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PESSOA
3º EM
O QUE SÃO HETERÔNIMOS?
Qual o contrário de heterônimo?
Olá, meu nome é Alana,
gosto muito de
expedições e aventuras,
tenho 39 anos e sempre
disposta a conhecer
lugares e animais –
pessoas, apenas as
especiais.
*Desafio da Lu *
Tente reconhecer
quem é em cada
imagem...
Resposta: o de sobretudo é Álvaro de Campos, o do meio Ricardo Reis e o com ovelha Alberto Caeiro.
Alberto Caeiro (1885-1915) é o Mestre, inclusive do próprio Pessoa ortônimo. Nasceu Características:
em Lisboa e aí morreu, tuberculoso , embora a maior parte da sua vida tenha decorrido *Objetivismo;
numa quinta no Ribatejo, onde foram escritos quase todos os seus poemas, sendo os do *Sensacionismo (fala sobre
último período da sua vida escritos em Lisboa, quando se encontrava já gravemente sensações da natureza);
doente . *Antimetafísico (contra a
Não desempenhava qualquer profissão e era pouco instruído (teria apenas a instrução interpretação pela
primária) e, por isso, “escrevendo mal o português”. Era órfão desde muito cedo e vivia inteligência, pelo intelecto);
de pequenos rendimentos, com uma tia-avó. *Panteísmo (Deus e
Caeiro era, segundo ele próprio, «o único poeta da natureza», procurando viver a universo – uma coisa só);
exterioridade das sensações e recusando a metafísica, isto é, recusando saber como *naturalista (adoração pela
eram as coisas na realidade, conhecendo-as apenas pelas sensações, pelo que natureza);
pareciam ser. Era assim caracterizado pelo seu panteísmo, ou seja, adoração pela *Verso livre, métrica
natureza e sensacionismo. Era mestre de Ricardo Reis e Álvaro de Campos, tendo-lhes irregular;
ensinado essa “filosofia do não filosofar, a aprendizagem do desaprender”. *Pobreza lexical (
São da sua autoria as obras O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e os linguagem simples,
Poemas Inconjuntos. familiar);
*Adjetivação objetiva;
*Comparações simples e
raras metáforas.
Características:
Ricardo Reis nasceu no Porto, em 1887. Foi educado num
*Epicurismo – busca do
colégio de jesuítas, tendo recebido, por isso, uma
autoconhecimento e prudência;
educação clássica (latina). Estudou (por vontade própria) o
*Estoicismo – fidelidade ao
helenismo, isto é, o conjunto das ideias e costumes da
conhecimento, desprezando
Grécia antiga (sendo Horácio o seu modelo literário). A
sentimentos externos;
referida formação clássica reflete-se, quer a nível formal,
*Paganismo - crença em vários
quer a nível dos temas por si tratados e da própria
deuses;
linguagem utilizada, com um purismo que Pessoa
*Neoclassicismo - devido à
considerava exagerado.
educação clássica e estudos
sobre Roma e Grécia antigas;
Apesar de ser formado em medicina, não exercia. Dotado
*Forma métrica: ode/sonetos;
de convicções monárquicas, emigrou para o Brasil após a
*Estrofes regulares em versos
implantação da República. Caracterizava-se por ser um
decassílabos/hexassílabos;
pagão intelectual lúcido e consciente (concebia os deuses
*Verso branco (sem rimas);
como um ideal humano), refletia uma moral estoico-
*Recurso frequente à
epicurista, ou seja, limitava-se a viver o momento
assonância e à aliteração;
presente, evitando o sofrimento (“Carpe Diem”)
*Uso de latinismos ( atro,
e aceitando o caráter efêmero(passa rápido) da vida.
ínfero, insciente,...);
*Metáforas, comparações;
*Citações de musas e deuses.
Álvaro de Campos, nasceu em Tavira em 1890. Era um homem
viajado. Depois de uma educação de liceu formou-se em Características:
engenharia mecânica e naval na Escócia e, numas férias, fez uma *Decadentismo – cansaço, tédio, busca de
viagem ao Oriente (de que resultou o poema “Opiário”). Viveu novas sensações ;
depois em Lisboa, sem exercer a sua profissão. Dedicou-se à *Futurismo - corte com o passado, exprimindo
literatura, intervindo em polêmicas literárias e políticas. É da sua em arte o dinamismo da vida moderna. O
autoria o “Ultimatum”, manifesto contra os literatos instalados da vocabulário com onomatopeias pretende
época. Apesar dos pontos de contacto entre ambos, travou com exaltar a modernidade;
Pessoa ortônimo uma polêmica aberta. Protótipo da defesa do *Sensacionismo - considera a sensação
modernismo, era um cultivador da energia bruta e da velocidade, como base de toda a arte;
da vertigem agressiva do progresso, de que a Ode Triunfal é um *Pessimismo – última fase;
dos melhores exemplos, evoluindo depois no sentido de um tédio, *Verso livre, em geral, muito longo;
de um desencanto e de um cansaço da vida, progressivos e *Assonâncias, onomatopeias (por vezes
autoirônicos. ousadas), aliterações ;
Representa a parte mais audaciosa a que Pessoa se permitiu, *Enumerações excessivas, exclamações,
através das experiências mais “barulhentas” do futurismo interjeições, pontuação emotiva;
português, inclusive com algumas investidas no campo da ação *Estrangeirismos, neologismos;
político-social *Metáforas ousadas, personificações,
hipérboles.
E Fernando Pessoa ele mesmo?
Se respondeu Fernando Pessoa ortônimo acertou!
1888/1935 Características:
dor de pensar;
Poeta-filósofo sutil e complexo
angústia;
Chora a dor da alma humana desilusão;
Procura reunir o “pensar” e o “sentir” visão negativa do mundo e da vida;
Inquieto, quer compreender todas as coisas solidão;
Junta lucidez e vidência tédio;
Tendência para paixão, sonho, mistérios falta de impulsos afetivos;
Constante indagação crítica obsessão por análise;
recordações da infância;
Nos seus poemas há duas correntes: redondilha maior;
rimas externas e internas;
tradicional (lirismo português, só
versos curtos – 2 a 7 sílabas, predomínio da
falando bem de Portugal e sua quadra;
história, saudosismo, desencanto, pontuação emotiva;
melancolia) e modernista (influência frases com comparações, metáforas;
das vanguardas e criação dos interseccionismo (mistura : sentir, ver, ouvir,
heterônimos) tudo ao mesmo tempo).
DICAS PARA IDENTIFICAÇÃO: