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SEMANA 01/12
CADERNO DE REVISÃO
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QUESTÕES
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SEMANA 01
RETA FINAL
SEMANA 01/12
QUESTÕES
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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SEMANA 01/12
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
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O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Proporcionalidade Penal é, hoje, visto num duplo enfoque, um positivo e outro negativo.
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Constitui efeito automático da condenação por crimes de Racismo a perda do cargo ou da função pública.
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir
aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas
exigências.
Nos casos em que o crime de preconceito for cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou
publicação de qualquer natureza, após instaurado o inquérito policial, o juiz poderá determinar, ouvido o
Ministério Público ou a pedido deste, o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do
material respectivo.
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
Constitui crime de preconceito impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e
elevadores ou escada de acesso aos mesmos por motivo de discriminação de raça ou de cor.
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
João, 60 anos, candidatou-se a um cargo de diretor em uma empresa privada. No entanto, seu currículo
sequer fora analisado em razão da sua idade avançada. Nesse caso, João foi vítima do crime de racismo,
previsto na Lei 7716/89, em virtude da discriminação com sua idade.
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No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
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Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
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De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício,
mediante idônea fundamentação durante a instrução 45119
criminal.
O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação.
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A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
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O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
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A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica
da relação entre o Estado e seus agentes.
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
Conforme a teoria do mandato, o Estado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém,
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes.
Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação.
A prática de violência doméstica e familiar contra a mulher caracteriza dano moral. 45119
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No que tange
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à Lei n. 11.340/2006, julgue o item:
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações.
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho.
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência
judiciária.
Se constatado que determinada servidora pública está em situação de violência doméstica e familiar, ela terá
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física.
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Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte.
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas
contidas na Lei 11.340/06.
O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial
poderá conceder fiança.
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COMENTÁRIOS
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
COMENTÁRIO
A assertiva traz, na verdade, o conceito da função de garantia do Direito Penal.
Por mais paradoxal que possa parecer, o Direito Penal tem a função de garantia. De fato, funciona como
um escudo aos cidadãos, uma vez que só pode haver punição caso sejam praticados os fatos
expressamente previstos em lei como infração penal.
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Função de garantia - É materializada pelo princípio da legalidade (ou taxatividade). Pois esse princípio,
além de trazer a vertente de instituir o Poder Punitivo criminalizando condutas, também é visto como a
garantia do indivíduo contra possíveis arbitrariedades do Estado entrando na esfera
privada/liberdade/patrimônio sem que tenha um tipo penal prevendo aquela conduta como crime.
Função fundamentadora – Está ligada à ideia de 1ª geração dos direitos fundamentais. Nessa função, o
princípio da legalidade não será considerado como uma garantia do indivíduo, mas sim como um
fundamento a legitimar a atuação estatal. Assim, o Estado, através do tipo penal, vai encontrar o
fundamento para cercear a liberdade do indivíduo. (Fundamento do direito de punir)
Função selecionadora de condutas - Ligada ao princípio da intervenção mínima: através do direito penal
o legislador seleciona as condutas que têm maior lesividade, maior relevância para a proteção dos bens
jurídicos. Logo, o tipo penal é a materialização das escolhas que o legislador fez ao selecionar as condutas.
Função indiciária - Está ligada às teorias que buscam relacionar o fato típico com a ilicitude.
GABARITO: Errado
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2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
COMENTÁRIO
Fonte material ou de produção são os órgãos constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito
Penal. De acordo com o art. 22, I, da CF/88, essa tarefa é conferida precipuamente à União. Entretanto,
com esteio no art. 22, § único, lei complementar pode autorizar os Estados-membros a legislar sobre
questões específicas.
Fonte: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
COMENTÁRIO
O Direito Penal objetivo constitui-se das normas penais incriminadoras e não incriminadoras.
Já o Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi).
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
COMENTÁRIO
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O Direito Penal incriminador tem como fonte formal única, exclusiva e imediata a lei, já que para criar ou
ampliar o ius puniendi a única fonte de exteriorização é a lei formal (lei ordinária ou complementar),
escrita, cujo conteúdo é discutido, votado e aprovado pelo Parlamento.
Por força do nullum crimen, nulla poena sine lege nenhuma outra fonte pode criar crimes ou penas ou
medidas de segurança ou agravar as penas (ou seja: nenhuma outra fonte pode criar ou ampliar o ius
puniendi).
A doutrina e a jurisprudência configuram fontes formais mediatas.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Errado
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
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COMENTÁRIO
Para Roxin, a missão central do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos. Apenas os interesses mais
relevantes são erigidos à categoria de bens jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e subsidiário
do Direito Penal. Dessa forma, o Direito Penal deve atender aos reclamos da sociedade, levando, por
consequência, a uma finalidade prática (e por isso é teleológico) de proteção dos bens jurídicos mais
relevantes ao convívio social.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
GABARITO: Certo
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6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
COMENTÁRIO
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O Princípio da Taxatividade ou da Máxima Determinação exige que os tipos penais devem ser certos, claros
e determinados de modo a permitir à população o pleno entendimento sobre o que é crime e o que não
é. Isso impede o legislador de criar crimes vagos, ambíguos, indeterminados ou imprecisos, os quais não
protegem o cidadão de arbitrariedade, e habilitam o juiz a realizar a interpretação a ponto de violar a
Separação dos Poderes.
Mas é preciso não confundir essas hipóteses com os chamados Tipos Abertos, que na verdade são frutos
de uma técnica legislativa excepcional e que podem e devem ser valorados pelo magistrado para fins de
tipificação formal e material, já que não é possível o legislador prever todas as formas delitivas.
GABARITO: Errado
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
O Princípio da Humanização das Penas veda a utilização de penas cruéis e respostas penais atentatórias à
ideia de Dignidade da Pessoa Humana e contra o intuito ressocializador do Direito Penal.
Tem previsão expressa nos artigos 1º, inciso III, e 5º, inciso XLVII, ambos da Constituição Federal, como
também, na Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão e na Convenção Americana de Direitos
Humanos.
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DDHC:
Artigo 5. Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
CADH:
Artigo 5º. - Direito à integridade pessoal
1. Toda pessoa tem direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito devido à dignidade inerente
ao ser humano.
Para Nilo Batista, o Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e
está vinculado a um processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e
até mesmo o da Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito.
GABARITO: Certo
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
COMENTÁRIO
O Princípio da Individualização da Pena, estatuído no artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, é
observado em três momentos, na medida da proporcionalidade:
Constituição Federal:
Art. 5. [...]
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação
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restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou
interdição de direitos;
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LEP: Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal.
Quanto à aplicação da sanção, a pena deverá ser sempre individualizada para cada infrator. O juiz deve
analisar todas as circunstâncias na quais o crime foi perpetrado, bem como o grau de culpabilidade de
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cada agente, pois nenhuma conduta e/ou criminoso é igual ao outro. O Princípio, portanto, é um puro
desdobramento da Isonomia Material.
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GABARITO: Certo
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
Implícito na Constituição Federal, e explícito no Estatuto de Roma, o Princípio “no bis in idem” determina
que ninguém deve ser:
Estatuto de Roma:
Artigo 20 (Ne bis in idem):
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1. Salvo disposição contrária do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por
atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou absolvido.
2. Nenhuma pessoa poderá ser julgada por outro tribunal por um crime mencionado no artigo 5°,
relativamente ao qual já tenha sido condenada ou absolvida pelo Tribunal.
3. O Tribunal não poderá julgar uma pessoa que já tenha sido julgada por outro tribunal, por atos também
punidos pelos artigos 6o, 7o ou 8o, a menos que o processo nesse outro tribunal: a) Tenha tido por objetivo
subtrair o acusado à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal; ou b) Não tenha
sido conduzido de forma independente ou imparcial, em conformidade com as garantias de um processo
equitativo reconhecidas pelo direito internacional, ou tenha sido conduzido de uma maneira que, no caso
concreto, se revele incompatível com a intenção de submeter a pessoa à ação da justiça.
GABARITO: Certo
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 45119
COMENTÁRIO
O Princípio da Proporcionalidade prega que os tipos penais devem ser adequados e necessários e devem
se abster de utilizar meios ou recursos desproporcionais para os fins perseguidos, com o mínimo de
restrição de direitos fundamentais. Em suma, proporcional é tudo que não é abusivo, arbitrário ou
policialesco.
GABARITO: Certo
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Constitui efeito automático da condenação por crimes de Racismo a perda do cargo ou da função pública.
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COMENTÁRIO
A perda do cargo ou da função pública NÃO é um efeito automático da condenação por crime de racismo,
devendo, portanto, haver manifestação do juízo competente:
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir
aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas
exigências.
COMENTÁRIO
Art. 4º §2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades
de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não
justifiquem essas exigências.
GABARITO: Certo
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A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
Nos casos em que o crime de preconceito for cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou
publicação de qualquer natureza, após instaurado o inquérito policial, o juiz poderá determinar, ouvido o
Ministério Público ou a pedido deste, o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do
material respectivo.
COMENTÁRIO
O procedimento está previsto na lei, contudo, prescinde a prévia instauração de inquérito policial.
Art. 20 § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (...).
GABARITO: Errado
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
Constitui crime de preconceito impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e
elevadores ou escada de acesso aos mesmos por motivo de discriminação de raça ou de cor.
COMENTÁRIO
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada
de acesso aos mesmos: Pena: reclusão de um a três anos.
GABARITO: Certo
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo:
João, 60 anos, candidatou-se a um cargo de diretor em uma empresa privada. No entanto, seu currículo
sequer fora analisado em razão da sua idade avançada. Nesse caso, João foi vítima do crime de racismo,
previsto na Lei 7716/89, em virtude da discriminação com sua idade.
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COMENTÁRIO
A conduta é tipificada no Estatuto do Idoso, e não na Lei de Racismo, em razão do princípio da
especialidade.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
II – negar a alguém, por motivo45119
de idade, emprego ou trabalho;
1) Princípio da especialidade - é especial em relação ao art. 4º da lei 7.716/89, que possui a seguinte
redação: "Negar ou obstar emprego em empresa privada."
2) Elemento subjetivo especial - o tipo penal possui um especial fim de agir, consistente no impedimento
de ocupação de cargo em razão da condição de idoso - ausente o especial fim de agir, a conduta será
atípica.
GABARITO: Errado
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
COMENTÁRIO
Princípio da Identidade Física do Juiz: é uma garantia decorrente do Princípio Constitucional do Juiz Natural
que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado que tenha presidio a instrução processual seja o
signatário da sentença, nos termos do artigo 399, §2º, do CPP:
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente.
[..]
§2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
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A regra não é absoluta, e a jurisprudência vem flexibilizando nos casos de remoção, licença, férias,
interrogatório mediante precatória e etc., dependendo de cada caso concreto.
Supremo Tribunal Federal: “Este Sodalício possui jurisprudência sedimentada no sentido de que o
princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado de maneira absoluta e admite exceções
que devem ser verificadas caso a caso. O princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado
de maneira absoluta e admite exceções que devem ser verificadas caso a caso, à vista, por exemplo, de
promoção, remoção, convocação ou outras hipóteses
45119 de afastamento justificado do magistrado que
Código de Processo Civil (Antigo): Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a
lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado,
casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
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Obs: Para Aury Lopes Jr., o Princípio da Identidade Física do Juiz exige, consequentemente, a observância
dos Subprincípios da Oralidade, da Concentração dos Atos e da Imediatidade; há um “Encadeamento
Sistêmico”, que começa com a necessidade de uma atuação direta e efetiva do juiz em relação à prova
oralmente produzida, sem que possa ser mediatizada através de interposta pessoa.
Obs2: Há precedente do STF que afasta a aplicação do Princípio da Identidade Física do Juiz em
procedimentos do ECA, já que possui rito próprio e a audiência é fracionada.
Obs3: O Novo CPC não prevê mais o Princípio da Identidade Física do Juiz.
GABARITO: Errado
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal deve ser lido à luz da Constituição federal e da Convenção
Americana de Direitos Humanos e não ao contrário”.
A Constituição Federal escolheu a estrutura democrática sobre a qual há que existir e se desenvolver um
processo penal que atenda ao devido processo legal substancial, sendo certo que o atendimento também
deve respeitar a CADH, por seu caráter supralegal de proteção aos direitos humanos.
O referido autor faz críticas sobre uma inegável crise da Teoria das Fontes, em que uma Lei Ordinária acaba
valendo mais que a própria Constituição. Ora, o CPP que deveria passar por uma filtragem constitucional.
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
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No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
COMENTÁRIO
Em matéria recursal, é aplicada a lei vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto de
impugnação. Contudo, se já iniciado o prazo recursal, deve ser aplicada a Lei Processual Penal anterior, se
esta não estabelecia prazo menor. Ou seja, se a Lei Nova conferir prazo maior, será ela aplicada de
imediato.
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal.
GABARITO: Certo
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
COMENTÁRIO
Fontes formais
Fonte formal ou de cognição: Refere-se ao meio pelo qual uma norma jurídica é revelada no ordenamento
jurídico. Essa fonte é subdividida em fontes primárias ou imediatas ou diretas e em fontes secundárias ou
mediatas ou indiretas ou supletivas.
Fontes primárias ou imediatas ou diretas: São aquelas aplicadas imediatamente. Consideram-se fontes
primárias do Processo Penal: a lei (art. 22, I da CRFB/88), entendida em sentido amplo, para incluir a
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própria CRFB/88; os tratados, convenções e regras de Direito Internacional (nos termos do art. 1º, I do CPP
e do art. 5º, §3º da CRFB/88, com a redação dada pela EC nº 45/04).
Fontes secundárias ou mediatas ou indiretas ou supletivas: São aquelas aplicadas na ausência das fontes
primárias, nos termos do art. 4º da LINDB. Consideram-se fontes secundárias do Processo Penal: costumes,
princípios gerais do direito e analogia.
Há séria polêmica em definir se a doutrina e a jurisprudência são fontes do Direito. Vem prevalecendo o
entendimento de que, na verdade, elas são formas de interpretação do Direito, pois não possuem efeitos
obrigatórios. Entretanto, quanto à jurisprudência, há de se ressaltar que as súmulas vinculantes do STF e
as decisões proferidas em controle concentrado de constitucionalidade tem força obrigatória,
constituindo-se assim em verdadeiras fontes do Direito.
GABARITO: Errado
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
COMENTÁRIO
Ainda que sutil, em provas objetivas é justamente o detalhe que é cobrado.
Art. 3-B, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até
15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
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relaxada.
GABARITO: Errado
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis.
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COMENTÁRIO
Trata-se de medida de ultima ratio, pois, se houver outros meios de prova disponíveis, a interceptação
telefônica não será cabível.
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses: II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
GABARITO: Errado
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício,
mediante idônea fundamentação durante a instrução criminal.
COMENTÁRIO 45119
A interceptação telefônica só poderá ser determinada de ofício pelo Poder Judiciário OU por requerimento
da autoridade policial ou do MP.
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento:
I - da autoridade policial, na investigação criminal;
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.
GABARITO: Errado
O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação.
COMENTÁRIO
O juiz tem o prazo máximo de 24h para decidir sobre o pedido de interceptação.
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Art. 4° (...) § 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Admite-se excepcionalmente o pedido verbal.
GABARITO: Errado
Será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração
penal punida com pena de detenção.
COMENTÁRIO
NÃO SERÁ admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir
infração penal punida com pena de detenção.
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
GABARITO: Errado
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COMENTÁRIO
Conforme a literalidade do art. 5, CF/88, § 1º: “as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata”.
GABARITO: Certo
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
COMENTÁRIO
O erro da assertiva encontra-se na impossibilidade da reserva do possível ser um óbice a implementação
de políticas públicas definidas pela própria Constituição. Realmente as limitações orçamentárias são um
entrave para a efetivação dos direitos sociais. No entanto, é preciso ter em mente que o princípio da
reserva do possível não pode ser utilizado de forma indiscriminada, devendo respeitar ao menos a noção
do mínimo existencial.
Nesse sentido:
Constatando-se inúmeras irregularidades em cadeia pública — superlotação, celas sem condições
mínimas de salubridade para a permanência de presos, notadamente em razão de defeitos estruturais,
de ausência de ventilação, de iluminação e de instalações sanitárias adequadas, desrespeito à
integridade física e moral dos detentos, havendo, inclusive, relato de que as visitas íntimas seriam
realizadas dentro das próprias celas e em grupos, e que existiriam detentas acomodadas
improvisadamente —, a alegação de ausência de previsão orçamentária não impede que seja julgada
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procedente ação civil pública que, entre outras medidas, objetive obrigar o Estado a adotar providências
administrativas e respectiva previsão orçamentária para reformar a referida cadeia pública ou construir
nova unidade, mormente quando não houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-
financeira da pessoa estatal.
STJ. 2ª Turma. REsp 1389952-MT, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543).
Veja também: STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015
(repercussão geral) (Info 794).
GABARITO: Errado
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
45119
COMENTÁRIO
Assertiva em desconformidade com a jurisprudência do STF:
GABARITO: Errado
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
COMENTÁRIO
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Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes".
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Art. 5º, XII, CF/88: "É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal."
45119
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A atuação da Administração Pública, em sua atividade administrativa, sofre a influência de um regime
próprio, denominado regime jurídico-administrativo. O referido regime gera um conjunto de prerrogativas
e de restrições, não identificadas comumente nas relações entre particulares, que podem potencializar ou
mesmo restringir as atividades da Administração.
GABARITO: Errado
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O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
COMENTÁRIO
Conforme Celso A. B. de Mello, o regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, em
função dos quais se originam todos os demais princípios que conformam a atividade administrativa. Tais
princípios magnos seriam: a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
GABARITO: Certo
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
45119
COMENTÁRIO
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GABARITO: Certo
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
COMENTÁRIO
O princípio da indisponibilidade do interesse público impede a livre transigência por parte do
Administrador. Isso porque os bens e interesses não pertencem ao gestor ou mesmo à Administração,
cabendo aos agentes administrativos gerenciá-los e45119
conservá-los em prol da coletividade.
GABARITO: Certo
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
45119
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
COMENTÁRIO
O conceito de interesse público envolve duas concepções:
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO Interesse da coletividade
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO Interesse do Estado, enquanto sujeito de
direito.
Com a concepção de Estado Democrático de Direito, relativiza-se a preponderância do interesse público
secundário, que representa as aspirações da administração, em detrimento dos interesses do cidadão.
A verticalidade, outrora concebida pela doutrina, não pode mais justificar atuações administrativas
autoritárias e arbitrárias, notadamente aquelas que conspurquem direitos individuais consagrados
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como fundamentais. O controle dos atos administrativos se impõe quanto há atuação do estado em
confronto com os princípios e valores que norteiam o ordenamento jurídico.
Em princípio, somente o interesse público primário se apresenta como superior. Conforme explica Luís
Roberto Barroso, eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, são
solucionadas concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do
caso concreto.
Fonte: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres.
GABARITO: Certo
A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica
da relação entre o Estado e seus agentes.
COMENTÁRIO 45119
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da
imputação volitiva, e não a teoria da representação.
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode
expressar sua vontade!
45119
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes:
Críticas:
• Não explica como o Estado transferiu
poderes aos seus agentes.
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• Retira do mandante a
responsabilidades pelos atos praticados
pelo mandatário.
O Estado seria representado por seus
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO agentes.
Críticas:
• É inconsistente nivelar o estado ao
incapaz, que necessita de representação.
• O representado não responde por atos
45119
que extrapolem os poderes da
representação.
O Estado manifesta sua vontade por meio
TEORIA DO ÓRGÃO dos órgãos que integram sua estrutura, de
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) tal forma que quando os agentes públicos
que estão lotados nos órgãos manifestam a
sua vontade, esta é atribuída ao Estado.
É
45119
a teoria mais aceita no nosso
ordenamento jurídico.
GABARITO: Errado
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
COMENTÁRIO
Segundo Helly Lopes Meirelles, órgãos públicos são centros de competência instituídos para o
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a
que pertencem. Nenhum órgão possui personalidade jurídica própria.
José dos Santos Carvalho Filho, destaca que apesar dos órgãos serem entes despersonalizados, os órgãos
públicos representativos de poderes (ex: tribunais e casas legislativas) podem defender, em juízo, suas
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GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A organização administrativa, tradicionalmente, se efetiva por meio de duas técnicas: a desconcentração
e a descentralização. Os órgãos públicos são decorrência da desconcentração, e não da descentralização.
Vejamos:
Fontes: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018. Curso de
Direito Administrativo. Rafael Carvalho Oliveira Rezende. 2017.
45119
GABARITO: Certo
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Conforme a teoria do mandato, o Estado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém,
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes.
COMENTÁRIO
Críticas: 45119
Críticas:
45119
GABARITO: Certo
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RETA FINAL
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Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação.
COMENTÁRIO
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da
imputação volitiva, e não a teoria da representação.
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode
expressar sua vontade!
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes:
Críticas:
45119
Críticas:
• É inconsistente nivelar o estado ao
45119
incapaz, que necessita de representação.
• O representado não responde por atos
que extrapolem os poderes da
representação.
O Estado manifesta sua vontade por meio
TEORIA DO ÓRGÃO dos órgãos que integram sua estrutura, de
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) tal forma que quando os agentes públicos
que estão lotados nos órgãos manifestam a
sua vontade, esta é atribuída ao Estado.
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GABARITO: Errado
45119
Acerca da Lei 11.340/06 e o entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item:
COMENTÁRIO
“Toda mulher vítima de violência doméstica sofre abalo moral indenizável” (STJ, RESp
1.643.051/MS).
No julgado, a Corte Superior decidiu que se trata de situação de dano moral presumido (in re
ipsa), de modo que a vítima não precisa comprovar o abalo moral propriamente dito, mas tão
somente a existência de situação de violência no âmbito das relações domésticas e familiares.
45119
“O Ministério Público deve fazer o pedido em favor da mulher vítima de violência (STJ, AgRg
no RESp 1894043).
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
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GABARITO: Errado
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações.
45119
COMENTÁRIO
Nas hipóteses de ameaças por meio de redes sociais como o Facebook e aplicativos como o
WhatsApp, o juízo competente para o julgamento de pedido de medidas protetivas é aquele
de onde a vítima tomou conhecimento das intimidações, por ser este o local de consumação
do crime previsto pelo artigo 147 do CP. (STJ. 3ª Seção.CC 156.284/PR, 28/02/2018.).
GABARITO: Certo
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho.
COMENTÁRIO
Conforme inciso II do § 2.º do art. 9.º da Lei Maria da Penha, o juiz assegurará à mulher em
situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica,
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GABARITO: Certo
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência
judiciária.
COMENTÁRIO
A questão está errada porque a ofendida deverá ser encaminhada pelo juiz, e não pela
autoridade policial, conforme dispõe o artigo 18 da Lei Maria da Penha:
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas: 45119
GABARITO: Errado
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física.
COMENTÁRIO
Art. 9 da Lei Maria da Penha: § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica:
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta
ou indireta;
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GABARITO: Certo
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte.
COMENTÁRIO
A Lei 13.880/19 inseriu no art. 12 o inciso VI-A, que dispõe que em todos os casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade
policial adotar, de imediato, dentre outros procedimentos, a obrigação de verificar se há em
nome do agressor registro de posse ou porte de arma de fogo, e, em caso positivo, juntar aos
autos essa informação, bem como notificar a ocorrência
45119 à instituição responsável pela
concessão do registro ou da emissão do porte. Para concursos policiais, é extremamente
necessária a leitura do art. 12 da Lei Maria da Penha.
GABARITO: Errado
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo
máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
COMENTÁRIO
Conforme dispõe o art. 19, §1º, da Lei n. 11.340/06, as medidas protetivas de urgência
poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de
manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.
GABARITO: Errado
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RETA FINAL
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A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas
contidas na Lei 11.340/06.
COMENTÁRIO
Os Tribunais de Justiça já possuem entendimento pacífico sobre a possibilidade de a
empregada doméstica figurar como vítima no âmbito da Lei Maria da Penha. Nesse sentido,
confira-se: “DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. JUIZADO DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. ESTUPRO. CRIME EM TESE
PRATICADO POR MOTIVAÇÃO DE GÊNERO E CONTRA EMPREGADA DOMÉSTICA. INCIDÊNCIA
DA LEI MARIA DA PENHA. A proteção e os benefícios previstos pela Lei Maria da Penha se
aplicam no âmbito da relação empregatícia da mulher que presta serviços domésticos em
residências de famílias, por força da previsão contida no inciso I do artigo 5o da Lei nº
11.340/2006, que ampara as mulheres "sem vínculo familiar" e "esporadicamente
agregadas". 2. Recurso conhecido e provido” (Acórdão
45119 n.994469, 20160510079955RSE,
Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR 3ª TURMA CRIMINAL, Data de Julgamento:
09/02/2017, Publicado no DJE: 22/02/2017. Pág.: 818/825). Cabe ressaltar que a violência
deve-se basear no gênero, a ofensa deve evidenciar uma relação de poder e submissão do
patrão sobre a empregada doméstica, devendo ela estar em situação de
vulnerabilidade/dependência econômica e financeira do autor das agressões.
45119
GABARITO: Certo
O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial
poderá conceder fiança.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 24-A da Lei n. 11.340/06, descumprir decisão judicial que defere medidas
protetivas de urgência previstas nesta Lei é crime punível com pena de detenção, de 3 (três)
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RETA FINAL
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meses a 2 (dois) anos. Porém, conforme dispõe o §2º do art. 24-A, na hipótese de prisão em
flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
GABARITO: Errado
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