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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
CADERNO DE REVISÃO
QUESTÕES
SEMANA 01
RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
QUESTÕES
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do poder punitivo, senão que
desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele submetido.
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, incluídas as de menor potencial
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa.
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob
pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
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RETA FINAL
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SEMANA 01/09
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
Em relação ao Princípio da Duração Razoável do Processo, foi adotada a Teoria do Prazo Fixo.
O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
Em relação aos institutos despenalizadores previstos na Lei nº 9.099/95, julgue o item abaixo:
Em relação aos institutos despenalizadores previstos na Lei nº 9.099/95, julgue o item abaixo:
O título judicial formado pela composição civil dos danos deve ser executado no próprio âmbito do Juizado
Especial Criminal, diferentemente da multa aplicada com base na Transação Penal.
Presentes os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena prevista no art. 77 do Código
Penal, o acusado que não esteja sendo investigado ou não tenha sido condenado por outro crime, poderá
valer-se da suspensão condicional do processo.
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É cabível a suspensão condicional do processo para os crimes em que a pena mínima cominada for igual ou
inferior a um ano, desde que abrangidas pela Lei 9.099/95.
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
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Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
Para Gunther Jakobs o Direito Penal tem como função a proteção da norma, já que esta serve para reafirmar
a autoridade do Direito Penal.
O garantismo de Ferrajoli contempla diversas fases, como a criação da lei penal (elegendo os bens jurídicos
tutelados), a aplicação da lei pelo julgador (respeito às regras e garantias relativas à atividade jurisdicional) e
a execução penal. Além disso, seu sistema garantista é baseado em dez axiomas fundamentais.
Segundo o STF, o princípio da legalidade veda de forma absoluta que medida provisória verse sobre Direito
Penal.
O costume contra legem, também conhecido como desuetudo, é aquele que contraria a lei, tendo o condão
de revogá-la, como ocorreu com a contravenção penal do jogo do bicho.
Quanto modo, a Interpretação Lógica é aquela que busca a vontade ou a intenção objetivada da lei.
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SEMANA 01/09
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo deste
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
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SEMANA 01/09
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
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SEMANA 01/09
A Criminologia utiliza conhecimentos de diversas áreas a fim de formar um conhecimento, sendo então,
independente.
A Escola Clássica, surgida no século XVIII, tendo em Césare Bonesana (Marquês de Beccaria) seu principal
expoente, trouxe algumas propostas no que se refere às penas para os criminosos. Sobre o tema, julgue o
item abaixo:
A Escola Clássica repudiava o livre arbítrio, baseando a ação do indivíduo no determinismo, ou seja, na
influência do meio ambiente associada às características biológicas do indivíduo.
É uma ciência humana e social, dotada de leis evolutivas e flexíveis, pois está em constante mutação.
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
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limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana .
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano , sem ressalvas.
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SEMANA 01/09
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
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COMENTÁRIOS
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
COMENTÁRIO
Princípio da Identidade Física do Juiz: é uma garantia decorrente do Princípio Constitucional do Juiz Natural
que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado que tenha presidio a instrução processual seja o
signatário da sentença, nos termos do artigo 399, §2º, do CPP:
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente.
[..]
§2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
A regra não é absoluta, e a jurisprudência vem flexibilizando nos casos de remoção, licença, férias,
interrogatório mediante precatória e etc., dependendo de cada caso concreto.
Supremo Tribunal Federal: “Este Sodalício possui jurisprudência sedimentada no sentido de que o
princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado de maneira absoluta e admite exceções
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SEMANA 01/09
que devem ser verificadas caso a caso. O princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado
de maneira absoluta e admite exceções que devem ser verificadas caso a caso, à vista, por exemplo, de
promoção, remoção, convocação ou outras hipóteses de afastamento justificado do magistrado que
presidiu a instrução criminal.” (AgRg no AREsp 1294801/SP, DJe 01/02/2019);
“É possível a realização de interrogatório por meio de carta precatória, na presença de defensor dativo,
sendo certo que o princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta
relativização.” (RHC 129871 AgR, julgado em 24/05/2016);
“O princípio da identidade física do juiz não é absoluto, devendo ser mitigado sempre que a sentença
proferida por juiz que não presidiu a instrução criminal seja congruente com as provas produzidas sob o
crivo do juiz substituído. O artigo 132 do Código de Processo Civil, aplicado analogicamente ao Processo
Penal, conforme autorização prevista no art. 3º, do CPP, veicula exceção à regra prevista no artigo 399 do
mencionado Estatuto Processual Penal, com a redação dada pela Lei 11.719/08, consistente na
possibilidade de o feito ser sentenciado por juiz substituto nas hipóteses de convocação, licenciamento,
afastamento, promoção ou aposentadoria do magistrado que presidiu a instrução criminal. O afastamento
do juiz titular por motivo de férias autoriza a prolação da sentença por seu substituto, nos termos do artigo
132 do CPC.” (RHC 123572, julgado em 07/10/2014);
Código de Processo Civil (Antigo): Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a
lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado,
casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
Obs: Para Aury Lopes Jr., o Princípio da Identidade Física do Juiz exige, consequentemente, a observância
dos Subprincípios da Oralidade, da Concentração dos Atos e da Imediatidade; há um “Encadeamento
Sistêmico”, que começa com a necessidade de uma atuação direta e efetiva do juiz em relação à prova
oralmente produzida, sem que possa ser mediatizada através de interposta pessoa.
Obs2: Há precedente do STF que afasta a aplicação do Princípio da Identidade Física do Juiz em
procedimentos do ECA, já que possui rito próprio e a audiência é fracionada.
Obs3: O Novo CPC não prevê mais o Princípio da Identidade Física do Juiz.
GABARITO: Errado
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
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SEMANA 01/09
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal deve ser lido à luz da Constituição federal e da Convenção
Americana de Direitos Humanos e não ao contrário”.
A Constituição Federal escolheu a estrutura democrática sobre a qual há que existir e se desenvolver um
processo penal que atenda ao devido processo legal substancial, sendo certo que o atendimento também
deve respeitar a CADH, por seu caráter supralegal de proteção aos direitos humanos.
O referido autor faz críticas sobre uma inegável crise da Teoria das Fontes, em que uma Lei Ordinária acaba
valendo mais que a própria Constituição. Ora, o CPP que deveria passar por uma filtragem constitucional.
GABARITO: Certo
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
COMENTÁRIO
Em matéria recursal, é aplicada a lei vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto de
impugnação. Contudo, se já iniciado o prazo recursal, deve ser aplicada a Lei Processual Penal anterior, se
esta não estabelecia prazo menor. Ou seja, se a Lei Nova conferir prazo maior, será ela aplicada de
imediato.
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal.
GABARITO: Certo
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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
COMENTÁRIO
Fontes formais
Fonte formal ou de cognição: Refere-se ao meio pelo qual uma norma jurídica é revelada no ordenamento
jurídico. Essa fonte é subdividida em fontes primárias ou imediatas ou diretas e em fontes secundárias ou
mediatas ou indiretas ou supletivas.
Fontes primárias ou imediatas ou diretas: São aquelas aplicadas imediatamente. Consideram-se fontes
primárias do Processo Penal: a lei (art. 22, I da CRFB/88), entendida em sentido amplo, para incluir a
própria CRFB/88; os tratados, convenções e regras de Direito Internacional (nos termos do art. 1º, I do CPP
e do art. 5º, §3º da CRFB/88, com a redação dada pela EC nº 45/04).
Fontes secundárias ou mediatas ou indiretas ou supletivas: São aquelas aplicadas na ausência das fontes
primárias, nos termos do art. 4º da LINDB. Consideram-se fontes secundárias do Processo Penal: costumes,
princípios gerais do direito e analogia.
Há séria polêmica em definir se a doutrina e a jurisprudência são fontes do Direito. Vem prevalecendo o
entendimento de que, na verdade, elas são formas de interpretação do Direito, pois não possuem efeitos
obrigatórios. Entretanto, quanto à jurisprudência, há de se ressaltar que as súmulas vinculantes do STF e
as decisões proferidas em controle concentrado de constitucionalidade tem força obrigatória,
constituindo-se assim em verdadeiras fontes do Direito.
GABARITO: Errado
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
COMENTÁRIO
Ainda que sutil, em provas objetivas é justamente o detalhe que é cobrado.
Art. 3-B, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até
15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.
GABARITO: Errado
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do poder punitivo, senão que
desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele submetido.
COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do
poder punitivo, senão que desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele
submetido.”
O processo penal é um caminho necessário para se chegar, legitimamente, à pena. Daí por que somente
se admite sua existência quando ao longo desse caminho (o processo) forem rigorosamente observadas
as regras e garantias constitucionalmente asseguradas.
GABARITO: Certo
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
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SEMANA 01/09
A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, incluídas as de menor potencial
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa.
COMENTÁRIO
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor
potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.
GABARITO: Errado
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
O Modelo Acusatório Contemporâneo tem como características, as seguintes, ressalta Aury Lopes Jr:
GABARITO: Certo
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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SEMANA 01/09
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob
pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
COMENTÁRIO
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem
da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta)
dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo
padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à
imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa
submetida à prisão.
GABARITO: Certo
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
Em relação ao Princípio da Duração Razoável do Processo, foi adotada a Teoria do Prazo Fixo.
COMENTÁRIO
Princípio da Razoável Duração do Processo: impõe o aprimoramento do sistema processual, com o intuito
de tornar mais ágil e célere a prestação jurisdicional. (CF: LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de
sua tramitação). Para Rui Barbosa, justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.
É preciso destacar que o ordenamento jurídico, no que tange à Duração Razoável Do Processo, adotou a
Teoria do Não Prazo, em contraponto à Teoria do Prazo Fixo, de modo que, mesmo diante de
determinados prazos previstos em lei, como os chamados “prazos impróprios”, é possível o seu não
atendimento se a hipótese concreta assim o exigir (ex.: apresentação de contrarrazões recursais).
Parâmetros: a Razoável Duração do Processo deve se pautar conjuntamente, no plano concreto, com os
Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade, o que exige a observância de três fatores:
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SEMANA 01/09
GABARITO: Errado
O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 62 da Lei 9.099/95.
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade,
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
GABARITO: Certo
Em relação aos institutos despenalizadores previstos na Lei nº 9.099/95, julgue o item abaixo:
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
O instituto da Transação Penal não se limita à Lei nº 9.099/95. Há na legislação especial diversas remissões,
com tratamento específico ao instituto, podendo ser citadas a Lei de Crimes Ambientais, a Lei de Drogas,
bem como o Estatuto do Torcedor.
Previsões Especiais:
1) Crimes de Porte de Drogas para Uso Pessoal e Assemelhados (Lei de Drogas): há previsão específica
para a aplicação imediata das penas principais – i) advertência sobre os efeitos das drogas; ii) prestação
de serviços à comunidade; e iii) medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo.
2) Crimes de “Violência em Estádios” (Estatuto do Torcedor): há previsão específica para a aplicação
imediata de pena alternativa – i) pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem
como a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 meses a 3 anos.
3) Lei de Crimes Ambientais: há a previsão de um requisito especial relacionado à exigência de prévia
composição do dano ambiental, salvo comprovada impossibilidade - Transação Penal Especial ou
Qualificada.
GABARITO: Errado
Em relação aos institutos despenalizadores previstos na Lei nº 9.099/95, julgue o item abaixo:
O título judicial formado pela composição civil dos danos deve ser executado no próprio âmbito do Juizado
Especial Criminal, diferentemente da multa aplicada com base na Transação Penal.
COMENTÁRIO
O tratamento dado pela Lei nº 9.099/95 é diverso.
No que tange o título judicial formado pela composição civil dos danos, a sua execução deve ser feita no
âmbito cível:
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Já em relação às multas aplicadas na Transação Penal, deve o interessado promover uma ação de
conhecimento perante o juízo cível:
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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
GABARITO: Errado
Presentes os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena prevista no art. 77 do Código
Penal, o acusado que não esteja sendo investigado ou não tenha sido condenado por outro crime, poderá
valer-se da suspensão condicional do processo.
COMENTÁRIO
Mesmo que existam investigações em curso é possível a utilização da suspensão condicional do processo,
mas se existirem processos o benefício não é aplicável. Senão vejamos:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por
esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a
quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código
Penal).
GABARITO: Errado
É cabível a suspensão condicional do processo para os crimes em que a pena mínima cominada for igual ou
inferior a um ano, desde que abrangidas pela Lei 9.099/95.
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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
A alternativa é respondida com a leitura atenta do caput do art. 89, da lei 9.099/95:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não
por esta lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por
dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
Código Penal).
GABARITO: Errado
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
COMENTÁRIO
A assertiva traz, na verdade, o conceito da função de garantia do Direito Penal.
Por mais paradoxal que possa parecer, o Direito Penal tem a função de garantia. De fato, funciona como
um escudo aos cidadãos, uma vez que só pode haver punição caso sejam praticados os fatos
expressamente previstos em lei como infração penal.
Função de garantia - É materializada pelo princípio da legalidade (ou taxatividade). Pois esse princípio,
além de trazer a vertente de instituir o Poder Punitivo criminalizando condutas, também é visto como a
garantia do indivíduo contra possíveis arbitrariedades do Estado entrando na esfera
privada/liberdade/patrimônio sem que tenha um tipo penal prevendo aquela conduta como crime.
Função fundamentadora – Está ligada à ideia de 1ª geração dos direitos fundamentais. Nessa função, o
princípio da legalidade não será considerado como uma garantia do indivíduo, mas sim como um
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DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
fundamento a legitimar a atuação estatal. Assim, o Estado, através do tipo penal, vai encontrar o
fundamento para cercear a liberdade do indivíduo. (Fundamento do direito de punir)
Função selecionadora de condutas - Ligada ao princípio da intervenção mínima: através do direito penal
o legislador seleciona as condutas que têm maior lesividade, maior relevância para a proteção dos bens
jurídicos. Logo, o tipo penal é a materialização das escolhas que o legislador fez ao selecionar as condutas.
Função indiciária - Está ligada às teorias que buscam relacionar o fato típico com a ilicitude.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Fonte material ou de produção são os órgãos constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito
Penal. De acordo com o art. 22, I, da CF/88, essa tarefa é conferida precipuamente à União. Entretanto,
com esteio no art. 22, § único, lei complementar pode autorizar os Estados-membros a legislar sobre
questões específicas.
Fonte: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
COMENTÁRIO
O Direito Penal objetivo constitui-se das normas penais incriminadoras e não incriminadoras.
Já o Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi).
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Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
COMENTÁRIO
O Direito Penal incriminador tem como fonte formal única, exclusiva e imediata a lei, já que para criar ou
ampliar o ius puniendi a única fonte de exteriorização é a lei formal (lei ordinária ou complementar),
escrita, cujo conteúdo é discutido, votado e aprovado pelo Parlamento.
Por força do nullum crimen, nulla poena sine lege nenhuma outra fonte pode criar crimes ou penas ou
medidas de segurança ou agravar as penas (ou seja: nenhuma outra fonte pode criar ou ampliar o ius
puniendi).
A doutrina e a jurisprudência configuram fontes formais mediatas.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Errado
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
COMENTÁRIO
Para Roxin, a missão central do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos. Apenas os interesses mais
relevantes são erigidos à categoria de bens jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e subsidiário
do Direito Penal. Dessa forma, o Direito Penal deve atender aos reclamos da sociedade, levando, por
consequência, a uma finalidade prática (e por isso é teleológico) de proteção dos bens jurídicos mais
relevantes ao convívio social.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
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GABARITO: Certo
Para Gunther Jakobs o Direito Penal tem como função a proteção da norma, já que esta serve para reafirmar
a autoridade do Direito Penal.
COMENTÁRIO
Para Jakobs o Direito Penal tem por finalidade a proteção da norma, pois o Direito Penal só será
devidamente respeitado quando for aplicado de forma rígida, punindo severamente os seus infratores. A
aplicação da norma serve para reafirmar a autoridade do Direito Penal.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
O garantismo de Ferrajoli contempla diversas fases, como a criação da lei penal (elegendo os bens jurídicos
tutelados), a aplicação da lei pelo julgador (respeito às regras e garantias relativas à atividade jurisdicional) e
a execução penal. Além disso, seu sistema garantista é baseado em dez axiomas fundamentais.
COMENTÁRIO
Os dez axiomas fundamentais segundo Ferrajoli são:
3) Nulla lex (poenalis) sine necessitate (Não há lei penal sem necessidade)
Princípio da necessidade ou da economia do direito penal
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4) Nulla necessitas sine injuria (Não há necessidade sem ofensa à bem jurídico)
Princípio da lesividade ou ofensividade do evento
5) Nulla injuria sine actione (Não há ofensa ao bem jurídico sem ação)
Princípio da materialidade ou da exterioridade da ação
10) Nulla probatio sine defensione (Não há prova sem ampla defesa)
Princípio do contraditório ou da defesa ou da falseabilidade
GABARITO: Certo
Segundo o STF, o princípio da legalidade veda de forma absoluta que medida provisória verse sobre Direito
Penal.
COMENTÁRIO
No Direito Penal, o princípio da legalidade é extraído do art. Art. 5º, XXXIX, da CF/88, bem como do art. 1º,
do Código Penal brasileiro, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem
prévia cominação legal, in verbis:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Art. 1º- Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
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Entretanto, desde que seja para beneficiar o réu, o STF tem precedente aceitando a edição de medida
provisória, como ocorreu no Estatuto do Desarmamento permitindo a entrega de arma para excluir o
crime (RHC 117.566/SP, 2013).
GABARITO: Errado
O costume contra legem, também conhecido como desuetudo, é aquele que contraria a lei, tendo o condão
de revogá-la, como ocorreu com a contravenção penal do jogo do bicho.
COMENTÁRIO
Como já decidido pelo STJ:
GABARITO: Errado
Quanto modo, a Interpretação Lógica é aquela que busca a vontade ou a intenção objetivada da lei.
COMENTÁRIO
O conceito trata da Interpretação Teleológica, e não da lógica.
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• Interpretação Gramatical, Filosófica ou Literal: consiste no sentido literal das palavras, correspondente
à Etimologia;
• Interpretação Teleológica: busca a vontade ou a intenção objetivada da lei;
• Interpretação Histórica: é aquela que indaga a origem da lei, identificando os fundamentos da sua
criação;
• Interpretação Sistemática: conduz a interpretação em conjunto com a legislação que integra o sistema
e os Princípio Gerais do Direito Penal;
• Interpretação Progressiva ou Evolutiva: representa a busca do significado da lei de acordo com o
progresso da ciência; ocorre quando a disposição legal ganha novo sentido, aplicando-se a situações
imprevistas ou imprevisíveis ao legislador; para Luiz Flávio Gomes, a lei deve ser interpretada de acordo
com os progressos da economia, cultura, da sociedade, dos recursos tecnológicos, das ciências, da
medicina, da computação e etc. (ex.: interpretação de cruzeiros como reais; recurso por fax como por
assinatura digital); e
• Interpretação Lógica: é baseada na razão, utilização de métodos dedutivos, indutivos e da dialética para
encontrar o sentido da lei.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
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COMENTÁRIO
LINDB. Art. 1º, § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 2º, § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo deste
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
GABARITO: Certo
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
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SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A atuação da Administração Pública, em sua atividade administrativa, sofre a influência de um regime
próprio, denominado regime jurídico-administrativo. O referido regime gera um conjunto de prerrogativas
e de restrições, não identificadas comumente nas relações entre particulares, que podem potencializar ou
mesmo restringir as atividades da Administração.
GABARITO: Errado
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
COMENTÁRIO
Conforme Celso A. B. de Mello, o regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, em
função dos quais se originam todos os demais princípios que conformam a atividade administrativa. Tais
princípios magnos seriam: a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
GABARITO: Certo
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
COMENTÁRIO
GABARITO: Certo
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
COMENTÁRIO
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RETA FINAL
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SEMANA 01/09
GABARITO: Certo
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
COMENTÁRIO
O conceito de interesse público envolve duas concepções:
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO Interesse da coletividade
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO Interesse do Estado, enquanto sujeito de
direito.
Com a concepção de Estado Democrático de Direito, relativiza-se a preponderância do interesse público
secundário, que representa as aspirações da administração, em detrimento dos interesses do cidadão.
A verticalidade, outrora concebida pela doutrina, não pode mais justificar atuações administrativas
autoritárias e arbitrárias, notadamente aquelas que conspurquem direitos individuais consagrados
como fundamentais. O controle dos atos administrativos se impõe quanto há atuação do estado em
confronto com os princípios e valores que norteiam o ordenamento jurídico.
Em princípio, somente o interesse público primário se apresenta como superior. Conforme explica Luís
Roberto Barroso, eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, são
solucionadas concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do
caso concreto.
Fonte: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres.
GABARITO: Certo
32
RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
A criminologia se utiliza de um método empírico e de análise indutiva. Por sua vez, o direito penal se utiliza
de um método dedutivo.
GABARITO: Errado
A Criminologia utiliza conhecimentos de diversas áreas a fim de formar um conhecimento, sendo então,
independente.
COMENTÁRIO
De fato, a criminologia considera os conhecimentos de outras áreas para formar um conhecimento novo.
GABARITO: Certo
A Escola Clássica, surgida no século XVIII, tendo em Césare Bonesana (Marquês de Beccaria) seu principal
expoente, trouxe algumas propostas no que se refere às penas para os criminosos. Sobre o tema, julgue o
item abaixo:
A Escola Clássica repudiava o livre arbítrio, baseando a ação do indivíduo no determinismo, ou seja, na
influência do meio ambiente associada às características biológicas do indivíduo.
COMENTÁRIO
A Escola que repudiava o livre arbítrio era a Escola Positiva, que tinha, entre outros nomes, Cesare
Lombroso, o pai da criminologia, como um de seus principais autores. A Escola Positiva baseava a pena na
defesa social e afirmava que o criminoso sofria influência tanto do meio ambiente quanto de fatores
biológicos.
GABARITO: Errado
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SEMANA 01/09
É uma ciência humana e social, dotada de leis evolutivas e flexíveis, pois está em constante mutação.
COMENTÁRIO
A assertiva traz uma definição correta sobre a criminologia. Isso se dá pelo fato de ser uma ciência humana
e social, e por utilizar os métodos empíricos e indutivos, analisando o que ocorre em sua volta para chegar
a uma conclusão. Dessa forma, não há uma forma rígida, mas sim flexível, pois está em constante mutação.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Os objetos de estudo da criminologia são o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Conforme a literalidade do art. 5, CF/88, § 1º: “as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata”.
GABARITO: Certo
34
RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana .
COMENTÁRIO
O erro da assertiva encontra-se na impossibilidade da reserva do possível ser um óbice a implementação
de políticas públicas definidas pela própria Constituição. Realmente as limitações orçamentárias são um
entrave para a efetivação dos direitos sociais. No entanto, é preciso ter em mente que o princípio da
reserva do possível não pode ser utilizado de forma indiscriminada, devendo respeitar ao menos a noção
do mínimo existencial.
Nesse sentido:
Constatando-se inúmeras irregularidades em cadeia pública — superlotação, celas sem condições
mínimas de salubridade para a permanência de presos, notadamente em razão de defeitos estruturais,
de ausência de ventilação, de iluminação e de instalações sanitárias adequadas, desrespeito à
integridade física e moral dos detentos, havendo, inclusive, relato de que as visitas íntimas seriam
realizadas dentro das próprias celas e em grupos, e que existiriam detentas acomodadas
improvisadamente —, a alegação de ausência de previsão orçamentária não impede que seja julgada
procedente ação civil pública que, entre outras medidas, objetive obrigar o Estado a adotar providências
administrativas e respectiva previsão orçamentária para reformar a referida cadeia pública ou construir
nova unidade, mormente quando não houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-
financeira da pessoa estatal.
STJ. 2ª Turma. REsp 1389952-MT, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543).
Veja também: STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015
(repercussão geral) (Info 794).
GABARITO: Errado
35
RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
COMENTÁRIO
Assertiva em desconformidade com a jurisprudência do STF:
A autorização estatutária genérica conferida a associação não é suficiente para legitimar a sua atuação
em juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que a declaração expressa exigida
no inciso XXI do art. 5º da CF ('as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente') seja manifestada por ato
individual do associado ou por assembleia geral da entidade. (STF, Info 746/2014. RE 573.232).
GABARITO: Errado
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
COMENTÁRIO
Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes".
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
36
RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
Art. 5º, XII, CF/88: "É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal."
GABARITO: Errado
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano, sem ressalvas.
COMENTÁRIO
A própria CF pode estabelecer ressalvas..
Art. 5º, XXIV, CF/88: "A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição."
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Não basta a decisão judicial para a dissolução, que é suficiente, por sua vez, para a suspensão das
atividades. No caso de dissolução a CF exige o trânsito em julgado da decisão judicial.
Art. 5º, XIX, CF/88 - "as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado."
GABARITO: Errado
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RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, conforme
art. 5° XVIII, CF.
GABARITO: Errado
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XIX, CF.
Art. 5. XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
GABARITO: Certo
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
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RETA FINAL
DELEGADO PERNAMBUCO
SEMANA 01/09
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XXI, CF.
Art. 5. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
GABARITO: Certo
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