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Antonio
Daud
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 5 - Direito do Trabalho -
2024 (Pós-Edital)
Autor:
Antonio Daud, Equipe Mara
Camisassa, Mara Queiroga
Camisassa de Assis
28 de Janeiro de 2024
Índice
1) Término de Contrato de Trabalho
..............................................................................................................................................................................................3
2) Aviso Prévio
..............................................................................................................................................................................................
24
4) Procedimentos Rescisórios
..............................................................................................................................................................................................
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O detalhamento dos assuntos férias, FGTS, Seguro-Desemprego (SD) e aviso-prévio terão lugar em tópicos específicos deste
curso, quando aplicáveis.
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Pedido de demissão
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
O pedido de demissão, junto com a demissão sem justa causa, é caso de extinção voluntária imotivada do
contrato de trabalho.
O empregado tem o direito de pôr fim ao pacto empregatício sem que seja necessário motivo para tanto, e
esta decisão configura o pedido de demissão.
Exemplo: o empregado de um banco, cansado de sua rotina, decide sair do emprego e se dedicar
exclusivamente a estudar para concursos públicos ;-)
Não há possibilidade de o empregador recusar o “pedido”, que, semanticamente, poderia ser mais bem
representado pelas expressões “aviso de demissão” ou “comunicado de demissão”.
Nesta modalidade de extinção do contrato o empregado fará jus a saldo de salário (dias trabalhados no mês
da saída), férias (inclusive proporcionais) e 13º salário (proporcional).
Como foi do empregado a iniciativa do término do contrato, não é cabível direito a aviso-prévio: pelo
contrário, é ele que deve conceder o aviso ao empregador. Não o fazendo, deverá indenizá-lo2.
No pedido de demissão, da mesma forma, não será cabível indenização do FGTS (multa rescisória de 40%) e
nem requerimento de Seguro-Desemprego.
2
Falaremos sobre estas regras, de modo aprofundado, no tópico “Aviso Prévio”.
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Estudem as alíneas do artigo 482 da CLT com atenção redobrada, pois eles são exigidos em provas de
concurso com grande frequência!
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
Ato de improbidade é conduta faltosa do empregado que age de modo contrário à lei.
3
Neste sentido, NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Assédio Moral. 2 ed. – São Paulo: Saraiva, 2011, p. 116.
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., pág. 1232-1233.
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Em determinadas circunstâncias o empregado pode laborar para mais de um empregador, com atividades
idênticas ou assemelhadas, e se não houver cláusula explícita de exclusividade5 (ou caso exista aquiescência
do empregador) tal fato não pode ensejar demissão por justa causa.
Se, por exemplo, eu fosse empregado dos sites Estratégia Concursos e Eu Vou Passar, mesmo ministrando
aulas da mesma matéria, isto não poderia ser caracterizado como concorrência desleal caso houvesse
aquiescência do empregador (ou então não existisse no contrato cláusula explícita de exclusividade).
5
Neste sentido, DELGADO, Mauricio Godinho. op. cit., pág. 1218.
6
CARRION, Valentin. Op. cit., p. 449.
7
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit., p. 412.
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A doutrina8 entende que o inciso é aplicável à embriaguez alcoólica e também pelo uso de tóxicos e
entorpecentes.
Há decisões judiciais interpretando o alcoolismo como doença, e neste sentido não caberia a demissão com
justa causa, e sim busca de tratamento médico.
Valentin Carrion9 cita um exemplo que também permite visualizar esta diferença, que por vezes é explorada
em concursos:
“Indisciplina (h). Descumprimento de ordens gerais do empregador, dirigidas
impessoalmente ao quadro de empregados (ex.: proibição de fumar em certos locais);
insubordinação: desobediência da determinada ordem pessoal endereçada a certo
empregado ou a pequeno grupo (ex.: executar alguma tarefa como lhe foi comunicado
(...).”
i) abandono de emprego;
O abandono de emprego pode ser caracterizado10 como “o decurso de um período determinado de ausência
ao serviço (elemento objetivo) e a intenção manifesta do empregado em romper o contrato (elemento
subjetivo)”.
8
Neste sentido, CARRION, Valentin. Op. cit., p. 449.
9
CARRION, Valentin. Op. cit., p. 450.
10
NASCIMENTO, Amauri Mascaro, loc. cit.
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Quanto ao elemento objetivo (decurso de prazo) a doutrina tem utilizado o lapso temporal de 30 dias, com
fundamento no artigo 472, § 1º da CLT e na Súmula 32 do TST:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
SUM-32 ABANDONO DE EMPREGO
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de
30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não
o fazer.
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
outrem;
Esta tipificação da justa causa tem relação com os crimes contra a honra (difamação, injúria e calúnia) e com
as ofensas físicas, ambas praticadas no ambiente laboral (local em que o empregado esteja submetido ao
poder empregatício).
O ato lesivo à honra ou a ofensa física podem justificar a demissão mesmo quando seja cometido contra
terceiros (visitantes, clientes, etc.) desde que cometido em situação na qual o empregador possa fazer uso
de seu poder disciplinar.
O Ministro Godinho11 cita um exemplo interessante, que seria o caso de “ofensas e agressões durante o
desenrolar do transporte ofertado pela empresa, nos moldes das horas in itinere, cujo período esteja
integrado ao contrato de trabalho”.
Percebam que a alínea traz uma importante ressalva: a legítima defesa descaracteriza a conduta como
motivo para a justa causa.
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Esta alínea é bastante semelhante à anterior, com a diferença de que se aplica aos casos em que o ato lesivo
à honra ou ofensa física é praticado contra o empregador e superiores hierárquicos.
Além disso, é importante frisar que na alínea anterior a lei destacou a necessidade de a conduta ter sido
praticada no ambiente “no serviço”, que, como vimos, pode ser estendida não só ao estabelecimento em si,
mas também aos locais onde haja poder empregatício.
11
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., pág. 1238.
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Nesta alínea, porém, não há menção à necessidade da conduta ter sido praticada em ambiente laboral. Deste
modo, não importa o local onde foi praticada: a conduta ofensiva física ou moralmente contra o empregador
ou superiores, independente de onde foi cometida, poderá ensejar a demissão por justa causa.
A reforma trabalhista criou uma nova hipótese de dispensa com justa causa:
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da
profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
Trata-se, por exemplo, da situação em que o motorista que perde sua habilitação, do advogado que tem seu
registro cassado na OAB ou do médico que tem cassado seu registro no CRM – Conselho Regional de
Medicina, em todos os casos mediante conduta dolosa.
--------------------
CLT, art. 482, parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos
atentatórios à segurança nacional.
A doutrina majoritária, que inclui Mauricio Godinho Delgado12, entende que este dispositivo não foi
recepcionado pela CF/88 tendo em vista que afronta alguns princípios, entre eles os do juiz natural e do
devido processo legal.
12
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., pág. 1241.
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Em relação aos bancários, existia previsão na CLT de demissão por justa causa se este empregado fosse
contumaz em não pagar suas dívidas:
CLT, art. 508 - Considera-se justa causa, para efeito de rescisão de contrato de trabalho do
empregado bancário, a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis.
No final de 2010 este artigo foi revogado pela Lei 12.347/10 (por isso coloquei a redação do artigo tachada),
então esta possibilidade não mais existe em nosso ordenamento jurídico.
Rescisão indireta
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
Na extinção do contrato de trabalho chamada de rescisão indireta o empregador é que comete falta grave,
sendo esta modalidade reconhecida na Justiça do Trabalho.
Desta forma, percebam que o empregado deve entrar com ação na Justiça contra o empregador, e é o Poder
Judiciário que decidirá sobre o cabimento da rescisão indireta.
Traçando um paralelo com a demissão por justa causa (quando o empregado comete falta grave), esta
hipótese de extinção também é chamada de “justa causa do empregador”.
É interessante mencionar que a falta ensejadora da rescisão indireta não necessariamente será cometida
diretamente pelo empregador: também pode gerar a rescisão indireta ações indevidas praticadas por
prepostos do empregador, empregados ocupantes de cargos de chefia, etc.
Exemplo disto é a previsão do art. 483, “b”, que considera cabível a rescisão indireta nos casos em que o
empregado “for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo”.
13
Não entraremos em maiores detalhes sobre o uso (e falta) de EPI, pois este assunto se insere no escopo do Curso de Segurança
e Saúde no Trabalho p/ AFT, também de minha autoria no site Estratégia Concursos.
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a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos14por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
Esta alínea reúne várias possibilidades.
A primeira situação diz respeito à limitação física do empregado, que deve ser respeitada sob pena de causar-
lhe (ou agravar) problemas como, por exemplo, a lombalgia.
Há previsão objetiva na CLT sobre limitação de força muscular, o que, inclusive, tem sido exigido em provas
de Segurança e Saúde no Trabalho:
CLT, art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode
remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do
menor e da mulher.
CLT, art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o
emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25
(vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.
A alínea “a” também cita os serviços defesos por lei, que seria o caso de o empregador, indevidamente,
exigir que o empregado praticasse atos ilegais (como a venda de produtos sabidamente objeto de
contrabando).
Por fim, a alínea cita os atos contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato.
No caso dos serviços alheios ao contrato, deve-se observar a função para a qual o empregado foi contratado,
de modo que o empregador não deve exigir realização de tarefas que sejam estranhas ao pactuado.
No decorrer do vínculo empregatício é comum que haja alteração de função, promoções, mudanças de
enquadramento do empregado no plano de cargos existente na empresa, etc.
Nestes casos haverá, naturalmente, alteração das funções exercidas, mas acompanhadas de alteração de
seus contratos de trabalho, respeitando-se, sempre, o princípio da inalterabilidade contratual lesiva.
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
Aqui pode ser enquadrado o assédio moral, quando o empregador se excede no uso de seus poderes.
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Lembrando que defeso é sinônimo de proibido.
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O conceito de perigo manifesto de mal considerável pode ser relacionado às condições (indevidas) de
Segurança e Saúde no Trabalho.
O ambiente de trabalho pode conter agentes ambientais (ruído, radiações, produtos químicos, etc.) passíveis
de causar acidentes e doenças ocupacionais de graves consequências para a saúde dos empregados, e caso
o empregador não adote medidas para eliminar, neutralizar ou controlar os riscos existentes poderemos
estar diante de situação em que os empregados estejam expostos a perigo manifesto de mal considerável.
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
da honra e boa fama;
Nesta alínea verificamos também possibilidade de rescisão indireta relacionada não só ao empregador, mas
também a prepostos deste.
Os atos lesivos da honra e boa fama – que podem atingir tanto o empregado quanto pessoas de sua família
- se relacionam à calúnia, difamação e injúria (crimes contra a honra tipificados no Código Penal).
É de se destacar que o assédio sexual praticado pelo empregador contra o empregado é enquadrado nesta
alínea da CLT15 como motivadora da rescisão indireta16.
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
Esta alínea se aplica nos casos em que o empregado receba salário variável (por peça ou tarefa).
15
Neste sentido, NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Op. cit., p. 118.
16
O assédio provocado pelo empregador (ou seu preposto) contra o empregado pode dar causa à rescisão indireta (CLT, art. 483,
e); se o assédio foi provocado por outro empregado será o caso de demissão por justa causa do assediador (CLT, art. 482, b).
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Podemos citar o exemplo de empregada que, recebendo por peça, costurava 500 peças de roupa por mês, e
durante a prestação laboral o empregador reduziu de forma permanente a encomenda para apenas 100
peças por mês. Esta medida afeta sensivelmente a importância dos salários.
Por fim, trago uma particularidade da rescisão indireta dos empregados domésticos. Todos estes casos que
vimos até agora (previstos na CLT) foram previstos também na Lei dos domésticos (LC 150). Na verdade, esta
lei repetiu as alíneas do art. 483 da CLT, mas acrescentou um novo tipo, que faz referência à Lei Maria da
Penha:
LC 150, art. 27, parágrafo único - O contrato de trabalho [doméstico] poderá ser rescindido
por culpa do empregador quando:
VII - o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou familiar contra
mulheres de que trata o art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Portanto, quando o empregador doméstico praticar violência doméstica contra mulheres (não
necessariamente contra a empregada doméstica), esta poderá pleitear a rescisão indireta do seu vínculo
empregatício
➢ Verbas devidas na rescisão indireta
Nesta hipótese, serão devidos ao empregado as seguintes verbas e direitos:
✓ saldo de salário;
✓ 13º proporcional;
✓ férias, inclusive proporcionais;
✓ aviso prévio;
✓ multa de 40% do FGTS (e seu saque); e
✓ seguro desemprego (guias fornecidas pelo empregador).
Culpa recíproca
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
A extinção do contrato de trabalho por culpa recíproca ocorre quando tanto empregador quanto empregado
dão causa à extinção do contrato, ou seja, ambas as partes praticam condutas ensejadoras da rescisão.
Assim como na rescisão indireta, esta modalidade de extinção contratual envolve decisão judicial que
reconheça a culpa recíproca.
Como a culpa recíproca subentende culpa de ambas as partes, a Lei do FGTS prevê indenização de apenas
metade do valor devido no caso de demissão sem justa causa:
Lei 8.036/90, art. 18, § 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior,
reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º [40%] será de 20
(vinte) por cento.
Em relação à culpa recíproca é importante também relembrar a disposição constante da Súmula 14 do TST:
SUM-14 CULPA RECÍPROCA
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A Súmula faz remissão ao artigo 484 da CLT, que trata da antiga indenização por tempo de serviço que foi substituída pelo
regime do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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Esta multa representa um valor adicional devido pelo empregador, sendo que o saque do FGTS consiste
simplesmente na autorização para o empregado acessar os valores que o empregador vinha mensalmente
depositando na conta vinculada do trabalhador.
Finalizando este tópico, destaque-se a possibilidade de as partes requererem, após a rescisão por acordo,
sua homologação judicial (CLT, art. 855-E). Caso homologada, o empregado não poderia pleitear, em
momento futuro, outras verbas relacionadas àquele contrato de trabalho.
Para não confundirmos com as verbas devidas na culpa recíproca, segue um quadro esquemático:
18
Lei 8.036, art. 18, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do
trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
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Nas hipóteses listadas na Lei 8.036, art. 20
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A extinção normal do contrato a termo se dá pelo atingimento de seu termo prefixado, como, por exemplo,
os contratos de experiência.
Relembrando o artigo da CLT que prevê as hipóteses autorizativas de determinação de prazo:
CLT, art. 443, § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
Assim, quando um contrato a prazo determinado extingue-se pelo atingimento de seu termo, o empregado
não fará jus a indenização ou aviso prévio, mas apenas a saldo de salário, férias proporcionais (e vencidas,
claro) e 13º salário proporcional.
➢ Extinção antecipada
Caso ocorra extinção antecipada por iniciativa do empregador serão devidos, além de saldo de salário, férias
proporcionais (e vencidas, claro) e 13º salário proporcional, também a indenização prevista no artigo 479 da
CLT:
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Exemplo: o contrato de experiência foi firmado com previsão de 90 dias, e no 50º dia o empregador, sem
justa causa, decide dispensar o empregado. Como faltavam 40 dias para encerrar o contrato, o empregador
deverá indenizar o obreiro com a remuneração correspondente a 20 dias (metade da remuneração a que ele
teria direito até o termo do contrato).
Além disso, nestes casos o empregador deverá depositar a multa de 40% do FGTS e o empregado poderá
sacar os valores existentes em sua conta vinculada.
Em contrapartida, caso ocorra extinção antecipada por iniciativa do empregado este é que deverá indenizar
o empregador, conforme previsão do artigo 480 da CLT:
CLT, art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato,
sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregadordos prejuízos que
desse fato lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado
em idênticas condições.
Deste dispositivo podemos destacar que a indenização está vinculada aos prejuízos que o empregador sofrer
em decorrência desta antecipação do término do contrato (o artigo fala em “prejuízos que desse fato lhe
resultarem”), e esta indenização não poderá ser superior à metade da remuneração a que o demissionário
teria direito até o termo do contrato.
Existe previsão legal de que contratos a prazo determinado (como o contrato de experiência, por exemplo)
possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada.
Caso o contrato a termo possua tal cláusula, a CLT prevê que deverão ser aplicados os princípios que regem
a rescisão dos contratos por prazo indeterminado:
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CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
Nestes casos (havendo esta cláusula no contrato a termo), então, a rescisão antecipada por iniciativa do
empregador obrigará este a conceder aviso prévio ao empregado. O mesmo se aplica ao empregado, que
deverá, nestas circunstâncias, conceder aviso prévio ao seu empregador. Voltaremos a falar acerca disto no
tópico sobre “Aviso prévio”.
Resumindo os efeitos da extinção antecipada tratada neste tópico:
Antes de avançar, é preciso destacar que os PDVs/PDIs podem ou não ser negociados perante o sindicato
(por meio de ACT/CCT).
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Caso sejam objeto de previsão em ACT/CCT, a adesão do empregado ao Plano de Demissão, nessa condição,
representa, como regra geral, quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia:
CLT, art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual,
plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja
quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo
disposição em contrário estipulada entre as partes.
Dessa forma, um empregado que tenha aderido ao PDV/PDI previsto em ACT/CCT não poderá,
posteriormente, reclamar perante a Justiça Trabalhista o pagamento de verbas trabalhistas, como poderia
um outro empregado que não tenha aderido.
Para que efetivamente ocorra tal quitação plena, o Ministro Godinho defende que haja (além da previsão
em ACT/CCT) expressa menção à quitação na documentação e benefícios ao trabalhador20:
é válida a quitação plena e irrevogável (quitação ampla e irrestrita) dos direitos decorrentes
da relação empregatícia, em se tratando de rescisão contratual lavrada pelo empregado
sob a égide de PDV ou PDI que tenha sido aprovado por negociação coletiva trabalhista
(ACT ou CCT), com referência expressa no instrumento coletivo negociado e nos
instrumentos firmados pelo trabalhador, concernentes à sua adesão ao Plano de
Desligamento e à sua respectiva rescisão contratual (art. 477-B, CLT, em conjugação com a
decisão vinculante do STF no RE 590.415-SC); essa validade ampla e irrestrita supõe a
presença no Plano de Desligamento de vantagens reais em benefício do trabalhador
aderente (..)
Assim, segundo tal entendimento, quando não houver expressamente referência à quitação ampla, esta
deixaria de acontecer.
Resumindo o entendimento doutrinário transcrito acima, temos:
20
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 186-187
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Antes de avançar, reparem que, pela literalidade do dispositivo acima, a opção do legislador na Lei 13.467
foi de conferir efeitos semelhantes àqueles adotados pelo STF no julgamento do RE 59041521, o qual já
restringia os efeitos da OJ 27022 da SDI-1 do TST.
Estes são os chamados PDVs unilaterais. Nesta hipótese, não haveria que se falar em quitação ampla e
irrestrita. O Ministro Godinho, na passagem abaixo, restringe os efeitos liberatórios mencionados no art.
477-A da CLT apenas aos PDVs/PDIs negociados com os sindicatos23:
Isso significa que Planos de Demissão Voluntária (..) estruturados unilateralmente pela
empresa não estão abrangidos pela regra do art. 477-B da CLT, não produzindo os efeitos
jurídicos de quitação ampla, geral e irrestrita mencionados no preceito celetista.
Em síntese: no tocante a tais PDVs ou PDIs meramente unilaterais, arquitetados sem o
manto da negociação coletiva trabalhista, aplica-se o critério interpretativo proposta pela
antiga OJ 270 da SDI-1 do TST: “A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato
de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação
exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo”.
Relembro, ainda, que os prêmios para incentivo à adesão ao PDV é um dos temas
em que o “negociado prevalece sobre o legislado”:
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
(..)
XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas
de incentivo;
Reparem, por fim, que, antes da reforma trabalhista, o TST já entendia que o valor oferecido ao empregado
que decide aderir ao Programa não pode compensar as verbas trabalhistas devidas:
OJ-SDI1-356 PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV). CRÉDITOS
TRABALHISTAS RECONHECIDOS EM JUÍZO. COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
21
(..) fixando-se a tese de que a transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho em razão de adesão voluntária
do empregado a plano de dispensa incentivada enseja quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de
emprego caso essa condição tenha constado expressamente do acordo coletivo que aprovou o plano, bem como dos demais
instrumentos celebrados com o empregado.
22
OJ 270 – SDI1 – A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de
demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo
23
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 184.
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No intuito de conferir mais liberdade ao empregador, a CLT buscou equiparar a dispensa de um único
empregado (dispensa individual) com a dispensa de vários empregados (dispensas plúrima e coletiva).
Antes da inclusão do art. 477-A no texto celetista, caso o empregador decidisse dispensar vários empregados
de uma vez, deveria negociar previamente as condições com o sindicato obreiro. A partir de então, segundo
o texto reformado da CLT, não há mais que se falar em autorização do sindicato ou de negociação coletiva:
CLT, art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivasequiparam-se
para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou
de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.
Relativizando a equiparação criada pela reforma trabalhista, em junho de 2022, o STF passou a entender ser
necessária a participação do sindicato nas dispensas em massa de trabalhadores. Para o STF, embora não se
exija "autorização" do sindicato para tais dispensas, é necessário seu envolvimento, por meio de uma
"intervenção sindical prévia". A tese firmada pelo STF foi a seguinte (RE 999435):
A intervenção sindical prévia é exigência procedimental imprescindível para a dispensa em
massa de trabalhadores, que não se confunde com autorização prévia por parte da
entidade sindical ou celebração de convenção ou acordo coletivo.
Dispensa arbitrária
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
Colocamos esta modalidade apartada da dispensa sem justa causa para tratar de detalhes específicos sobre
a sua nomenclatura.
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Inicialmente, para situar24 o (a) leitor (a) coloquei, abaixo, passagens da CF/88, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) e da CLT onde encontramos a expressão “dispensa arbitrária”:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, (...).
ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:(...)
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de
acidentes, (...).
b) da empregada gestante, (...).
CLT, art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Pois bem. Sobre o alcance da expressão dispensa arbitrária, por vezes ela é usada como sinônimo de dispensa
imotivada, onde também se inclui o conceito de dispensa sem justa causa.
Assim, temos que
Dispensa arbitrária ou despedida sem justa
» Desmotivada »
causa
Dispensa do
empregado » Dispensa não arbitrária
» Motivada
» Dispensa por justa causa
É dispensa desmotivada, que não se funde em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
24
O objetivo aqui é tratar da dispensa arbitrária; o conteúdo dos dispositivos transcritos será estudado nos tópicos pertinentes do
curso.
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Art. 510-D, § 3o Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o
membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico,
econômico ou financeiro.
==21169e==
Nos demais casos (gestante, dirigente sindical, empregado acidentado) a garantia provisória de emprego
somente admite a dispensa por justa causa26, ou seja, não caberia, contra esses empregados, a dispensa [não
arbitrária, mas sem justa causa] por motivo técnico, econômico ou financeiro.
25
Assunto que trataremos mais adiante nesta aula, no item 5.
26
Neste sentido, DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 1191-1192.
22
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1) Como vimos acima, o fato príncipe consiste na paralisação do trabalho em decorrência de ato do poder
público. No entanto, não é qualquer paralisação por determinação estatal que suscita a aplicação do art. 486
da CLT, mas apenas aquelas que decorrem "única e exclusivamente" da imposição estatal27.
Primeiramente porque considera-se que parte das imposições estatais aos empregadores já estão dentro do
risco a que se expõem ordinariamente os empreendedores de maneira geral (risco empresarial).
Além disso, se o empregador, de algum modo, concorreu para a paralisação, não haveria que se atribuir
responsabilidade ao poder público. Então, por exemplo, se o fechamento da empresa é um efeito de
atividade irregular desempenhada pelo empregador, não subsistiria qualquer responsabilidade ao poder
público.
Sob estes dois fundamentos, Godinho28 destaca situações que não configuram factum principis:
- maxidesvalorizações cambiais
- implementação de planos econômicos oficiais
- mudanças governamentais nas regras relativas a preços, tarifas e mercado
- fechamento por decisão judicial
- fechamento do estabelecimento por ato da autoridade sanitária, no exercício do seu poder de
polícia
- fechamento de casas de bingo
Portanto, a despeito da dificuldade de se caracterizar, juridicamente, o fato do príncipe, considero
importante conhecermos algumas situações em que não seria caracterizado.
2) Havendo a (rara) configuração do fato do príncipe, a administração pública responsável pela paralisação
seria chamada a indenizar a extinção contratual. Sendo ato do poder público municipal, a indenização
caberia ao município; sendo estadual, caberia ao Estado membro; sendo ato federal, à União.
3) Quanto ao valor da indenização, há divergência doutrinária, sendo que a corrente majoritária defende
que a "indenização" mencionada no art. 486 corresponde (i) à multa compensatória do FGTS 29 ou, (ii) nos
contratos por prazo determinado, na indenização prevista no art. 479 da CLT.
Assim, o governo não arcaria com todas as verbas rescisórias, mas apenas com o valor da multa rescisória
do FGTS ou com a indenização do art. 479 (as demais verbas devidas30 seriam pagas pelo próprio
empregador).
27
SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho. 10 ed. São Paulo. Ed. GenMétodo. P. 270
28
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17 ed. São Paulo, 2017, p. 1351.
29
Havendo, ainda, discussão quanto ao percentual da indenização, se seria de 20% ou de 40% sobre o montante
depositado na conta vinculada pelo empregador.
30
Há, também, divergência doutrinária quanto à necessidade ou não de pagamento do aviso prévio
indenizado.
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AVISO PRÉVIO
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA
Como os contratos de trabalho, em geral, possuem prazo indeterminado, institui-se o aviso prévio no Direito
do Trabalho para que, quando uma das partes da relação de emprego decidir encerrar o vínculo, a outra
parte possa ter um tempo razoável para adotar as medidas necessárias.
Caso a iniciativa da resilição contratual seja do empregador, o aviso prévio permitirá ao empregado procurar
novo emprego para seu sustento; caso seja do empregado, permitirá ao empregador buscar novo
trabalhador para ocupar o posto que se tornará vago.
O termo aviso prévio, como ensina Amauri Mascaro Nascimento1, possui tríplice dimensão, como podemos
ler abaixo:
“Aviso-prévio quer dizer comunicação que a parte que quer rescindir o contrato sem justa
causa deve fazer à outra. Significa, também, o período durante o qual, após essa
comunicação, o empregado ainda ficará trabalhando na empresa. Tem o sentido,
finalmente, de pagamento em dinheiro (...).”
Existe previsão constitucional do aviso prévio, conforme podemos relembrar:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
Com base neste comando constitucional foi promulgada, no final de 2011, a Lei 12.506, que definiu a
proporcionalidade do aviso prévio, nos seguintes termos:
Lei 12.506/11, art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943,
será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Sobre o assunto, frise-se que a Lei 12.506/11 não se aplica a rescisões ocorridas anteriormente à sua
vigência; este é o sentido da seguinte Súmula do TST, com redação de setembro de 2012:
SUM-441. AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE.
O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas
rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13
de outubro de 2011.
1
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit., p. 433.
24
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Deste modo, podemos concluir que, de acordo com a CF/88 e Lei 12.506/11, o aviso prévio é de no mínimo
30 dias e no máximo 90 dias.
Assim, precisamos ficar atentos quanto a uma previsão celetista (art. 487, inciso I) que é incompatível com a
atual Constituição (coloquei o texto tachado):
CLT, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
Esta hipótese prevista no inciso I (de oito dias de aviso), portanto, não foi recepcionada pela atual
Constituição Federal.
O aviso prévio, portanto, deve ser concedido pela parte (empregador ou empregado) que, sem justo motivo,
quiser rescindir o contrato de trabalho.
Se a iniciativa é do empregador (dispensa sem justa causa), o aviso prévio é um direito do empregado. Se a
iniciativa é do empregado (pedido de demissão), o aviso prévio passa a ser um dever deste.
Aprenderemos neste tópico as hipóteses de cabimento (ou não) do aviso prévio, e para termos uma noção
geral da aplicabilidade deste instituto montei o quadro-resumo abaixo:
Rescisão indireta
Extinção da empresa
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Morte do empregador
pessoa física
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É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
E o que acontece se uma das partes decide encerrar o vínculo sem avisar a outra no prazo definido pela
legislação?
Nestes casos haverá a indenização do aviso prévio:
CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
Assim, temos aviso-prévio trabalhado e aviso-prévio indenizado.
-----------------------------------
Outra hipótese de cabimento do aviso prévio é o pedido de demissão, caso em que o trabalhador é que
concederá aviso prévio ao seu empregador (neste caso, portanto, a concessão do aviso é obrigação do
empregado).
Caso o empregado decida romper o vínculo sem cumprir o aviso também há previsão de indenização:
CLT, art. 487, § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
Como aprendemos acima, as regras de redução de jornada se aplicam quando a rescisão tenha sido
promovida pelo empregador, ou seja, caso o empregado decida romper o vínculo (pedido de demissão) não
caberá a redução de 2 (duas) horas diárias ou falta ao serviço por 7 (sete) dias corridos durante o período de
aviso.
Sim, é possível, pois a dispensa do cumprimento do aviso por parte do empregador não se constitui em
prejuízo.
Esquematizando as possibilidades do aviso prévio por iniciativa do empregado:
27
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Outra situação em que aplicável o aviso prévio é a culpa recíproca, quando se verifica, judicialmente, que
empregado e empregador praticaram atos passíveis de justificar a extinção do contrato. Esta modalidade
demanda o reconhecimento das faltas pelo Poder Judiciário:
SUM-14 CULPA RECÍPROCA
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o
empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo
terceiro salário e das férias proporcionais.
Percebam que nesta modalidade o aviso (indenizado) será devido ao empregado pela metade, ou seja, 50%.
Além da culpa recíproca, o aviso prévio também é devido pela metade na nova extinção por acordo, caso
este seja indenizado:
CLT, art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
==21169e==
Falamos no início do tópico que o aviso prévio é aplicável nos contratos prazo indeterminado. Esta é uma
regra geral, que possui uma exceção já explorada em concursos.
Relembrando o que já vimos nesta aula, existe previsão legal de que contratos a prazo determinado (como
o contrato de experiência, por exemplo) possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
antecipada.
Caso o contrato a termo possua tal cláusula, a CLT prevê que deverão ser aplicados os princípios que regem
a rescisão dos contratos por prazo indeterminado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
Deste modo, esta hipótese configura uma possibilidade excepcional de aplicação do instituto do aviso prévio
em contratos a prazo determinado.
Aqui cabe trazer a Súmula 163 do TST, que consolida entendimento jurisprudencial sobre a aplicabilidade do
aviso prévio em contratos de experiência:
SUM-163 AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art.
481 da CLT.
Apenas reforçando: este verbete inclui o direito ao aviso prévio nos contratos de experiência (assim como
nos demais contratos a termo) em que haja cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
antecipada.
28
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Outra circunstância que se compatibiliza com a figura do aviso prévio é a rescisão indireta, estudada
anteriormente.
CLT, art. 487, § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta.
Como dito antes, na extinção do contrato de trabalho chamada de rescisão indireta o empregador é que
comete falta grave, sendo esta modalidade reconhecida na Justiça do Trabalho.
29
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ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição: (...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
A garantia de emprego da gestante existe para proteger o nascituro, e por isto a demissão indevida da
gestante lhe assegura a reintegração ou indenização (a medida adequada depende do momento em que
proferida a decisão judicial).
Estes efeitos podem ser mais bem entendidos com a leitura dos itens I e II da Súmula 244 do TST:
SUM-244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos
correspondentes ao período de estabilidade.
Além disso, a Súmula 244 possui, ainda, o item III, que foi alterado em 2012, estendendo tal direito às
contratadas por prazo determinado (incluindo o contrato de experiência) 1.
Antes de prosseguir, é importante destacar que, em outubro de 2018, o STF confirmou2 o teor da SUM-244
do TST e, ainda, fixou tese, com repercussão geral reconhecida, de que basta que a gravidez seja anterior à
dispensa, pouco importando se o empregador tinha ou não ciência do estado gravídico da empregada
quando de sua dispensa:
A incidência da estabilidade prevista no artigo 10, inciso II, alínea ‘b’, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), somente exige a anterioridade da gravidez à dispensa
sem justa causa.
Avançando um pouco mais, relembro que, nos casos em que ocorre aborto, não podemos falar em garantia
de emprego, mas apenas em interrupção de contrato de trabalho por duas semanas3.
No contexto de tais interpretações jurisprudenciais, em 2013, por meio da Lei 12.812/13, foi incluído na CLT
o seguinte artigo:
CLT, art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à
empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
1Apesar de haver entendimentos jurisprudenciais em sentido contrário à extensão da estabilidade da gestante nos contratos por
prazo determinado, para fins de prova a principal referência continua sendo esta SUM244, inciso III.
2
RE 629053. 10/10/2018
3
CLT, art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado
de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
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Na sequência, em novembro de 2017, por meio da Lei 13.509, foi inserido o dispositivo abaixo, estendendo
a garantia provisória à(ao) empregada(o) que obtenha guarda judicial para fins de adoção:
CLT, art. 391-A, parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado
adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção.
Antes da Lei 13.509, faziam jus à estabilidade apenas as mães “de sangue” (que “gestaram” a criança). Com
a mudança promovida, tanto as mães gestantes quanto os(as) empregados(as) que adotarem passam a ter
direito à estabilidade. Reparem que a Lei nada menciona a respeito da duração da estabilidade para os
adotantes, já que a contagem do prazo de 5 meses se dá com o parto, o que faz mais sentido para a
estabilidade da gestante.
Por fim, tratando-se de trabalhadoras temporárias (isto é, cujo vínculo é regido pela Lei 6.019/1974), tem
prevalecido no TST a tese de que não há direito à estabilidade provisória.
Tal entendimento decorre da comparação vínculo temporário com o da empregada admitida por contrato
por prazo determinado, uma vez que "no contrato de experiência, existe a expectativa legítima por um
contrato por prazo indeterminado. No contrato temporário, ocorre hipótese diversa – não há perspectiva de
indeterminação de prazo". Assim, o TST fixou a seguinte tese vinculante4:
Não se aplica às empregadas temporárias a garantia de emprego da gestante (estabilidade
gravídica).
4 IAC 5639-31.2013.5.12.0051
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Antes da eleição da CIPA é necessário que os interessados se registrem como candidatos, e pela disposição
do ADCT a estabilidade provisória do empregado eleito ocorre desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final de seu mandato.
Para o adequado desenvolvimento das atividades da CIPA, e tendo em vista que podem existir afastamentos
dos empregados eleitos (acidente, licença maternidade, etc.) há previsão legal de eleição de representantes
titulares e também de suplentes.
No caso do suplente o TST entende que também há a garantia provisória de emprego(vide item I da Súmula
339, abaixo).
Além disso, ressalte-se que a estabilidade (dos empregados eleitos, quer sejam titulares ou suplentes) existe
para que estes possam desempenhar adequadamente suas funções, o que inclui sugestão de medidas que
previnam a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho.
Assim, a estabilidade existe para permitir que eles possam exercer tal atividade sem que o empregador possa
demiti-los sem justa causa (por estarem sugerindo muitas medidas na área de segurança no trabalho que
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Segundo a Lei 8.213/91, auxílio-doença é benefício concedido ao segurado que ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
E se o afastamento for inferior ou igual a 15 dias?
Neste caso não será devido o auxílio-doença, e assim não haverá estabilidade provisória. Se o afastamento
por acidente superar os 15 dias e a Previdência Social conceder o auxílio-doença acidentário, aí sim o
empregado estará protegido pela estabilidade provisória.
Já o auxílio-acidente é uma indenização que o empregado acidentado passa a receber após consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, se resultarem sequelas que impliquem redução
da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Deste modo, verifica-se que nem todo empregado acidentado perceberá auxílio-acidente, e por isto a lei não
exige a percepção deste benefício previdenciário para que se adquira a estabilidade provisória em estudo.
Durante algum tempo questionou-se a validade da previsão de estabilidade da Lei 8.213/91, tendo em vista
ser ela lei ordinária, mas esta controvérsia está solucionada, de modo que continua válida a regra da
estabilidade do acidentado:
SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº
8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e
a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do
contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118
da Lei nº 8.213/91.
Neste item II da Súmula reforça-se o que foi dito anteriormente: é pressuposto para a estabilidade do
empregado acidentado a concessão de auxílio-doença (que só tem lugar quando o afastamento superar os
15 dias).
No seu final o item II ressalva a possibilidade de estabilidade sem o afastamento superior a 15 dias: é que
algumas doenças profissionais têm um período de latência grande (exemplo: os sintomas de alguns tipos de
câncer podem surgir somente após vários anos de exposição ocupacional ao agente cancerígeno).
A MP 664, de dezembro de 2014, havia alterado o prazo para percepção do auxílio-doença, de 15 para 30
dias. Entretanto, após a conversão da MP em lei, o prazo voltou a ser de 15 dias.
Nestes casos, detectada a doença e o nexo causal com a exposição ocupacional, não será exigido o
afastamento prévio superior a 15 dias para reconhecimento da estabilidade.
A relação entre auxílio-doença e aviso prévio gera alguma discussão doutrinária (casos em que o auxílio-
doença se inicia durante o aviso trabalhado).
Sobre o assunto é importante conhecer a Súmula 371 do TST, que condiciona o término do contrato à
expiração deste benefício previdenciário:
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A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., p.
725.
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O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração
em inquérito judicial, inteligência dos arts. 4946 e 543, §3º, da CLT.
Como a estabilidade se inicia com o registro da candidatura, é necessário que o empregador tome
conhecimentos dos empregados que efetuaram seus registros para concorrer ao cargo de dirigente sindical,
pois a partir deste momento não podem ser demitidos sem justa causa.
Sobre o assunto, é importante frisar que o item I da Súmula 369 do TST foi alterado em 2012, passando a
viger com a seguinte redação:
SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º
do art. 543 da CLT.
I – É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer
meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade
se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual
foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato,
não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período
de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável
a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Nesta linha, o TST exige que haja ciência do empregador na vigência do contrato de trabalho, não
importando se a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT. Relembrando:
CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à
empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do
seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este,
comprovante no mesmo sentido.
O item II da Súmula trata da limitação de dirigentes sindicais que a CLT determinou (para evitar que um sem
número de empregados pudesse ser eleitos dirigentes para gozar de estabilidade). Segue o citado artigo:
6
CLT, art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará
efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.
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CLT, art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no
máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três
membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.
Neste item II faz-se menção, inclusive, à garantia estabilitária dos suplentes.
Os sindicatos são representativos de categoria (s) profissional (is), e conforme podemos verificar no item III
da Súmula 369, o TST entende que somente fará jus à garantia de emprego o dirigente que exercer na
empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
Em outras palavras, se as atribuições do contrato de trabalho do empregado eleito não têm relação com a
categoria do sindicato para o qual foi eleito dirigente este empregado não estará protegido pela estabilidade
provisória.
Os sindicatos possuem sua base territorial (pode ser uma cidade ou várias em determinada região do Estado,
etc.), e assim, conforme disposto no item IV, se a empresa deixa de existir na base territorial do sindicato,
não há razão para subsistir a estabilidade do empregado.
Por fim, o item V também não confere ao empregado garantia de emprego se registrar sua candidatura a
dirigente sindical durante o aviso prévio.
Finalizando o trecho sobre estabilidade sindical cite-se que dirigente sindical não é sinônimo de membro de
conselho fiscal ou delegado sindical. Os primeiros têm assegurada a garantia de emprego nos limites e
condições estudados nesta aula; os ocupantes das outras duas funções não possuem garantia de emprego.
Seguem abaixo as OJ que consolidam o entendimento do TST sobre a inviabilidade de garantia de emprego
para membros de conselho fiscal de sindicatos e delegados sindicais:
OJ-SDI1-365 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO.
INEXISTÊNCIA
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts.
543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão
financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
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--------------------
Da mesma forma, a Lei 8.036/90 (Lei do FGTS) assegura estabilidade provisória no emprego para os
representantes dos trabalhadores indicados como membros do Conselho Curador do FGTS:
Lei 8.036/90, art. 3º, § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes
dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
sindical.
--------------------
Outra situação que configura estabilidade provisória é a dos representantes dos empregados nas Comissões
de Conciliação Prévia, que são comissões instituídas com o objetivo de tentar conciliar conflitos individuais
surgidos entre empregados e empregadores.
Conforme previsto na CLT,
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de
Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometerem falta, nos termos da lei.
--------------------
Uma outra situação que configura estabilidade provisória é a dos empregados eleitos diretores de
cooperativas criadas pelos próprios trabalhadores (cooperativa de consumo):
Lei 5.764/1971, art. 55. Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de
sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos
dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
A garantia se dá na mesma forma que a dos dirigentes sindicais (prevista no art. 543 da CLT). Entretanto,
diferentemente daquela, a estabilidade dos diretores de cooperativas não alcança seus suplentes conforme
OJ-253 da SDI-1 do TST:
OJ SDI-1 253. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO
FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002)
O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos
diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
--------------------
Com o advento da Lei 13.467/2017, a CLT passou a prever mais um caso de estabilidade provisória no
emprego.
Trata-se dos representantes dos empregados na comissão de entendimento direto com o empregador.
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Fica proibida a dispensa dos membros desta comissão (que são em número de 3, 5 ou 7 representantes)
desde o registro da candidatura até 1 ano após o fim do mandato, salvo por motivo disciplinar, técnico,
econômico ou financeiro:
CLT, art. 510-D, § 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato,
o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico,
econômico ou financeiro.
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PROCEDIMENTOS RESCISÓRIOS
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
Os procedimentos legais exigidos na rescisão dos contratos de trabalho estão dispostos nos parágrafos do
artigo 477 da CLT, que serão a base deste tópico da aula.
Atualmente os empregados admitidos pela CLT não mais adquirem estabilidade como no regime anterior.
Dessa forma, foi atualizada a redação do art. 477, caput, da CLT, excluindo a menção ao regime de
estabilidade decenal anterior:
CLT, art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a
terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das
relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da
maior remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa.
Agora é que de fato iremos falar sobre os procedimentos legais exigidos na rescisão dos contratos de
trabalho, que estão dispostos nos parágrafos do artigo 477.
➢ Homologação da rescisão
Até a reforma trabalhista, havia necessidade de assistência na rescisão do contrato, em regra por parte do
sindicato, em relação aos empregados com mais de 1 (um) ano de serviço. Assim, a rescisão somente era
válida caso se desse perante o sindicato profissional, como regra geral.
A reforma trabalhista extinguiu a exigência de homologação da rescisão junto ao sindicato da categoria para
contratos com tempo de serviço superior a 1 ano.
No momento da rescisão, além da conferência dos valores e rubricas constantes do Termo de Rescisão do
Contrato de Trabalho (TRCT) também será procedido o pagamento devido ao empregado:
CLT, art. 477, § 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:
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Notem que, após a reforma trabalhista, a CLT passou a prever expressamente o pagamento mediante
depósito bancário (prática que já era amplamente utilizada).
Como visto, o pagamento deverá ser feito em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, ou seja, não se
admite pagamento em cheque comum (pois o cheque comum pode não ter fundos).
Além disso, o § 4º destaca que, em se tratando de empregado analfabeto, o pagamento somente poderá
ser feito em dinheiro ou depósito bancário.
Quanto a eventual desconto devido na rescisão, a CLT limita seu valor a um mês de remuneração:
CLT, art. 477, § 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior
não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
Agora vamos falar um pouco sobre prazo para pagamento das verbas e sobre o Termo de Rescisão do
Contrato de Trabalho (TRCT).
Acerca dos prazos para o pagamento das verbas rescisórias, a reforma trabalhista simplificou o assunto,
passando a existir um único prazo de dez dias:
Até então, o prazo variava de acordo com a modalidade da dispensa (entre 10 dias ou 1 dia útil).
A respeito do termo inicial para a contagem dos 10 dias, caso estejamos diante de cumprimento de aviso
prévio indenizado, o Ministro Godinho defende1 que se considere o último dia de prestação de serviços (e
não o último dia da vigência do contrato de trabalho):
Como a nova Lei revogou as alíneas "a" e "b" do §6º precedente - dispositivos que faziam
diferenciação no critério de contagem desse prazo de dez dias -, deve-se interpretar que a
intenção legal foi a de estabelecer prazo único de dez dias contado do dia do término
efetivo do contrato (se não houver aviso prévio - caso de contratos a termo) ou do dia do
término fático do contrato de trabalho, se houver aviso prévio indenizado (ou seja, do dia
1
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 179
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O TRCT é o documento elaborado pelo empregador onde estão consignadas as informações necessárias para
o procedimento rescisório.
No TRCT constam os dados do empregado, dados do contrato de trabalho, rubricas e valores devidos (saldo
de salário, adicionais, férias vencidas, 13º salário com as suas proporcionalidades – 2/12, 5/12, 9/12, etc. –,
descontos e outras informações úteis).
CLT, art. 477, § 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a
causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela
paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas,
relativamente às mesmas parcelas.
É necessário destacar que existe divergência doutrinária sobre a amplitude da quitação dada na rescisão
(exemplo: constando da rescisão as férias proporcionais, pode-se entender que a quitação deu-se em relação
às férias ou somente ao valor consignado no recibo, ressalvada a possibilidade de questionamento posterior
de incorreção do valor lançado).
Neste aspecto é oportuno mencionar a Súmula 330 do TST (apesar de mencionar a assistência até então
prevista no art. 477 da CLT – não mais obrigatória após a reforma trabalhista):
42
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A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria,
ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT,
tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo
se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de
trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo
de quitação.
Na situação delimitada pela Súmula 330 a eficácia liberatória se dá em relação à parcela constante do TRCT
(exemplo: 13º salário proporcional). Neste caso, houve a quitação em relação à rubrica 13º salário e o
empregado não poderá pleitear judicialmente, em momento futuro, incorreção do valor recebido.
A Súmula, entretanto, materializa a possibilidade de que se faça a rescisão com ressalva: o agente
homologador escreve o TRCT que fica ressalvado determinado fato que se julgou estar indevidamente
disposto no TRCT (exemplo de ressalva na homologação: “fica ressalvado o valor constante da rubrica férias
que, conforme identificado neste ato, deixou de incluiu em sua base de cálculo 1/12 a que teria direito o
empregado pela consideração do mês corrente, etc.”).
Quanto ao item I da Súmula, pode-se citar o exemplo de quinquênio – verba mensal a que faz jus o
empregado com mais de 05 anos de empresa - que a categoria profissional deveria receber (imaginemos que
a convenção coletiva da categoria previa isso e o TRCT não contemplava esta verba).
Neste caso, como o valor não constava do TRCT do empregado demitido (que hipoteticamente tinha mais
de 05 Anos de empresa), a quitação não abrange esta parcela, poisnãoestava consignada no recibo. Da
mesma forma, os reflexos desta parcela em outras verbas também não estarão quitados.
Quanto ao item II da Súmula, podemos trazer o exemplo de plano de saúde do empregado, cujo pagamento
a empresa estava obrigada em virtude de disposição da convenção coletiva. Caso exista esta parcela no TRCT
com período definido, a quitação somente será válida quanto ao período indicado no termo.
Ainda quanto ao alcance da quitação dos valores rescisórios, no caso da adesão a Programas de Incentivo a
Demissão Voluntária (PDV), após a reforma trabalhista a CLT passou a deixar clara a quitação geral e
irrestrita, caso tenha sido objeto de ACT/CCT.
Após a reforma trabalhista, a CLT passou a prever o termo de quitação anual sindical das obrigações
trabalhistas, o qual, caso seja firmado, deve ser assinado pelo trabalhador perante o sindicato representante
da categoria do empregado.
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Com ele, o trabalhador declara ter recebido todas as parcelas devidas, como, por exemplo, horas extras e
adicionais:
O termo, firmado perante o sindicato, confere ao empregador quitação das parcelas nele especificadas:
CLT, art. 507-B, parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer
cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com
eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.
Encerrando o assunto, destaco alteração promovida pela reforma trabalhista, buscando simplificar o pedido
de concessão do seguro-desemprego e do saque do FGTS. A CLT passou a estabelecer que a própria anotação
na CTPS do empregado é documento suficiente para o empregado fundamentar seu pedido:
Assim, em tese não haveria mais que se falar em “guia do FGTS” ou “guia do Seguro-Desemprego”.
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RESUMO DA AULA
Pedido de demissão
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Rescisão indireta
Culpa recíproca
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Procedimentos rescisórios
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Aviso prévio
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Estabilidades
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==21169e==
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CONCLUSÃO
Bom pessoal,
Neste desfecho de nossa aula, reiteramos a importância de se conhecer bem a diferenciação entre as
diversas modalidades de extinção do contrato de trabalho, dando atenção especial aos artigos 482 e 483 da
CLT.
Outro aspecto a ser destacado é a alteração do instituto prévio ocorrido em 2011, com a Lei 12.506/11, que
finalmente regulamentou a proporcionalidade do aviso.
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QUESTÕES COMENTADAS
Um empregado foi demitido sem justa causa de uma empresa porque o empresário descobriu que esse
empregado era portador do vírus HIV.
A a dispensa não pode ser considerada abusiva ou ilegal porque não há, na legislação, previsão expressa que
a impeça.
B a dispensa deverá ser mantida, já que foi aplicada sem justa causa.
C o empregado poderia ter sido demitido por justa causa em razão de ter omitido informações ao
empregador.
E a dispensa deverá ser mantida, e o empregado terá direito a receber indenização correspondente a doze
meses de seu salário.
Comentários:
Quanto à alternativa (B), lembro que o fato de a dispensa ter se dado sem justa causa não obsta
o reconhecimento da discriminação.
Gabarito (D)
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A A extinção do contrato de trabalho poderá ser realizada mediante acordo entre empregado e empregador,
sendo devido o pagamento das verbas rescisórias pela metade.
B O alcoolismo é uma causa autorizadora da dispensa por justa causa, devendo a empresa comprovar a
situação de embriaguez para justificar a aplicação da justa causa.
C Empregado que, contratado por prazo determinado, sofrer acidente do trabalho poderá ter o seu contrato
rescindido, já que a estabilidade por acidente do trabalho não se aplica aos contratos por prazo determinado.
E O abandono de emprego não pode ser presumido, devendo a empresa comprovar a convocação do
empregado ao retorno do trabalho e o descumprimento da convocação pelo empregado.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. A extinção do contrato pode, sim, ser feita mediante acordo, mas
não são todas as verbas rescisórias que são pagas pela metade, apenas o (i) aviso prévio
indenizado e (ii) a indenização sobre o FGTS:
CLT, Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
A alternativa (B) foi dada como incorreta. Apesar de constituir motivo para justa causa a
“embriaguez habitual ou em serviço”, segundo o art. 482, “f”, da CLT, modernamente tem-se
classificado o alcoolismo como doença, o que desautorizaria a dispensa “punitiva” do empregado,
como ocorre na justa causa. Então, percebam que aqui a Banca foi além da literalidade da CLT,
focando em entendimento doutrinário e jurisprudencial a respeito do tema.
A alternativa (C) está incorreta. Ao contrário de o que a alternativa dispõe, a estabilidade provisória
por acidente de trabalho abarca, sim, os casos de contrato por prazo determinado:
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Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Súmula 14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio,
do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, o abandono do emprego pode ser presumido, segundo
preceitua a Súmula 32 do TST:
Gabarito (D)
A O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do contrato de trabalho.
B O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária motivada do
contrato de trabalho.
C A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa causa,
diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma suspensão ao empregado.
D O pagamento da rescisão do contato de trabalho por culpa recíproca confere ao empregado direito a
receber, entre outras verbas, a integralidade do valor das férias proporcionais e 50% do valor relativo ao
décimo terceiro salário.
E A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por exemplo, tratar o
empregado com rigor excessivo.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. A rescisão indireta do contrato de trabalho ocorre quando o
empregador deixa de cumprir com seus deveres/obrigações previstos no contrato de trabalho ou
em lei, de modo que as verbas trabalhistas são as mesmas que as devidas na dispensa sem justa
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A alternativa (B) está incorreta. Tanto o pedido de demissão quanto a dispensa sem justa causa
são formas imotivadas de extinção do contrato de trabalho, sendo contrapostas à rescisão indireta
(justa causa por parte do empregador) e à dispensa por justa causa (justa causa por parte do
empregado).
A alternativa (C) está incorreta. Nos termos do art. 482, alínea “b”, da CLT, ambos são aptos a
ensejarem a dispensa por justa causa:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
A alternativa (D) está incorreta. As férias proporcionais, assim como o 13º salário e o aviso prévio,
são devidas no montante de 50%, segundo o art. 484 da CLT e a Súmula 14 do TST:
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa
exclusiva do empregador, por metade.
Súmula 14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio,
do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
Por fim, a alternativa (E) está correta. De fato, a rescisão indireta ocorre quando o empregador
comete falta grave, sendo disciplinada pelo art. 483, da CLT.
Gabarito (E)
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C Pedro não poderia ter sido demitido por justa causa, mas deveria ter sido designado para outra
função na empresa, visto que não possuía autorização para dirigir.
D Pedro não poderia ter sido demitido por justa causa, porque, em situações como essa, admite-
se apenas a aplicação de advertência.
E Como Pedro foi demitido por justa causa, ele deve receber, nas verbas rescisórias, o 13.º salário
e as férias proporcionais.
Comentários:
Questão que, espelhando-se em situação concreta1, cobrou conhecimento quanto às formas de
extinção do contrato de trabalho.
A alternativa (A) está correta, eis que a desídia, na qualidade de falta grave, foi prevista na alínea
‘e’ do art. 482 da CLT como conduta que justifica a dispensa por justa causa.
A alternativa (B) está incorreta, pois a modalidade correta de término do vínculo contratual, em
razão da falta grave praticada, notadamente, para fins de exercício da profissão/cargo/função para
a qual foi contratado o empregado, é a dispensa por justa causa, dado o cometimento da desídia.
A alternativa (C) está incorreta, pois a configuração da desídia não impõe a transferência do
empregado para exercício de outra função na empresa, eis que contratado para exercer a função
de motorista de cargas. Além disso, a demissão por justa causa se justificou em razão da falta
grave cometida.
A alternativa (D) está incorreta, porque, tal como evidenciado acima, a falta grave cometida, qual
seja, a conduta desidiosa do empregado, justifica a dispensa por justa causa, plenamente
qualificada, que, por sua vez, inibe a necessidade de aplicação de prévia advertência.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, porque a dispensa por justa causa não impõe o pagamento
do 13º ou de férias proporcionais como verbas rescisórias. Nesta hipótese, o empregado receberá
apenas o saldo de salário e as férias simples/vencidas.
Gabarito (A)
1
TST/RR-22373-15.2017.5.04.0512
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A exemplo do RRAg-1176-08.2012.5.01.0077
Gabarito (C)
61
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Comentários:
A assertiva foi considerada correta pela Banca, com fundamento na SUM-443 do TST:
Gabarito (C)
Comentários:
Gabarito (C)
Comentários:
A assertiva diz respeito à regra geral, quanto à desnecessidade de motivação dos atos de dispensa
dos empregados de empresas estatais, consoante entendimentos do STF (RE 589998) e do TST:
62
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Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
Como trata-se da extinção por acordo, o empregador deveria depositar na conta vinculada do
empregado junto ao FGTS o equivalente à metade da multa rescisória de 40%2, isto é, deveria
depositar 20% dos recolhimentos mensais realizados no decorrer do contrato:
CLT, art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
2 Lei 8.036/1990, art. 18, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do
trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
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I - por metade:
Gabarito (E)
Comentários:
Notem que a alternativa (E) aborda corretamente as verbas e demais direitos do empregado que
tem seu contrato de trabalho rescindido mediante acordo com o empregador (CLT, art. 484-A),
os quais podem ser resumidos por meio do seguinte quadro:
Gabarito (E)
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Comentários:
Trata-se da incontinência de conduta, que atenta contra a moral sob o ponto de vista sexual:
Gabarito (C)
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empregador dos prejuízos que resultarem deste fato, que não poderá exceder ao valor do aviso-prévio que
teria direito.
(C) se o desligamento imotivado feito por Heráclito no contrato a termo e sem cláusula assecuratória do
direito recíproco de rescisão antecipada, após cinco meses de prestação de trabalho, resultou prejuízos para
o empregador na ordem de R$ 26.000,00 (vinte e seis mil reais), deverá indenizá-lo no valor de R$ 13.000,00
(treze mil reais).
(D) Heráclito não poderá se desligar do contrato a termo prefixado, sem cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão antecipada, mesmo no caso de ter sido tratado por seu coordenador com rigor
excessivo, sem indenizar o empregador dos prejuízos que resultarem desse fato, limitado ao maior salário
que tiver recebido.
Comentários:
Indo direto para a letra (C), percebe-se que tal extinção é regida pelos artigos 479 e 480 da CLT:
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
CLT, art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato,
sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que
desse fato lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado
em idênticas condições.
Como o contrato foi rescindido após 5 meses de trabalho, ainda haveria outros 13 meses de
prestação laboral. Dessa forma, o valor máximo da indenização que poderia ser cobrada do
empregado seria de metade do valor que ele receberia nestes 13 meses de contrato, ou seja, R$
13.000 (R$ 2.000x13÷2).
Assim, muito embora os prejuízos causados pelo empregado perfaçam a monta de R$ 26.000, a
indenização seria limitada a R$ 13.000,00, por força do disposto no art. 480, §1º, da CLT.
A alternativa (A), incorreta, por dois motivos. Primeiramente, a indenização devida pelo
empregado nessa situação, seria de, no máximo, metade da remuneração a que teria direito (CLT,
art. 480, § 1º), como destacado acima. Em segundo lugar, havendo cláusula assecuratória do
direito recíproco de rescisão antecipada (CLT, art. 481), tal indenização não seria devida, já que é
substituída pelo regramento do art. 481: aplicar-se-iam ao contrato os princípios regentes da
rescisão dos contratos por prazo indeterminado, a exemplo do aviso prévio.
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A extinção seria regida pelos princípios da rescisão dos contratos por prazo indeterminado, a
exemplo da concessão de aviso prévio por parte do empregado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
A alternativa (D), incorreta, já que, havendo justa causa, o empregado poderá se desligar do
contrato a termo prefixado sem indenizar o empregador. Reparem que o empregado foi tratado
por seu coordenador com rigor excessivo, o que, nos termos do art. 483, ‘b’, da CLT, representa
falta grave do empregador.
Gabarito (C)
Comentários:
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Questão polêmica, mas que teve a resposta confirmada por ocasião do gabarito definitivo. O item
I está incorreto, pois, embora seja direito potestativo, há situações em que o empregador está
proibido de dispensar imotivadamente seus empregados. Nas hipóteses de estabilidades e
garantias provisórias de emprego, o empregador fica obstado de exercer seu direito de rescindir
o contrato de trabalho.
O item II foi também dado como incorreto pela Banca. A multa do art. 477, § 8º3, da CLT é devida
se o empregador descumprir os prazos para pagamento das verbas rescisórias. Neste sentido,
mesmo nos casos em que o empregado é dispensado por justa causa e esta é posteriormente
revertida no âmbito judicial, tal multa continuaria sendo aplicada:
SUM-462
A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não tem o
condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa
não será devida apenas quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora no
pagamento das verbas rescisórias.
Este é o entendimento que devemos considerar para fins de prova, mas destaco que ainda
remanescem precedentes na Justiça do Trabalho4 de que a multa não seria aplicada nesta situação.
O item III foi considerado incorreto pela Banca, tendo em vista posicionamentos doutrinários
diversos. A este respeito, destaco que o art. 483, § 3º, em princípio, indica duas situações - alíneas
“d” (não cumprimento, pelo empregador, das obrigações do contrato) e “g” (o empregador
reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários) – em que o empregado poderá optar por permanecer ou não no
trabalho:
CLT, art. 483, § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
3 CLT, art. 477, § 8º - Sem prejuízo da aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A, a inobservância ao disposto
no § 6º sujeitará o infrator ao pagamento da multa em favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, exceto quando,
comprovadamente, o empregado der causa à mora. (MP 905)
4 A exemplo do seguinte: TRT-3 - 0000773-81.2014.5.03.0184 ED
5 CARRION, Valentin. Op. cit., p. 457.
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Gabarito (D)
Comentários:
De forma breve, a extinção normal, segundo o Direito Civil, ocorre quando o contrato é fielmente
cumprido pelas partes, chegando a seu fim. A extinção anormal, por outro lado, ocorre sem que
as obrigações tenham sido cumpridas pelas partes (o contrato não atinge seu fim).
Gabarito: errada
Comentários:
Tal motivação é obrigatória, como regra geral, somente em hipóteses de estabilidades e garantias
provisórias de emprego (como no caso do dirigente sindical, por exemplo, em que se exige
inquérito para apuração de falta grave) e demais hipóteses previstas nos instrumentos coletivos.
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Gabarito: correta
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
Vejam que a empregada esteve em gozo de benefício previdenciário e demorou mais de 30 dias
para retornar ao serviço. Portanto, nos termos da SUM-32 do TST, presume-se que houve
abandono de emprego, o qual é uma falta grave prevista no art. 482, ‘i’, da CLT:
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Gabarito (B)
Comentários:
Neste julgado, o TST se baseou na parte final do § 1º do art. 4876 da CLT, que garante a integração
do aviso prévio no tempo de serviço, o contrato de trabalho permanece em vigor para todos os
fins, até a data final do período respectivo. Dessa sorte, se a empresa, no curso do aviso prévio
indenizado, institui programa de demissão voluntária (PDV), o empregado teria direito a efetuar
sua adesão ao referido plano.
Além disso, não seria razoável a empresa demitir um empregado, sabendo que em poucos dias
estaria vigente um PDV, cujos efeitos são muito mais vantajosos ao empregado.
Gabarito: correta
Comentários:
6CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao
prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
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Gabarito: errada
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
72
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A questão aborda os efeitos da rescisão indireta do contrato de trabalho, conforme art. 483, alínea
‘a’:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos7 por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
No caso dos serviços alheios ao contrato, deve-se observar a função para a qual o empregado foi
contratado, de modo que o empregador não deve exigir realização de tarefas que sejam estranhas
ao pactuado.
Nestes casos haverá, naturalmente, alteração das funções exercidas, mas acompanhadas de
alteração dos respectivos contratos de trabalho, respeitando-se, sempre, o princípio da
inalterabilidade contratual lesiva.
Assim sendo, como na rescisão indireta, o empregado tem direito de sacar os valores depositados
na sua conta vinculada de FGTS, conforme excerto transcrito abaixo, a questão está correta.
Lei 8.036/1990, art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser
movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
Gabarito: correta
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IV. A morte do empregador pessoa física leva à extinção do contrato de trabalho, salvo se o empregado, por
ocasião do falecimento do empregador, tiver mais de dez anos de serviço para o mesmo.
Está INCORRETO o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) II, III e IV.
(C) II e III.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
Comentários:
A assertiva I está correta, pois o empregado tem o direito de pôr fim ao pacto empregatício sem
que seja necessário motivo para tanto, e esta decisão configura o pedido de demissão.
A assertiva II está incorreta, pois no caso de culpa recíproca aplica-se a Súmula 14:
A assertiva III está incorreta, uma vez que somente é facultado ao empregado decidir quanto à
permanência ou não no serviço nas hipóteses das letras "d" e "g" (conforme CLT, art. 483, § 3º).
Neste caso, foi cobrada a literalidade do dispositivo. Vejam:
CLT, art. 483, § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
8A Súmula faz remissão ao artigo 484 da CLT, que trata da antiga indenização por tempo de serviço que foi substituída pelo regime
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
A assertiva IV está incorreta, uma vez que não há a exceção relativa a “dez anos de serviço para o
mesmo” empregador. No caso de morte do empregador pessoa física, poderá haver a sucessão
trabalhista, caso haja a continuidade do empreendimento. Caso não haja, o contrato estará
rescindido e as verbas devidas ao empregado serão as mesmas da dispensa sem justa causa.
Gabarito (B)
Comentários:
No caso de ter sido deferida a suspensão da execução da pena, não haverá justa causa, pois, nesse
caso, o empregado apenado não ficará recluso no estabelecimento prisional, estando em
liberdade para trabalhar.
CLT, art. 482, d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
Gabarito: errada
Comentários:
A questão somente está correta por causa do adjetivo “integral”, já que, na culpa recíproca, o
empregado tem direito às verbas à razão de 50%.
Gabarito: correta
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Comentários:
CLT, art. 625-E, parágrafo único -. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e
terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Gabarito: correta
Comentários:
Sim, conforme disposto no art. 158, parágrafo único, ‘b’, da CLT, é causa para a demissão por
justa causa a recusa injustificada à utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI):
(...)
(...)
Gabarito: correta
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Comentários:
Mais uma questão de prova exigindo o art. 482 da CLT. Como a questão mencionou a suspensão
de execução da pena, não caberia a demissão por justa causa:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Caso o empregado seja condenado e tenha que cumprir a pena não será possível a ele cumprir
sua principal atribuição decorrente do contrato de trabalho: prestar os serviços. Neste caso,
portanto, o empregador teria amparo legal para pôr fim ao contrato por justa causa.
Atente-se para o fato de que esta possibilidade não se confunde com a prisão provisória, que é
motivo de suspensão contratual, e não demissão com justa causa.
Gabarito (C)
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A alternativa errada é a letra (D) pois na culpa recíproca9 a indenização é cabível pela metade:
CLT, art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa
exclusiva do empregador, por metade.
Ainda sobre a citada indenização é interessante mencionar o artigo 479, relacionado à alternativa
(E) desta mesma questão, que prevê o referido pagamento:
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Na alternativa (A) foi mencionada a regra sobre cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão antecipada, que estende aos contratos a prazo determinado os princípios que regem os
contratos por prazo indeterminado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
Neste caso o empregado pode rescindir seu contrato, recebendo as verbas devidas em um pedido
de demissão e sem que haja dever de cumprir aviso prévio:
Na alternativa (C), por fim, a banca reproduziu artigo da CLT que é considerado, por parte da
doutrina, como letra morta:
CLT, art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por
ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução
9Culpa recíproca ocorre quando tanto empregador quanto empregado dão causa à extinção do contrato, ou seja, ambas as partes
praticam condutas ensejadoras da rescisão. Assim como na rescisão indireta, esta modalidade de extinção contratual pressupõe
decisão judicial que a reconheça.
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Gabarito (D)
Comentários:
A resposta é a letra (D), conforme art. 482, que despenca em provas da FCC:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
10CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por Eduardo Carrion. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 460.
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Gabarito (D)
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
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“A desídia é falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência; costuma-se caracterizar pela
prática ou omissão de vários atos (comparecimento impontual, ausências, produção
imperfeita); excepcionalmente poderá estar configurada em um só ato culposo muito
grave (...)”
Como ensina o Ministro Godinho12, a desídia, em geral, é comportamento reiterado, nestes casos
“(...) a conduta desidiosa deve merecer exercício pedagógico do poder disciplinar pelo
empregador, com gradação de penalidades, em busca da adequada ressocialização do
obreiro. Mostrando-se ineficaz essa tentativa de recuperação, a última falta implicará na
resolução culposa do contrato de trabalho [demissão com justa causa]”.
No caso de prática de ato único de desídia muito grave, claro, não caberá gradação de
penalidades. Exemplo desta situação, citado por Amauri Mascaro Nascimento13, seriam “15 faltas
reiteradas ao serviço sem justificativa”.
Gabarito (C)
Comentários:
O gabarito preliminar da questão foi a letra (D), tendo sido anulada no gabarito definitivo.
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A questão foi posteriormente anulada pela Banca, já que não existe “13º salário proporcional
acrescido do terço constitucional”. Portanto, após os recursos, a questão foi anulada.
Gabarito: anulada
Comentários:
Portanto, a Patrícia terá direito a 20% da multa do FGTS (e sua liberação), além de metade de:
aviso prévio; férias proporcionais e décimo terceiro proporcional.
14A Súmula faz remissão ao artigo 484 da CLT, que trata da antiga indenização por tempo de serviço que foi substituída pelo regime
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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Gabarito (C)
Comentários:
Quanto ao elemento objetivo (decurso de prazo) a doutrina tem utilizado o lapso temporal de 30
dias, com fundamento no artigo 472, § 1º da CLT e na Súmula 32 do TST:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
Gabarito (E)
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Comentários:
Quando o empregador demite o empregado sem justa causa, o aviso prévio é direito do
empregado, para que este possa buscar novo emprego.
No caso da questão, quando o empregado é que pede demissão, este tem o dever de conceder
o aviso prévio ao seu empregador, para que este procure nova pessoa para ocupar a função do
trabalhador que decidiu pôr fim ao vínculo empregatício.
CLT, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
(...)
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
Sendo dever do empregado conceder o aviso, não o fazendo estará sujeito a ter o desconto
correspondente no salário:
CLT, art. 487, § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
Gabarito (D)
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Diariamente e durante o horário de expediente, uma empregada expõe e vende produtos de higiene e beleza
para seus colegas de trabalho, sem a permissão do seu empregador. Tal situação configura motivo para
rescisão contratual por justa causa?
(A) Não, porque seria apenas motivo para advertência ou suspensão do empregado.
(B) Não, porque não há previsão legal para tal situação de rescisão por justa causa.
(C) Sim, porque o fato é grave, embora não esteja previsto em lei.
(D) Sim, porque o fato está tipificado em lei como justa causa para rescisão do contrato pelo empregador.
(E) Não, porque o fato não é tão grave e poderia apenas ensejar a rescisão sem justa causa.
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
Aqui é possível enxergar duas condutas distintas: a negociação habitual no local de trabalho
(exemplo da questão) e a concorrência com o empregador.
Gabarito (D)
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(E) não precisa estar prevista em lei, mas o ato praticado pelo empregado deve ser reiterado e habitual,
independentemente de punição anterior pelo empregador.
Comentários:
A doutrina estabelece requisitos objetivos e subjetivos para o cabimento da demissão por justa
causa. O Ministro Godinho16 distingue um terceiro grupo, que são os requisitos circunstanciais.
Diante de ação ou omissão que comporte demissão com justa causa, a aplicação da penalidade
pelo empregador deve ocorrer de maneira imediata, sob pena de restar prejudicada a
imediaticidade da punição.
Sobre as demais alternativas, não há previsão da CLT quanto a necessidade de inquérito para
apuração de falta (em relação aos empregados em geral).
Além disso, não existe previsão de quantidade de advertências que devem anteceder a demissão
por justa causa. Pode acontecer, inclusive, de ser aplicada legitimamente a demissão por justa
causa sem qualquer outra falta cometida anteriormente.
Segue abaixo o esquema com os requisitos para validade da demissão por justa causa:
Singularidade da punição
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Gabarito (D)
Comentários:
Seguem abaixo as demais alíneas do artigo 482 relativas à questão para relembrarmos os
conceitos relacionados.
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
Ato de improbidade é conduta faltosa do empregado que age de modo contrário à lei.
Existem interpretações doutrinárias distintas sobre a necessidade de haver (ou não) dano ao
patrimônio do empregador ou de terceiros para que se configure o ato de improbidade.
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“A desídia é falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência; costuma-se caracterizar pela
prática ou omissão de vários atos (comparecimento impontual, ausências, produção
imperfeita); excepcionalmente poderá estar configurada em um só ato culposo muito
grave (...)”
Como ensina o Ministro Godinho19, a desídia, em geral, é comportamento reiterado, nestes casos
“a conduta desidiosa deve merecer exercício pedagógico do poder disciplinar pelo empregador,
com gradação de penalidades, em busca da adequada ressocialização do obreiro. Mostrando-se
ineficaz essa tentativa de recuperação, a última falta implicará na resolução culposa do contrato
de trabalho [demissão com justa causa]”.
Gabarito (D)
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(A) não está sujeita a dispensa por justa causa uma vez que não praticou qualquer ato configurador deste
tipo de dispensa segundo a Consolidação das Leis do Trabalho.
(B) está sujeita a dispensa por justa causa em razão da prática de ato de insubordinação.
(C) está sujeita a dispensa por justa causa em razão da prática de ato de indisciplina.
(D) está sujeita a dispensa por justa causa em razão da prática de ato de desídia.
(E) está sujeita a dispensa por justa causa em razão da prática de ato de incontinência de conduta.
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
Gabarito (C)
Comentários:
89
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Quanto ao elemento objetivo (decurso de prazo) a doutrina tem utilizado o lapso temporal de 30
dias, com fundamento no artigo 472, § 1º da CLT e na Súmula 32 do TST:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
Gabarito (B)
Comentários:
A resposta é a letra (C) de acordo com a doutrina de Mauricio Godinho Delgado, na medida em
que ambos os requisitos são circunstanciais.
Gabarito (C)
90
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(C) O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando forem
exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios aos
contratos.
(D) A rescisão indireta se dá quando existe um motivo justo para a rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador, sendo que nenhuma vantagem será atribuída ao empregado, salvo as parcelas que
constituírem direito adquirido, como as férias vencidas que ainda não tenham sido usufruídas e o saldo
salarial.
(E) Na rescisão indireta, o Tribunal do Trabalho competente reduzirá a indenização à que seria devida em
caso de culpa exclusiva do empregador, por um terço.
Comentários:
Partindo direto para a letra (C), registro que, na extinção do contrato de trabalho chamada de
rescisão indireta o empregador é que comete falta grave, sendo esta modalidade reconhecida na
Justiça do Trabalho.
Desta forma, percebam que o empregado deve entrar com ação na Justiça contra o empregador,
e é o Poder Judiciário que decidirá sobre o cabimento da rescisão indireta.
Traçando um paralelo com a demissão por justa causa (quando o empregado comete falta grave),
esta hipótese de extinção também é chamada de “justa causa do empregador”.
Segue o caput e alínea “a” do artigo 483 da CLT, que elenca as hipóteses de rescisão indireta:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
Quanto à alternativa (A), violação de segredo da empresa por parte do empregado é causa de
demissão por justa causa. A alternativa (D) também se refere a esta modalidade de extinção
contratual.
Quando as partes fixaram data determinada para o fim do contrato de trabalho estamos diante
de contrato a prazo determinado, então a alternativa (B) não se relaciona a rescisão indireta.
Gabarito (C)
91
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I. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho, o empregado tem direito a 50% do
valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
II. Considera-se justa causa para rescisão do contrato de trabalho, dentre outras hipóteses, a condenação
criminal do empregado, ainda que não transitada em julgado, bem como a negociação habitual por conta
própria.
III. Reduzindo o empregador o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários, pode o obreiro considerar rescindido indiretamente o contrato de
trabalho.
IV. Desobediência a ordens direta do empregador que digam respeito a atribuições do cargo do empregado,
constitui, especificamente, ato de indisciplina, justificando a resolução do contrato de trabalho por justa
causa obreira.
Está correto o que consta APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
Comentários:
A proposição I, correta, é cópia literal da Súmula 14, que costuma frequentar questões de prova:
Na proposição II o erro está na expressão “ainda que não transitada em julgado”, pois o artigo
482 da CLT somente autoriza a justa causa quando a condenação transite em julgado (e não tenha
havido suspensão da execução da pena):
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
92
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A proposição III, correta, trouxe uma das hipóteses relativas á rescisão indireta, ou seja, o
empregador é que dá causa à extinção contratual.
Segue abaixo o artigo 483 da CLT e suas alíneas (na questão, cita-se a alínea “g”):
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
da honra e boa fama;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
Gabarito (B)
Comentários:
93
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Gildo cometeu conduta incompatível com a moral sexual (incontinência de conduta – CLT, art.
482, ‘b’).
Gabarito (C)
Comentários:
Existe previsão legal de que contratos a prazo determinado (como o contrato de experiência, por
exemplo) possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada.
Caso o contrato a termo possua tal cláusula, a CLT prevê que deverão ser aplicados os princípios
que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
Deste modo, esta hipótese configura uma possibilidade excepcional de aplicação do instituto do
aviso prévio em contratos a prazo determinado.
Gabarito: errada
Comentários:
Alternativa incorreta, pois conflita com a jurisprudência do STF, a exemplo do julgado abaixo20:
94
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Gabarito: errada
Comentários:
Em relação aos bancários, existia previsão na CLT de demissão por justa causa se este empregado
fosse contumaz em não pagar suas dívidas:
CLT, art. 508 - Considera-se justa causa, para efeito de rescisão de contrato de trabalho do
empregado bancário, a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis.
No final de 2010 este artigo foi revogado pela Lei 12.347/10 (por isso coloquei a redação do artigo
tachada), então esta possibilidade não mais existe em nosso ordenamento jurídico.
Gabarito: correta
Comentários:
Alternativa incorreta, pois tal documento não necessariamente deverá ser elaborado para que se
considere lícita a demissão.
21 O edital deste concurso foi publicado antes da alteração legislativa comentada na resolução da questão.
95
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Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
Ato de improbidade é conduta faltosa do empregado que age de modo contrário à lei.
Existem interpretações doutrinárias distintas sobre a necessidade de haver (ou não) dano ao
patrimônio do empregador ou de terceiros para que se configure o ato de improbidade.
Gabarito: correta
Comentários:
Gabarito: correta
Comentários:
96
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CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Caso o empregado seja condenado e tenha que cumprir a pena não será possível a ele cumprir
sua principal atribuição decorrente do contrato de trabalho: prestar os serviços. Caso tenha havido
suspensão da execução da pena (possibilidade ocultada na questão) não se admitiria a justa causa.
Atente-se para o fato de que esta possibilidade não se confunde com a prisão provisória, que é
motivo de suspensão contratual, e não demissão com justa causa.
Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Gabarito (E)
97
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Pode ser considerado praticante de ato ensejador de justa causa o empregado que não observa as instruções
dadas pela empresa quanto ao uso do equipamento de proteção individual ou se recusa a utilizá-lo sem
justificativa. No que se refere à CLT, embora tal previsão não tenha sido inserida de forma expressa no rol
dos fatos que ensejam a justa causa no capítulo dedicado à rescisão do contrato de trabalho, ela está incluída
no capítulo que trata da segurança e medicina do trabalho.
Comentários:
A previsão está na CLT, mas não especificamente no artigo 482, que enumera as diversas hipóteses
de cabimento da justa causa:
(...)
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
Somente se houver suspensão da execução da pena não se justificaria a demissão por justa causa:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
(...)
98
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Gabarito: correta
Comentários:
Quanto ao item II, a doutrina enxerga, sim, diferença entre atos de incontinência de conduta e
mau procedimento. Na proposição III seria o caso de indisciplina, e não insubordinação (circular
interna é destinada a todos os empregados). Incorretos, portanto, estes dois itens.
99
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Relembrando:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Gabarito (C)
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
100
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a) ato de improbidade;
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos
importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
Pela lógica, se mais de 30 importam já na rescisão injusta, mais de 60 também. Entretanto, a Banca
buscou a literalidade da CLT, que fala em mais de 30 dias.
Gabarito: errada
Comentários:
Alternativa incorreta.
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
(...)
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
(...)
101
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A exceção na ofensa física é feita nos casos de legítima defesa, que afasta a hipótese de rescisão
indireta.
Gabarito: errada
Comentários:
A legítima defesa exclui a motivação para justa causa, e por isso as alternativas (A) e (E) estão
incorretas.
Para justificar a justa causa, exige-se que a condenação criminal transite em julgado.
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
102
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(...)
(...)
(...)
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Gabarito (C)
Aviso prévio
62. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada)
Marcos trabalhou como recepcionista no consultório odontológico de Henrique, com exercício efetivo de
atividades no período de 30/11/2016 a 31/03/2017, sendo dispensado sem justa causa. Não houve
comunicação regular e prévia acerca da terminação contratual. Na CTPS do trabalhador, foi registrada como
data de saída 31/03/2017. Diante do ajuizamento de ação trabalhista por Marcos em 10/06/2017, Henrique
quitou, em audiência, aviso-prévio indenizado, décimo terceiro salário e férias mais 1/3, comprovando os
recolhimentos de FGTS + multa de 40%. Recusou-se, entretanto, à retificação da data de saída na CTPS e à
indenização do valor correspondente ao benefício do seguro-desemprego, sob os argumentos de que a data
constante na CTPS se tratou do último dia efetivamente trabalhado por Marcos e de que não forneceu as
guias para habilitação à época por ter sido reduzida a duração o período do contrato de emprego. Considere
que, à época do vínculo havido com Henrique, já existia, na CTPS do trabalhador Marcos, anterior registro
de emprego com empregador distinto, no que tange ao período de 10/04/2016 a 13/08/2016. (..)
Nessa situação hipotética, julgue o item abaixo.
Deve ser corrigida a data de saída registrada na CTPS do trabalhador, a fim de fazer constar 30/04/2017.
Comentários:
CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
103
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Assim, até mesmo a data do término do contrato de trabalho, anotada na CTPS do empregado,
deve ser a data do fim do aviso prévio indenizado:
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso
prévio, ainda que indenizado.
Gabarito: correta
Comentários:
A letra (A) está correta, já que o TST tem entendido que a projeção se dá para todos os efeitos,
inclusive para o início da contagem do prazo prescricional. Vejam abaixo ementa de julgado do
TST nesse sentido:
A jurisprudência desta Corte Superior afirma que computa-se para todos os efeitos o
período de aviso prévio indenizado no tempo de serviço do trabalhador, inclusive para os
fins de contagem da prescrição. Aplicação do artigo 487, § 1º, da CLT. Recurso conhecido e
provido.
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A letra (B), incorreta, já que, neste caso, o prazo é o mesmo do aviso prévio indenizado: 10 dias
contados da notificação.
A letra (C), incorreta, já que o aviso prévio proporcional é de, no máximo, 60 dias, os quais
somados ao mínimo de 30 dias, perfazem o total máximo de 90 dias:
Lei 12.506/11, art. 1º, parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão
acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de
60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
A letra (D) foi dada inicialmente como incorreta, já que o Cespe adotou, em um primeiro momento,
o posicionamento controvertido de que a proporcionalidade também pode se dar em favor do
empregador. Todavia, há uma forte corrente contrária, o que provavelmente motivou a anulação
da questão, a exemplo das lições de Luciano Martinez22, de precedente do TST23 relatado pelo
próprio Ministro Godinho, além do Ministério do Trabalho24.
Gabarito: anulada
Comentários:
22 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho: relações individuais, sindicais e coletivas do trabalho. 4 ed. São Paulo: Saraiva,
2013, p. 570.
23 RR-456-37.2012.5.03.0028
24 NT 35/2012/DMSC/GAB/SIT, de 13/02/2012, e NT 184/2012/CGRT/SRT/MTE, de 07/05/2012
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A resposta está na letra (E) já que não se admite que o empregador deixe de reduzir a jornada
(mesmo que pague as horas correspondentes) tendo em vista que o objetivo desta medida é
permitir que o empregado busque novo emprego:
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
A letra (A), incorreta, pois, sendo caso de dispensa com justa causa (como por exemplo aquela
decorrente de desídia), não há que se falar em aviso prévio.
A letra (B) está incorreta, porquanto na rescisão indireta é devida sim a indenização pelo aviso
prévio:
Além disso, na culpa recíproca o aviso prévio é devido pela metade (SUM-14 do TST).
A letra (C) está incorreta. O pagamento relativo ao aviso prévio, seja trabalhado, seja indenizado,
está sujeito ao recolhimento do FGTS:
SUM-305 TST
Por fim, a letra (D) também está incorreta, já que a redução de horário durante o aviso só é devida
se o empregador houver tomado a iniciativa da rescisão:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Em outras palavras, se o próprio empregado pedir demissão, não há que se falar em redução de
jornada durante o aviso prévio.
Gabarito (E)
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A respeito da extinção do contrato de trabalho por justa causa por culpa do empregado, e aquela por falta
grave cometida pelo empregador, em conformidade com o que estabelece a CLT e ao entendimento
sumulado pelo TST, é correto afirmar:
(A) Na hipótese de culpa recíproca para a extinção do contrato, o empregado perde o direito às férias e ao
décimo-terceiro salário proporcionais.
(B) Para o empregado de estabelecimento bancário, a falta contumaz de pagamento de dívida legalmente
exigível é motivo para a extinção do contrato por justa causa.
(C) A imotivada ofensa física contra superior hierárquico, mesmo praticada fora do ambiente de trabalho, é
suficiente à extinção do contrato por justa causa.
(D) A redução da quantidade de trabalho destinado a empregado contratado por tarefa, que implique
qualquer tipo de diminuição salarial, é suficiente para a extinção do contrato por culpa do empregador.
(E) Em qualquer momento, a ocorrência de justa causa desobriga o empregador do pagamento de verbas
rescisórias de natureza indenizatória.
Comentários:
A alternativa (C) está correta. Nos termos da alínea ‘k’ do art. 482 da CLT, ofensas físicas contra
superior hierárquico, imotivadas (ou seja, que não são por legítima defesa), constituem falta grave.
Nesta alínea, não se exige que a ofensa seja praticada no serviço, podendo gerar falta grave em
qualquer lugar em que for praticada, pois aqui o que conta é contra quem ela é praticada.
A alternativa (A), incorreta, pois ele ainda receberá a metade das férias e do 13º proporcional
(SUM-14 do TST).
A alternativa (B), incorreta, já que o art. 508 da CLT, que continha tal previsão, foi revogado em
2010.
A alternativa (D), incorreta, já que não é qualquer redução que importa a rescisão indireta. A
redução deve afetar sensivelmente o salário do empregado:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando: (...)
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
A alternativa (E), incorreta, pois há uma exceção para tal regra (a justa causa por “abandono de
emprego”):
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Gabarito (C)
Comentários:
Questão anulada, tendo em vista “divergência entre doutrina e recente julgado no TST acerca do
tema”. Gabarito preliminar (D).
A alternativa (A) está incorreta, já que, estando presente a cláusula assecuratória de direito
recíproco de rescisão (CLT, art. 481), será cabível o aviso prévio.
A alternativa (B) está incorreta, já que, no caso de aviso cumprido em casa, o prazo é de 10 dias
contados da notificação da despedida:
Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias
é até o décimo dia da notificação de despedida.
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A alternativa (D) foi considerada correta no gabarito preliminar do Cespe, mas, pela divergência
existente, foi anulada pelo Cespe no Gabarito definitivo, considerando a Nota Técnica 184/2012
do MTb e parte expressiva da doutrina, inclusive do Ministro Godinho.
A referida Nota técnica, que visa a esclarecer os procedimentos a serem adotados pelos
empregadores e empregados nas rescisões de contrato de trabalho advindas após a Lei
12.506/2011, prevê que os 3 dias já são contados a partir do primeiro ano completo de serviço na
mesma empresa. Dessa forma, segundo o próprio MTb, quem trabalhou 5 anos completos na
mesma empresa terá direito a 45 dias de aviso (30+3+3+3+3+3).
"[...] o trabalhador que complete um ano de serviço na entidade empregadora terá direito
ao aviso de 30 dias, mais três dias em face da proporcionalidade. (..) Desse modo,
completando o segundo ano de serviço na empresa, terá 30 dias de aviso-prévio, mais seis
dias, a título de proporcionalidade da figura jurídica, e assim sucessivamente."
A alternativa (E) está incorreta. Como regra geral, a justa causa no curso de aviso prévio retira do
empregado direito às verbas indenizatórias. Entretanto, a exceção fica por conta justamente do
abandono de emprego, nos termos da SUM-73:
Gabarito: anulada
109
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C) O período de aviso prévio de 30 dias será acrescido de três dias por ano de serviço trabalhado na mesma
empresa até o limite total de 60 dias.
D) O período de aviso prévio de 30 dias será acrescido de três dias por ano ou fração igual ou superior a seis
meses de trabalho na mesma empresa até o limite total de 90 dias.
E) Inexiste na lei critério de proporcionalidade entre o tempo de serviço prestado e o período de aviso prévio
em nosso ordenamento jurídico.
Comentários:
Podemos perceber que o gabarito é a letra (A), de acordo com a Lei 12.506/2011
(Proporcionalidade do aviso prévio).
Gabarito (A)
Comentários:
Portanto, não é apenas nos contratos por prazo indeterminado como diz a questão.
Gabarito: errada
Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
110
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(...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
Com base neste comando constitucional foi promulgada, no final de 2011, a Lei 12.506, que
definiu a proporcionalidade do aviso prévio, nos seguintes termos:
Lei 12.506/11, art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943,
será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Gabarito: errada
Comentários:
Somando 13 meses de serviço, o obreiro já faria jus a mais 3 dias de aviso, totalizando 33 dias:
Lei 12.506/11, art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943,
será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Gabarito: correta
111
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(A) o aviso-prévio é ato unilateral devido apenas quando o empregador pretender rescindir o contrato de
trabalho independentemente de haver justo motivo.
(B) a justa causa para rescisão do contrato de trabalho não pode ser aplicada durante o período de
cumprimento do aviso-prévio.
(C) a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo do aviso-prévio comunicado, não
comportando reconsideração pela parte notificante antes de seu termo final.
(D) a falta do aviso-prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes
ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
(E) o valor das horas extras habituais não integra o aviso-prévio indenizado.
Comentários:
CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
A alternativa (A) está incorreta porque o aviso não é devido apenas pelo empregador.
Como os contratos de trabalho, em geral, possuem prazo indeterminado, institui-se o aviso prévio
no Direito do Trabalho para que, quando uma das partes da relação de emprego decidir encerrar
o vínculo, a outra parte possa ter um tempo razoável para adotar as medidas necessárias.
Sobre a alternativa (B), não existe nenhuma restrição à aplicação da penalidade de justa causa
durante o cumprimento do aviso prévio, quer seja ela concedido pelo empregador ou pelo
empregado.
Já a alternativa (C), também incorreta, distorceu a previsão constante do art. 489 da CLT
(reconsideração do aviso):
CLT, art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o
respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
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CLT, art. 487, § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio
indenizado.
Gabarito (D)
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
Gabarito: errada
113
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seu horário de trabalho durante este período. Assim, dirigiu-se ao departamento de recursos humanos de
sua empregadora, que respondeu que ela
(A) poderia optar em ter seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias ou faltar ao serviço um dia
por semana trabalhada.
(B) deveria cumprir normalmente seu horário de trabalho, sem qualquer redução de sua carga horária.
(C) poderia optar em ter seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias ou faltar ao serviço por sete
dias corridos.
(D) teria obrigatoriamente seu horário de trabalho reduzido em uma hora diária.
(E) teria obrigatoriamente seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias.
Comentários:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
Lembrem-se que, caso Bruna é que tivesse decidido deixar o emprego, não teríamos redução de
jornada durante o aviso prévio.
Gabarito (C)
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Comentários:
O aviso prévio obedece a regra geral da Lei 10.406/02 (Código Civil), segundo o qual:
Lei 10.406/02, art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se
os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.
Gabarito (D)
Comentários:
Se o empregado comprova já ter conseguido novo emprego, esvazia-se o objetivo do aviso prévio
e, com isso, a jurisprudência admite o não pagamento do mesmo pelo empregador.
Gabarito: correta
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(E) II e III.
Comentários:
O TST entende que gratificação semestral não deve servir como base de cálculo do aviso prévio:
A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso
prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização
por antigüidade e na gratificação natalina.
Sérgio Pinto Martins26 esclarece que “não há pagamento mensal da gratificação semestral para se
falar em repercussão naquelas verbas”.
As gorjetas são consideradas remuneração (falaremos sobre elas na aula sobre remuneração e
salário), mas não repercutem no valor do aviso prévio, conforme entendimento do TST:
Gabarito (C)
Comentários:
Alternativa correta, que poderia ser complementada com a possibilidade de redução de 7 dias
corridos durante o período de aviso:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
26 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 154.
116
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Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
Gabarito: correta
Comentários:
As alternativas (A) e (B) estão incorretas porque, como aprendemos na parte teórica, a previsão
celetista (art. 487, inciso I) é incompatível com a atual Constituição, que exige aviso prévio de no
mínimo 30 dias:
CLT, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
A alternativa (D) está incorreta porque a CLT é expressa quanto ao cabimento de aviso prévio na
despedida indireta:
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A alternativa (E), por sua vez, errou ao sugerir que o empregado que comete falta grave durante
o aviso não perderia o direito ao restante do respectivo prazo:
CLT, art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das
faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do
respectivo prazo.
Gabarito (C)
Comentários:
A proposição I é cópia literal da Súmula 276 do TST, que somente permite a dispensa do aviso
pelo empregado quando este comprova ter obtido novo emprego.
118
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Como exposto na parte teórica, esta exceção é bastante razoável, pois o aviso prévio, na óptica
do empregado, se destina a buscar novo emprego. Se ele, comprovadamente, já encontrou o
novo trabalho, não há por que adiar o exercício das funções junto ao novo empregador, e então,
neste caso, é possível renúncia ao direito do aviso prévio.
CLT, art. 487, § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio
indenizado.
Sendo assim, deve-se calcular a média das horas extraordinárias prestadas e incluir tal valor no
cálculo do aviso indenizado.
A redução de jornada durante o aviso prévio concedido pelo empregador se destina a permitir
que o empregado pré-avisado da demissão busque novo emprego, e não se admite a substituição
desta redução de jornada pelo seu pagamento.
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
Por fim, na proposição IV temos um erro, pois o reajustamento salarial determinado no curso do
aviso prévio beneficia, sim, o empregado pré-avisado da despedida:
CLT, art. 487, § 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio,
beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido
antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo
de serviço para todos os efeitos legais.
Gabarito (A)
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(C) não concedido por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar das verbas rescisórias
um salário mínimo vigente a época, a título de sanção pecuniária.
(D) fornecido pelo empregador, possibilitará a redução do horário de trabalho do empregado, durante o
prazo do aviso, em três horas diárias, sem o prejuízo do salário integral.
(E) não concedido por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao
prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Comentários:
Indo direto para a alternativa (E), percebemos que, de fato, caso o empregador deseje encerrar o
vínculo sem conceder o aviso ao obreiro, estaremos diante de aviso prévio indenizado:
CLT, art. 487, § 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
As alternativas (A) e (D) estão incorretas porque a redução no horário de trabalho durante o aviso
dado pelo empregador é de 02 horas diárias ou 07 dias corridos:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
A indenização do aviso é o valor correspondente ao salário do empregado que será demitido sem
justa causa, e não o valor do salário mínimo, como sugeriu a alternativa (C).
Gabarito (E)
Procedimentos rescisórios
82. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013
A Consolidação das Leis do Trabalho prevê algumas normas que regulam a rescisão dos contratos individuais
de trabalho. Nos termos dessas regras, é INCORRETO afirmar:
(A) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser
efetuado até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, quando o aviso-prévio for indenizado.
(B) Constitui motivo de rescisão contratual por justa causa a condenação criminal do empregado, passada
em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena.
120
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(C) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o Tribunal de
Trabalho reduzirá a indenização, à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
(D) Ocorrerá a rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador reduzir o trabalho do
empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
(E) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até a decisão final do processo na hipótese de
não cumprir o empregador as obrigações do contrato.
Comentários:
A letra ‘A’ está incorreta, pois o prazo é de 10 dias, conforme definido na CLT:
Gabarito (A)
A eleito como membro da CIPA, ainda que o estabelecimento em que trabalhe seja extinto ou que cesse
completamente a atividade da empresa.
E que, contratado por tempo determinado, seja afastado por acidente do trabalho.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. O membro eleito da CIPA possui estabilidade provisória, mas
somente enquanto perdurar a atividade da empresa:
Súmula 339, II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando
em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária,
sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
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A alternativa (B) está incorreta. A estabilidade provisória é concedida apenas aos diretores titulares
das cooperativas, não aos suplentes:
OJ 253 SDI-1 TST: O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos
empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
A alternativa (C) está incorreta. O membro do conselho fiscal de sindicato não atua diretamente
na defesa dos direitos dos trabalhadores, de modo que a ele não é concedida a estabilidade
provisória:
OJ 365 SDI-1 TST: Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade
prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou
atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à
fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
Por fim, a alternativa (E) está correta. A estabilidade provisória decorrente dos acidentes de
trabalho também possui aplicabilidade nos contratos por prazo determinado:
Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Gabarito (E)
84. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
A A extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato não extingue a garantia ao
emprego do dirigente sindical, devendo a empresa efetuar o pagamento proporcional ao tempo de
estabilidade.
B Um empregado contratado por tempo determinado não goza da garantia provisória do emprego
decorrente de acidente do trabalho, em razão do tempo pré-estabelecido de duração do contrato de
trabalho.
122
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D Os empregados de categorias diferenciadas, mesmo que sejam eleitos para cargos de dirigentes sindicais,
não gozam da estabilidade.
E O empregado eleito dirigente sindical tem sua estabilidade garantida, independentemente de comunicação
ao empregador ou à empresa.
Comentários:
A alternativa (B) está incorreta. Segundo a jurisprudência do TST, o empregado contratado por
tempo determinado goza da garantia provisória do emprego decorrente de acidente de trabalho:
Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
A alternativa (C) está correta, pois replica o conteúdo do inciso V da Súmula 369 do TST:
A alternativa (D) está incorreta. Os empregados de categorias diferenciadas eleitos para cargos
de dirigentes sindicais gozam de estabilidade, desde que exerça atividade pertinente à categoria
profissional:
Súmula 369 TST: III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só
goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional
do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, haja vista que deve haver ciência por parte do empregador
durante a vigência do contrato de trabalho:
123
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fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por
qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
Gabarito (C)
124
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Gabarito (A)
125
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A alternativa (D) está incorreta, pois não há tal restrição. Tanto os efetivos como os membros
suplentes gozam de estabilidade, ainda que o suplente não se torne membro efetivo da CIPA.
Por fim, a alternativa (E) está correta, eis que reflete o entendimento jurisprudencial fixado por
meio da Súmula 339 do TST, item II.
Gabarito (E)
OJ 238. SDI-1.
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não
observa o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer
particular, em direitos e obrigações, despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um
contrato de emprego.
A alternativa (B) está incorreta, pois, conforme entendimento explicitado na OJ-244 da SDI-I do
TST, “a redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos,
não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula”.
Portanto, não se trata de alteração contratual ilícita.
126
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A alternativa (C) está incorreta em seu trecho final. A OJ 278 da SDI-1 do TST dispõe que "a
realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível
sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros
meios de prova" para deferir o referido adicional, como laudos periciais, por exemplo.
A alternativa (D) está correta, porque reflete o entendimento constante da OJ 365 da SDI-I do
TST, de que “membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos
arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira
do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT)”.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, porque contraria o entendimento jurisprudencial esposado
na OJ 6 da SBDI-I do TST, qual seja, o de que “o adicional de produtividade previsto na decisão
normativa, proferida nos autos do dissídio coletivo nº DC TST 06/79, tem sua eficácia limitada à
vigência do respectivo instrumento normativo”, não integrando o salário para todos os efeitos,
seja em razão da limitação temporal, seja em função de se tratar de parcela denominada “salário-
condição”.
Gabarito (D)
Comentários:
27
A exemplo do RR-1488-14.2017.5.09.0003, 2.ª Turma, publicado em 18/10/2019
127
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Gabarito (E)
Comentários:
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da
CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de
direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
Gabarito (C)
Comentários:
O registro da candidatura ao cargo de dirigente sindical após a concessão do aviso prévio não
permite a aquisição da estabilidade do dirigente sindical:
128
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Gabarito (E)
Comentários:
CLT, art. 499 - Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou
outros de confiança imediata do empregador, ressalvado o cômputo do tempo de serviço
para todos os efeitos legais.
Então, por exemplo, uma empregada gestante que ocupa o cargo de gerente de um
estabelecimento, poderá ser revertida ao cargo anteriormente ocupado, deixando o cargo em
comissão. Ela continuará com seu emprego, no entanto passará a exercer outra função.
Gabarito (E)
129
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compõem a comissão foi dispensado arbitrariamente dois dias após a eleição e um dia antes de tomar posse.
A dispensa é inválida, tendo em vista que os integrantes da comissão têm estabilidade no emprego desde o
registro da candidatura até um ano após o término do mandato.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
Comentários:
O item I, correto, porquanto a estabilidade do membro eleito da cipa não subsiste no caso de
extinção do estabelecimento:
O item II, incorreto, pois a estabilidade da gestante, que vai da confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto, independe de o empregador conhecer seu estado gravídico:
O item III, incorreto, pois os empregados representantes da Comissão de Conciliação Prévia (CCP)
instituída no âmbito das empresas possuem sim estabilidade provisória no emprego:
CLT, art. 625-B. A, § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros
da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei.
Além disso, as regras previstas na CLT se destinam às CCPs no âmbito das empresas, sendo que
as regras das CCPs intersindicais são objeto de normas específicas:
CLT, art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas
de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo.
130
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O item IV, correto, já que o empregado membro da comissão de entendimento direto detém
estabilidade provisória no emprego:
CLT, art. 510-D, § 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato,
o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico,
econômico ou financeiro.
Gabarito (B)
Comentários:
Antes de mais nada, percebam que o enunciado que precedeu o item mencionou entendimento
do TST. Em vista disso, a questão cobrou o conhecimento do precedente noticiado no Informativo
TST nº 156 (abril/2017), em que prevaleceu o entendimento contido na SUM-363 do TST (efeitos
do contrato nulo com a Administração Pública) em detrimento da estabilidade da gestante (ADCT,
art. 10, II, b):
Matéria afetada ao Tribunal Pleno. Gestante. Contrato nulo. Ausência de prévia aprovação
em concurso público. Estabilidade provisória. Indevida. Incidência da Súmula nº 363 do TST.
(..)
131
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Gabarito: errada
Comentários:
A alternativa (A), incorreta, já que a garantia do cipeiro não constitui vantagem pessoal, nos termos
da jurisprudência consolidada do TST:
(..)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
132
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A alternativa (C), correta, tendo em vista o que dispõe o caput do art. 543 da CLT:
(..)
Gabarito (C)
133
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(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) II.
(E) III.
Comentários:
(..)
Gabarito (B)
134
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D) Servidores celetistas de Fundação com personalidade jurídica de direito privado, ainda que instituída por
lei e que receba dotação ou subvenção do Poder Público para realizar atividades de interesse do Estado, não
são beneficiários da estabilidade excepcional prevista no Art. 19 do ADCT.
E) Empregado despedido por ato discriminatório, além do direito à reparação pelo dano moral, poderá optar
entre a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento
das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais e a percepção, em dobro,
da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
Comentários:
A alternativa (A) foi dada como correta pela Banca, com base em entendimentos do TST e do STF
sobre estabilidade de “servidor público celetista” e de “empregados públicos”.
Como vimos, a regra é que o servidor celetista possua estabilidade, diferentemente dos
empregados públicos que, em geral, não terão. Todavia, quanto aos empregados públicos há
algumas considerações a serem feitas.
Caso sejam empregados de fundação instituída por lei que recebe verba pública para realizar
atividades de interesse do Estado, aí eles terão estabilidade.
Mesmo nos casos em que não há estabilidade, se o empregador prestar serviço público, haverá
necessidade de motivação do ato de demitir o empregado.
135
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Sum-443
Além disso, se a demissão discriminatória for reconhecida, o empregado poderá optar entre:
Lei 9.029, art. 4º O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes
desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:
Por fim, a assertiva (C) está correta, com base no dispositivo celetista abaixo:
Gabarito (D)
Comentários:
Nos termos do item I da SUM-369, ainda que a comunicação seja realizada fora do prazo previsto
na CLT, é assegurada a estabilidade, desde que a ciência do empregador tenha sido durante a
vigência do contrato de trabalho.
Gabarito: errada
136
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Comentários:
(..)
Gabarito: correta
Comentários:
137
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A assertiva II está incorreta, já que a estabilidade do dirigente sindical atinge também os suplentes
(SUM 369, item II).
Gabarito (C)
Comentários:
Apesar do nome “estabilidade acidentária”, fazem jus a ela também os empregados que padecem
de doença profissional, sem terem sido de vítima de um episódio de acidente.
É que algumas doenças profissionais têm um período de latência grande (exemplo: os sintomas
de alguns tipos de câncer podem surgir somente após vários anos de exposição ocupacional ao
agente cancerígeno). Portanto, não seria justo exigir que o empregado perceba a doença durante
a vigência do contrato de trabalho.
Gabarito: errada
Comentários:
Trata-se do conhecimento do art. 8º, VIII, da CF e, neste caso em especial, do art. 543, § 3º, da
CLT:
CF, art. 8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
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Gabarito: correta
Comentários:
A alternativa (B) está correta. A estabilidade provisória do empregado acidentado está prevista na
Lei 8.213/91 (Plano de Benefícios da Previdência Social), nos seguintes termos:
28A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., p.
725.
139
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Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
O auxílio acidente é outro benefício previdenciário (assim como o é o auxílio doença), então não
confundam: para que seja possível falar-se em estabilidade do acidentado deve ter havido o
benefício do auxílio-doença acidentário, mas a lei não exige que o acidentado tenha recebido
auxílio-acidente.
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Já a alternativa (D) errou porque o presidente da CIPA é designado pelo empregador, ou seja,
não possui direito a estabilidade.
ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
Na alternativa (E) o prazo também foi incorreto, pois a estabilidade é de 1 ano após o final do
mandato:
CLT, art. 625-B, § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da
Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato,
salvo se cometerem falta, nos termos da lei.
Gabarito (B)
140
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I. A estabilidade é assegurada ao dirigente sindical eleito como titular e ao eleito como suplente.
II. A estabilidade da gestante estende-se desde a confirmação da gravidez até 6 meses após o parto.
III. A estabilidade do dirigente sindical vai desde o registro da candidatura até um ano após o término do
mandato.
IV. O empregado eleito para o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes tem
estabilidade desde a eleição até um ano após o término do mandato.
V. O empregado acidentado no trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do
seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente
de percepção de auxílio-acidente.
Está correto APENAS o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I, III e V.
(C) II, III e IV.
(D) I, II e V.
(E) II, IV e V.
Comentários:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
141
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A proposição V, por fim, está correta, conforme Lei 8.212/91 (Plano de Custeio da Previdência
Social):
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
O auxílio acidente29 é outro benefício previdenciário (assim como o é o auxílio doença), então não
podemos confundir: para que seja possível falar-se em estabilidade do acidentado deve ter havido
o benefício do auxílio-doença acidentário, mas a lei não exige que o acidentado tenha recebido
auxílio-acidente.
Gabarito (B)
Comentários:
O item errado é o (E) pois a estabilidade do cipeiro (integrante da CIPA) somente é devida aos
representantes eleitos; os designados não gozam de tal garantia.
29O auxílio-acidente é uma indenização que o empregado acidentado passa a receber após consolidação das lesões decorrentes
de acidente de qualquer natureza, se resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia.
142
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ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
Segue abaixo o amparo legal das demais garantias de emprego citadas na questão:
(...)
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
CLT, art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito
com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local
competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho.
Gabarito (E)
143
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Neste caso,
(A) Rogério só terá direito a indenização do período estabilitário se houver transcorrido mais da metade de
seu mandato.
(B) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
(C) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade desde o
registro de sua candidatura até seis meses após o final de seu mandato.
(D) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade desde o
registro de sua candidatura até um ano após a proclamação do resultado das eleições.
(E) cessou a estabilidade de Rogério, que não fará jus a indenização do período estabilitário.
Comentários:
Se a empresa foi extinta (ou até se o estabelecimento onde a CIPA atuava foi extinto), o objetivo
da comissão se esvazia e não subsistirá a estabilidade provisória, conforme entendimento do TST
materializado na Súmula 339:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Gabarito (E)
144
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(E) havendo garantia provisória de emprego não cabe a dispensa por justa causa por falta grave cometida
pelo empregado.
Comentários:
A estabilidade do Cipeiro e do dirigente sindical vão, desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final de seu mandato. Portanto, correta a letra ‘A’ e incorreta a letra ‘C’. Além disso, o
suplente de dirigente sindical também possui estabilidade, conforme comentado anteriormente.
Já a estabilidade da gestante persiste apenas até cinco meses após o parto, de modo que a letra
‘B’ também se mostra incorreta.
Por fim, ressaltamos que havendo garantia provisória, somente caberá a dispensa por justa causa
ou não arbitrária (CF, art. 7º, I).
Gabarito (A)
Comentários:
No caso da gestante a estabilidade vai da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Gabarito (D)
145
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(C) O ordenamento jurídico brasileiro prevê taxativamente diversas hipóteses de estabilidade provisória no
emprego, não sendo possível a previsão, por convenção ou acordo coletivo de trabalho, de garantias no
emprego não previstas em lei.
(D) Como a estabilidade provisória do cipeiro constitui vantagem pessoal do empregado, extinto o
estabelecimento de seu empregador, são devidas a reintegração e a indenização do período de estabilidade.
(E) De acordo com a CLT, é vedada a dispensa dos representantes dos empregados e dos empregadores
membros da comissão de conciliação prévia, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta,
nos termos da lei.
Comentários:
Quanto à estabilidade dos membros do sindicato, mencionada na letra (A), lembramos que o
membro de conselho fiscal e o delegado não têm direito à estabilidade pela CLT.
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts.
543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão
financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
Ressalta-se que as convenções e acordos coletivos podem prever estabilidades não elencadas em
lei, como por exemplo, estabilidade para o delegado sindical. Portanto, via de regra, estes não
possuem estabilidade, mas pode ser que o instrumento coletivo preveja tal hipótese. Assim,
também está incorreta a letra ‘C’.
Quanto ao registro do sindicato no MTb, mencionada na letra (B), realmente o TST tem entendido
que o dirigente possui estabilidade mesmo diante da ausência de registro. Vejam como exemplo
o seguinte trecho do acórdão do RR-261600-83.2007.5.12.0050:
A letra ‘D’ está incorreta ante o disposto na Súmula 339, item II:
146
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(..)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Por fim, a letra ‘E’ também está incorreta, a estabilidade provisória é dos representantes dos
empregados nas Comissões de Conciliação Prévia. Conforme previsto na CLT,
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
Gabarito (B)
Comentários:
147
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II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
Gabarito (B)
Comentários:
A alternativa (A) está correta. De fato, a CIPA é composta por representantes do empregador e
dos empregados, de forma paritária. A CF/88, entretanto, somente assegura a garantia provisória
de emprego aos cipeiros eleitos, ou seja, representantes dos empregados:
148
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ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
A Súmula 339 consolida entendimento de que os suplentes dos empregados também têm direito
à estabilidade:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Sobre a alternativa (B), que trata da estabilidade decenal30, a incorreção reside no fato de que ela
não se aplicaria nos dias de hoje.
Os empregados não se tornam estáveis na empresa, porque a estabilidade decenal foi substituída
pelo regime do FGTS. Entretanto, quem já havia adquirido o direito à estabilidade continua a
usufruir deste.
Este é, portanto, um tipo de estabilidade que somente foi alcançada pelos empregados celetistas
que já possuíam mais de 10 anos de serviço na mesma empresa quando da promulgação da CF/88.
A alternativa (D) está incorreta porque nem todo acidentado terá direito à estabilidade, que se
dará após a cessação do auxílio-doença (e não “a partir do momento do ocorrido”):
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
30 CLT, art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão
por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas.
31 SUM-348 AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE
É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
149
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Por fim, a alternativa (E) também está incorreta tendo em vista que a estabilidade do empregado
acidentado também se aplica nos contratos a prazo determinado.
Tal entendimento resultou, em 2012, na inclusão do item III na Súmula 378 do TST:
Gabarito (A)
Comentários:
Gabarito: correta
150
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Comentários:
O gabarito foi (B), pois I, III e IV estavam corretas. Hoje o gabarito seria letra (E), em face da
alteração da Súmula 244.
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
A garantia de emprego da gestante existe para proteger o nascituro, e por isto a demissão
indevida da gestante lhe assegura a reintegração ou indenização (a medida adequada depende
do momento em que proferida a decisão judicial).
151
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As demais proposições demandam o conhecimento da Súmula 244 do TST (faltou a palavra “não”
na proposição II, e por isto ela está incorreta):
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.10, inciso
II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo
determinado.
Gabarito (E)
Comentários:
152
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Lina, no caso apresentado, não fez jus ao auxílio-doença acidentário, e por isso também não
caberia a garantia provisória de emprego por acidente, pelo que percebemos que a letra (A) está
correta.
(...)
À época da aplicação da questão a Súmula tinha a redação anterior, que condicionava a garantia
de emprego somente se a comunicação fosse feita no prazo de 24 horas32.
Já a alternativa (D) está incorreta porque a garantia provisória de emprego da gestante é de até
5 meses após o parto, o que no caso se estenderia até 24/02/2010.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta porque somente faz jus a estabilidade o representante dos
empregados no Conselho Curador do FGTS.
Lei 8.036/90, art. 3º, § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes
dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
sindical.
Gabarito (A)
32CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro)
horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim,
a este, comprovante no mesmo sentido.
153
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Comentários:
Da mesma forma, a Lei 8.036/90 (Lei do FGTS) assegura estabilidade provisória no emprego para
os representantes dos trabalhadores indicados como membros do Conselho Curador do FGTS:
Lei 8.036/90, art. 3º, § 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus
respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações
nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato
de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Gabarito: correta
Comentários:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Gabarito: errada
154
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Comentários:
Lei 8.213/91, art. 3º, § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos
trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego,
da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
judicial.
Gabarito: errada
Comentários:
Gabarito (D)
155
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Comentários:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
156
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O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração
em inquérito judicial, inteligência dos arts. 49433 e 543, §3º, da CLT.
Gabarito: correta
Comentários:
As proposições I e II, corretas, se relacionam aos itens II e IV, respectivamente, da Súmula 369 do
TST.
Na proposição III há erro, pois o registro da candidatura durante o aviso prévio não assegura
estabilidade no emprego (vide item V da mesma Súmula).
33CLT, art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará
efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.
157
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II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
(...)
Gabarito (E)
34CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro)
horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim,
a este, comprovante no mesmo sentido.
158
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II. O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na
empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
III. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não subsiste a
estabilidade do dirigente sindical.
IV. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio,
ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade.
De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, está correto o que consta
APENAS em
(A) II, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e IV.
(D) I, II e IV.
(E) III e IV.
Comentários:
Conforme Súmula 339, a garantia de emprego do membro eleito da CIPA não constitui vantagem
pessoal, e justamente por isso, quando a empresa é extinta, ele pode ser demitido. Assim, a
proposição I está incorreta.
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
As demais proposições estão corretas, todas fundamentadas na Súmula 369 do TST, vista nas
questões anteriores.
Gabarito (A)
159
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Comentários:
Tal garantia provisória de emprego não foi estendida a “membros de conselho fiscal”:
(...)
CLT, art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação
profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do
exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
(...)
Gabarito (E)
35A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., p.
725.
160
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(D) do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical, até um ano
após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente.
(E) do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical, até o final do
seu mandato, caso seja eleito, exceto como suplente.
Comentários:
Gabarito (D)
Comentários:
As Comissões de Conciliação Prévia são instituídas com o objetivo de tentar conciliar conflitos
individuais surgidos entre empregados e empregadores.
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
36A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., pág.
725.
161
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Gabarito (D)
162
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QUESTÕES COMENTADAS
Um empregado foi demitido sem justa causa de uma empresa porque o empresário descobriu que esse
empregado era portador do vírus HIV.
A a dispensa não pode ser considerada abusiva ou ilegal porque não há, na legislação, previsão expressa que
a impeça.
B a dispensa deverá ser mantida, já que foi aplicada sem justa causa.
C o empregado poderia ter sido demitido por justa causa em razão de ter omitido informações ao
empregador.
E a dispensa deverá ser mantida, e o empregado terá direito a receber indenização correspondente a doze
meses de seu salário.
Comentários:
Quanto à alternativa (B), lembro que o fato de a dispensa ter se dado sem justa causa não obsta
o reconhecimento da discriminação.
Gabarito (D)
163
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A A extinção do contrato de trabalho poderá ser realizada mediante acordo entre empregado e empregador,
sendo devido o pagamento das verbas rescisórias pela metade.
B O alcoolismo é uma causa autorizadora da dispensa por justa causa, devendo a empresa comprovar a
situação de embriaguez para justificar a aplicação da justa causa.
C Empregado que, contratado por prazo determinado, sofrer acidente do trabalho poderá ter o seu contrato
rescindido, já que a estabilidade por acidente do trabalho não se aplica aos contratos por prazo determinado.
E O abandono de emprego não pode ser presumido, devendo a empresa comprovar a convocação do
empregado ao retorno do trabalho e o descumprimento da convocação pelo empregado.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. A extinção do contrato pode, sim, ser feita mediante acordo, mas
não são todas as verbas rescisórias que são pagas pela metade, apenas o (i) aviso prévio
indenizado e (ii) a indenização sobre o FGTS:
CLT, Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
A alternativa (B) foi dada como incorreta. Apesar de constituir motivo para justa causa a
“embriaguez habitual ou em serviço”, segundo o art. 482, “f”, da CLT, modernamente tem-se
classificado o alcoolismo como doença, o que desautorizaria a dispensa “punitiva” do empregado,
como ocorre na justa causa. Então, percebam que aqui a Banca foi além da literalidade da CLT,
focando em entendimento doutrinário e jurisprudencial a respeito do tema.
A alternativa (C) está incorreta. Ao contrário de o que a alternativa dispõe, a estabilidade provisória
por acidente de trabalho abarca, sim, os casos de contrato por prazo determinado:
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Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Súmula 14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio,
do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, o abandono do emprego pode ser presumido, segundo
preceitua a Súmula 32 do TST:
Gabarito (D)
A O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do contrato de trabalho.
B O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária motivada do
contrato de trabalho.
C A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa causa,
diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma suspensão ao empregado.
D O pagamento da rescisão do contato de trabalho por culpa recíproca confere ao empregado direito a
receber, entre outras verbas, a integralidade do valor das férias proporcionais e 50% do valor relativo ao
décimo terceiro salário.
E A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por exemplo, tratar o
empregado com rigor excessivo.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. A rescisão indireta do contrato de trabalho ocorre quando o
empregador deixa de cumprir com seus deveres/obrigações previstos no contrato de trabalho ou
em lei, de modo que as verbas trabalhistas são as mesmas que as devidas na dispensa sem justa
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A alternativa (B) está incorreta. Tanto o pedido de demissão quanto a dispensa sem justa causa
são formas imotivadas de extinção do contrato de trabalho, sendo contrapostas à rescisão indireta
(justa causa por parte do empregador) e à dispensa por justa causa (justa causa por parte do
empregado).
A alternativa (C) está incorreta. Nos termos do art. 482, alínea “b”, da CLT, ambos são aptos a
ensejarem a dispensa por justa causa:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
A alternativa (D) está incorreta. As férias proporcionais, assim como o 13º salário e o aviso prévio,
são devidas no montante de 50%, segundo o art. 484 da CLT e a Súmula 14 do TST:
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa
exclusiva do empregador, por metade.
Súmula 14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio,
do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
Por fim, a alternativa (E) está correta. De fato, a rescisão indireta ocorre quando o empregador
comete falta grave, sendo disciplinada pelo art. 483, da CLT.
Gabarito (E)
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C Pedro não poderia ter sido demitido por justa causa, mas deveria ter sido designado para outra
função na empresa, visto que não possuía autorização para dirigir.
D Pedro não poderia ter sido demitido por justa causa, porque, em situações como essa, admite-
se apenas a aplicação de advertência.
E Como Pedro foi demitido por justa causa, ele deve receber, nas verbas rescisórias, o 13.º salário
e as férias proporcionais.
Comentários:
Questão que, espelhando-se em situação concreta1, cobrou conhecimento quanto às formas de
extinção do contrato de trabalho.
A alternativa (A) está correta, eis que a desídia, na qualidade de falta grave, foi prevista na alínea
‘e’ do art. 482 da CLT como conduta que justifica a dispensa por justa causa.
A alternativa (B) está incorreta, pois a modalidade correta de término do vínculo contratual, em
razão da falta grave praticada, notadamente, para fins de exercício da profissão/cargo/função para
a qual foi contratado o empregado, é a dispensa por justa causa, dado o cometimento da desídia.
A alternativa (C) está incorreta, pois a configuração da desídia não impõe a transferência do
empregado para exercício de outra função na empresa, eis que contratado para exercer a função
de motorista de cargas. Além disso, a demissão por justa causa se justificou em razão da falta
grave cometida.
A alternativa (D) está incorreta, porque, tal como evidenciado acima, a falta grave cometida, qual
seja, a conduta desidiosa do empregado, justifica a dispensa por justa causa, plenamente
qualificada, que, por sua vez, inibe a necessidade de aplicação de prévia advertência.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, porque a dispensa por justa causa não impõe o pagamento
do 13º ou de férias proporcionais como verbas rescisórias. Nesta hipótese, o empregado receberá
apenas o saldo de salário e as férias simples/vencidas.
Gabarito (A)
1
TST/RR-22373-15.2017.5.04.0512
167
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A exemplo do RRAg-1176-08.2012.5.01.0077
Gabarito (C)
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Comentários:
A assertiva foi considerada correta pela Banca, com fundamento na SUM-443 do TST:
Gabarito (C)
Comentários:
Pelo contrário! O TST tem entendido que a mera determinação para reversão da justa causa não
causa, necessariamente, o dever de indenizar ao empregado, a exemplo do julgado a seguir:
Não configura dano moral quando revertida, em juízo, a dispensa por justa causa e dos
fatos narrados pelo acórdão regional não restar comprovado efetivo prejuízo a honra ou a
boa fama do empregado. Recurso de revista conhecido e provido
Gabarito (E)
Comentários:
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Gabarito (C)
Comentários:
A assertiva diz respeito à regra geral, quanto à desnecessidade de motivação dos atos de dispensa
dos empregados de empresas estatais, consoante entendimentos do STF (RE 589998) e do TST:
Gabarito (E)
Comentários:
170
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Gabarito (E)
Comentários:
Como trata-se da extinção por acordo, o empregador deveria depositar na conta vinculada do
empregado junto ao FGTS o equivalente à metade da multa rescisória de 40%2, isto é, deveria
depositar 20% dos recolhimentos mensais realizados no decorrer do contrato:
CLT, art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
Gabarito (E)
2 Lei 8.036/1990, art. 18, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do
trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
171
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E a metade da indenização sobre o saldo do FGTS, cuja conta vinculada poderá ser movimentada até o limite
de 80%, e metade do aviso prévio, se indenizado, bem como à integralidade das demais verbas trabalhistas,
mas não terá direito a habilitação no programa de seguro-desemprego.
Comentários:
Notem que a alternativa (E) aborda corretamente as verbas e demais direitos do empregado que
tem seu contrato de trabalho rescindido mediante acordo com o empregador (CLT, art. 484-A),
os quais podem ser resumidos por meio do seguinte quadro:
Gabarito (E)
Comentários:
Trata-se da incontinência de conduta, que atenta contra a moral sob o ponto de vista sexual:
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Gabarito (C)
Comentários:
Indo direto para a letra (C), percebe-se que tal extinção é regida pelos artigos 479 e 480 da CLT:
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
CLT, art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato,
sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que
desse fato lhe resultarem.
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§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado
em idênticas condições.
Como o contrato foi rescindido após 5 meses de trabalho, ainda haveria outros 13 meses de
prestação laboral. Dessa forma, o valor máximo da indenização que poderia ser cobrada do
empregado seria de metade do valor que ele receberia nestes 13 meses de contrato, ou seja, R$
13.000 (R$ 2.000x13÷2).
Assim, muito embora os prejuízos causados pelo empregado perfaçam a monta de R$ 26.000, a
indenização seria limitada a R$ 13.000,00, por força do disposto no art. 480, §1º, da CLT.
A alternativa (A), incorreta, por dois motivos. Primeiramente, a indenização devida pelo
empregado nessa situação, seria de, no máximo, metade da remuneração a que teria direito (CLT,
art. 480, § 1º), como destacado acima. Em segundo lugar, havendo cláusula assecuratória do
direito recíproco de rescisão antecipada (CLT, art. 481), tal indenização não seria devida, já que é
substituída pelo regramento do art. 481: aplicar-se-iam ao contrato os princípios regentes da
rescisão dos contratos por prazo indeterminado, a exemplo do aviso prévio.
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
A alternativa (D), incorreta, já que, havendo justa causa, o empregado poderá se desligar do
contrato a termo prefixado sem indenizar o empregador. Reparem que o empregado foi tratado
por seu coordenador com rigor excessivo, o que, nos termos do art. 483, ‘b’, da CLT, representa
falta grave do empregador.
Gabarito (C)
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cabe o pagamento da multa rescisória do art. 477, § 8º, da Consolidação das Leis do Trabalho, por ser
controvertida a modalidade de ruptura contratual entre as partes.
III - Na despedida indireta, é imperativo o afastamento do empregado do trabalho tão logo proponha a ação
trabalhista, sob pena de ficar configurada a ausência de gravidade na alegada infração do empregador ou,
até mesmo, sob pena de ficar configurada a falta de boa-fé objetiva do empregado.
IV - São princípios que regem especificamente a análise da temática da extinção do contrato de trabalho:
princípio da continuidade da relação de emprego; princípio da norma mais favorável; princípio da
despersonalização do empregador; princípio da publicidade e transparência; princípio da razoabilidade e
proporcionalidade; princípio da vedação do retrocesso.
Assinale a alternativa CORRETA:
(A) Apenas as assertivas I, II e III estão incorretas.
(B) Apenas as assertivas II e III estão incorretas.
(C) Apenas as assertivas II, III e IV estão incorretas.
(D) Todas as assertivas estão incorretas.
(E) Não respondida.
Comentários:
Questão polêmica, mas que teve a resposta confirmada por ocasião do gabarito definitivo. O item
I está incorreto, pois, embora seja direito potestativo, há situações em que o empregador está
proibido de dispensar imotivadamente seus empregados. Nas hipóteses de estabilidades e
garantias provisórias de emprego, o empregador fica obstado de exercer seu direito de rescindir
o contrato de trabalho.
O item II foi também dado como incorreto pela Banca. A multa do art. 477, § 8º3, da CLT é devida
se o empregador descumprir os prazos para pagamento das verbas rescisórias. Neste sentido,
mesmo nos casos em que o empregado é dispensado por justa causa e esta é posteriormente
revertida no âmbito judicial, tal multa continuaria sendo aplicada:
SUM-462
A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não tem o
condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa
não será devida apenas quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora no
pagamento das verbas rescisórias.
3CLT, art. 477, § 8º - Sem prejuízo da aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A, a inobservância ao disposto
no § 6º sujeitará o infrator ao pagamento da multa em favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, exceto quando,
comprovadamente, o empregado der causa à mora. (MP 905)
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Este é o entendimento que devemos considerar para fins de prova, mas destaco que ainda
remanescem precedentes na Justiça do Trabalho4 de que a multa não seria aplicada nesta situação.
O item III foi considerado incorreto pela Banca, tendo em vista posicionamentos doutrinários
diversos. A este respeito, destaco que o art. 483, § 3º, em princípio, indica duas situações - alíneas
“d” (não cumprimento, pelo empregador, das obrigações do contrato) e “g” (o empregador
reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários) – em que o empregado poderá optar por permanecer ou não no
trabalho:
CLT, art. 483, § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
Gabarito (D)
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Comentários:
De forma breve, a extinção normal, segundo o Direito Civil, ocorre quando o contrato é fielmente
cumprido pelas partes, chegando a seu fim. A extinção anormal, por outro lado, ocorre sem que
as obrigações tenham sido cumpridas pelas partes (o contrato não atinge seu fim).
Gabarito: errada
Comentários:
Tal motivação é obrigatória, como regra geral, somente em hipóteses de estabilidades e garantias
provisórias de emprego (como no caso do dirigente sindical, por exemplo, em que se exige
inquérito para apuração de falta grave) e demais hipóteses previstas nos instrumentos coletivos.
Gabarito: correta
Comentários:
Gabarito: errada
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teve alta do INSS, mas transcorridos cinquenta e cinco dias, ela não retornou ao trabalho e não justificou o
motivo de não retornar. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST, a empresa
(A) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de quinze dias após a cessação do benefício
previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer.
(B) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de trinta dias após a cessação do benefício
previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer.
(C) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de sessenta dias após a cessação do benefício
previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer, não havendo transcorrido,
ainda este lapso temporal.
(D) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de noventa dias após a cessação do benefício
previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer, não havendo transcorrido,
ainda este lapso temporal.
(E) não agiu corretamente, neste caso, em razão do gozo do benefício previdenciário, independentemente
do lapso temporal, não se configura a hipótese de abandono de emprego, sendo vedada a dispensa com
justa causa.
Comentários:
Vejam que a empregada esteve em gozo de benefício previdenciário e demorou mais de 30 dias
para retornar ao serviço. Portanto, nos termos da SUM-32 do TST, presume-se que houve
abandono de emprego, o qual é uma falta grave prevista no art. 482, ‘i’, da CLT:
Gabarito (B)
Comentários:
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Neste julgado, o TST se baseou na parte final do § 1º do art. 4876 da CLT, que garante a integração
do aviso prévio no tempo de serviço, o contrato de trabalho permanece em vigor para todos os
fins, até a data final do período respectivo. Dessa sorte, se a empresa, no curso do aviso prévio
indenizado, institui programa de demissão voluntária (PDV), o empregado teria direito a efetuar
sua adesão ao referido plano.
Além disso, não seria razoável a empresa demitir um empregado, sabendo que em poucos dias
estaria vigente um PDV, cujos efeitos são muito mais vantajosos ao empregado.
Gabarito: correta
Comentários:
6CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao
prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
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Gabarito: errada
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
A questão aborda os efeitos da rescisão indireta do contrato de trabalho, conforme art. 483, alínea
‘a’:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos7 por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
No caso dos serviços alheios ao contrato, deve-se observar a função para a qual o empregado foi
contratado, de modo que o empregador não deve exigir realização de tarefas que sejam estranhas
ao pactuado.
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Nestes casos haverá, naturalmente, alteração das funções exercidas, mas acompanhadas de
alteração dos respectivos contratos de trabalho, respeitando-se, sempre, o princípio da
inalterabilidade contratual lesiva.
Assim sendo, como na rescisão indireta, o empregado tem direito de sacar os valores depositados
na sua conta vinculada de FGTS, conforme excerto transcrito abaixo, a questão está correta.
Lei 8.036/1990, art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser
movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
Gabarito: correta
Comentários:
A assertiva I está correta, pois o empregado tem o direito de pôr fim ao pacto empregatício sem
que seja necessário motivo para tanto, e esta decisão configura o pedido de demissão.
A assertiva II está incorreta, pois no caso de culpa recíproca aplica-se a Súmula 14:
181
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A assertiva III está incorreta, uma vez que somente é facultado ao empregado decidir quanto à
permanência ou não no serviço nas hipóteses das letras "d" e "g" (conforme CLT, art. 483, § 3º).
Neste caso, foi cobrada a literalidade do dispositivo. Vejam:
CLT, art. 483, § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações,
permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
A assertiva IV está incorreta, uma vez que não há a exceção relativa a “dez anos de serviço para o
mesmo” empregador. No caso de morte do empregador pessoa física, poderá haver a sucessão
trabalhista, caso haja a continuidade do empreendimento. Caso não haja, o contrato estará
rescindido e as verbas devidas ao empregado serão as mesmas da dispensa sem justa causa.
Gabarito (B)
Comentários:
8A Súmula faz remissão ao artigo 484 da CLT, que trata da antiga indenização por tempo de serviço que foi substituída pelo regime
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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No caso de ter sido deferida a suspensão da execução da pena, não haverá justa causa, pois, nesse
caso, o empregado apenado não ficará recluso no estabelecimento prisional, estando em
liberdade para trabalhar.
CLT, art. 482, d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
Gabarito: errada
Comentários:
A questão somente está correta por causa do adjetivo “integral”, já que, na culpa recíproca, o
empregado tem direito às verbas à razão de 50%.
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 625-E, parágrafo único -. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e
terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Gabarito: correta
Comentários:
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Sim, conforme disposto no art. 158, parágrafo único, ‘b’, da CLT, é causa para a demissão por
justa causa a recusa injustificada à utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI):
(...)
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
Mais uma questão de prova exigindo o art. 482 da CLT. Como a questão mencionou a suspensão
de execução da pena, não caberia a demissão por justa causa:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Caso o empregado seja condenado e tenha que cumprir a pena não será possível a ele cumprir
sua principal atribuição decorrente do contrato de trabalho: prestar os serviços. Neste caso,
portanto, o empregador teria amparo legal para pôr fim ao contrato por justa causa.
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Atente-se para o fato de que esta possibilidade não se confunde com a prisão provisória, que é
motivo de suspensão contratual, e não demissão com justa causa.
Gabarito (C)
A alternativa errada é a letra (D) pois na culpa recíproca9 a indenização é cabível pela metade:
CLT, art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa
exclusiva do empregador, por metade.
Ainda sobre a citada indenização é interessante mencionar o artigo 479, relacionado à alternativa
(E) desta mesma questão, que prevê o referido pagamento:
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
9Culpa recíproca ocorre quando tanto empregador quanto empregado dão causa à extinção do contrato, ou seja, ambas as partes
praticam condutas ensejadoras da rescisão. Assim como na rescisão indireta, esta modalidade de extinção contratual pressupõe
decisão judicial que a reconheça.
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remuneração a que este faria jus até o termo do contrato (ou seja, metade da remuneração dos
60 dias restantes).
Na alternativa (A) foi mencionada a regra sobre cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão antecipada, que estende aos contratos a prazo determinado os princípios que regem os
contratos por prazo indeterminado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
Neste caso o empregado pode rescindir seu contrato, recebendo as verbas devidas em um pedido
de demissão e sem que haja dever de cumprir aviso prévio:
Na alternativa (C), por fim, a banca reproduziu artigo da CLT que é considerado, por parte da
doutrina, como letra morta:
CLT, art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por
ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução
que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização,
que ficará a cargo do governo responsável.
Gabarito (D)
10CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por Eduardo Carrion. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 460.
186
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O descumprimento de ordens legais, legítimas e pessoais de serviços efetuados pelo gerente para o seu
subordinado, constitui justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador na modalidade de
(A) incontinência de conduta.
(B) ato de indisciplina.
(C) desídia no desempenho das respectivas funções.
(D) ato de insubordinação.
(E) ato de improbidade.
Comentários:
A resposta é a letra (D), conforme art. 482, que despenca em provas da FCC:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Gabarito (D)
187
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previsão do artigo 482 da CLT, está caracterizada a justa causa para rescisão contratual pelo empregador na
modalidade de
(A) abandono de emprego.
(B) ato de indisciplina.
(C) desídia no desempenho das respectivas funções.
(D) ato de insubordinação.
(E) incontinência de conduta.
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
“A desídia é falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência; costuma-se caracterizar pela
prática ou omissão de vários atos (comparecimento impontual, ausências, produção
imperfeita); excepcionalmente poderá estar configurada em um só ato culposo muito
grave (...)”
Como ensina o Ministro Godinho12, a desídia, em geral, é comportamento reiterado, nestes casos
“(...) a conduta desidiosa deve merecer exercício pedagógico do poder disciplinar pelo
empregador, com gradação de penalidades, em busca da adequada ressocialização do
obreiro. Mostrando-se ineficaz essa tentativa de recuperação, a última falta implicará na
resolução culposa do contrato de trabalho [demissão com justa causa]”.
No caso de prática de ato único de desídia muito grave, claro, não caberá gradação de
penalidades. Exemplo desta situação, citado por Amauri Mascaro Nascimento13, seriam “15 faltas
reiteradas ao serviço sem justificativa”.
188
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Gabarito (C)
Comentários:
O gabarito preliminar da questão foi a letra (D), tendo sido anulada no gabarito definitivo.
A questão foi posteriormente anulada pela Banca, já que não existe “13º salário proporcional
acrescido do terço constitucional”. Portanto, após os recursos, a questão foi anulada.
Gabarito: anulada
189
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(B) a multa do FGTS na proporção de 40% com a devida liberação, além do aviso prévio integral.
(C) a multa do FGTS na proporção de 20% com a devida liberação, além de metade do aviso prévio, das férias
proporcionais e do décimo terceiro proporcional.
(D) o aviso prévio integral e a liberação do FGTS, sem o pagamento da correspondente multa.
(E) a multa do FGTS na proporção de 20% com a devida liberação, além do aviso prévio na sua integralidade.
Comentários:
Portanto, a Patrícia terá direito a 20% da multa do FGTS (e sua liberação), além de metade de:
aviso prévio; férias proporcionais e décimo terceiro proporcional.
Gabarito (C)
Comentários:
14 A Súmula faz remissão ao artigo 484 da CLT, que trata da antiga indenização por tempo de serviço que foi substituída pelo regime
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
15 NASCIMENTO, Amauri Mascaro, loc. cit.
190
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Quanto ao elemento objetivo (decurso de prazo) a doutrina tem utilizado o lapso temporal de 30
dias, com fundamento no artigo 472, § 1º da CLT e na Súmula 32 do TST:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
Gabarito (E)
Comentários:
Quando o empregador demite o empregado sem justa causa, o aviso prévio é direito do
empregado, para que este possa buscar novo emprego.
No caso da questão, quando o empregado é que pede demissão, este tem o dever de conceder
o aviso prévio ao seu empregador, para que este procure nova pessoa para ocupar a função do
trabalhador que decidiu pôr fim ao vínculo empregatício.
191
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CLT, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
(...)
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
Sendo dever do empregado conceder o aviso, não o fazendo estará sujeito a ter o desconto
correspondente no salário:
CLT, art. 487, § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
Gabarito (D)
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
Aqui é possível enxergar duas condutas distintas: a negociação habitual no local de trabalho
(exemplo da questão) e a concorrência com o empregador.
192
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Gabarito (D)
Comentários:
A doutrina estabelece requisitos objetivos e subjetivos para o cabimento da demissão por justa
causa. O Ministro Godinho16 distingue um terceiro grupo, que são os requisitos circunstanciais.
Diante de ação ou omissão que comporte demissão com justa causa, a aplicação da penalidade
pelo empregador deve ocorrer de maneira imediata, sob pena de restar prejudicada a
imediaticidade da punição.
Sobre as demais alternativas, não há previsão da CLT quanto a necessidade de inquérito para
apuração de falta (em relação aos empregados em geral).
Além disso, não existe previsão de quantidade de advertências que devem anteceder a demissão
por justa causa. Pode acontecer, inclusive, de ser aplicada legitimamente a demissão por justa
causa sem qualquer outra falta cometida anteriormente.
Segue abaixo o esquema com os requisitos para validade da demissão por justa causa:
193
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Singularidade da punição
Gabarito (D)
Comentários:
Seguem abaixo as demais alíneas do artigo 482 relativas à questão para relembrarmos os
conceitos relacionados.
194
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CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
Ato de improbidade é conduta faltosa do empregado que age de modo contrário à lei.
Existem interpretações doutrinárias distintas sobre a necessidade de haver (ou não) dano ao
patrimônio do empregador ou de terceiros para que se configure o ato de improbidade.
“A desídia é falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência; costuma-se caracterizar pela
prática ou omissão de vários atos (comparecimento impontual, ausências, produção
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Como ensina o Ministro Godinho19, a desídia, em geral, é comportamento reiterado, nestes casos
“a conduta desidiosa deve merecer exercício pedagógico do poder disciplinar pelo empregador,
com gradação de penalidades, em busca da adequada ressocialização do obreiro. Mostrando-se
ineficaz essa tentativa de recuperação, a última falta implicará na resolução culposa do contrato
de trabalho [demissão com justa causa]”.
Gabarito (D)
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
196
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Gabarito (C)
Comentários:
Quanto ao elemento objetivo (decurso de prazo) a doutrina tem utilizado o lapso temporal de 30
dias, com fundamento no artigo 472, § 1º da CLT e na Súmula 32 do TST:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
Gabarito (B)
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(A) objetivos.
(B) subjetivos.
(C) circunstanciais.
(D) objetivo e subjetivo, respectivamente.
(E) subjetivo e objetivo, respectivamente.
Comentários:
A resposta é a letra (C) de acordo com a doutrina de Mauricio Godinho Delgado, na medida em
que ambos os requisitos são circunstanciais.
Gabarito (C)
Comentários:
Partindo direto para a letra (C), registro que, na extinção do contrato de trabalho chamada de
rescisão indireta o empregador é que comete falta grave, sendo esta modalidade reconhecida na
Justiça do Trabalho.
Desta forma, percebam que o empregado deve entrar com ação na Justiça contra o empregador,
e é o Poder Judiciário que decidirá sobre o cabimento da rescisão indireta.
Traçando um paralelo com a demissão por justa causa (quando o empregado comete falta grave),
esta hipótese de extinção também é chamada de “justa causa do empregador”.
198
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Segue o caput e alínea “a” do artigo 483 da CLT, que elenca as hipóteses de rescisão indireta:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
Quanto à alternativa (A), violação de segredo da empresa por parte do empregado é causa de
demissão por justa causa. A alternativa (D) também se refere a esta modalidade de extinção
contratual.
Quando as partes fixaram data determinada para o fim do contrato de trabalho estamos diante
de contrato a prazo determinado, então a alternativa (B) não se relaciona a rescisão indireta.
Gabarito (C)
Comentários:
199
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A proposição I, correta, é cópia literal da Súmula 14, que costuma frequentar questões de prova:
Na proposição II o erro está na expressão “ainda que não transitada em julgado”, pois o artigo
482 da CLT somente autoriza a justa causa quando a condenação transite em julgado (e não tenha
havido suspensão da execução da pena):
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
A proposição III, correta, trouxe uma das hipóteses relativas á rescisão indireta, ou seja, o
empregador é que dá causa à extinção contratual.
Segue abaixo o artigo 483 da CLT e suas alíneas (na questão, cita-se a alínea “g”):
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
da honra e boa fama;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
200
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Gabarito (B)
Comentários:
Gildo cometeu conduta incompatível com a moral sexual (incontinência de conduta – CLT, art.
482, ‘b’).
Gabarito (C)
Comentários:
Existe previsão legal de que contratos a prazo determinado (como o contrato de experiência, por
exemplo) possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada.
Caso o contrato a termo possua tal cláusula, a CLT prevê que deverão ser aplicados os princípios
que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado:
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
201
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Deste modo, esta hipótese configura uma possibilidade excepcional de aplicação do instituto do
aviso prévio em contratos a prazo determinado.
Gabarito: errada
Comentários:
Alternativa incorreta, pois conflita com a jurisprudência do STF, a exemplo do julgado abaixo20:
Gabarito: errada
Comentários:
Em relação aos bancários, existia previsão na CLT de demissão por justa causa se este empregado
fosse contumaz em não pagar suas dívidas:
202
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CLT, art. 508 - Considera-se justa causa, para efeito de rescisão de contrato de trabalho do
empregado bancário, a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis.
No final de 2010 este artigo foi revogado pela Lei 12.347/10 (por isso coloquei a redação do artigo
tachada), então esta possibilidade não mais existe em nosso ordenamento jurídico.
Gabarito: correta
Comentários:
Alternativa incorreta, pois tal documento não necessariamente deverá ser elaborado para que se
considere lícita a demissão.
Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
Ato de improbidade é conduta faltosa do empregado que age de modo contrário à lei.
Existem interpretações doutrinárias distintas sobre a necessidade de haver (ou não) dano ao
patrimônio do empregador ou de terceiros para que se configure o ato de improbidade.
Gabarito: correta
203
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Antônio, auxiliar de serviços gerais de determinado supermercado, foi flagrado subtraindo a quantia de R$
1.000,00 de um dos caixas do estabelecimento. Nessa situação, Antônio praticou um ato de improbidade, o
que constitui justa causa para a rescisão do contrato.
Comentários:
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Caso o empregado seja condenado e tenha que cumprir a pena não será possível a ele cumprir
sua principal atribuição decorrente do contrato de trabalho: prestar os serviços. Caso tenha havido
suspensão da execução da pena (possibilidade ocultada na questão) não se admitiria a justa causa.
Atente-se para o fato de que esta possibilidade não se confunde com a prisão provisória, que é
motivo de suspensão contratual, e não demissão com justa causa.
Gabarito: errada
204
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Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Gabarito (E)
Comentários:
A previsão está na CLT, mas não especificamente no artigo 482, que enumera as diversas hipóteses
de cabimento da justa causa:
(...)
(...)
Gabarito: correta
205
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Constitui justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, pelo empregador, a ocorrência de condenação
criminal do empregado, transitada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena.
Comentários:
Somente se houver suspensão da execução da pena não se justificaria a demissão por justa causa:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
206
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Quanto ao item II, a doutrina enxerga, sim, diferença entre atos de incontinência de conduta e
mau procedimento. Na proposição III seria o caso de indisciplina, e não insubordinação (circular
interna é destinada a todos os empregados). Incorretos, portanto, estes dois itens.
Relembrando:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
Gabarito (C)
207
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Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos
importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
Pela lógica, se mais de 30 importam já na rescisão injusta, mais de 60 também. Entretanto, a Banca
buscou a literalidade da CLT, que fala em mais de 30 dias.
Gabarito: errada
208
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Comentários:
Alternativa incorreta.
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
(...)
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
(...)
A exceção na ofensa física é feita nos casos de legítima defesa, que afasta a hipótese de rescisão
indireta.
Gabarito: errada
Comentários:
209
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A legítima defesa exclui a motivação para justa causa, e por isso as alternativas (A) e (E) estão
incorretas.
Para justificar a justa causa, exige-se que a condenação criminal transite em julgado.
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
(...)
(...)
(...)
(...)
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Gabarito (C)
Aviso prévio
63. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada)
Marcos trabalhou como recepcionista no consultório odontológico de Henrique, com exercício efetivo de
atividades no período de 30/11/2016 a 31/03/2017, sendo dispensado sem justa causa. Não houve
comunicação regular e prévia acerca da terminação contratual. Na CTPS do trabalhador, foi registrada como
data de saída 31/03/2017. Diante do ajuizamento de ação trabalhista por Marcos em 10/06/2017, Henrique
quitou, em audiência, aviso-prévio indenizado, décimo terceiro salário e férias mais 1/3, comprovando os
recolhimentos de FGTS + multa de 40%. Recusou-se, entretanto, à retificação da data de saída na CTPS e à
indenização do valor correspondente ao benefício do seguro-desemprego, sob os argumentos de que a data
210
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constante na CTPS se tratou do último dia efetivamente trabalhado por Marcos e de que não forneceu as
guias para habilitação à época por ter sido reduzida a duração o período do contrato de emprego. Considere
que, à época do vínculo havido com Henrique, já existia, na CTPS do trabalhador Marcos, anterior registro
de emprego com empregador distinto, no que tange ao período de 10/04/2016 a 13/08/2016. (..)
Nessa situação hipotética, julgue o item abaixo.
Deve ser corrigida a data de saída registrada na CTPS do trabalhador, a fim de fazer constar 30/04/2017.
Comentários:
CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
Assim, até mesmo a data do término do contrato de trabalho, anotada na CTPS do empregado,
deve ser a data do fim do aviso prévio indenizado:
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso
prévio, ainda que indenizado.
Gabarito: correta
211
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Comentários:
A letra (A) está correta, já que o TST tem entendido que a projeção se dá para todos os efeitos,
inclusive para o início da contagem do prazo prescricional. Vejam abaixo ementa de julgado do
TST nesse sentido:
A jurisprudência desta Corte Superior afirma que computa-se para todos os efeitos o
período de aviso prévio indenizado no tempo de serviço do trabalhador, inclusive para os
fins de contagem da prescrição. Aplicação do artigo 487, § 1º, da CLT. Recurso conhecido e
provido.
A letra (B), incorreta, já que, neste caso, o prazo é o mesmo do aviso prévio indenizado: 10 dias
contados da notificação.
A letra (C), incorreta, já que o aviso prévio proporcional é de, no máximo, 60 dias, os quais
somados ao mínimo de 30 dias, perfazem o total máximo de 90 dias:
Lei 12.506/11, art. 1º, parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão
acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de
60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
A letra (D) foi dada inicialmente como incorreta, já que o Cespe adotou, em um primeiro momento,
o posicionamento controvertido de que a proporcionalidade também pode se dar em favor do
empregador. Todavia, há uma forte corrente contrária, o que provavelmente motivou a anulação
da questão, a exemplo das lições de Luciano Martinez22, de precedente do TST23 relatado pelo
próprio Ministro Godinho, além do Ministério do Trabalho24.
Gabarito: anulada
22 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho: relações individuais, sindicais e coletivas do trabalho. 4 ed. São Paulo: Saraiva,
2013, p. 570.
23 RR-456-37.2012.5.03.0028
24 NT 35/2012/DMSC/GAB/SIT, de 13/02/2012, e NT 184/2012/CGRT/SRT/MTE, de 07/05/2012
212
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Em relação ao instituto jurídico do aviso prévio, nos termos das normas contidas na Consolidação das Leis
do Trabalho e da jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho,
(A) havendo aplicação da dispensa do empregado por justa causa em razão de desídia no desempenho de
suas funções deverá ser concedido aviso prévio.
(B) em caso de despedida indireta e rescisão por culpa recíproca não é devido o aviso prévio.
(C) o pagamento relativo ao período de aviso prévio trabalhado está sujeito à contribuição para o FGTS, o
que não ocorre quando o mesmo for indenizado.
(D) o horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, será reduzido em duas horas
diárias, sem prejuízo do salário integral, independentemente de quem tenha promovido a rescisão.
(E) é incorreto substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento
das horas correspondentes.
Comentários:
A resposta está na letra (E) já que não se admite que o empregador deixe de reduzir a jornada
(mesmo que pague as horas correspondentes) tendo em vista que o objetivo desta medida é
permitir que o empregado busque novo emprego:
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
A letra (A), incorreta, pois, sendo caso de dispensa com justa causa (como por exemplo aquela
decorrente de desídia), não há que se falar em aviso prévio.
A letra (B) está incorreta, porquanto na rescisão indireta é devida sim a indenização pelo aviso
prévio:
Além disso, na culpa recíproca o aviso prévio é devido pela metade (SUM-14 do TST).
A letra (C) está incorreta. O pagamento relativo ao aviso prévio, seja trabalhado, seja indenizado,
está sujeito ao recolhimento do FGTS:
SUM-305 TST
213
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Por fim, a letra (D) também está incorreta, já que a redução de horário durante o aviso só é devida
se o empregador houver tomado a iniciativa da rescisão:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Em outras palavras, se o próprio empregado pedir demissão, não há que se falar em redução de
jornada durante o aviso prévio.
Gabarito (E)
Comentários:
A alternativa (C) está correta. Nos termos da alínea ‘k’ do art. 482 da CLT, ofensas físicas contra
superior hierárquico, imotivadas (ou seja, que não são por legítima defesa), constituem falta grave.
Nesta alínea, não se exige que a ofensa seja praticada no serviço, podendo gerar falta grave em
qualquer lugar em que for praticada, pois aqui o que conta é contra quem ela é praticada.
A alternativa (A), incorreta, pois ele ainda receberá a metade das férias e do 13º proporcional
(SUM-14 do TST).
A alternativa (B), incorreta, já que o art. 508 da CLT, que continha tal previsão, foi revogado em
2010.
A alternativa (D), incorreta, já que não é qualquer redução que importa a rescisão indireta. A
redução deve afetar sensivelmente o salário do empregado:
214
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CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando: (...)
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
A alternativa (E), incorreta, pois há uma exceção para tal regra (a justa causa por “abandono de
emprego”):
Gabarito (C)
Comentários:
Questão anulada, tendo em vista “divergência entre doutrina e recente julgado no TST acerca do
tema”. Gabarito preliminar (D).
A alternativa (A) está incorreta, já que, estando presente a cláusula assecuratória de direito
recíproco de rescisão (CLT, art. 481), será cabível o aviso prévio.
A alternativa (B) está incorreta, já que, no caso de aviso cumprido em casa, o prazo é de 10 dias
contados da notificação da despedida:
215
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Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias
é até o décimo dia da notificação de despedida.
A alternativa (D) foi considerada correta no gabarito preliminar do Cespe, mas, pela divergência
existente, foi anulada pelo Cespe no Gabarito definitivo, considerando a Nota Técnica 184/2012
do MTb e parte expressiva da doutrina, inclusive do Ministro Godinho.
A referida Nota técnica, que visa a esclarecer os procedimentos a serem adotados pelos
empregadores e empregados nas rescisões de contrato de trabalho advindas após a Lei
12.506/2011, prevê que os 3 dias já são contados a partir do primeiro ano completo de serviço na
mesma empresa. Dessa forma, segundo o próprio MTb, quem trabalhou 5 anos completos na
mesma empresa terá direito a 45 dias de aviso (30+3+3+3+3+3).
"[...] o trabalhador que complete um ano de serviço na entidade empregadora terá direito
ao aviso de 30 dias, mais três dias em face da proporcionalidade. (..) Desse modo,
completando o segundo ano de serviço na empresa, terá 30 dias de aviso-prévio, mais seis
dias, a título de proporcionalidade da figura jurídica, e assim sucessivamente."
A alternativa (E) está incorreta. Como regra geral, a justa causa no curso de aviso prévio retira do
empregado direito às verbas indenizatórias. Entretanto, a exceção fica por conta justamente do
abandono de emprego, nos termos da SUM-73:
216
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Gabarito: anulada
Comentários:
Podemos perceber que o gabarito é a letra (A), de acordo com a Lei 12.506/2011
(Proporcionalidade do aviso prévio).
Gabarito (A)
Comentários:
Portanto, não é apenas nos contratos por prazo indeterminado como diz a questão.
Gabarito: errada
217
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O aviso prévio será de trinta dias, independentemente do lapso de tempo em que tenha perdurado o
contrato de trabalho.
Comentários:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
Com base neste comando constitucional foi promulgada, no final de 2011, a Lei 12.506, que
definiu a proporcionalidade do aviso prévio, nos seguintes termos:
Lei 12.506/11, art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943,
será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Gabarito: errada
Comentários:
Somando 13 meses de serviço, o obreiro já faria jus a mais 3 dias de aviso, totalizando 33 dias:
Lei 12.506/11, art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943,
será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa.
218
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Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 487, § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
A alternativa (A) está incorreta porque o aviso não é devido apenas pelo empregador.
Como os contratos de trabalho, em geral, possuem prazo indeterminado, institui-se o aviso prévio
no Direito do Trabalho para que, quando uma das partes da relação de emprego decidir encerrar
o vínculo, a outra parte possa ter um tempo razoável para adotar as medidas necessárias.
Sobre a alternativa (B), não existe nenhuma restrição à aplicação da penalidade de justa causa
durante o cumprimento do aviso prévio, quer seja ela concedido pelo empregador ou pelo
empregado.
219
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Já a alternativa (C), também incorreta, distorceu a previsão constante do art. 489 da CLT
(reconsideração do aviso):
CLT, art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o
respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
CLT, art. 487, § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio
indenizado.
Gabarito (D)
Comentários:
Gabarito: errada
Comentários:
220
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Gabarito: errada
Comentários:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
Lembrem-se que, caso Bruna é que tivesse decidido deixar o emprego, não teríamos redução de
jornada durante o aviso prévio.
Gabarito (C)
221
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Comentários:
O aviso prévio obedece a regra geral da Lei 10.406/02 (Código Civil), segundo o qual:
Lei 10.406/02, art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se
os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.
Gabarito (D)
Comentários:
Se o empregado comprova já ter conseguido novo emprego, esvazia-se o objetivo do aviso prévio
e, com isso, a jurisprudência admite o não pagamento do mesmo pelo empregador.
Gabarito: correta
222
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Comentários:
O TST entende que gratificação semestral não deve servir como base de cálculo do aviso prévio:
A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso
prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização
por antigüidade e na gratificação natalina.
Sérgio Pinto Martins26 esclarece que “não há pagamento mensal da gratificação semestral para se
falar em repercussão naquelas verbas”.
As gorjetas são consideradas remuneração (falaremos sobre elas na aula sobre remuneração e
salário), mas não repercutem no valor do aviso prévio, conforme entendimento do TST:
Gabarito (C)
26 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 154.
223
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Durante o aviso prévio, se a rescisão do contrato de trabalho tiver sido promovida pelo empregador, será
assegurada ao empregado a redução de duas horas diárias em sua jornada de trabalho, sem prejuízo ao
recebimento do salário integral.
Comentários:
Alternativa correta, que poderia ser complementada com a possibilidade de redução de 7 dias
corridos durante o período de aviso:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
Gabarito: correta
Comentários:
As alternativas (A) e (B) estão incorretas porque, como aprendemos na parte teórica, a previsão
celetista (art. 487, inciso I) é incompatível com a atual Constituição, que exige aviso prévio de no
mínimo 30 dias:
CLT, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
224
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II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
A alternativa (D) está incorreta porque a CLT é expressa quanto ao cabimento de aviso prévio na
despedida indireta:
A alternativa (E), por sua vez, errou ao sugerir que o empregado que comete falta grave durante
o aviso não perderia o direito ao restante do respectivo prazo:
CLT, art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das
faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do
respectivo prazo.
Gabarito (C)
225
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Comentários:
A proposição I é cópia literal da Súmula 276 do TST, que somente permite a dispensa do aviso
pelo empregado quando este comprova ter obtido novo emprego.
Como exposto na parte teórica, esta exceção é bastante razoável, pois o aviso prévio, na óptica
do empregado, se destina a buscar novo emprego. Se ele, comprovadamente, já encontrou o
novo trabalho, não há por que adiar o exercício das funções junto ao novo empregador, e então,
neste caso, é possível renúncia ao direito do aviso prévio.
CLT, art. 487, § 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio
indenizado.
Sendo assim, deve-se calcular a média das horas extraordinárias prestadas e incluir tal valor no
cálculo do aviso indenizado.
A redução de jornada durante o aviso prévio concedido pelo empregador se destina a permitir
que o empregado pré-avisado da demissão busque novo emprego, e não se admite a substituição
desta redução de jornada pelo seu pagamento.
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
Por fim, na proposição IV temos um erro, pois o reajustamento salarial determinado no curso do
aviso prévio beneficia, sim, o empregado pré-avisado da despedida:
CLT, art. 487, § 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio,
beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido
antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo
de serviço para todos os efeitos legais.
226
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Gabarito (A)
Comentários:
Indo direto para a alternativa (E), percebemos que, de fato, caso o empregador deseje encerrar o
vínculo sem conceder o aviso ao obreiro, estaremos diante de aviso prévio indenizado:
CLT, art. 487, § 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o
direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
As alternativas (A) e (D) estão incorretas porque a redução no horário de trabalho durante o aviso
dado pelo empregador é de 02 horas diárias ou 07 dias corridos:
CLT, art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se
a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do art. 487 desta Consolidação.
A indenização do aviso é o valor correspondente ao salário do empregado que será demitido sem
justa causa, e não o valor do salário mínimo, como sugeriu a alternativa (C).
Gabarito (E)
227
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Procedimentos rescisórios
83. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013
A Consolidação das Leis do Trabalho prevê algumas normas que regulam a rescisão dos contratos individuais
de trabalho. Nos termos dessas regras, é INCORRETO afirmar:
(A) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser
efetuado até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, quando o aviso-prévio for indenizado.
(B) Constitui motivo de rescisão contratual por justa causa a condenação criminal do empregado, passada
em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena.
(C) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o Tribunal de
Trabalho reduzirá a indenização, à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
(D) Ocorrerá a rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador reduzir o trabalho do
empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
(E) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até a decisão final do processo na hipótese de
não cumprir o empregador as obrigações do contrato.
Comentários:
A letra ‘A’ está incorreta, pois o prazo é de 10 dias, conforme definido na CLT:
Gabarito (A)
A eleito como membro da CIPA, ainda que o estabelecimento em que trabalhe seja extinto ou que cesse
completamente a atividade da empresa.
E que, contratado por tempo determinado, seja afastado por acidente do trabalho.
228
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Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. O membro eleito da CIPA possui estabilidade provisória, mas
somente enquanto perdurar a atividade da empresa:
Súmula 339, II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando
em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária,
sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
A alternativa (B) está incorreta. A estabilidade provisória é concedida apenas aos diretores titulares
das cooperativas, não aos suplentes:
OJ 253 SDI-1 TST: O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos
empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
A alternativa (C) está incorreta. O membro do conselho fiscal de sindicato não atua diretamente
na defesa dos direitos dos trabalhadores, de modo que a ele não é concedida a estabilidade
provisória:
OJ 365 SDI-1 TST: Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade
prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou
atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à
fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
Por fim, a alternativa (E) está correta. A estabilidade provisória decorrente dos acidentes de
trabalho também possui aplicabilidade nos contratos por prazo determinado:
Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Gabarito (E)
85. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
229
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A A extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato não extingue a garantia ao
emprego do dirigente sindical, devendo a empresa efetuar o pagamento proporcional ao tempo de
estabilidade.
B Um empregado contratado por tempo determinado não goza da garantia provisória do emprego
decorrente de acidente do trabalho, em razão do tempo pré-estabelecido de duração do contrato de
trabalho.
D Os empregados de categorias diferenciadas, mesmo que sejam eleitos para cargos de dirigentes sindicais,
não gozam da estabilidade.
E O empregado eleito dirigente sindical tem sua estabilidade garantida, independentemente de comunicação
ao empregador ou à empresa.
Comentários:
A alternativa (B) está incorreta. Segundo a jurisprudência do TST, o empregado contratado por
tempo determinado goza da garantia provisória do emprego decorrente de acidente de trabalho:
Súmula 378 TST: III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
A alternativa (C) está correta, pois replica o conteúdo do inciso V da Súmula 369 do TST:
A alternativa (D) está incorreta. Os empregados de categorias diferenciadas eleitos para cargos
de dirigentes sindicais gozam de estabilidade, desde que exerça atividade pertinente à categoria
profissional:
230
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Súmula 369 TST: III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só
goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional
do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, haja vista que deve haver ciência por parte do empregador
durante a vigência do contrato de trabalho:
Gabarito (C)
231
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de 8 meses, sendo que o trabalho temporário é limitado a 180 dias, como regra geral (Lei
6.019/1976, art. 10, §1º).
Assim, examinando o enunciado à luz de tais considerações, podemos concluir que a alternativa
(A) está correta, visto que a gestante fará jus à estabilidade e terá direito à reintegração, ante a
vedação à dispensa sem justa causa para a gestante ainda que se trate de modalidade de contrato
de trabalho por prazo determinado:
Gabarito (A)
232
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233
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OJ 238. SDI-1.
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não
observa o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer
particular, em direitos e obrigações, despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um
contrato de emprego.
A alternativa (B) está incorreta, pois, conforme entendimento explicitado na OJ-244 da SDI-I do
TST, “a redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos,
não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula”.
Portanto, não se trata de alteração contratual ilícita.
A alternativa (C) está incorreta em seu trecho final. A OJ 278 da SDI-1 do TST dispõe que "a
realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível
sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros
meios de prova" para deferir o referido adicional, como laudos periciais, por exemplo.
A alternativa (D) está correta, porque reflete o entendimento constante da OJ 365 da SDI-I do
TST, de que “membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos
arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira
do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT)”.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, porque contraria o entendimento jurisprudencial esposado
na OJ 6 da SBDI-I do TST, qual seja, o de que “o adicional de produtividade previsto na decisão
normativa, proferida nos autos do dissídio coletivo nº DC TST 06/79, tem sua eficácia limitada à
vigência do respectivo instrumento normativo”, não integrando o salário para todos os efeitos,
seja em razão da limitação temporal, seja em função de se tratar de parcela denominada “salário-
condição”.
Gabarito (D)
234
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A este respeito, o TST tem entendido27 que esta recusa não inviabiliza seu direito à indenização
compensatória decorrente da estabilidade.
Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (E)
Comentários:
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da
CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de
direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
Gabarito (C)
27
A exemplo do RR-1488-14.2017.5.09.0003, 2.ª Turma, publicado em 18/10/2019
235
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Comentários:
O registro da candidatura ao cargo de dirigente sindical após a concessão do aviso prévio não
permite a aquisição da estabilidade do dirigente sindical:
Gabarito (E)
Comentários:
CLT, art. 499 - Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou
outros de confiança imediata do empregador, ressalvado o cômputo do tempo de serviço
para todos os efeitos legais.
Então, por exemplo, uma empregada gestante que ocupa o cargo de gerente de um
estabelecimento, poderá ser revertida ao cargo anteriormente ocupado, deixando o cargo em
comissão. Ela continuará com seu emprego, no entanto passará a exercer outra função.
Gabarito (E)
236
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Comentários:
O item I, correto, porquanto a estabilidade do membro eleito da cipa não subsiste no caso de
extinção do estabelecimento:
O item II, incorreto, pois a estabilidade da gestante, que vai da confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto, independe de o empregador conhecer seu estado gravídico:
237
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O item III, incorreto, pois os empregados representantes da Comissão de Conciliação Prévia (CCP)
instituída no âmbito das empresas possuem sim estabilidade provisória no emprego:
CLT, art. 625-B. A, § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros
da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei.
Além disso, as regras previstas na CLT se destinam às CCPs no âmbito das empresas, sendo que
as regras das CCPs intersindicais são objeto de normas específicas:
CLT, art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas
de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo.
O item IV, correto, já que o empregado membro da comissão de entendimento direto detém
estabilidade provisória no emprego:
CLT, art. 510-D, § 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato,
o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico,
econômico ou financeiro.
Gabarito (B)
Comentários:
Antes de mais nada, percebam que o enunciado que precedeu o item mencionou entendimento
do TST. Em vista disso, a questão cobrou o conhecimento do precedente noticiado no Informativo
TST nº 156 (abril/2017), em que prevaleceu o entendimento contido na SUM-363 do TST (efeitos
do contrato nulo com a Administração Pública) em detrimento da estabilidade da gestante (ADCT,
art. 10, II, b):
Matéria afetada ao Tribunal Pleno. Gestante. Contrato nulo. Ausência de prévia aprovação
em concurso público. Estabilidade provisória. Indevida. Incidência da Súmula nº 363 do TST.
238
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(..)
Gabarito: errada
Comentários:
A alternativa (A), incorreta, já que a garantia do cipeiro não constitui vantagem pessoal, nos termos
da jurisprudência consolidada do TST:
239
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(..)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
A alternativa (C), correta, tendo em vista o que dispõe o caput do art. 543 da CLT:
(..)
Gabarito (C)
240
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Comentários:
(..)
Gabarito (B)
241
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Comentários:
A alternativa (A) foi dada como correta pela Banca, com base em entendimentos do TST e do STF
sobre estabilidade de “servidor público celetista” e de “empregados públicos”.
Como vimos, a regra é que o servidor celetista possua estabilidade, diferentemente dos
empregados públicos que, em geral, não terão. Todavia, quanto aos empregados públicos há
algumas considerações a serem feitas.
Caso sejam empregados de fundação instituída por lei que recebe verba pública para realizar
atividades de interesse do Estado, aí eles terão estabilidade.
Mesmo nos casos em que não há estabilidade, se o empregador prestar serviço público, haverá
necessidade de motivação do ato de demitir o empregado.
242
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Sum-443
Além disso, se a demissão discriminatória for reconhecida, o empregado poderá optar entre:
Lei 9.029, art. 4º O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes
desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:
Por fim, a assertiva (C) está correta, com base no dispositivo celetista abaixo:
Gabarito (D)
243
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Somente será assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, quando a comunicação
do registro da candidatura ou da eleição e da posse for realizada dentro do prazo previsto no art. 543, § 5º,
da CLT.
Comentários:
Nos termos do item I da SUM-369, ainda que a comunicação seja realizada fora do prazo previsto
na CLT, é assegurada a estabilidade, desde que a ciência do empregador tenha sido durante a
vigência do contrato de trabalho.
Gabarito: errada
Comentários:
(..)
Gabarito: correta
244
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(B) I e II.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
Comentários:
A assertiva II está incorreta, já que a estabilidade do dirigente sindical atinge também os suplentes
(SUM 369, item II).
Gabarito (C)
Comentários:
Apesar do nome “estabilidade acidentária”, fazem jus a ela também os empregados que padecem
de doença profissional, sem terem sido de vítima de um episódio de acidente.
É que algumas doenças profissionais têm um período de latência grande (exemplo: os sintomas
de alguns tipos de câncer podem surgir somente após vários anos de exposição ocupacional ao
agente cancerígeno). Portanto, não seria justo exigir que o empregado perceba a doença durante
a vigência do contrato de trabalho.
Gabarito: errada
245
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A garantia de estabilidade no emprego prevista na CLT para o empregado que se candidata a cargo de direção
ou representação de entidade sindical ou de associação profissional tem início a contar do registro da
candidatura e finda até um ano após o mandato.
Comentários:
Trata-se do conhecimento do art. 8º, VIII, da CF e, neste caso em especial, do art. 543, § 3º, da
CLT:
CF, art. 8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Gabarito: correta
Comentários:
246
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A alternativa (B) está correta. A estabilidade provisória do empregado acidentado está prevista na
Lei 8.213/91 (Plano de Benefícios da Previdência Social), nos seguintes termos:
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
O auxílio acidente é outro benefício previdenciário (assim como o é o auxílio doença), então não
confundam: para que seja possível falar-se em estabilidade do acidentado deve ter havido o
benefício do auxílio-doença acidentário, mas a lei não exige que o acidentado tenha recebido
auxílio-acidente.
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Já a alternativa (D) errou porque o presidente da CIPA é designado pelo empregador, ou seja,
não possui direito a estabilidade.
ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
28A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., p.
725.
247
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Na alternativa (E) o prazo também foi incorreto, pois a estabilidade é de 1 ano após o final do
mandato:
CLT, art. 625-B, § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da
Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato,
salvo se cometerem falta, nos termos da lei.
Gabarito (B)
Comentários:
248
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ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
A proposição V, por fim, está correta, conforme Lei 8.212/91 (Plano de Custeio da Previdência
Social):
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
O auxílio acidente29 é outro benefício previdenciário (assim como o é o auxílio doença), então não
podemos confundir: para que seja possível falar-se em estabilidade do acidentado deve ter havido
o benefício do auxílio-doença acidentário, mas a lei não exige que o acidentado tenha recebido
auxílio-acidente.
Gabarito (B)
29O auxílio-acidente é uma indenização que o empregado acidentado passa a receber após consolidação das lesões decorrentes
de acidente de qualquer natureza, se resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia.
249
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(D) o pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo
Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça
do Trabalho.
(E) o empregado indicado pelo empregador para cargo de direção da CIPA, terá estabilidade ou garantia no
emprego por um ano após o término do seu mandato a partir da sua nomeação.
Comentários:
O item errado é o (E) pois a estabilidade do cipeiro (integrante da CIPA) somente é devida aos
representantes eleitos; os designados não gozam de tal garantia.
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
Segue abaixo o amparo legal das demais garantias de emprego citadas na questão:
(...)
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
250
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CLT, art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito
com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local
competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho.
Gabarito (E)
Comentários:
Se a empresa foi extinta (ou até se o estabelecimento onde a CIPA atuava foi extinto), o objetivo
da comissão se esvazia e não subsistirá a estabilidade provisória, conforme entendimento do TST
materializado na Súmula 339:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Gabarito (E)
251
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A respeito das estabilidades ou garantias de emprego provisórias, conforme previsão das normas
trabalhistas, é correto afirmar que
(A) o empregado eleito para cargo de direção na CIPA tem estabilidade desde o registro de sua candidatura
até um ano após o final do seu mandato.
(B) a empregada gestante tem garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até um ano após o
parto.
(C) o dirigente sindical tem garantia de emprego desde o dia da eleição até dois anos após o término do seu
mandato.
(D) o empregado eleito como suplente a cargo de direção sindical não é detentor de estabilidade provisória
de emprego.
(E) havendo garantia provisória de emprego não cabe a dispensa por justa causa por falta grave cometida
pelo empregado.
Comentários:
A estabilidade do Cipeiro e do dirigente sindical vão, desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final de seu mandato. Portanto, correta a letra ‘A’ e incorreta a letra ‘C’. Além disso, o
suplente de dirigente sindical também possui estabilidade, conforme comentado anteriormente.
Já a estabilidade da gestante persiste apenas até cinco meses após o parto, de modo que a letra
‘B’ também se mostra incorreta.
Por fim, ressaltamos que havendo garantia provisória, somente caberá a dispensa por justa causa
ou não arbitrária (CF, art. 7º, I).
Gabarito (A)
Comentários:
No caso da gestante a estabilidade vai da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
252
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Gabarito (D)
Comentários:
Quanto à estabilidade dos membros do sindicato, mencionada na letra (A), lembramos que o
membro de conselho fiscal e o delegado não têm direito à estabilidade pela CLT.
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts.
543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão
financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
Ressalta-se que as convenções e acordos coletivos podem prever estabilidades não elencadas em
lei, como por exemplo, estabilidade para o delegado sindical. Portanto, via de regra, estes não
possuem estabilidade, mas pode ser que o instrumento coletivo preveja tal hipótese. Assim,
também está incorreta a letra ‘C’.
Quanto ao registro do sindicato no MTb, mencionada na letra (B), realmente o TST tem entendido
que o dirigente possui estabilidade mesmo diante da ausência de registro. Vejam como exemplo
o seguinte trecho do acórdão do RR-261600-83.2007.5.12.0050:
253
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A letra ‘D’ está incorreta ante o disposto na Súmula 339, item II:
(..)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Por fim, a letra ‘E’ também está incorreta, a estabilidade provisória é dos representantes dos
empregados nas Comissões de Conciliação Prévia. Conforme previsto na CLT,
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
Gabarito (B)
254
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Comentários:
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
Gabarito (B)
255
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(D) O empregado que, porventura, tenha se acidentado no trabalho terá estabilidade a partir do momento
do ocorrido.
(E) O empregado submetido a contrato de trabalho por prazo determinado não goza de garantia decorrente
de acidente de trabalho.
Comentários:
A alternativa (A) está correta. De fato, a CIPA é composta por representantes do empregador e
dos empregados, de forma paritária. A CF/88, entretanto, somente assegura a garantia provisória
de emprego aos cipeiros eleitos, ou seja, representantes dos empregados:
ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
A Súmula 339 consolida entendimento de que os suplentes dos empregados também têm direito
à estabilidade:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Sobre a alternativa (B), que trata da estabilidade decenal30, a incorreção reside no fato de que ela
não se aplicaria nos dias de hoje.
Os empregados não se tornam estáveis na empresa, porque a estabilidade decenal foi substituída
pelo regime do FGTS. Entretanto, quem já havia adquirido o direito à estabilidade continua a
usufruir deste.
Este é, portanto, um tipo de estabilidade que somente foi alcançada pelos empregados celetistas
que já possuíam mais de 10 anos de serviço na mesma empresa quando da promulgação da CF/88.
30CLT, art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão
por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas.
256
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A alternativa (D) está incorreta porque nem todo acidentado terá direito à estabilidade, que se
dará após a cessação do auxílio-doença (e não “a partir do momento do ocorrido”):
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
Por fim, a alternativa (E) também está incorreta tendo em vista que a estabilidade do empregado
acidentado também se aplica nos contratos a prazo determinado.
Tal entendimento resultou, em 2012, na inclusão do item III na Súmula 378 do TST:
Gabarito (A)
Comentários:
257
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Gabarito: correta
Comentários:
O gabarito foi (B), pois I, III e IV estavam corretas. Hoje o gabarito seria letra (E), em face da
alteração da Súmula 244.
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
258
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(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
A garantia de emprego da gestante existe para proteger o nascituro, e por isto a demissão
indevida da gestante lhe assegura a reintegração ou indenização (a medida adequada depende
do momento em que proferida a decisão judicial).
As demais proposições demandam o conhecimento da Súmula 244 do TST (faltou a palavra “não”
na proposição II, e por isto ela está incorreta):
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.10, inciso
II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo
determinado.
Gabarito (E)
259
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formalizado comunicado, até o momento da dispensa, acerca da inscrição de Aldair. Nessa situação
hipotética, Aldair será estável somente após as eleições, se sua chapa for vencedora.
(C) Empregada designada presidente da comissão interna de prevenção de acidentes da empresa no dia
1.º/6/2010, com mandato de um ano, será estável até 1.º/6/2012.
(D) Se uma empregada que exerce, em uma panificadora, a função de caixa der à luz uma criança no dia
24/9/2009, ela não poderá ser dispensada de forma arbitrária até 24/1/2010.
(E) Suplente do representante dos empregadores no Conselho Curador do FGTS desde 18/9/2008, com
mandato de dois anos, é estável até 18/9/2011.
Comentários:
Lina, no caso apresentado, não fez jus ao auxílio-doença acidentário, e por isso também não
caberia a garantia provisória de emprego por acidente, pelo que percebemos que a letra (A) está
correta.
(...)
À época da aplicação da questão a Súmula tinha a redação anterior, que condicionava a garantia
de emprego somente se a comunicação fosse feita no prazo de 24 horas32.
32CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro)
horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim,
a este, comprovante no mesmo sentido.
260
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Já a alternativa (D) está incorreta porque a garantia provisória de emprego da gestante é de até
5 meses após o parto, o que no caso se estenderia até 24/02/2010.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta porque somente faz jus a estabilidade o representante dos
empregados no Conselho Curador do FGTS.
Lei 8.036/90, art. 3º, § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes
dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
sindical.
Gabarito (A)
Comentários:
Da mesma forma, a Lei 8.036/90 (Lei do FGTS) assegura estabilidade provisória no emprego para
os representantes dos trabalhadores indicados como membros do Conselho Curador do FGTS:
Lei 8.036/90, art. 3º, § 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus
respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações
nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato
de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Gabarito: correta
Comentários:
261
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I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
Gabarito: errada
Comentários:
Lei 8.213/91, art. 3º, § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos
trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego,
da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
judicial.
Gabarito: errada
262
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Comentários:
Gabarito (D)
Comentários:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
(...)
Gabarito: correta
Comentários:
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
263
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Gabarito: correta
Comentários:
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração
em inquérito judicial, inteligência dos arts. 49433 e 543, §3º, da CLT.
Gabarito: correta
33CLT, art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará
efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.
264
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(E) I e II.
Comentários:
As proposições I e II, corretas, se relacionam aos itens II e IV, respectivamente, da Súmula 369 do
TST.
Na proposição III há erro, pois o registro da candidatura durante o aviso prévio não assegura
estabilidade no emprego (vide item V da mesma Súmula).
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
34CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro)
horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim,
a este, comprovante no mesmo sentido.
265
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(...)
Gabarito (E)
Comentários:
Conforme Súmula 339, a garantia de emprego do membro eleito da CIPA não constitui vantagem
pessoal, e justamente por isso, quando a empresa é extinta, ele pode ser demitido. Assim, a
proposição I está incorreta.
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a
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As demais proposições estão corretas, todas fundamentadas na Súmula 369 do TST, vista nas
questões anteriores.
Gabarito (A)
Comentários:
Tal garantia provisória de emprego não foi estendida a “membros de conselho fiscal”:
(...)
CLT, art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação
profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do
exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
(...)
35A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., p.
725.
267
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Gabarito (E)
Comentários:
Gabarito (D)
36A CF/88 não recepcionou a estabilidade do dirigente de associação profissional. Neste sentido, RESENDE, Ricardo, op. cit., pág.
725.
268
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Comentários:
As Comissões de Conciliação Prévia são instituídas com o objetivo de tentar conciliar conflitos
individuais surgidos entre empregados e empregadores.
CLT, art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo,
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
(...)
Gabarito (D)
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LISTA DE QUESTÕES
Término do contrato de trabalho
1. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado
Um empregado foi demitido sem justa causa de uma empresa porque o empresário descobriu que esse
empregado era portador do vírus HIV.
A a dispensa não pode ser considerada abusiva ou ilegal porque não há, na legislação, previsão expressa que
a impeça.
B a dispensa deverá ser mantida, já que foi aplicada sem justa causa.
C o empregado poderia ter sido demitido por justa causa em razão de ter omitido informações ao
empregador.
E a dispensa deverá ser mantida, e o empregado terá direito a receber indenização correspondente a doze
meses de seu salário.
A A extinção do contrato de trabalho poderá ser realizada mediante acordo entre empregado e empregador,
sendo devido o pagamento das verbas rescisórias pela metade.
B O alcoolismo é uma causa autorizadora da dispensa por justa causa, devendo a empresa comprovar a
situação de embriaguez para justificar a aplicação da justa causa.
C Empregado que, contratado por prazo determinado, sofrer acidente do trabalho poderá ter o seu contrato
rescindido, já que a estabilidade por acidente do trabalho não se aplica aos contratos por prazo determinado.
E O abandono de emprego não pode ser presumido, devendo a empresa comprovar a convocação do
empregado ao retorno do trabalho e o descumprimento da convocação pelo empregado.
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A O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do contrato de trabalho.
B O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária motivada do
contrato de trabalho.
C A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa causa,
diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma suspensão ao empregado.
D O pagamento da rescisão do contato de trabalho por culpa recíproca confere ao empregado direito a
receber, entre outras verbas, a integralidade do valor das férias proporcionais e 50% do valor relativo ao
décimo terceiro salário.
E A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por exemplo, tratar o
empregado com rigor excessivo.
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272
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273
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(D) Heráclito não poderá se desligar do contrato a termo prefixado, sem cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão antecipada, mesmo no caso de ter sido tratado por seu coordenador com rigor
excessivo, sem indenizar o empregador dos prejuízos que resultarem desse fato, limitado ao maior salário
que tiver recebido.
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razoabilidade, identificar, sopesar e enquadrar como ilícita (ou não) a conduta do empregado, de maneira a
realizar a respectiva punição.
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I. O pedido de demissão caracteriza-se como ato de iniciativa do empregado, praticado com a intenção de
extinguir o contrato.
II. Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato, será devida a mesma indenização
que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador.
III. No caso de prática de falta grave pelo empregador, poderá o empregado pleitear a rescisão do seu
contrato e o pagamento das respectivas indenizações, sendo-lhe facultado, em qualquer hipótese,
permanecer ou não no serviço até final da decisão do processo.
IV. A morte do empregador pessoa física leva à extinção do contrato de trabalho, salvo se o empregado, por
ocasião do falecimento do empregador, tiver mais de dez anos de serviço para o mesmo.
Está INCORRETO o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) II, III e IV.
(C) II e III.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
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time Bola Branca vencesse a partida. A Diretoria do Lago Azul descobriu o ocorrido e pretende dispensar
seus empregados com justa causa, tendo em vista a prática de
(A) desídia.
(B) incontinência de conduta.
(C) insubordinação.
(D) ato de improbidade.
(E) indisciplina.
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282
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A condenação criminal de um empregado constitui motivo para a rescisão do contrato de trabalho por justa
causa.
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284
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Deve ser corrigida a data de saída registrada na CTPS do trabalhador, a fim de fazer constar 30/04/2017.
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(E) Em qualquer momento, a ocorrência de justa causa desobriga o empregador do pagamento de verbas
rescisórias de natureza indenizatória.
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287
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(C) não é computado no tempo de serviço e consequentemente não estende a anotação em sua carteira de
trabalho, que constará dia 1º de Março de 2011.
(D) conta-se, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento.
(E) não é computado no tempo de serviço e consequentemente não estende a anotação em sua carteira de
trabalho, porém constará o dia 2 de Março de 2011, pois o dia do recebimento do aviso é considerado dia
trabalhado.
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(E) o empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer falta considerada pela lei como justa para a
rescisão, não perde o direito ao restante do respectivo prazo.
289
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(B) Constitui motivo de rescisão contratual por justa causa a condenação criminal do empregado, passada
em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena.
(C) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o Tribunal de
Trabalho reduzirá a indenização, à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
(D) Ocorrerá a rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador reduzir o trabalho do
empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
(E) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até a decisão final do processo na hipótese de
não cumprir o empregador as obrigações do contrato.
Estabilidades e garantias de emprego
83. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado
A eleito como membro da CIPA, ainda que o estabelecimento em que trabalhe seja extinto ou que cesse
completamente a atividade da empresa.
E que, contratado por tempo determinado, seja afastado por acidente do trabalho.
84. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
A A extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato não extingue a garantia ao
emprego do dirigente sindical, devendo a empresa efetuar o pagamento proporcional ao tempo de
estabilidade.
B Um empregado contratado por tempo determinado não goza da garantia provisória do emprego
decorrente de acidente do trabalho, em razão do tempo pré-estabelecido de duração do contrato de
trabalho.
D Os empregados de categorias diferenciadas, mesmo que sejam eleitos para cargos de dirigentes sindicais,
não gozam da estabilidade.
290
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E O empregado eleito dirigente sindical tem sua estabilidade garantida, independentemente de comunicação
ao empregador ou à empresa.
291
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E A estabilidade dos membros da CIPA é uma garantia para as atividades da CIPA; o encerramento
das atividades da empresa cessa a estabilidade, não sendo considerada arbitrária a despedida do
empregado cipeiro nessas situações.
292
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293
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(B) A empregada dispensada com aviso-prévio indenizado informa ao ex-empregador, no dia seguinte à
dispensa, o seu estado gravídico de quatro semanas. Nesse caso, o desconhecimento do estado gravídico
pelo empregador no momento da rescisão afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da
estabilidade constitucional.
(C) É possível a transferência do dirigente sindical para outro município vizinho da mesma região
metropolitana e base territorial do seu sindicato que não dificulte ou torne impossível o desempenho de
suas atribuições sindicais, mantida a estabilidade prevista em lei.
(D) O empregado que sofre acidente do trabalho no curso do contrato de experiência não goza da garantia
provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no artigo 118 da Lei no 8.213/1991, em
razão da modalidade de contrato a termo firmado.
(E) O empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, desde que admitido mediante
aprovação em concurso público, tem assegurada a estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição de
República de 1988.
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295
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A garantia de estabilidade no emprego prevista na CLT para o empregado que se candidata a cargo de direção
ou representação de entidade sindical ou de associação profissional tem início a contar do registro da
candidatura e finda até um ano após o mandato.
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(D) o empregado eleito como suplente a cargo de direção sindical não é detentor de estabilidade provisória
de emprego.
(E) havendo garantia provisória de emprego não cabe a dispensa por justa causa por falta grave cometida
pelo empregado.
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300
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Empregado eleito como suplente para cargo de direção da comissão interna de prevenção de acidentes
(CIPA) goza da estabilidade provisória desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu
mandato.
301
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De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, está correto o que consta
APENAS em
(A) II, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e IV.
(D) I, II e IV.
(E) III e IV.
302
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GABARITO
303
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LISTA DE QUESTÕES
Término do contrato de trabalho
1. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado
Um empregado foi demitido sem justa causa de uma empresa porque o empresário descobriu que
esse empregado era portador do vírus HIV.
A a dispensa não pode ser considerada abusiva ou ilegal porque não há, na legislação, previsão
expressa que a impeça.
B a dispensa deverá ser mantida, já que foi aplicada sem justa causa.
C o empregado poderia ter sido demitido por justa causa em razão de ter omitido informações ao
empregador.
A A extinção do contrato de trabalho poderá ser realizada mediante acordo entre empregado e
empregador, sendo devido o pagamento das verbas rescisórias pela metade.
B O alcoolismo é uma causa autorizadora da dispensa por justa causa, devendo a empresa
comprovar a situação de embriaguez para justificar a aplicação da justa causa.
C Empregado que, contratado por prazo determinado, sofrer acidente do trabalho poderá ter o
seu contrato rescindido, já que a estabilidade por acidente do trabalho não se aplica aos contratos
por prazo determinado.
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E O abandono de emprego não pode ser presumido, devendo a empresa comprovar a convocação
do empregado ao retorno do trabalho e o descumprimento da convocação pelo empregado.
A O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do contrato
de trabalho.
B O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária motivada
do contrato de trabalho.
C A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa
causa, diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma suspensão ao
empregado.
E A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por exemplo,
tratar o empregado com rigor excessivo.
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Na rescisão do contrato de trabalho por culpa recíproca, o empregado não tem direito ao
recebimento de aviso prévio.
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D) mau procedimento.
15. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada)
Heráclito foi contratado pela empresa X, por contrato de prazo determinado de dezoito meses,
com termo prefixado, para execução de serviço de natureza transitória, com remuneração mensal
de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Nesse caso,
(A) se Heráclito desligar-se imotivadamente do contrato por prazo determinado, com ou sem
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada, deverá indenizar o empregador
do valor correspondente à remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
(B) se no contrato por prazo determinado houve cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão antecipada, o empregador que resolver desligar o empregado deverá conceder aviso-
prévio, observada a proporcionalidade com o tempo de serviço, mas se o desligamento partir do
empregado, deverá indenizar o empregador dos prejuízos que resultarem deste fato, que não
poderá exceder ao valor do aviso-prévio que teria direito.
(C) se o desligamento imotivado feito por Heráclito no contrato a termo e sem cláusula
assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada, após cinco meses de prestação de
trabalho, resultou prejuízos para o empregador na ordem de R$ 26.000,00 (vinte e seis mil reais),
deverá indenizá-lo no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais).
(D) Heráclito não poderá se desligar do contrato a termo prefixado, sem cláusula assecuratória do
direito recíproco de rescisão antecipada, mesmo no caso de ter sido tratado por seu coordenador
com rigor excessivo, sem indenizar o empregador dos prejuízos que resultarem desse fato,
limitado ao maior salário que tiver recebido.
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309
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(D) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de noventa dias após a cessação do
benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer, não
havendo transcorrido, ainda este lapso temporal.
(E) não agiu corretamente, neste caso, em razão do gozo do benefício previdenciário,
independentemente do lapso temporal, não se configura a hipótese de abandono de emprego,
sendo vedada a dispensa com justa causa.
21. CESPE/PGE-AM – Procurador - 2016
O empregado tem direito a aderir a plano de demissão voluntária instituído por seu empregador
no curso do seu aviso prévio.
310
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(A) I, II e IV.
(B) II, III e IV.
(C) II e III.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
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(B) desídia.
(C) insubordinação.
(D) indisciplina.
(E) abandono de emprego.
37. FCC/TST – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012
Quando o empregado rescindir o contrato de trabalho por prazo indeterminado por sua iniciativa
(A) deverá conceder o aviso prévio ao empregador e pagar indenização de um salário pelos
prejuízos eventualmente sofridos com a rescisão do contrato de trabalho.
(B) poderá exigir o pagamento indenizado do aviso prévio, pelo princípio da proteção do
empregado.
(C) não deverá conceder aviso prévio ao empregador, pois este é direito exclusivo do empregado
despedido sem justa causa.
(D) deverá conceder aviso prévio ao empregador, sob pena de ser descontado o período
correspondente de seu salário.
(E) deverá conceder o aviso prévio ao empregador, porém terá o direito de ter a sua jornada diária
de trabalho reduzida em duas horas, sem prejuízo do salário integral.
314
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(D) deve, além de estar prevista em lei, ser atual porque a falta cometida pelo empregado e não
punida entende-se como perdoada.
(E) não precisa estar prevista em lei, mas o ato praticado pelo empregado deve ser reiterado e
habitual, independentemente de punição anterior pelo empregador.
40. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011
Zacarias, empregado do Esporte Clube Bola Branca, subornou Mário e Diego, empregados
jogadores do time de futebol do Esporte Clube Lago Azul, para que os mesmos apresentassem
um péssimo desempenho e o time Bola Branca vencesse a partida. A Diretoria do Lago Azul
descobriu o ocorrido e pretende dispensar seus empregados com justa causa, tendo em vista a
prática de
(A) desídia.
==21169e==
315
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(D) não há presunção de abandono de emprego, porque este não é presumível, sendo necessário
para sua caracterização que ocorra ato incontestável de nítido caráter de abandonar em sentido
estrito.
(E) não há presunção de abandono de emprego, porque o período para caracterização de
abandono de emprego é de 120 dias.
316
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II. Considera-se justa causa para rescisão do contrato de trabalho, dentre outras hipóteses, a
condenação criminal do empregado, ainda que não transitada em julgado, bem como a
negociação habitual por conta própria.
III. Reduzindo o empregador o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma
a afetar sensivelmente a importância dos salários, pode o obreiro considerar rescindido
indiretamente o contrato de trabalho.
IV. Desobediência a ordens direta do empregador que digam respeito a atribuições do cargo do
empregado, constitui, especificamente, ato de indisciplina, justificando a resolução do contrato
de trabalho por justa causa obreira.
Está correto o que consta APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
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recusa a utilizá-lo sem justificativa. No que se refere à CLT, embora tal previsão não tenha sido
inserida de forma expressa no rol dos fatos que ensejam a justa causa no capítulo dedicado à
rescisão do contrato de trabalho, ela está incluída no capítulo que trata da segurança e medicina
do trabalho.
56. CESPE/PGE-CE – Procurador do Estado – 2008 (Adaptada)
Constitui justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, pelo empregador, a ocorrência de
condenação criminal do empregado, transitada em julgado, caso não tenha havido suspensão da
execução da pena.
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A suspensão disciplinar por mais de 60 dias consecutivos ou alternados importa na rescisão injusta
do contrato de trabalho.
320
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Deve ser corrigida a data de saída registrada na CTPS do trabalhador, a fim de fazer constar
30/04/2017.
321
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com dúvidas a respeito de seu horário de trabalho durante este período. Assim, dirigiu-se ao
departamento de recursos humanos de sua empregadora, que respondeu que ela
(A) poderia optar em ter seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias ou faltar ao serviço
um dia por semana trabalhada.
(B) deveria cumprir normalmente seu horário de trabalho, sem qualquer redução de sua carga
horária.
(C) poderia optar em ter seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias ou faltar ao serviço
por sete dias corridos.
(D) teria obrigatoriamente seu horário de trabalho reduzido em uma hora diária.
(E) teria obrigatoriamente seu horário de trabalho reduzido em duas horas diárias.
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(E) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho e o pagamento
das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até a decisão final do processo na
hipótese de não cumprir o empregador as obrigações do contrato.
Estabilidades e garantias de emprego
84. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado
A eleito como membro da CIPA, ainda que o estabelecimento em que trabalhe seja extinto ou
que cesse completamente a atividade da empresa.
E que, contratado por tempo determinado, seja afastado por acidente do trabalho.
85. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador Federal
D Os empregados de categorias diferenciadas, mesmo que sejam eleitos para cargos de dirigentes
sindicais, não gozam da estabilidade.
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Uma empregada foi contratada temporariamente pelo prazo de 8 meses. No sexto mês de
vigência do contrato, ela confirmou por exame que estava grávida, encontrando-se no início da
gestação. Ao final do prazo de 8 meses estabelecido em seu contrato de trabalho temporário, a
empresa rescindiu o contrato.
Nessa situação hipotética, a empregada
A gozará da estabilidade por estar gestante e deverá ser reintegrada ao trabalho.
B gozará da estabilidade e não terá direito à reintegração, mas terá direito ao pagamento da
indenização correspondente ao período da estabilidade.
C não terá direito à estabilidade, mas deverá receber indenização equivalente a 6 meses de salário,
como proteção ao período da gravidez.
D não terá direito à estabilidade, mas será assegurado o seu direito de permanecer no trabalho
até o parto.
E não terá direito à estabilidade, pois o contrato de trabalho temporário tem prazo certo para o
encerramento e foi cumprido integralmente.
87. CEBRASPE - 2021 - PGE-AL - Procurador do Estado
Um empregado de determinada empresa foi eleito suplente da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA) pelo período de um ano. Antes do término do mandato desse empregado,
contudo, a empresa encerrou suas atividades em decorrência de crise financeira irreversível,
despediu sem justa causa todos os seus empregados e foi extinta.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A A estabilidade dos membros da CIPA é uma garantia pessoal do empregado, de forma que
qualquer tipo de extinção da empresa gera o direito a indenização até um ano após o término do
mandato para o qual o empregado foi eleito.
B O referido empregado terá direito à reintegração ao emprego ou ao pagamento de todas as
verbas até o término do seu mandato, já que possuía estabilidade por ter sido eleito membro da
CIPA.
C O referido empregado não terá direito à estabilidade, pois somente membros que tenham sido
eleitos como titulares da CIPA possuem o direito à estabilidade em casos como esse.
D Membros suplentes da CIPA somente adquirem a estabilidade se tomarem posse como efetivos
durante o mandato.
E A estabilidade dos membros da CIPA é uma garantia para as atividades da CIPA; o encerramento
das atividades da empresa cessa a estabilidade, não sendo considerada arbitrária a despedida do
empregado cipeiro nessas situações.
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A A CLT estabelece o prazo para pagamento das verbas rescisórias, não sendo este dispositivo
legal aplicável às pessoas jurídicas de direito público, somente às empresas privadas.
B Configura alteração do contrato de trabalho os casos em que professores tenham sua carga
horária reduzida em razão da diminuição do número de alunos.
C Para a concessão do adicional de insalubridade, a realização da perícia é obrigatória. Nos casos
de empresas que encerram a atividade e não se pode realizar a perícia, o juiz deverá indeferir o
respectivo adicional, por falta de provas.
D Os membros de conselhos fiscais dos sindicatos não possuem o direito à estabilidade provisória
porque não representam nem atuam na defesa dos direitos da categoria.
E O adicional de produtividade previsto em decisão normativa de dissídio coletivo do trabalho
passa a integrar o salário para todos os efeitos.
89. CEBRASPE - 2021 - PG-DF - Analista Jurídico - Direito e Legislação
Situação hipotética: Uma empregada demitida no mês de março descobriu, em maio, que estava
grávida e que a data da gestação era anterior à de sua demissão. Ciente do fato, a empresa
convocou a empregada para retornar ao emprego, o que foi recusado. Assertiva: Nesse caso, a
empregada perde o direito à indenização compensatória decorrente da estabilidade da gestante.
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I. Matheus trabalha na filial da empresa X, na cidade de Caruaru. Em 25 de abril de 2017 foi eleito
membro da CIPA. Entretanto, no dia 28 de outubro de 2017, o estabelecimento em que trabalhava
foi extinto e ele foi dispensado sem justa causa. A dispensa é válida, em razão da extinção do
estabelecimento.
II. Uma empregada gestante foi despedida sem justa causa no primeiro mês de gravidez. O
empregador desconhecia a gravidez da empregada. A dispensa é válida, em razão do
desconhecimento do estado gravídico pelo empregador.
III. Uma empresa constituiu em 15 de setembro de 2017 Comissão de Conciliação Prévia com
atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho havidos em seu âmbito. Um dos
representantes que a compõe, eleito pelos empregados, foi dispensado sem justa causa em 23 de
janeiro de 2018. A dispensa é válida porque somente são detentores de estabilidade no emprego,
até o término do mandato, os integrantes de Comissão de Conciliação Prévia instituída no âmbito
do sindicato.
IV. Uma empresa que possui 500 empregados promoveu, em 23 de janeiro de 2018, eleição para
a composição e instituição de comissão de representação dos trabalhadores. Um dos três
membros que compõem a comissão foi dispensado arbitrariamente dois dias após a eleição e um
dia antes de tomar posse. A dispensa é inválida, tendo em vista que os integrantes da comissão
têm estabilidade no emprego desde o registro da candidatura até um ano após o término do
mandato.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
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(A) O empregado membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA que foi
indicado pelo empregador é detentor de garantia de emprego por até um ano após o final de seu
mandato, constituindo-se tal garantia em vantagem pessoal que prevalece mesmo em caso de
extinção do estabelecimento.
(B) A empregada dispensada com aviso-prévio indenizado informa ao ex-empregador, no dia
seguinte à dispensa, o seu estado gravídico de quatro semanas. Nesse caso, o desconhecimento
do estado gravídico pelo empregador no momento da rescisão afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade constitucional.
(C) É possível a transferência do dirigente sindical para outro município vizinho da mesma região
metropolitana e base territorial do seu sindicato que não dificulte ou torne impossível o
desempenho de suas atribuições sindicais, mantida a estabilidade prevista em lei.
(D) O empregado que sofre acidente do trabalho no curso do contrato de experiência não goza
da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no artigo 118 da
Lei no 8.213/1991, em razão da modalidade de contrato a termo firmado.
(E) O empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, desde que admitido
mediante aprovação em concurso público, tem assegurada a estabilidade prevista no artigo 41 da
Constituição de República de 1988.
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De acordo com a Lei e a jurisprudência atual dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa
INCORRETA.
A) O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário
da estabilidade prevista no Art. 41 da CR/1988, sendo que a dispensa do empregado de empresas
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, em
atenção aos princípios da impessoalidade e isonomia.
B) Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra
doença grave que suscite estigma ou preconceito; inválido o ato, o empregado tem direito à
reintegração no emprego.
C) Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo
de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito
a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono.
D) Servidores celetistas de Fundação com personalidade jurídica de direito privado, ainda que
instituída por lei e que receba dotação ou subvenção do Poder Público para realizar atividades de
interesse do Estado, não são beneficiários da estabilidade excepcional prevista no Art. 19 do
ADCT.
E) Empregado despedido por ato discriminatório, além do direito à reparação pelo dano moral,
poderá optar entre a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento,
mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros
legais e a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida
monetariamente e acrescida dos juros legais.
99. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho - 2015
Somente será assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, quando a
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse for realizada dentro do prazo
previsto no art. 543, § 5º, da CLT.
100. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho - 2015
O empregado acidentado, submetido a contrato de trabalho por tempo determinado, goza da
estabilidade provisória prevista no art. 118 da Lei n. 8213/91, pelo período de 12 (doze) meses,
após a cessação do auxílio-doença acidentário.
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IV. O período de estabilidade da gestante vai desde a confirmação da gravidez, até cinco meses
após o parto.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e IV.
(B) I e II.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
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I. A estabilidade é assegurada ao dirigente sindical eleito como titular e ao eleito como suplente.
II. A estabilidade da gestante estende-se desde a confirmação da gravidez até 6 meses após o
parto.
III. A estabilidade do dirigente sindical vai desde o registro da candidatura até um ano após o
término do mandato.
IV. O empregado eleito para o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes
tem estabilidade desde a eleição até um ano após o término do mandato.
V. O empregado acidentado no trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Está correto APENAS o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I, III e V.
(C) II, III e IV.
(D) I, II e V.
(E) II, IV e V.
106. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013
A legislação trabalhista prevê algumas modalidades de garantias provisórias de emprego,
relacionadas a determinadas situações, sendo INCORRETO:
(A) a dispensa do empregado sindicalizado é vedada a partir do registro da candidatura a cargo
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
(B) a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da CIPA
fica vedada, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
(C) a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante fica vedada, desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
(D) o pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do
respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do
Trabalho ou da Justiça do Trabalho.
(E) o empregado indicado pelo empregador para cargo de direção da CIPA, terá estabilidade ou
garantia no emprego por um ano após o término do seu mandato a partir da sua nomeação.
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encerrou as suas atividades em razão da morte de um de seus sócios, uma vez que ficou
inviabilizada a continuação de suas atividades.
Neste caso,
(A) Rogério só terá direito a indenização do período estabilitário se houver transcorrido mais da
metade de seu mandato.
(B) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
(C) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade
desde o registro de sua candidatura até seis meses após o final de seu mandato.
(D) Rogério terá direito a indenização do período estabilitário, uma vez que possui estabilidade
desde o registro de sua candidatura até um ano após a proclamação do resultado das eleições.
(E) cessou a estabilidade de Rogério, que não fará jus a indenização do período estabilitário.
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(C) Caso, durante a vigência de seu contrato de trabalho, uma empregada que trabalhe como
balconista tenha dado à luz um filho na data de 12/1/2013, e o empregador pretenda dispensá-la
sem justa causa no primeiro momento em que isso seja possível, o aviso prévio somente poderá
ser apresentado à empregada em questão no dia 12/6/2013.
(D) O empregado que, porventura, tenha se acidentado no trabalho terá estabilidade a partir do
momento do ocorrido.
(E) O empregado submetido a contrato de trabalho por prazo determinado não goza de garantia
decorrente de acidente de trabalho.
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reassumiu suas atividades. Considere, ainda, que Lina tenha sido dispensada sem justa causa em
19/5/2010. Nessa situação hipotética, a dispensa será considerada regular, pois Lina não era
detentora de estabilidade.
(B) Considere que Aldair tenha se inscrito em uma chapa para concorrer ao cargo de dirigente
sindical, no dia 20/5/2010 às 13 h 30 min, e que, no dia 21/5/2010, o empregador o tenha
dispensado ao final do expediente, mais precisamente às 18 h 10 min. Considere, ainda, que a
entidade sindical não tenha formalizado comunicado, até o momento da dispensa, acerca da
inscrição de Aldair. Nessa situação hipotética, Aldair será estável somente após as eleições, se sua
chapa for vencedora.
(C) Empregada designada presidente da comissão interna de prevenção de acidentes da empresa
no dia 1.º/6/2010, com mandato de um ano, será estável até 1.º/6/2012.
(D) Se uma empregada que exerce, em uma panificadora, a função de caixa der à luz uma criança
no dia 24/9/2009, ela não poderá ser dispensada de forma arbitrária até 24/1/2010.
(E) Suplente do representante dos empregadores no Conselho Curador do FGTS desde
18/9/2008, com mandato de dois anos, é estável até 18/9/2011.
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Empregado eleito como suplente para cargo de direção da comissão interna de prevenção de
acidentes (CIPA) goza da estabilidade provisória desde o registro de sua candidatura até um ano
após o final de seu mandato.
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III. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não
subsiste a estabilidade do dirigente sindical.
IV. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de
aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade.
De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, está correto o que
consta APENAS em
(A) II, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e IV.
(D) I, II e IV.
(E) III e IV.
125. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007
É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro de sua candidatura a cargo
como diretor, representante ou membro de conselho fiscal. Se eleito, inclusive como suplente, a
dispensa é vedada até um ano após o final do mandato, salvo em caso de cometimento de falta
grave, hipótese em que se admite a demissão por justa causa.
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GABARITO
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