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Sumário
Anotações e Observações..............................................................................................................3
Dúvidas..........................................................................................................................................3
Introdução.....................................................................................................................................3
1) Resumo da Discente...............................................................................................................3
2) Bibliografia............................................................................................................................4
3) Avaliações..............................................................................................................................4
4) Chamada................................................................................................................................4
1) Conceito..................................................................................................................................4
2) Conteúdo................................................................................................................................5
3) Funções..................................................................................................................................5
Fases Históricas......................................................................................................................7
Fontes Materiais.......................................................................................................................10
Fontes Formais.........................................................................................................................11
Fontes Autônomas................................................................................................................11
Fontes Heterônomas.............................................................................................................11
Empregado...............................................................................................................................24
Empregado Urbano..............................................................................................................24
Empregado Doméstico.........................................................................................................27
Empregado Rural.................................................................................................................29
Empregador.............................................................................................................................30
Grupo Econômico.................................................................................................................31
Sucessão Empresaria/Empregadores.................................................................................33
Terceirização................................................................................................................................36
Trabalho Avulso...........................................................................................................................38
Avulso Portuário......................................................................................................................38
Contrato de Trabalho..................................................................................................................43
Características..........................................................................................................................43
Interrupção...........................................................................................................................45
Suspensão.............................................................................................................................48
Grupo empresarial
Sucessão de empregadores
Interrupção x Suspensão
o Inclusive as hipótess sui generis.
Trabalho Lícito em “meio Ilícito”
Dúvidas
Qual a necessidade do artigo 611-B tendo em vista que o princípio da indisponibilidade de
direitos trabalhistas ainda está em voga, apesar de mitigado, portanto, a não ser que esteja
previsto em lei, o direito não será disponibilidade.
Introdução
1) Resumo da Discente
Advogada, principalmente na área trabalhista. Mestre em Direito Trabalhista e Processual
Trabalhista.
2) Bibliografia
Alice Monteiro de Barros. Curso de Direito do Trabalho.1
Maurício Godinho Delgado. Curso de Direito do Trabalho. 2
Vólia Bomfim Cassar. Direito do Trabalho.3
3) Avaliações
Menções
o II: 0 ~ 30%
o MI: 31% ~ 59%
o MM: 60% ~ 70%
o MS: 70% ~ 89%
o SS: 90% ~ 100%
1ª Prova:
2ª Prova:
Trabalhos:
o 1º: resolução de caso concreto. Data a ser marcada, uma aula antes ou depois da
prova.
o 2º: síntese de 10 audiências de instrução. Tem o peso de 2 questões objetivas ou 1
discursiva. Deve ser entregue até uma aula antes. OU escreve um artigo científico,
nos moldes de tema padrão.
4) Chamada
Realizada após disposição do conteúdo no início do horário. Em caso de atraso, é possível
comunicar a professora e a mesma irá retirar as duas faltas.
1
Leitura mais fácil. Livro atualizado por terceiro. Contudo, a obra contém alguns posicionamentos minoritários
sem mencionar que não são adotados pelos tribunais.
2
Muito importante para concurso público. O posicionamento do próprio Dr. Godinho é, constantemente,
cobrado em concursos. É uma ótima obra para ser utilizada em peças e decisões, especialmente a parte inicial.
Entretanto, há quem reclame que a escrita do r. autor é prolixa.
3
Obra grande. Boa para entendimento de alguns posicionamentos, visto que a autora dispõe, em algumas
partes, as visões de diferentes doutrinadores.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-309-6499-3/epubcfi/6/56[;vnd.vst.idref=chapter16]!/
4/172@0:0
englobando também, os institutos, regras e princípios concernentes às relações coletivas
entre trabalhadores e tomadores de serviços, entre empregador e sindicatos, e entre
sindicatos.
Definição subjetivista de Hueck e Nipperdey: “ O Direito do Trabalho é o direito especial de
um determinado grupo de pessoas, que se caracteriza pela classe de sua atividade lucrativa.
É o direito especial dos trabalhadores. O direito do Trabalho se determina pelo círculo de
pessoas que fazer parte do mesmo”.
Definição objetivista de Messias Pereira Donato: “Corpo de princípios e de normas jurídicas
que ordenam a prestação do trabalho subordinado ou a este equivalente, bem como as
relações e os riscos que dela se originam”.
Definição mista de Octavio Bueno Magano: “O conjunto de princípios, normas e
instituições, aplicáveis à relação de trabalho e situações equiparáveis, tendo em vista a
melhoria da condição social, do trabalhador, através de medidas protetoras e da
modificação das estruturas sociais”.
2. Conteúdo
O conteúdo básico do direto do trabalho é a relação empregatícia.
o São excluídos da seara do direito do trabalho os autônomos, os eventuais, os
estagiários e os servidores públicos.
Exceto quando houver expressa determinação legal, como é o caso dos
trabalhadores portuários avulsos que são equiparados a trabalhadores com
vínculo empregatício, conforme disposto no artigo 7º, inciso XXXIV, da
Constituição Federal de 1988.
o O artigo 114 da Constituição Federal da Constituição Federal de 1988 ampliou, em
caráter processual, a competência da Justiça do Trabalho.
3. Funções
Melhoria das condições de pactuação da força de trabalho na ordem socioeconômica . Essa
função é a justificativa para a:
o Desmercantilização da força de trabalho no sistema econômico capitalista. Tentativa
de não tratar o trabalhador como mercadoria;
o Restrição do livre império das forças de mercado na regência da
oferta/administração do Labor Humano. Traz a ideia de que o direito do trabalho
deve servir para alicerçar direitos mínimos aos trabalhadores de forma que o
trabalhador tenha condições dignas de trabalhar, ao mesmo tempo que o mercado
consiga se organizar.
Caráter modernizante e progressista do ponto de vista social e econômico.
o Generalização: condições mais modernas e civilizadas de gestão da força de trabalho;
o Distribuição de renda por meio da valorização do labor humano. No direito
trabalhista, a distribuição de renda está presente, mas em um critério mais
abrangente que o mero econômico. A distribuição de renda se dá por meio do
reconhecimento do ser humano como mais que mero trabalhador, dando a ele
garantias do mínimo necessário para ter uma vida digna, como férias remuneradas,
descansos dominicais, décimo terceiro, adicionais (noturno, periculosidade), entre
outros;
o Fortalecimento do mercado interno/economia. O trabalhador que tem seus
benefícios, suas garantias, ele se torna um consumidor mais ativo, causando um
impacto positivo na economia;
o Implementação de fórmulas mais eficientes e respeitosas da gestão trabalhista.
Função política conservadora
o Confere legitimidade política e cultural à relação de produção básica da sociedade
contemporânea.
Função civilizatória e democrática
o Instrumento para inserção na sociedade dos segmentos sociais despossuídos de
riqueza material.
o Controle e atenuação das distorções socioeconômicas inerentes ao sistema
capitalista.
As fontes do direito do trabalho são os meios pelos quais o DiT se forma, se origina e
estabelece suas normas jurídicas.
Origem das normas jurídicas (início/princípio/causa)
o Unicidade x Pluralidade
A teoria Monista defende que há apenas um centro de positivação jurídica, o
Estado. Defende a ideia de Unicidade. Apoiada por Hans Kelsen.
A teoria Pluralista reconhece que existem distintos centros de positivação
dentro da sociedade civil. Essa teoria reconhece que o Estado é a fonte
hegemônica. Defende a ideia da Pluralidade. Essa ideia legitima a existência
de acordos, visto que aceita outras fontes além do Estado.
As fontes do direito do Trabalho são classificadas em Materiais e Formais.
1. Fontes Materiais
As fontes materiais são pré-jurídicas.
De acordo com Sérgio Pinto Martins, as fontes materiais são um “complexo de fatores que
ocasionam o surgimento de normas, envolvendo gatos e valores. São analisados fatores
sociais, psicológicos, econômicos, históricos, ou seja, os fatores reais que irão influenciar na
criação da norma jurídica, valores que o Direito procura realizar.
São os fatores que conduzem à emergência e construção da regra de Direito, aqueles que
estão ligados à origem e desenvolvimento das normas jurídicas (econômicos; sociológicos;
políticos e filosóficos).
Essas fontes estão relacionadas à existência e evolução do sistema capitalista. Alguns
exemplos:
o Revolução industrial;
o Grande indústria/ Crescente Urbanização/ Cidades Operárias/ União dos
Trabalhadores;
o Movimentos sociais organizados pelos trabalhadores (movimento sindical);
partidos/ movimentos políticos organizados pelos trabalhadores.
o Ideias e correntes de pensamento.
2. Fontes Formais
As fontes formais são as normas positivas, ou seja, são comandos gerais, abstratos,
impessoais e imperativos que conferem à norma jurídica seu caráter positivo, criando o
poder obrigacional.
Vólia defende que: “não se considera, sob a ótica técnica, fonte formal de direito tudo que
acarrete em nascimento do direito, mas apenas a norma de caráter positivo” 5.
As fontes formais são sub classificadas com base na (i) origem da norma e (ii) no método de
produção, quais sejam suas classificações:
5
Razão pela qual discorda do posicionamento de Orlando Gomes que defende ser o contrato individual de
trabalho fonte de direito, pois gere direitos e obriga as partes.
6
O uso é uma prática reiterada ao longo do tempo no âmbito da relação entre as partes.
2.2.1. Sentença Normativa
Sentença (Artigo 203, §1º, CPC/2015) ≠ Substância/conteúdo
o Trata da criação de regras jurídicas para a incidência sobre relações futuras.
São proferidas nos autos de um dissídio coletivo.
Trata-se de dissídios econômicos ou dissídios jurídicos.
o Dissídios econômicos tem como efeito criar novas condições de trabalho.
o Dissídios Jurídicos tem como efeito interpretar a norma.
A sentença normativa equipara-se a um ato judicial na forma de produção e de
exteriorização, mas equipara-se a uma lei em sentido material.
Prazo de vigência (Art. 868, §único, CLT): “O Tribunal fixará a data em que a decisão deve
entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a 4
(quatro) anos”
o Precedente Normativo nº 120, da Sessão de Dissídios Coletivos do TST, também
estabelece essa limitação acerca do prazo máximo. “A sentença normativa vigora,
desde seu termo inicial até que sentença normativa, convenção coletiva de trabalho
ou acordo coletivo de trabalho superveniente produza sua revogação, expressa ou
tácita, respeitado, porém, o prazo máximo legal de quatro anos de vigência”.
o Artigo 114, §2º, CF/88: critério de incorporação das vantagens precedentes: caput
“Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar” + §2º “Recusando-se qualquer
das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente”. Defendem que as
disposições convencionadas anteriormente devem ser respeitadas. “Tudo que foi
convencionado, adere até que haja nova convecção coletiva”.
O dissídio coletivo só poderá ocorrer quando ambas as partes se recusarem a fazer um
acordo e, posteriormente, ambas, de comum acordo, proponham o dissídio. “O comum
acordo funciona como uma restrição ao direito trabalhista, visto que as partes não irão
ajuizar em comum acordo, graças à sua discordância anterior”
EC nº 45/04: Requisito do comum acordo, dissídio coletivo de natureza econômica.
o Greve: dissídio coletivo de greve. As partes legítimas a ajuizarem um dissídio são: a
empresa, os sindicatos e o MPT.
Art. 857, §único, CLT: associações sindicais, na ausência desses, federações
correspondentes ou confederações respectivas.
Art. 616, §§2 e 4, CLT
Art. 114, §3, CF/88: em caso de atividade essencial, MPT.
2.2.2. Negociações Coletivas (Acordos e Convenções)
Ambas são pactos coletivos extrajudiciais que se estabelecem condições de trabalho que
atingem os integrantes daquelas categorias, na base territorial dos respectivos sindicatos,
durante o período de vigência nele limitado. As fontes formais são apenas as cláusulas
normativas, pois são destinadas aos membros da categoria, enquanto as demais são
destinadas aos sindicatos ou partes formais.
Convenções coletivas: extensão/eficácia erga omnes. “Acordo” entre o sindicato da
categoria profissional e o sindicato representativo da categoria econômica (empresa e
trabalhadores).
o Art. 611, caput, §§1º e 2º, CLT: “Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de
caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias
econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das
respectivas representações, às relações individuais de trabalho”.
Acordos coletivos (inter partes). Acordo entre o sindicato da categoria profissional e uma
ou mais empresas. Aquilo que for concedido por meio de acordo coletivo vigorará no prazo
da lei.
Art. 8º, VI, CF/88.
Os acordos e convenções poderão vigorar por um Prazo Máximo definido em lei no Art. 614,
§3º, CLT7. Acabado o prazo, não ocorrerá ultratividade.
o Teorias
Aderência irrestrita: as cláusulas acertadas nos acordos e nas convenções
serão vinculadas ao contrato.
Aderência limitada pelo prazo: as cláusulas acertadas nos acordos e nas
convenções não serão vinculadas ao contrato e vigorariam apenas dentro do
prazo previsto em lei.
Aderência limitada por revogação (ultratividade relativa): as cláusulas
acertadas nos acordos e nas convenções irão aderir até que novo acordo ou
convenção vigore.
Súmula 277, TST:
o Redação Original: “As condições de trabalho alcançadas por força de sentença
normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os
contratos”.
o Redação 2012: “As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções
coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser
modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho”.
7
Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos.
Como o acordo tem prazo máximo de 2 anos, para evitar que existissem hiatos entre os
acordos onde não haveria aplicação de nenhuma convenção ou acordo, o poder judiciário
editou Precedente Normativo nº 120, Sessão de Dissídios Coletivos do TST, tribunal pleno,
que afirma que a vigência das cláusulas do acordo/convenção se estenderão até a vigência
de novo acordo/convenção.
Posicionamento STF (14.10.2016): Medida cautelar na ADPF nº 323 (Suspensão dos
processos).
8
De acordo com o artigo 507-A da lei 13.467/2017
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das
autoridades competentes”.
o §único: “A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses
previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de
diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes
o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
2.2.6. Jurisprudência
Ainda prevalece que a jurisprudência não é fonte do trabalho por não ter a característica de
vinculação que a fonte deve ter. Em uma prova objetiva, deve-se marcar que não é fonte,
entretanto, em uma prova subjetiva, pode-se argumentar acerca das súmulas vinculantes e
da recorrência do uso de jurisprudências como bases para decisões e peças, e da
importância dessa jurisprudência.
9
Ex.: Artigo 458 da CLT. A não validade do costume contra legem em relação às normas proibitivas já são
consolidaas pela Jurisprudência.
Posição tradicional x dominante – artigo 103-A da CF/88 (Emenda Constitucional nº
45/04)
Artigo 8º, §§1º e 2º, da CLT/2017.
§1º “O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho”.
o Se compararmos a nova redação do parágrafo primeiro na CLT/2017 e na redação do
parágrafo único do decreto 5.452, veremos que o legislador retirou “naquilo em que
não for incompatível com os princípios fundamentais deste”, considerando que o
legislador não retira ou insere palavras em vão, assume-se agora que na omissão da
CLT será possível utilizar qualquer norma do direito comum mesmo que não seja
compatível com os princípios fundamentais da CLT.
§2º “Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do
Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei”.
o Houve, a princípio, uma mitigação dos poderes de “legislar” do judiciário.
o Artigo 702, I, f, da CLT/2017.
Caput + I + f: “Ao Tribunal Pleno compete/ em única instância/ estabelecer
ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto
de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha
sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços
das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas,
podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua
publicação no Diário Oficial”.
2. Leis
4. Sentença Normativa
5. Negociação Coletiva
7. Regulamento de empresa
8. Súmula Vinculante
9. Costume
1. Princípio da Norma
mais Favorável
4. Art. 61 da CLT
Unidade IV - Princípios do Direitos do Trabalho
1. Princípio da Proteção (tutelar ou tuitivo)
O DiT se estrutura de forma a gerar uma teia protetiva à parte hipossuficiente na relação
empregatícia.
Os 3 princípios posteriores são derivados do princípio da proteção.
10
Entretanto o empregador não poderá se utilizar desse princípio para mitigar direitos do trabalhador.
11
A reforma mitigou esse princípio no sentido que se tornou mais barato demitir um emprego.
o Em algumas situações, a lei prevê a possibilidade de que o contrato de trabalho seja
elaborado por prazo determinado, ou seja, contratos a termo, com prazo
determinado, sempre serão excepcionais, exceção.
Ex.: artigo 443 da CLT/2017 “O contrato individual de trabalho poderá ser
acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente”.
§1º: “Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho
cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços
especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível
de previsão aproximada”, previsto na antiga CLT.
§2º: “O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
(a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a
predeterminação do prazo; (b) de atividades empresariais de caráter
transitório; e (c) de contrato de experiência”, previsto na antiga CLT.
§3º: “Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a
prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo
com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria”, previsto na CLT/2017
Ex.: Contratos ajustados pela Lei nº 13.429/17.
Se o prazo for dado como determinado, mas não se enquadrar nas hipóteses legais, assumir-
se-á que o mesmo é de prazo indeterminado.
o Artigo 445: “O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser
estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451”.
§único: “O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias”.
o Artigo 451: “O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação
de prazo”.
o Artigo 452: “Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder,
dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a
expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de
certos acontecimentos”.
Presunções favoráveis: Graças a este princípio, existe uma serie de Presunções que militam
a favor do empregado.
o Por exemplo, súmula 212 do TST: “O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador,
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável
ao empregado”.
o Sempre se presume que o fim do contrato de trabalho se deu da melhor forma
possível para o trabalhador, ou seja, caso tenha ocorrido algo que levou ao fim do
contrato de trabalho, cabe ao empregado comprová-lo.
Artigos 10 e 448 da CLT e 448-A da CLT/2017 – Sucessão de empregadores
o Art. 10 da CLT: “Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados”.
o Art. 448 da CLT: “A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados”.
o Art. 448-A da CLT/2017: “Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores
prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive
as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida,
são de responsabilidade do sucessor”, todas as obrigações serão herdadas, sejam
dívidas, débitos (ex.: férias, entre outros) ou cláusulas, normas, condições mais
benéficas conferidas pelo empregador anterior.
o Perda da importância: Substituição da estabilidade decenal pelo FGTS.
Artigos 477 e 492 da CLT
Art. 477 “É assegurado a todo empregado, não existindo prazo
estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja
ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de
haver do empregador uma indenização, paga na base da maior
remuneração que tenha percebido na mesma empresa”.
Art. 492, estabilidade decenal “O empregado que contar mais de 10
(dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido
senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior,
devidamente comprovadas”. O artigo 492 não foi recepcionado pela
CLT/2017, tendo a estabilidade decenal sido substituída pelo FGTS.
Valorização do Princípio
o Extensão do FGTS ao doméstico.
o Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço – Art. 7º, XXI, CF/1988 e lei nº
12.506/2011.
O artigo 7º, inciso XXI, da Constituição de 1988 definia que o aviso prévio
deveria ser de, no mínimo, 30 dias, salvo lei específica. Em 2011, foi editada a
lei nº 12.506 que especificou o prazo do aviso prévio.
Nova desvalorização do princípio com o artigo 484-A da CLT/2017 – Rescisão contratual
por acordo.
o Caput: “O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas”.
I – “Por metade”.
a - “o aviso prévio, se indenizado”.
b - “a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de
1990”.
II – “Na integralidade, as demais verbas trabalhistas”.
12
Poder conferido ao empregador de fazer pequenas mudanças que a lei não proíba.
13
Artigo 2º da CLT, Caput: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
ricos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”.
Mesmo nos casos onde o empregado divide parte do risco com o empregador, há certas
proteções que lhe cabem, como é o caso da prevista no artigo 7º, inciso VII, Constituição
Federal de 1988.
o Caput: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social”.
VII – “Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável”.
o Este inciso é importante para trabalhadores que recebem por comissão. Ele traz uma
segurança às pessoas que tem salário variável.
Afastada a teoria da imprevisão
Flexibilização dos direitos trabalhistas
o Artigo 466 da CLT
Caput: “O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de
ultimada a transação a que se referem”.
Empregado
Empregado Urbano
Os cinco requisitos para a caracterização da Relação de Trabalho estão previstos nos artigos
2º e 3º da CLT de 2017, quais sejam:
1. Trabalho prestado por pessoa física: o trabalhador deve ser uma pessoa física.
Pejotização: quando o empregador faz com que o empregado crie uma pessoa
jurídica para tentar descaracterizar esse critério. Se na prática comprovar-se
esse fato, graças ao princípio da primazia da realidade sobre a forma.
2. Pessoalidade: Relação intuito personae
Em uma relação empregatícia, há, necessariamente, a figura da pessoalidade
do empregado. O empregador quer aquela pessoa em específico, com
determinadas qualificações e sob quem deposita certa confiança. A pessoa é
“infungível”.
Caráter da infungibilidade – qualificação/ confiança
A impossibilidade de substituição livre, a qualquer momento e sem aviso, é
um bom sinal da presença de pessoalidade.
Existem exceções à ideia de substituiçaõ:
o Substituições normativamente (em decorrência de lei ou
convenção/acordo coletivo) autorizadas.
o Substituições consentidas
Morte do empregado
Despersonalização.
3. Onerosidade
A relação empregatícia é necessariamente onerosa. Relação de essencial fundo
econômico.
Prestações/ Contraprestações recíprocas que devem ser economicamente
mensuráveis.
A relação onerosa é aquele
A onerosidade deve ser vista em 2 dimensões:
Objetiva – pagamento em vias de fato.
Subjetiva – intenção contraprestativa. Não se pode avaliar apenas a
dimensão objetiva, deve-se avaliar também a intenção das partes no
momento do contrato, e a situação real.
o O elemento subjetivo também é capaz de excluir a possibilidade
de relação empregatícia, como ocorre nos casos do trabalho:
voluntário/ comunitário/ filantrópico/ religioso.
4. Não eventualidade
Um trabalho tido como não eventual é aquele que tem caráter de permanência
e que não é esporádico. Um trabalho eventual seria de curta duração, que não
tem reiteração no tempo ou que não tenha a ver com o objetivo do
empregador.
A repetição é uma das formas de se verificar que não há eventualidade.
Atividade-fim – presunção
A eventualidade não pode ser deduzida apenas pelo período de tempo.
Existem algumas teorias para regular a relação tempo x eventualidade
Teoria da descontinuidade: defendia uma ideia de continuidade para
caracterizar a não eventualidade, entretanto o critério acabou ficando
flexível. (Art. 1º, caput, LC nº 150/15)
Existem 3 teorias que definem o que é a eventualidade:
Teoria do evento determinado: eventual é o serviço que acontece em
razão de um acontecimento específico em um curto período.
Entretanto, é possível que um contrato para trabalho específico acabe
ficando pouco tempo, por exemplo, professor que é contratado para dar
uma aula por semana e não se adapta à instituição e acabe saindo
depois de poucas aulas.
Teoria dos fins do empreendimento: eventual é o serviço prestado que
não se insira nos fins do empreendimento econômico.
Teoria da não fixação jurídica a um único tomador de serviços: eventual
é aquele trabalho que não é prestado a um único tomador de serviços,
empregador.
Essas 3 teorias devem ser aplicadas juntas para se caracterizar a ideia de não
eventualidade.
Não eventual: é aquele serviço que é permanentemente necessário e que não
para um evento em específico. Há críticas acerca dessa acepção de
necessidade em razão da possibilidade de necessidade acidental, uma
necessidade momentânea em razão de um acontecimento específico.
Para uma prova objetiva: Não eventual é o serviço prestado com caráter de
permanência, não sendo prestado para um evento específico, que dê ideia de
perpetuação no tempo.
Eventual ≠ sazonal.
5. Subordinação
Dever de obedecer em decorrência do vínculo entre empregado e empregador.
A subordinação entende-se aqui como a subordinação jurídica, ou seja, a
subordinação que a própria lei exige.
Essa característica deve ser observada sob as seguintes dimensões:
Clássica – intensidade das ordens. Subordinado é aquele que recebe
ordens constantes do empregador, alto nível de intensidade. A falha
dessa teoria é não prever a possibilidade de subordinação sem
necessidade da alta intensidade das ordens. Não prevalece mais.
Objetiva – integração do trabalho nos fins/ objetivos do empregador.
Subordinado é aquele trabalhador que está integrado nos fins do
empreendimento econômico. Figura mais ampla que a simples
reiteração de ordens do chefe.
Estrutural – inserção do trabalhador na dinâmica do prestador de
serviços. O subordinado não necessariamente está inserido no fim do
empreendimento econômico e nem recebe ordens direta e
recorrentemente, mas sim aquele que está inserido na dinâmica da
empresa. “É uma das peças, engrenagens, do funcionamento da
empresa”.
Empregado Doméstico
Possui 4 elementos fático-jurídicos gerais + 4 elementos especiais.
Lei Complementar nº 150 de 2015, artigo 1º: “Ao empregado doméstico, assim considerado
aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2
(dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei”.
Temos como elementos fático-jurídicos:
o Pessoalidade, possui um papel de destaque nesse tipo de vínculo empregatício.
o Pessoa Física
o Onerosidade
o Subordinação
Já os 4 elementos especiais são:
o O 5º elemento da relação de emprego doméstico é a Continuidade – entendendo-se
por continuidade o serviço prestado + de 2 dias por semana.
o O 6º elemento da relação de emprego doméstico é a Finalidade não lucrativa dos
serviços
Inexistência de objetivos/resultados comerciais por parte do empregador. Não
é vista sob a ótica do empregado, mas do empregador. O empregador não
pode almejar obter lucro com base nessa relação.
O empregado doméstico é aquele que produz valor de uso, ou seja, a
finalidade almejada pelo empregador com aquele serviço deve ser para uso.
Logo, o trabalho do empregado doméstico não pode possuir valor de troca, a
finalidade do empregador com aquele serviço não pode ser lucrativa.
o Natureza do serviço
o 7º elemento – Prestação do serviço para pessoa física ou família
Não são considerados empregadores domésticos : Pessoa Jurídica/ Massa
Falida/ Condomínios
Essa vedação se dá com base no interesse pessoal do tomador família
(finalidade econômica sob a ótica do tomador)
Traz uma exceção à despersonalização do empregador, pois nesse caso a
morte do empregador também leva à despersonalização.
o 8º elemento - Em âmbito residencial
Para o âmbito residencial ou em função do âmbito residencial.
Divergência/ Interpretação
Interesse pessoal do empregador
República estudantil: pode ser um empregador doméstico com base na
ideia da finalidade não lucrativa do serviço. Já na relação de
pensionato, se o dono do imóvel contrata uma empregada que atua de
algum modo no imóvel ou cômodo que está sendo cedido por meio do
pensionato, não será considerado vínculo empregatício doméstico.
O empregado doméstico viveu uma fase de inclusão jurídica
o Com a Lei nº5.859/72
O empregado continuava à margem, pouquíssimos direitos lhe foram
garantidos.
o Constituição de 1988, artigo 7º, §único (anterior à EC 72/2013)
Trouxe alguns novos direitos, era muito taxativo, deixando a maioria dos
direitos à parte.
o Lei nº 10.208/01 – FGTS – voluntário
O empregador poderia escolher se colocaria o funcionário ou não no FGTS
o Lei nº 11.324/02
Trouxe alguns dos direitos que não haviam sido incluídos pelo art. 7º e pela lei
10208/02.
DR em feriados
30 dias corridos de férias
Garantia de emprego gestante
Reg. De descontos no salário
EC nº 72/13 – Foi um marco relevante na evolução do direito do trabalho. Trouxe 16 novos
direitos, dentre eles:
o Duração do trabalho
o SAT
o Neg coletivas
o HC
LC nº 150/15 – Importante, estrutura diversos critérios do empregado doméstico.
o Artigo 1º, §único
Vedação à contratação de menor de 18 anos para o trabalho doméstico.
o Artigo 4º ao 9º - Contratos de Experiência e Contrato por Prazo Determinado
o Artigos 2º (caput e §§) e 3º - Versam acerca da duração do trabalho.
o Artigo 12 – Obrigatoriedade da formalização do registro de jornada
o Artigos 13 e 15 – Regulamentação dos intervalos
A reforma flexibilizou a redução do intervalo de almoço.
o Artigo 14 – Remuneração pelo trabalho noturno
o Artigo 16 – Descanso Semanal Remunerado e remuneração em feriados
o Artigo 17 – Férias
Caput: “Direito a férias anuais remuneradas de 30 dias, salvo o disposto no
§3º do art. 3º, com acréscimo de, pelo menos, um terço do salário normal,
após cada período de 12 (doze) meses de trabalho prestado à mesma pessoa”.
o Artigos 21 e 22 – Inserção obrigatória do empregado doméstico no FGTS
o Artigos 31 a 35 – Simples Doméstico
Sistema eletrônico que deve ser utilizado pelo empregador para registrar e
realizar diversos pagamentos referentes ao trabalhador.
o Artigo 34, caput e §7º - Define um documento único de arrecadação para
recolhimento de alguns direitos do trabalhador.
o Artigo 26 - Seguro Desemprego
Empregado Rural
Os 5 elementos básicos da relação de emprego + 2 elementos especiais
A lei 5889/73 traz as diferenças para que o trabalhador rural seja diferenciado do
trabalhador urbano, em especial no artigo 2º.
Conceito de empregado rural: aquele que presta serviços ao empregador rural,
independente da função do empregado, desde que vinculada ao empregador rural. Esse
conceito é defendido por grande parte da doutrina, mas não é inconteste.
Os elementos especiais são:
o I – Enquadramento rurícola do empregador
Vinculação a um empregado rural
O artigo 7º da CLT traz a ideia de que o empregado rural deveria exercer
atividade “rural”. Esse conceito já foi superado.
Artigos 3º e 4º, Lei nº 5889/73
Exploração de atividade agroeconômica (agrícola, pecuária e agroindústria 14)
A definição de empregador rural encontra-se no artigo 3º, §1 da Lei nº
5889/73, Caput: “Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta
Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore
atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário,
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados”.
O artigo 2º, §§ 4 e 5, do Decreto nº 73.626/74 trouxe uma restrição ao
conceito de empregador rural. A doutrina defende que essa alteração não é
constitucional. Atualmente a doutrina defende que a mecanização da
atividade agroindustrial não pode ser sofisticada.
o II – Terreno ou propriedade rural, ou prédio rústico.
É o imóvel situado na zona geográfica situada no campo, na zona rural (A zona
rural definida em lei municipal).
Prédio Rústico – Propriedade situada na zona urbana que se destina à
exploração da atividade agroeconômia.
A doutrina critica a questão da localidade do imóvel, visto que a preocupação
real deve ser a atividade do empregador.
Exceção: Empresas de florestamento e reflorestamento
A OJ nº 419, SDI-1, TST foi cancelada com a nova CLT.
Empregador
Conceito disposto no artigo 2º da CLT, Caput: “Considera-se empregador a empresa,
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço”.
Atividade econômica organizada com fins produtivos
o O §1º do artigo 2º da CLT traz hipóteses de Empregadores por Equiparação. A
doutrina defende que as hipóteses desse § devem ser considerados como
Empregadores típicos
Artigos 10 e 448 da CLT
Características do Empregador
o Despersonalização
14
A doutrina defende que para ser caracterizado como empregador rural, a atividade agroindustrial deverá ser
rústica.
o Assunção de riscos: na prática, nem sempre essa característica é respeitada.
Grupo Econômico
Pode ocorrer por subordinação ou coordenação. No caso de coordenação, é necessário haver
interesse integrado, efetivo interesse comum e atuação conjunta.
A figura do grupo econômico é a ampliação/garantia do crédito trabalhista.
É subdividido entre grupo econômico urbano e grupo econômico rural.
Grupo Econômico Urbano
o Antes da reforma: Artigo 2º, §2º, da CLT. Esse artigo definia que os grupos somente
poderiam ocorrer por subordinação, ou seja, deveria haver um grupo de empresas
sendo controlado por uma empresa principal.
Caput: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço” + §2º “Sempre que uma ou mais empresas,
tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob
a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial,
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da
relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada
uma das subordinadas”.
o Depois da reforma: Artigo 2º, §§ 2º e 3º da CLT de 2017. O §2º, pós reforma, já prevê
a possibilidade do grupo econômico ser tanto por coordenação quanto por
subordinação. Já o §3º prevê uma situação onde não existe o grupo econômico. Não
é necessário que as empresas se apresentem propriamente como um grupo
econômico, deve-se utilizar a primazia da realidade sobre a forma.
O grupo econômico não é mais visto como empregador único.
A responsabilidade solidária passa a ser acerca das obrigações
relativas à relação de emprego.
§2º “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego” + §3º “Não caracteriza
grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes”.
o Uma alteração fundamental promovida pela reforma foi a redação final do §2º.
Anteriormente, a responsabilidade solidariedade entre as empresas do grupo tratava
dos efeitos da relação de emprego, ou seja, era possível que o funcionário de qualquer
uma das empresas pleiteasse qualquer direito proveniente de qualquer uma das
empresas do grupo, afinal, o grupo econômico era visto como empregador único. A
reforme alterou essa redação fazendo com que as empresas tenham responsabilidade
solidária apenas para as obrigações referentes à relação de emprego, ou seja, o grupo
econômico passou a ser visto como uma pluralidade de empregadores que poderá
responder pelas obrigações relativas às relações de emprego umas das outras.
Grupo Econômico Rural
o A própria lei já previa a possibilidade de grupos econômicos por coordenação ou
subordinação. Artigo 3º, §2º, Lei nº 5.889/73 (rural).
Ainda não se tem um posicionamento fixo sobre as franquias.
Grupo Econômico entre empresas com fins lucrativos e sem fins lucrativos
A Súmula nº 205 do TST defendia que a empresa solidária integrante do grupo que não
participou da relação processual, ou seja, não foi posta na ação, não poderá ser sujeito
passivo na execução. Essa súmula foi cancelada, tendo em vista que atualmente se entende
que as empresas, por responderem solidariamente, poderão ser arroladas na execução.
Novidade
Sócio retirante: artigo 10-A, CLT, responsabilidade subsidiária
o Anteriormente, grande parte da doutrina se utilizava dos artigos 1.003 e 1.032 do
Código Civil de 2002 para definir a responsabilidade do sócio.
Art. 1.003, CC/02
Caput: “A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente
modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios,
não terá eficácia quanto a estes e à sociedade”.
§único: “Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato,
responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a
sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio”.
Art. 1.032, CC/02
Caput: “A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus
herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até
dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois
primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se
requerer a averbação”.
o Pós Reforma, a responsabilidade do sócio retirante passou a ser contemplada pela
CLT no artigo 10-A.
Caput: “O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações
trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação
do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:”.
“I – A empresa devedora”;
“II – Os sócios atuais”; e
“III – Os sócios retirantes”.
§único: “O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando
ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do
contrato”.
Ou seja, sua responsabilidade será subsidiária e limitada ao período em que
atuou como sócio, em até 2 (dois) anos após a sua averbação, exceto se for
comprovada fraude.
Se comprovada fraude na alteração societária (exclusão, saída, etc, do
sócio) decorrente da modificação do contrato, o sócio responderá
solidariamente junto aos demais.
O sócio retirante não necessariamente participará da fase de conhecimento do
processo, mas poderá ser cobrado na fase de execução respeitado o benefício
de ordem.
Sucessão Empresaria/Empregadores
A despersonalização do trabalhador quer que os empregados mantenham o vínculo
independentemente da alteração dos empregadores, defendido pelos artigos 10, 448 e 448-A.
Por arrumar
15
Permissão do Estado para que um particular explore determinada atividade mediante certas condições e
encargos.
Exclui a responsabilidade do sucessor pelos contratos extintos antes da
vigência da sucessão
Contratos
Apesar de parecer judicial por não garantir o pagamento da dívida trabalhista, a ideia
é justamente tornar atrativo o aproveitamento da massa falida, trazendo crédito para o pagamento
das dívidas.
Entendimento
RE nº 583 955-9/RJ
Recuperação Judicial
É uma delegação pública pessoal que exige prévia aprovação em concurso público.
Desmembramento de Estado/Município
OJ nº 411, SDI-1, TST. Em suma, se o grupo tiver capacidade de arcar com todas as dívidas,
diretas e indiretas
Exceções
Terceirização
Surgimento
o Artigo 10, §7º, Decreto-Lei nº 200/67
Caput: “A execução das atividades da Administração Federal deverá ser
amplamente descentralizada”.
§7º: “Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação,
supervisão e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado
da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da
realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à
execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa
privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os
encargos de execução”.
o Artigo 3º, §único, Lei 5.645/70
o Lei 6.019/74 – Lei do Trabalho Temporário.
o Lei 7.102/83 – Lei do Vigilante.
Explicação
o É uma empresa que se propõe a fornecer mão-de-obra para as atividades meio.
Atividade meio/ atividade fim
Súmula 331-TST/ RE 958.252 de Repercussão Geral 725
o Inicialmente, utilizava-se a Súmula 256 do TST, vide a seguir:
“Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas
Leis nºs 6.019, de 03.01.1974, e 7.102, de 20.06.1983, é ilegal a contratação de
trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício
diretamente com o tomador dos serviços”.
o A Súmula 331 do TST, reviu a s. 256, mantendo seu teor no inciso I, mas trazendo
modernizações nos incisos seguintes, permitindo a terceirização das atividades fim:
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-
se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de
trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não
gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta,
indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços
de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem
como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde
que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
É importante ressaltar que não pode haver subordinação direta e
pessoalidade.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto
àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste
também do título executivo judicial.
É importante denotar só acarretará em responsabilidade subsidiária
caso a empresa tomadora dos serviços da empresa terceirizada esteja
na relação processual e no título executivo judicial.
Responsabilidade da Adm. Pública RE 760.931/ RE 635.546
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua
conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de
21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações
contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações
trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
Provém da tese do RE 760.931 em que o Supremo defende que a
“Administração pública não é responsável por dívida trabalhista de
terceirizada”. Com a o tópico V da Súmula 331, o TST “aliviou” um
pouco essa situação ao permitir a responsabilidade subsidiária nos
casos em que houver culpa (culpa in vigilando) também da
Administração Pública.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as
verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.
Alterações promovidas pela Reforma Trabalhista
o A nova CLT incluiu o artigo 4º-A da Lei nº 6.019/74 que “liberou geral” a
terceirização, podendo terceirizar, inclusive, os empregados da atividade principal.
Caput: “Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita
pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua
atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços
que possua capacidade econômica compatível com a sua execução”.
Por arrumar
Trabalho Avulso
Artigo 7º, XXXIV, CF/88
Lei nº 12.815/13 (revogou a Lei nº 8.630/90)
Lei nº 12.023/09 (lei dos Avulsos não portuários)
Conceito: Trabalhador eventual/curtos períodos de tempo/ distintos tomadores
Os trabalhadores avulsos portuários possuíam forte capacidade de organização e pressão,
por isso essa diferenciação na regulamentação dessa classe.
Avulso Portuário
Lei nº 12.815/13
Trabalhadores OGMO (Órgão Gestor de Mão-de-Obra) Tomadores de serviços
o Ex.:
Entidade intermediária – OGMO, regulamentado nos artigos 32 a 39 da lei 12.815/13
o Este órgão possuí métodos de controle dos trabalhadores avulsos, por competência,
especialidade e tempo desde o último trabalho.
o Seu papel é administrar
Art. 32 – papel do OGMO
o Caput: “Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um
órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a:”
o Assemelha-se a um sindicato que organiza a demanda de mão-de-obra. Inclusive, na
ausência de OGMO, por exemplo no caso dos trabalhadores dos portos secos, o
sindicato da classe assumirá os deveres do OGMO.
“I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do
trabalhador portuário avulso;
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o
registro do trabalhador portuário avulso;
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário,
inscrevendo-o no cadastro;
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao
registro do trabalhador portuário avulso;
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos
operadores portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário
avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários.”
§único: “Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho
entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento
precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre
capital e trabalho no porto.”
Art. 33 – competência do OGMO
o Os §§1º e 2º versam sobre a responsabilidade do órgão.
o Caput: “Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso:”
I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato,
convenção ou acordo coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar,
as seguintes penalidades:
a) repreensão verbal ou por escrito;
b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou
c) cancelamento do registro;
II - promover:
a) a formação profissional do trabalhador portuário e do trabalhador
portuário avulso, adequando-a aos modernos processos de
movimentação de carga e de operação de aparelhos e equipamentos
portuários;
b) o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e do
trabalhador portuário avulso; e
c) a criação de programas de realocação e de cancelamento do registro,
sem ônus para o trabalhador;
III - arrecadar e repassar aos beneficiários contribuições destinadas a
incentivar o cancelamento do registro e a aposentadoria voluntária;
IV - arrecadar as contribuições destinadas ao custeio do órgão;
V - zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no trabalho portuário
avulso; e
VI - submeter à administração do porto propostas para aprimoramento da
operação portuária e valorização econômica do porto.
o §1º: “O órgão não responde por prejuízos causados pelos trabalhadores portuários
avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros”.
Isenção da Responsabilidade do órgão no caso de danos causados pelo avulso ,
diferentemente do empregador que responde pelos danos do funcionário
comum.
o §2º: “O órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela
remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações
decorrentes de acidente de trabalho”.
Responsabilidade solidária pelas obrigações relativas à relação de trabalho .
o §3º: “O órgão pode exigir dos operadores portuários garantia prévia dos respectivos
pagamentos, para atender a requisição de trabalhadores portuários avulsos”.
Garantia.
o §4º: “As matérias constantes nas alíneas a e b do inciso II deste artigo serão
discutidas em fórum permanente, composto, em caráter paritário, por
representantes do governo e da sociedade civil”.
o §5º: “A representação da sociedade civil no fórum previsto no § 4o será paritária
entre trabalhadores e empresários”.
Não há vínculo empregatício entre os trabalhadores avulsos portuários e o OGMO,
conforme o artigo 34 da lei 12.815/13.
Os artigos 33, I, 36 e 42 trazem a importância da negociação coletiva.
O artigo 37 da lei 12.815/13 prevê a utilização da arbitragem a fim de compor os conflitos
entre o tomador de serviços e os trabalhadores avulsos.
O artigo 38 da lei 12.815/13 prevê a forma como se organizará o OGMO.
Art. 40, §1º - Atividades do trabalhador avulso portuário
o §2º - Inovação. Dá preferência aos portuários avulsos no caso de contratação como
empregado regular.
Art. 39: define que o OGMO não possui finalidade lucrativa.
o Ex.: navio OGMO 20 trab. Braçais/ 4 mot. de emp./ 3 encarregados/ 1
responsável pelo guindaste
Art. 41 cadastro/ aptidão
O pagamento da hora trabalhada já computados os encargos sociais, por exemplo, o
recolhimento do FGTS.
Contrato de Trabalho
O direito do trabalho aceita contrato verbal, os contratos são consensuais e podem existir
contratos tácitos (que ocorrem no meio urbano ou rural).
Eu posso falar que o contrato começou a produzir os seus efeitos? A partir da celebração.
o Pode ter cláusula postergando o início
o Após a celebração, mesmo se a pessoa já não esteja prestando serviço, ela já está à
disposição.
o Pode contratar o empregado em um local e prestar em outro.
o Art. 435, CC.
o Art, 651, §3º, clt (? uma atenuação do caput)
Por isso é importante saber o momento e o local
Características
Regra Geral do contrato de trabalho: princípio da continuidade da relação de emprego os
contratos de trabalho deverão ser ajustados para que o trabalhador receba as melhores
condições de trabalho (a regra são os contratos por prazo indeterminado).
o Exceção: Contrato por prazo determinado
Hipóteses de pactuação
Art. 443, §2º, clt
o Caput: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo
determinado ou indeterminado”.
o §2º: “O contrato por prazo determinado só será válido em se
tratando”. Ponto importante, o “só será válido” elencado neste
parágrafo, significa, só será válido como por prazo determinado.
1. “de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a
predeterminação do prazo”.16
2. “de atividades empresariais de caráter transitório”.
3. “de contrato de experiência”.
Legislação extravagante. Por exemplo, Lei nº 6019.
Lei nº 9601/98 (qualquer atividade/ instituído por negociação coletiva
– art. 1º, 3º)
o Art. 1º, Caput: “As convenções e os acordos coletivos de trabalho
poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado,
de que trata o art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, independentemente das condições estabelecidas em seu §
2º, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou
estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no
número de empregados”.
o Art. 3º, Caput: “O número de empregados contratados nos
termos do art. 1º desta Lei observará o limite estabelecido no
16
O lojista contratado apenas para época de festividades se enquadra neste parágrafo, tendo em vista que a
atividade não é transitória, mas sua contratação se dá apenas em razão do aumento da demanda.
instrumento decorrente da negociação coletiva, não podendo
ultrapassar os seguintes percentuais, que serão aplicados
cumulativamente”.
Prazos Legais
o Regra Geral da duração do contrato por prazo determinado (Art. 445, caput, clt): “O
contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2
(dois) anos, observada a regra do art. 451”.
o Peculiaridade do prazo do Contrato de Experiência (art. 445, §único): Salvo o
contrato de experiência que tem duração máxima de 90 dias. O contrato de
experiência poderá ser prorrogado uma única vez, não extrapolando, todo o período
de contratação, o prazo máximo de 90 dias.
o Lei Especial
Prorrogação e Sucessividade (art. 451 e 452 da clt)
o Prorrogação (art. 451, Caput): “O contrato de trabalho por prazo determinado que,
tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem
determinação de prazo”. Vale ressaltar que o período original somado à prorrogação
não pode ultrapassar o máximo legal (2 anos).
o Sucessividade (Art. 452, Caput): “Considera-se por prazo indeterminado todo
contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo
determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços
especializados ou da realização de certos acontecimentos”.
Ou seja, findado o prazo por tempo determinado, o empregador deverá
esperar o prazo de 6 (seis) meses para recontratar o empregado, salvo a
hipótese elencada no artigo.
Desrespeito aos prazos elencados na lei, levam à consideração do contrato por tempo
determinado como contrato por tempo indeterminado.
Licença remunerada
O empregador não pode criar intervalos arbitrariamente, ou será considerado como tempo
à disposição, portanto uma interrupção, poderá ser considerada como hora extra. Previsto
na Súmula 118 do TST.
Com a reforma, a clt prevê a possibilidade do trabalhador ficar na empresa além do horário,
por diversos motivos, sem que se enquadre na hipótese de estar a disposição do trabalho, e,
por conseguinte, hora extra.
Suspensão
Suspensão: o empregador e o empregado estão desobrigados a cumprir suas obrigações.
Encargos Públicos Obrigatórios – Longa Duração – Art. 483, §1º, clt (e não
obrigatórios)
O artigo 483 da clt traz a hipótese do empregado suspender o contrato em razão de falta
grave.
Greve
A greve é defendida constitucionalmente, entretanto, trata-se de uma suspensão, portanto,
o empregador não está obrigado a pagar salário, a não ser por acordo e convenção coletivos.
Art. 7º da lei nº 7783/89
Art. 9º da CF/88
Vedado o Locaute, o empregador não pode fazer “greve”.
o O Locaute, caso ocorra, é considerado como interrupção do contrato
Prisão Cautelar/Processual
Enquanto o empregado estiver sobre prisão preventiva (cautelar), o contrato de trabalho
fica suspenso.
Caso o crime seja relativo ao trabalho, o empregado poderá ser dispensado por justa causa.
Rescisão por Justa Causa: Art. 482, alínea D, clt
o Caput: “Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador”
o Alínea D: “condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena”
Faltas Injustificadas
Não se pode retirar o direito ao descanso semanal remunerado, é possível apenas retirar-se
a remuneração nas hipóteses previstas em lei.