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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

MANUAL DE NORMAS E ROTINAS, REGIMENTO INTERNO E


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP
ATENÇÃO BÁSICA

JAURU- MT
2023
FICHA TÉCNICA

Andréia Lopes Alves


Secretário Municipal de Saúde

Karina Cármen Figueroa Landim


Coordenador da Atenção Básica

Karina Cármen Figueroa Landim


Coordenação da Vigilância em Saúde

JAURU-MT
2023
Elaborado por:
Equipe de Saúde

Aprovado por:
ENFª.: Karina Cármen Figueroa Landim
COREN – MT 311475

APOIO – TWI ASSESSORIA

JAURU-MT
2023
Sumário
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................6
REGIMENTO INTERNO.....................................................................................................................................7
REGIMENTO INTERNO.....................................................................................................................................8
DIREITOS E DEVERES DOS FUNCIONÁRIOS................................................................................................8
Deveres dos funcionários.................................................................................................................................8
Direitos dos Funcionários................................................................................................................................8
É vedado aos Funcionários..............................................................................................................................8
NORMAS E ROTINAS......................................................................................................................................10
NORMAS E ROTINAS......................................................................................................................................11
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE TRABALHO................................................................................................11
Enfermeiro.....................................................................................................................................................11
Técnico de Enfermagem................................................................................................................................12
Médico............................................................................................................................................................13
Agente Comunitário de Saúde – ACS..........................................................................................................14
Recepção.........................................................................................................................................................15
Auxiliar de Serviços Gerais...........................................................................................................................15
ROTINAS ADMINISTRATIVAS......................................................................................................................15
Pedido De Material No Almoxarifado..........................................................................................................16
Obrigações Exigidas Pelo Coren...................................................................................................................16
Reuniões De Equipe.......................................................................................................................................17
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA....................................................................................................................17
MANUTENÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS SALAS EM GERAL....................................................................19
Sala De Acolhimento Com Classificação De Risco......................................................................................20
Sala De Enfermagem (Consultas E Procedimentos)...................................................................................20
Sala De Curativos..........................................................................................................................................21
Sala De Inalação............................................................................................................................................22
Sala De Medicação, Observação...................................................................................................................22
Sala De Expurgo............................................................................................................................................24
Sala De Preparo De Materiais E Esterilização............................................................................................25
Sala De Materiais Limpos E Desinfetados...................................................................................................26
Copa................................................................................................................................................................26
Manuseio Do Lixo..........................................................................................................................................27
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP.....................................................................................29
1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS...............................................................................................................30
Higienização Das Mãos..................................................................................................................................30
Fricção Antisséptica Das Mãos Com Preparação Alcoólica.......................................................................32
2. TRIAGEM...............................................................................................................................................33
Aferição De Pressão Arterial (Pa)................................................................................................................33
Aferição De Frequência Cardíaca (Pulso)...................................................................................................37
Aferição De Frequência Respiratória...........................................................................................................40
Aferição De Saturação De Oxigênio.............................................................................................................42
Verificação Do Peso.......................................................................................................................................43
Aferição Da Temperatura.............................................................................................................................44
Medidas Antropométricas No Recém-Nascido............................................................................................46
Verificação Da Estatura................................................................................................................................48
Administração De Medicamentos Tópicos...................................................................................................49
Administração De Medicamentos Via Auricular..........................................................................................51
Administração De Medicamentos Via Intradérmica (Id)..............................................................................53
Administração De Medicamentos Via Intramuscular (Im)...........................................................................56
Administração De Medicamentos Via Ocular..............................................................................................60
Administração De Medicamentos Via Retal.................................................................................................62
Administração De Medicamentos Via Subcutânea.......................................................................................64
Administração De Medicamentos Via Sublingual.........................................................................................67
Preparo de Medicamento em Ampola..........................................................................................................69
Preparo de Medicação em Frasco.................................................................................................................70
Desinfecção Do Conjunto De Nebulizadores E Materiais Plásticos/Silicone/Borracha............................71
3. ENFERMAGEM.....................................................................................................................................73
Cateterismo Vesical.......................................................................................................................................73
Calçar E Retirar Luvas Estéreis...................................................................................................................75
Coleta De Citopatologia (CCO)....................................................................................................................78
Exame Clinico Das Mamas...........................................................................................................................83
Exame Clinico Das Mamas Gravídica E Puerperal....................................................................................85
4. SALA DE CURATIVO...........................................................................................................................89
Curativo em Incisão (Sutura).......................................................................................................................89
Retirada de Pontos.........................................................................................................................................91
Curativo Aberto.............................................................................................................................................93
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................................95
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INTRODUÇÃO

A Estratégia de Saúde da Família USF Rural Lucialva caracteriza-se por ser um modelo
assistencial da Atenção Básica, que se fundamenta no trabalho de equipes multiprofissionais em um
território adstrito e desenvolve ações de saúde a partir do conhecimento da realidade local e das
necessidades de sua população.
Este Manual de Normas e Rotinas, Regimento Interno e Procedimento Operacional Padrão
(POP) foi elaborado com intuito de organizar, aprimorar, otimizar e padronizar as atividades e rotina
da ESF Rural de Lucialva, tendo como foco principal a possibilidade de oferecer um atendimento
rápido, eficaz, com acolhimento e escuta humanizada de qualidade aos usuários do Sistema Único de
Saúde.
O conteúdo deste regulamento possibilitará o acesso às informações necessárias ao
funcionamento da ESF Rural de Lucialva, tais como fluxos dos procedimentos e as orientações sobre
as condições de trabalho a serem adotadas e compartilhadas entre a equipe.
Este regulamento facilitará a identificação, a análise e a correção dos pontos críticos e de
possíveis não conformidades que vierem a ocorrer em cada etapa do processo de trabalho e ainda
possibilitará aos gestores uma visão global e ao mesmo tempo detalhada da estrutura funcional e
organizacional, propiciando uma base para realização de um planejamento adequado de um programa
de capacitação técnica- científica e humanitária.
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REGIMENTO INTERNO
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REGIMENTO INTERNO

DIREITOS E DEVERES DOS FUNCIONÁRIOS


Deveres dos funcionários
 Manter perfeita higiene pessoal;
 Cumprir o horário de trabalho instituído das 7:00hs as 11:00hs e 13:00hs as 17:00hs
 ou conforme escala previamente definida de acordo com o funcionamento da unidade.
 Preencher ponto condizente com os horários de chegada e saída;
 Executar com presteza, responsabilidade e atenção as tarefas de sua responsabilidade;
 Prestar assistência de enfermagem à clientela, sem discriminação de qualquer natureza;
 Zelar pela manutenção e ordem da instituição;
 Manter uma conduta pessoal e profissional condizente com sua função;
 Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito da assistência de enfermagem,
possíveis benefícios, riscos e consequências que possam ocorrer;
 Realizar o cumprimento do código de ética quanto as suas ações, não faltando assim com
respeito aos demais colegas e usuários do SUS;
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 Respeitar e cumprir as normas e rotinas da USF;


 Usar equipamento de proteção individual (EPI);
 Encaminhar os pacientes ao setor referenciado (farmácia, ambulatório, curativo, recepção,
vacina, entre outros).
 Dar prioridade de atendimento as crianças, gestantes, idosos e deficientes físicos;
 Participar no planejamento, execução e avaliação do programa de saúde;
 Auxiliar médicos equipe de enfermagem, quando necessário;
 Manter a ordem e organização de todas as salas.
Direitos dos Funcionários
 2h horas de almoço;
 Férias anuais;
 Sugestão de medidas ou ideias que visem à eficiência e melhoria dos serviços;
 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal;
 Capacitação e treinamentos periódicos;
 Autonomia, conforme treinamento e capacitação do enfermeiro para se responsabilizar pelo seu
setor e também aos demais no caso de intercorrências profissionais;
É vedado aos Funcionários
 Fumar ou ingerir algum tipo de bebida alcoólica dentro da instituição;
 O não cumprimento do código de ética profissional;
 A prática de qualquer tipo de comércio;
 Executar atividades não condizentes com a própria função;
 Permanecer em conversa e atrasar o cumprimento de suas obrigações;
 Receber qualquer tipo de “pagamento” de pessoas que mantenham relações com a instituição;
 O registro do horário de trabalho feito por ou para terceiros;
 É expressamente proibida a prescrição o preenchimento de receitas de medicamentos por
outrem senão pelo médico responsável pelo paciente: com exceção de determinados
medicamentos protocolados que podem ser prescritos pelos enfermeiros;
 Falta ao serviço, salvo em caso de doença, apresentando atestado médico ou realizado acordo
com enfermeiro.
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NORMAS E ROTINAS
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NORMAS E ROTINAS
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE TRABALHO
Enfermeiro
 Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico,
tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na UBS e, quando
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
associações, etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade
adulta e terceira idade;

 Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do


Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de
enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações;

 Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando
atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

 Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e da equipe de


enfermagem;

 Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de


enfermagem;

 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.

 Realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros


agravos e situações de importância local;

 Coletar exames preventivos (Papanicolau);

 Preencher relatórios diário, semanais e mensais;

 Supervisionar e treinar o pessoal responsável pela limpeza da instituição;

 Realizar palestras de educação em saúde;

 Realizar cuidados diretos a pacientes graves;

 Facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e ACS, contribuindo para
a organização da demanda referenciada;
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 Realizar consultas e procedimentos de enfermagem na Unidade Básica de Saúde e, quando


necessário, no domicílio e na comunidade;

 Organizar e coordenar grupos específicos de indivíduos e famílias em situação de risco da área


de atuação dos ACS;

 Solicitar materiais de manutenção;

 Dar assistência as gestantes;

 Prestar assistência aos grupos de hipertensos e diabéticos;

 Delegar funções;

 Realizar visitas domiciliares;

 Orientar pacientes a toda e qualquer informação;

 Manter ética profissional;

Técnico de Enfermagem
 Organizar a ordem dos usuários na pré-consulta, dando prioridade aos idosos, gestantes;
crianças, deficientes físicos e emergências e encaminha-los a sala de consulta;

 Participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos regulamentados no


exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos
demais espaços comunitários (escolas, associações);

 Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando
atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

 Realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e famílias em situação de risco,


conforme planejamento da equipe;

 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.

 Realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros


agravos e situações de importância local;

 Organizar e executar desinfecção do setor de sua responsabilidade, garantindo o controle de


infecção;

 Auxiliar o médico e a enfermeira nas consultas e procedimentos quando necessário;


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 Dar esclarecimento sobre os exames solicitados, medicamentos, encaminhamentos e


internações;

 Realizar visitas domiciliares;

 Manter ética profissional;

 Auxiliar e participar das campanhas nacionais de vacinas;

Médico
 Confeccionar e assinar as receitas de medicações contínuas e psicotrópicos;

 Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,


diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias

 em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e


terceira idade;

 Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no


domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.);

 Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações,


proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

 Realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria,


ginecologia-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e
procedimentos para fins de diagnósticos;

 Encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade,


respeitando fluxos de referência e contra referência locais, mantendo sua responsabilidade
pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência;

 Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização


pelo acompanhamento do usuário;

 Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Técnicos de


Enfermagem;

 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da


USF;

 Realizar visitas domiciliares;


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 Realizar busca ativa e notificações;

 notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações


de importância local;

 Prestar assistência aos grupos de hipertensos e diabéticos;

 Realizar palestras (educação em saúde);

 Acompanhamento de gestantes;

 Manter ética profissional.

Agente Comunitário de Saúde – ACS


 Realizar mapeamento de sua área;

 Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adstrita a
UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de
indivíduos e grupos sociais ou coletividade;

 Trabalhar com adstrição de famílias em base geográfica definida, a micro área;

 Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando
atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

 Estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à


promoção da saúde e prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe;

 Cadastrar todas as pessoas de seu micro área e manter os cadastros atualizados;

 Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;

 Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos, e de


vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e
coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a
respeito daquelas em situação de risco;

 Cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e ao


controle da malária e da dengue, conforme a PT/GM/MS 44, de 03 de janeiro de 2002.

 Realizar, por meio da visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua
responsabilidade;
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 Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe, sobre a situação das
famílias acompanhadas, particularmente aquelas em situações de risco;

 Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possa ser potencializado pela
equipe.

 Manter o sistema alimentado com dados como cadastro do usuário, do domicílio e visitas
domiciliares mensais.

 O ACS que detectar durante as visitas, situações constrangedoras ou doença de sigilo


obrigatório, deverá repassar o caso somente para o enfermeiro e/ou médico. Nunca comentar
com os colegas ou dentro de sua família, não devendo faltar com a ética;

 O ACS estará sendo avaliada constantemente pela enfermeira da Estratégia Saúde da Família,
pela supervisão e coordenação da S.M.S.

Recepção
 Cadastrar os usuários no sistema em vigência;
 Dar informações sobre agendamento, horário de consultas médicas e de enfermagem;
 Informar a clientela sobre qualquer alteração no funcionamento do USF;
 Anotar e informar sobre encaminhamentos e exames solicitados pelo médico;
 Confeccionar cartão do SUS;
 Orientar pacientes a toda e qualquer informação;

Auxiliar de Serviços Gerais


 Cuidar dos utensílios de limpeza e solicitá-los quando necessário;
 Usar equipamento de proteção individual (EPI): avental impermeável, luvas de borracha cano
longo (antiderrapante) e botas impermeáveis e com solado antiderrapante, na realização de suas
atividades;
 Zelar pela manutenção e organização da USF;

ROTINAS ADMINISTRATIVAS

A secretaria Municipal de Saúde Jauru-MT, como gestora do SUS no Município, por meio da
Coordenação da Atenção Básica, formula e implanta políticas e, tem como responsabilidade
estabelecer as diretrizes técnicas para o desenvolvimento da assistência de enfermagem nas unidades
básicas de saúde (UBS).
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Na perspectiva da integração e condução dos encaminhamentos, as questões técnicas e éticas


das Unidades de Saúde envolvendo profissionais de enfermagem, servidores municipais ou contratados
pelos parceiros, de acordo com a necessidade das situações, devem ser tratados com a Gestão Local da
unidade básica de saúde e com a Coordenação da Atenção Básica (CAB).

1. Importar dados do relógio de registro de ponto eletrônico mensalmente, imprimir, conferir,


justificar e assinar (servidor e chefia imediata nos campos respectivos);
2. Na ausência do Relógio de registro de ponto eletrônico realizar registros em folha ponto
impressa e prosseguir com a mesma rotina.
3. Alterações de período de Férias individuais deverão ser realizadas via Oficio, assinada pela
chefia imediata e protocolada na SMS, até 3º dia útil do mês que antecede o início do período
requerido;
4. Falta Abonada deverá ser protocolada na SMS com 5 dias de antecedência (para servidores
com vínculo estatutário).
Pedido De Material No Almoxarifado

O pedido de insumos deverá ser realizado entre os dias 1 a 10 de cada mês, via sistema de
informação vigente. A entrega é realizada entre os dias 20 e 30 do mesmo mês.
Deve observar a racionalidade do pedido de materiais de consumo, evitando perdas por
validade ou armazenamento inadequado, atentar para o uso responsável dos materiais, evitando
desperdícios e mau uso.
Obrigações Exigidas Pelo Coren

 Escalas (atribuições e mensal)


As escalas de atribuição e de trabalho mensais devem ser regularmente elaboradas e atualizadas,
fixadas em local visível e arquivada na unidade de saúde;
 Dimensionamento de enfermagem
O Dimensionamento de Enfermagem deve ser realizado e revisado anualmente baseado na resolução
COFEN - 543/17. Manter uma cópia arquivada na unidade;
 Responsabilidade Técnica
O documento de Responsabilidade Técnica deve ser renovado anualmente. As informações atualizadas
e documentos necessários deverão ser pesquisados no site do Coren. Em casos de mudança de unidade
ou desligamento do servidor, o enfermeiro deve solicitar cancelamento da responsabilidade técnica
antes de solicitar nova inscrição imediatamente.
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Reuniões De Equipe

As reuniões das Unidades de Saúde devem ser de periodicidade mensal, seguindo dinâmica das
unidades, sem comprometer atendimento de urgência e emergência aos usuários. Tem duração média
de 2 horas. Os assuntos da pauta devem seguir os temas: questões administrativas, diagnósticos de
território e monitoramento em saúde, avaliação, planejamento e adequação do processo de trabalho,
planejamento e monitoramento das ações, educação permanente, dinâmicas de trabalho em equipe,
discussões de casos (Projeto Terapêutico Singular), reuniões com parceiros e outros setores,
confraternizações. O relato da reunião deve ser registrado em livro ATA e no sistema de informações
vigente com assinatura legível dos participantes, data, horário e local da ocorrência.

NORMAS DE BIOSSEGURANÇA
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, eficaz, e de maior importância na
prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao
iniciar e ao término de uma tarefa.
As Normas Regulamentadoras – NRs., relativas à segurança e medicina do trabalho são de
observância obrigatória por empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, desde que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, dentre estas normas, destaca-se a
NR 32 que aborda os aspectos de segurança e saúde do trabalhador em serviços de saúde (BRASIL,
2014).
O uso de EPIs aliado às medidas de proteção coletivas são essenciais na prevenção de acidentes
e patologias ocupacionais, sobretudo na equipe de enfermagem, uma vez que, se enquadra no grupo de
maior exposição aos riscos ocupacionais devido ao contato direto com o paciente, com agulhas e
diferentes tipos de perfurocortantes, equipamentos, soluções e situações que implicam na grande
possibilidade de contato com sangue e outros fluidos orgânicos contaminados por uma variedade de
patógenos desencadeadores de doenças (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).
Proteja-se:
- Lave corretamente as mãos.
- Utilize corretamente os equipamentos de proteção individual – EPI.
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NORMAS GERAIS
Quadro 1. Horário de Trabalho

PROFISSIONAIS CARGA HORÁRIA SEMANAL

Enfermeiro 40 Horas
Técnico de Enfermagem 40 Horas
Auxiliar de Enfermagem 40 Horas
Médico 40 Horas
Recepcionista 40 Horas
Agente Comunitário de Saúde 40 Horas
Cirurgião Dentista 40 Horas

As informações dispostas abaixo se referem ao conjunto de normas gerais a serem observadas


por todos os colaboradores de enfermagem, a saber:

1. Iniciar suas atividades laborais no horário pré-estabelecido, conforme contrato de trabalho e


necessidade do serviço.
2. Nos atendimentos realizados manter uma postura ética e confidencial respeitando a
individualidade e a privacidade dos pacientes;
3. Os funcionários, quando em serviço, deverão estar uniformizados de acordo com a
padronização estabelecida, uso de avental fornecido pela estando este limpo e em condições
de uso, conforme regimento interno;
4. Todos os funcionários deverão usar identificação (crachá), durante sua jornada de trabalho
estando sempre de forma visível ao paciente;
5. Prestar informação ao paciente e ao público em geral de maneira clara, objetiva, cordial e
respeitosa, procurando, sempre que possível, atender às suas necessidades;
6. O profissional deve sempre identificar-se para o paciente ou acompanhante antes de
qualquer procedimento, explicando o que será realizado;
7. Todo o paciente deverá ser acolhido, objetivando a resolução da sua necessidade;
8. Todo o atendimento desta unidade de saúde é norteado pelos princípios do SUS;
9. É vedada a utilização de máquinas fotográficas ou qualquer aparelho que faça a captura de
imagens dos setores, aparelhos e pacientes, exceto com autorização expressa e antecipada da
administração da UBS;
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10. Os profissionais deverão manter a organização de seu setor, bem como a higienização de
seus instrumentos de trabalho;
11. O consumo e armazenamento de alimentos nos setores é proibido;
12. O quadro funcional de enfermagem deverá registrar em livro ata as ocorrências do dia;
13. Zelar pelo patrimônio da instituição;
14. Tratar sempre o paciente pelo nome;
15. Todo atendimento de Enfermagem deverá ter anotação, carimbo e assinatura no prontuário
ou ficha de atendimento do paciente, do profissional que prestou o atendimento.

MANUTENÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS SALAS EM GERAL

1. Organizar sua estação de trabalho antes de iniciar o atendimento aos pacientes e ao público
em geral, e ao término do plantão;
2. Realizar limpeza concorrente a cada início de plantão;
3. Manter as salas limpas e organizadas. Macas forradas com lençol (de papel ou tecido);
4. Realizar o checklist da sala e checar o funcionamento dos equipamentos a cada início do
plantão, comunicando o enfermeiro caso identifique problemas em instalações e/ou
equipamentos;
5. A reposição de materiais e insumos no setor se dará diariamente as 07h00min pela equipe de
enfermagem.
6. Trocar frascos de álcool, Clorexidina, vaselina, PVPI. e soluções de acordo com a validade.
Obrigatório a colocação de etiqueta de identificação com data de abertura e validade de 07
dias;
7. Verificar a data de validade dos materiais;
8. Equipe de Enfermagem - Limpeza concorrente diária - Higienização diária e sempre que
necessário, de bancadas e superfícies com água e sabão e desinfecção com álcool a 70%;
9. Serviço de Higiene – Limpeza terminal - Utilizar técnica estabelecida pela empresa
contratada, sendo que a periodicidade deverá ser – semanal.

Sala De Acolhimento Com Classificação De Risco

Finalidade: O Acolhimento adequado colabora para a melhoria da qualidade e da eficiência da


atenção dispensada aos pacientes e acompanhantes, com Classificação de Risco é um dispositivo que
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opera concretamente os princípios da Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como meta
implantar uma assistência com responsabilidade e vínculo, ampliando o acesso do paciente ao Sistema
Único de Saúde (SUS), por meio da implantação do acolhimento resolutivo, baseado em critérios de
risco.
Rotinas:
1. O acolhimento realizado sempre com profissionais de nível superior e/ou um Técnico de
enfermagem. Em ambiente adequado permitindo diálogo, privacidade e resolutividade do
problema.
2. Durante a escuta qualificada quanto ao motivo da procura pelo serviço, deve-se levar em
consideração todo o contexto de vida, familiar, comunitário, social do indivíduo.
3. Todo atendimento deve ser registrado em prontuário e sistema de saúde vigente.
1. Avaliação de Risco;
2. Elaboração de Projeto Terapêutico Singular;
3. Atendimentos individuais;

Sala De Enfermagem (Consultas E Procedimentos)


Finalidade: Instruções técnicas para execução de rotinas específicas de assistência em enfermagem.
Rotinas:
1. Organizar a sala no início e término de cada plantão;
2. Realizar limpeza concorrente da sala no início de cada plantão;
3. Checklist de limpeza concorrente e terminal;
4. Checar o funcionamento dos equipamentos da sala no início do plantão (aparelhos
multiparâmetros, balança adulto e infantil, aparelho de glicemia capilar; comunicar equipe
administrativa caso haja necessidade da troca de algum material).
5. Checar e repor materiais impressos utilizados na sala de enfermagem no término do
expediente ou quando solicitado;
6. Verificar os sinais vitais conforme queixa do usuário avaliando protocolo de risco
epidemiológico;
7. Acionar o serviço social sempre que um usuário apresentar vulnerabilidade social, violência,
abandono, entre outras necessidades do ser humano no aspecto social;
8. Realizar mensuração de peso do usuário sempre que necessário ou conforme protocolo;

Sala De Curativos
Finalidade: Esta sala é destinada ao atendimento e realização de curativos.
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Rotinas:
1. Organizar a sala no início e término de cada procedimento;
2. Fazer a solicitação dos insumos à farmácia em formulário próprio no período matutino;
3. Repor o material entregue pela farmácia;
4. Realizar o curativo conforme prescrição médica ou de enfermagem;
5. Realizar procedimentos de tricotomia se necessário;
6. Auxiliar o médico ou enfermeiro durante os procedimentos realizados;
7. Observar e anotar as características e aspecto da ferida (cor, aspecto, temperatura etc.)
8. Realizar anotação de enfermagem no sistema G-MUS.
9. Encaminhar instrumental utilizados para o expurgo;
10. Realizar limpeza concorrente na maca a cada procedimento com álcool 70% ou
11. Manter ambiente limpo e organizado;
12. Equipe de Enfermagem - Limpeza concorrente diária - Higienização diária e sempre que
necessário, de bancadas e superfícies com água e sabão e desinfecção com álcool a 70%;
13. Serviço de Higiene: Limpeza terminal - Utilizar técnica estabelecida no POP de
Higienização, sendo que a periodicidade deverá ser semanal ou após qualquer curativo em
ferida infectada e contaminada conforme solicitação do enfermeiro.
Observações:
1. Ao realizar curativo em ferida contaminada, drenagem de abcesso e troca de bolsa de
colostomia, solicitar a equipe de limpeza e higiene que procedam a limpeza terminal de sala,
realizando a limpeza de todas as superfícies horizontais e verticais, incluindo parede, vidros,
porta, piso etc.
2. Se durante o procedimento observar sinais de sangramento ininterrupto, solicitar avaliação
do Enfermeiro ou médico imediatamente;
3. Se houver dúvida referente a realização do procedimento, chamar o enfermeiro.

Sala De Inalação

Finalidade: Aplicar medicações via inalatória conforme prescrição médica.


Rotinas:
1. Realizar limpeza concorrente no início de cada plantão.
2. Organizar a sala no início e término de cada procedimento;
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3. Chamar o paciente conferindo nome completo e data de nascimento, garantindo a segurança


do paciente e profissional;
4. Administrar inalação conforme prescrição médica;
5. Realizar anotação de enfermagem no sistema G-MUS.
6. Retirar os kits de inalação a cada uso e acondicionar em caixa plástica organizadora de
inaladores sujos;
7. Encaminhar os kits de inaladores contaminados em caixas grandes fechadas, transparentes
com tampa para o expurgo;
8. Manter as boas práticas para segurança do paciente;
9. Solicitar ao almoxarifado reposição de inaladores sempre que necessário;
Observações
• Qualquer alteração ou intercorrência comunicar imediatamente o enfermeiro.

Sala De Medicação, Observação


Finalidade: É o local onde por solicitação médica o paciente recebe medicação por via intramuscular,
subcutânea, sublingual, oral, endovenosa podendo ficar em observação depois do atendimento, para
reavaliação posterior a consulta e para realização de procedimentos ambulatoriais.
Rotinas:
1. Realizar limpeza concorrente no início do dia.
2. Organizar a sala no início e término de cada dia;
3. Chamar o paciente e conferir nome completo e data de nascimento, garantindo a segurança
do mesmo e do profissional;
4. Apresentar-se pelo nome e função ao paciente ou acompanhante, explicar o procedimento e
colocar-se à disposição;
5. Realizar punção venosa e administrar medicação conforme prescrição médica;
6. Instalar soroterapia conforme prescrição médica;
7. Coletar sangue para exames laboratoriais quando solicitado e protocolar em ficha de
controle;
8. Realizar anotação de enfermagem no sistema G-MUS.
9. Orientar o paciente quanto ao seguimento do atendimento, direcionando para a continuidade
da assistência;
10. Comunicar o enfermeiro e anotar qualquer intercorrência que houver no setor: Recusa de
medicações, dificuldade de punção venosa;
11. Comunicar ao enfermeiro permanência por tempo superior há 2 horas para abertura de SAE;
12. Manter macas forradas com lençol (de papel ou tecido);
23

13. Realizar limpeza e controle de temperatura da geladeira;


14. Ao final do dia, checar a sala e observar que esteja em ordem para o início do próximo
plantão.
Observações
• Todas as medicações de uso fracionado deverão ser identificadas com data de abertura e
validade;
Medicamentos Acondicionar de forma a facilitar sua utilização e
checagem da sua validade.
Seringas Acondicionar por tamanho (local identificado de fácil
acesso aos profissionais)
Agulhas Acondicionar por tamanho (local identificado de fácil
acesso aos profissionais.
Scalps Acondicionar por tamanho (local identificado de fácil
acesso aos profissionais.
Algodão Sempre protegido.
Álcool 70% Em almotolias identificadas.
Garrote Desinfecção a cada procedimento.
Cuba rim Desinfecção a cada procedimento.
Equipo (macro e micro gotas) Acondicionar em local seco, longe de calor.
Suporte de soro Limpeza e desinfecção.
Braçadeira Limpeza e desinfecção.
Sabão líquido De fácil acesso para lavagem das mãos.
Esparadrapo/micropore Acondicionar em local seco, longe do calor.
Divã Troca de lençol descartável a cada usuário.
Escada 02 degraus Forrar para uso do usuário quando descalço.
Caixa de emergência Com Lacre; ser checada diariamente ou semanalmente
dependendo da demanda da unidade, de responsabilidade
da rotina estabelecida pelos enfermeiros com reposição
imediata.
Esfigmomanômetro (Obeso, Acondicionado em local de acesso aos funcionários, longe
adulto e infantil) de calor excessivo.
Estetoscópio adulto e infantil Desinfecção após uso de cada usuário e manutenção
rotineira, acondicionado em local de acesso aos
funcionários, longe do calor excessivo.
Equipamentos/ materiais de Em local seguro de acesso aos funcionários. Desinfecção
urgência (se necessário) e manutenção rotineira, dependendo da
característica da demanda da unidade.
Caixa; Maleta; Carro de emergência (lacre). Medicamentos
e insumos.
Biombo Devem ter sua forração plástica ou descartável. Limpeza,
Desinfecção (se necessário) e manutenção rotineira.
24

Sala De Expurgo
Finalidade: Denomina-se sala de expurgo a área física destinada para recepção, separação, lavagem e
desinfecção de artigos de saúde, visando o adequado processamento dos artigos médico hospitalares e
de unidades de saúde.
Rotinas:
1. Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento; ´
2. Realizar checklist de sala no início de cada plantão;
3. Realizar limpeza concorrente no início de cada plantão;
4. Checar a validade e quantidade dos insumos e soluções necessários para a lavagem e/ou
desinfecção dos artigos médico-hospitalares da unidade.
5. Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
6. Paramentar-se com EPIs: avental impermeável longo de mangas compridas, luvas grossas de
borracha antiderrapante de cano longo, luvas de procedimento, máscara, óculos protetor,
gorro e sapatos impermeáveis fechados;
7. Preparar a solução de detergente enzimático, conforme orientações do fabricante e Padrão
estabelecido pela SMS;
8. Monitorar e validar diariamente a concentração do ácido Peracético por meio da fita teste
específica, conforme orientações do fabricante. Se necessário, preparar a solução de ácido
peracético, conforme orientações do fabricante;
9. Ao receber o material sujo, proceder a limpeza e/ou desinfecção, de acordo com POP
“Limpeza e desinfecção”;
Observações:
1. Caso identifique instrumental, material cirúrgico e/ou respiratório faltante, comunicar o
enfermeiro imediatamente;
2. Caso localize instrumental com defeito, identificar o pacote com fita crepe descrevendo o
problema e proceder a esterilização normalmente. Após a esterilização entregar ao
enfermeiro para que seja catalogado como inservível.
3. O processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado sempre da área suja para a
área limpa.
Sala De Preparo De Materiais E Esterilização
Finalidade: Nesta sala os materiais e instrumentais são preparados, acondicionados, esterilizados e
distribuídos para os setores. Neste espaço é feito a revisão dos materiais verificando suas condições de
conservação e limpeza.
Rotinas:
25

1. Checagens e testes;
2. Higienizar as mãos e paramentar-se com EPIs: roupa privativa, luvas de procedimento e
gorro;
3. Realizar checklist de sala no início de cada plantão;
4. Realizar limpeza concorrente no início de cada plantão;
5. Checar a autoclave quanto ao funcionamento elétrico e reservatório de água (osmose);
6. Limpar a câmara interna e externa da autoclave com água e sabão, removendo o resíduo do
sabão com compressa umedecida com água, seguindo recomendação específica do
fabricante do equipamento;
7. Realizar a leitura do teste biológico;
8. A utilização de indicadores biológicos deve preferencialmente ocorrer uma vez ao dia no 1º
ciclo;
9. Checar o funcionamento da seladora e da incubadora.
10. Preparo de materiais e esterilização
11. Checar quantidade de instrumental, material cirúrgico e/ou respiratório;
12. Checar limpeza, integridade, funcionalidade e corte de instrumentais;
13. Montar kits de acordo com o tipo e número de instrumentais e peças. Atentar para colocar
01 integrador químico dentro do kit. Na embalagem, colocar aproximadamente 3 cm de fita
zebrada nos kits, e colocar etiqueta ou escrever na fita crepe data de esterilização, data de
validade, nome do material, quantidade de instrumentais, peças e nome do profissional que
preparou;
14. Colocar os pacotes dentro da câmara da autoclave.
Observação:
• Caso identifique instrumental, material cirúrgico e/ou respiratório faltante, comunicar o
enfermeiro imediatamente;
• Executar o processo de esterilização na autoclave conforme instrução do fabricante.

Sala De Materiais Limpos E Desinfetados

Finalidade: Guardar o material (insumos, instrumental e rouparia) limpo e desinfetado, organizado em


armário fechado e sempre pronto para uso no serviço.

Rotinas:
1. Higienização das mãos com água e sabão líquido ou gel alcoólico;
2. Calçar luvas de procedimento;
26

3. Antes de armazenar os materiais verificar se o armário está limpo e higienizado.


4. Ao recebimento dos materiais limpos e desinfetados, organizar e armazenar no armário de
enfermagem em seus devidos lugares.
Observações:
Caso identifique algum material faltante ou material quebrado, comunicar o enfermeiro
responsável.
Copa

Finalidade: Espaço que serve de apoio para a cozinha e é onde se realizam serviços para refeições
leves, como lanches, chás e cafés.
Rotina:
 Manter o ambiente limpo, livre de odores e sujeira;

 Realizar o café em no máximo 15 minutos;

 Desprezar restos de alimentos que não serão consumidos no lixo;

 Controle de pragas e vetores

Observação: Evitar a aglomeração de funcionários, não permitir a entrada de pacientes, a


menos que haja necessidade.
Serviços Gerais
Usar equipamento de proteção individual (EPI): luvas de borrachas, calçados fechados avental,
protetor ocular (quando houver risco de respingo de líquidos) a máscara (quando houver risco de
aspersão de líquidos). Manter o ambiente livre de odores e de insetos que podem agir como vetores de
doenças.

Rotina:
 A instituição de saúde deverá ser limpa diariamente após os atendimentos ou quando se
fizer necessário;
 Proceder à varredura úmida.
 Começar a limpeza da área menos contaminada para a mais contaminada.
 Limpar em sentido único, de cima para baixo e em linha paralela, nunca em movimento de
vaivém.
 Iniciar a limpeza do teto, depois as paredes e por último o piso.
27

 No banheiro, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda a água utilizada
na limpeza.
 Usar solução desinfetante após a limpeza sempre que houver contaminação com matéria
orgânica (sangue, secreções, excreções, etc.).
 Dividir os corredores ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoa, enquanto a
limpeza está sendo processada no outro lado.
 Todo o material usado para a limpeza (baldes, panos, vassouras, etc.) deve ser limpo,
desinfetado e guardado em local apropriado.
 Manter os arredores do prédio da unidade limpos.

Manuseio Do Lixo
Lixo Contaminado:
 Os dejetos deverão ser colocados em lixeiras com tampas e pedal, acondicionados em saco
branco leitoso;

 O lixo deverá ser removido das instalações da unidade de saúde, sempre que for necessário pelo
pessoal de serviços gerais para posterior coleta pelo setor responsável que ocorre duas vezes na
semana;

 Ao manusear o lixo profissional da limpeza deve usar luvas grossas e sapatos fechados;

 Todo material perfuro cortante deverá ser condicionado em caixas de papelão apropriado,
identificado e posteriormente lacrado, encaminhado ao setor responsável.

 Os frascos de medicamentos vazios ou vencidos deverão ser colocados em caixas com tampas e
encaminhados ao setor responsável.

 Esses materiais deverão ficar acondicionados na unidade e recolhido pelo responsável


(Vigilância Sanitária) para destino final.

Lixo não contaminado:


 Os dejetos deverão ser colocados em lixeiras com saco plástico preto;

 O lixo deverá ser removido das instalações da unidade sempre que necessário pelo pessoal de
serviços gerais;

 O lixo deverá ser acondicionado em sacos plásticos e dispostos nos lixeiros externos, para
recolhimento público.
28

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP


29

1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da Elaboração: Data de Revisão:


09/2023 09/2025
Codificação:
01
Versão: 01 Pagina:

Higienização Das Mãos

Objetivo: Garantir a higienização das mãos, através da remoção de sujidades e redução dos micro-
organismos evitando a transmissão de infecções.
Responsabilidades: É de responsabilidade de toda a equipe de saúde realizar a técnica sempre que
necessário e de forma correta, o enfermeiro deve executar, supervisionar e conscientizar a equipe da
importância do procedimento.
Materiais Utilizados:
 Água corrente
 Lavabo
 Sabonete líquido
 Papel toalha
Procedimento:
 Retirar adornos;
 Posicionar-se em frente a pia;
 Abrir a torneira e molhar as mãos partindo dos punhos;
 Colocar o equivalente a uma colher de chá de sabonete líquido;
 Ensaboar as mãos e fricciona-las por aproximadamente de 30 segundos a 2 minutos;
 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-
versa;
 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai e vem e vice-versa;
 Esfregar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se movimento
circular e vice-versa;
 Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fechada
30

em concha, fazendo movimento circular e vice-versa;


 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento
circular e vice-versa;
 Enxaguar as mãos, retirando totalmente resíduos de sabão no sentido dos dedos para punhos.
Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira;
 Secar as mãos com papel toalha, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos;
 Fechar a torneira utilizando o papel toalha;
 Desprezar em lixo comum.
Frequência:
 Lavar as mãos entre contato com pacientes, evitando a transferência de microrganismo para
outros pacientes ou ambientes;
 Lavar as mãos entre procedimentos com o mesmo paciente para prevenir contaminação cruzada
por diferentes partes do corpo;
 Lavar as mãos após contato com sangue, secreções corporais, excreções e artigos
contaminados, tendo usado ou não luvas.
 Entre os cuidados simples ao invés da lavagem das mãos pode-se usar apenas o álcool
glicerinado, friccionando por 30 segundos até secar (álcool 70% e glicerina 2%).
Observação:
 Evitar a utilização de sabonete em barra;
 A secagem deve ser feita com papel toalha e nunca com toalha de pano;
 Não usar pulseira, relógio e anéis;
 A lavagem das mãos deverá ser realizada antes e após qualquer procedimento.
31

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


02 09/2023 09/2025
Fricção Antisséptica Das Mãos Com Preparação Alcoólica

Objetivo: Garantir a higienização das mãos ao reduzir a carga microbiana prevenindo a transmissão
de infecção.
Responsabilidades: É de responsabilidade de toda a equipe de saúde realizar a técnica sempre que
necessário e de forma correta, o enfermeiro deve executar, supervisionar e conscientizar a equipe da
importância do procedimento.
Materiais Utilizado:
 Preparação alcoólica em gel ou líquida a 70%.
Procedimento:
 Retirar os adornos (anéis, pulseiras, relógio) das mãos e antebraços;

 Aplicar o Álcool Gel ou líquido a 70 % nas mãos secas e em concha, friccionando- as no


mínimo de 20 a 30 segundos conforme a sequência:
 Palma contra palma, realizando movimentos circulares;

 Palma direita sobre o dorso da mão esquerda com os dedos entremeados e vice- versa;
 Palma contra palma, friccionando a região interdigital com os dedos entremeados;

 Dedos semifechados em gancho da mão esquerda contra a mão direita e vice- versa;
 Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de
movimento circular e vice-versa;
 Movimento circular para frente e para trás friccionando as polpas digitais e unhas da mão
direita sobre a palma da mão esquerda e vice-versa;
 Com as mãos secas considera-se o procedimento finalizado.
Observação:
 Esta técnica não remove sujidades. Ela pode substituir a higienização com água e sabonete
líquido desde que as mãos não estejam visivelmente sujas;
 Mantenha as unhas naturais, curtas e limpas;
 Vale ressaltar que esmaltes na cor escura e unhas postiças dificultam a visualização de
sujidades e a execução correta da higienização das mãos;
 A NR 32 veda o uso de adornos no ambiente de trabalho.
32

2. TRIAGEM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


03 09/2023 09/2025

Aferição De Pressão Arterial (Pa)


Objetivo: Este procedimento tem por objetivo descrever a técnica correta de verificação da PA, para
avaliar as condições do paciente, auxiliando no diagnóstico, tratamento e na evolução do mesmo.
Responsabilidade: É de responsabilidade da equipe de enfermagem realizar a verificação da pressão
arterial, cabendo ao enfermeiro a orientação, supervisão, avaliação e a alteração do procedimento
quando necessário.
Definições:
 Pressão arterial (PA) máxima ou sistólica: é a maior força exercida pelos batimentos cardíacos,
é fase de contração do ventrículo esquerdo seguido da ejeção de um volume de sangue;
 Pressão arterial (PA) mínima ou diastólica: é a menor pressão exercida pelos batimentos
cardíacos, é a fase de relaxamento e enchimento do ventrículo esquerdo;
 Hipertensão: PA acima da média (mais que 140/90 mmHg);
 Hipotensão: PA inferior à média (menos que 100/60 mmHg).
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional padrão;
 Identificar o usuário;
 Explicar o procedimento ao usuário;
 Certificar-se de que o usuário não: está com a bexiga cheia, praticou exercícios físicos há pelo
menos 60 minutos, ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos, fumou nos 30 minutos
anteriores;
 Deixá-lo em repouso por, no mínimo, 5 minutos em ambiente calmo, se possível;
 Instruir o usuário a não conversar durante a mensuração;
 Calçar luvas, se necessário;
 Posicionar o usuário corretamente: posição sentada, se possível, pernas descruzadas, pés
apoiados no chão, dorso recostado e relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível
médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão
voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido;
33

 Expor o local onde se encontra a artéria braquial;


 Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço;
 Selecionar o manguito segundo o quadro abaixo ou seguindo a regra: A largura da bolsa de
borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver
pelo menos 80%;

Circunferência do Denominação do Largura do Comprimento da


braço (cm) manguito manguito bolsa
(cm) (cm)
≤6 Recém-nascido 3 6
6-15 Criança 5 15
16-21 Infantil 8 21
22-26 Adulto pequeno 10 24
27-34 Adulto 13 30
35-44 Adulto grande 16 38
45-52 Coxa 20 42

 Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;


 Conferir se a agulha do manômetro aneroide está na marca zero da escala;
 Apertar a válvula aparafusada na bomba de ar;
 Assumir uma posição em que você esteja além de 90 cm em relação ao manômetro;
 Colocar as peças auriculares do estetoscópio nas orelhas. Direcioná-las para o interior do canal
e não para o ouvido em si;
 Palpar o pulso da artéria radial e braquial;
 Inflar o manguito ao mesmo tempo em que continua a palpar a artéria radial com os dedos
indicador e médio e observar o ponto na escala do manômetro em que desaparece o pulso;
 Situar a campânula ou o diafragma do estetoscópio, com firmeza, embora com o mínimo
possível de pressão, sobre a artéria braquial. Não deixe que o estetoscópio toque as roupas ou o
manguito;
 Bombear a pressão 30mmHg acima do ponto em que a pressão sistólica foi palpada e
estimada. Abrir a válvula no manômetro e deixar o ar sair devagar (possibilitando que o
medidor caia 2-3 mm por segundo);
 Registrar o ponto no medidor em que o primeiro som, ainda que fraco, mas claro pareça
lentamente aumentar de intensidade. Registrar esse número como a pressão sistólica. Ler a
pressão mais próxima do intervalo de 2mmHg;
 Não reinflar o manguito assim que o ar estiver sendo liberado para novamente verificar os
dados da pressão sistólica;
34

 Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons;


 Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento
dos sons e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;
 Realizar pelo menos 2 medidas com intervalo de 1 minuto e considerar a média das duas
aferições;
 No primeiro atendimento do usuário na Atenção Primária, realizar esse procedimento nos dois
braços e considerar o valor mais alto. Nas vezes subsequentes verificar apenas em um dos
braços;
 Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o usuário;
 Higienizar as mãos;
 Realizar desinfecção do estetoscópio.

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)


Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121 - 139 81 - 89
Hipertensão estágio 1 140 - 159 90 - 99
Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109
Hipertensão estágio 3 ≤ 180 ≤ 110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para
classificação da PA.
Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a
mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3.

 Em usuários obesos: manguitos mais longos e largos são necessários para não haver
superestimação da pressão arterial. Em braços com circunferência superior a 50 cm, onde não
houver manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço, devendo o pulso auscultado ser
o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa prática. Especial dificuldade ocorre em braços
largos e curtos, em forma de cone, onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.

 Em gestantes: a pressão arterial deve ser obtida com a mesma metodologia recomendada para
adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito
lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir da obtida na posição sentada.

 Coxa: Colocar o usuário em decúbito ventral, se possível. Se essa posição não for possível, optar
por decúbito dorsal, com o joelho levemente flexionado. Usar um manguito que seja grande o
suficiente para que se faça uma verificação precisa. Colocar o manguito 2,5 cm acima da artéria
poplítea com a bolsa de borracha acima da porção posterior da parte média da coxa. Seguir o
mesmo procedimento de ausculta recomendado para a artéria braquial. Procurar manter-se
relaxado, decúbito ventral ou dorsal, perna ao nível do coração. A escala do manômetro deve
manter-se visível aos olhos. Local com luminosidade adequada localizar a artéria poplítea e aferir
colocando a campânula ou membrana sobre a artéria poplítea.
35

Observação:
 Verificar a PA em membros que não possuam fístula arteriovenosa, evitando assim a trombose
da fístula.
 Verificar a PA em menor tempo possível, a fim de evitar a congestão venosa;
 Verificar se o paciente ingeriu álcool, algum alimento ou ainda se realizou exercícios físicos nos
últimos 30 minutos;
 Solicitar ao paciente que não fale durante a mensuração da PA;
 Verificar a PA em MMII, na impossibilidade de fazê-lo em MMSS, neste caso, colocar o
esfigmomanômetro no terço distal da coxa e o estetoscópio na artéria poplítea e proceder a
verificação;
 Não reinsulflar o manguito durante a verificação da PA, aguardar alguns minutos para nova
verificação;
 Fazer desinfecção com álcool a 70% das olivas e do diafragma do estetoscópio antes e depois
do uso;
 Deve haver disponibilidades de tamanhos de manguitos, de acordo com a circunferência do
membro no qual será verificada a PA;
 Calibrar o esfigmomanômetro periodicamente ou substitui-lo.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Data de Revisão:


04 Elaboração: 09/2025
09/2023
36

Aferição De Frequência Cardíaca (Pulso)


Objetivo: Descrever o procedimento de verificação do pulso, ou seja, verificar os batimentos cardíacos,
o que permite importantes informações sobre a frequência (ritmo) do coração.
Responsabilidade: É de responsabilidade da equipe de enfermagem para sua correta execução, cabendo
ao enfermeiro, orientar, supervisionar, treinar a equipe, alterando o procedimento quando necessário.
Definições:
 Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais;
 Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais;
 Taquicardia: frequência acelerado, acima do valor normal;
 Bradicardia: frequência abaixo do valor normal.
Procedimento:
AFERIÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Reunir o material;
 Identificar o usuário;
 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
 Promover privacidade do usuário;
 Higienizar as mãos;
 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio;
 Identificar o usuário;
 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
 Promover privacidade do usuário;
 Calçar luvas se for o caso;
 Coloque o dedo indicador e o dedo médio esticados sobre o pulso, na região do pulso
localizada logo abaixo da base de dedo polegar. Geralmente as artérias escolhidas são (radial,
braquial, carótida, femoral, poplítea e pediosa);
 Contar os batimentos arteriais durante 30 segundos e multiplicar esse número por 2 para
37

calcular a frequência durante 1 minuto, mas se a frequência, ritmo ou amplitude estiver


anormal, palpar e contar por 1 minuto.
 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.
 Comunicar o enfermeiro em caso de eventuais anormalidades, tais como: arritmias,
taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas ao pulso;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
AFERIÇÃO DO PULSO APICAL
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Reunir o material;
 Identificar o usuário;
 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
 Promover privacidade do usuário;
 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio;
 Segurar o diafragma contra as mãos durante alguns segundos para aquecer;
 Palpar o espaço entre o 5º e 6º espaço intercostal e chegar a linha clavicular média esquerda;
 Colocar o diafragma sobre o ápice cardíaco;
 Contar os batimentos cardíacos durante 1 minuto;
 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.
 Cobrir o usuário e deixa-lo em posição confortável;
 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:
arritmias, taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas ao pulso.
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio;

VALORES DE REFERÊNCIA (REPOUSO SEM FEBRE)

Faixa Etária Limites Média Limites de


Normais Alerta
Recém-nascidos 100 a 150 140 < 80 e > 170
bpm
Lactentes 80 a 140 bpm 120 < 70 e > 160
Crianças de 1-2 80 a 130 bpm 110 < 60 e > 140
anos
38

Pré-Escolares 70 a 120 bpm 100 < 60 e > 140


Escolares 70 a 110 bpm 95 < 60 e > 130
Adolescentes 60 a 90 bpm 80 < 55 e > 120
Adultos 60 a 100 bpm 80 < 50 e > 120
Observação:
 Verificar o pulso após 10 minutos de repouso do paciente;
 O pulso é melhor palpado nas seguintes artérias: radial (no punho), carótida (no pescoço ao lado
da traqueia), femoral (nas virilhas), temporal;
 Não verificar o pulso com o dedo polegar, pois a própria pulsação pode ser confundida com a
pulsação do paciente;
 Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir a contagem dos batimentos
cardíacos;
 Valores normais da frequência cardíaca:
Adultos: 60 a 80 bpm.
Crianças: 80 a 120 bpm.
Recém-nascido: 120 a 140 bpm.
39

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


05 09/2023 09/2025
Aferição De Frequência Respiratória
Objetivo: Descrever o procedimento de verificação da respiração, através do movimento do ar para
dentro e para fora dos pulmões através da inspiração e expiração.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem o conhecimento da técnica, para
sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar, supervisionar treinar a equipe e alterar o
procedimento quando necessário.
Definições:
 Eupnéia: movimentos respiratórios normais.
 Taquipnéia: aumento do número de movimentos respiratórios (respiração acelerada).
 Bradipneia: diminuição do número de movimentos respiratórios.
 Apneia: parada respiratória (intermitente ou definitiva).
 Dispneia: dificuldade ao respirar (falta de ar).
Procedimento:
 Pedir ao paciente que se deite ou se sente;
 Observar os movimentos de inspiração e expiração. Esses movimentos somam um movimento
respiratório; colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação;
 Contar os movimentos respiratórios durante um minuto;
 Anotar no prontuário eletrônico do paciente;
 Comunicar ao enfermeiro se houver alguma alteração.

Tabela 1. Valores de Referência (repouso e sem febre)


Faixa Etária Limites Limite de
Normais Alerta
Recém-nascidos 35 a 55 rpm 60 rpm
Lactentes < 6 meses 30 a 50 rpm 50 rpm
Entre 6 meses e 2 25 a 35 rpm 40 rpm
anos
Pré-Escolares e 20 a 30 rpm 35 rpm
escolares
Adolescentes 16 a 20 rpm 30 rpm
Adultos 12 a 20 rpm 25 rpm
Fonte: Oliveira (2016)
40

Observação:
 Verificar a respiração após 10 min. de repouso do paciente;
 Não dizer ao paciente que irá Aferir sua respiração, pois o mesmo poderá alterar os
movimentos;
 Solicitar que o paciente não fale durante a verificação;
 Não contar a respiração logo após esforços do paciente;
 Valores normais da frequência respiratória:
Adulto: 16 a 20 respirações por minuto (rpm).
Criança: 20 a 30 respirações por minuto (rpm).
Recém-nascido: 30 a 40 respirações por minuto (rpm).
41

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
06 09/2025
09/2023

Aferição De Saturação De Oxigênio


Objetivo: Verificar a saturação parcial de oxigênio nos tecidos através de uma monitorização não
invasiva, obtendo valores fidedignos para embasamento das ações de enfermagem e condutas
médicas.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem o conhecimento da técnica,
para sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar, supervisionar treinar a equipe e alterar o
procedimento quando necessário.
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Reunir o material;
 Identificar o usuário;
 Explicar ao usuário sobre o procedimento;
 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;
 Promover privacidade do usuário;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido de álcool 70%;
 Instalar pulso oxímetro em extremidades (quirodáctilos, pododáctilos ou lóbulos auriculares);
 Realizar a leitura da saturação periférica de oxigênio;
 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido em álcool 70% e
guardá-lo em local adequado;
 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:
saturação periférica de oxigênio inferior a 90%, cianose ou frialdade em extremidades entre
outras anormalidades relacionadas à saturação periférica de oxigênio.
Observação:
A saturação de oxigênio aceitável varia de 95% a 100%; um valor de menos que 90% é considerável
hipoxemia; entretanto, os valores abaixo de 90% podem ser aceitáveis para certas doenças crônicas.
42

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
07 09/2025
09/2023

Verificação Do Peso
Objetivo: Este procedimento tem como objetivo descrever a técnica de verificação de peso para avaliar
o crescimento pondo- estatual e detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos em enfermagem a execução do procedimento,
cumprindo as boas práticas de enfermagem, e do enfermeiro que deve orientar supervisionar treinar a
equipe, alterando o procedimento quando necessário.
Procedimento:
 Lavar as mãos;
 Colocar a balança num piso plano, seco e não escorregadio;
 Forrar a balança com papel toalha para pesar bebês;
 Regular ou tarar a balança: colocar os mostradores em zero, levantar o pino da trava, girar o
parafuso da calibragem para a esquerda ou para a direita, nivelando o fiel da balança, abaixar o
pino da trave;
 Se balança digital verificar mostradores em zero;
 Solicitar ao paciente que retire os sapatos e use roupas leves;
 Auxiliar o paciente a subir na balança, colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os
braços soltos ao lado do corpo;
 Destravar a balança mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente;
 Mover os indicadores de gramas até a marca do peso aproximado do paciente;
 Mover os indicadores de gramas até equilibrar o fiel da balança;
 Ler e anotar o peso indicado na escala;
 Anotar no prontuário eletrônico do paciente;
 Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
Observação:
O peso deve ser verificado pela manhã em jejum e com a bexiga vazia.
43

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
08 09/2025
09/2023

Aferição Da Temperatura
Objetivo: Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo,
medido pelo centro termorregulador. Este procedimento tem como objetivo descrever a técnica de
verificação de temperatura axilar.
Responsabilidade: É de responsabilidade dos técnicos em enfermagem a execução do procedimento,
cumprindo as boas práticas de enfermagem, e do enfermeiro orientar e supervisionar o processo
desenvolvido, alterando o procedimento quando necessário.
Definições:
 Normotermia: temperatura corporal normal (35,8ºC a 37,2 C);
 Afebril: ausência de elevação de temperatura;
 Febrícula: 37,3º C a 37,7º C;
 Febre ou hipertermia: a partir de 37,8º C;
 Hiperpirexia: a partir de 41º C;
 Hipotermia: inferior a 35oC.
Procedimento:
 Apresentar-se ao paciente explicando o procedimento;
 Lavar as mãos;
 Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
 Enxugar a axila com a roupa do paciente (a umidade abaixa a temperatura da pele, não dando a
temperatura real do corpo);
 Colocar o termômetro bem no côncavo da axila, de maneira que o bulbo fique em contato direto
com a pele;
 Se termômetro digital, certificar-se que esteja pronto para uso;
 Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao corpo, colocando a mão no ombro
oposto;
 Retirar o termômetro após som sonoro;
 Ler e anotar a temperatura no prontuário eletrônico do paciente;
 Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%.
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Medida Normal Maior que a Subfebril Febril


axilar
Axilar 35,5 a 36,9 C 37,0 a 37,7 C Acima de 37,8 C
Oral 36,0 a 37,3 C 0,5 a 0,6 C 37,4 a 37,7 C Acima de 38,0 C
Retal 36,0 a 37,5 C 0,5 a 0,8 37,6 a 37,9 Acima de 38,0 C
Fonte: Oliveira (2016)

O idoso por conta da perda de massa, diminuição de metabolismo e de células sudoríparas pode
apresentar uma variação de 0,5 a 1°C menos que o adulto jovem e estar normotérmico ou afebril.
Observação:
 Obter sempre um resultado exato;
 O material deve estar sempre em perfeita ordem de conservação;
 O paciente deve estar calmo e ciente do procedimento;
 É recomendável não deixar o paciente sozinho com o termômetro.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
09 09/2025
09/2023
Medidas Antropométricas No Recém-Nascido
Objetivo: Descrever o procedimento de medição do PC, a fim de acompanhar o crescimento do crânio
e consequentemente do seu conteúdo, com intuito de diagnóstico precoce de algumas patologias
relacionadas à disfunção do crescimento do PC.
Responsabilidade: É responsabilidade dos técnicos de enfermagem estar aptos à execução do
procedimento, assim como do enfermeiro na capacitação e supervisão do mesmo.
Materiais Utilizado:
 EPI’S (luvas de procedimento, máscara cirúrgica, óculos de proteção);
 Gaze não estéril;
 Algodão embebido em álcool a 70%;
 Antropômetro;
 Fita métrica;
 Caneta;
 Formulário de registro (Balanço hídrico).
Procedimento:
 Explicar o procedimento ao acompanhante, se for o caso;
 Realizar a higienização das mãos (conforme Pop01/Higienização das mãos);
 Reunir e organizar os materiais necessários;
 Realizar a desinfecção do antropômetro e da fita métrica com algodão embebido em álcool a
70%;

Mensuração do comprimento:
 Retirar gorro do recém-nascido, se houver;
 Posicionar o antropômetro com a base totalmente aberta com a parte fixa voltada para a cabeça
do recém-nascido e a parte móvel voltada para os pés;
 Solicitar que outro profissional ou o acompanhante segure a cabeça do recém-nascido próxima à
base fixa impedindo que o mesmo a mova;
 Estender os membros inferiores do recém-nascido;
46

 Proceder à progressão da base móvel em direção aos pés do recém-nascido;


 Verificar a medida demarcada na régua através da subida da base ao encontro dos pés do recém-
nascido;

Mensuração do perímetro cefálico (PC)


 Levantar a cabeça do recém-nascido com uma das mãos;
 Com a outra mão, passar a fita por trás da cabeça passando pelo ponto mais saliente do occipital
e da glabela e trazê-la para frente; ou seja, sobre as sobrancelhas. até que a ponta encontre o
valor referente à mensuração desejada, ou seja, sobre as sobrancelhas.

Mensuração do perímetro torácico (PT)


 Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e passar a fita por trás do mesmo e trazê-la a
frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada.

Mensuração do perímetro abdominal (PA)


 Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e envolver o abdômen com a fita, passando-a
por trás do mesmo e trazendo para a frente até que a ponta encontre o valor referente à
mensuração desejada;
 Organizar o recém-nascido, se possível com auxílio da mãe.
 Realizar a higienização das mãos (conforme pop /Higienização das mãos);
 Registrar as mensurações encontradas em impresso próprio – balanço hídrico
Observação:
 Para mensuração do perímetro cefálico, a fita métrica deve passar pela protuberância occipital e
pela região mais proeminente da fronte
 O perímetro torácico deve ser mensurado passando a fita métrica na altura dos mamilos.
 Para mensuração do perímetro abdominal, a fita métrica deve passar na altura da cicatriz
umbilical.
47

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


10 09/2023 09/2025

Verificação Da Estatura
Objetivo: Este procedimento tem como objetivo descrever a técnica de verificação da altura postural.
Responsabilidade: É responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a supervisão e orientação do
enfermeiro, executar o processo cumprindo as normas e boas práticas de execução.
Procedimento:
 Apresentar-se ao paciente explicando o procedimento;
 Lavar as mãos;
 Em caso de crianças, orientar a mãe ou acompanhante sobre o procedimento que será
executado;
 Pedir para o paciente retirar calçados, fazendo o mesmo com a mãe pedindo para que ela retire
o calçado da criança;
 Forrar a balança com papel toalha;
 Pedir para o paciente para que suba com as costas viradas para a régua a ser medida;
 Em crianças, deitá-la em superfície reta, preferencialmente sobre colchonete em mesa clínica;
 Colocar a parte fixa da régua antropométrica encostada na cabeça e mover a outra parte até os
pés mantendo o corpo em alinhamento reto em caso de crianças;
 Em adultos, colocar a parte fixa da régua antropométrica encostada na cabeça;
 Ler a marca na escala e registrar em centímetros no prontuário eletrônico do paciente;
 Pedir para o paciente descer da balança e calçar os calçados;
 Lavar as mãos.
Observação:
 Entre o manuseio de cada paciente as mãos devem ser lavadas;
 Aferir e travar a balança;
 Certificar-se que retirou calçado e presilhas;
 Material em perfeita ordem de conservação;
 O paciente precisa estar calmo para cooperar com o procedimento;
 O corpo precisa ficar ereto para maior sucesso.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


11 09/2023 09/2025

Administração De Medicamentos Tópicos


Objetivo: Descrever o procedimento de administração de medicação Tópico
Responsabilidade: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem o conhecimento da técnica, para
sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar supervisionar treinar a equipe e alterar o
procedimento quando necessário.
Material Utilizado:
 Bandeja
 Medicamento (pós, cremes, óleos, loções, adesivos transdérmicos)
 Luvas de procedimento
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Verificar a prescrição;
 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;
 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez;
 Conferir o nome do usuário data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor;
 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o
medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via prescrita;
 Somente abrir o medicamento diante do usuário;
 Calçar luvas de procedimento ou luvas estéreis (avaliar o local de aplicação);
 Verificar se o local de aplicação está limpo e proceder limpeza com Solução Fisiológica 0,9%
ou água e sabão (se necessário);
 Proceder a aplicação do de uma fina camada do medicamento no local prescrito de maneira
asséptica, espalhando-o uniformemente com auxílio de uma espátula, aplicador e/ou gaze;
 Quando se tratar de adesivos, proceder a aplicação conforme a orientação do
fabricante;
49

 Retirar as luvas;

 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou


higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento na prescrição médica.
Observação:
 Avaliar a necessidade de oclusão local, com gaze e/ou faixa, a fim de evitar que o contato com
roupas remova o medicamento;
 Em caso de loções e cremes espalhe-os suavemente, pois a fricção pode causar irritação;
 Em caso de adesivos transcutâneos, remover o anterior antes de aplicar o novo.
 Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.
50

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
12 09/2025
09/2023
Administração De Medicamentos Via Auricular
Objetivo: Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar tratamento
adequado de diversas patologias.
Responsabilidade: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem o conhecimento da técnica, para
sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar supervisionar treinar a equipe e alterar o
procedimento quando necessário.
Material ultilizado:
 Bandeja
 Medicamento
 Luvas de procedimento (se necessário)
 Gaze estéril
 Solução Fisiológica 0,9% 10 ML.
Procedimento:
 Higienizar aas mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Verificar a prescrição;
 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;
 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor;
 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o medicamento,
confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via prescrita;
 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador, se possível;
 Colocar luvas de procedimento (se houver secreção), e limpar a orelha externa com gaze
embebida com Solução Fisiológica 0,9%;
 Colocar o usuário deitado sobre o lado não afetado ou sentado com a cabeça bem inclinada
para o lado, para que a orelha afetada fique em posição superior;
 Deixar reto o canal auditivo, puxando a porção cartilagínea do pavilhão auditivo para cima e
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para traz, no adulto, e para traz no caso de crianças em idade escolar. Puxar para baixo e para
traz no caso de bebês e crianças menores de 3 anos;
 Instilar o medicamento sobre a lateral do canal auditivo, sem contaminar o conta-gotas/frasco
(fica desconfortável para o usuário se o medicamento cair diretamente na membrana
timpânica). Aguardar de dois a três minutos na posição para após realizar o procedimento na
outra orelha, se prescrito;
 Com delicadeza, pressionar o trago (pequena saliência na entrada do ouvido externo), algumas
vezes para ajudar a movimentação do medicamento;
 Se prescrito, inserir um chumaço de algodão na região mais externa do canal, sem comprimir,
deixar por 15 minutos e após retirá-lo;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento na prescrição médica.
 Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do
procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de
atendimento ambulatorial.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


13 09/2023 09/2025
Administração De Medicamentos Via Intradérmica (Id)

Objetivo: Geralmente é utilizada para realizar teste de hipersensibilidade, PPD (Derivado Proteico
Purificado), processo de sensibilidade, imunização BCG e para administrações de anestésicos locais.
Responsabilidade: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem o conhecimento da técnica, para
sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar supervisionar treinar a equipe e alterar o
procedimento quando necessário.
Material Ultilizado:
 Prescrição médica
 Bandeja
 Medicamento
 Recipiente de material perfurocortante
 Seringa 1mL
 Agulha 13x0,45mm
 Algodão
 Álcool a 70%
 Luvas de procedimento
Procedimento:
 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Identificar o usuário, perguntando seu nome completo;
 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do usuário, o
medicamento, a dose, a via e o horário;
 Questionar o usuário ou familiares sobre histórico de alergias;
 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir a sua data de validade,
identificar a seringa com o medicamento, organizar o material na bandeja e transportá-lo até o
usuário;
 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento. Nesse momento, quando possível,
comunicar ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação.
 Somente preparar o medicamento diante o usuário;
 Escolher o local de aplicação preferencialmente na parte anterior do antebraço, que não seja
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pigmentado ou tenha muitos pelos;


 Calçar as luvas de procedimento e colocar óculos de proteção (para teste tuberculínico);
 Solicitar ao usuário que estenda o cotovelo e apoie o antebraço sobre uma superfície plana;
 Delimitar o local de acordo com o a finalidade do procedimento: três a quatro centímetros
abaixo da fossa antecubital e um palmo acima do punho (terço médio da face anterior do
antebraço) para testes de sensibilidade, processo de dessensibilização e teste tuberculínico;
 Realizar antissepsia no local da injeção utilizando bola de algodão embebida em álcool 70%,
com movimento circular, firme e único, de dentro pra fora. Após, deixar secar completamente
(30 segundos);
 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de assepsia;
 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento operacional;
 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
 Usar a mão não dominante para esticar as dobras da pele no local da injeção;
 Colocar a agulha com bisel para cima formando com a pele um ângulo de 5 a 15°, colocando a
agulha quase paralela à superfície da pele;
 Em seguida avance o bisel da agulha através da epiderme aproximadamente 3mm abaixo da
superfície da pele. A extremidade da agulha poderá ser vista embaixo da pele;
 Injetar o líquido lentamente, ao mesmo tempo em que observa o surgimento de uma pápula
pálida de aproximadamente 6mm. Normalmente a resistência é sentida. Quando não, a agulha
está muito profunda; remova e recomece o procedimento;
 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção e não fazer compressão no local. Caso seja
necessário enxugar alguma gota de solução do local, utilizar gaze seca;
 Colocar o usuário em posição confortável;
 Recompor a unidade;
 Descartar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local adequado;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento administrado na prescrição médica;
 Registrar o procedimento
Obeservação:
 A via ID suporta um volume máximo de 0,5mL por injeção.
 Lembrar-se da importância de identificar os nove certos para administração de medicamentos:
usuário certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo, ação certa,
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forma certa e resposta certa.


 Não administrar a injeção se a pele do usuário não estiver completamente seca, pois a presença
de água, álcool ou umidade na pele pode inativar o antígeno. Não injetar a solução até que o
bisel tenha sido introduzido completamente, evitando possível extravasamento.
 Não é necessária a troca de agulhas no momento da aplicação.
 A região superior do tórax, abaixo das escápulas, também pode ser utilizada como alternativa
de aplicação.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


14 09/2023 09/2025

Administração De Medicamentos Via Intramuscular (Im)


Objetivo: Administrar medicamentos por via intramuscular.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a orientação e supervisão
do enfermeiro, executar o processo, cumprindo as normas e as boas práticas de aplicação.
Material ultilizado:
 Prescrição médica
 Álcool a 70%
 Bandeja
 Medicamento
 Curativo bandagem s/n
 Recipiente para descarte de material perfurocortante
 Algodão
 Seringa de 3 ou 5mL
 Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm)
 Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm)
 Luvas de procedimento
Procedimento:
 Acolher o usuário e se apresentar;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Verificar a prescrição e certificar-se que está completa: o nome do usuário, o medicamento, a
dose, a via e o horário;
 Questionar o usuário e família sobre histórico de alergias;
 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir sua data de validade;
 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de assepsia;
 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento operacional;
 Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da musculatura do
usuário;
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 Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;


 Explicar o procedimento ao usuário. Nesse momento, quando possível, comunicar ao usuário
qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação;
 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e comunicar o
início do mesmo;
 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.
 Selecionar a região apropriada para a injeção;
 Inspecionar o local da pele avaliando existência de equimose, inflamação, edema entre outros;
 Observar a integridade e o tamanho do músculo;
 Posicionar o usuário dependendo da posição escolhida (ortostática, sentada, sims ou pronada);
 Calçar as luvas de procedimento;
 Delimitar a área intramuscular de escolha.

Região Ventroglútea
Posicionar o dedo médio da mão contrária ao lado selecionado (mão direita em região ventroglútea
esquerda e mão esquerda em região ventroglútea direita) sobre crista ilíaca, deixar a palma da mão cair
naturalmente sobre o trocânter maior do fêmur, afastar o dedo indicador apontando-o para a espinha
ilíaca anterossuperior e fazer a aplicação no centro do triângulo formado pelos dedos médio e
indicador, com a agulha ligeiramente voltada à crista ilíaca em um ângulo aproximado de 72º volume
máximo 4mL).

Região da face anterolateral da coxa (músculo vasto lateral)


Traçar uma linha média na parte anterior e uma linha média na parte lateral da coxa, dividir o espaço
entre o trocânter e o joelho em três partes iguais e fazer a aplicação no terço médio, introduzindo a
agulha na direção podálica num ângulo aproximado de 60o (volume máximo 4mL). Em RN (até 28
dias), lactente (de 28 dias até 24 meses) e crianças (de 24 meses a 10 anos), introduzir a agulha com
ângulo de 45° a 60° e em adolescentes (11 a 17 anos), ângulo de 60° a 90°.

Região deltoidea (músculo deltoide)


Solicitar que o usuário relaxe o braço ao lado do corpo e flexione o cotovelo. Localizar o acrômio e
traçar uma linha horizontal 3,5 a 5,0 cm abaixo do mesmo. Identificar a inserção inferior do deltoide e,
a partir daí, traçar duas linhas diagonais formando um triângulo imaginário com a linha horizontal.
Fazer a aplicação na região central do triângulo, introduzindo a agulha num ângulo de 90o (volume
máximo 1mL).
57

Região dorsoglútea
Este local está associado a injeções inadvertidas, em muitas pessoas; injetar neste tecido altera a
absorção do fármaco e causa irritação tissular. Mais importante ainda, o local está associado a lesão
significativa, inclusive dor e paralisia temporária ou permanente, causada por danos ao nervo ciático.
Deverá ser usado como última escolha no adulto. Traçar uma linha imaginária da espinha ilíaca
póstero-superior ao trocânter do fêmur e fazer a aplicação no ponto médio a 2,5 cm acima da linha
imaginária, introduzindo a agulha com ângulo de 90o em relação à superfície em que o usuário estiver
deitado (volume máximo 4mL).

 Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com movimento
firme, único e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar completamente;
 Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
 Segurar a seringa, entre o polegar e o dedo indicador da mão dominante como um dardo com
a palma da mão para baixo;
 Com a mão não dominante, estirar a pele e fixar o músculo;
 Introduzir rapidamente a agulha em ângulo adequado para o músculo selecionado;
 Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um vaso
sanguíneo e em caso negativo, injetar lentamente o medicamento (1mL/10s). Caso retorne
sangue, desprezar a seringa com o medicamento e recomeçar o procedimento;
 Colocar o algodão seco na pele próximo da inserção da agulha.
 Esperar 10 segundos e então retirar a agulha no mesmo ângulo que foi inserida em movimento
rápido, único e firme e solte a pele;
 Aplicar algodão seco sobre a região e não massagear;
 Não reencapar a agulha - utilizar dispositivos de segurança;
 Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local adequado;
 Avaliar necessidade de curativo bandagem;
 Retirar as luvas, em recipiente e local adequados;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento e registrar o procedimento.
Tabela1. Observação de Volume
IDADE DELTOID VENTROGLÚTE DORSOGLÚTE VASTO
E O O LATERA
L
Prematuros - - - 0,5mL
58

Neonatos - - - 0,5mL
Lactentes - - - 1,0mL
Crianças de 3 a - 1,5mL 1,0mL 1,5mL
6 anos
Crianças de 6 a 0,5mL 1,5 - 2,0mL 1,5 - 2,0mL 1,5mL
14 anos
Adolescentes 1,0mL 2,0 – 2,5mL 2,0 – 2,5mL 1,5 - 2,0mL
Adultos 1,0mL 4,0mL 4,0mL 4,0mL
Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo

Tabela 2. Calibre da Agulha


Calibre da Local Características do usuário
agulha
30 x 0,8mm Ventroglúteo Usuários adultos, Homens com peso entre
Dorsoglúteo 60 e 118Kg, Mulheres entre 60 a 90Kg
30 x 0,7mm Ventroglúteo Usuários adultos, Homens com peso entre
dorsoglúteo 60 e 118Kg, Mulheres entre 60 a 90Kg
25 x 0,7mm Deltoide Vasto Usuários Adultos Mulheres com peso
Lateral superior a 90Kg
25 x 0,6mm Vasto lateral da coxa Crianças - avaliação clínica é
imprescindível para tomada de decisão
20 x 0,55mm Vasto lateral da coxa Crianças - avaliação clínica é
imprescindível para tomada de decisão

Observação:
Quando a massa muscular do usuário é pequena, segure o corpo do músculo entre o polegar e os
dedos (prega muscular).
Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de Imunização.
Atenção: para os usuários que possuem implantação de prótese de silicone em glúteos e coxas, utilizar
preferencialmente região ventroglútea. Se dúvida, consultar o enfermeiro.

Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo


59

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


15 09/2023 09/2025
Administração De Medicamentos Via Ocular
Objetivo: Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar tratamento
adequado de diversas patologias através de aplicação de pomada ou colírio na conjuntiva ocular.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a orientação e supervisão
do enfermeiro, executar o processo, cumprindo as normas e as boas práticas de aplicação.
Material Utilizado:
 Bandeja
 Medicamento
 Luva de procedimento (se necessário)
 Gaze estéril ou bola de algodão
 Solução Fisiológica 0,9% 10 ML.
 Lenços de papel
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Verificar a prescrição;
 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela pulseira
de identificação;
 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;
 Determinar se usuário tem alergia a algum medicamento;
 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor;
 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;
 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o medicamento,
confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via prescrita;
 Inclinar a cabeça do usuário um pouco para trás, se estiver sentado, ou colocar sua cabeça
sobre um travesseiro, se estiver deitado;
 Oferecer lenço de papel para o usuário retirar o medicamento e as lágrimas que possam sair
dos olhos durante o procedimento;
60

 Colocar luvas de procedimento;


 Limpar as pálpebras do usuário com gaze embebida em solução fisiológica 0,9%, em
movimento único, da porção interna para o canto externo, evitando o transporte de resíduos
para os dutos lacrimais;
 Descartar a gaze e usar uma para cada limpeza;
 Afastar a pálpebra inferior com o polegar, com o auxílio de uma gaze, apoiando a mão na face
do usuário, solicitando ao usuário para olhar para o teto;
 Se medicamento em gotas, instilar o número de gotas no saco conjuntivo inferior, no canto
externo; sem tocar o conta-gotas na conjuntiva;
 Se o medicamento for apresentado na forma de pomada, depositá-la ao longo de toda a
extensão do saco conjuntivo inferior, sem tocar o aplicador da pomada na conjuntiva;
 Soltar a pálpebra inferior após a instilação/aplicação e solicitar que o usuário feche os olhos
delicadamente;
 Orientar o usuário a não esfregar o olho;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento.
Observação:
A solução deve ser direcionada ao saco conjuntivo inferior porque a córnea é sensível e
passível de lesão. Tal procedimento evita o reflexo de piscar.
61

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
16 09/2025
09/2023
Administração De Medicamentos Via Retal

Obejtivo: Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar


tratamento adequado de diversas patologias.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a orientação e
supervisão do enfermeiro, executar o processo, cumprindo as normas e as boas práticas de aplicação.
Materiais Ultilizados:
 Bandeja
 Supositório
 Luva de procedimento
 Gaze estéril
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela pulseira
de identificação;
 Apresentar-se ao usuário. Explique o procedimento em relação ao posicionamento e às
sensações a esperar, como a de defecação;
 Determinar se o usuário tem alergia a algum medicamento;
 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;
 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor;
 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o medicamento,
confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via prescrita;
 Cercar o leito com biombos, e fechar a porta quando possível, a fim de garantir a privacidade;
 Colocar luvas de procedimento. Caso o usuário informe alergia ao látex, utilize luvas sem
látex;
 Colocar o usuário na posição de decúbito lateral (Sims)*, mantendo-o coberto, apenas com a
região anal exposta;
 Solicitar ao usuário para realizar respirações lentas e profundas pela boca, e relaxar o esfíncter
62

anal;
 Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze, com a mão não dominante;
 Introduzir o supositório, gentilmente pelo ânus até o esfincter interno e contra a parede do reto,
10cm no adulto e 5 cm na criança e bebê, solicitando ao usuário que não tente fazer força de
evacuar;
 Aplicar uma pressão suave para segurar as nádegas e manter a medicação na posição;
 Descartar os materiais, remover as luvas e higienizar as mãos conforme procedimento
operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;
 O usuário deverá permanecer na mesma posição por 5 minutos, para evitar a expulsão do
supositório;
 Checar o medicamento.
Observação:
Posição Sims

O enfermeiro deverá avaliar o histórico do usuário em relação à hemorroidas, fissuras


anais, cirurgia retal ou sangramentos.
O enfermeiro poderá avaliar, quando necessário, as condições do ânus externamente,
palpando as paredes retais, antes de administrar o medicamento.
63

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


17 09/2023 09/2025

Administração De Medicamentos Via Subcutânea


Objetivo: Administrar medicamentos pela via subcutânea.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a orientação e supervisão
do enfermeiro, executar o processo, cumprindo as normas e as boas práticas de aplicação.
Material Ultilizado:
 Agulhas (13x0,45mm / 8x0,30mm)
 Álcool a 70%
 Bandeja S/N
 Curativo bandagem
 Medicamento
 Seringa 1mL
 Algodão
 Luvas de procedimento
 Prescrição do medicamento
 Recipiente para descarte de material perfurocortante.
Procedimento:
 Acolher o usuário;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Verificar a prescrição
 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento operacional;
 Identificar o usuário, orientar o procedimento e comunicar o início do mesmo;
 Atentar-se para a privacidade do usuário fechando cortinas, colocando biombos e fechando
portas etc.;
 Escolher o local de aplicação realizando rodízio dos locais frequentemente;
64

 Escolher o local de aplicação, verificando se o local escolhido está limpo, palpar o local em
busca de nódulos, rubor ou dor. Inspecione a superfície da pele verificando a existência de
equimose, inflamação ou edema. Evitar estes locais;
 Posicionar o usuário de acordo com a área selecionada para aplicação;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Realizar antissepsia da região com algodão embebido em álcool 70%. Posicionar o chumaço
no centro da região a ser limpa e faça movimento circular do centro para bordas
aproximadamente 5 cm;
 Segurar a bola de algodão entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
 Pinçar a pele com os dedos polegar e indicador da mão não dominante, mantendo até o fim
da aplicação;
 Segurar a seringa (como um dardo) entre o polegar e indicador da mão dominante;
 Inserir a agulha no ângulo de 45 a 90º; para usuário obeso ângulo de 90º;
 Injetar o medicamento de forma lenta (1mL/10s);
 Soltar a pele e colocar algodão seco na pele próximo da inserção da agulha;
 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção, aplicando algodão seco;
 Não reencapar a agulha; colocar a seringa na bandeja ou acionar dispositivos especiais de
segurança que protegem a agulha;
 Colocar curativo bandagem, se necessário;
 Descartar a seringa na caixa de perfurocortante;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Registrar o procedimento.
Observação:
65

 Volume máximo para essa via: 1,5mL;


 Medicamentos anticoagulantes somente devem ser aplicados na região dos flancos;
 Evitar região Peri umbilical;
 Para insulina diária alterne os locais de aplicação;
 Perfurar um vaso sanguíneo nesta via é muito raro, por isso aspiração não é necessária.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização;
 Para administração de insulina seguir orientações do protocolo do Programa de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis;

Tabela 3. Recomendações sobre o uso apropriado de agulhas para aplicação de insulina por via
SC.
Agulha Indicação Prega Ângulo de Observações
(Compriment subcutânea inserção de Importantes
o em mm) agulha
4 mm Todos os Dispensável, 90° Realizar prega
indivíduos exceto para subcutânea em
crianças com indivíduos com
menos de 6 anos escassez de tecido
subcutâneo nos
locais de aplicação.
5 mm Todos os Dispensável, 90° Realizar prega
indivíduos exceto para subcutânea em
crianças com indivíduos com
menos de 6 anos escassez de tecido
subcutâneo nos
locais de aplicação.
6 mm Todos os Indispensável 90° para Estabelecer ângulo
indivíduos adultos 45° de 45° em adultos
para crianças e com escassez de
adolescentes tecido subcutâneo
nos locais de
aplicação, para
evitar aplicação IM.
8 mm Não indica Indispensável 90° para Estabelecer ângulo
para crianças adultos 45° de 45° em adultos
e para crianças e com escassez de
adolescentes. adolescentes tecido subcutâneo
Risco de nos locais de
aplicação aplicação, para
IM. evitar aplicação IM.
12 a 13 m Risco de Indispensável 45° Alto risco de
aplicação IM alicação IM em
em todos os todos os indivíduos.
indivíduos
66

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


18 09/2023 09/2025

Administração De Medicamentos Via Sublingual


Objetivo: Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar tratamento
adequado de diversas patologias.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem, sob a orientação e
supervisão do enfermeiro, executar o processo, cumprindo as normas e as boas práticas de aplicação.
Material Ultilizado:
 Bandeja
 Medicamento
 Recipiente descartável
 Espátula de madeira
 Água
 Luvas de Procedimento
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos.
 Verificar a prescrição.
 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela pulseira
de identificação.
 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos.
 Explicar o procedimento ao usuário.
 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez.
 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e
assinatura do prescritor.
 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o medicamento,
confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via prescrita.
 Somente abrir o medicamento diante o usuário ou acompanhante/cuidador.
 Colocar o(s) medicamento(s) embalado(s) em um copo descartável.
 Calçar luvas de procedimento se necessário.
 Colocar o medicamento sob a língua do usuário (com a mão enluvada ou com a utilização de
copo descartável). Se necessário, elevar a língua com auxílio da espátula, caso necessário.
67

 Orientar o usuário para que aguarde a absorção sem conversar, e sem deglutir a saliva até
dissolver o medicamento.
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Checar o medicamento.
Observação:
 Oferecer os medicamentos em separado quando forem mais que um.
 Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de
Imunização.
68

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:
19 09/2023 09/2025
Preparo de Medicamento em Ampola

Objetivo: Este procedimento tem como objetivo descrever a técnica de preparo da medicação em
ampola.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem a execução do procedimento e
do enfermeiro orientar, verificar, supervisionar e alterar, quando necessário o processo desenvolvido.
Materiais Utilizado:
 Seringa e agulhas descartáveis,
 Medicamento prescrito em ampola;
 Algodão;
 Álcool 70%.
Procedimento
 Certificar-se na receita médica, o medicamento a ser administrado, via, dose e paciente que se
destina;
 Lavar as mãos;
 Observar data de validade, turvações, fendas, perfurações, perda de vácuo ou interrupção na
vedação;
 Montar a seringa usando técnica asséptica;
 Escolher a agulha de calibre apropriado adaptá-la no bico da seringa;
 Destravar a seringa;
 Certificar-se do funcionamento da seringa, verificando também se a agulha está firmemente
adaptada;
 Limpar o gargalo da ampola com algodão embebido em álcool a 70%, quebrar a
 ampola protegendo o dedo com algodão;
 Segurar a ampola com os dedos médio e indicador da mão não dominante e a seringa com os
dedos anelar e polegar da mesma mão;
 Com a mão dominante introduzir a agulha na ampola e proceder à aspiração do seu conteúdo;
 Recapar a agulha, virar a seringa para cima, em posição vertical e expelir o ar que tenha
penetrado.
Observação:
 Lavagem das mãos antes de realizar o procedimento;
 Cuidado no manuseio da ampola para evitar traumatismos acidentais.
69

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


20 09/2023 09/2025

Preparo de Medicação em Frasco

Objetivo: Este procedimento tem como objetivo descrever a técnica de preparo da medicação em
frasco.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem a execução do procedimento e
do enfermeiro orientar, verificar, supervisionar e alterar, quando necessário o processo desenvolvido.
Materiais utilizados:
 Seringa e agulha descartável para aspiração;
 Agulha descartável para administração do medicamento;
 Medicamento prescrito em frasco;
 Solvente para diluição do pó;
 Algodão
 Álcool 70%.
Procedimento:
 Certificar-se na receita médica, o medicamento a ser administrado, via, dose e paciente que se
destina;
 Lavar as mãos;
 Observar data de validade, perfurações ou interrupção na vedação;
 Preparar a seringa escolhendo uma agulha de calibre correspondente;
 Retirar a tampa do frasco, limpar a borracha com algodão embebido em álcool a 70%;
 Aspirar o solvente da ampola conforme técnica anterior;
 Introduzir no frasco e retirar o ar (proporcional ao volume de solvente introduzido);
 Retirar a agulha de dentro do frasco;
 Homogeneizar a solução, agitando o frasco em movimentos circulares evitando a formação de
espuma;
 Introduzir no frasco o ar que estava reservado na seringa;
 Erguer o frasco e aspirar o conteúdo desejado;
 Recapar a agulha, virar a seringa para cima, em posição vertical e expelir o ar que tenha
penetrado.
70

 Trocar a agulha por uma indicada para a administração.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
21 09/2025
09/2023
Desinfecção Do Conjunto De Nebulizadores E Materiais Plásticos/Silicone/Borracha

Objetivo: Promover a limpeza e desinfecção de máscaras e nebulizadores após utilização ou sempre


que necessário, e demais materiais plásticos, polímeros, acrílicos.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos técnicos de enfermagem a execução do procedimento e
do enfermeiro orientar, verificar, supervisionar e alterar, quando necessário o processo desenvolvido.
Material Utilizado:
 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara cirúrgica,
avental impermeável, luvas de borracha, luva de procedimento e calçado fechado;
 Detergente e água corrente;
 Dois panos limpos e secos;
 Solução de SURFIC ou Solução de produto padronizado pela SMS;
 Saco plástico transparente e etiqueta de identificação.
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Reunir material;
 Paramentar-se com os EPIs Indicados;
 Lavar o conjunto completo dos nebulizadores/entre outros utensílios minuciosamente com
água corrente e detergente até que não se observe material orgânico conforme procedimento
operacional;
 Enxaguar várias vezes em água corrente;
 Retirar luvas de borracha e proceder higiene das mãos conforme procedimento operacional
padrão;
 Calçar luvas de procedimento:
 Secar com pano limpo e seco;
 Mergulhar em solução de SURFIC, por 10 minutos; (ou mergulhar em solução padronizada
pela SMS conforme fabricante);
 Enxaguar em água corrente;
 Secar novamente com pano limpo e seco;
71

 Retirar o EPI e higienizar as mãos;


 Acondicionar os utensílios em sacos plásticos transparentes com identificação e data da
desinfecção em etiqueta adesiva, com validade de 1 mês.
Observação:
O conjunto corresponde à máscara/copo para medicação/extensão, USO ÚNICO PARA
CADA USUÁRIO. A extensão NÃO deve ser deixada pendurada ao fluxômetro.

Registro:
Proceder à identificação do saco plástico com data e nome do responsável pela desinfecção e
acondicionamento.
72

3. ENFERMAGEM

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


22 09/2023 09/2025
Cateterismo Vesical

Objetivo: Esvaziar/drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

Responsabilidades: É de responsabilidade do enfermeiro a execução do procedimento.

Material Utilizado:
 1 pacote de sondagem vesical;
 01 par de luvas estéreis;
 01 par de luvas de procedimento;
 01 sonda vesical duas vias de calibre adequado;
 Xilocaína gel;
 02 pacotes de gaze;
 01 seringa de 20 ml;
 01 seringa de 20 ml ou 10 ml (deve ter ponta que encaixe no dispositivo de preenchimento do
balonete da sonda);
 15-20 ml de água destilada;
 01 agulha de aspiração (40x12);
 01 bolsa coletora de urina (sistema fechado);
 Fita adesiva microporosa;
 Solução anti-séptica aquosa (PVPI aquoso ou Clorexidine aquosa 0,2%);
 Saco ou lixeira para descarte de material biológico.
Procedimento:
 Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;
 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;
 Colocar luvas de procedimento (esse material só é usado quando é cateterismo por terceiros -
se cuidador/profissional);
 Realizar limpeza local com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na retirada do sabão
se houver);
 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;
73

 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;


 Colocar luva de procedimento.
 Introduzir na uretra de 5 a 10 ML de gel lubrificante para introdução do cateter;
 Passar o cateter, massagear a região da bexiga para favorecer a saída da urina. Aguardar o
esvaziamento completo da bexiga (de 5 a 10 minutos);
 Retirar o cateter após;
 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;
 Descartar o material utilizado em lixo adequado.


Observações:
A Resolução Cofen nº 450/2013, publicada em dezembro, estabelece as competências da
equipe de Enfermagem em relação ao procedimento de Sondagem Vesical (introdução de cateter
estéril, através da uretra até a bexiga, para drenar a urina).
Segundo o Parecer Normativo, aprovado pela Resolução, a inserção de cateter vesical é
função privativa do Enfermeiro, em função dos seus conhecimentos científicos e do caráter invasivo
do procedimento, que envolve riscos ao paciente, como infecções do trato urinário e trauma uretral ou
vesical.
Desta forma, a sondagem vesical não pode ser delegada ao profissional de nível médio, é um
ato privativo do Enfermeiro.
.
74

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
23 09/2025
09/2023
Calçar E Retirar Luvas Estéreis

Objetivo:
Prevenir a contaminação e transmissão de infecções ao usuário durante a utilização de
materiais estéreis e realização de procedimentos invasivos.
Reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros fluidos
corporais.
Reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente e de transmissão do profissional
de saúde para o usuário e vice-versa, bem como de um usuário para o outro.
Material Utilizado:
Embalagem de luva estéril com numeração adequada.
Procedimento:
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos.
 Apoiar embalagem da luva sobre uma superfície limpa.
 Abrir a embalagem de forma correta conforme indicado pelo fabricante verificando data de
validade da esterilização.
 Pegar a embalagem interna e colocá-la sobre a superfície limpa, seca e plana, ao nível dos
punhos. Abrir a embalagem, mantendo as luvas na superfície interna do invólucro.

 Identificar a luva direita e a esquerda. Cada luva tem um punho com cerca de 5cm de largura.
Calçar primeiro a luva da mão dominante.
 Com o polegar e os dois primeiros dedos da mão não dominante, segurar a margem do punho
da luva para a mão dominante.
75

 Puxar a luva sobre a mão dominante, deixando o punho e certificando-se de que ele não enrole
até o seu pulso. Assegurar que o polegar e os dedos estejam nos espaços adequados.

 Com a mão dominante enluvada, deslizar os dedos sob o punho da segunda luva e puxar
cuidadosamente sobre a mão não dominante.

Após a calçar a segunda luva, entrelaçar as mãos acima do nível do punho. Os punhos da luva
costumam descer após a aplicação. Certificar se de tocar somente os lados estéreis.

 Retirar as luvas após o procedimento.


76

 Pegar a parte externa de um punho com a outra mão enluvada e puxar. Evitar tocar no punho.
 Puxar a luva para fora, virando a de dentro para fora e colocando-a na mão enluvada.
 Colocar os dedos da mão sem luva dentro do punho da luva de dentro para fora e sobre a luva
anteriormente removida.
Descartar as luvas em recipiente adequado de material contaminado.

Observação:
Luvas de Estéril devem ser utilizadas para:

prevenir a contaminação e transmissão de infecções ao paciente durante a utilização de materiais


estéreis e realização de procedimentos invasivos.
77

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


24 09/2023 09/2025

Coleta De Citopatologia (CCO)


Objetivo: Realizar coleta de citologia oncótica em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos
Responsabilidades: É de responsabilidade do enfermeiro a execução do procedimento.
Material Utilizado:
 Camisola/Avental
 Lençol
 Escova endocervical
 Espátula de Ayre
 Espéculo descartável P, M ou G
 Lâmina de vidro com uma extremidade fosca para identificação e bordas lapidadas
 Lápis preto nº 2 para identificação da lâmina
 Luvas de procedimento
 Papel lençol
 Caixa para acondicionar as lâminas
 Fixador celular
 Pinça Cheron, se necessário
 Gaze, se necessário
 Solução fisiológica 0,9%, se necessário
Procedimento:
 Acolher a usuária. Ao fazer a identificação, checar nome, data de nascimento, endereço.
Observar que o nome que consta no Sistema deve ser idêntico ao nome do Cartão Nacional de
Saúde (CNS).
 Realizar coleta de dados;
 Orientar a usuária quanto ao procedimento;
 Mostrar os materiais que serão utilizados;
 Identificar, com lápis preto nº 2, a lâmina na extremidade fosca com iniciais do nome da
usuária (letra maiúscula de forma separada por ponto). Verificar se a lâmina está limpa. Se
necessário, limpá-la com gaze seca antes de realizar a identificação;
 Entregar camisola/avental a usuária e encaminhá-la ao banheiro/local reservado, solicitando-a
que retire toda a roupa, vista o avental com a abertura para frente e esvazie a bexiga;
78

 Higienizar as mãos, conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou


higienização simples das mãos;
 Colocar papel lençol sobre a mesa ginecológica;
 Solicitar que a usuária sente-se a mesa ginecológica;
 Realizar exame clínico das mamas conforme procedimento operacional;
 Solicitar que a usuária deite sobre a mesa ginecológica, auxiliando-a a se posicionar
adequadamente, para a coleta do exame citopatológico, cobrindo-a com lençol;
 Selecionar o espéculo de tamanho adequado;
 Abrir a embalagem do espéculo e separar demais materiais, dispondo-os na mesa auxiliar;
 Ligar o foco de luz, posicionando-o de modo adequado;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Introduzir o espéculo, na posição vertical, ligeiramente inclinado (15º). Caso necessário,
proceda à lubrificação do canal vaginal com SF 0, 9%, introduzido no interior do espéculo.
Faça uma rotação de 90º mantendo o espéculo em posição transversa de modo que a fenda do
espéculo fique na posição horizontal, com regulador de abertura para baixo;
 Abrir o espéculo lentamente e com delicadeza;
 Caso a visualização do colo não seja possível, solicitar que a usuária tussa ou faça pequena
força com o períneo;
 Inspecionar as paredes vaginais e o colo. Verificar se o colo uterino é normal, ausente ou não
visualizado, se está alterado (ectopia, pólipo endocervical e prolapso) e se há leucorreia
(aspecto da secreção, volume e cheiro) para posteriormente registrar na Requisição de Exame
Citopatológico;
 Se ao visualizar o colo uterino houver grande quantidade de muco ou secreção, seque-o
delicadamente com uma gaze montada em uma pinça Cheron, sem esfregar, para não perder a
qualidade da amostra, ou com 02 gazes abertas em X posicionadas na abertura do espéculo e
empurradas para o interior da vagina com auxílio de uma espátula de madeira comum;
 Encaixar a ponta mais longa da espátula de Ayre no orifício do colo, apoiando-a com firmeza,
e com movimento rotativo único de 360º ao redor de todo o orifício;Estender o

materialectocervical, dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 2/3 iniciais da parte


79

transparente da lâmina, utilizando as duas laterais da espátula;


 Introduzir delicadamente a escova endocervical até cobertura total das cerdas, no canal
cervical realizando movimento circular em 360º de duas a três vezes;

 Estender o material ocupando o 1/3 restante da lâmina, rolando a escova de cima para baixo,
em sentido único, contrário ao sentido utilizado para coleta do material endocervical.

 Fixar o esfregaço imediatamente após a coleta com produto disponibilizado pela farmácia;
 Colocar cuidadosamente a lâmina no recipiente de acondicionamento;
 Fechar, retirar o espéculo e desprezar no lixo apropriado;
 Realizar o exame da vulva e períneo, inspecionando para identificar possíveis alterações,
verificar a presença de lesões, verrugas ou feridas e orientar sobre a prevenção de ISTs;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos conforme procedimento padrão de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Desligar o foco de luz;
 Auxiliar a usuária a descer da mesa ginecológica, encaminhando-a para vestir-se;
 Orientar a usuária a agendar retorno conforme a rotina da Unidade de Saúde;
 Organizar a unidade;
 Realizar a solicitação de exame. Preencher corretamente os dados nos formulários para
requisição de exame, pois dados incompletos ou ausentes podem comprometer a análise do
material e rejeição da lâmina pelo prestador;
 Registrar o procedimento conforme processo de enfermagem e médico no Sistema.
Observação:
80

Recomendações para as 48 horas que antecedem a coleta:


 Não utilizar medicações intravaginais;
 Não utilizar duchas vaginais;
 Não manter relações sexuais, nem mesmo com uso de preservativo;
Não ter realizado exames como:
 USG TV, toque vaginal;
 Não estar menstruada;
 Aguardar o 5° dia após o término da menstruação para realização da coleta;
Essas recomendações não se enquadram àquelas usuárias identificadas em situação de prioridade, ou
seja, mulheres que coletaram o exame citopatológico há mais de 03 anos. Nesses casos o procedimento
deve ser realizado de forma oportunística (imediata), salvo a condição de gestante e fora da faixa etária
estipulada, que terão a coleta realizada pelo profissional médico, após avaliação.
Situações especiais:
 No caso de mulheres histerectomizadas, verificar se o colo foi mantido. Se houver colo, o
exame deve ser procedido regularmente, seguindo orientações do rastreamento habitual;
 Em mulheres histerectomizadas sem colo uterino, não será realizado o procedimento;
 Na presença de pequeno sangramento não menstrual durante o procedimento, secar o
sangramento com gaze e proceder à coleta. Lembrar-se de avisar a usuária que isso pode
acontecer e que cessará sozinho.
 Em mulheres idosas, com vagina ressecada recomenda-se molhar o espéculo com solução
salina (SF 0,9%);
 Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme, vaselina ou gel lubrificantes a base de
água;
 O exame não deve ser realizado em usuárias virgens, em qualquer faixa etária.
 Em mulheres com suspeita de gravidez realizar apenas coleta de material ectocervical. Porém,
cabe ao enfermeiro proceder ao teste rápido de gravidez, no caso de resultado positivo, iniciar
o pré-natal precocemente.
 No caso de usuárias grávidas, a coleta não é contraindicada. Entretanto, deve ser realizado pelo
profissional médico.

Cuidados com o Fixador:


 Observar o prazo de validade do fixador;
 Homogeneizar o fixador antes do uso;
 Não expor ao sol;
 Manter o frasco sempre fechado para evitar evaporação.
 Na fixação com spray de polietilenoglicol, deve-se borrifar a lâmina a uma distância de 20 cm.
 A lâmina deve estar em posição horizontal.
81

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
25 09/2025
09/2023
Exame Clinico Das Mamas
Objetivo: Identificar alterações que necessitem de investigação diagnóstica, condutas e
encaminhamentos.
Responsabilidades: Enfermeiro e Médico.
82

Material Utilizado:
 Ambiente privativo
 Mesa ginecológica ou divã
 01 pacote de gaze
Procedimento:
 Realizar a higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das
mãos ou higienização simples das mãos;
 Apresentar-se a mulher e explicar o procedimento;
 Fazer a anamnese: queixa principal, levantar fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores
comportamentais, risco de câncer de mama devido à radiação ionizante, fatores
genéticos/hereditários, antecedentes cirúrgicos nas mamas, investigar se tiveram as mamas
avaliadas por um profissional de saúde e mamografias anteriores (rastreamento ou
diagnóstica);
 Realizar a inspeção estática e dinâmica. As mamas devem ser inspecionadas com a usuária
sentada, com os braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática) e com a usuária
realizando os seguintes movimentos (inspeção dinâmica): elevação dos membros superiores
acima da cabeça, pressão sobre os quadris, inclinação do tronco para frente com os membros
superiores acima da cabeça.
 Observar se as mamas são simétricas, se a circulação venosa superficial é normal e simétrica,
se existem abaulamentos, retrações ou alterações de pele (hiperemia, edema, ulceração,
descamação ou erosão, tecido com aspectos de “casca de laranja” e pele grossa);
 Identificar alterações na aréola (tamanho, forma, simetria e coloração “vermelhidão”);
alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos apontam),
achatamento ou inversão; ou evidência de secreção mamilar, como crostas em torno do
mamilo;
 Deve verificar a presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas congênitas e
tatuagens;
 Realizar a palpação de todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e
supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos, modificações na textura e temperatura
da pele;
 Ao examinar a axila, é importante que os músculos peitorais fiquem relaxados para que seja
feito um exame completo da axila. Músculos contraídos podem obscurecer discretamente
linfonodos aumentados de volume;
 Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve suspender o braço direito da
usuária, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha com os dedos da mão
83

esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da axila. A seguir, trazer os
dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. O mesmo procedimento deve ser
realizado na axila contralateral. O examinador deve observar o número de linfonodos palpados,
bem como seu tamanho, consistência e mobilidade.
 As fossas supraclaviculares são examinadas pela frente da usuária ou por abordagem posterior.
 Iniciar a palpação da mama com a usuária sentada, entretanto a melhor posição para examinar
as mamas é com a usuária em decúbito dorsal, em mesa firme. Pede-se para a usuária elevar o
membro superior isolateral acima da cabeça para tensionar os músculos peitorais e fornecer
uma superfície mais plana para o exame. O examinador deve colocar-se no lado a ser palpado.
Inicia-se o exame com uma palpação mais superficial, utilizando as polpas digitais em
movimentos circulares no sentido horário, abrangendo todos os quadrantes mamários. Repete-
se a mesma manobra, porém com maior pressão (não se esquecer de palpar o prolongamento
axilar mamário e a região areolar).
 Expressão: deve ser realizada somente se houver queixa de saída de líquido pelo mamilo.
Fazer a expressão suave da mama, desde a base até o complexo aréolo- papilar. Ocorrendo a
saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral e monoductal ou poliductal. Para verificar
adequadamente a cor do fluxo, deve ser absorvido em uma gaze.
 Ajudar a mulher levantar-se recompor a unidade.
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Registrar o procedimento.
Observação:
Realizar orientações para promoção da saúde e prevenção do câncer de mama.
Orientar sobre as alterações encontradas e encaminhamentos se necessários. Durante o exame
sinais como: assimetria, abaulamentos, retrações, eczemas, ulcerações, gânglios linfáticos e nódulos, os
casos com suspeita de câncer devem ser referenciados para investigação diagnóstica definitiva.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Data da
Codificação: Data de Revisão:
Elaboração:
26 09/2025
09/2023
Exame Clinico Das Mamas Gravídica E Puerperal
Objetivo: Fazer inspeção das mamas e mamilos no início da gravidez e no puerpério imediato;
identificar anormalidades e alterações nas mamas;
84

Verificar o tipo de mamilo (bico) e indicar técnicas para melhorar a protratilidade mamilar;
avaliar, observar os sinais de risco para possíveis dificuldades na amamentação: mamilos
malformados, cirurgias da mama (mamoplastia reducional, prótese mamária); Prevenir / diminuir
intercorrências mamárias como ingurgitamento mamário, traumas mamilares e mastite,
Identificar o tipo de trauma mamilar quando este ocorrer.
Responsabilidades: Enfermeiro e Médico.
Material Utilizado:
 Biombo ou ambiente privativo;
 Luvas de procedimento;
 Maca.

Procedimento:

 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou


higienização simples das mãos;
 Explicar o procedimento à usuário;
 Atender usuária em ambiente privativo, caso necessário utilizar biombo;
 Realizar anamnese e registrar em prontuário eletrônico;
 Ouvir as experiências anteriores, medos, dúvidas e expectativas com relação amamentação;
 Solicitar à usuária que sente na maca;
 Realizar a inspeção estática das mamas: observar volume (pequenas, médias, grandes ou
volumosas), forma (firmes, flácidas, túrgidas), simetria (simétricas ou assimétricas), pele
(lesões, alterações na pele, cicatrizes, retrações, edemas, hiperemia, abaulamentos), tipo de
mamilo (protruso, semi-protruso ou plano,
 pseudo-invertido, invertido, hipertrófico - Figura 1), integridade aréolo-mamilar (no caso de
puérperas), presença de mamilo supranumerário ou glândula mamária extranumerária;
Figura 1 – Tipos de Mamilo

Protruso Semi-protruso Pseudo-invertido/Invertido

 Realizar a inspeção dinâmica das mamas: Solicitar a usuária que abra os braços paralelos ao
corpo e os levantes até a cabeça, e com as mãos na cintura contraia a musculatura peitoral;
 Realizar palpação das axilas, identificando glândula mamária supranumerária (puérperas);
85

palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares (gestantes) ainda com a usuário sentada;
 Solicitar ao usuário que deite na maca e coloque os braços atrás da cabeça;
 Realizar palpação das mamas, uma de cada vez, com atenção em cada quadrante mamário
(Figura 2), caso haja alguma alteração, descrever e registrar localizando o quadrante
correspondente.
Figura 2 – Quadrantes da mama direita

 Utilizar as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos para examinar todo o tecido mamário de forma
circular da área distal para proximal do mamilo (Figura 3);

Figura 3 – Palpação com as polpas digitais

 A região da aréola e do mamilo deve ser palpada e não pressionada (comprimida) a menos que
haja descarga papilar espontânea;
 Realizar estímulo tátil em região aréolo-mamilar para melhor identificar o tipo de mamilo;
 Orientar a usuário sobre os achados;
 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou
higienização simples das mãos;
 Realizar anotação de enfermagem, registrar em prontuário eletrônico;
 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado.
Observação:
86

Na anamnese, investigar histórico anterior de procedimento nas mamas;


A expressão aréolo-mamilar não deve ser realizada rotineiramente e, no caso de gestantes, deve
ser realizada a partir do 2º trimestre;
No caso das gestantes com mamilos pseudo-invertidos ou invertidos, o profissional poderá
orientar o exercício de Hoffman (a partir do 2º trimestre), que consiste em manobras para
exteriorização do mamilo. A mulher deve posicionar o polegar e o dedo indicador em lados opostos da
base do mamilo e apertar para dentro e puxar suavemente para fora. Em seguida, traciona-se a pele da
aréola, puxando-a para os lados e, depois, para cima e para baixo (Figura 4);

Figura 4 – Exercícios de Hoffman

Outra possibilidade para gestantes com mamilos semi-protruso, pseudo-invertidos ou

invertidos é o uso de uma seringa descartável para exteriorização. Recomenda-se o uso de seringa de 20
ml, conforme o passo-a-passo da Figura 5.

Figura 5 – Uso da seringa para exteriorização dos mamilos


87

Fonte: Imagem do Google

Os exercícios supracitados não garantem o sucesso na amamentação, porém são válidos para
melhoria anatômica do mamilo e para o autoconhecimento da gestante;
Em caso de puérperas com trauma mamilar, identificar e descrever o tipo de trauma e seguir o
protocolo do Programa de Aleitamento Materno;
Orientar gestante e puérpera quanto à importância da exposição das mamas ao sol (período,
tempo, cuidados);
Contraindicar uso de pomadas (exceto a lanolina purificada, indicada para tratamento de
traumas mamilares), buchas, toalhas, óleos, cremes e compressas quentes ou frias nos mamilos na
gestação e puerpério;
No caso de ingurgitamento mamário, realizar e / ou orientar puérpera quanto à Ordenha Manual
da Mama;
O uso de luvas é opcional para o exame físico da mama.

4. SALA DE CURATIVO

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


27 09/2023 09/2025
Curativo em Incisão (Sutura)
Objetivo: Este procedimento tem por objetivo descrever a técnica de troca de curativo de lesões de
cicatrização por primeira intenção, evitando infecção e conforto do paciente com o uso de técnicas
assépticas adequadas.
Responsabilidade: É de responsabilidade dos auxiliares e técnicos de enfermagem o conhecimento da
técnica, para sua correta execução, e o enfermeiro deve ter seus conhecimentos sempre atualizados para
orientar, supervisionar treinar a equipe e alterar o procedimento quando necessário.
Materiais Utilizados:
 Gazes esterilizadas;
 Solução fisiológica (SF 0,9%);
 Pacote de curativo estéril;
 Cuba rim ou bacia;
88

 Luvas de procedimento;
 Micropore ou esparadrapo;
 Tesoura.
Procedimento:
 Lavar as mãos;
 Explicar ao paciente o que será feito;
 Posicione o paciente de modo a permitir acesso ao curativo;
 Manter a privacidade do paciente, fechando porta, ou proteger com biombo se necessário;
 Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
 Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
 Colocar as pinças com os cabos voltados para borda do campo;
 Umedecer o micropore com SF 0,9%, para facilitar a retirada;
 Remover o curativo anterior, desprezando-o na borda do campo;
 Corte o micropore e dobre as extremidades sobre elas, formando presilhas;
 Montar a pinça Kelly com gaze, auxiliada pela pinça anatômica e umedecê-la com SF 0,9%;
 Limpar a incisão, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão;
 Limpar as regiões laterais da incisão após ter feito a limpeza da incisão principal;
 Secar a incisão e as laterais de cima para baixo;
 Ocluir a incisão e fixar o curativo de gaze com micropore ou esparadrapo;
 Desprezar as compressas em saco plástico, e demais resíduo em local apropriado;
 Fazer a desinfecção da maca e bancada e manter o ambiente em ordem;
 Realizar orientações e se necessário, agendar retorno;
 Lavar as mãos;
 Fazer anotações necessárias.
Observação:
 Se a incisão estiver seca no período de 24 a 48 horas, não há necessidade de oclusão e esta pode
ser lavada com água corrente e espuma de sabão durante o banho;
 Se a incisão apresentar exsudato após 24 a 48 horas, manter a ferida ocluída.
89

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


28 09/2023 09/2025

Retirada de Pontos
Objetivo: Este procedimento tem por objetivo descrever a técnica de retirada de pontos, evitando a
inflamação do local pela presença de material estranho ao organismo.
Responsabilidade: É de responsabilidade dos auxiliares e técnicos de enfermagem o conhecimento da
técnica, para sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar, supervisionar treinar a equipe e alterar
o procedimento quando necessário.
Materiais Utilizados:
 Pacote de curativo estéril (tesoura e pinça anatômica);
 Pacote de gazes;
 Cuba rim;
 Soro fisiológico (SF 0,9%);
 Luvas de procedimento.
Procedimento:
 Lavar as mãos;
90

 Realizar desinfecção da bandeja e bancada com álcool a 70%;


 Levar todo material para perto do paciente;
 Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado;
 Colocar o paciente em posição adequada e confortável, expondo a área a ser tratada;
 Abrir pacote de curativo com técnica asséptica;
 Colocar as pinças com os cabos voltados para bordo do campo;
 Remover o curativo se houver;
 Realizar a limpeza na sutura com soro fisiológico;
 Fixar o ponto com a pinça anatômica;
 Fazer leve tração;
 Cortar com a tesoura o ponto fixado com a pinça anatômica;
 Desprezar o fio retirado na cuba rim;
 Retirar o restante dos pontos;
 Aplicar álcool 70%;
 Deixar o curativo aberto;
 Desprezar as compressas em saco plástico, e demais resíduo em local apropriado;
 Fazer a desinfecção da maca e bancada e manter o ambiente em ordem;
 Realizar orientações e se necessário, agendar retorno;
 Lavar as mãos;
 Realizar as anotações necessárias.
Observação:
 Os fios de sutura devem ser mantidos apenas enquanto úteis;
 Nas incisões cutâneas, podem ser retidos entre o sétimo e o oitavo dia após a sutura;
 As condições da cicatriz (tensão na sutura, exsudato, edema), são fatores a ser considerados na
decisão da retirada dos pontos;
 Em caso de complicações ou dúvidas, encaminhar à enfermeira ou médico, antes de retirar;
 Quando não houver tesoura de retirada de pontos, utilizar lâmina de bisturi, tomando o cuidado
para não ferir o paciente;
 A equipe de enfermagem deve conhecer todos os tipos de pontos, para que sejam retirados
perfeitamente.
91

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Codificação: Data da Elaboração: Data de Revisão:


29 09/2023 09/2025
Curativo Aberto
Objetivo: Este procedimento tem por objetivo descrever a técnica de troca de curativo de lesões de
cicatrização por segunda intenção, evitando infecção e conforto do paciente com o uso de técnicas
assépticas adequadas.
Responsabilidades: É de responsabilidade dos auxiliares e técnicos de enfermagem o conhecimento da
técnica, para sua correta execução, e o enfermeiro deve orientar supervisionar treinar a equipe e alterar
o procedimento quando necessário.
Materiais Utilizados:
 Compressas de gaze esterilizadas;
 Solução fisiológica (SF 0,9%);
 Pacote de curativo estéril (1 pinça kocher e 2 anatômicas);
 Cuba rim;
 Luvas de procedimento;
 Tesoura.
Procedimento:
92

 Lavar as mãos;
 Realizar desinfecção da bandeja e bancada com álcool a 70%;
 Levar todo material para perto do paciente;
 Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado;
 Colocar o paciente em posição adequada e confortável, expondo a área a ser tratada;
 Abrir pacote de curativo com técnica asséptica;
 Colocar as pinças com os cabos voltados para bordo do campo;
 Colocar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril;
 Umedecer o micropore com SF 0,9%, para facilitar a retirada;
 Realizar a limpeza do ferimento com gaze embebida em soro fisiológico, com movimentos em
sentido único para evitar recontaminação;
 Limpar ao redor da ferida;
 Lavar o leito da ferida com SF 0,9%, através de pequenos jatos;
 Colocar gazes, compressas próximas à ferida para deter a solução drenada;
 Se necessário remover os resíduos de fibrina ou tecido desvitalizado utilizando remoção
mecânica com gaze embebida de SF 0,9%, com cuidado de executar o procedimento com
movimentos leves e lentos para não prejudicar o processo cicatricial;
 Utilizar um curativo apropriado para cada tipo da ferida, mantendo o leito da ferida úmido;
 Ocluir a ferida com gaze estéril ou compressa e fixar com micropore ou atadura de crepe;
 Desprezar as compressas em saco plástico, e demais resíduo em local apropriado;
 Fazer a desinfecção da maca e bancada e manter o ambiente em ordem;
 Realizar orientações e se necessário, agendar retorno;
 Lavar as mãos;
 Realizar as anotações necessárias.
Observação:
 Utilizar materiais dentro do prazo de validade;
 Utilizar luvas estéreis na ausência de pinças; que o procedimento seja realizado dentro das
técnicas corretas de assepsia, para evitar infecções.
93

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Higienização das mãos em serviço
de saúde. Brasília, 2014;

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Segurança do Paciente -


Higienização das Mãos. Brasília, 2007;

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Olhe suas Mãos: a higiene das mãos
promove o cuidado cirúrgico seguro. Brasília, 2016;

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de Saúde da


Família Coordenação-Geral de Saúde Bucal. Nota informativa Nº 1/2020-CGSB/DESF/SAPS/MS
“Coleta de swab por cirurgiões-dentistas no SUS”. Disponível em
https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/notas-tecnicas/nota-informativa-
coleta-de-swab-por-cirurgioes-dentistas-no-sus.pdf/view. Acesso em: 25 jan 2022.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Parecer de Câmara Técnia No 018/2020/CTAs/ COFEN.


Disponível em http://www.cofen.gov.br/parecer-no-018-2020-cofen- ctas_81609.html. Acesso em: 25
jan 2022.

CRF-SP Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Manual de orientação ao


farmacêutico. Testes rápidos para COVID-19 em farmácias. Disponível
em:http://www.crfsp.org.br/images/arquivos/200518_coronavirus_manual_teste_rapido_RT_s12_com
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BRUNNER / SUDDARTH, Tratado de enfermagem Médico- Cirúrgica, 7º edição, vol. 02, Editora
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GORIJO, C. et al. Guias Práticos de Enfermagem: Pediatria. 1ª Edição. RI McgrawHill Editora, 2001.

KOCH, R. M. Técnicas Básicas de Enfermagem. Curitiba. Editora Século XXI, 2001.

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SANTOS, N. C. MOREIRA, ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO


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SILVA, M. A. A. Enfermagem na Unidade de Centro Cirúrgico; 2ª ed. São-Paulo. E.P.U., 1997.


SOUZA, D. R.et al. Termos Técnicos de Saúde. SP. Editora: Conexão.

TIMBY, BARBARA K., CONCEITOS E HABILIDADES FUNDAMENTAIS DE ENFERMAGEM,


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UEL, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, Manual de procedimentos, Técnicas e


Administração de enfermagem, Ed. UEL, Paraná/2003.

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