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Mateus Oling
Processo Penal I
Quanto aos votos dos ministros, houve divergência concretizada nos votos.
Vários foram os argumentos, entre eles alguns chamam a atenção para as duas
interpretações quanto ao decisium. Não cabe aqui a transcrição de todos os votos, visto
seu demasiado teor, mas algumas transcrições se fazem necessárias para entender os
dois pontos de vista.
Considerações Finais:
Após essa breve análise, cabem algumas ponderações pessoais. A mudança
jurisprudencial que ocorreu no STF altera um ponto fundamental no tocante ao Direito
Penal e ao Estado Democrático Direito no Brasil. Como é de conhecimento geral, temos
muitos processos penais tramitando na justiça, muitas prisões preventivas enquanto os
respectivos processos ainda não se encerraram, muitos recursos protelatórios,
sentimento de impunidade, caos no sistema carcerário, entre tantos outros problemas
que podemos averiguar. Dentro de tudo isso, é muito importante salvaguardar direitos
fundamentais, tal como preceitua o princípio da presunção de inocência, que percorreu
um longo caminho histórico até ser implementado nas constituições dos países
democráticos. É de fato uma garantia fundamental que o cidadão possui contra as
arbitrariedades do Estado.
A votação no plenário do STF foi apertada, sendo 7 votos a favor e 4 contra. Isso
mostra que apesar de ser um princípio basilar, estamos tendo problemas na sua
aplicação. Em parte, concordo com os argumentos do Ministro Teori Zavascki, onde
cita que os vários apelos, muitas vezes com o objetivo apenas protelatório, buscam a
prescrição, uma vez que não interrompem o prazo, tentando apenas inibir a efetividade
da jurisdição penal.
Concluo que caberia uma revisão por parte do Legislativo no sistema recursal
penal, reduzindo recursos meramente protelatórios, ou através de políticas
administrativas, acelerar a sua apreciação pelas Cortes, de forma que o investigado não
fique à espera demasiada das decisões, pondo a sociedade como um todo em risco, e
nem temendo ser preso devido a erro judiciário pela falta de apreciação de recursos.
REFERÊNCIAS: