O professor Kabengele Munanga discute a história do conceito de raça desde o século 15, quando os europeus começaram a classificar os povos que encontravam com base em características físicas e crenças, estabelecendo uma hierarquia racial. No século 18, a ideia de raça passou a ser explicada por diferenças biológicas. No século 19, o conceito de raça foi usado de forma ideológica para justificar a exploração e dominação colonial europeia.
Descrição original:
Título original
Resumo _Uma Abordagem Conceitual Das Noções de Raça..^ (1)
O professor Kabengele Munanga discute a história do conceito de raça desde o século 15, quando os europeus começaram a classificar os povos que encontravam com base em características físicas e crenças, estabelecendo uma hierarquia racial. No século 18, a ideia de raça passou a ser explicada por diferenças biológicas. No século 19, o conceito de raça foi usado de forma ideológica para justificar a exploração e dominação colonial europeia.
O professor Kabengele Munanga discute a história do conceito de raça desde o século 15, quando os europeus começaram a classificar os povos que encontravam com base em características físicas e crenças, estabelecendo uma hierarquia racial. No século 18, a ideia de raça passou a ser explicada por diferenças biológicas. No século 19, o conceito de raça foi usado de forma ideológica para justificar a exploração e dominação colonial europeia.
Uma Abordagem Conceitual das Noções de Raça, Racismo, Identidade e
Etnia. PROF. DR. Kabengele Munanga O Antropólogo brasileiro Kabengele Munanga foi um dos protagonistas no debate nacional em defesa da implantação das cotas e ações afirmativas afirma que no século XV surge a primeira ideia da raça, uma vez que os europeus, que estavam num período de expansão se deparam com o outro, principalmente os indígenas na América e os povos africanos. Para o professor os europeus, que não conheciam “ povos distintos” escolhem uma forma de diferencia- los usando como base sua religião e crenças nascendo assim o mito das raças. Essa ideia começa a mudar no século de XVIII onde o Iluminismo e a filosofia da razão estavam em ascensão a explicação de raça não poderia se dar por meio da religião então os europeus vão explicar o que lhe é diferente por um conceito biológico o que desde Aristóteles se faz separando algo por categoria assim estabelecendo divisões. Para Munanga na há problemas em querer classificar ou buscar a diferença uma vez que isso faz parte constitutiva da experiência humana, no entanto há problema quando se estabelecido uma hierarquia, onde brancos são melhores que qualquer outro. No século XIX os interesses ideológicos, políticos e sociais de uma Europa capitalista em expansão genuína e onde se há um padrão proposto pela revolução francesa os europeus vão se apropriando cada vez mais do conceito de raça e de forma totalmente hierárquica. Munanga ressalta que essa questão de raça é um conceito ideológico que visa ocultar e naturalizar uma relação econômica de exploração e submissão além de dominação. Portanto quando os europeus decidem explorar e dominar a África fazendo uso do conceito de raça eles estão naturalização uma relação social e política onde o pretexto era que estavam lá para civilizar aqueles povos diferentes e inferiores a eles. Se pode afirmar então que o conceito de raça era usado de forma ideológico para ocultar a violência a mascarando como benfeitorias e um projeto de civilização por isso Kalabengele Munanga diz que essa se torna uma ideologia colonialista como uma maneira de justificar o colonialismo. Ainda no século XIX começa a raciologia uma espécie de classificação de raças, onde entende – se que as diferenças entre cada raça estão diretamente envolvidas com uma classificação hierarquicamente divididas em raças evoluídas e raças atrasadas, entre os séculos XVIII e XIX dão início a uma Europa imperialista e logo após nacionalista. Já no século XX começa- se a avançar e com o estudo da genética descobrem que não existem diferentes raças humanas há apenas uma: a raça humana. O que existe são etnias ( proposto já na década de 70) e pessoas diferentes apenas em características físicas. Mas apesar disso Kabengele diz que a raça permanece no imaginário e ainda ditam o que as pessoas pensam sobre as outras e até sobre seus valores morais, intelectuais, estéticos e psicológicos. No entanto alguns grupos que foram muito afligidos por essa distinção afirmam a raça não de maneira biológica mas de maneira política, é o caso do movimento negro que faz uso dos chamados por Kabengele como Movimentos Identitária.