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Resumo

Uma Abordagem Conceitual das Noções de Raça, Racismo, Identidade e


Etnia. PROF. DR. Kabengele Munanga
O Antropólogo brasileiro Kabengele Munanga foi um dos protagonistas no
debate nacional em defesa da implantação das cotas e ações afirmativas
afirma que no século XV surge a primeira ideia da raça, uma vez que os
europeus, que estavam num período de expansão se deparam com o outro,
principalmente os indígenas na América e os povos africanos. Para o professor
os europeus, que não conheciam “ povos distintos” escolhem uma forma de
diferencia- los usando como base sua religião e crenças nascendo assim o
mito das raças.
Essa ideia começa a mudar no século de XVIII onde o Iluminismo e a filosofia
da razão estavam em ascensão a explicação de raça não poderia se dar por
meio da religião então os europeus vão explicar o que lhe é diferente por um
conceito biológico o que desde Aristóteles se faz separando algo por categoria
assim estabelecendo divisões.
Para Munanga na há problemas em querer classificar ou buscar a diferença
uma vez que isso faz parte constitutiva da experiência humana, no entanto há
problema quando se estabelecido uma hierarquia, onde brancos são melhores
que qualquer outro.
No século XIX os interesses ideológicos, políticos e sociais de uma Europa
capitalista em expansão genuína e onde se há um padrão proposto pela
revolução francesa os europeus vão se apropriando cada vez mais do conceito
de raça e de forma totalmente hierárquica.
Munanga ressalta que essa questão de raça é um conceito ideológico que visa
ocultar e naturalizar uma relação econômica de exploração e submissão além
de dominação. Portanto quando os europeus decidem explorar e dominar a
África fazendo uso do conceito de raça eles estão naturalização uma relação
social e política onde o pretexto era que estavam lá para civilizar aqueles povos
diferentes e inferiores a eles.
Se pode afirmar então que o conceito de raça era usado de forma ideológico
para ocultar a violência a mascarando como benfeitorias e um projeto de
civilização por isso Kalabengele Munanga diz que essa se torna uma ideologia
colonialista como uma maneira de justificar o colonialismo.
Ainda no século XIX começa a raciologia uma espécie de classificação de
raças, onde entende – se que as diferenças entre cada raça estão diretamente
envolvidas com uma classificação hierarquicamente divididas em raças
evoluídas e raças atrasadas, entre os séculos XVIII e XIX dão início a uma
Europa imperialista e logo após nacionalista.
Já no século XX começa- se a avançar e com o estudo da genética descobrem
que não existem diferentes raças humanas há apenas uma: a raça humana. O
que existe são etnias ( proposto já na década de 70) e pessoas diferentes
apenas em características físicas.
Mas apesar disso Kabengele diz que a raça permanece no imaginário e ainda
ditam o que as pessoas pensam sobre as outras e até sobre seus valores
morais, intelectuais, estéticos e psicológicos.
No entanto alguns grupos que foram muito afligidos por essa distinção afirmam
a raça não de maneira biológica mas de maneira política, é o caso do
movimento negro que faz uso dos chamados por Kabengele como Movimentos
Identitária.

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