. Sua
elevação ao cargo de primeiro-ministro do Egito pareceu algo puramente fortuito, mas, de fato, foi o
resultado de treze anos de rigoroso treinamento oculto sob a mão do Senhor.
A liderança natural e a espiritual têm muitos pontos em comum, mas, há alguns aspectos em que
elas podem diferenciar-se totalmente. Vê-se isto melhor quando suas características dominantes são
comparadas entre si, como no quadro abaixo:

Embora a conversão normalmente


não transforme em líderes pessoas
que, de outra forma, jamais se
tornariam líderes, a história da igreja
ensina que na hora da entrega total,
o Espírito Santo às vezes libera dons
e qualidades que permanecem
dormentes durante muito tempo. Só
o Espírito pode conceder dons
espirituais que venham a aumentar
enormemente o potencial de
liderança dos crentes cheios desse Espírito. Francisco de Assis, em cerca ocasião, em resposta ao
questionamento de tantas pessoas seguirem sua liderança, sendo que não era bonito, nem erudito, nem
de família nobre, disse:
"Você quer saber, não é? É porque o Deus Altíssimo assim o quis. Ele observa continuamente os
bons e os maus e, visto que Seus olhos santíssimos não encontraram, entre os pecadores, alguém ainda
menor, nem mais insuficiente e mais pecador, Ele, portanto, escolheu-me para desempenhar o maravilhoso
trabalho que Deus empreendeu. Ele me escolheu porque não pode encontrar alguém mais indigno, e Ele
quis confundir a nobreza e a grandeza, a força e a beleza, e também a sabedoria deste mundo."

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AULA 3 – SER LÍDER

Estas são ilustrações clássicas de liderança: William Wallace no comando de seus guerreiros contra
o exército que iria oprimir a ele e seu povo. Winston Churchill desafiando a ameaça nazista tanto quanto a
da queda da Europa. Mahatma Gandhi liderando a marcha de aproximadamente trezentos e vinte
quilômetros até o mar para protestar contra a Lei do Monopólio do Sal, Mary Kay Ash saindo de casa
sozinha para criar uma organização da mais alta qualidade. Martin Luther King Jr. diante do Memorial
Lincoln desafiando a nação com seu sonho de reconciliação.
Cada uma dessas pessoas foi um grande líder e impactou centenas de milhares, se não milhões, de
pessoas. Contudo, essas ilustrações também mostram que 99% de toda a liderança não acontece do topo.
Um lugar no topo não fará automaticamente de alguém um líder. A verdadeira medida da liderança é a
influência; nada mais, nada menos. Pessoas que seguem este padrão não entendem como a liderança
eficaz se desenvolve.
Ser Líder é um processo, não uma posição. Houve um tempo em que as pessoas usavam os termos
liderança e gestão alternadamente. Hoje a maioria das pessoas reconhece que há significativa diferença
entre os dois. A gestão está em seu melhor momento quando as coisas permanecem as mesmas.
Ser líder é lidar com pessoas e suas dinâmicas, as quais estão em constante mudança. Nunca são
estáticas. O desafio da liderança é criar mudança e facilitar o crescimento. Isso exige movimento, que,
como logo você verá, é inerente na subida de um nível de liderança ao outro.
Ser líder é influenciar os outros a se envolverem em uma causa justa. Não depende de títulos ou
posições, mas de alguém que alcance a visão de Deus e mobilize outros a segui-lo em direção à sua
realização. Quando isso acontece, a liderança surge em sua forma mais pura. Nos dias de hoje, existem
muitas regiões do mundo chorando por líderes que sejam homens e mulheres de Deus eficazes em sua
tarefa.
Ser líder é conquistar o direito de liderar, e consequentemente outros escolherão segui-lo. Essa
conquista é construída na confiança, no caráter e no amor que o líder demonstra pelos seus liderados e
principalmente para com Deus. Seu exemplo de cristão falará muito alto para aqueles que ele deseja
influenciar.

Veja o diagrama abaixo:

Veja a diferença gritante para os que necessitam ser liderados e a deficiência no número de líderes.
Diante disso a realidade é que há uma crise no que tange a formação e também o comprometimento de
líderes no cuidado de vidas. Ao exemplo de Cristo, líderes que sejam servos e estejam com o coração
aberto e zeloso na Obra do Senhor.

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SER LÍDER: UMA AUTODESCOBERTA
Não é exagero dizer que ninguém, a não ser Jesus, seria capaz de ver naquele grupo diversificado
de homens, o estilo de liderança que gradualmente emergiu como resultado de seu treinamento de alguns
anos sob a habilidosa mão do grande Mestre. A seus talentos latentes, adicionaram eles uma devoção
fervorosa e uma lealdade a toda prova, embora tivessem havido alguns casos isolados de fracasso.
Visto que as qualidades da liderança natural não são, de modo nenhum, destituídas de importância
para a liderança espiritual, é válido tentar descobrir o potencial de liderança em nós mesmos e nos outros.
A maior parte das pessoas possui qualidades latentes, não desenvolvidas que, devido à falta de autoanálise
e consequente falta de autoconhecimento, podem permanecer escondidas durante muito tempo.
Um estudo objetivo dos padrões de autoavaliação a seguir poderia tanto resultar na descoberta
de tais qualidades, quando elas, de fato, existirem, quanto detectar fraquezas que desqualificariam a
pessoa para a liderança:
1. Você já eliminou, alguma vez, um mau habito de seu caráter? Quem quiser conduzir outros, deve
disciplinar-se a si próprio. ( )SIM ou ( )NÃO
2. Você se controla quando as coisas vão mal? O líder que perde o autocontrole em circunstancias
difíceis perde o respeito e a confiança. Ele deve ser calmo durante as crises, flexível na adversidade
e no desapontamento. ( )SIM ou ( )NÃO
3. Você pensa independentemente? Embora use ao máximo o pensamento alheio, sempre aberto
para ouvir a todos, o líder não pode permitir que os outros pensem por ele, ou tomem decisões em
seu lugar. ( )SIM ou ( )NÃO
4. Você é capaz de receber críticas objetivamente e permanecer firme e ainda transformá-las em
benefícios? Uma pessoa humilde pode obter benefícios da crítica insignificante e até mesmo da
maliciosa. ( )SIM ou ( )NÃO
5. Você é capaz de transformar desapontamentos em aprendizados? ( )SIM ou ( )NÃO
6. Você é capaz de assegurar a cooperação e ganhar o respeito e a confiança dos outros? ( )SIM ou
( )NÃO
7. Você possui a habilidade de manter a disciplina, sem precisar recorrer a um "show" de autoridade?
A verdadeira liderança é uma qualidade interna de espírito que requer serenidade, e nunca uma
demonstração externa de força. ( )SIM ou ( )NÃO
8. Você é digno de receber a bem-aventurança concedida aos pacificadores? E bem mais fácil manter
a paz do que restabelecer a paz, quando a mesma foi quebrada. Uma função importante da
liderança é a reconciliação, a habilidade de descobrir terreno comum entre pontos de vista
divergentes, induzindo ambas as partes a aceitá-lo. ( )SIM ou ( )NÃO
9. Você já recebeu a incumbência de lidar com situações difíceis e delicadas? ( )SIM ou ( )NÃO
10. Você sabe induzir as pessoas a fazer com alegria algo legítimo que, normalmente, não desejariam
fazer? ( )SIM ou ( )NÃO
11. Você é capaz de aceitar oposição a seu ponto de vista, ou à sua decisão, sem considerá-la uma
afronta pessoal e sem reagir como se afrontado? Os líderes devem esperar oposição e jamais
deveriam ofender-se quando ela ocorrer. ( )SIM ou ( )NÃO
12. Você acha fácil fazer e manter amigos? Seu círculo de amigos leais é um índice da qualidade e da
força de sua liderança. ( )SIM ou ( )NÃO
13. Você depende indevidamente do elogio ou da aprovação dos outros? Ser capaz de manter uma
atitude firme em face da desaprovação, é até mesmo da perda temporária da confiança é uma
grande virtude de um líder. ( )SIM ou ( )NÃO
14. Você fica à vontade na presença de superiores ou de estranhos? ( )SIM ou ( )NÃO
15. Seus subordinados ficam à vontade cm sua presença? O líder deve dar a impressão de
compreensão simpática e de amizade, que colocara os outros a vontade. ( )SIM ou ( )NÃO
16. Você tem tato? Consegue antecipar o efeito provável de uma declaração, antes de anunciá-la?

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17. Você tem forca de vontade? Nenhum líder manterá sua posição durante muito tempo se for
vacilante e inconstante. ( )SIM ou ( )NÃO
18. Você esquece facilmente as injúrias que lhes são dirigidas? Não alimentar ressentimentos é
necessidade vital para um líder. ( )SIM ou ( )NÃO
19. Você é razoavelmente otimista? O pessimismo não é atributo do líder. ( )SIM ou ( )NÃO
20. Você gosta de assumir responsabilidades? ( )SIM ou ( )NÃO

R. E. Tompson sugere estes testes sobre nossas atitudes a respeito das pessoas, como indicação
de nossa capacidade de ser líder. Assine o seu posicionamento acerca das perguntas:
1. Os fracassos das outras pessoas: ( )Me aborrece ou ( )Me desafia?
2. ( )Uso as pessoas, ou ( )cultivo as pessoas?
3. ( )Mando nas pessoas, ou ( )as desenvolvo?
4. ( )Critico as pessoas ou ( )as encorajo?
5. ( )Evito a pessoa problemática, ou ( )vou procura-la?

Não basta efetuarmos este exercício de autoanálise de maneira superficial, sem darmos contínua
atenção às descobertas. E preciso fazer algo a respeito dos fatos verificados. Por que não selecionar alguns
pontos de fraqueza consciente, isto é, aqueles que determinam nossas falhas, e em cooperação com o
Espírito Santo, que é um Espirito de disciplina, concentrarmo-nos no fortalecimento ou correção deles?
Todas essas desejáveis qualidades estavam presentes, em sua integridade, no caráter simétrico
de Cristo, e cada cristão deveria pedir ao Senhor, em oração constante, que elas sejam rapidamente
incorporadas em sua própria personalidade.

Há outros atributos que prejudicam a habilidade de liderança:


Uma atitude supersensível e defensiva, quando supervisionado ou corrigido. A resistência em
aceitar a responsabilidade quando há um fracasso, ou a tendência de jogar a culpa as costas de outro,
minarão a confiança.
A inflexibilidade e a intolerância de atitude provavelmente alienarão o colaborador que é criativo e
ambicioso.
O perfeccionismo. O líder deve almejar a mais alta qualidade, evitando a armadilha do
perfeccionismo. O perfeccionista usualmente estabelece objetivos demasiado distantes de suas
habilidades e competência e, em seguida, sofre de um falso sentimento de culpa porque fracassa em seu
trabalho. Vivemos num mundo imperfeito e precisamos, por isso, fazer um acordo com aquilo que é
possível. O estabelecimento de objetivos mais modestos e mais realísticos traria grande alivio a muitos
perfeccionistas idealistas.
A incapacidade de guardar segredos custou a muitos líderes a perda de sua influência sobre as
pessoas.
A inflexibilidade. A incapacidade de ceder num ou noutro ponto, projetando imagem de
infalibilidade, tem produzido o mesmo mau resultado.

RESPONDA:
Para você o que é ser líder? ________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Qual é o seu maior desafio hoje no que tange a liderança? _______________________________________
_______________________________________________________________________________________
Como romper os seus desafios como líder? ____________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
“Ao ansiarmos por uma vida sem dificuldades, devemos lembrar-nos de que os carvalhos crescem fortes
apesar dos ventos contrários e de que diamantes surgem sob pressão” (Peter Marshall).
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AULA 4 – FUNDAMENTOS DE UM VERDADEIRO LÍDER

A Liderança no período de Juízes


Antes de Israel adotar a monarquia e Saul ser apontado como rei, eles passaram por um período
chamado “período dos Juízes”. Foi uma época em que a “liderança pura” era necessária. Todo juiz que
liderava era pioneiro. O versículo seguinte aparece mais de uma vez no livro de Juízes: “Naqueles dias, não
havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Juízes 21:25).
Quatorze juízes lideraram Israel durante este período. Cada líder começou a exercer seu papel de
liderança a partir do nada. Estes são os que conhecemos: Otoniel, Eúde, Sangar, Débora, Gideão,
Abimeleque, Tolá, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão e Samuel.
Certamente sabemos mais sobre estes juízes do que sobre outros. Entretanto, a partir do texto
podemos concluir quais foram as estratégias utilizadas pelos líderes de Israel para exerceram sua liderança
durante uma de suas épocas mais difíceis. Em momentos assim, os líderes precisam retornar aos
fundamentos. Os fundamentos aparecem claramente durante este período da história de Israel. Os juízes
tinham as seguintes características em comum:

1 – ENXERGARAM UMA NECESSIDADE


Ao contrário do que muitos hoje em dia pensam sobre liderança, durante este período a liderança
sempre teve início a partir de uma necessidade. Em Juízes, ela não teve início quando alguém quis ocupar
uma posição ou vaga. Não havia posições a serem preenchidas. Não havia nenhum protocolo ou qualquer
estrutura. Não havia eleição de diáconos ou professores de Escola Dominical. Se você estava liderando, era
porque havia enxergado uma necessidade e pedira a outros que o ajudassem a atendê-la. Todos os juízes
iniciaram sua liderança quando viram um problema específico que podiam resolver.
Veja os exemplos:
OTNIEL: Encontrou Israel cercado pelos exércitos da Mesopotâmia. Ele recrutou e liderou um
exército de hebreus contra o rei inimigo. Sua vitória resultou em 40 anos de paz.
EÚDE: Cansou-se de assistir os moabitas dominando seu povo e decidiu que já era hora de dar um
basta à situação. Ele liderou Israel a uma grande vitória sobre Moabe, que resultou em 80 anos de paz.
SANGAR: Levantou-se quando os filisteus já haviam oprimido Israel por muitos anos. Quando ele
pessoalmente matou 600 soldados, inspirou seu exército à vitória.
Quando a liderança é pura...
a. Sempre tem início a partir de uma necessidade;
b. Essa necessidade faz nascer uma paixão em alguém;
c. Esse alguém age em resposta à necessidade;
d. Sua ação move outros a cooperarem.
RESPONDA: Quando você percebe as muitas necessidades à sua volta, qual delas toca o seu coração de
maneira mais profunda? Que tipo de especialista você foi chamado para ser? Qual será sua contribuição
mais significativa? ________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

2 – POSSUÍAM ALGUMA HABILIDADE


Em cada caso que encontramos no livro de Juízes, um líder se levantou porque obviamente possuía um
dom visível. Eles possuíam alguma habilidade que servia perfeitamente para a necessidade do momento.
Eles eram competentes em uma área relevante, ou seja, o dom que possuíam servia para resolver um
problema. Em todos os casos o “dom” vinha de Deus, mas sob diferentes formas:
a. Um Dom Espiritual: Sansão possuía um dom espiritual associado ao seu voto de nazireado;
b. Um Talento Natural: Débora possuía um talento natural para a estratégia e a sabedoria;
c. Uma Habilidade Adquirida: Gideão e Jefté desenvolveram habilidades de liderança com o tempo.
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Deus colocou algo dentro de cada um de nós que deve ser usado para servir às pessoas ao nosso
redor. Em outras palavras, cada um de nós possui algo que todos nós precisamos. Quando descobrimos o
que esse algo é, passamos a influenciar naturalmente.
Quando a liderança é pura…
a. As pessoas encontram um talento ou dom dentro de si mesmas;
b. Elas se preparam e exercitam esse dom ou talento;
c. O dom serve como uma base a partir da qual elas poderão ser usadas por Deus;
d. Elas acabam florescendo por causa do seu dom ou talento.
Nós lideramos naturalmente na área em que o nosso dom opera. Nessa área nós somos e nos sentimos
mais...
* Intuitivos * Satisfeitos * Influenciáveis * Produtivos * Naturais * Confortáveis

RESPONDA: E você? Qual o seu principal dom ou talento natural? Que contribuição você dá ao corpo de
Cristo? O que de melhor você acrescenta à sua organização? _____________________________________
_______________________________________________________________________________________

3. FORAM MOVIDOS POR UMA PAIXÃO


Quando uma necessidade externa e um dom interno se cruzam, o líder geralmente persegue essa
necessidade como se estivesse consumido por uma paixão. E ela contagia os outros, fazendo com que o
líder a compartilhe com aqueles que queiram se envolver. No livro de Juízes, vários líderes viveram essa
espécie de química interna que acende uma paixão. Estes são alguns dos ingredientes de uma paixão:
a. Interesses e preocupações;
b. Valores, princípios e crenças;
c. Habilidades dadas por Deus;
d. Circunstâncias desesperadoras ao seu redor;
e. Ocasião para se envolver.
A paixão supre a falta de recursos. Não há dúvidas de que é muito bom ter recursos, mas muitos
dos juízes não eram ricos de dinheiro, pessoas ou mesmo dons quando começaram a liderar. Gideão tinha
medo. Sansão não tinha princípios morais. Jefté era impetuoso. Abimeleque era zeloso ao extremo e
precisava ser repreendido. Parece que Ibsã, Elom e Abdom eram já idosos. Mas nada disso detém alguém
quando se tem paixão.

RESPONDA: A paixão normalmente começa com um interesse. Quais são os seus interesses no que se
refere à liderança e às necessidades à sua volta? O que o faz chorar ou sentir raiva? Que coisas parecem
importantes para você a ponto de o levarem a agir? ____________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

4. ASSOCIARAM-SE COM OUTRAS PESSOAS


Verdadeiros líderes geralmente chegam ao ponto em que atraem outros a compartilharem com ele
sua paixão. Algumas vezes, porém, apenas encontram outras pessoas que têm a mesma paixão que eles.
Mas uma coisa é certa: líderes genuínos se associam a outras pessoas. Isso é o que distingue um
empresário de um líder. Os líderes não agem sozinhos; eles possuem seguidores. Eles precisam disso
porque sua causa é maior do que eles mesmos. Eles precisam das outras pessoas para realizá-la.
GIDEÃO: Gideão recebeu a ordem de formar um exército para atacar os midianitas. Ele recrutou
homens demais e Deus teve de diminuir o tamanho do seu exército ou ele poderia ficar com os méritos da
vitória! Este líder persuadiu gente demais a segui-lo! Ah, se nós tivéssemos o mesmo problema!
DÉBORA: Apesar de ser mulher, o povo de Israel foi completamente persuadido por Débora. O que

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quer que ela determinasse, o povo seguia. Até mesmo Baraque insistiu que ela fosse com ele à batalha. Ele
entendeu quem possuía a influência.
SAMUEL: O mais forte de todos os juízes, Samuel foi o líder mais influente de todo o período desde
Moisés até Davi. Sua liderança passou por duas gerações. Tanto velhos como jovens o ouviam. Até os reis o
respeitavam. Ele ungiu Saul e Davi como reis. Samuel foi um líder de líderes.

APLICAÇÃO: E você? Quem se comprometeu totalmente com sua liderança? Quem você persuadiu? Eles
são velhos ou jovens? São líderes ou seguidores? Como você persuade as pessoas a caminharem ao seu
lado? Quando você influencia outros? Em que área você os influencia? _____________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

5. PERSEGUIU UM PROPÓSITO
Como observação final, podemos concluir que cada juiz foi capaz de liderar porque seguiu um
propósito especial que havia recebido. Eles se moveram numa direção que os permitiu alcançar aquele
objetivo específico. Nenhum juiz desejou apenas manter o estado das coisas, ao contrário, cada um sentiu
que possuía uma tarefa divina a cumprir.
Você pode chamar isso de propósito de vida. Este propósito passou a acompanhá-los como uma
responsabilidade que os consumia continuamente. Para mim seria difícil separar liderança de propósito. Eu
não consigo imaginar a liderança sem a direção clara de um propósito dado por Deus. Talvez seja por isso
que muitas igrejas falham em produzir frutos. Não existe uma missão clara, definida e acordada.
Eu não consigo imaginar a liderança sem a direção clara de um propósito dado por Deus. Talvez seja
por isso que muitas igrejas falham em produzir frutos. Não existe uma missão clara, definida e acordada.
Em Juízes, o propósito de cada líder era...
a. Pessoal: Estava associado aos seus dons e paixões.
b. Mensurável: Envolvia atividades que podiam ser avaliadas.
c. Memorável: Era específico o sufi ciente para ser lembrado e seguido.
d. Significativo: Relacionava-se a assuntos nacionais que fariam diferença na vida do povo.
e. Móvel: Podia viajar com eles para onde quer que fossem.
f. Moral: Era a coisa certa a ser feita. Eles sentiam que não somente poderia ser feito, mas que deveria ser
feito.

RESPONDA: Você segue o seu propósito? Como ele se compara à lista anterior? ______________________
_______________________________________________________________________________________
Qual é o seu propósito claro? Você já o definiu? Os principais líderes de sua organização concordam com
ele e em como ele deve ser perseguido? ______________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

AUTO AVALIAÇÃO
Dentre as cinco características de um líder do Período dos Juízes como você avalia sua liderança hoje?
1. Enxerga uma necessidade? ......................1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
2. Possui uma habilidade?............................1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
3. É movido por uma paixão?.......................1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
4. Se associa com pessoas?..........................1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
5. Persegue um propósito?..........................1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__

“A história demonstra que os vencedores mais notáveis venceram


porque se recusaram a desanimar com as suas derrotas” (B.C. Forbes).
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AULA 5 – QUALIDADES ESSENCIAIS À LIDERANÇA – Parte 01
Na aula passada vimos sobre os fundamentos de um verdadeiro líder, e entre eles, sobre propósito
e também sobre uma autoavaliação da nossa liderança. É importante saber os caminhos que iremos
percorrer, as medidas que iremos tomar, as decisões e oposições que enfrentaremos, tudo isso com base
em nosso propósito. Dentro da jornada do autoconhecimento sobre nossa função, saber em quais dons e
talentos eu me movo, trata mais facilidade e longevidade ao meu chamado à liderança.
Para isso vamos aplicar uma ferramenta chamada, QUESTIONÁRIO DE DONS REDENTIVOS. Onde
você vai ter uma noção, ao final, diante de 91 perguntas, em qual ou quais dons/talentos você se encaixa
melhor. As perguntas estão no apêndice 01 desta apostila, mas você agora não precisa recorrer à elas, pois
o professor lerá uma de cada vez e você irá preencher o quadro abaixo da seguinte maneira:
• Se a sentença NUNCA for verdadeira para você, marque 1;
• Se a sentença for ÀS VEZES verdadeira para você, marque 2;
• Se a sentença for NA MAIORIA DAS VEZES verdadeira para você, marque 4;
• Se a sentença for SEMPRE verdadeira para você, marque 5.
Tenha em mente que a precisão desta avaliação depende da sua abertura e honestidade em
responder às perguntas. Este não é um teste com respostas certas e erradas; em vez disso, é uma
ferramenta para promover a reflexão.

Ao final some cada coluna e terá o resultado do seu teste: Mestre, Doador, Líder, Encorajador,
Misericordioso, Profeta, Servo. Todos estes exercem uma função dentro do Reino, como influenciador,
sendo um instrumento poderoso nas mãos do Senhor, liderando em várias áreas, servindo com um
coração disposto e disponível, exortando com a profecia da Palavra de Deus, ensinando e direcionando
como um líder mestre, ou sendo um líder modelo de dedicação e doação com o coração cheio de
misericórdia.

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QUALIDADES ESSENCIAIS À LIDERANÇA
Leia I Timóteo 3:2-7.
É necessário, portanto que o bispo (líder), seja _____________, ____________________,
______________, _____________, _____________, _______________, _________________,
______________________, _________________, porém, ____________, _______________,
___________________, e que governe bem a sua própria _____________, criando os filhos sob
__________________, com todo respeito; (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará
da igreja de Deus?); não seja_______________, para não suceder que se ___________________ e incorra
na condenação do diabo. Pelo contrário que ele tenha ________________________________ a fim de não
cair no opróbio laço do diabo.

Quando Jesus estava preparando Seus discípulos para suas tarefas futuras, demonstrou um
método de treinamento excelente. Ele os ensinou tanto lições como pelo exemplo. Seu ensino era mais
prático que formal. As experiências do dia a dia dos discípulos constituíam oportunidades para inculcar
princípios e valores espirituais.
Ao preparar alguém para liderança, Deus sempre tem em vista a esfera de serviços para os quais
Ele se propõe a chama-lo. Ele é capaz de adaptar os meios aos fins, e dotar o líder com talentos e dons
espirituais e também graça de tal forma que ele estará muito bem equipado para cumprir suas obrigações
vocacionais.
Contudo, líderes se destacam quando desenvolvem estes dons e graças através da devoção e da
autodisciplina. Veremos qualidades essenciais necessárias para transformar uma pessoa num líder
espiritual e que devem ser continuamente desenvolvidas em sua vida.

1 – Disciplina: Tem sido dito que o futuro pertence ao disciplinado. Essa qualidade foi colocada em
primeiro lugar pois dela dependem as demais. As palavras discípulo e disciplina derivam da mesma raiz.
Líder é a pessoa que se submeteu de boa vontade e aprendeu a obedecer, segundo uma disciplina.
Aqueles que se rebelam contra a autoridade e não tem disciplina raramente se qualificam para uma
liderança. O preguiçoso e o desorganizado jamais estarão à
“Deus, endurece-me contra mim mesmo, esse
altura da verdadeira liderança. Visto que o líder é tão covarde, com voz patética, que anseia pelo
fortemente disciplinado, os outros sentem isso, e ficam descanso, pelo prazer, pela sombra e água fresca.
inusitadamente dispostos a cooperar com a disciplina que Eu mesmo: arquitraidor de mim mesmo, o mais
ele espera. oco dos meus amigos, meu pior inimigo, o mais
2 – Visão: O líder deve ter visão. A visão inclui a previsão mortífero, meu obstáculo em qualquer estrada.”
(Amy Wilson Carmichael).
(visão de coisas e pessoas), e visão interna (visão de si
mesmo), isto é, discernimento de fatos ao redor de si, e
dentro de si. A liderança responsável sempre olha para a frente, para ver de que maneira as decisões
propostas afetarão não apenas gerações presentes, mas também futuras. Olhos que olham são comuns,
raros são os olhos que veem. A visão inclui otimismo e esperança. O líder de visão está disposto a dar
novos passos de fé, em meio a escuridão. Embora devamos valorizar o passado, e procurar tirar proveito
dele, não deveríamos considera-lo tão sagrado a ponto de sacrificar o futuro por amor ao passado. O
homem de visão olha para o futuro, ao determinar as regras do presente.
3 – Sabedoria: Sabedoria é mais que conhecimento, o qual é simples acumulo de fatos. A sabedoria tem
uma conotação pessoal, implicando em sagacidade. É mais do que percepção humana: é discernimento
celestial. É conhecimento com penetração no coração das coisas - isto é, conhecimento das coisas como
realmente são. Envolve o conhecimento de Deus e dos labirintos do coração humano. É muito mais que
simples conhecimento; é aplicação correta do conhecimento, em assuntos morais e espirituais, ao
enfrentar situações confusas, na complexidade das relações humanas. Dizia Theodore Roosevelt que
"sabedoria é noventa por cento uma questão de ser sábio e não de tempo". Sabedoria não vem com a
idade, com a idade vem a experiência de vida. Um verdadeiro sábio independe de sua idade.
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4 – Decisão: Quando todos os fatos são conhecidos, o verdadeiro líder surge com sua marca característica:
a decisão firme e rápida. O homem que possui visão deve fazer algo a respeito dela, para não se
transformar num visionário/sonhador, em vez de líder. Embora ele seja rápido para chegar a uma
conclusão, a decisão deve ser baseada em premissas sólidas. Assim que o líder espiritual estiver seguro
quanto a vontade de Deus, ele partirá para a ação imediata, não importando as consequências. Ao
perseguir seus ideais, ele terá coragem suficiente para queimar as pontes atrás de si. Ele deve estar
disposto a aceitar a total responsabilidade pelo fracasso ou pelo sucesso decorrente de sua decisão, e não
colocará a culpa que porventura ocorrer nas costas de um subordinado.
5 – Coragem: Coragem moral, coragem física, coragem da mais alta ordem é pedida aos líderes. Coragem é
aquela qualidade de espírito que capacita os homens a enfrentar o perigo, ou a dificuldade, com firmeza,
ou sem medo, sem depressão mental. A coragem de um líder é demonstrada quando ele está disposto a
enfrentar fatos e condições desagradáveis, e mesmo devastadores, com constância, e a agir com firmeza, a
luz dessas circunstâncias adversas, mesmo que isto represente desprestigio pessoal. A inércia e a oposição
dos outros não o detém. Sua coragem não é coisa de momento, mas continua até que a tarefa seja feita.
6 – Humildade: A humildade é a característica por excelência do homem que Deus usa, embora ela não
esteja no currículo do mundo. Na escala de valores de Deus, a humildade ocupa lugar de destaque.
Autonegação e não autopublicidade, foi a definição de Cristo para liderança (Mt. 20:25-27). A humildade
do líder, tanto quanto sua espiritualidade, deveria ser uma qualidade sempre em desenvolvimento. O líder
espiritual de hoje, é aquele que ontem expressava humildade trabalhando alegre e fielmente numa
posição secundária.
7 – Integridade e sinceridade: Paulo abriu seu coração de Que todos os dias sejam dias de humildade;
maneira como poucos de nós estamos preparados a fazé-lo, participai com todas as fraquezas e
enfermidades de seus semelhantes, cobri seus
exibiu tanto seus fracassos quanto seus sucessos. Mesmo antes
pontos fracos, amai seus pontos de excelência,
de sua conversão ele era sincero, um homem integro, que encorajai suas virtudes, aliviai suas necessidades,
servia a Deus com uma consciência pura (IITm. 1:3). No Velho alegrai-vos com sua prosperidade, compadecei-
Testamento, a sinceridade e a integridade eram impostas sobre vos deles com suas tribulações, recebei sua
Israel (Dt. 18:13). Sinceridade é transparência de caráter, uma amizade, perdoai sua falta de bondade, perdoai
qualidade inconsciente que se revela a si mesma. Nos sua malícia, sede servos dos servos, e em fazer o
mais humilde serviço para o mais humilde dos
primórdios de seu ministério, Billy Graham foi convidado para
seres humanos. (Willian Law)
uma entrevista com Sir Winston Churchill. Quando deixou a
sala, após a entrevista, Churchill virou-se para seus
companheiros e disse: “Ali está um homem sincero”.
Respondendo a uma pergunta, um homem de negócios de projeção disse: "Se eu devesse mencionar a
qualidade mais importante de um gerente geral, eu diria que é a integridade pessoal, alguém sincero ao
prometer, fiel no cumprimento do dever, correto nas finanças, leal no serviço e honesto na palavra."
8 – Humor: Pv. 15:13. Visto que o homem foi feito à imagem de Deus, seu senso de humor é uma dadiva
de Deus, a qual encontra sua contraparte na natureza divina. Contudo, é uma dádiva que precisa tanto ser
controlada quanto cultivada. O humor limpo, sadio, relaxa a tensão e alivia as situações difíceis, mais do
que qualquer outra coisa. Pode ser de inigualável valor num líder, tanto pelo que pode fazer por ele, como
pela utilidade que terá em seu trabalho. O humor pode desarmar uma situação tensa, e restaurar uma
sensação de normalidade. Charles H. Spurgeon certa vez foi criticado por introduzir humor em sua
pregação. Justificando os toques de humor no púlpito, ele escreveu: "Há algumas coisinhas nestes sermões
que poderão produzir sorrisos, mas que mal há nisso? Como pregador, não estou muito certo de que sorrir
seja pecado; todavia, acho que é crime menor causar um riso momentâneo do que meia hora de sono
profundo." Um bom teste da propriedade de nosso humor é se ele nos controla, ou se nós o controlamos.
Dizia-se de Kenneth Strachan, diretor geral da Missão para a América Latina o seguinte: "Ele tinha um
agudo senso de humor, contudo, tinha, também, um senso da propriedade das coisas. Ele sabia o lugar de
uma anedota, e seu humor era controlado."

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Escola de Líderes – Módulo: PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
AULA 6 – QUALIDADES ESSENCIAIS À LIDERANÇA – Parte 02 e COMUNICAÇÃO
Dentre as oito qualidades essenciais à liderança estudados na aula passada, elenque aqui dois (02)
dos quais você entende como mais essenciais para a sua liderança hoje: _______________ e
________________.
Veremos agora mais qualidades essenciais:
1 – Ira: Parece que a ira é uma qualificação estranha para a liderança. Em outro contexto, poderia ser
considerada como fator desqualificante. Contudo, não estava esta qualidade presente na vida do Supremo
Líder? Jesus olhou para eles "indignado" (Mc. 3:5). A ira santa não é menos nobre do que o amor, visto que
ambos coexistem em Deus. Uma precisa do outro. Foi o amor de Jesus pelo homem da mão mirrada que
suscitou sua ira contra aqueles que queriam impedir a cura. Foi seu amor pelo Pai, e o zelo pela Sua gloria,
que inflamou sua ira contra os mercenários traficantes que transformaram Sua casa de oração para todas
as nações em covil de salteadores (Mt. 21:13; Jo. 2:15-17). Contudo, tal tipo de ira não fica aberta ao abuso
e poucos podem usá-la sem que se degenere tonando pecado. A ira santa está isenta de egoísmo. A ira
santa tem a glória de Deus como objetivo. Quando nos iramos contra o pecado em nossa própria vida,
certamente estaremos experimentando ira santa contra o pecado nos outros.
2 – Paciência: Esta palavra não significa, de modo nenhum, sentar-se de mãos cruzadas para simplesmente
aguentar coisas más. Significa resistência vitoriosa, constância sob provação. E constância cristã, a
aceitação brava e corajosa de tudo quanto a vida nos apresenta, mudando até mesmo as coisas piores em
degraus que nos levem para cima. É aceitar o imprevisto com alegria. É nas relações pessoais que a
paciência é testada mais fortemente. A evidência de nossa força está no fato de estarmos dispostos a
adaptar nosso passo rápido a passo moro do nosso irmão mais lento e fraco, sem prejudicar a liderança.
3 – Amizade: Você pode medir a estatura de um líder pelo número e pela qualidade de seus amigos. Se
julgarmos Paulo segundo este padrão, veremos que ele era um génio para fazer amizades. Seu
relacionamento com Timóteo é exemplo de amizade ideal, entre um homem de meia idade e um jovem,
como o relacionamento com Lucas é exemplo de amizade entre contemporâneos. Suas cartas brilham com
calorosa apreciação e afeição pessoal pelos seus companheiros.
4 – Tato e diplomacia: O significado original de tato é a sensibilidade do toque. Veio a significar,
posteriormente, a habilidade em relacionar-se com pessoas em situações delicadas. Tato pode ser definido
como "uma percepção intuitiva e fina daquilo que é adequado e correto; um discernimento do que deve
ser dito ou feito, um fino jeito de evitar que haja ofensa”. Tato e diplomacia estão intimamente
relacionados. Diplomacia é destreza e habilidade no encaminhamento de assuntos de qualquer tipo,
contudo, em razão de abusos praticados por pessoas que se ocupam desta arte, a palavra tornou-se um
tanto degradada. Ao combinarmos estas duas palavras, emerge a ideia de perícia na conciliação de pontos
de vista divergentes, sem ofender, e sem comprometimento de princípios. É uma qualidade que pode ser
adquirida e desenvolvida.
5 – Poder inspirativo: O poder de inspirar os outros para o serviço, e para o sacrifício é a marca do líder de
Deus. Sua paixão fumegante ateia fogo em todos ao seu redor onde as pessoas sentem contagiados pelo
seu zelo e dinamismo.
6 – Habilidade executiva: Se a pessoa não tiver a habilidade executiva, num certo grau, mesmo que seja
capaz de ver claramente as coisas espirituais, será incapaz de traduzir sua visão em ação. É verdade que há
perigos sutis na superorganização, que pode vir a ser um substituto muito insatisfatório da presença e da
operação do Espírito Santo. Contudo, as coisas não precisam ser assim, necessariamente. A falta de
método e de organização também apresenta seus perigos, e tem representado e fracasso de muitos
empreendimentos promissores no Reino de Deus. A criação de Deus apresenta uma ordem
impressionante. Devemos imitar a ordem e o método de Deus em nosso trabalho para Ele. (I Co. 14:40).
7 – Terapia da audição: Um ouvido simpático é tributo de grande valor. A arte de ouvir deve ser dominada
a fim de o líder poder penetrar na raiz dos problemas a serem resolvidos. Muitos são faladores
compulsivos. "Ele não me ouve" queixou-se um missionário. "Ele começa a dar a resposta antes que eu
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tenha a oportunidade de mostrar o problema." Para muitos ouvir é, frequentemente, uma espera
impaciente até que ele dê um parecer. Contudo, ouvir é um esforço genuíno para entender o que o outro
tem a dizer, e fazê-lo sem prejulgar a causa. Muitas vezes um problema já está meio solucionado quando é
enunciado. Um missionário desistente queixava-se: "Se ele apenas me ouvisse... eu precisava de alguém
com quem pudesse compartilhar meu problema." A sensibilidade para com as necessidades de alguém é
expressa mais pelo ouvir do que pelo falar. Os líderes frequentemente dão a impressão, talvez
inconscientemente, que estão ocupados demais para ouvir.

EXERCÍCIO: Qual a nota que você dá hoje para cada uma das qualidades essenciais em sua liderança?
1. Disciplina 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
2. Visão 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
3. Sabedoria 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
4. Decisão 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
5. Coragem 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
6. Humildade 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
7. Integridade/Sinceridade 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
8. Humor 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
9. Ira 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
10. Paciência 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
11. Amizade 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
12. Tato e diplomacia 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
13. Poder inspirativo 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
14. Habilidade executiva 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__
15. Terapia da audição 1__2__ 3__ 4__ 5__ 6__ 7__ 8__ 9__ 10__

O LÍDER E A SUA COMUNICAÇÃO


Falar é fácil. Todo mundo fala. A pergunta é a seguinte: como você faz suas palavras contarem?
Como você realmente se comunica com os outros? As pessoas não podem ser bem-sucedidas na vida sem
comunicação efetiva. Não é suficiente só trabalhar duro. Não é suficiente fazer um trabalho maravilhoso.
Para ter sucesso você precisa aprender a se comunicar de verdade com os outros. Qual o segredo?
Conexão!
Conectar-se é a habilidade de se identificar com pessoas e se relacionar com elas de forma que
aumente sua influência sobre elas. Por que isso é importante? Porque a habilidade de se comunicar e se
comunicar com outros é um fator importante que determina seu potencial. Para ter sucesso, é preciso
trabalhar com os outros. E para fazer isso da melhor forma possível, você deve aprender a se conectar.
A habilidade de se conectar com outros começa com a compreensão do valor das pessoas.
Conectar-se com as pessoas individualmente é mais importante do que poder se comunicar em um grupo
ou com um público. Por quê? Porque de 80% a 90% de todas as conexões ocorrem nessa esfera, e é aí que
você se conecta com as pessoas que são mais importantes para você. Qual sua facilidade para se conectar
com amigos, família, colegas e colegas de trabalho? Para aumentar sua influência individual:
1. Fale mais sobre as outras pessoas e menos sobre você — prepare duas ou três perguntas que você
possa fazer a alguém antes de um encontro ou reunião;
2. Leve algo de valor, como um ditado sábio, uma história, um livro ou CD para dar a alguém quando
vocês estiverem juntos;
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3. No fim de uma conversa, pergunte se há alguma coisa que você possa fazer para ajudar e, depois,
siga sua linha de pensamento — os atos de serventia têm um impacto retumbante mais duradouro
que as palavras.
Para se conectar com um grupo, você deve tomar a iniciativa com as pessoas no grupo. Para fazer
isso, faça o seguinte:
1. Procure modos de elogiar alguém no grupo por suas ideias e ações;
2. Procure modos de agregar valor às pessoas em um grupo e no que elas estão fazendo;
3. Não leve todos os créditos quando o grupo tem sucesso e não espalhe culpas quando ele não se der
bem; procure modos de ajudar o grupo a celebrar junto o sucesso.
Bons professores, líderes e palestrantes não se veem como especialistas diante de uma plateia
passiva que eles precisam impressionar. E também não veem seus próprios interesses como os mais
importantes. Em vez disso, eles se veem como guias e se concentram em ajudar os outros a aprender.
Como eles valorizam os outros, esforçam-se para se conectar com pessoas que eles estão ensinando ou
tentando ajudar.
John Maxwell certa vez disse:
“Admito que, quando comecei minha carreira como pastor, não entendia isso. O foco era totalmente em mim mesmo.
Quando aconselhava as pessoas que estavam passando por alguma dificuldade, minha atitude era a seguinte: Ande logo e diga
logo seu problema para lhe dar minha solução. Quando liderava qualquer tipo de iniciativa, perguntava-me constantemente:
"Como posso fazer as pessoas terem minha visão para que elas me ajudem com meus sonhos?" Quando falava com um público,
focava minha pessoa, não eles. Vivia para ter um retorno positivo, e minha meta era sempre impressionar. Até usava óculos para
fazer com que minha aparência ficasse mais intelectual. Quando penso nisso agora, fico muito envergonhado”.
"Se primeiro você ajudar as pessoas a conseguirem o que elas querem, elas o ajudarão a conseguir
o que você quer. Vi o quanto estava sendo egoísta e egocêntrico. Percebi que estava tentando corrigir os
outros quando deveria tentar me conectar com eles”, completa Maxwell.
Conectar-se nunca é sobre mim. E sobre a pessoa com
quem estou me comunicando. Similarmente, quando você
está tentando se conectar com as pessoas, não é sobre você
— é sobre elas. Se quer se conectar com os outros, você tem
que passar por cima de você mesmo. Deve mudar o foco de
dentro para fora, saindo de você e indo para os outros. E o
melhor é saber que você pode fazer isso. Todos podem.
Tudo que é preciso é a vontade de mudar de foco, a
determinação para seguir adiante e a aquisição de
habilidades! As pessoas vão crescendo, e esperamos que sua
atitude egoísta suavize e sua mente mude. Em resumo, esperamos que as pessoas amadureçam. Mas a
maturidade nem sempre vem com a idade; algumas vezes a idade chega sozinha. Porque apenas as
pessoas maduras cujo foco está nas outras são capazes de se conectarem de verdade com os outros.
Três perguntas que as pessoas fazem sobre você:
Você deve estar apto a comunicar essa atitude de altruísmo. Como você faz isso? Acredito que você possa
fazer isso respondendo a três perguntas que as pessoas sempre se fazem quando interagem com as outras,
independentemente de quem seja ela:
1. "VOCÊ SE IMPORTA COMIGO?"
Pense na melhor experiência que você já teve com pessoas. Pare realmente por um momento e
tente se lembrar de três ou quatro experiências dessas. O que todas elas têm em comum? Aposto
que a pessoa ou as pessoas envolvidas se importavam genuinamente com você!

2. “VOCÊ PODE ME AJUDAR?”


Se você quer a atenção de alguém, mostre que você pode ajudar.
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3. “POSSO CONFIAR EM VOCÊ?”
A confiança é vital para qualquer relacionamento ou negócio.
Princípio de conexão: conectar-se é só sobre os outros. Conceito-chave: a conexão começa quando
os outros se sentem valorizados. Como você pode se conectar com as pessoas individualmente? Fazendo-
as se sentir valorizadas. Como você faz isso?
• Saiba o que eles valorizam sendo um bom ouvinte quando estiver com eles.
• Descubra por que eles valorizam essas coisas, fazendo perguntas.
• Compartilhe seus valores que são similares aos deles.
• Construa seu relacionamento com estes valores comuns. Dessa forma, o valor será agregado
a ambos.
O segredo para fazer com que os outros se sintam valorizados em um grupo ou equipe é
convidando a todos a participar. A pessoa mais inteligente em uma sala nunca é mais inteligente que
todos na sala. Para se conectar com as pessoas em um grupo:
• Descubra e identifique os pontos fortes de cada pessoa;
• Reconheça o valor dos pontos fortes de cada pessoa e o potencial de contribuição;
• Convide cada uma delas a dar ideais e permita que elas liderem em suas áreas mais fortes.
Veja este dado: O que dizemos corresponde a apenas 7% do que é acreditado; a forma como o
dizemos corresponde a 38%; o que os outros veem corresponde a 55%.
Incrivelmente, mais de 90% da impressão que muitas vezes transmitimos não tem nada que ver
com o que dizemos. Então, se você acredita que comunicação tem tudo que ver com palavras, você está
totalmente por fora e sempre terá dificuldade de se comunicar com as pessoas.
Em outras palavras, quando tentamos nos comunicar, devemos incluir o seguinte: PENSAMENTO:
algo que sabemos; EMOÇÃO: algo que sentimos; AÇÃO: algo que fazemos. Deixe de colocar um dos três, e
haverá uma desconexão das pessoas e uma quebra na comunicação. Mais especificamente, aqui está como
acredito que a quebra na comunicação possa acontecer. Se tentar comunicar:
• Algo que sei, mas não sinto, minha comunicação não tem paixão;
• Algo que sei, mas não faço, minha comunicação é teórica;
• Algo que sinto, mas não sei, minha conexão é sem fundamento;
• Algo que sinto, mas não faço, minha conexão é hipócrita;
• Algo que faço, mas não sei, minha conexão é presunçosa;
• Algo que faço, mas não sinto, minha conexão é mecânica.
John Maxwell exemplifica o seguinte: depois que acabo de falar, também tiro um tempo para
avaliar se me conectei com minha audiência e ajudei meu anfitrião. Faço isso por intermédio da minha
Lista de conexões, na qual incluí as seguintes perguntas:
• Integridade — fiz o meu melhor?
• Expectativa — agradei meu anfitrião?
• Relevância — entendi e me relacionei com a audiência?
• Valor — agreguei valor às pessoas?
• Aplicações — dei às pessoas um plano de jogo?
• Mudança — fiz a diferença?
Se você quer ter sucesso ao se conectar com os outros, precisa ter certeza de que sua conexão vai
além de palavras. Como você pode fazer isso? Conectando-se em quatro esferas distintas: visual,
intelectual, emocional e verbal.
1 – Visual: Elimine distrações pessoais; Expanda sua gama de expressões; Mexa-se com um senso
de objetivo; Mantenha uma postura aberta; Preste atenção aos seus arredores.
2 – Intelectual: Para se conectar de forma eficaz com as pessoas na esfera intelectual, você deve
conhecer duas coisas: seu tema e a você mesmo.

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3 – Emocional: Se você quer ganhar alguém, primeiro ganhe seu coração, e o resto virá em seguida.
As pessoas podem ouvir suas palavras, mas elas sentem sua atitude.
4 – Verbal: Espero que tenha convencido você de que a comunicação vai além das palavras e que
para nos conectarmos com as pessoas devemos apelar para elas visual, intelectual e emocionalmente.
Todavia, isso não significa que devemos ignorar o poder das palavras. As palavras são uma corrente de
ideias e têm o poder de mudar o mundo.
ENERGIA
Conectar-se com as pessoas não acontece simplesmente sozinho. Se você quiser se conectar com
os outros, deve realmente querer isso. E isso sempre exige energia. Quando sugiro que a energia é
necessária para se conectar com os outros, não estou dizendo que você deve ser uma pessoa com
realmente muita energia para se conectar com os outros. E você também não precisa ser extrovertido.
Deve simplesmente estar disposto a usar toda a energia que você tiver para focar os outros e tentar
alcançá-los.:
1. CONECTAR-SE REQUER INICIATIVA... SEJA O PRIMEIRO
2. CONECTAR-SE REQUER TRANSPARÊNCIA... PREPARE-SE (conheça a si mesmo, seu público, etc.)
3. CONECTAR-SE REQUER PACIÊNCIA... VÁ DEVAGAR
4. CONECTAR-S E REQUE R ALTRUÍSMO... DOE-SE
5. CONECTAR-SE REQUER ENERGIA... RECARREGUE-SE (A primeira coisa a fazer é estancar
"vazamentos" de energia reconhecendo e evitando o que desnecessariamente drena sua
energia. Você deve descrever que tipos de coisas preenchem seu tanque e o deixam
energizado).
Conectar-se é algo que qualquer um pode aprender a fazer, mas é preciso estudar comunicação
para se aprimorar. Toda vez que ouço as pessoas falarem, não apenas ouço o que elas têm a dizer, mas
também presto atenção em seu estilo e técnica como comunicadores. Deve aprender a se conectar com os
outros aproveitando ao máximo todas as habilidades e a experiência que você tem.
O que faz as pessoas ouvirem?
• RELACIONAMENTOS — QUEM VOCÊ CONHECE
• PERCEPÇÃO — o QUE VOCÊ SABE
• SUCESSO — o QUE VOCÊ FEZ
• HABILIDADE — o QUE VOCÊ SABE FAZER
• SACRIFÍCIO — COMO VOCÊ VIVE
Quando duas pessoas se aproximam para se comunicar, cada uma delas tem uma razão para fazer
isso. Para se comunicar por meio de um ponto em comum, você deve saber seu motivo, conhecer o
motivo da outra pessoa e encontrar um modo de conectar as duas coisas. O fundamento em encontrar um
ponto em comum é saber como tornar a interação um ganho para ambas as partes.
Construir uma ponte por meio do ponto em comum é mais fácil individualmente do que com
muitas pessoas, porque você pode ter retornos contínuos e imediatos da outra pessoa. Para encontrar o
ponto em comum, faça perguntas sobre interesses e experiências comuns. Quando você encontra o ponto
em comum, conta histórias, compartilha emoções e aprende lições a partir dessas experiências. E, se
possível, façam algo de que vocês gostam juntos.
Equação da Inspiração, funciona assim:
0 que elas sabem + o que elas veem + o que elas sentem = inspiração.
Quando esses três fatores entram em ação e um comunicador consegue alinhá-los, isso cria uma
sinergia que inspira as pessoas. Todos os três fatores na Equação da Inspiração entram em jogo quando
inspiramos pessoas, mas eles têm valores diferentes em diferentes cenários de comunicação.
Individualmente, o que tem o maior peso é o que as pessoas veem. Quem você é de fato inspira (ou
desencoraja) as pessoas mais próximas a você. Você não pode esconder isso. O caráter, acima de tudo, é o
que causará a maior impressão nas pessoas nessa esfera.
“Os que se comunicam, vivem o que comunicam” (John Maxwell)
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AULA 07 – DESAFIOS DA LIDERANÇA
No exercício de nossa liderança, teremos muitos desafios, principalmente no tange lidar com as
pessoas que lideramos, ou que queremos criar uma conexão. Para ajudar nesse processo, iremos abordar
alguns temas de interesse que chamaremos de desafios, no sentido de que todos podem ser solucionados.

FEEDBACK E CONFRONTO
O que é: Feedback é uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um
determinado pedido ou acontecimento. Em alguns contextos a palavra feedback pode significar resposta
ou reação. Neste caso, o feedback pode ser positivo ou negativo.
Em nosso trabalho como líder, o feedback sempre vai existir para isso como agir, como criar um
ambiente de tratamento?
Feedback não deve ser: julgar, criticar sem estar apoiado em fatos, humilhar, punir ou ainda fofoca.
Feedback é interesse pelo outro, é contribuir para o desenvolvimento do outro, é uma conversa franca.
Quando se recebe um feedback: esclareço dúvidas, mas não replico nem me justifico, reflito antes
de resolver o que fazer, agradeço a contribuição do outro.
Quando o feedback não corresponde a minha percepção, eu: dou 1% de chance de que seja
verdadeiro, se ele me incomoda é porque pode ter tocado em um aspecto com o qual tenho dificuldades
de lidar.
Como dar um feedback: situações em que a pessoa tem como mudar, quando suas emoções estão
sob controle, quando as emoções do outro estão sob controle.
Como dar um feedback usando o “Método-Burger”:
1 – O que foi bom, o que eu gostei;
2 – O que pode melhorar;
3 – Qual foi o ponto alto, o que mais gostei.
Durante a conversa de feedback:
• Descreva o comportamento sem julgar, apenas coloque os fatos;
• Diga como o comportamento afeta você;
• Agora diga porque você se afeta desta maneira;
• Dê uma pausa para a outra pessoa falar;
• Descreva a mudança necessária;
• Explique por que a mudança vai aliviar o problema;
• Deixe a pessoa falar. Solução deve ser aceita por ambos.

10 princípios básicos ao confrontar alguém:


• Confronte assim que possível e necessário;
• Separe a pessoa da ação errada. Peça permissão para levantar o problema;
• Confronte apenas o que a pessoa pode mudar;
• Dê a pessoa o benefício da dúvida (comece com a hipótese de que a motivação dela está correta);
• Seja específico, não use de parábolas, diga o que precisa ser dito;
• Jamais use de sarcasmo;
• Diga à pessoa como você se sente sobre o erro cometido;
• Dê à pessoa alternativas para resolver o problema detectado;
• Confirme-a como pessoa e como amiga.

AUTORIDADE X AUTORITARISMO
1. Autoridade de posição: Ser líder é um papel de servo, e a melhor forma de aumentar sua
autoridade é servindo outros, em vez de reivindicar uma posição de poder;
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2. Autoridade de especialista: Para crescer em sua autoridade de especialista leia muito sobre
liderança, pratique suas habilidades de líder e discipulador, reflita sobre sua própria
experiência e absorva conhecimento de outros líderes e discipuladores, inclusive do seu
próprio;
3. Autoridade espiritual: A autoridade espiritual vem do seu relacionamento com o Deus vivo. Os
melhores líderes são aqueles que gastam tempo na presença de Deus, obtendo assim
discernimento renovado para oferecer aos seus líderes;
4. Autoridade relacional: É um tipo de autoridade que pode melhorar continuamente. Como? Gaste
tempo com as pessoas, encontre paixões e interesses comuns (incluindo áreas que não estão
ligadas ao ministério), priorize o interesse de seus liderados;
5. Feedback sobre sua liderança: Dê aos seus líderes a oportunidade de dizerem o que pensam, o que
gostam e o que não gostam na sua liderança. Isso dá a você conhecimento e visão sobre as
áreas em que precisa melhorar.
6. Autoritarismo: Embora muitos líderes saibam usar sua influência de maneira positiva para a glória
de Deus, e ajam de maneira sábia ao aplicar sua autoridade, e se preocupem em valorizar as
pessoas a quem servem, alguns claramente não o fazem. Na maioria das vezes o mau uso da
influência e da autoridade advém de uma motivação interior. Exemplo de autoritarismo:
6.1 - “Sou um homem (ou mulher) de Deus e, portanto, não devo ser questionado”
Lideres que agem dessa maneira têm dificuldade de ouvir qualquer crítica construtiva com respeito
aos seus métodos. Embora haja verdade que todos os cristãos são homens e mulheres de Deus, esta
estratégia estimula uma postura “elitista” e dá a impressão de que os membros se encontram em um nível
espiritual inferior. Isso incentiva uma postura hierárquica e estimula alguns a buscar sua identidade através
de promoções na liderança da igreja.
6.2 - “Sou apenas um simples servo do povo”
Esse tipo de atitude é, por um lado, equilibrado e benéfico, pois demonstra amor. Entretanto, isso
também pode ser interpretado como fraqueza, pois o líder não assume seu papel. Mostra-se apenas como
uma pessoa altruísta e sempre disponível. Líderes assim podem buscar seu valor querendo sentir-se bem
por receber o carinho dos membros que os consideram como pessoas úteis e sempre presentes.
6.3 - “Não questiono ninguém”
Essa é uma atitude que revela medo. O líder pode ter receio de Iidar com os muitos conflitos que
surgem na igreja. Muitos líderes buscam evitar isso fugindo dos assuntos, particularmente porque o
pacificador pode acabar levando a culpa por interferir. Como essa situação gera certo desconforto, o líder
pode desenvolver um mecanismo de defesa que o leva a esquivar-se de problemas. Esconder-se e fugir
pode piorar a situação.
6.4 - “Vou mostrar a eles quem é que manda”
Essa é uma situação de ira que geralmente vem acompanhada de um orgulho velado. É
característica de pessoas que se sentem usadas por qualquer razão e procuram retaliação para provar seu
valor. Isso revela o autoritarismo do líder.
7. O problema do autoritarismo:
7.1 - Há pessoas que são rebeldes quanto ao princípio de autoridade e, por isso, sofrem
consequências pelos seus atos de rebeldia. Podemos citar os israelitas no deserto, que se
rebelaram contra Moisés, e, também, Saul que desobedeceu à orientação dada por Deus
por meio do profeta Samuel.
7.2 - Há pessoas que consideram os líderes espirituais como representantes de Deus aqui na
terra. Acham que eles são intermediários entre Deus e os homens. Tudo que fazem ou
dizem deve ser aplaudido calorosamente. Portanto, devem ser obedecidos em tudo sem a
mínima contestação. O líder transforma-se em mito, o santo evangélico, e tome santos,
são muitos. Só falta querer eleger o primeiro papa evangélico (não sei pra que dei essa
ideia (rs). É preciso nos lembrar de que todo convertido, todo cristão é sacerdote ungido
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do Senhor (Ap 1.6; 1º Jo 2.20,27; 2º Co 1.21-22), e que levantar-se contra qualquer crente
é levantar-se contra Deus, é pecado (1Pe.5.3). Portanto, todos os crentes são igualmente
dignos de respeito.
7.3 - Sem submissão, não há formação ou discipulado. O discípulo precisar ser manso e
humilde, estando sujeito sem rebeldia ou obstinação. Um risco que muitos temem é o
abuso da autoridade por parte do discipulador. Mas sem submissão não há autoridade. O
próprio discipulador precisa ser discípulo porque o princípio básico para ter autoridade é
estar debaixo de autoridade e se sujeitar a ela.
7.4 - Ninguém tem autoridade de si mesmo. Nossa autoridade vem do Senhor Jesus. A
submissão nunca é simples, é preciso que o liderado se disponha a negar a si mesmo e
submeter-se.
7.5 – Autoridade é diferente de autoritarismo. Cada líder precisa entender que ele é servo do
liderado e não dono. Deve ensinar todo o conselho de Deus e não seus gostos e
preferências pessoais, porque não temos discípulos de fato, os discípulos são de Cristo.
Nós apenas os ajudamos a seguir à Cristo.
7.6 – Um grande problema em nossa igreja é a rapidez com que alguns discipuladores taxam
certos discípulos de rebeldes. Isso acontece porque se julgam donos do discípulo e
presumem que aquilo que pensam deve ser seguido pelo discípulo cegamente. Mas isso é
um absurdo. Um discípulo pode discordar e até debater uma ideia com seu líder, e assim
ainda, ter um coração correto e submisso.
7.7 Entretanto, há que se fazer uma distinção, uma coisa é levantar-se contra uma pessoa,
outra é levantar-se contra os atos de uma pessoa, contra atitudes antiéticas. Devemos
respeitar igualmente a todos do Corpo de Cristo, da família real, de Deus, mas respeitar
não é concordar com toda atitude dela. Se um irmão mente, adultera, humilha alguém,
rouba, calunia, etc., não podemos compactuar com isso. Seja ele um líder ou não. São abra
mão da sua autoridade como líder, mas seja contra o autoritarismo na sua vida como líder
e com os que te cercam.

GERAR NOVOS LÍDERES


Um dos grandes desafios do líder é de desafiar outros à se tornarem líderes. Certamente o fator
mais importante do trabalho de qualquer pessoa é o produto final, o resultado obtido. A finalidade de
nosso trabalho como líderes é a formação e a edificação de vidas. Para isso fique atento as dicas abaixo:
1 - Vivenciando os estágios do discipulado: Ao trabalhar com seus líderes, o discipulador também
vivencia estágios diferenciados. Nenhum relacionamento de discipulado se desenvolve em níveis perfeitos
de abertura e comunicação da noite para o dia. Tudo é um processo crescente! Vamos entender melhor
cada um desses estágios:
• Estágio do romance: relacionamento de “lua-de mel”;
• Estágio da realidade: desenvolvendo a confiança;
• Estágio da resistência: conflito e “a noite escura da alma”;
• Estágio da resolução: passando “pelas águas escuras” e “para dentro da luz”;
• Estágio da recompensa: confiança e bênção.
2 - Diagnosticando problemas:
Alguns problemas comuns e situações com as quais os discipuladores podem lidar em relação aos
seus liderados: Desencorajamento, desânimo; Falta de habilidade; Problemas pessoais; Pecado escondido;
Rebeldia; Problemas no seu trabalho e ministério; Necessidades ministeriais problemáticas de membros
das células. Um discipulador poderá ter maneiras variadas para cuidar dos seus líderes, mas a melhor
combinação já experimentada foi unir trabalho individual com o discipulado em grupo. Os discipuladores
terão as ferramentas certas para usar em seus relacionamentos com seus liderados. Fazendo o discipulado
individual; promovendo encontros em grupo (Reuniões de GD).
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3 – Enxergue o melhor nas pessoas: Como líderes devemos encorajar quem falhou e mostrar como
essa pessoa pode reerguer-se para ter a vida para a qual foi chamada. Precisamos olhar além das falhas e
maximizar as possibilidades daqueles que lideramos, recusando-nos a desistir deles até que acreditem em
si mesmos. À medida que as pessoas amadurecem, elas aprenderão a animar-se no Senhor.
4 – Invista em alguém: Talvez você não saiba em quem investir, mas comece com a primeira pessoa
que Deus colocar em seu caminho. O que poderia ser mais gratificante do que descobrir o potencial de
alguém e então tornar-se aquele que ajuda o desenvolvimento dele ou dela? Quando suas palavras fizerem
uma pessoa se levantar e entender que é amada, você será notícia no céu!
5 – Desisto de investir nessa pessoa? Creio que esta é uma pergunta que muitos têm. Uma das
caudas de frustações é a falta de entendimento claro de como fazer. Existem pessoas que se dizem
discípulos, mas se recusam a aprender conosco nesta condição de discípulos realmente. Vamos tentar
respondê-la com o modelo: Multidão, seguidor e discípulo.
5.1 – Multidão: No capítulo 6 do evangelho de João, lemos no verso 2 que: “Seguia-o numerosa
multidão porque tinham visto os sinais que Ele fazia na cura dos enfermos”. A multidão seguia Jesus por
causa dos sinais e das curas que Ele fazia, não por ter um relacionamento com Jesus, na multidão não se
conhece suas motivações e quem não é conhecido não é confiável. Reconheça se a pessoa é multidão, para
não cobrar dela compromissos de quem não os quer. A multidão vem e vai com facilidade. Não temos
segurança com que é multidão, não conhecemos de fato o seu coração, por isso não crie expectativas nela.
Quando se é exigido muito ela nos deixa. Grande parte dos que estavam com Jesus se voltaram contra ele.
Outra coisa que define multidão é a busca por satisfação de suas próprias necessidades. O fato de serem
afetuosamente superficiais, mostra o seu desejo de se manter à distância. Não terão compromisso com
sua liderança e muito menos com a igreja. Se tornam eternas crianças, conversadores, materialistas,
problemáticos, dão o dízimo eventualmente, tem uma conduta religiosa, tem um relacionamento de
massa.
5.2 – Seguidor: O segundo nível de relacionamento de Jesus foi com aquelas pessoas que o
procuravam para serem aconselhadas. Exemplo: Nicodemos (João 3), o jovem rico, etc. São pessoas que
são assíduas, em eventos são ativistas, são legalistas até mesmo nas normas externas da igreja e místicos
na guerra espiritual, mas não possuem compromisso de se desgastarem e tomarem a cruz como um
discípulo para a expansão do Reino de Deus. Não aceitam se submeter ao discipulado. Possuem
relacionamento frequente, mas superficial; os diálogos são abrangentes, mas não permitem o tratamento
de caráter; possuem uma resposta superficial e até religiosa à Palavra; fogem da cobrança e de
confrontação; vivem estagnadas na apatia espiritual; suas opiniões são muito fortes, sendo fechados para
aprender com os outros.
5.3 – Discípulos: O terceiro nível de relacionamento que Jesus construiu foi com seus discípulos.
Neste nível é de proximidade total, intimidade e liberdade com as quais se expressam pensamentos e
sentimentos, o compromisso, a renúncia também são totais. As motivações dos discípulos e o potencial de
resposta de cada um são intimamente conhecidos e sobre essas bases os desafios são realizados. O
discipulado nos fala de aceitação do preço da cruz. É importante entendermos que Jesus não deixou por
herança o ministério para a multidão. Somente os discípulos receberam um ministério. Muitos tem
priorizado o “ir” em detrimento do “ser”, o realizar a Obra de Deus em vez de enfatizar a necessidade de
vida na vida, de formação de caráter como condição. Discipulado nos fala de pegarmos no nível do vale e o
levarmos ao nível do monte. Fala de ensinar e praticar juntos as disciplinas espirituais. Só o discipulado
equilibrado pode gerar líderes de fato aprovados. O discípulos possui intimidade e transparência com o
discipulador; responde de forma completa à Palavra de Deus; é submisso; manifesta crescimento; é
aberto, maleável; suas motivações são conhecidas, é dependente de Deus.
6 – Mantenha sigilo: Um dos desafios é o sigilo no que se trata dentro de um discipulado e geração
de novos líderes, por isso muitas vezes a confiança é quebrada. O sigilo é de ordem principal no que tange
um aconselhamento cristão e bíblico. Assegure sempre ao seu liderado que esta ferramenta você sempre
usa. E somente compartilhe com autorização prévia da pessoa ouvida.
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AULA 08 – EXPECTATIVAS DA LIDERANÇA
Antes de entrarmos no estudo propriamente dito, faça uma autoavaliação de sua liderança através
do teste RODA DA LIDERANÇA. Nele você dará notas de 1 a 10, sobre diversas áreas de atuação dentro do
seu papel de líder, preencha os espaços até a nota dada, exemplo, se for nota 8, pinte os quadros de 1 à 8.
Mãos à obra!

RESPONDA APÓS O PREENCHIMENTO:

1 – Qual área você teve a menor pontuação? _________________________________________________________

2 – Qual o motivo que te leva a ter essa menor pontuação nesta área? _____________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3 – O que fazer para mudar a situação nesta área? ______________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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EXPECTATIVAS DA LIDERANÇA
As expectativas são uma questão muito importante na vida do líder cristão. Alguns esperam realizar
muito pouco e se surpreendem com suas experiências. Outros esperam demais de si mesmos e sentem-se
inadequados para o trabalho. Segundo pesquisa, 72% deles consideram que uma das dez principais fontes
de estresse no ministério são as expectativas que tem a respeito de si mesmo.
Quando um líder inicia seu trabalho na igreja, já carrega em si um sem-número de expectativas.
Elas envolvem Deus, ele próprio, seu cônjuge, sua família, a igreja, os amigos, os liderados, enfim. E
também é alvo de expectativas, reais ou imaginárias por parte das pessoas. Quais são as suas expectativas?
Abaixo veremos algumas:
1 - O que você espera de si mesmo? Há uma ligação entre o chamado para o ministério e as
experiências, moldadas pelas expectativas, colhidas nesse trabalho. A natureza e a compreensão que o
líder tem de seu chamado influenciam sua percepção do ministério e seu desenrolar. Pode haver uma
ligação entre o estresse e as expectativas devido à maneira como cada líder entende o caráter de seu
chamado. Medite a respeito de sua função no Reino e procure identificar se suas expectativas são reais.
2 – Quais as suas expectativas para com a igreja? Nossa compreensão da igreja nos leva a criar
determinadas expectativas com relação à congregação. Estas podem ser tão irreais como as que temos a
respeito de nós mesmos. Medite a respeito das expectativas que você tem para com a igreja ou célula que
lidera. Os líderes podem experimentar sofrimento, sentir-se confusos e estressados por causa de seu
relacionamento com os membros da igreja. É possível que tenham expectativas veladas, que não
reconhecem. Eles quase não pensam a respeito delas, mas estas causam um impacto significativo em seu
ministério. Podemos criar expectativas irreais das pessoas, e isso causa muito estresse e podem surgir
emoções profundas, até mesmo da pequena infância, vinculadas ao relacionamento familiar. Muitas vezes
a pessoa percebe uma semelhança entre suas experiências anteriores e as presentes, em seu convívio na
igreja. O autor Henry Nouwen faz o seguinte comentário sobre a nossa compreensão de amor e como isso
interfere em nossas relações:
É importante percebermos quanto nossa compreensão a respeito do amor é limitada, imperfeita e
falha. E não me refiro a um entendimento teórico, mas sim a maneira como reagimos emocionalmente às
situações. Nosso conceito de amor pode ser:
Exclusivista: Você só me ama genuinamente se amar menos os outros;
Possessivo: Se você realmente me ama, quero que dedique atenção especial à mim;
Manipulador: Se você me ama, fará algo a mais por mim;
Vaidosos: Você precisa encontrar algo muito especial em mim;
Ciumentos: Por que repentinamente você está interessado em outra pessoa e não mais em mim?
Irados: Farei você perceber que me desapontou e me rejeitou.
O líder precisa desenvolver autoconhecimento e estar ciente de quem é, assim será capaz de evitar
alguns dos fatores que causam estresse. Nem todos vão te amar, ou te seguir, ou ainda, aprender de você,
compreender você, compartilhar a mesma espiritualidade que você. Encontramos sempre personalidades
diferentes, pessoas que não conseguem assimilar informações generalizadas. Sermos capazes de
comunicar corretamente com as pessoas é uma habilidade que já vimos anteriormente e precisa ser
praticada. Mas não eleve muito suas expectativas em relação à igreja, pois seremos tentados a culpar os
membros pelo nosso sofrimento.
3 – Quais as expectativas dos membros para com seu ministério? Independentemente da
denominação, os membros da igreja sempre criam várias expectativas com relação ao seu líder. E
geralmente é impossível a um ser humano atender a todas elas. Geralmente o líder tenta agradar a todos,
o tempo todo, de maneira a evitar conflitos e manter os liderados felizes e satisfeitos. Essa estratégia pode
sobrecarrega-lo e poderá afetar sua saúde, o convívio com a família e a igreja. Medite na seguinte
pergunta: Você aceita todos os pedidos que os membros da igreja lhe fazem? É capaz de trabalhar
respeitando os seus limites pessoais? Se prendermos a dizer não de vez em quando, os membros
perceberão que temos limites e não conseguiremos agradar a todos em todo tempo. Além disso,
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evitaremos de assumir responsabilidades que exigem a participação de uma equipe. Essa capacidade de
autoafirmação pode melhor nosso diálogo com todos.
4 – Quais suas expectativas para com Deus? A compreensão que temos de Deus varia de pessoa
para pessoa a um número de fatores. Nosso conceito à Seu respeito influencia nossas expectativas para
com Ele. Pessoas podem se afastar do Senhor por ficarem desapontados com Ele, por não ter agido da
maneira como imaginavam. Temos que desenvolver expectativas realistas que aumentem nossa
intimidade com Ele. Adotar crenças de outras pessoas sem questioná-las pode nos trazer sofrimento.
Pense, qual o seu conceito a respeito de Deus? Quais as expectativas para com Ele? Quais são suas
opiniões a respeito de direção, sofrimento, proteção e provisão?
5 – Quais as expectativas para com para com o seu cônjuge? Acreditar que tenha o mesmo
compromisso nas funções do ministério, poder negligenciar o cuidado por longos períodos sem afetar o
relacionamento. Deus pode chamar os dois para o ministério, mas os problemas estão mais relacionados
com as expectativas do líder para com seu cônjuge, no sentido de esperar que este realize sempre as
mesmas atividades que ele. Para alguns, seu cônjuge, deve ser a personificação do ministério esperando
que este aja corretamente dentro das suas expectativas, preocupando-se mais com que a igreja ou as
pessoas irão pensar do que realmente com o coração do cônjuge. Reflita, suas expectativas para com seu
cônjuge são razoáveis e bem fundamentadas?
6 – Quais as expectativas para com seus filhos? Podemos ver nossos filhos como uma extensão de
nossa imagem pública. Ser perfeito, essas exigências dificultam a vida de qualquer criança. A maior
expectativa que podemos ter com relação aos filhos é que sejam crianças, e que possamos ensinar elas no
caminho do Senhor.
7 – Que expectativa Deus tem de você? Nossa compreensão de Deus influencia drasticamente para
responder a essa pergunta. Uma boa ilustração disso é a parábola dos talentos e o conceito que os servos
tinham do seu senhor. Se desempenharmos nosso trabalho ministerial tentando retribuir a Deus por sua
bondade, ou movidos por sentimento de culpa, desejando aplacar a ira do Senhor, certamente nossa
motivação estará errada e podemos ficar viciados no trabalho. Deus nos conhece e suas expectativas sobre
nós baseiam-se no conhecimento que tem da nossa pessoa (Sl. 139:15 e Sl. 103:13-14).

AGORA RESPONDA, faça um check-up:


Continuo trabalhando de acordo com o meu chamado? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas são adequadas aos meus talentos e qualidades? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas para comigo estão corretas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas com relação ao meu cônjuge estão corretas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas com relação aos meus filhos estão corretas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas com relação à igreja estão corretas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Minhas expectativas com relação a Deus estão corretas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Tenho tido folgas? ( )SIM ou ( ) NÃO
Estou frustrado com algo ou com alguém? ( )SIM, QUEM OU O QUÊ? ____________________ ou ( ) NÃO

Se algum dos itens resultar em uma resposta negativa, descubra o que está acontecendo e resolva
o problema. Peça que um mentor, líder ou discipulador te ajude a fazer uma avaliação de seu desempenho
como líder, a forma como essa pessoa tem visto. Tenha maturidade para pedir um feed-back, que
estudamos em outras lições. Esteja aberto para uma avaliação, aberto para um relacionamento
transparente. Um olhar de fora ajuda a detectar “pontos cegos” em nós. Talvez esses pontos cegos têm lhe
atrapalhado em sua função como líder, por isso a importância de se ouvir nos outros.
8 – EXPECTATIVAS REAIS: O coração livre serve a Deus sem esperar nada em troca. Quem serve a
Deus de coração livre não busca recompensas nem favorecimentos por aquilo que realiza e faz. Faça o bem
pelo bem que é fazer o bem, sem esperar nada em troca, pois quando se faz algo esperando retribuição,
todo o sentido do feito é vão. Não crie expectativas nas pessoas.
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Nossa compreensão das doutrinas bíblicas nos mostrará como interpretar o chamado e as
expectativas que os acompanham. Se o autoconhecimento nos ajuda a evitar o estresse, conhecer a Deus e
estabelecer um ritmo de trabalho adequado terá o mesmo efeito.

INCENTIVO
“E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos [...] Não deixemos de reunir-nos como igreja,
segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se
aproxima o Dia (Hb. 10:24,25)”.
Não há outro lugar onde encontramos tão grande conforto, cuidado e união quanto na família de
Deus. Mas construir relacionamentos requer tempo, esforço e incentivo. O estímulo é uma parte vital não
apenas para aquilo que somos, mas também para o que somos como líderes que investem naqueles que
lideramos.
Nós estamos nesta terra como embaixadores para proteger aqueles cujos direitos são lesados.
Fomos chamados para aplacar ao máximo seus medos com o incentivo do nosso Rei. Precisamos incentivar
uns aos outros, nos reunindo como igreja, ministrando ao coração um do outro, orando sozinho e com
parceiros de oração, encorajando uns aos outros com palavras.
1 - Abasteça-se com esperança e confiança: o rei Davi disse no Salmo 71:23 (A Mensagem):
Quando me abro em canção para ti com todas as minhas forças, minha vida restada se faz canção. A
música pode comunicar nosso clamor, nossa angústia e também nossa alegria, Davi teve altos e baixos,
mas sempre salmodiou ao Senhor.
2 - Somos diferentes, mas igualmente valiosos: O que trazemos para os outros é o poder de
aceitação e apoio, mesmo quando ouvimos que somos valiosos, é sempre difícil entender que o desejo de
Deus de nos abençoar é sempre maior que nossa capacidade de receber.
3 - Você consegue: “Vamos fazer o que for preciso”. Esta era uma recomendação famosa de madre
Teresa de Calcutá, que ficou conhecida por pegar o que tivesse em mãos e transformar no que for
necessário. Tudo o que você precisa para vencer, você tem, use e faça! Faça com o que você tem em mãos.
Não fiquem esperando ter tudo para fazer. Comece com o que tem. Não é simplesmente passar o bastão,
porque nenhum de nós consegue fazer tudo. Precisamos dos dons, talentos e das habilidades de cada um
para realizarmos a Obra de Deus. O segredo é delegar tarefas a outros. E esta é a beleza do Corpo de
Cristo, todos têm algo para compartilhar e precisamos descobrir o que é esse algo e acreditar que
podemos fazer isso. É nossa tarefa descobrir o que os outros possuem e liberá-los para a vida que eles
gostariam de viver, mesmo que isso exceda a nós mesmos. Quando você dividir a carga, a responsabilidade
e o crédito, você acende uma luz dentro dos outros, o que lhes dá experiência e permite-lhe trabalhar
aquilo que está latente dentro deles.
4 – Incentive outros e receba de volta: O incentivo é uma força poderosa, e quando ele é dado com
sinceridade e continuamente, a dinâmica criativa ao longo da vida tem a habilidade de testemunhar o que
parece ser comum: a superação de todas e quaisquer expectativas. Os planos de Deus para nós são
grandes, e quando nós andamos neles, podemos glorificar ao Senhor.
5 – Palavras para proteger o coração: Certas palavras carregam vida. Em provérbio 15:4, é dito: O
falar amável é arvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito. As palavras de incentivo,
potencializadas pela Palavra de Deus, carregam vida. Palavras como: isso foi maravilhoso, bom trabalho,
sopram uma segurança suave no coração de alguém que estava inseguro a respeito de sua liderança,
pregação, ou seu trabalho na Obra. Toda vez que houver uma enorme falta de palavras de incentivo, você
precisa aprender a fortalecer-se na Palavra de Deus. Não espere por alguém para exaltar seu espírito.
Mesmo que seja uma temporada difícil, mexa-se. Coloque palavras de vida onde quer que você passe
algum tempo e mesmo que você não se sinta feliz, pois isso será algo que dará para evitar.
6 – Mais um combustível: Seu incentivo pode ser mais um combustível que alguém precisa
desesperadamente para finalizar a corrida. Em Jó 4:4, lemos: Suas palavras davam firmeza aos que

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tropeçavam, você fortaleceu joelhos vacilantes. Com incentivo, os poderes de Satanás são destruídos e
podemos viver com o propósito que Deus deseja que tenhamos.

O LÍDER E A VONTADE DE DESISTIR


Uma das mais fortes tentações que um pastor ou líder tem em sua jornada é a vontade de desistir.
Quantas vezes isso já não deve ter passado pela sua cabeça? Creio que todos os líderes, de fato, vivem este
tipo de experiência. Como podemos lidar com esta possibilidade quando ela parece ser a saída mais
honrosa para um tempo de lutas? Como lidar de forma sábia com a vontade de desistir? Sugeriremos
algumas ações:
• Examine sua saúde, veja se esta reação não está ligada ao seu estado físico ou mental. Às vezes, você
precisa de descanso, férias, uma mudança de rotina ou de ritmo. Lembre-se: você é um ser humano,
não uma máquina e mesmo as máquinas têm limites.
• Examine seu coração, observe se esta vontade de desistir não está ligada a questões e reações repetitivas,
ligadas a problemas do passado, mas que em seu interior ainda não foram resolvidos e assentados
em sua alma. Sempre é tempo de buscar restauração.
• Examine seu espírito, veja se há pecado dominando a sua vida, se sua comunhão com o Senhor se
encontra em baixa e qual o motivo para isso; avalie onde está a visão que lhe impulsionava antes, e
aonde ela foi parar, e o que a minou; reflita se você está dando ouvidos a alguma mentira diabólica.
Ele adora nos fazer desistir dos sonhos de Deus para nós.
• Procure o apoio de pessoas positivas, de fé, sinceras e maduras que sejam capazes de ajudar você a avaliar
a situação de forma segura, ampla e sem falsidade. Peça a oração dos irmãos e invista tempo em
oração, cultive uma comunhão mais íntima com Jesus. Na luz do Senhor vemos a luz, por isso
derrame a sua vida diante de Deus, faça boas leituras que lhe ajudem a pensar na situação de
maneira mais clara.
Em resumo, não tente levar a carga sozinho. Procure ajuda, não se fixe somente na ideia de desistir,
estudando as opções existentes e as possíveis, à luz de tudo aquilo que Deus lhe mostrar em meio a todas
as ações acima sugeridas. Ore sem cessar. Como líder, você sempre estará propenso a situações de pressão
intensa, e a vontade de desistir muitas vezes parecerá a saída, mas se há um momento em que devemos
ser muito criteriosos ao tomar decisões é exatamente quando estamos sobre forte pressão.
Muitas vezes a sua grande vitória, a grande virada, está a apenas um passo antes da desistência.
Talvez você já esteja em vias de alcançar a vitória sonhada e aí você para e desiste. Não faça isso. Deus lhe
chamou para completar a corrida. “Desista” apenas quando você tiver todas as certezas possíveis e, ainda
assim, pare e pergunte: é isso mesmo que Deus deseja para mim hoje? Se a vontade de Deus for que você
pare, não será uma desistência, mas uma mudança estratégica.

EXERCÍCIO
Faça aqui uma declaração sobre sua liderança, seu propósito, a motivação que te faz ser líder e que te fará
continuar: ______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

Somos gratos ao Senhor pela sua dedicação na liderança de um grupo, ministério, pessoas, na
igreja. Temos uma visão dada por Deus, mas sozinhos essa visão não alcança a todos. Creia que, como diz a
Palavra em Colossenses 1:27b: “Cristo em vós, a esperança da glória”. Vocês, líderes, sãos os olhos, braços,
pernas, são o verdadeiro Corpo de Cristo aqui nessa terra! E isso para nós é um privilégio tremendo! Que o
Senhor te guarde e sustente a sua liderança até que Ele venha!
“Você deve conviver com pessoas para conhecer os problemas deles,
e viver com Deus para resolvê-los” (P.T. Forsyth)
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APÊNDICE 01 49. Evita liderar outras pessoas ou projetos
50. Gosta muito de escrever
1. Apresenta a verdade de maneira lógica e sistemática 51. Vê dinheiro como segurança
2. Guarda recursos financeiros para gerações futuras (ex.: 52. Quer ver as coisas concluídas o mais rápido possível
filhos, netos, etc.) 53. Acha fácil se comunicar com os outros
3. É altamente motivado para organizar e implementar 54. Percebe as coisas sem saber explicar "como"
planos 55. É franco, sincero e não mede palavras
4. É capaz de ter desentendimentos significativos sem 56. Apoia aqueles que estão na liderança
ofender 57. Tende a usar ilustrações bíblicas em vez de ilustrações
5. Tem uma tremenda capacidade de mostrar amor da vida
6. Identifica o certo rapidamente e com precisão 58. Dá livremente bens/tempo/amor, mas sempre quer o
7. Reconhece necessidades práticas e é rápido para atendê- melhor
las 59. Gosta de projetos de longo prazo e não gosta de rotina
8. Valida a verdade confrontando-a com os fatos 60. Prefere aplicar a verdade em vez de pesquisá-la
9. É capaz de aceitar pessoas com diversos pontos de vista 61. Alegra-se quando os outros são abençoados, se aflige
10. Prefere estar sob autoridade para ter autoridade quando são feridos
11. Evita ficar sozinho 62. Acredita que a tribulação produz
12. Sente a atmosfera emocional de um grupo/indivíduo quebrantamento/humildade
13. Vê tudo como preto ou branco 63. Está mais interessado em satisfazer as necessidades
14. Gosta de mostrar hospitalidade dos outros do que
15. Gosta de estudar e pesquisar nas próprias necessidades
16. Gosta de manter todas as opções abertas o maior tempo 64. Fica chateado se as Escrituras são usadas fora do
possível contexto
17. Suporta críticas para realizar a tarefa 65. Dá sem que outras pessoas saibam disso
18. Relaciona-se com pessoas independentemente da 66. Pode facilmente delegar tarefas e supervisionar os
cultura, raça, religião, outros
origem, etc. 67. Quer dar às pessoas instruções específicas sobre “como
19. Evita conflitos e confrontos fazer”
20. Percebe facilmente o caráter de indivíduos ou grupos 68. Não gosta de ser apressado
21. Permanece em algo até que esteja completo 69. Acredita que o verdadeiro arrependimento será
22. Enfatiza fatos e precisão das palavras evidenciado por bons
23. Lida com todas as situações como uma situação única frutos
24. É hábil no gerenciamento do tempo 70. Trabalha com metas imediatas em vez de objetivos de
25. Ama encorajar os outros a viverem vitoriosamente longo prazo
26. É atraído por pessoas que estão sofrendo ou 71. É autodisciplinado e autocontrolado
angustiadas 72. Tem uma forte crença no dízimo/oferta de primícias
27. Trabalha a partir de princípios 73. Está disposto a deixar que os outros ganhem crédito
28. Acha difícil dizer "não" aos pedidos de ajuda para fazer o trabalho
29. Resolve problemas começando com uma 74. Gosta de fazer aconselhamento pessoal, mas para se
fundamentação teórica não for visto nenhum
30. Tende a ser mais relativo do que absoluto esforço para mudar
31. Facilita recursos e pessoas para realizar tarefas ou 75. Tipicamente evita conflitos/confrontos
alcançar objetivos 76. Tende a ter apenas um ou dois amigos próximos e tende
32. Quer uma resposta visível ao ensinar ou falar a ser
33. Detecta facilmente falta de sinceridade ou motivações introspectivo
erradas 77. Mostra amor mais em atitudes do que em palavras
34. Anseia por ver os seus próprios pontos cegos e ajudar 78. Acredita que a verdade tem o poder de mudança
os outros a verem 79. Não é ingênuo/facilmente enganado.
os seus também 80. Está sempre escrevendo notas para si mesmo
35. Tem necessidade de ser apreciado 81. Espera muito dos outros
36. Pega coisas emprestadas (ex.: livros) e não as devolve 82. Ama fazer coisas pensando nos outros
rapidamente 83. Sabe que é chamado para ser um intercessor
37. Vê a família como importante 84. Tende a fazer o trabalho em vez de delegar
38. Prefere seguir para um novo desafio quando algo é 85. Tem um círculo seleto de amigos com base em
concluído interesses comuns
39. É muito amado por causa da atitude positiva 86. Gosta de ver o valor das coisas que o dinheiro compra
40. É cuidadoso com palavras e ações para evitar ferir os 87. Sabe quando deve continuar fazendo as coisas da
outros maneira antiga e
41. Sente necessidade de verbalizar ou dramatizar o que quando deve apresentar novas ideias
percebe 88. Precisa ter alguém como uma “caixa de ressonância”
42. Sente grande alegria em fazer algo que seja útil para ouvir
43. Tem fortes convicções e opiniões baseadas na ideias/conceitos
investigação de fatos 89. É mais preocupado com estresse mental/emocional do
44. É preocupado com a comunidade que com
45. Obtém sucesso sob estresse/pressão desconforto físico
46. Vê provações como oportunidades para produzir 90. Tem um desejo fervoroso de ver o plano de Deus se
crescimento pessoal manifestar em todas
47. É governado pelo coração e não pela cabeça as situações
48. Tem opiniões e convicções fortes 91. Tem um alto nível de energia

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Esta apostila foi idealizada por Alessandro Bana (Pastor da PIB-PL) em setembro/outubro 2019.

SANDERS, J. Oswald, 1902, Liderança espiritual, Mundo Cristão, 1985


SILVA, Aluízio A., 2009, 21 dias na vida de um discípulo, Editora Videira, 2009
BUCKLAND, Colin, 2001, O líder de carne e osso, Vida Nova, 2001
ZSCHECH, Darlene 2012, A arte de mentorear pessoas, Central Gospel, 2012
SILVA, Aluízo A., 2011, O preço da liderança, Vinha Editora, 2011
GOLÇALVES, Josué, 37 qualidades de um líder que ninguém esquece, Mensagem para todos, 2008
MAXWELL, John, 1947, Todos se comunicam, poucos se conectam, Vida melhor, 2010
Artigo, Organizational Leadership, Course T102.03 O Chamado de Deus para Liderarmos
Maxwell, John C., 1947-O livro de ouro da liderança: o maior treinador de líderes da atualidade apresenta
as grandes lições de liderança que aprendeu na vida/John C. Maxwell; tradução de Omar Alves de Souza. -
Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.
http://www.institutojetro.com/artigos/9/lideranca-geral/808/o-lider-e-a-vontade-de-desistir

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