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Laklãnõ/Xokleng

Onde vivem?
Os índios Xokleng da TI Ibirama, em Santa Catarina, são os sobreviventes de um
processo brutal de colonização do sul do Brasil iniciado em meados do século
passado, que quase os exterminou em sua totalidade. Apesar do extermínio de
alguns subgrupos Xokleng no Estado, e do confinamento dos sobreviventes em
área determinada, em 1914, o que garantiu a "paz" para os colonos e a
conseqüente expansão e progresso do vale do rio Itajaí, os Xokleng continuaram
lutando para sobreviver a esta invasão, mesmo após a extinção quase total dos
recursos naturais de sua terra, agravada pela construção da Barragem Norte.
Atualmente, esse povo habita a Terra Indigena de Laklãnõ, no vale do Itajaí, em
Santa Catarina, sendo formado por oito aldeias: Palmeira, Toldo, Sede, Pavão e
Pipatól, estas estão localizadas no município de José Boiteux. As aldeias, Figueira e
Coqueiro, no município de Vitor Meireles. E Bugio, que parte se localiza em Doutor
Pedrinho e parte em José Boiteux.

Povo Xokleng (Imagem da Internet)

População
Atualmente a população é de aproximadamente dois mil e quinhentos habitantes,
formada principalmente pelo povo Laklãnõ/Xokleng, alguns descendentes do povo
Kaingang e do povo Guarani Mbya.
As Crianças
Para o povo Laklãnõ/Xokleng, a infância começa no nascimento da criança e vai até
o momento em que ela se casa. Mesmo assim, o mais importante é que mesmo
após casado, o filho ou filha nunca deixa de ser criança para sua família. Na
comunidade, por exemplo, quando as crianças estão em um espaço aberto, às
pessoas adultas ajudam a cuidar delas. Neste povo, as crianças são muito
valorizadas, possuindo um lugar especial na comunidade e jamais ficam
desamparadas. Para o povo, uma casa sem crianças é uma casa triste, haja vista
que a criança traz alegria e esperanças para a família.
As crianças observam o pai, a mãe e outras pessoas da comunidade na forma de
caçar, pescar e fazer artesanato.
Na escola indígena, os alunos fazem pesquisas relacionadas a sua cultura, falam
com pessoas mais velhas da sua comunidade para aprender um pouco mais sobre
o seu povo, sendo uma cultura passada entre gerações.
As crianças e os jovens estão envolvidos no fortalecimento da sua cultura. A aluna,
Kuvyblunh Maquiel Tanhnara Priprá, escreveu este poema:

Orgulho da minha cultura

Sou uma índia que gosta de dançar


Os artesanatos curto fazer
As histórias amo escutar
Para nossa cultura cada dia mais conhecer.

Para as pessoas que vêm nos visitar


Minha cultura vou mostrar
E até o fim da minha vida me orgulhar.

Me orgulhar da minha história


Guardá-la como se fosse uma preciosa joia
E nunca apagar da memória.

Não vou esquecer das danças


Nem das histórias que já ouvi
É o meu sonho de criança
É minha cultura espalhar por aí.

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