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SEMANA 01/12
CADERNO DE REVISÃO
QUESTÕES
SEMANA 01
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SEMANA 01/12
QUESTÕES
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano , sem ressalvas.
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
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Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
SEMANA 01/12
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício,
mediante idônea fundamentação durante a instrução criminal.
O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação.
Será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração
penal punida com pena de detenção.
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
SEMANA 01/12
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de
garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público
e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, sendo possível o emprego de videoconferência.
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
Segundo o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a
vida e a honra do Presidente da República.
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
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A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
O chamado Direito à Passagem Inocente excepciona a obrigatoriedade de o Brasil processar crimes que
porventura sejam praticados a bordo de navios estrangeiros que “passem” pelo território nacional, sem
ressalvas.
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
Pelo Princípio da Representação, aplica-se a lei penal da bandeira das Embarcações e Aeronaves de Natureza
Privada, quando praticados crimes no seu interior, e não sejam julgados por deficiência legislativa ou
desinteresse do Estado estrangeiro onde estão situadas.
Estatuído no artigo 5º do Código Penal, o Princípio da Territorialidade fixa a regra de que a aplicação da lei
penal se restringe aos fatos praticados no território nacional do país, independentemente da nacionalidade
dos sujeitos ativo e passivo ou do bem jurídico lesado, sem ressalvas.
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
Na aplicação do poder disciplinar, o direito administrativo utiliza, em regra, o sistema da rígida tipicidade,
onde cada conduta ilícita é minuciosamente descrita na lei.
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O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial.
A legislação de cada ente deverá prever o prazo prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo
é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º 9.873/99.
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações.
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho.
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Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência
judiciária.
Se constatado que determinada servidora pública está em situação de violência doméstica e familiar, ela terá
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física.
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte.
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas
contidas na Lei 11.340/06.
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O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial
poderá conceder fiança.
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COMENTÁRIOS
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
COMENTÁRIO
Conforme a literalidade do art. 5, CF/88, § 1º: “as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata”.
GABARITO: Certo
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
COMENTÁRIO
O erro da assertiva encontra-se na impossibilidade da reserva do possível ser um óbice a implementação
de políticas públicas definidas pela própria Constituição. Realmente as limitações orçamentárias são um
entrave para a efetivação dos direitos sociais. No entanto, é preciso ter em mente que o princípio da
reserva do possível não pode ser utilizado de forma indiscriminada, devendo respeitar ao menos a noção
do mínimo existencial.
Nesse sentido:
Constatando-se inúmeras irregularidades em cadeia pública — superlotação, celas sem condições
mínimas de salubridade para a permanência de presos, notadamente em razão de defeitos estruturais,
de ausência de ventilação, de iluminação e de instalações sanitárias adequadas, desrespeito à
integridade física e moral dos detentos, havendo, inclusive, relato de que as visitas íntimas seriam
realizadas dentro das próprias celas e em grupos, e que existiriam detentas acomodadas
improvisadamente —, a alegação de ausência de previsão orçamentária não impede que seja julgada
procedente ação civil pública que, entre outras medidas, objetive obrigar o Estado a adotar providências
administrativas e respectiva previsão orçamentária para reformar a referida cadeia pública ou construir
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nova unidade, mormente quando não houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-
financeira da pessoa estatal.
STJ. 2ª Turma. REsp 1389952-MT, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543).
Veja também: STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015
(repercussão geral) (Info 794).
GABARITO: Errado
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
COMENTÁRIO
Assertiva em desconformidade com a jurisprudência do STF:
A autorização estatutária genérica conferida a associação não é suficiente para legitimar a sua atuação
em juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que a declaração expressa exigida
no inciso XXI do art. 5º da CF ('as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente') seja manifestada por ato
individual do associado ou por assembleia geral da entidade. (STF, Info 746/2014. RE 573.232).
GABARITO: Errado
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
COMENTÁRIO
Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes".
GABARITO: Certo
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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COMENTÁRIO
Art. 5º, XII, CF/88: "É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal."
GABARITO: Errado
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano, sem ressalvas.
COMENTÁRIO
A própria CF pode estabelecer ressalvas..
Art. 5º, XXIV, CF/88: "A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição."
GABARITO: Errado
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
COMENTÁRIO
Não basta a decisão judicial para a dissolução, que é suficiente, por sua vez, para a suspensão das
atividades. No caso de dissolução a CF exige o trânsito em julgado da decisão judicial.
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Art. 5º, XIX, CF/88 - "as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado."
GABARITO: Errado
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
COMENTÁRIO
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, conforme
art. 5° XVIII, CF.
GABARITO: Errado
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XIX, CF.
Art. 5. XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
GABARITO: Certo
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As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XXI, CF.
Art. 5. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
GABARITO: Certo
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
COMENTÁRIO
A assertiva traz, na verdade, o conceito da função de garantia do Direito Penal.
Por mais paradoxal que possa parecer, o Direito Penal tem a função de garantia. De fato, funciona como
um escudo aos cidadãos, uma vez que só pode haver punição caso sejam praticados os fatos
expressamente previstos em lei como infração penal.
Função de garantia - É materializada pelo princípio da legalidade (ou taxatividade). Pois esse princípio,
além de trazer a vertente de instituir o Poder Punitivo criminalizando condutas, também é visto como a
garantia do indivíduo contra possíveis arbitrariedades do Estado entrando na esfera
privada/liberdade/patrimônio sem que tenha um tipo penal prevendo aquela conduta como crime.
Função fundamentadora – Está ligada à ideia de 1ª geração dos direitos fundamentais. Nessa função, o
princípio da legalidade não será considerado como uma garantia do indivíduo, mas sim como um
fundamento a legitimar a atuação estatal. Assim, o Estado, através do tipo penal, vai encontrar o
fundamento para cercear a liberdade do indivíduo. (Fundamento do direito de punir)
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Função selecionadora de condutas - Ligada ao princípio da intervenção mínima: através do direito penal
o legislador seleciona as condutas que têm maior lesividade, maior relevância para a proteção dos bens
jurídicos. Logo, o tipo penal é a materialização das escolhas que o legislador fez ao selecionar as condutas.
Função indiciária - Está ligada às teorias que buscam relacionar o fato típico com a ilicitude.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Fonte material ou de produção são os órgãos constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito
Penal. De acordo com o art. 22, I, da CF/88, essa tarefa é conferida precipuamente à União. Entretanto,
com esteio no art. 22, § único, lei complementar pode autorizar os Estados-membros a legislar sobre
questões específicas.
Fonte: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
COMENTÁRIO
O Princípio da Taxatividade ou da Máxima Determinação exige que os tipos penais devem ser certos, claros
e determinados de modo a permitir à população o pleno entendimento sobre o que é crime e o que não
é. Isso impede o legislador de criar crimes vagos, ambíguos, indeterminados ou imprecisos, os quais não
protegem o cidadão de arbitrariedade, e habilitam o juiz a realizar a interpretação a ponto de violar a
Separação dos Poderes.
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Mas é preciso não confundir essas hipóteses com os chamados Tipos Abertos, que na verdade são frutos
de uma técnica legislativa excepcional e que podem e devem ser valorados pelo magistrado para fins de
tipificação formal e material, já que não é possível o legislador prever todas as formas delitivas.
Também representam exceção ao Princípio da Taxatividade as chamadas Normas Penais em Branco, que
exigem uma complementação normativa para a perfeita adequação da conduta ao tipo penal.
GABARITO: Errado
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
O Princípio da Humanização das Penas veda a utilização de penas cruéis e respostas penais atentatórias à
ideia de Dignidade da Pessoa Humana e contra o intuito ressocializador do Direito Penal.
Tem previsão expressa nos artigos 1º, inciso III, e 5º, inciso XLVII, ambos da Constituição Federal, como
também, na Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão e na Convenção Americana de Direitos
Humanos.
DDHC:
Artigo 5. Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
CADH:
Artigo 5º. - Direito à integridade pessoal
1. Toda pessoa tem direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito devido à dignidade inerente
ao ser humano.
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Para Nilo Batista, o Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e
está vinculado a um processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e
até mesmo o da Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito.
GABARITO: Certo
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
COMENTÁRIO
O Princípio da Individualização da Pena, estatuído no artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, é
observado em três momentos, na medida da proporcionalidade:
Constituição Federal:
Art. 5. [...]
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou
interdição de direitos;
LEP: Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal.
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Quanto à aplicação da sanção, a pena deverá ser sempre individualizada para cada infrator. O juiz deve
analisar todas as circunstâncias na quais o crime foi perpetrado, bem como o grau de culpabilidade de
cada agente, pois nenhuma conduta e/ou criminoso é igual ao outro. O Princípio, portanto, é um puro
desdobramento da Isonomia Material.
GABARITO: Certo
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
COMENTÁRIO
Trata-se de medida de ultima ratio, pois, se houver outros meios de prova disponíveis, a interceptação
telefônica não será cabível.
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses: II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
GABARITO: Errado
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício,
mediante idônea fundamentação durante a instrução criminal.
COMENTÁRIO
A interceptação telefônica só poderá ser determinada de ofício pelo Poder Judiciário OU por requerimento
da autoridade policial ou do MP.
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento:
I - da autoridade policial, na investigação criminal;
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.
GABARITO: Errado
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O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação.
COMENTÁRIO
O juiz tem o prazo máximo de 24h para decidir sobre o pedido de interceptação.
Art. 4° (...) § 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Admite-se excepcionalmente o pedido verbal.
GABARITO: Errado
Será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração
penal punida com pena de detenção.
COMENTÁRIO
NÃO SERÁ admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir
infração penal punida com pena de detenção.
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Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
GABARITO: Errado
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
COMENTÁRIO
Princípio da Identidade Física do Juiz: é uma garantia decorrente do Princípio Constitucional do Juiz Natural
que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado que tenha presidio a instrução processual seja o
signatário da sentença, nos termos do artigo 399, §2º, do CPP:
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente.
[..]
§2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
A regra não é absoluta, e a jurisprudência vem flexibilizando nos casos de remoção, licença, férias,
interrogatório mediante precatória e etc., dependendo de cada caso concreto.
Supremo Tribunal Federal: “Este Sodalício possui jurisprudência sedimentada no sentido de que o
princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado de maneira absoluta e admite exceções
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que devem ser verificadas caso a caso. O princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado
de maneira absoluta e admite exceções que devem ser verificadas caso a caso, à vista, por exemplo, de
promoção, remoção, convocação ou outras hipóteses de afastamento justificado do magistrado que
presidiu a instrução criminal.” (AgRg no AREsp 1294801/SP, DJe 01/02/2019);
“É possível a realização de interrogatório por meio de carta precatória, na presença de defensor dativo,
sendo certo que o princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta
relativização.” (RHC 129871 AgR, julgado em 24/05/2016);
“O princípio da identidade física do juiz não é absoluto, devendo ser mitigado sempre que a sentença
proferida por juiz que não presidiu a instrução criminal seja congruente com as provas produzidas sob o
crivo do juiz substituído. O artigo 132 do Código de Processo Civil, aplicado analogicamente ao Processo
Penal, conforme autorização prevista no art. 3º, do CPP, veicula exceção à regra prevista no artigo 399 do
mencionado Estatuto Processual Penal, com a redação dada pela Lei 11.719/08, consistente na
possibilidade de o feito ser sentenciado por juiz substituto nas hipóteses de convocação, licenciamento,
afastamento, promoção ou aposentadoria do magistrado que presidiu a instrução criminal. O afastamento
do juiz titular por motivo de férias autoriza a prolação da sentença por seu substituto, nos termos do artigo
132 do CPC.” (RHC 123572, julgado em 07/10/2014);
Código de Processo Civil (Antigo): Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a
lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado,
casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
Obs: Para Aury Lopes Jr., o Princípio da Identidade Física do Juiz exige, consequentemente, a observância
dos Subprincípios da Oralidade, da Concentração dos Atos e da Imediatidade; há um “Encadeamento
Sistêmico”, que começa com a necessidade de uma atuação direta e efetiva do juiz em relação à prova
oralmente produzida, sem que possa ser mediatizada através de interposta pessoa.
Obs2: Há precedente do STF que afasta a aplicação do Princípio da Identidade Física do Juiz em
procedimentos do ECA, já que possui rito próprio e a audiência é fracionada.
Obs3: O Novo CPC não prevê mais o Princípio da Identidade Física do Juiz.
GABARITO: Errado
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
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COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal deve ser lido à luz da Constituição federal e da Convenção
Americana de Direitos Humanos e não ao contrário”.
A Constituição Federal escolheu a estrutura democrática sobre a qual há que existir e se desenvolver um
processo penal que atenda ao devido processo legal substancial, sendo certo que o atendimento também
deve respeitar a CADH, por seu caráter supralegal de proteção aos direitos humanos.
O referido autor faz críticas sobre uma inegável crise da Teoria das Fontes, em que uma Lei Ordinária acaba
valendo mais que a própria Constituição. Ora, o CPP que deveria passar por uma filtragem constitucional.
GABARITO: Certo
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
COMENTÁRIO
Em matéria recursal, é aplicada a lei vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto de
impugnação. Contudo, se já iniciado o prazo recursal, deve ser aplicada a Lei Processual Penal anterior, se
esta não estabelecia prazo menor. Ou seja, se a Lei Nova conferir prazo maior, será ela aplicada de
imediato.
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal.
GABARITO: Certo
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
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O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de
garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público
e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, sendo possível o emprego de videoconferência.
COMENTÁRIO
Trata-se de um dos vetos do Presidente da República derrubados pelo Congresso Nacional ao Pacote
Anticrime.
Art. 3-B, § 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à
presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se realizará
audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído,
vedado o emprego de videoconferência.
GABARITO: Errado
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
COMENTÁRIO
Fontes formais
Fonte formal ou de cognição: Refere-se ao meio pelo qual uma norma jurídica é revelada no ordenamento
jurídico. Essa fonte é subdividida em fontes primárias ou imediatas ou diretas e em fontes secundárias ou
mediatas ou indiretas ou supletivas.
Fontes primárias ou imediatas ou diretas: São aquelas aplicadas imediatamente. Consideram-se fontes
primárias do Processo Penal: a lei (art. 22, I da CRFB/88), entendida em sentido amplo, para incluir a
própria CRFB/88; os tratados, convenções e regras de Direito Internacional (nos termos do art. 1º, I do CPP
e do art. 5º, §3º da CRFB/88, com a redação dada pela EC nº 45/04).
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Fontes secundárias ou mediatas ou indiretas ou supletivas: São aquelas aplicadas na ausência das fontes
primárias, nos termos do art. 4º da LINDB. Consideram-se fontes secundárias do Processo Penal: costumes,
princípios gerais do direito e analogia.
Há séria polêmica em definir se a doutrina e a jurisprudência são fontes do Direito. Vem prevalecendo o
entendimento de que, na verdade, elas são formas de interpretação do Direito, pois não possuem efeitos
obrigatórios. Entretanto, quanto à jurisprudência, há de se ressaltar que as súmulas vinculantes do STF e
as decisões proferidas em controle concentrado de constitucionalidade tem força obrigatória,
constituindo-se assim em verdadeiras fontes do Direito.
GABARITO: Errado
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
Segundo o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a
vida e a honra do Presidente da República.
COMENTÁRIO
De acordo com o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
A previsão NÃO abarca crimes contra o patrimônio e crimes contra a honra do Presidente, e condutas
criminosas contra o Vice-Presidente.
GABARITO: Errado
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
Ao contrário do Código Penal, a Lei de Contravenções Penais adotou a TEORIA DA TERRITORIALIDADE
PURA, restringindo-se assim às infrações cometidas no país:
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GABARITO: Certo
A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
O chamado Direito à Passagem Inocente excepciona a obrigatoriedade de o Brasil processar crimes que
porventura sejam praticados a bordo de navios estrangeiros que “passem” pelo território nacional, sem
ressalvas.
COMENTÁRIO
O chamado DIREITO À PASSAGEM INOCENTE excepciona a obrigatoriedade de o Brasil processar crimes
que porventura sejam praticados a bordo de navios estrangeiros que “passem” pelo território nacional,
desde que não sejam fatos prejudiciais à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil, conforme o artigo
3º da Lei nº 8.617/93 e a Convenção do Direito do Mar.
Lei nº 8.617/93:
Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar
territorial brasileiro.
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à
segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida;
§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais
procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou
por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em
dificuldade grave;
Obs.: O fato de o navio ser de guerra não impede necessariamente o exercício do direito de passagem
inocente.
GABARITO: Errado
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A Extraterritorialidade nada mais é do que a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira às infrações
penais ocorridas no estrangeiro. Quanto ao tema, julgue o item abaixo:
Pelo Princípio da Representação, aplica-se a lei penal da bandeira das Embarcações e Aeronaves de Natureza
Privada, quando praticados crimes no seu interior, e não sejam julgados por deficiência legislativa ou
desinteresse do Estado estrangeiro onde estão situadas.
COMENTÁRIO
Pelo PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO, DO PAVILHÃO, DA BANDEIRA OU DA SUBSTITUIÇÃO, aplica-se a lei
penal da bandeira das Embarcações e Aeronaves de Natureza Privada, quando praticados crimes no seu
interior, e não sejam julgados por deficiência legislativa ou desinteresse do Estado estrangeiro onde estão
situadas:
Código Penal:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(...)
II - os crimes:
(...)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
GABARITO: Certo
Estatuído no artigo 5º do Código Penal, o Princípio da Territorialidade fixa a regra de que a aplicação da lei
penal se restringe aos fatos praticados no território nacional do país, independentemente da nacionalidade
dos sujeitos ativo e passivo ou do bem jurídico lesado, sem ressalvas.
COMENTÁRIO
Estatuído no artigo 5º do Código Penal, o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE fixa a regra de que a aplicação
da lei penal se restringe aos fatos praticados no território nacional do país, independentemente da
nacionalidade dos sujeitos ativo e passivo ou do bem jurídico lesado, ressalvadas as normas advindas de
tratados, convenções e outras regras internacionais.
Código Penal:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional.
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Superior Tribunal de Justiça: “As condutas delituosas imputadas ao Recorrente ocorreram no Brasil, o que
autoriza a aplicação da lei brasileira, nos termos do art. 5.º do Código Penal (princípio da territorialidade).
Irrelevante, assim, a alegação de que o Réu não vulnerou a paz social de seu país de domicílio (no caso, a
Alemanha).” (RHC 39.715/SP, DJe 16/05/2014).
O Princípio da Territorialidade é a principal forma de delimitação do âmbito de vigência da lei penal, cujo
fundamento está atrelado à soberania política do Estado.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A atuação da Administração Pública, em sua atividade administrativa, sofre a influência de um regime
próprio, denominado regime jurídico-administrativo. O referido regime gera um conjunto de prerrogativas
e de restrições, não identificadas comumente nas relações entre particulares, que podem potencializar ou
mesmo restringir as atividades da Administração.
GABARITO: Errado
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
COMENTÁRIO
Conforme Celso A. B. de Mello, o regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, em
função dos quais se originam todos os demais princípios que conformam a atividade administrativa. Tais
princípios magnos seriam: a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
GABARITO: Certo
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
COMENTÁRIO
GABARITO: Certo
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
COMENTÁRIO
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GABARITO: Certo
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
COMENTÁRIO
O conceito de interesse público envolve duas concepções:
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO Interesse da coletividade
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO Interesse do Estado, enquanto sujeito de
direito.
Com a concepção de Estado Democrático de Direito, relativiza-se a preponderância do interesse público
secundário, que representa as aspirações da administração, em detrimento dos interesses do cidadão.
A verticalidade, outrora concebida pela doutrina, não pode mais justificar atuações administrativas
autoritárias e arbitrárias, notadamente aquelas que conspurquem direitos individuais consagrados
como fundamentais. O controle dos atos administrativos se impõe quanto há atuação do estado em
confronto com os princípios e valores que norteiam o ordenamento jurídico.
Em princípio, somente o interesse público primário se apresenta como superior. Conforme explica Luís
Roberto Barroso, eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, são
solucionadas concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do
caso concreto.
Fonte: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
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Os atos administrativos regulamentares só podem ser expedidos secundum legem (de acordo com a lei),
não se admitindo exercício do poder regulamentar ultra legem (além do que a lei estabelece) ou contra
legem (contrária à lei). Disso deriva a impossibilidade de que os atos regulamentares inovem no
ordenamento jurídico.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
O poder hierárquico, ao contrário dos demais poderes, não depende de prévia existência legal, pois se
presume pela estrutura naturalmente verticalizada da Administração. Esse poder é exercido dentro do
âmbito interno de uma mesma entidade. Não há que se falar em hierarquia entre duas entidades distintas.
Nesse caso, haverá supervisão ou tutela, e não hierarquia. Do poder hierárquico decorrem algumas
faculdades implícitas, tais como: dar ordens, fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e
rever atos inferiores.
GABARITO: Certo
Na aplicação do poder disciplinar, o direito administrativo utiliza, em regra, o sistema da rígida tipicidade,
onde cada conduta ilícita é minuciosamente descrita na lei.
COMENTÁRIO
Enquanto no Direito Penal há um sistema de rígida tipicidade, onde cada conduta considerada ilícita é
cuidadosamente descrita, no Direito administrativo o legislador costuma fazer uso de normas gerais de
conduta, enumerando deveres e obrigações que, uma vez não observados pelos agentes públicos, implica
a ocorrência de ilícito funcional. No Direito Administrativo, a regra é o uso de tipos abertos.
GABARITO: Errado
SEMANA 01/12
O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial.
COMENTÁRIO
O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial. Exemplo: os servidores públicos e os particulares que possuem contrato com a Administração se
submetem ao poder disciplinar. Portanto, quem possui um vínculo geral com a Administração não está
sujeito ao poder disciplinar.
GABARITO: Certo
A legislação de cada ente deverá prever o prazo prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo
é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º 9.873/99.
COMENTÁRIO
Trata-se do entendimento do STJ, segundo o qual a legislação de cada ente deverá prever o prazo
prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º
9.873/99.
Caso não haja lei estadual ou municipal sobre o assunto, deverá ser aplicado o prazo prescricional de 5
anos por força, não da Lei n. 9.873/99, mas sim do art. 1º do Decreto 20.910/32.
As disposições contidas na Lei n.º 9.873/99 não são aplicáveis às ações administrativas punitivas
desenvolvidas por Estados e Municípios, pois o seu art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano
federal. Assim, inexistindo legislação local específica, incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art.
1º do Decreto 20.910/32.
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RETA FINAL
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art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano federal. Assim, inexistindo legislação local específica,
incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32. Nesse sentido: STJ, AgRg
no AREsp 750.574/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 13/11/2015; AgRg no REsp
1.513.771/PR, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 26/04/2016; AgRg no REsp
1.566.304/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 31/05/2016; AgRg no AREsp
509.704/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 01/07/2014.
III. Agravo interno improvido.
(AgInt no REsp 1409267/PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em
16/03/2017, DJe 27/03/2017).
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
“Toda mulher vítima de violência doméstica sofre abalo moral indenizável” (STJ, RESp 1.643.051/MS).
No julgado, a Corte Superior decidiu que se trata de situação de dano moral presumido (in re ipsa), de
modo que a vítima não precisa comprovar o abalo moral propriamente dito, mas tão somente a existência
de situação de violência no âmbito das relações domésticas e familiares.
“O Ministério Público deve fazer o pedido em favor da mulher vítima de violência (STJ, AgRg no RESp
1894043).
GABARITO: Certo
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SEMANA 01/12
COMENTÁRIO
“Não se admite a aplicação do princípio da bagatela imprópria em casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, dado o bem jurídico tutelado” (STJ, AgRg no HC 713415, j. 22/02/2022).
O princípio da bagatela imprópria (irrelevância penal do fato) possui natureza jurídica de causa supralegal
de extinção da punibilidade. Muitos magistrados aplicavam o postulado na hipótese de reconciliação entre
autor e vítima, sendo a circunstância vedada segundo o entendimento da Corte Superior.
GABARITO: Errado
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações.
COMENTÁRIO
Nas hipóteses de ameaças por meio de redes sociais como o Facebook e aplicativos como o WhatsApp, o
juízo competente para o julgamento de pedido de medidas protetivas é aquele de onde a vítima tomou
conhecimento das intimidações, por ser este o local de consumação do crime previsto pelo artigo 147 do
CP. (STJ. 3ª Seção.CC 156.284/PR, 28/02/2018.).
GABARITO: Certo
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho.
COMENTÁRIO
Conforme inciso II do § 2.º do art. 9.º da Lei Maria da Penha, o juiz assegurará à mulher em situação de
violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica, a manutenção do vínculo
trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
GABARITO: Certo
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Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência
judiciária.
COMENTÁRIO
A questão está errada porque a ofendida deverá ser encaminhada pelo juiz, e não pela autoridade policial,
conforme dispõe o artigo 18 da Lei Maria da Penha:
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
GABARITO: Errado
Se constatado que determinada servidora pública está em situação de violência doméstica e familiar, ela terá
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física.
COMENTÁRIO
Art. 9 da Lei Maria da Penha: § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar,
para preservar sua integridade física e psicológica:
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta;
GABARITO: Certo
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte.
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COMENTÁRIO
A Lei 13.880/19 inseriu no art. 12 o inciso VI-A, que dispõe que em todos os casos de violência doméstica e
familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato,
dentre outros procedimentos, a obrigação de verificar se há em nome do agressor registro de posse ou porte
de arma de fogo, e, em caso positivo, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à
instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte. Para concursos policiais, é
extremamente necessária a leitura do art. 12 da Lei Maria da Penha.
GABARITO: Errado
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
COMENTÁRIO
Conforme dispõe o art. 19, §1º, da Lei n. 11.340/06, as medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério
Público, devendo este ser prontamente comunicado.
GABARITO: Errado
A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas
contidas na Lei 11.340/06.
COMENTÁRIO
Os Tribunais de Justiça já possuem entendimento pacífico sobre a possibilidade de a empregada doméstica
figurar como vítima no âmbito da Lei Maria da Penha. Nesse sentido, confira-se: “DIREITO PROCESSUAL
PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
MULHER. ESTUPRO. CRIME EM TESE PRATICADO POR MOTIVAÇÃO DE GÊNERO E CONTRA EMPREGADA
DOMÉSTICA. INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA. A proteção e os benefícios previstos pela Lei Maria da
Penha se aplicam no âmbito da relação empregatícia da mulher que presta serviços domésticos em
residências de famílias, por força da previsão contida no inciso I do artigo 5o da Lei nº 11.340/2006, que
ampara as mulheres "sem vínculo familiar" e "esporadicamente agregadas". 2. Recurso conhecido e
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provido” (Acórdão n.994469, 20160510079955RSE, Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR 3ª TURMA
CRIMINAL, Data de Julgamento: 09/02/2017, Publicado no DJE: 22/02/2017. Pág.: 818/825). Cabe ressaltar
que a violência deve-se basear no gênero, a ofensa deve evidenciar uma relação de poder e submissão do
patrão sobre a empregada doméstica, devendo ela estar em situação de vulnerabilidade/dependência
econômica e financeira do autor das agressões.
GABARITO: Certo
O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial
poderá conceder fiança.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 24-A da Lei n. 11.340/06, descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de
urgência previstas nesta Lei é crime punível com pena de detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
Porém, conforme dispõe o §2º do art. 24-A, na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade
judicial poderá conceder fiança.
GABARITO: Errado
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