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EP-5018 1 de 92
ÍNDICE PÁGINA
1. OBJETIVO........................................................................................................................................................... 4
2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES DE USO OBRIGATÓRIO..................................................................... 4
2.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL.................................................................................................................................. 4
2.2. DE FURNAS..................................................................................................................................................... 4
2.3. NORMAS BRASILEIRAS.................................................................................................................................. 5
3. DOCUMENTOS PARA CONSULTA................................................................................................................... 5
3.1. DE FURNAS..................................................................................................................................................... 5
3.2. DE OUTROS..................................................................................................................................................... 5
4. DEFINIÇÕES....................................................................................................................................................... 6
4.1. ÓRGÃOS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (OLA’S).................................................................................. 6
4.2. LICENÇAS AMBIENTAIS (LA)......................................................................................................................... 6
4.3. LICENÇA PRÉVIA (LP).................................................................................................................................... 6
4.4. LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)..................................................................................................................... 6
4.5. LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)....................................................................................................................... 6
4.6. AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO (ASV)........................................................................... 6
4.7. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)................... 6
4.8. PROJETO BÁSICO AMBIENTAL (PBA).......................................................................................................... 6
4.9. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)....................................................................................... 6
4.10. ÁREAS CRÍTICAS (AC).................................................................................................................................. 7
4.11. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC).......................................................................................................... 7
4.12. UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL (UPI).............................................................................................. 7
4.13. UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL (UUS)................................................................................................. 7
4.14. PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO (PA).......................................................................................................... 7
4.15. PLANO DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)............................................................ 7
4.16. ATIVIDADES COM POTENCIAL DE INTERFERÊNCIA NO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO................... 7
4.17. ENTRADA DOS TRABALHADORES NAS PROPRIEDADES PARTICULARES........................................... 8
5. ESTRADAS DE ACESSO................................................................................................................................... 8
5.1. FINALIDADE..................................................................................................................................................... 8
5.2. TRAÇADO........................................................................................................................................................ 8
5.3. CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ESTRADAS DE ACESSO...................................................................... 10
6. SERVIÇOS NA FAIXA DE SERVIDÃO............................................................................................................... 11
6.1. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO...................................................................................................................... 11
6.2. DEMARCAÇÃO DA FAIXA............................................................................................................................... 13
6.3. BENFEITORIAS EM FAIXAS DE SERVIDÃO DE LT’S................................................................................... 13
6.4. MEDIDAS DE SEGURANÇA NA LIMPEZA DE FAIXA.................................................................................... 16
7. FUNDAÇÕES...................................................................................................................................................... 16
7.1. PREPARAÇÃO DO LOCAL DAS ESTRUTURAS............................................................................................ 16
7.2. LOCAÇÃO DO CENTRO DAS ESTRUTURAS................................................................................................ 17
7.3. LOCAÇÃO DAS FUNDAÇÕES........................................................................................................................ 17
7.4. TIPOS DE FUNDAÇÕES................................................................................................................................. 17
7.5. ESCAVAÇÃO................................................................................................................................................... 17
7.6. CONCRETO..................................................................................................................................................... 20
7.7. INSTALAÇÃO DE GRELHA E CANTONEIRA DE ANCORAGEM (STUB)..................................................... 23
7.8. REATERRO..................................................................................................................................................... 26
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7.9. PROCEDIMENTOS DE RESTAURAÇÃO DO TERRENO.............................................................................. 27
8. ATERRAMENTO DAS ESTRUTURAS.............................................................................................................. 28
8.1. INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO......................................................................................... 28
8.2. MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO DAS ESTRUTURAS..................................................... 30
9. MONTAGEM DAS ESTRUTURAS..................................................................................................................... 31
9.1. GERAL............................................................................................................................................................. 31
9.2. EXIGÊNCIAS PARA MONTAGEM.................................................................................................................. 31
9.3. TOLERÂNCIAS................................................................................................................................................ 33
9.4. TORRES ESTAIADAS..................................................................................................................................... 33
9.5. ESTAIS............................................................................................................................................................. 34
9.6. PINTURA DAS ESTRUTURAS........................................................................................................................ 35
9.7. REVISÃO.......................................................................................................................................................... 35
9.8. MEDIDAS DE SEGURANÇA............................................................................................................................ 35
9.9. MEDIDAS DE SEGURANÇA ADICIONAIS...................................................................................................... 37
10. INSTALAÇÃO DOS ISOLADORES E FERRAGENS....................................................................................... 38
10.1. RECOMENDAÇÕES GERAIS........................................................................................................................ 38
11. INSTALAÇÃO DOS CABOS CONDUTORES, PÁRA-RAIOS E DOS ACESSÓRIOS.................................... 40
11.1. GERAL............................................................................................................................................................ 40
11.2. PLANO DE LANÇAMENTO............................................................................................................................ 40
11.3. EXECUÇÃO DE TRAVESSIAS...................................................................................................................... 42
11.4. ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO.................................................................................................................... 43
11.5. ROLDANAS.................................................................................................................................................... 44
11.6. EQUIPAMENTOS MÓVEIS............................................................................................................................ 45
11.7. ELEMENTOS AUXILIARES PARA LANÇAMENTO SOB TENSÃO MECÂNICA.......................................... 47
11.8. LANÇAMENTO DOS CABOS......................................................................................................................... 47
11.9. EMENDAS...................................................................................................................................................... 48
11.10. DANOS AOS CABOS................................................................................................................................... 49
11.11. NIVELAMENTO............................................................................................................................................ 50
11.12. FIXAÇÃO DOS CABOS PÁRA-RAIOS......................................................................................................... 51
11.13. GRAMPEAMENTO DE CONDUTORES...................................................................................................... 51
11.14. AMORTECEDORES DE VIBRAÇÃO........................................................................................................... 53
11.15. ESPAÇADORES E ESPAÇADORES-AMORTECEDORES........................................................................ 53
11.16. SISTEMA DE SINALIZAÇÃO....................................................................................................................... 53
11.17. REVISÃO DOS SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DOS CABOS..................................................................... 54
11.18. MEDIDAS DE SEGURANÇA NA ETAPA DE INSTALAÇÃO DOS CABOS................................................. 54
12. REVEGETAÇÃO............................................................................................................................................... 59
12.1. DIRETRIZES GERAIS.................................................................................................................................... 59
12.2. PROCEDIMENTOS........................................................................................................................................ 60
13. CRITÉRIOS AMBIENTAIS................................................................................................................................ 60
13.1. DIRETRIZES E RECOMENDAÇÕES GERAIS.............................................................................................. 60
13.2. PLANEJAMENTO PRÉVIO AMBIENTAL....................................................................................................... 61
13.3. MOBILIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE CANTEIROS DE OBRAS E ALOJAMENTOS............................ 62
13.4. DESMOBILIZAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRAS E ALOJAMENTOS......................................................... 63
13.5. ÁREAS DE EMPRÉSTIMO............................................................................................................................. 64
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13.6. ÁREAS DE BOTA-FORA................................................................................................................................ 65
13.7. OBRAS CIVIS PRÓXIMAS A CURSOS DE ÁGUA........................................................................................ 65
13.8. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO.................................................................................................................... 66
13.9. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS............................................................................................... 67
14. CRITÉRIOS DE SEGURANÇA E HIGIENE INDUSTRIAL............................................................................... 68
14.1. ALOJAMENTOS - CONDIÇÕES MÍNIMAS.................................................................................................... 68
14.2. ÁGUA POTÁVEL E ALIMENTOS................................................................................................................... 70
14.3. TRANSPORTE DE PESSOAL........................................................................................................................ 70
14.4. TRANSPORTE E MANUSEIO DE MATERIAL............................................................................................... 71
14.5. TRANSPORTE DE MATERIAL EXPLOSIVO................................................................................................. 72
14.6. ESCALADA EM ESTRUTURAS..................................................................................................................... 72
14.7. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI.................................................................................... 72
14.8. ATERRAMENTO TEMPORÁRIO................................................................................................................... 72
14.9. OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE................................................................................. 75
14.10. TREINAMENTO............................................................................................................................................ 75
14.11. RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS............................................................................................................... 77
ANEXOS:................................................................................................................................................................. 79
Nota: A presente EP foi elaborada com a participação dos seguintes Órgãos: ATT.T, DEA.T, DSH.G,
DTS.T, DTC.T, DTL.T, DEC.T e DEL.T, DPI.T e DACQ.T
1. OBJETIVO
Especificações Padrão constituem documentos de uso geral. Sua aplicação a um determinado
serviço deverá ser objeto de decisão deliberada, consignada nas seções determinadas dos
documentos de Licitação (as seções selecionadas têm no campo de "Referência" a indicação do
número da Concorrência, Tomada de Preços ou Convite de Serviços).
Em caso de conflito entre o conteúdo desta EP (de caráter geral), e o de outras seções marcadas
das ESPECIFICAÇÕES, prevalecerá o segundo sobre o primeiro.
Esta Especificação tem por finalidade estabelecer os critérios básicos a serem seguidos na
construção de Linhas de Transmissão de 138, 230, 345, 500, 600 e 750 kV.
Esta Especificação anula e substitui as Especificações EP-5018 (Construção de Linhas de
Transmissão de 138, 230, 345 e 500 kV), EP-2398 (Construção de Linhas de Transmissão de 600
kV), e EP-2462 (Construção de Linhas de Transmissão de 750 kV).
4. DEFINIÇÕES
4.1. Órgãos de Licenciamento Ambiental (OLA’s)
São os órgãos de controle ambiental estaduais (FEEMA/RJ, FEAM/MG, SMA/SP, IAP/PR,
NATURATINS/TO, .) e federal (IBAMA), responsáveis pelo licenciamento ambiental dos
empreendimentos.
4.2. Licenças Ambientais (LA)
Constituem o processo de licenciamento ambiental do empreendimento, necessário ao
desenvolvimento das etapas de planejamento/projeto, construção e operação. As três licenças que
constituem o processo de licenciamento ambiental estão definidas nos itens 4.3, 4.4 e 4.5 a seguir.
4.3. Licença Prévia (LP)
Concedida na fase preliminar de planejamento aprovando a localização e concepção do
empreendimento. Atesta sua viabilidade ambiental e define as condicionantes a serem atendidas
nas demais etapas. Para definição na íntegra, ver Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/1997.
4.4. Licença de Instalação (LI)
Autoriza a instalação do empreendimento, de acordo com os projetos e medidas de controle
ambiental apresentados. Estabelece as condicionantes a serem observadas durante a etapa de
construção. Para definição na íntegra, ver Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/1997.
4.5. Licença de Operação (LO)
Autoriza a operação do empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta
das licenças anteriores e determina condicionantes adicionais para a etapa de operação. Para
definição na íntegra, ver Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/1997.
4.6. Autorização de Supressão de Vegetação (ASV)
Concedida pelo IBAMA e/ou pelo órgão ambiental estadual, é necessária para a realização de
qualquer supressão de vegetação (desmatamento).
4.7. Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Documentos usualmente solicitados pelos OLA’s para a concessão de LP. Para definição na íntegra,
ver Resolução CONAMA 001/86, de 23/01/1986.
4.8. Projeto Básico Ambiental (PBA)
Documento usualmente solicitado pelos OLA’s para a concessão de LI. Para definição na íntegra, ver
Resolução CONAMA 006/87, de 16/09/1987.
4.9. Áreas de Preservação Permanente (APP)
Áreas com ou sem vegetação ao longo de cursos de água, ao redor de lagoas, lagos ou
reservatórios, ao redor de nascentes e olhos de água, nos topos de morros, nas restingas, nas
bordas de tabuleiros ou chapadas, em encostas com inclinação de rampa acima de 45º e veredas.
Para definição na íntegra, ver Lei 4771, de 15/09/1965.
4.10. Áreas Críticas (AC)
Aquelas que apresentam fragilidades ambientais, tais como: susceptibilidade à erosão, relevo
acidentado, margens de corpos de água, solos friáveis, áreas de preservação permanente, áreas de
assentamento humano, áreas sujeitas a desapropriações.
4.11. Unidades de Conservação (UC)
Espaços territoriais, legalmente instituídos pelo poder público, por apresentarem características
naturais e/ou culturais relevantes, às quais se aplicam garantias adequadas de proteção. As
Unidades de Conservação subdividem-se em dois grupos: Unidades de Proteção Integral e Unidades
de Uso Sustentável: definidas respectivamente nos itens 4.12 e 4.13, a seguir. Para definição na
íntegra, ver Lei 9985, de 18/06/2000.
4.12. Unidades de Proteção Integral (UPI)
Têm como principal objetivo à preservação da natureza, sendo permitido, apenas, o uso indireto dos
seus recursos naturais. Englobam as seguintes categorias: Estações Ecológicas, Reservas
Biológicas, Parques Nacionais, Monumentos Naturais e Refúgios da Vida Silvestre. Para definição na
íntegra, ver Lei 9985, de 18/06/2000.
4.13. Unidades de Uso Sustentável (UUS)
Têm como objetivo não somente a conservação da natureza, mas também assegurar condições e
meios para a reprodução e a melhoria da qualidade de vida das populações tradicionais. Para
definição na íntegra, ver Lei 9985, de 18/06/2000.
4.14. Patrimônio Arqueológico (PA)
São os bens de origem arqueológica, pré-histórica ou histórica, de qualquer natureza, existentes no
território nacional, que representam testemunhos e/ou vestígios da ocupação humana pretérita. Este
patrimônio é representado principalmente por jazidas, poços sepulcrais, cemitérios, grutas, lapas,
abrigos sob rochas, inscrições rupestres e sítios nos quais se encontram fragmentos de cerâmica
(pedaços de potes ou de panelas de barro), potes e machados de pedra, pontas de flecha,
cachimbos de barro, entre outros. Para definição na íntegra, ver Lei 3924, de 26/07/1961.
4.15. Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD)
Visa restabelecer as características originais do terreno modificado pela construção do
empreendimento, prevenindo, reduzindo e/ou eliminando o surgimento dos processos erosivos. As
ações que compõem esse programa englobam obras civis, tais como: instalação de canaletas, muros
de arrimo, paliçadas, bacias de dissipação e plantios de espécies herbáceas, arbustivas, arbóreas
nos pontos impactados pela construção.
4.16. Atividades com potencial de interferência no Patrimônio Arqueológico
São aquelas que envolvem escavação e revolvimento de solo, tais como: sondagens, cortes, aterros
e terraplenagem. Estas atividades ocorrem, via de regra, nos seguintes locais: canteiros,
alojamentos, estradas de acesso, locais das torres e dos cabos contrapeso e áreas de empréstimo.
4.17. Entrada dos trabalhadores nas propriedades particulares
Quando da entrada dos trabalhadores nas propriedades particulares atingidas, em qualquer etapa da
construção é obrigatório que estejam devidamente identificados com crachás e/ou uniformizados.
É imprescindível que o local onde está se desenvolvendo as atividades necessárias à construção do
empreendimento, permaneça sempre limpo, livre de lixos provenientes das refeições, lanches, e etc..
5. ESTRADAS DE ACESSO
5.1. Finalidade
As estradas de acesso às estruturas serão construídas com a finalidade de atender as necessidades
de construção da LT, entretanto, deverá ser considerado que as mesmas poderão ser utilizadas para
servir à futura manutenção da LT.
5.2. Traçado
5.2.1. No estudo para escolha do traçado das estradas de acesso a serem construídas serão
confeccionados croquis com indicação das estruturas servidas e das distâncias, tomando como
referência as estradas existentes na região. Em destaque, os novos trechos a serem construídos,
incluindo obras para transposição de cursos d’água, sistemas de drenagem associados e demais
melhorias necessárias. O traçado dos acessos e sua construção deverão ser supervisionados por
técnico ou engenheiro com experiência em projeto e construção de estradas.
5.2.1.1. A definição da escolha do traçado das estradas de acesso, a serem construídas, terão que
ter a participação efetiva do proprietário do imóvel impactado, independentemente se a abertura
ocorrer dentro ou fora da faixa de servidão.
5.2.2. Sempre que possível deverão ser utilizados os acessos à faixa de servidão existentes na
região, visando, sobretudo, reduzir o corte de vegetação. Contudo, não suprimindo além dos
volumes estabelecidos nas “Autorizações para Supressão de Vegetação”, emitidas pelos órgãos
ambientais competentes, para cada empreendimento.
5.2.3. As estradas de acesso deverão, de preferência, ficar contidas dentro da faixa de servidão.
Não deverão ser realizados desmatamentos, bem como, não poderão ser abertos acessos no
interior de Unidades de Conservação e num raio de 10 Km dos seus limites, sem a autorização
prévia dos órgãos competentes, a ser obtida por Furnas.
5.2.4. As estradas deverão ser planejadas de modo a minimizar o movimento de terra, corte e
aterro, evitando-se assim problemas com áreas de empréstimo e bota-foras.
5.2.5. As estradas de acesso deverão ter o traçado (rampas, raios de curvatura e larguras) de
modo a acompanhar as curvas de nível, evitando-se travessias de cursos d’água e terrenos com
baixa resistência, bem como, um padrão compatível com os veículos e equipamentos de
construção da LT.
5.2.6. O traçado escolhido deve limitar ao mínimo possível o impacto sobre o meio ambiente,
evitando-se desmatamentos, cortes e aterros no terreno capazes de desencadear ou acelerar
processos de erosão. Deverão ser evitados traçados que atravessem terrenos sujeitos a
inundações e que afetem a qualidade de mananciais existentes na região, bem como, aterros que
possam vir a prejudicar a drenagem dos terrenos.
5.2.7. As estradas deverão ser executadas de modo a acompanhar preferencialmente as curvas
de nível do terreno; isso faz com que interceptem toda a água que desce pela encosta, sendo
necessário dotá-las de canaletas de drenagem (ver Anexo 1), executadas a espaços regulares
(normalmente a cada 20m) e formando um ângulo de 45º com o eixo da estrada. Algumas vezes,
além de executar canaletas longitudinais no pé das encostas, é necessário implantar dispositivos
que visem dissipar a energia das águas, tais como, escadas, bacias e caixas de sedimentação. A
definição e o dimensionamento da drenagem deverão considerar os seguintes pontos:
5.2.7.1. área da bacia que contribui para o ponto em estudo;
5.2.7.2. declividade da encosta;
5.2.7.3. tipo de vegetação existente;
5.2.7.4. índice pluviométrico da região no período de cheias.
5.2.8. Quando a construção de uma linha de transmissão for paralela ou próxima à outra já
implantada, devem ser aproveitadas, sempre que possível, as estradas de acesso existentes.
Caso seja necessário abrir novas vias, deve ser dada especial atenção aos seguintes pontos:
5.2.8.1. evitar cortes próximos às torres existentes, tanto acima como abaixo das mesmas, que
possam causar instabilidade da encosta ou abertura de sulcos de erosão (ver Anexo 2);
5.2.8.2. evitar cortes acima ou abaixo das estradas de acesso existentes e que estejam próximos
às mesmas;
5.2.8.3. verificar se a drenagem das estradas de acesso existentes (ou a própria estrada) está
conduzindo as águas pluviais para os locais nos quais serão montadas as novas torres e
providenciar as correções adequadas.
5.2.9. A revegetação dos taludes deverá ser executada de acordo com o especificado no Plano
de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD constante no item 13.9.
5.2.10. Sempre que houver necessidade de construção de acessos fora da faixa de servidão, é
indispensável à obtenção da autorização prévia dos proprietários.
5.2.11. Os locais escolhidos para áreas de empréstimo e bota-fora só poderão ser utilizados após
autorização do órgão competente.
5.2.12. As áreas de empréstimo e bota-fora deverão ser recuperadas, em consonância com o
relevo predominante na região e respeitando-se a vegetação e linhas de drenagem naturais.
5.3. Construção e utilização das estradas de acesso:
5.3.1. Na abertura das estradas de acesso, onde houver necessidade de cortes e aterros do
terreno, recomenda-se a raspagem da camada vegetal do terreno e sua estocagem nos
arredores, visando seu reaproveitamento durante a construção no recobrimento dos taludes, o
que facilitará a recomposição da cobertura vegetal dos mesmos.
5.3.2. No que se refere à retirada de vegetação, o material lenhoso proveniente da abertura dos
acessos, depois de cortado deverá ser empilhado em local acordado com o proprietário, de modo
a permitir sua remoção e eventual aproveitamento. O recolhimento poderá ser efetuado somente
após a cubagem desse material.
5.3.3. As estradas de acesso deverão ser mantidas em condições permanentes de tráfego para
os equipamentos e veículos de construção e fiscalização, até a recepção final da LT.
5.3.4. Todas as estruturas necessárias para a transposição de rios e córregos (tais como
manilhas, pontes, etc) deverão ser dimensionadas para as vazões do período de cheias, bem
como, construídas em caráter permanente, de modo que possam ser utilizadas durante a fase de
operação da LT.
5.3.5. Onde os serviços pertinentes à LT interferirem com o tráfego usual das estradas
existentes, os mesmos deverão ser planejados de modo a minimizar as interrupções de trânsito,
tanto quanto possível.
5.3.6. Após entendimentos com as autoridades competentes, deverá ser providenciada
sinalização de advertência, que será removida após o término do serviço.
5.3.7. A fim de facilitar a localização das estruturas durante a construção da LT, deverão ser
instaladas placas indicativas no início das vias de acesso, com os números das respectivas
estruturas; deverá ainda ser fornecido croqui esquemático em planta, contendo as indicações para
facilitar a identificação dos acessos às estruturas.
5.3.7.1. A placa indicativa deverá ser conforme o Anexo 8.
5.3.7.2. As estradas, vicinais, de acesso às frentes de serviço deverão ser sinalizadas
convenientemente, alertando seus usuários dos riscos existentes, sempre que necessário.
5.3.7.3. As pontes e mata-burros deverão ser sinalizadas com relação à sua capacidade de carga.
6.1.5. Todo o material proveniente do corte pertence ao proprietário do terreno, não poderá ser
utilizado, sem a autorização do mesmo. Caso o material não interesse ao proprietário, caberá à
contratada, em comum acordo com FURNAS, buscar a Autorização de Transporte de Produtos
Florestais, junto ao órgão competente, antes da efetivação do transporte da madeira para o seu
destino final. Se houver possibilidade de erosão na faixa, os troncos poderão ser utilizados na
construção de amortecedores de fluxo de água, sendo colocados transversalmente às linhas de
drenagem.
6.1.5.1. Os troncos deverão ser cortados próximo ao solo, de forma a resultar numa superfície
plana paralela ao solo. As árvores com diâmetro maior que 10 cm deverão ter seus galhos cortados e
seus troncos empilhados em local de fácil acesso na faixa de servidão.
6.1.5.2. Os restos vegetais, tais como: galhos e folhagens, deverão ser espalhados ao longo das
picadas abertas para o lançamento dos cabos.
6.1.5.3. O material lenhoso oriundo da abertura das praças de montagem das torres e das praças
de lançamento de cabos, depois de cortado, deverá ser retirado, de preferência, manualmente e
empilhado nas proximidades da estrada de acesso, de modo a permitir sua posterior remoção para
seu destino final. A retirada do mesmo, somente deverá acontecer após a execução da cubagem
desse material.
6.1.6. No caso do corte das árvores que ocorrerem nos terrenos das lavouras, a madeira a ser
retirada não deverá ser arrastada para não causar danos às culturas.
6.1.7. Durante o processo de corte, deverão ser tomados todos os cuidados no sentido de evitar
que as árvores caiam sobre benfeitorias ou possam provocar o tombamento de outras árvores ao
redor.
6.1.7.1. Árvores de grande porte ou de interesse paisagístico devem ser preservadas, sempre que
possível.
6.1.8. No caso de linhas paralelas, os materiais resultantes da supressão de vegetação na faixa,
não deverão ficar entre os eixos das LT's e sim na extremidade oposta à LT existente.
6.1.9. Não será permitido o processo de queimada para a supressão da vegetação.
6.1.10. Os equipamentos que serão utilizados na supressão da vegetação deverão ser aprovados
previamente por FURNAS.
6.1.11. Quando os serviços estiverem sendo executados nas proximidades de remanescentes
vegetais, deverão ser tomados cuidados adicionais para evitar a possibilidade de incêndio.
6.1.12. Deverá ser tomado todo o cuidado no sentido de evitar mover ou destruir piquetes e
estacas do levantamento da linha ou de locação das estruturas. Aqueles deslocados ou
destruídos, por ocasião da supressão da vegetação, deverão ser imediatamente reinstalados nos
exatos locais de origem.
6.1.13. As dimensões e preparação da praça de montagem das torres deverão ser compatíveis
com os métodos de construção previamente aprovados por FURNAS. Estes não devem ser
superiores a 30 x 30 m para torres autoportantes e 50 x 50 m para torres estaiadas, independente
da classe de tensão da linha de transmissão. Casos excepcionais serão analisados por Furnas.
6.1.14. Os requisitos acima não se aplicam à supressão de vegetação em Unidades de
Conservação, em áreas localizadas a menos de 10 km dos limites dessas Unidades e em áreas
de preservação permanente. Os procedimentos, a serem adotados em tais áreas, serão objeto de
recomendações especiais e exigências adicionais dos órgãos ambientais competentes.
6.1.15. Antes da entrega final da obra, deverá ser feita revisão na faixa, a fim de avaliar a
implementação das medidas de recuperação, de acordo com o Plano de Recuperação de Áreas
Degradadas - PRAD, item 13.9 desta Especificação e seus demais requisitos.
6.2. Demarcação da faixa.
6.2.1. Nas regiões onde é notório o desenvolvimento urbano, ou a existência de expectativa de
construção desordenada, deverá ser exigida a demarcação da faixa de servidão.
Esse procedimento tem como finalidade permitir a inspeção visual e o policiamento preventivo
contra invasão da faixa. Neste caso, deverão ser utilizados mourões de concreto.
6.2.2. Os mourões serão instalados em um ou em ambos os limites da faixa, se necessário, com
espaçamentos regulares de, aproximadamente, 40 m de tal sorte que o observador situado junto a
um deles, possa avistar com facilidade os adjacentes, a ré e avante.
6.3. Benfeitorias em faixas de servidão de LT's.
6.3.1. Identificação e definição de áreas nas faixas de servidão de LT's.
Os anexos 4 e 4A definem três áreas distintas quanto à possibilidade de permanência ou de
instalação de benfeitorias.
6.3.1.1. Área “A”
É definida por um círculo de raio "a", medido a partir do centro da base da torre, cujo valor depende
da classe de tensão da linha conforme indicado nos anexos 4 e 4A. Nessa área não são permitidas
quaisquer benfeitorias.
6.3.1.2. Área “B”
É definida por uma faixa (corredor) de largura "b", cujo valor depende da classe de tensão da linha,
conforme indicado nos anexos 4 e 4A. Esse corredor limita uma faixa ao longo da LT (excluída a
área A) onde são permitidas determinadas benfeitorias em função das suas características, conforme
descrito adiante.
6.3.1.3. Área “C”
É definida como a porção da faixa não incluída nas áreas "A" e "B", conforme indicado nos anexos 4
e 4A . Nessa área são permitidas determinadas benfeitorias em função de suas características,
conforme descrito adiante.
6.3.2. Classificação das benfeitorias e critérios de permanência e instalação
6.3.2.1. Moradias
As moradias tais como: casas de alvenaria, barracos de madeira e casas de estuque caracterizam-se
como permanentemente habitáveis. Esse tipo de benfeitoria não será permitido na faixa de servidão.
A total demolição das mesmas ocorrerá antes do início da construção da LT.
6.3.2.2. Áreas recreativas, industriais, comerciais e culturais.
Caracterizam-se por apresentarem, além das benfeitorias em si (olaria, pedreira, garagem, clube,
escola, praça, parque de diversões etc.) um grande envolvimento com terceiros (aglomeração de
pessoas), trânsito de caminhões (carga e descarga). Os tipos de benfeitorias, mencionados neste
item, ficam proibidos nas faixas de servidão. A total demolição das mesmas ocorrerá antes do início
da construção da LT.
6.3.2.3. Benfeitorias associadas às atividades pecuárias e auxiliares
As benfeitorias requeridas pelas atividades pecuárias caracterizam-se geralmente por serem
construções rústicas (estábulos, currais, chiqueiros, cocheiras, instalações para inseminação
artificial), e auxiliares como construções rústicas de menor porte (abrigos, cochos, monjolos, tanques,
bebedouros, poços d' água, cisternas e etc.) e normalmente de pequena altura.
Esses tipos de benfeitorias, anteriormente citados, serão permitidos somente nas áreas "B" e/ou "C",
desde que seja obedecido o espaçamento vertical mínimo "d", medido a partir do condutor mais
baixo até o topo do obstáculo, conforme indicado no Anexo 3.
6.3.2.4. Atividades Agrícolas
Atividades como horticultura, floricultura, fruticultura, plantações de milho, trigo, soja, café, arroz, são
caracterizadas por apresentarem culturas de porte médio e reduzido.
Dessa forma, esses tipos de culturas serão permitidos somente nas áreas "B" e/ou "C" desde que
não prejudiquem as estradas de acesso às torres, não utilizem sistema de irrigação tipo pivô central
e que seja obedecido o espaçamento vertical mínimo "d", medido a partir do condutor mais baixo até
o topo da vegetação ou obstáculo, conforme indicado no Anexo 3.
6.3.2.5. Cultura de Cana de Açúcar
Os canaviais caracterizam-se por, periodicamente, estarem sujeitos a queimadas, intencionais ou
não. Esses podem provocar desligamentos das LT's, bem como, sérios riscos às instalações. Dessa
forma, deverão ser erradicados totalmente todos os canaviais existentes nas faixas de servidão das
LT's.
NOTA: Esse mesmo critério deverá ser aplicado a outras culturas onde periodicamente se
processem queimadas. Por exemplo: capim colonião.
7. FUNDAÇÕES
7.1. Preparação do local das estruturas.
7.1.1. Inicialmente deverá ser efetuada a preparação e/ou limpeza do local das estruturas, com a
remoção de material lenhoso e outras operações necessárias à execução do trabalho, de modo a
manter a vegetação rasteira nas áreas de entorno. Exceto onde indicado em contrário, deverá ser
mantido intacto ou ser restaurado o perfil natural dos locais das estruturas. Deverão ainda ser
corrigidas quaisquer imperfeições resultantes dos trabalhos que possam representar riscos para
as estruturas. Deverão ser tomados cuidados para não alterar a drenagem natural do terreno.
7.5.3. Após a execução das fundações deve-se verificar as condições gerais do terreno junto à
torre, corrigindo as eventuais falhas ainda existentes, levando em conta o direcionamento
superficial das águas a fim de evitar futuras erosões.
7.5.4. A presença de formigueiros na faixa, em uma distância de até 15 m do centro das cavas
de fundação, deverá ser comunicada para que seja decidida pela sua eliminação ou a relocação
da torre. O processo de eliminação deverá ser previamente aprovado por FURNAS.
7.5.5. Se houver incompatibilidade entre o tipo de fundação previsto e as características do solo,
a fiscalização de FURNAS deverá ser consultada.
7.5.6. Caso haja necessidade de escavação com o uso de explosivos, deverão ser tomados
cuidados especiais, tendo em vista a segurança dos trabalhadores e do público em geral, bem
como, a proximidade com outras LT's e benfeitorias existentes.
7.5.7. As escavações não deverão permanecer abertas por longo tempo devido ao risco de
desmoronamento das paredes e ao ressecamento das paredes das cavas com a conseqüente
falta de aderência entre a fundação e o terreno natural.
7.5.8. Deverão ser executados os serviços que se fizerem necessários para a proteção da
escavação das fundações, tais como: desvio de águas, acerto do terreno e contenções.
7.5.9. As escavações em períodos chuvosos deverão ser evitadas e as cavas já abertas deverão
ser cobertas.
7.5.10. O fundo das escavações deverá estar na cota de projeto e nivelado. Se as escavações
ultrapassarem as profundidades indicadas nos desenhos, poderá ser executado reaterro
compactado com material adequado e aprovado pela fiscalização.
7.5.11. O material retirado da escavação deverá ser depositado a uma distância superior à metade
da profundidade, medida a partir da borda da cava.
7.5.12. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade deverão:
7.5.12.1. Ter a estabilidade garantida através de escoramento e/ou serem rampadas a 45º ;
7.5.12.2. Dispor de escadas colocadas no posto de trabalho a fim de permitir, em caso de
emergência, a saída rápida dos trabalhadores.
7.5.13. A escavação será classificada numa das quatro categorias a seguir:
7.5.13.1. Categoria A - Inclui as escavações executadas em solos que possam ser escavados
manualmente.
7.5.13.2. Categoria B - Inclui as escavações em terrenos rochosos ou muito resistentes, mas cuja
escavação e retirada sejam feitas por métodos que não requeiram o uso de explosivos.
7.5.13.3. Categoria C - Inclui as escavações em terrenos rochosos, cuja escavação requeira o uso
de explosivos.
7.5.13.4. Categoria D - Abrange as escavações em presença de água, brejos ou mangues que, para
a execução dos serviços, exijam escoramentos e o uso contínuo de bombas.
7.5.14. As paredes e a base da fundação deverão estar livres de material solto ou instável que
serão removidos.
7.5.15. O uso de explosivos estará sujeito à aprovação prévia de FURNAS. Caso os mesmos
venham a ser utilizados, o procedimento será de modo a não prejudicar a estabilidade, segurança
e a qualidade do serviço, fazendo-se um controle cuidadoso para preservar a integridade da rocha
em torno da fundação.
7.5.16. Os explosivos deverão ser armazenados, transportados e utilizados de acordo com as leis
federais e estaduais aplicáveis. O responsável pela detonação deverá estar credenciado perante o
órgão competente. O material explosivo e seus acessórios deverão ser armazenados
exclusivamente em paióis autorizados pelo Ministério da Defesa. A empresa contratada deverá
enviar a Furnas cópia da documentação relativa a autorização do órgão competente para
instalação dos paióis.
7.5.17. O responsável pela detonação deverá estar credenciado perante órgão competente. A
contratada deverá enviar a FURNAS cópia da documentação do blaster, com a respectiva
comprovação de qualificação.
7.5.18. O material explosivo consumido nas frentes de serviço deverá ser controlado de forma que
somente o blaster tenha acesso ao material e estes deverão ter suas quantidades contabilizadas
em documento próprio.
7.5.19. A empresa contratada deverá encaminhar a FURNAS documentação comprovando a
entrada dos materiais explosivos e acessórios, consumo por frente de serviço e saldo restante.
7.5.20. No final da atividade, as sobras dos materiais explosivos e acessórios contabilizadas e
existentes no depósito deverão ser informadas ao Ministério da Defesa que determinará a
destinação final.
7.5.21. Medidas de Segurança nas Etapas de Escavação
7.5.21.1. Nas escavações serão obrigatórias a utilização pelos trabalhadores dos seguintes
equipamentos de proteção individual: calçado de couro com biqueira de aço ou impermeável, no
caso de água no interior da cava, capacete, óculos ou protetor facial e cinto de segurança pára-
quedista com argola na parte posterior para içamento do trabalhador em caso de emergência.
Durante o processo de escavação manual o trabalhador deverá estar constantemente conectado a
uma corda fixada no pé do sarilho.
7.5.21.2. As escavações deverão ser isoladas por meio de cercas de material resistente e
sinalizadas de forma a evitar queda de pessoas ou animais no seu interior. Quando os trabalhos
forem interrompidos, as cavas devem permanecer temporariamente tampadas com a utilização de
placas metálicas ou de madeira, sem prejuízo do isolamento e sinalização.
7.5.21.3. É proibido a utilização de escada tipo marinheiro com montantes em cordas.
7.5.21.4. Nas escavações com utilização de explosivo, próximo a estradas de acesso, deverão ser
instaladas placas de sinalização provisórias com os seguintes dizeres:
a) “PERIGO: DETONAÇÃO A 500 m”;
b) “PERIGO: DETONAÇÃO A 300 m”;
c) “PERIGO: DETONAÇÃO A 200 m”;
d) “PERIGO: DETONAÇÃO A 100 m”, além do que, a estrada deverá ser interditada no momento da
detonação.
7.5.21.5. A população local deverá ser informada dos trabalhos realizados com explosivos e ser
comunicada dos sinais sonoros convencionais utilizados antecedendo a detonação.
7.6. Concreto
7.6.1. Dois tipos de concreto serão utilizados:
7.6.1.1. concreto estrutural
7.6.1.2. concreto simples
7.6.2. O concreto deverá ter a resistência característica à compressão (fck) de, no mínimo, o
valor especificado em projeto. Além disso, o concreto deverá atender aos requisitos de
durabilidade exigidos, tais como:
7.6.2.1. Resistência/proteção contra ataques de agentes químicos agressivos eventualmente em
contato com as estruturas (solos contendo sulfatos, cloretos );
7.6.2.2. Proteção contra a ocorrência de reações químicas nocivas entre os agregados e os
compostos de hidratação do cimento, tais como: reações álcali-agregadas e reações decorrentes do
emprego de agregados contendo sulfetos.
7.6.2.3. A contratada deverá apresentar, para aprovação prévia de FURNAS, os resultados dos
seguintes tipos de estudo:
a) Ensaios de caracterização dos materiais previstos para utilização na produção do concreto
(agregados, materiais cimentícios, aditivos e água de mistura);
b) Estudos de dosagens do concreto (considerar as recomendações de projeto).
7.6.2.4. As características, o armazenamento e o manuseio de todos os materiais para concreto
deverão atender às especificações correspondentes da ABNT, conforme indicado nas normas NBR-
7.6.6. FURNAS deverá ser informada, com a antecedência por ela determinada, quanto aos
planos e às datas das concretagens. Nenhuma concretagem poderá ser feita antes da liberação
prévia das escavações, formas, armaduras e partes embutidas.
7.6.6.1. As armaduras deverão obedecer ao especificado em projeto e na norma
NBR-7480.
7.6.6.2. As formas deverão ter rigidez e resistência suficientes para suportar as pressões
resultantes do lançamento e adensamento do concreto, de modo a não permitir a ocorrência de
deslocamentos e/ou deformações excessivas. As formas serão suficientemente estanques e
ajustadas de modo a impedir a perda de nata ou de argamassa do concreto.
7.6.6.3. No instante do lançamento do concreto sobre as fundações, as suas superfícies deverão
apresentar-se limpas, úmidas e isentas de água empoçada, lama, detritos, óleo, material solto ou
outras impurezas. Verificar, durante o lançamento, para que a altura de queda do concreto não
ultrapasse 2,00 m. Para alturas superiores, prever abertura de janela ou a utilização de outros
dispositivos como, calhas, tubos e etc.
7.6.6.4. No instante da concretagem de uma camada, as juntas de construção a serem cobertas
com o novo concreto deverão apresentar-se limpas, úmidas e isentas de água livre, nata de cimento,
concreto solto ou defeituoso e de quaisquer outras substâncias que prejudiquem a aderência entre
as duas camadas de concretagem. Para remover tais elementos, a superfície de concreto endurecida
da junta de construção deverá ser tratada por jatos de ar e água sob pressão, jatos de areia,
apicoamento ou outro método que produza resultados satisfatórios. Qualquer processo empregado
será aplicado com intensidade adequada, sem provocar a exposição excessiva dos agregados, para
garantir a aderência perfeita entre as duas camadas de concretagem.
7.6.7. O transporte e o lançamento do concreto deverá ser programado de modo que nunca falte
concreto e nem haja acúmulo de material a espera no local de lançamento. O transporte do
concreto será efetuado o mais rápido possível e de forma a evitar segregação, perda de material,
variação excessiva no abatimento ou a ocorrência de pega antes do lançamento final na estrutura.
O lançamento do concreto deverá ser feito de acordo com a NBR-6118. A concretagem não será
permitida quando as condições de tempo ou outros fatores venham a afetar a qualidade do
concreto.
7.6.8. O concreto e os materiais empregados em sua produção serão amostrados e ensaiados
conforme indicado na norma NBR 12655. Deverá ser realizado o ensaio de consistência do
concreto pelo abatimento do tronco de cone, conforme a norma NBR-NM 67, para todos os
caminhões de concreto.
7.6.9. A água proveniente da lavagem das betoneiras deverá ser lançada em local previamente
autorizado por FURNAS.
7.6.10. Durante a concretagem a cava deverá permanecer livre de água e, se necessário, manter
o nível abaixo da base da escavação a custa de bombeamento.
7.7.1.2. Nivelamento
a) diagonal: 1 mm/m (ou ± 10 mm para 600 kV)
b) lado 1 mm/m (ou ± 10 mm para 600 kV)
7.7.4. O posicionamento das grelhas, entendido como sendo o nivelamento e o alinhamento das
mesmas poderá ser obtido usando-se um gabarito rígido a ser montado na parte superior da
fundação, ou por verificação com auxílio de teodolito e trena, e/ou outro método previamente
liberado por FURNAS. A cantoneira superior da grelha será trazida à posição e à declividade
correta, ajustando-se a posição da grelha da fundação.
7.7.4.1. Os operários que executam a atividade de montagem de grelha devem utilizar ferramentas
em boas condições de uso e estas presas constantemente no punho do montador.
7.7.4.2. Quando a grelha for colocada no interior das cavas com auxílio de equipamento de guindar
deve-se evitar a permanência de montadores em seu interior. A grelha já pré-montada deve ser içada
lentamente de forma a ser logo de início determinada sua melhor condição de equilíbrio.
7.7.5. Procedimento semelhante será utilizado para locação das cantoneiras de ancoragem
(stubs) nas fundações em concreto. A cantoneira de ancoragem poderá ser posicionada antes do
início da concretagem, com os devidos cuidados para não sofrer deslocamentos durante a
concretagem, ou ser posicionada, após a concretagem atingir o seu nível inferior. Neste caso, far-
se-á uma pequena interrupção na concretagem, que não deverá ser superior a 2 (duas) horas.
Caso este tempo seja ultrapassado a superfície do concreto já lançado deverá ser tratada como
junta de construção (item 7.6.6.4).
7.7.6. A cantoneira de ancoragem poderá ainda ser posicionada dentro de uma cava (block-out).
Neste caso, a concretagem da fundação será executada em duas fases distintas.
7.7.7. A cantoneira de ancoragem deverá ser solidamente conectada às ferragens de armação
do concreto, conforme indicado em projeto, de modo que todo o conjunto seja mantido no mesmo
potencial elétrico.
7.7.8. No afloramento da cantoneira de ancoragem deverá ser aplicado um selante conforme
indicado em projeto.
7.7.9. Provas de carga em fundações para estais.
7.7.9.1. As provas de carga serão executadas rigorosamente de acordo com Instrução Técnica a
ser fornecida por FURNAS, na proporção de, no mínimo, 1 (um) ensaio para cada obra. Constarão
da aplicação (em estágios) nas imediações das torres selecionadas. Cada fundação “testemunha”
terá as mesmas características do tipo previsto para a torre correspondente.
7.7.9.2. A relação dos pontos onde as provas se realizarão será estabelecida oportunamente, após
a análise das características geotécnicas dos solos compreendidos do tipo previsto para a torre
correspondente.
7.7.9.3. As provas deverão ser efetuadas antes do início da obra, de maneira a se averiguar a
adequação do tipo de fundação escolhida para cada local.
7.7.9.4. O equipamento a ser utilizado deverá ter seu projeto previamente apresentado pela firma
contratada, para análise e aprovação por FURNAS. Deverá estar dimensionado para cargas de teste
de até 40 T e seus sistemas de apoio no terreno, não poderão ocasionar interferências na fundação
ensaiada.
7.7.9.5. em metade do total de locais escolhidos, conforme seleção a ser feita oportunamente,
deverão ser retiradas amostras para a execução dos seguintes ensaios geotécnicos:
a) 3 (três) ensaios de cisalhamento direto o tipo rápido, com 4 (quatro) corpos de prova por ensaio.
b) 3 (três ensaios de caracterização (completos);
c) 1 (um ensaio de compactação Proctor Normal).
7.8. Reaterro
7.8.1. Antes da execução do reaterro ou concretagem das fundações deverá ser providenciada a
conexão do contrapeso, conforme especificado no desenho de instalação do sistema de
aterramento.
7.8.2. O reaterro das fundações deverá ser feito cuidadosamente, usando-se preferencialmente o
material resultante da escavação, desde que a qualidade do solo e sua resistência sejam
previamente aprovadas. A compactação do reaterro deverá ser feita, de preferência, através de
socadores mecânicos, em camadas de 20 cm, medidas antes da compactação, tomando-se o
cuidado para não danificar as fundações. O valor da massa específica deverá ser maior ou igual
ao indicado em projeto.
7.8.2.1. Cascalhos ou pedras misturadas com material de granulação fina, desde que previamente
aprovados por FURNAS, poderão ser utilizados tomando-se os devidos cuidados para que não
ocorram vazios no reaterro e não causem danos à fundação. Não serão admitidos no reaterro
materiais orgânicos e outros inadequados.
7.8.2.2. Se o material proveniente da escavação da fundação não for de boa qualidade para o
reaterro, deve-se procurar, o mais próximo possível, outro que satisfaça as condições exigidas pelo
projeto. O local escolhido para retirada do material de empréstimo deve ser previamente aprovado
por FURNAS e as áreas alteradas devem ser revegetadas e recuperadas, conforme descrito no item
13.9 desta especificação.
Cascalhos ou pedras misturadas com material de granulação fina, desde que previamente
aprovados, poderão ser utilizados tomando-se o devido cuidado para não permanecerem vazios no
reaterro e não danificarem a fundação. Se, próximo aos pés da torre, o material não for de boa
qualidade, deve-se procurar, o mais próximo possível, outro que satisfaça as condições exigidas pelo
projeto e transportá-lo para o reaterro. O local das jazidas e o material destinado à “terra de
empréstimo” deverão ser inspecionados e previamente aprovados não devendo, em hipótese
alguma, provir de escavações feitas em locais próximos das bases das estruturas, para as quais
deverão ser respeitadas uma distância mínima de 30 metros.
7.8.3. Se o material se tornar tão úmido a ponto de ser considerado inadequado para reaterro,
deverá ser espalhado e arejado até que o mesmo atinja o grau de umidade adequado.
Posteriormente poderá ser verificada a compactação através de qualquer processo de
determinação de umidade e de massa específica.
7.8.4. As escavações deverão ser reaterradas até 30 cm acima do nível natural do terreno nas
condições indicadas no projeto.
7.8.5. O terreno circunvizinho à torre deverá apresentar-se compactado e devidamente tratado,
para que as águas pluviais sejam desviadas das pernas das torres.
7.8.6. Após a ocorrência da primeira chuva, deverá ser verificado se o reaterro sofreu
abatimento. Em caso afirmativo, deverão ser restabelecidas as condições indicadas em projeto.
7.8.7. Antes da entrega final da LT deverá ser feita a revisão total no reaterro das fundações, de
modo que, seja verificado o atendimento aos requisitos desta Especificação.
7.9. Procedimentos de restauração do terreno
7.9.1. Após a instalação das fundações é necessária uma proteção imediata do terreno. A
maneira mais comum de proteger o perfil modificado contra a ação das águas das chuvas
consiste no plantio de gramíneas e/ou leguminosas forrageiras em toda a superfície em que for
cortado o terreno e na construção de canaletas de drenagem com seção e revestimentos
adequados. Em casos críticos, deve-se executar obras especiais de contenção como a construção
de muros de arrimo, gabiões, revestimento da superfície com concreto .
7.9.2. Construção de Canaletas de Drenagem
7.9.2.1. A utilização das canaletas constitui o meio mais efetivo e econômico de prevenir
escorregamentos, desviando grandes vazões para longe do local da torre. São também utilizadas
transversalmente às encostas, com a finalidade de reduzir a velocidade das águas das chuvas.
7.9.2.2. As canaletas deverão ser executadas, com seção e revestimento adequados e
desaguando em locais com vegetação densa e firme. Caso não haja vegetação, deverá ser
construída bacia de dissipação e providenciado o plantio de vegetação herbácea/arbustiva num raio
de aproximadamente 2m, cuja finalidade é evitar o aparecimento de sulcos de erosão na saída das
canaletas.
7.9.2.3. Em terrenos de grande declividade, onde for necessário um nível final superior ao do
terreno primitivo (ver Anexo 5 figura A), a construção de canaletas no terreno natural, acima e abaixo
do talude, servirá para desviar as águas das chuvas para longe do local da torre. Em função do
volume de água que desce a encosta, serão construídas canaletas acima do talude, sendo que na
parte inferior as canaletas têm como finalidade reduzir a velocidade da água evitando que o talude
seja descalçado.
a) Nos casos em que o projeto recomendar um nível final superior ao terreno primitivo (ver Anexo 5
figura A), a fiscalização deverá verificar se o local está sujeito a deslizamento, por ensaios realizados
especificamente com esse fim. Caso haja a possibilidade de deslizamento, não é aconselhável o
acúmulo de solo como indicado no Anexo 5 - Figura A, devendo a Fiscalização comunicar tal fato ao
órgão de projeto que, em função das características de cada caso, indicará a solução a ser adotada.
b) Quando a perna da torre estiver situada sobre uma encosta muito íngreme, o reaterro mostrado no
Anexo 5 figura A também não é aplicável. FURNAS deverá ser consultada, neste caso, sobre a
solução a ser adotada.
7.9.2.4. Quando houver necessidade de executar uma canaleta com um traçado que tenha grande
declividade, a mesma deverá ser do tipo "escada", ou seja, com trechos de pequena declividade
seguidos de um degrau, de forma a não permitir que a água atinja grandes velocidades.
7.9.3. Obras Especiais.
7.9.3.1. Quando as fundações são executadas em encostas íngremes, ficando a torre localizada
numa plataforma construída devido ao corte da encosta, o perfil modificado do terreno deverá ser
protegido por duas canaletas, uma no topo e outra no pé do talude (ver Anexo 5 figura B). A
plataforma onde está apoiada a torre deverá manter uma pequena declividade na direção da
encosta, de modo a permitir um perfeito escoamento das águas das chuvas e evitar a ocorrência de
empoçamentos. Dependendo da gravidade do caso, poderão ser construídas canaletas revestidas
adequadamente envolvendo todo o local onde está instalada a torre.
8.1.1.3. É importante que as medições sejam feitas em dias sem chuva e, se possível, com terreno
seco.
Por ocasião das medições de resistência de pés de estrutura de LT's, caso o quadro da base não
tenha sido montado, deverá ser feita uma conexão elétrica provisória através de um pedaço de fio
contrapeso, interligando entre si as quatro fundações; caso o quadro já esteja montado, os parafusos
deverão ser adequadamente apertados de modo a se obter uma boa condutibilidade elétrica.
8.1.1.4. A Instalação dos cabos e as medições de resistência não deverão ser realizadas com o
tempo sujeito as descargas atmosféricas.
8.1.2. Execução do sistema de aterramento.
8.1.2.1. A instalação do sistema de aterramento deverá ser executada, para cada estrutura de
acordo com o projeto a ser fornecido por FURNAS.
8.1.2.2. FURNAS fornecerá na Lista de Construção da linha, a fase prevista de aterramento de
cada estrutura.
8.1.2.3. O cabo contrapeso deverá ser instalado em valetas com 50 cm de profundidade.
8.1.2.3.1. Em terrenos cultivados onde haja a prática de uso de arado, subsolador ou implementos
similares, a profundidade de instalação do contrapeso deverá ser de 90cm. FURNAS orientará os
locais onde se deva adotar tal profundidade.
8.1.2.4. Se forem encontradas rochas em profundidades inferiores às especificadas acima, o
contrapeso deverá ser colocado sobre a rocha e a valeta será fechada com terra conforme
especificado no item 8.1.2.5. Quando a profundidade da valeta for muito pequena, poderá ser exigida
a fixação do contrapeso por meios de pinos antes do fechamento da valeta.
8.1.2.5. As valetas deverão ser reaterradas e devidamente apiloadas, de modo a não alterar a
drenagem e o perfil natural do terreno. A vegetação local deverá ser restituída de modo a evitar o
surgimento de processos erosivos.
8.1.2.6. Em caso de afloramento rochoso, se não puder ser evitada a passagem do contrapeso
sobre o mesmo, a valeta poderá ter sua profundidade reduzida para o mínimo de 5 cm. O contrapeso
deverá ser fixado por meio de pinos a cada dois metros aproximadamente, sendo a
valeta fechada com argamassa de cimento, com traço de 1:4.
8.1.2.7. O cabo deverá ser estendido numa linha tão reta quanto possível. O raio mínimo de
curvatura deverá ser de 3 metros.
8.1.2.8. A instalação do cabo contrapeso poderá ser feita através de equipamento, desde que seja
comprovada eficiência e não acarrete supressão da vegetação arbórea.
8.1.2.8.1. Nas áreas de preservação permanente os procedimentos para instalação deverão atender
9.2.1. O prazo mínimo para o início da montagem será de 7 dias após a conclusão da fundação
em concreto, desde que a resistência característica à compressão tenha atingido 60% do fck
previsto em projeto.
9.2.2. A colocação das porcas deverá ser feita do lado externo ou superior das peças das torres.
Os parafusos e porcas das torres deverão ser apertados apenas o suficiente para manter a
estrutura estável, porém de maneira que os elementos não fiquem frouxos e sujeitos aos riscos
decorrentes da ação de ventos fortes ou alguma classe de vibração comum a todas as estruturas,
com possíveis danos aos perfilados e parafusos. As diagonais principais devem ser apertadas
completamente apenas quando do ajustamento final.
9.2.3. Imediatamente após a montagem, deverá ser aplicado nos parafusos o torque indicado no
projeto utilizando-se torquímetro calibrado. O comprimento livre da rosca dos parafusos deve ficar
entre 1/8" (3,2 mm) e 3/8" (9,5 mm).
9.2.4. Quando não for utilizado o “palnut”, após o torque final, todos os parafusos deverão ser
puncionados com 3 puncturas dispostas a 120º entre si, as quais deverão ser pintadas com tinta
anticorrosiva.
9.2.5. Os parafusos de degrau e escadas deverão ser instalados na mesma posição relativa em
todas as estruturas.
9.2.6. Deverão ser colocados apoios de madeira para montagem das seções no solo, a fim de
evitar a abrasão e aderência de lama e sujeira. Além desse cuidado, as partes a serem
justapostas deverão estar perfeitamente limpas no momento da montagem. Não será permitido o
uso de escova metálica ou qualquer outro material que possa danificar a galvanização.
9.2.7. As seções horizontais devem estar montadas e ter todos os parafusos colocados antes
que qualquer componente das seções superiores seja superposto.
9.2.8. O içamento das seções das torres deverá ser executado conforme Plano de Montagem
aprovado por FURNAS.
9.2.9. As peças ou seções deverão ser manuseadas de modo a evitar empenamento e avarias à
galvanização. Não poderão ser movimentadas com estropos de aço desprotegidos.
9.2.10. Não será permitida a montagem de qualquer estrutura com falta de elementos indicados
nos desenhos.
9.2.11. Qualquer erro de fabricação das peças ou danos às mesmas, deverá ser imediatamente
comunicado para que se decida pela correção no campo, desde que autorizado por FURNAS, ou
devolução ao fabricante para providências.
9.2.12. O escareamento ou perfuração para correção do desalinhamento do centro dos furos, por
erro de fabricação das peças, somente poderá ser executado com prévia autorização de
FURNAS. Esses furos deverão ser protegidos com tinta anticorrosiva indicada pelo fabricante e de
comprovada eficácia, antes das conexões serem executadas.
9.2.13. As ferramentas deverão ser adequadas para não submeter os parafusos a esforços
excessivos nem deformar as porcas ou danificar a galvanização, bem como não forçar o ajuste
das furações. As ferramentas deverão ser verificadas periodicamente quanto ao seu estado de
conservação. Após o reaperto final de todos os parafusos, será verificado o torque de pelo menos
15% de todas as porcas, escolhidas aleatoriamente. A Contratada deve apresentar cópia do
certificado de calibração dos instrumentos de medição e demonstrar também que o dispositivo de
medição está compatível com as medições a serem realizadas e aprovado para uso.
9.2.14. Os calçados dos montadores não deverão ter, em seus solados, peças metálicas que
possam danificar a galvanização.
9.3. Tolerâncias
9.3.1. As estruturas autoportantes deverão ser montadas, aprumadas, niveladas e alinhadas com
relação ao eixo da linha. Para montagem deverão ser feitos os devidos controles admitindo-se as
tolerâncias indicadas a seguir:
9.3.1.1. Verticalidade - 3 mm/m de altura nominal da estrutura, medidos à altura das mísulas dos
condutores.
9.3.1.2. Alinhamento - menor ou igual a 10 cm, com referência ao eixo da linha.
9.3.1.3. Torção - 2 mm/m de altura nominal da estrutura, medidos entre as extremidades das
mísulas dos condutores e o plano vertical que passa pelo eixo da estrutura e é transversal ao eixo da
linha.
9.3.2. As estruturas estaiadas deverão ser montadas, aprumadas, niveladas e alinhadas com
relação ao eixo da linha. Para montagem deverão ser feitos os devidos controles admitindo-se as
tolerâncias indicadas a seguir:
9.3.2.1. Verticalidade - 6 mm/m de altura nominal da estrutura, medidos à altura das mísulas dos
condutores.
9.3.2.2. Alinhamento - menor ou igual a 10 cm, com referência ao eixo da linha.
9.3.2.3. Torção - 1º entre os eixos da mísula dos condutores e o plano vertical para passa pelo
eixo da estrutura e é transversal ao eixo da linha.
9.4. Torres estaiadas
9.4.1. A praça para montagem e levantamento das torres estaiadas deverá estar preparada.
9.4.2. Os métodos e técnicas para montagem e levantamento das torres serão de livre escolha
da Contratada sendo, no entanto, submetidos à aprovação de FURNAS. Esta aprovação não
exime a Contratada de total responsabilidade por dano ou falha que venham a ocorrer durante a
montagem e levantamento da torre e ancoragem dos estais.
9.4.3. Durante o processo de ereção das torres estaiadas, todos os esforços deverão ser
compatíveis com o recomendado pelo FABRICANTE.
9.4.4. Não será permitida a aplicação ou transferência de esforços horizontais para a fundação
central, nem o emprego dos cabos de estais e as respectivas fundações para auxiliar a operação
de levantamento.
9.4.5. As torres estaiadas poderão ser montadas no solo, para posterior ereção. Os locais de
montagem deverão permitir a execução dos serviços, sem que as peças sejam indevidamente
solicitadas.
9.4.6. Tendo em vista que as mísulas dos estais, cujos eixos serão perpendiculares aos eixos
das mísulas dos pólos, deverão estar montadas no mastro desde o início do processo de
levantamento da torre, a Contratada deverá submeter à aprovação da FISCALIZAÇÃO o método
de levantamento da torre estaiada que pretende adotar.
9.4.7. Em casos especiais, quando não for possível montar toda a torre no local de sua
instalação, poderá ser efetuado o levantamento por seções. É aconselhável que, nesses casos, se
monte o conjunto formado pelo mastro, estais e suas respectivas mísulas, no local da instalação
da torre. As mísulas dos condutores e dos cabos pára-raios poderão ser montadas em separado e
colocadas na torre após o levantamento do conjunto mastro + mísulas dos estais + estais.
9.4.8. Deverão ser colocados apoios de madeira, quando da montagem das torres estaiadas no
solo, para evitar aderência de lama e sujeira, e serão utilizados calços para suprir as
irregularidades no terreno.
9.4.9. Para as estruturas estaiadas, os parafusos e porcas deverão ter seu aperto final ainda no
solo, antes da ereção, com o torque indicado nos desenhos dos fabricantes.
9.4.10. Em todas as conexões os parafusos e porcas deverão ser instalados segundo o critério
adotado para as torres auto-portantes.
9.4.11. As estruturas deverão ser levantadas já com os estais fixados.
9.5. Estais
9.5.1. Imediatamente após o içamento, os estais deverão ser tracionados conforme indicado a
seguir:
9.5.1.1. Nas torres de alinhamento e deflexões até 1º , recomenda-se um pretensionamento de
13% da carga de ruptura dos estais; desta forma, a tração esperada nos mesmos, após o
lançamento dos cabos condutores, deve baixar para uma faixa de 5% a 10% de sua carga de
ruptura.
DEFLEXÃO DA LT
∅
1º a 2º 2º a 3º 3º a 4º 4º a 5º 5º a 6º
ESTAI
Notas:
a) Tensão em kgf.
b) Tolerância para os valores da tabela cima ± 2%
c) Após o lançamento dos cabos pára-raios e condutores, a tração dos estais internos ao ângulo não
deverá ser inferior a 2000 kgf, seja para o cabo 7/8”, seja para o cabo 1”.
9.5.2. O método utilizado para cortar o cabo do estai deve ser tal que o corte fique limpo e reto, e
de modo que não ocorra dano à galvanização.
9.6. Pintura das estruturas
A pintura das estruturas para fins de inspeção aérea, quando necessária será executada conforme
NBR-6535.
9.7. Revisão
Antes do lançamento dos cabos como também na entrega final da LT deverá ser feita revisão
completa em todas as torres para verificação do atendimento dos requisitos de projeto e
especificação.
9.8. Medidas de Segurança
9.8.1. Os montadores devem utilizar obrigatoriamente óculos de segurança com proteção UV e
radiação solar, cinto de segurança tipo pára-quedista dotado de talabarte de posicionamento com
regulagem e talabarte tipo “Y” com ganchos de ancoragem com abertura mínima de 100 (cem)
milímetros e absorvedor de energia.
9.8.2. Nos deslocamentos pela estrutura, os montadores deverão estar permanentemente
conectados a um ponto seguro da estrutura, através de sistema antiqueda (trava-queda guiado ou
retrátil).
9.8.3. Os cintos de segurança tipo pára-quedista dos montadores devem ser inspecionados
diariamente e imediatamente substituídos quando apresentarem qualquer tipo de anormalidade
que comprometa sua eficácia.
9.8.4. O talabarte de segurança e o de serviço deverão ser fixados em local seguro, que suporte
o peso do montador, tomando a precaução de não serem instalados em peças frágeis ou soltas.
9.8.5. Os montadores deverão obrigatoriamente utilizar capacete de segurança bem ajustado à
cabeça por meio de jugular, calçado de segurança anti derrapante e uniforme composto de calça
e camisa de mangas compridas confeccionadas em tecido resistente.
9.8.6. Quando em deslocamento (subida ou descida) nas torres os operários deverão ter suas
mãos inteiramente livres. Para o transporte de ferramentas e pequenas cargas deverão utilizar
sacolas, capangas de couro ou similar e cordas auxiliares.
9.8.7. Para o içamento de conjunto de peças pré-montadas deverão ser utilizadas cordas
apropriadas e guincho hidráulico estacionário, através de um arrevio conectado à parte inferior da
estrutura. Não será permitida a utilização de veículos de transporte de pessoal para içamento de
peças. Outros métodos de içamento poderão ser adotados desde que previamente apresentados
e aprovados por FURNAS no Plano de Montagem.
9.8.8. No içamento de peças ou conjuntos de peças por equipamento de guindar é obrigatório
verificar se as sapatas estão bem apoiadas em calços de madeira e o veículo com seu sistema de
frenagem acionado.
9.8.9. O equipamento de guindar deverá ser inspecionado diariamente em especial seus
componentes mecânicos e hidráulicos, verificando a existência de vazamentos de óleo no solo,
sanando o problema imediatamente.
9.8.10. É obrigatório verificar diariamente se a resistência dos equipamentos e acessórios de
içamento, tais como: cabos de aço, cordas, roldanas, talhas e tirfor, estão compatíveis com as
cargas a serem içadas. Deverão ser retirados imediatamente de serviço quando verificada
qualquer anormalidade.
9.8.10.1. Os dispositivos submetidos a esforços (mastro auxiliar, catraca, tirfor, moitão, manilha)
deverão ter sua capacidade de carga neles gravada. Deverá ser apresentado certificado que ateste a
capacidade de carga.
9.8.11. No deslocamento do falcão (mastro auxiliar de montagem) o montador que o acompanha
em sua parte inferior deverá estar permanentemente conectado ao trava-queda, com corda guia
apropriada e exclusiva para este fim, fixada no montante da estrutura.
9.8.12. O operador de equipamentos de içamento de cargas deverá emitir sinais sonoros de
advertência de forma a alertar a equipe de montagem quando da movimentação de peças. Uma
única pessoa deverá orientar o operador.
9.8.13. Ferramentas, peças, equipamentos e acessórios não poderão ser atirados das torres ao
solo e vice-versa, devendo ser descidos ou içados através de cordas.
9.8.14. As cordas utilizadas para içamento dos materiais deverão ser de poliamida (seda) sendo
proibido a utilização de corda de sisal e ou polipropileno. Deverão ser obrigatoriamente revisadas,
periodicamente e nunca guardadas molhadas ou em locais úmidos. As cordas com fibras partidas
ou gastas deverão ser substituídas imediatamente.
9.8.15. É proibido içar pessoal juntamente com estrutura ou parte desta.
9.8.16. Nas junções dos montantes (cobre-juntas) as porcas e parafusos deverão ser reapertadas
tão logo termine a montagem.
9.8.17. É proibida a montagem com tempo chuvoso, neblina ou outro fator que reduza a
visibilidade e/ou torne a estrutura escorregadia e com ventos que prejudiquem a execução dessa
atividade de forma segura.
9.8.18. É terminantemente proibida a descida do montador pela torre deslizando em seus estais
ou cordas. Também não será permitida a técnica de Rapel.
9.8.19. Mastro Auxiliar de Montagem (Falcão)
9.8.19.1. A resistência do mastro auxiliar utilizado em içamento de peça ou conjunto de peças
deverá ser compatível com os esforços das cargas içadas.
9.8.19.2. Deverá ser encaminhado a FURNAS o projeto do mastro auxiliar de montagem com
memória de cálculo estrutural desenvolvida por profissional habilitado.
9.8.19.3. Deverá ser apresentado o laudo de ensaio de carga atualizado e realizado por laboratório
credenciado pelo Inmetro.
9.8.19.4. Quando da utilização do mastro auxiliar de montagem, este deverá ser devidamente
apoiado e fixado de modo a garantir a segurança da operação. O seu deslocamento deverá ser feito
lentamente através de uma corda auxiliar exclusiva para esse procedimento.
9.8.19.5. Não será permitida a permanência ou trânsito de pessoas sob as cargas suspensas
durante a operação de içamento.
9.8.19.6. As peças e conjuntos de peças deverão ser içados lentamente de forma que logo de início
determine sua melhor condição de equilíbrio.
9.8.19.7. Deverão ser instalados rabichos (corda) em número suficiente para facilitar o içamento dos
conjuntos de peças e evitar que as peças enrosquem nas partes inferiores da estrutura.
9.9. Medidas de Segurança Adicionais
Medidas de segurança adicionais a serem tomadas na montagem das torres próximas à linha de
transmissão energizada:
9.9.1. Não será permitida a montagem de torres próximas às linhas energizadas sem prévia
autorização de FURNAS.
9.9.2. Todo o equipamento utilizado na montagem deve ser aterrado. Cabos auxiliares usados
para a montagem deverão ser de material não condutor, e, de preferência, de polipropileno. O uso
de luvas isolantes e botas de borracha serão obrigatórios.
9.9.3. Cada membro da torre, seção pré-montada ou torre completa, desde o momento em que
começa a ser elevado até o momento em que é instalado em sua posição definitiva, deverá ser
aterrado por meio de cabo-terra flexível.
9.9.4. As peças da torre, seções pré-montadas ou torres completas, devem ser depositadas ao
lado das novas fundações e o mais afastado possível da linha energizada, no lado oposto da
mesma.
9.9.5. Durante a montagem, um supervisor deverá permanecer junto ao local de trabalho,
orientando os operadores dos guindastes e observando os montadores, de modo a garantir que
todos os cabos, equipamentos e peças da torre sejam mantidos a distância segura da linha
energizada e/ou que estejam providos dos aterramentos de segurança.
9.9.6. Os supervisores devem ter pleno conhecimento das providências a serem tomadas em
situações de emergência e estarem familiarizados com as técnicas de primeiros socorros em
casos de acidentes provocados por descargas elétricas.
9.9.7. A empresa contratada deve alertar o pessoal da construção, antes do início das atividades
(treinamento introdutório) sobre os perigos decorrentes da indução elétrica e incutir em todos, o
hábito de, por precaução, considerar como energizado todo cabo, material ou equipamento que
não esteja visivelmente aterrado.
10.1.5. Como as ferragens das cadeias recebem acabamento especial, devem ser instalados
livres de abrasões, entalhes, rebarbas e elementos de contaminação, como terra e lama, que
prejudicariam seu desempenho futuro.
10.1.6. Somente poderão ser usados, para limpeza, trapos limpos e desprovidos de qualquer
material abrasivo. Não será admitido o uso de escovas metálicas, nem mesmo para as peças
metálicas.
10.1.7. Antes do içamento das cadeias será necessário verificar se todos os seus componentes
estão no lugar e se os parafusos, porcas, arruelas foram instalados corretamente e os contrapinos
posicionados de modo aberto.
10.1.8. O içamento das cadeias será feito com o máximo cuidado para evitar danificação ou
esforços anormais de flexão que possam ocasionar deformação. Para esta atividade é exigida a
aplicação de dispositivos de içamento adequados. As cadeias deverão ser levantadas sempre
pelo 3o isolador, deixando duas unidades livres para facilitar o encaixe na ferragem do lado da
torre.
10.1.9. Para o içamento da cadeia de isoladores é necessária a utilização do sistema de arrevio,
com o mínimo de três roldanas.
10.1.10. Após a montagem das cadeias, as cupilhas dos isoladores deverão ficar nas seguintes
posições:
a) com a cabeça voltada para a linha de centro da LT, nas cadeias de suspensão em "I".
b) com a cabeça voltada para cima nas cadeias de ancoragem e nas cadeias de suspensão em “V”.
10.1.11. As cupilhas dos conectores tipo concha deverão ficar, sempre que possível, na mesma
posição das cupilhas dos isoladores.
10.1.12. Todos os pinos ou parafusos deverão, obrigatoriamente, ser instalados de modo que a
perda do contrapino ou da porca não acarrete a queda imediata do pino ou parafuso.
10.1.13. Os pinos dos cavalotes, manilhas, grampos de suspensão e demais ferragens tipo garfo
deverão ser instalados, sempre que possível, com seus contrapinos voltados para a linha de
centro da torre nas cadeias das fases externas e para o lado dos parafusos degrau nas cadeias
da fase central.
10.1.14. A posição adotada para o contrapino, pino ou parafuso, de uma determinada ferragem ou
isolador, deverá ser mantida em todas as torres para que sua retirada seja facilitada no caso de
manutenção em linha viva.
10.1.15. Os parafusos que requeiram torque deverão ser apertados de acordo com o valor
indicado no desenho.
10.1.16. Não será permitida a utilização das cadeias para subir ou descer, durante qualquer etapa
dos serviços de construção da LT.
Fabricante;
11.2.3.2. O número de emendas deverá ser minimizado, dentro do possível, evitando-se o corte
freqüente dos cabos;
11.2.3.3. Serão admitidas emendas localizadas nos vãos de travessias sobre rodovias federais e
estaduais de primeira classe, ferrovias, vias navegáveis e linhas de transmissão e distribuição;
11.2.3.4. Não serão admitidas emendas a menos de 8 metros dos grampos de suspensão ou a
menos de 25 metros dos grampos de ancoragem;
11.2.3.5. Não serão admitidas mais de uma emenda num mesmo cabo dentro do mesmo vão.
11.3. Execução de travessias.
11.3.1. Esta atividade deverá ser executada com todas as cautelas, visando evitar danos aos
cabos pára-raios e condutores e ao mesmo tempo oferecer condições de segurança a terceiros. A
concessionária da Linha atravessada deverá ser previamente comunicada.
11.3.2. Além dos cuidados especiais especificados nas seções anteriores, devem ser observadas
as seguintes medidas:
11.3.2.1. Durante todo o tempo de execução da travessia, deverá ser mantido um responsável junto
à mesma supervisionando os trabalhos, munido de transceptor para contínua comunicação com a
base de lançamento, visando rápido controle de qualquer imprevisto que possa surgir com relação
aos cabos;
11.3.2.2. As travessias serão executadas de acordo com os projetos fornecidos por FURNAS. Nos
cruzamentos deverão ser tomadas as providências necessárias para impedir interferências com a
operação e manutenção dos obstáculos atravessados. Deverão ainda ser tomadas providências de
modo a evitar acidentes provocados por imperícias durante a execução das travessias;
11.3.2.3. Se houver qualquer necessidade de relocação de linhas de distribuição e de comunicação,
determinada pela construção da linha, tal serviço será providenciado em tempo hábil. Tal relocação
se fará de acordo com as normas de cada proprietária, com acabamento dentro dos padrões
exigidos, sob pena de responsabilidade da Contratada quanto aos danos ou prejuízos decorrentes do
não atendimento às exigências pré-estabelecidas;
11.3.2.4. Quando os serviços interferirem com o tráfego nas estradas, medidas de controle deverão
ser implementadas em concordância com o órgão responsável pela rodovia;
11.3.2.5. Sempre deverá ser solicitada à concessionária o desligamento das LT’s e LD’s
energizadas;
11.3.2.5.1. Na impossibilidade do desligamento cuidados especiais serão necessários para se evitar
que haja contato dos cabos com a linha atravessada através de estruturas de proteção
(empalcaduras) suficientemente seguras e solicitar a operadora da LT ou LD, o bloqueio de
religamento automático;
11.3.2.6. Nas travessias de LT's e LD's deve-se colocar um operário munido de um rádio
transmissor, interligando-o aos operadores do guincho e do freio, para que este os oriente quanto à
distância entre os cabos condutores da fase em lançamento e os cabos condutores da LT ou LD
atravessada.
11.4. Estruturas de proteção.
11.4.1. Na instalação ou retirada das estruturas de proteção de LT ou LD deverão ser
programados desligamentos junto às concessionárias de energia elétrica.
11.4.2. No caso de travessias de rodovias e ferrovias a concessionária deverá ser previamente
consultada.
11.4.3. Deverão ser instaladas estruturas de proteção para evitar danos tanto aos cabos a serem
lançados, quanto ao obstáculo a ser atravessado, inclusive as cercas de divisa de propriedade e
internas. Pois se existem é porque são necessários, ocorrendo o dano, deverá ser imediatamente
recuperado.
11.4.4. Os postes e as madeiras utilizados deverão ser de material resistente e de qualidade
apropriada ao fim a que se destinam. Os postes deverão ter a parte enterrada, no mínimo, igual a
10% do seu comprimento total, acrescido de 60 centímetros. Os postes suportando redes de
proteção deverão ser estaiados.
11.4.5. A subida nos postes de madeira ou concreto deve ser feita por pessoal especializado,
utilizando cinto de segurança tipo pára-quedista com utilização de trava queda tipo guiado.
11.4.6. Em cada poste do cavalete de proteção deverá ser previamente instalada uma corda guia
para utilização do trava quedas.
11.4.7. É obrigatório proceder os aterramentos temporários dos equipamentos utilizados na
instalação ou retirada da estrutura de proteção.
11.4.8. Caso não haja instruções específicas do órgão responsável pela rodovia, nos postes
situados no acostamento da estrada, deverão ser pintados sinais de advertência consistindo de
fundo amarelo até uma altura de 180 cm a partir do solo e listas pretas inclinadas de 45º de cima
para baixo e da esquerda para direita, com tinta fosforescente refletida, ficando as listas pretas e
amarelas com 12 cm de altura.
Esses sinais deverão ser facilmente visíveis pelos condutores de veículos que trafeguem nos dois
sentidos. Nas rodovias de maior importância poderão também ser exigida a utilização de
lâmpadas de advertência tipo "pisca-pisca". As instruções de sinalização adicionais que constem
das normas de trânsito também deverão ser cumpridas.
11.4.9. Quando houver possibilidade do condutor tocar o solo ou qualquer obstrução, deverão ser
instalados cavaletes ou apoios provisórios. Os cavaletes ou apoios deverão ter dimensões
suficientes para evitar deslocamentos dos mesmos, provocados pelo movimento do condutor.
11.4.10. Em todos os casos, o processo a ser utilizado deverá ser submetido à prévia liberação
por FURNAS que irá verificar a localização e as condições de segurança das estruturas de
proteção.
11.4.11. As estruturas de proteção deverão ser removidas dentro de cinco dias após o
grampeamento dos condutores. Todo o material utilizado deverá ser retirado da faixa dentro de
cinco dias após a remoção das estruturas, devendo ser feita à restauração completa das áreas
utilizadas, sendo as cavas preenchidas e compactadas até o nível do solo.
11.4.12. A instalação e a retirada das estruturas de proteção deverão ser executadas por equipe
especializada, com equipamentos adequados e supervisionadas por profissional de segurança.
Cuidados especiais deverão ser tomados nos casos das proteções para linhas de distribuição e
transmissão, devendo ser observadas as distâncias mínimas de segurança.
11.5. Roldanas
11.5.1. As roldanas para o lançamento do cabo condutor deverão atender aos requisitos:
a) ter os gornes revestidos de elastômero em bom estado de conservação e capaz de suportar as
temperaturas de trabalho sem se tornar quebradiço ou apresentar deformações permanentes;
b) no caso de feixe, serem adequadas para o lançamento simultâneo de todos os subcondutores de
uma mesma fase, devendo girar independentemente uma das outras;
11.5.1.1. Ter as seguintes dimensões e características:
a) diâmetro mínimo, medido de fundo a fundo do gorne, de 20 vezes o diâmetro do cabo;
b) profundidade mínima do gorne de 1,5 vezes o diâmetro do cabo;
c) diâmetro do sulco:
- para nº de camadas ou coroa de alumínio igual a 1 ou 2 (DRAKE, DOVE, IBIS, LINNET,
PARTRIDGE, .): 1,1 a 2,2 vezes o diâmetro do cabo;
- para no de camadas ou coroa de alumínio igual a 3 (RAIL, BLUEJAY, BITTERN, .): 1,1 a 1,5 vezes
o diâmetro do cabo;
- para no de camadas ou coroa de alumínio igual a 4 (BLUEBIRD, ): 1,1 a 1,25 vezes o diâmetro do
cabo.
d) ângulo das abas do gorne com a vertical: 15º a 20º.
11.5.2. As roldanas para o lançamento do cabo pára-raios (∅ 3/8" ou 7/16", aço galvanizado, 7
fios, tipo EHS ou HS) deverão atender aos requisitos:
11.5.2.1. Ter a superfície polida de modo a não danificar o cabo.
- para número de camadas ou coroa de alumínio igual a 4 (BLUEBIRD, ) - 1,05 a 1,25 vezes o
diâmetro do cabo;
d) ângulo das abas do gorne com a vertical: 5º a 15º.
11.6.4. Os freios deverão possuir dispositivos indicadores e limitadores de tensão. Os sistemas de
frenagem do freio e do guincho deverão manter o cabo tensionado quando o puxamento for
interrompido.
11.6.5. As bobinas deverão ser instaladas em cavaletes providos de frenagem hidráulica para
permitir o equilíbrio da tensão de frenagem nos cavaletes com o freio tensionador.
11.6.5.1. Os cavaletes deverão ser dimensionados de modo a poder receber bobinas de até 1168
mm (46") de largura por 2134 mm (84") de diâmetro, sem as tábuas de fechamento, com um peso
máximo de 6.000 kg (13230 lbs). O eixo do cavalete deverá ter um diâmetro de 67 mm (25/8"). As
tábuas de fechamento têm espessura de 50 mm e serão retiradas somente após o posicionamento
da bobina no cavalete e pronta para o desenrolamento.
11.6.5.2. Não será permitido o lançamento dos cabos a partir de bobinas danificadas que possam
estragar os mesmos. Poderá ser exigido que as bobinas danificadas sejam reparadas ou que o cabo
seja transferido para outra bobina antes do lançamento.
11.6.6. A posição do freio com relação às bobinas deverá proporcionar um ângulo de aproximação
tal que evite o atrito do cabo com as laterais dos gornes do tambor do freio. A distância entre o
cavalete das bobinas e o freio deverá ser adequada para permitir o desenrolamento contínuo,
evitando danos ao cabo.
11.6.7. Para evitar qualquer tendência ao afrouxamento dos fios das camadas externas dos cabos
na passagem pelo tambor do freio, a disposição do tambor deverá ser tal que, olhando no sentido
do puxador:
a) o cabo entre no tambor pelo lado esquerdo e saia pelo lado direito, quando o sentido do
encordoamento da camada externa for para a direita.
b) o cabo entre no tambor pelo lado direito e saia pelo lado esquerdo, quando o sentido do
encordoamento da camada externa for para a esquerda.
11.6.8. A localização dos equipamentos deverá ser tal que a declividade no cabo na estrutura
mais próxima não seja inferior à relação de 1 (um) na vertical para 3 (três) na horizontal.
11.6.9. Nas praças adjacentes às estruturas de ângulo, os equipamentos e ancoragem provisória
dos cabos deverão ser colocados em alinhamento com a direção do trecho onde o cabo será
lançado.
11.6.10. A localização das "praças" de lançamento deverá levar em conta as condições de solo,
vegetação e viabilidade de transporte de equipamentos e bobinas de cabos. Quando situadas em
terrenos desnivelados, o local deverá ser preparado adequadamente, evitando-se cortes
acentuados no terreno.
11.8.4. Nas LT's com circuitos horizontais, quando se fizer o lançamento fase por fase, deverá ser
lançado primeiro o(s) condutor(es) da fase central. Quando se fizer o lançamento simultâneo das
três fases, o(s) condutor(es) da fase central deverá(ão) passar pela roldana com um avanço de
pelo menos 15 metros com relação à qualquer das fases externas, que por sua vez, deverá estar
em avanço de, pelo menos, 7,5 metros em relação a outra.
11.8.5. A operação de lançamento deve ser feita no mesmo sentido, não sendo permitida a
situação de ter-se duas fases sendo tensionadas num sentido e a outra fase no sentido oposto.
11.8.6. Durante o lançamento não será permitido que os cabos toquem o chão ou qualquer
obstáculo que possa danificá-los. Nos terrenos planos, os cabos em movimento deverão ser
mantidos a uma altura mínima de 4 (quatro) metros do solo.
11.8.7. A tensão máxima imposta aos cabos durante o lançamento deverá ser aquela suficiente
para atender aos requisitos do item 11.8.6.
11.8.8. Sempre que possível, o desenrolamento de uma bobina deverá ser feito de uma só vez.
Deverá ser feita uma inspeção visual constante dos cabos na saída do freio. Se for constatado
qualquer defeito, o lançamento deverá ser paralisado e o local danificado deverá ser assinalado
com fita isolante para reparo posterior. Se o trecho danificado for de grande extensão deverá ser
providenciada a sua substituição.
11.8.9. Durante o lançamento só poderá ser permitida a passagem das luvas de emenda pelas
roldanas, desde que seja com o auxílio de dispositivo de proteção (passa–emenda) previamente
aprovado pelo fabricante das luvas e liberado por FURNAS.
11.8.10. Após o lançamento deverão ser reconstituídas todas as cercas eventualmente
danificadas durante a fase de instalação dos cabos.
11.9. Emendas
11.9.1. As luvas de emenda dos cabos condutores e pára-raios serão do tipo à compressão e
deverão ser executadas estritamente de acordo com as instruções de montagem fornecidas pelo
fabricante da luva e liberadas por FURNAS.
11.9.2. As matrizes utilizadas deverão respeitar todas as dimensões indicadas nos desenhos de
matrizes fornecidos pelo fabricante das luvas e liberados por FURNAS.
11.9.3. Deverão ser notificados, com antecedência suficiente, as datas e os locais de instalação
das emendas, cuja execução será obrigatoriamente assistida e liberada pela fiscalização.
11.9.4. Como precaução especial, durante a execução das emendas, deverá ser utilizado um
sistema eficaz de aterramento para evitar que qualquer montador possa ficar em série com os
dois trechos de cabo sendo emendados ou entre qualquer trecho de cabo e a terra.
11.9.5. Antes da execução das emendas, as extremidades do cabo anteriormente cobertas por
emendas giratórias ou meias elásticas deverão ser cortadas.
11.11. Nivelamento.
11.11.1. Todas as operações de nivelamento deverão ser feitas durante o dia. O nivelamento não
deverá ser feito quando da ocorrência de ventos fortes ou outras condições adversas que possam
impedir um trabalho satisfatório.
11.11.1.1. Caso o nivelamento seja executado 24 horas após o lançamento dos cabos nas roldanas,
deverá ser considerada a correção do "creep" do lançamento, conforme anexo 6A ou 6B.
11.11.2. O comprimento do trecho a ser nivelado de cada vez será determinado de modo a
permitir um nivelamento satisfatório. Caberá sempre uma verificação do trabalho final, julgando a
validade dos resultados do mesmo.
11.11.3. As operações de tensionamento deverão ser feitas cuidadosamente e dentro de um
ritmo regular, de maneira a evitar sobrecargas que provoquem deformação ou pré-tensionamento
dos cabos, causando uma deformação plástica ("creep") prematura.
11.11.4. Serão fornecidas as tabelas para nivelamento dos cabos condutores e pára-raios,
indicando as flechas com os cabos após o grampeamento e, onde necessário, com os cabos nas
roldanas e as correções para grampeamento. Essas tabelas para o cabo condutor serão
baseadas nas condições iniciais tendo em vista que não deverá ser utilizado o pré-tensionamento.
11.11.5. Como geralmente a distância entre estruturas de ancoragem é muito grande para permitir
o nivelamento em uma só operação, deverão ser utilizadas ancoragens provisórias intermediárias
nos cabos. Essas ancoragens não deverão provocar sobrecargas indevidas nas estruturas e
deverão ser aplicadas nos pontos de fixação dos cabos, mantendo-se a relação de três na
horizontal e um na vertical. Evitar sempre que possível às estruturas localizadas em áreas de
vegetação arbórea.
11.11.6. As flechas serão conferidas por meio de teodolitos ou outro instrumento ótico
previamente aprovado.
11.11.7. Os vãos para verificação da flecha durante o nivelamento serão determinados de acordo
com os seguintes critérios:
11.11.7.1. As flechas deverão ser verificadas simultaneamente nos vãos próximos às extremidades
do trecho sendo nivelado e os intervalos não superiores a 2,0 km, ou 5 vãos na seção de
nivelamento.
11.11.7.2. Na escolha dos vãos deverá ser dada preferência aos vãos de maior comprimento e com
menores desníveis.
11.11.7.3. As flechas deverão ser verificadas obrigatoriamente no seguinte vão:
a) travessias de rodovias, ferrovias e linhas de transmissão que possuírem projeto específico.
11.11.8. Durante o nivelamento dos cabos deverá ser exercido rigoroso controle da temperatura.
Para medir a temperatura dos cabos, o procedimento deverá ser o seguinte:
Cortar um pedaço de 1,80 m do cabo, retirando em seguida cerca de 60 cm da alma de aço em
uma das extremidades e recompondo o encordoamento das camadas externas.
Inserir um termômetro de contato na cavidade assim obtida, de modo que, o bulbo fique o mais
próximo possível da alma de aço. Este conjunto deverá ser colocado ao sol, na altura mínima de
3,60 m do solo, no mínimo 15 minutos antes de ser lida a temperatura. A temperatura deverá ser
medida nos dois vãos de controle situados nas extremidades da seção de nivelamento e a média
das duas leituras será considerada a temperatura para o nivelamento. A medição da temperatura
deverá ser repetida a intervalos máximos de uma hora.
11.11.9. As flechas deverão ser determinadas sempre em função da temperatura obtida pelo
processo citado no item anterior.
11.11.10. As flechas de todos os subcondutores de uma mesma fase, de um mesmo vão, deverão
estar na mesma posição relativa com relação à flecha dada na tabela de esticamento.
11.11.11. Será admitida uma tolerância de ± 1% com relação à flecha dada na tabela de
esticamento, limitada, no entanto ao máximo de 15 centímetros.
11.11.12. A diferença das flechas entre cada dois subcondutores dispostos horizontalmente, de
uma mesma fase, não poderá ser superior ao valor do diâmetro do cabo em questão, antes da
instalação dos espaçadores.
11.11.13. Após o nivelamento, em todas as estruturas, os cabos devem ser marcados de forma
indelével na interseção com a linha de prumo que passa pelo ponto de fixação da cadeia de
suspensão à estrutura. A operação de nivelamento deve ser programada de modo que a
marcação do prumo seja realizada obrigatoriamente, no mesmo dia em que for executado o
nivelamento. Caso a marcação não possa ser feita conforme exigido, o trecho em questão deverá
ser novamente nivelado.
11.11.13.1. A marcação acima indicada deve ser feita com fita isolante ou outro material que não
cause danos aos cabos. Não será permitido riscar os cabos com objetos pontiagudos ou qualquer
outro método de marcação que danifique os fios de alumínio.
11.11.14. Depois de executados o nivelamento e as marcações do prumo, todos os vãos do
trecho, com exceção dos utilizados na regulagem das flechas, deverão ser inspecionados, de
modo a se verificar se suas flechas são de forma e aparência corretas.
11.12. Fixação dos cabos pára-raios.
Deverão ser observados os desenhos de construção e montagem, bem como, os conjuntos
indicados na Lista de Construção.
11.13. Grampeamento de condutores
11.13.1. Após as marcações do prumo, os cabos deverão ser grampeados tão logo quanto
possível. O tempo decorrido entre as marcações do prumo e o grampeamento não deverá
exceder 96 horas, a menos que haja autorização por escrito, o que, entretanto não elimina a
responsabilidade por qualquer dano que os cabos venham a sofrer, em decorrência da excessiva
permanência nas roldanas de lançamento.
11.13.2. Os cabos deverão ser adequadamente aterrados no local de trabalho antes do início dos
trabalhos de grampeamento. Nas estruturas de ancoragem, deverão ser tomadas precauções
adicionais para evitar que qualquer montador venha a ficar em série com a extremidade do cabo e
a terra, durante a colocação dos grampos ou dos "jumpers".
11.13.3. Nos casos em que estiver prevista a utilização de correções para o grampeamento, a
posição do centro do grampo de suspensão será marcada a partir da marca do prumo, utilizando a
correção dada nas tabelas de esticamento fornecidas por FURNAS.
11.13.4. Os grampos terminais dos cabos condutores e pára-raios serão do tipo à compressão. A
compressão deverá ser executada estritamente de acordo com as instruções de montagem
fornecidas pelo fabricante do grampo e liberadas por FURNAS.
As matrizes utilizadas deverão respeitar todas as dimensões indicadas nos desenhos de matrizes
fornecidos pelo fabricante dos grampos e liberados por FURNAS.
11.13.5. Deverão ser notificados, com antecedência suficiente, as datas e os locais de instalação
dos grampos terminais à compressão, cuja execução será obrigatoriamente assistida e liberada
pela fiscalização.
11.13.6. Após compressão, as rebarbas porventura existentes deverão ser limadas e depois
polidas com lã de aço para permitir um acabamento adequado.
11.13.7. Deverão ser utilizadas chaves dinamométricas para obter os torques recomendados
pelos fabricantes. A Contratada deve apresentar cópia do certificado de calibração dos
instrumentos de medição e demonstrar também que o dispositivo de medição está compatível
com as medições a serem realizadas e aprovadas para uso.
11.13.8. Deverão ser evitados todos os dispositivos e métodos de trabalho que possam danificar o
condutor.
11.13.9. Após a conclusão do grampeamento, as cadeias de suspensão, incluindo os balancins,
deverão se situar no plano vertical e transversal ao eixo da linha. Serão admitidas as seguintes
tolerâncias:
11.13.9.1. ± 2,5 cm em terreno plano ou ondulado;
11.13.9.2. ± 7,5 cm em terreno acidentado.
11.16.1. A instalação de esferas de sinalização diurna nos cabos pára-raios, quando necessária,
para fins de inspeção aérea, deverá ser executada de acordo com a NBR 7276.
11.16.2. Nos vãos próximos aos aeroportos deverão ser instaladas nos cabos pára-raios, esferas
de sinalização diurna e/ou lâmpadas de sinalização noturna para aeronaves, de acordo com as
indicações específicas nos desenhos do projeto.
11.17. Revisão dos serviços de instalação dos cabos.
11.17.1. Antes da entrega final da LT deverá ser feita revisão total dos serviços de instalação dos
cabos, inclusive dos acessórios e ferragens, para que seja verificado o atendimento aos requisitos
desta Especificação.
11.18. Medidas de segurança na etapa de instalação dos cabos.
11.18.1. As atividades de instalação de cabos condutores, pára-raios e acessórios não deverão
ser realizadas com tempo chuvoso.
11.18.2. Todos os equipamentos, cabos, morcetes e acessórios devem estar em boas condições
de uso. As ferramentas, os acessórios e os equipamentos devem ser compatíveis com o esforço
solicitado. É obrigatório fazer inspeções periódicas em todos acessórios.
11.18.3. Aterramento
11.18.3.1. Deverá ser realizado um sistema de aterramento adequado em cada praça ao qual
deverão estar ligados todos os equipamentos desta praça, incluindo ancoragens provisórias,
estruturas. As conexões deverão ser realizadas por meio de conectores adequados, não sendo
admitidas conexões por simples enrolamento de um fio sobre outro ou similar.
11.18.3.2. Um aterramento do tipo móvel deverá ser instalado a 6m, no máximo, do freio e do guincho
de modo que todos os subcondutores, cabos terra, cabo piloto e cabo-guia estejam constantemente
aterrados. Os aterramentos móveis devem ser instalados de acordo com as recomendações do
fabricante, devendo exercer sobre o cabo uma pressão suficiente para permitir a estabilidade
mecânica do conjunto e um contato elétrico de baixa resistência.
11.18.3.3. Durante as emendas provenientes de ancoragens provisórias, bem como nas de meio de
vão, os cabos deverão estar sempre aterrados nos dois lados da emenda.
11.18.3.4. Quando o lançamento de um trecho terminar, deve ser adotado o seguinte procedimento:
a) Instalar aterramentos móveis nos condutores;
b) Instalar os “comealongs”;
c) Descer os condutores até a ancoragem provisória;
d) Instalar um aterramento temporário, colocando um grampo adequado no condutor e ligando o
cabo de aterramento a hastes de terra,
e) Ancorar os condutores;
11.18.4. Deverá ser efetuada uma inspeção detalhada nos equipamentos e acessórios utilizados
antes do lançamento, verificando as condições gerais de uso.
11.18.5. A operação da passagem do balancim pelas roldanas deve ser atentamente observada
por um operário que disponha de equipamento com comunicação direta com o operador do
guincho e do freio.
11.18.6. A operação de lançamento deve ser interrompida quando ocorrerem rajadas de vento.
11.18.7. As ancoragens provisórias (morto) devem ser do tipo apropriado, com suficiente rigidez
para suportar os condutores, sem causar esforços indevidos nas torres adjacentes.
11.18.8. Proteger os pontos de ancoragem provisória dos cabos no solo, para evitar que se soltem
acidentalmente ou por vandalismo.
11.18.9. Quando do lançamento, os operários devem permanecer afastados dos cabos não sendo
permitido a permanência destes sob os mesmos.
11.18.10. Durante o lançamento é obrigatório, em áreas urbanas, providenciar sinalização de
advertência ao trânsito de pedestre e/ou veículos.
11.18.11. Distribuir o pessoal ao longo do trecho de lançamento, equipado com rádio transmissor
interligado com o guincho e o freio.
11.18.12. Não será permitida a permanência de operários posicionados na estrutura durante a
atividade de lançamento de cabos.
11.18.13. Será obrigatória a retirada dos pregos das bobinas de cabos e das tábuas que
protegem os cabos.
11.18.14. As ferramentas para o corte dos cabos devem estar em boas condições e adequadas
ao uso. Não será permitida a utilização de ferramenta provida de disco para corte dos cabos.
11.18.15. Quando em revisão final, as extremidades dos trechos da LT onde se realizará o
serviço, devem estar devidamente aterradas.
11.18.15.1. A remoção dos aterramentos indicados acima só deve ser efetuada após a conclusão
da linha, estando fechadas as chaves tripolares de aterramento nas subestações terminais, de forma
a assegurar o aterramento da linha à malha de terra das subestações.
11.18.16. Os equipamentos e acessórios utilizados nos serviços de lançamentos de cabos devem
ser aterrados, bem como, os cabos condutores na saída do freio. As máquinas usadas nestes
serviços devem estar sempre dotadas de cabine telada, para a proteção do operador, bem como,
de dispositivos de aterramento eficazes.
11.18.17. Após o lançamento, os cabos ancorados no solo devem ser aterrados com conectores
adequados para segurança de operários e terceiros.
11.18.18. Nas praças do freio e do guincho deve ser feito um aceiro perimetral, para evitar que
qualquer incêndio venha atingir as praças de lançamento.
11.18.19. O operador do guincho, devido ao intenso ruído produzido pelo motor deverá usar
audio-fone interligado ao rádio transmissor, garantindo assim, o recebimento perfeito das
mensagens. Os ajudantes que executam atividades próximas ao guincho deverão
obrigatoriamente usar protetor auricular.
11.18.20. Não utilizar trena de aço na marcação da flecha para grandes distâncias.
11.18.21. Os operários devem ser orientados quanto ao risco de aprisionamento das mãos e da
ruptura súbita da prensa, que deverá ser protegida contra projeção de estilhaços provenientes da
ruptura.
11.18.22. O operário que faz a instalação e remoção dos morcetes, nos cabos, para abaixamento
ou elevação destes na atividade de emendas, deve descer do cabo antes de iniciar estas
operações, não deixando partes do corpo sobre o cabo.
11.18.23. A equipe que confecciona as emendas, deve possuir um sistema que permita a
comunicação, diretamente com as praças de manobras.
11.18.24. As mangueiras de alta-pressão da prensa e conexões devem ser inspecionadas
periodicamente.
11.18.25. Inspeções periódicas devem ser efetuadas por profissionais especializados, nos
isolamentos do circuito elétrico do gerador, bem como, do cabo de alimentação do motor da
prensa, antes e durante a sua utilização.
11.18.26. Não será permitida a utilização da cadeia de isoladores para acesso aos cabos
condutores. Devera ser utilizada para isso uma escada fixada ao montante da mísula da torre.
Utilizar trava quedas tipo retrátil ou tipo guiado fixado em ponto de ancoragem seguro na mísula.
11.18.27. Os conjuntos de acessórios ou peças não devem ser movimentados sobre as cabeças
dos operários que estiverem trabalhando no nível do solo, nem estes devem transitar sob aqueles
que estiverem trabalhando na estrutura.
11.18.28. As ferramentas e ferragens não podem ser atiradas das torres ao solo, nem vice-versa,
devem ser içadas ou descidas através de cordas.
11.18.29. As cordas utilizadas no içamento de materiais devem ser sempre revisadas e nunca
guardadas molhadas ou em locais úmidos. As cordas com fibras partidas ou gastas devem ser
substituídas de imediato.
11.18.30. Os cabos de aço devem ser verificados antes de qualquer serviço; não podendo
apresentar fios partidos ou qualquer ruptura.
11.18.31. A fixação do arranjo de içamento dos cabos durante a grampeação deverá ser feita no
ponto indicado pelo projeto.
11.18.32. Antes de se realizar qualquer trabalho em que seja necessário entrar em contato com
os cabos condutores já lançados, é obrigatório que nas estruturas adjacentes, bem como, na que
se está trabalhando, os cabos condutores e pára-raios sejam conectados a terra, através de
aterramentos provisórios.
11.18.33. O operário que estiver sobre os cabos não deve receber nem entregar qualquer material
condutor diretamente a outro que estiver na estrutura.
11.18.34. Na instalação dos jumpers o operário que executar o aterramento dos cabos deve ligar
primeiramente uma das pontas do cabo aterrador à torre, e em seguida, conectá-lo aos cabos
condutores, utilizando um bastão isolante. Após os trabalhos realizados, o operário já na estrutura
deve executar a operação na seqüência inversa, ou seja, primeiramente remove a conexão dos
cabos condutores, com o auxílio do bastão isolante e em seguida, retirar a ligação da estrutura.
11.18.35. Todos os acessórios devem ser içados ou descidos por cordas secas, não será
permitida a utilização de corda de sisal ou polipropileno.
11.18.36. Não será permitido o deslocamento de pessoas no cabo pára-raio para instalação das
esferas de sinalização. Caso seja necessária a utilização do cabo pára-raio para alguma atividade,
a Contratada devera apresentar o método a ser empregado para aprovação de FURNAS.
11.18.37. Nos deslocamentos sobre os cabos condutores, os montadores devem fazer o uso dos
cintos de segurança tipo pára-quedista, com o gancho do talabarte de segurança conectado aos
cabos.
11.18.38. Antes da energização da LT, certificar-se de que não existe nenhum operário em
contato com a mesma e que todos os aterramentos provisórios foram retirados.
11.18.39. Requisitos adicionais para trabalhos nas proximidades de linhas de transmissão
energizadas:
11.18.39.1. As medidas indicadas a seguir deverão ser adotadas durante as operações de
instalação dos cabos condutores e pára-raios nos casos de paralelismo e cruzamentos com linhas de
transmissão energizadas. Estas medidas são adicionais às indicadas no item 11.18.3.
11.18.39.2. Durante os serviços em questão, deverá ser mantido no local um profissional da área
de segurança industrial com a responsabilidade de fazer cumprir as medidas de segurança
especificadas.
11.18.39.3. Os planos de lançamento apresentados (ver item 11.2) deverão incluir,
detalhadamente, as medidas de segurança adotadas e deverão permitir a verificação de sua
conformidade com os requisitos abaixo. A liberação deste plano por FURNAS não exime a
Contratada de sua responsabilidade em caso de acidentes provocados pela proximidade das linhas
de transmissão energizadas.
11.18.39.4. Não será permitido o início das operações de lançamento sem prévia autorização de
FURNAS.
11.18.39.5. O sistema de aterramento das praças de lançamento deverá ser adequado às
condições de exposição da linha sendo lançada e às características do solo local
11.18.39.6. Após o lançamento de um trecho e antes de emendar os subcondutores e cabos
pára-raios, os mesmos devem ser aterrados em todas as torres de amarração e ancoragem
provisória. Dependendo das particularidades de cada trecho, poderá ser necessário o aumento do
número de aterramentos.
11.18.39.7. As equipes de grampeamento, bem como, as de instalação de acessórios deverão
trabalhar sempre em trechos aterrados, devendo este procedimento ser também adotado quando da
utilização de carrinhos ou bicicletas.
11.18.39.8. Após o nivelamento e grampeamento de uma seção da linha, os cabos deverão ser
aterrados a intervalos de 3 km ao longo da mesma por meio de "jumpers" ligando-os às torres. Os
cabos nas estruturas extremas do trecho também deverão ser aterrados. O sistema de aterramento
dos cabos condutores e cabos pára-raios deverá ser mantido até o término da construção da linha,
sendo removido somente após o aterramento da linha às subestações terminais.
11.18.39.9. Será obrigatório nos trabalhos juntos à linha de transmissão energizada, sujeitos a
induções e transferências de potencial, o uso de luvas isolantes e demais equipamentos de proteção
individual (EPI).
11.18.39.10. Para a execução e remoção dos aterramentos deverão ser utilizados equipamentos
para linha viva.
11.18.39.11. Além das medidas de segurança mencionadas deverão ser consultadas a EP-1588 e a
Instrução 704 - Medidas de Segurança para Construção de Linhas de Transmissão Paralelas à LT´s
Energizadas para que se verifique a necessidade de se adotar medidas adicionais.
11.18.40. A Contratada deverá comprovar junto a FURNAS a eficácia de todas as medidas de
segurança propostas.
12. Revegetação
12.1. Diretrizes Gerais
13.4.2. Limpar o terreno, retirando lixo, restos de materiais de construção, mobiliário, utensílios
domésticos e de uso pessoal, roupas e calçados, equipamentos de proteção industrial, madeira,
ferragens, frascos de produtos tóxicos e inflamáveis, óleos e graxas, sucata de equipamentos,
pneus, restos de concreto em locais de antigas centrais e outros entulhos.
13.4.3. Não queimar nenhum tipo de resíduo.
13.4.4. Não descartar resíduos nos terrenos vizinhos nem em rios, córregos, nascentes,
transportando todo material para locais autorizados, tais como, aterros sanitários ou outros locais
devidamente autorizados pelo órgão competente.
13.4.5. Desativar fossas negras e sépticas.
13.4.6. Recuperar vias de acesso, porteiras, mata-burros e outras benfeitorias.
13.4.7. Recompor o perfil do terreno e recuperar a cobertura vegetal.
13.4.8. No caso de devolução de instalações cedidas temporariamente, incluir os seguintes
procedimentos:
13.4.8.1. Inspecionar as instalações elétricas e hidráulicas para evitar riscos de choques elétricos e
vazamentos.
13.4.8.2. Limpar fossas negras e sépticas.
13.4.8.3. Limpar caixas de água e verificar suas condições. Tampas danificadas devem ser
substituídas.
13.4.9. Obter um documento que ateste o recebimento do terreno e/ou instalações nas condições
acima descritas, das prefeituras e dos proprietários, por ocasião da devolução dos mesmos.
13.5. Áreas de empréstimo
13.5.1. Cumprir as normativas legais, inclusive ambientais, que regem a exploração de jazidas e
evitar a multiplicidade de locais de extração de materiais.
13.5.2. Priorizar a escolha de áreas de empréstimo em locais desprovidos de cobertura florestal.
Em locais com cobertura florestal, suprimir a vegetação da área de empréstimo preservando a
vegetação do entorno.
13.5.3. No caso em que a área de empréstimo selecionada estiver em exploração ou já explorada,
precaver-se objetivamente, com fotos e informando ao órgão competente, de modo a evitar a
possibilidade de ser posteriormente responsabilizado pela recuperação da totalidade da área
explorada.
13.5.4. Retirar a camada de solo orgânico e estocar provisoriamente em área adjacente à jazida
para posterior utilização na sua recomposição vegetal.
13.5.5. Implantar sistemas de drenagem em bancadas e taludes e medidas provisórias de
proteção contra a ação erosiva das águas pluviais, durante a exploração da jazida, até que esta
seja recuperada em sua forma definitiva.
13.5.6. Evitar interferências pela deposição de particulados em cursos e outros corpos de água.
13.5.7. Em terrenos sujeitos a alagamento e de lenta drenagem, a abertura das escavações deve
ser concomitante com a implementação de um sistema de drenagem.
13.5.8. Interromper imediatamente as atividades que envolvam movimentação ou revolvimento de
solo, informando a FURNAS, caso sejam encontrados materiais de interesse para a arqueologia.
13.5.9. Não extrair areia, seixo ou outros materiais do leito de cursos de água.
13.5.10. Implementar a recuperação das áreas de empréstimo através de drenagem e
revegetação com espécies da região, ao término das atividades, conforme Plano de Recuperação
de Áreas Degradadas - PRAD.
13.6. Áreas de bota-fora
13.6.1. Escolher locais de bota-fora em conformidade com a legislação, evitando topos de morro,
áreas de encostas, margens de cursos de água e talvegues. Preferencialmente utilizar áreas de
bota-fora existentes e licenciadas.
13.6.2. Cumprir as diretrizes constantes na Resolução CONAMA 307/2002 – “Projeto de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil”.
13.6.3. Retirar e estocar provisoriamente a camada de solo orgânico para posterior utilização na
recomposição vegetal da área.
13.6.4. Não depositar materiais perigosos ou tóxicos em locais não autorizados.
13.6.5. Obedecer a requisitos legais para evitar erosão, emanação de odores desagradáveis,
contaminação do lençol freático e a interferência por deposição de particulados em cursos e
corpos de água.
13.6.6. Impedir a deposição de lixo doméstico, resíduos sanitários ou detritos industriais em locais
não apropriados.
13.6.7. Implementar a recuperação das áreas de bota-fora através de drenagem e revegetação
com espécies da região, ao término das atividades, conforme Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas - PRAD.
13.7. Obras civis próximas a cursos de água.
13.7.1. Evitar o corte de vegetação, limitando-se ao mínimo necessário, de acordo com o previsto
na Autorização de Supressão de Vegetação, emitida pelo órgão ambiental competente.
13.7.2. Dimensionar e implantar dispositivos para as travessias de cursos de água de modo a
evitar a deposição de particulados, bem como, manter as condições de fluxo de água durante e
após o término da obra.
13.7.3. Quando necessário, providenciar o escoramento das margens para impedir a queda de
materiais sólidos e semi-sólidos em seu leito.
13.7.4. Conduzir as atividades preservando as matas ciliares e a fauna associada.
13.7.5. Planejar a movimentação dos equipamentos pesados nas diversas frentes de serviço
realizando as construções temporárias necessárias. Deverá ser evitado o trânsito desses
equipamentos nos cursos de água.
13.7.6. Tomar precauções para impedir a contaminação dos cursos por vazamentos de óleo de
equipamentos e veículos. É vetada a lavagem de equipamentos e veículos no curso de água.
13.8. Supressão de vegetação
13.8.1. Suprimir vegetação somente nos locais autorizados pelos órgãos ambientais competentes,
observando as áreas e/ou volumes constantes nas Autorizações.
13.8.2. Nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável as áreas de preservação permanente,
tais como: topos de morros e matas ciliares, limitar as dimensões das áreas a serem desmatadas
ao estritamente necessário. Nas Unidades de Conservação de Proteção Integral é vetado o corte
de vegetação.
13.8.3. Evitar ao máximo o corte de vegetação, mesmo nas áreas onde não existam restrições ao
mesmo.
13.8.4. Preservar sempre que possível, árvores de grande porte ou de interesse paisagístico, e
nos casos de corte seletivo abatê-las sem causar danos às demais.
13.8.5. A atividade de supressão deverá ser supervisionada por técnico florestal ou agrícola.
13.8.6. Procedimentos de Corte
13.8.6.1. Capacitar a mão-de-obra para o uso de motosserra e quanto aos procedimentos
necessários à conservação do meio ambiente. O operador de motosserra deverá ter formação
profissional específica ou experiência comprovada.
13.8.6.2. Abater as árvores em direção as áreas desprovidas de vegetação, preferencialmente, em
direção oposta ao caminhamento de abertura, visando facilitar a retirada das mesmas, bem como,
não afetar, desnecessariamente, o entorno. Na faixa de servidão, a queda das árvores deverá ser
conduzida para o centro da mesma. Em praças de montagem das torres e de lançamento dos cabos,
a derrubada das árvores deverá ser conduzida do centro para a periferia, até que seja possível
inverter o sentido do desmatamento, ou seja, suprimir a vegetação da borda para o centro da área.
13.8.6.3. Proceder à poda preliminar da copa, em caso de árvores de grande porte que possam
causar danos externos à faixa de corte, para evitar o impacto adicional à vegetação remanescente.
13.8.6.4. Manter a vegetação herbáceo-arbustiva para evitar processos erosivos no solo.
13.8.7. Procedimentos de desgalhamento
13.8.7.1. Proceder o desgalhamento e o corte dos galhos não comerciais em pequenos pedaços,
após a derrubada das árvores, distribuindo o material foliar, preferencialmente, ao longo da faixa de
servidão. Este procedimento tem como objetivos facilitar a decomposição dos restos vegetais, não
entulhar a faixa de servidão e auxiliar o processo de regeneração e crescimento da vegetação.
13.8.7.2. Prever a possibilidade de aproveitamento como lenha, pelo proprietário, dos galhos com
diâmetro superior a 5 cm nas pontas mais finas.
13.8.8. Procedimentos de traçamento
13.8.8.1. Traçar os troncos em segmentos, após o corte e desgalhamento, visando a sua retirada da
área para o aproveitamento da madeira com valor comercial.
13.8.8.2. Definir o comprimento das toras de acordo com os interesses dos proprietários das áreas
sob intervenção e conforme as possibilidades locais de aproveitamento da madeira.
13.8.9. Procedimentos de retirada e empilhamento do material lenhoso
13.8.9.1. Retirar e empilhar as toras em locais que permitam o posterior carregamento e transporte
para seu destino final, após a cubagem do mesmo.
13.8.9.2. Proceder à retirada das toras de preferência manualmente, uma vez que esse método
minimiza o impacto sobre a vegetação remanescente e sobre os solos.
13.8.9.3. Não será permitido o empilhamento das toras ao longo de cursos d’ águas e drenagens
naturais.
13.8.9.4. Ficará a cargo de Furnas providenciar a Autorização de Transporte de Produtos Florestais
junto ao órgão competente. Caso o material não interesse ao proprietário, caberá à Contratada
planejar e transportar ao seu destino final, em comum acordo com FURNAS.
13.9. Recuperação de áreas degradadas
As áreas alteradas pela construção do empreendimento deverão ser recuperadas de acordo com as
recomendações e exigências decorrentes do processo de licenciamento ambiental do
0,40m (quarenta centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma que os
compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam rigorosamente o
isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.
14.1.16. É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento.
14.1.17. O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e
limpeza.
14.1.18. É obrigatório no alojamento, o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os
trabalhadores. Deverão dispor de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que
garanta as mesmas condições, na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco)
trabalhadores ou fração.
14.1.19. É vedada a permanência de pessoas com moléstias infecto-contagiosa nos alojamentos.
14.2. Água Potável e Alimentos
14.2.1. Todas as equipes devem possuir recipientes apropriados, garrafa térmica, em quantidade
adequada. Deverá ser fornecida água filtrada e fresca, com copos descartáveis ou copos
individuais. É proibida a utilização de água de córregos e minas de origem duvidosa.
14.2.2. Os alimentos acondicionados para serem consumidos no campo não devem ser facilmente
deterioráveis e devem obrigatoriamente ser acondicionados em embalagens descartáveis.
14.2.3. Os resíduos alimentares gerados nas frentes de serviço, bem como, os recipientes
descartáveis deverão ser recolhidos e transportados para local onde deverão ter destino e
tratamento adequados.
14.2.4. A empresa contratada deverá manter nutricionista que deverá elaborar cardápio
energeticamente balanceado e que faça o acompanhamento do preparo das refeições e das
condições de higiene.
14.3. Transporte de Pessoal
14.3.1. Os veículos utilizados para o transporte de pessoal deverão ter no máximo 10 anos de uso
e estar em perfeitas condições de funcionamento.
14.3.2. A condução do veículo deve ser feita por condutor habilitado que possua o curso de
condutor de passageiro.
14.3.3. A utilização de veículos, a título precário para transporte de passageiros, somente será
permitida em vias que não apresentem condições de tráfego para ônibus. Em condições normais
o transporte de pessoal deverá, obrigatoriamente, ser efetuado em ônibus, micro-ônibus, vans e
similares.
14.8.2. Todo o material empregado na instalação dos aterramentos temporários utilizados durante
a construção, devem ser mantidos limpos, secos e em bom estado de conservação. As superfícies
das peças a serem conectadas não devem apresentar sinais de oxidação, gordura ou qualquer
outro defeito que possa aumentar a resistência dos contatos.
14.8.3. Os cabos empregados nos aterramentos temporários devem ter o comprimento
estritamente necessário para execução da ligação a terra, evitando-se flechas excessivas.
14.8.4. Quando os subcondutores de uma mesma fase forem aterrados, os cabos de interligação
dos subcondutores devem ter comprimento compatível, e estarem ligados entre si e a um conector
tipo morsa que será instalado no mesmo ponto da torre ou haste de aterramento.
14.8.5. Quando a fase for constituída por mais de um condutor, todos os subcondutores do feixe
devem ser aterrados, utilizando-se dispositivos apropriados (clusters) que liguem eletricamente
entre si os grampos de aterramento colocados em cada subcondutor. Os espaçadores ou
espaçadores-amortecedores utilizados normalmente não podem ser considerados como um meio
efetivo de ligar eletricamente entre si os subcondutores de um feixe.
14.8.6. A colocação e retirada de todos os aterramentos temporários utilizados durante a
construção deve ser feita na seguinte ordem:
14.8.6.1. Colocação
a) instalar a ligação a terra;
b) instalar o grampo que liga o objeto condutor ao aterramento temporário, utilizando um bastão
isolante.
14.8.6.2. Retirada
a) remover o grampo que liga o objeto condutor ao aterramento temporário, utilizando um bastão
isolante.
b) remover a ligação a terra.
14.8.7. Ao colocar ou retirar o grampo que liga o objeto condutor ao aterramento temporário, deve
ser mantida uma distância de segurança a qualquer parte metálica não aterrada:
14.8.7.1. Para 750 kV - 7,50 m
14.8.7.2. Para 600 kV - 6,00 m
14.8.7.3. Para 500 kV - 5,00 m
14.8.7.4. Para 345 kV - 3,50 m
14.8.7.5. Para 230 kV - 2,30 m
14.8.7.6. Para 138 kV - 1,38 m
TREINAMENTOS E PALESTRAS
CARGA
TREINAMENTO DESCRIÇÃO HORÁRIA PRÉ-REQUISITOS
(h)
Segurança no serviço de instalação de cadeia de Participação no Módulo 25 para
16 6
isoladores acesso as estruturas
Segurança no serviço de lançamento de cabo Participação no Módulo 25 para
17 12
piloto e cabo pára-raio acesso as estruturas
Segurança no serviço de lançamento de cabos Participação no Módulo 25 para
18 12
condutores acesso as estruturas
Segurança no serviço de emenda de cabos para Participação no Módulo 25 para
19 6
raios e condutores acesso as estruturas
Segurança no serviço de regulagem e nivelamento Participação no Módulo 25 para
20 6
de cabos acesso as estruturas
Segurança no serviço de grampeação de cabos para Participação no Módulo 25 para
21 12
raios e condutores acesso as estruturas
Participação no Módulo 25 para
22 Segurança no serviço de instalação de jumpers 4
acesso as estruturas
Participação no Módulo 25 para
23 Segurança no serviço de instalação de acessórios 6
acesso as estruturas
Segurança no serviço de revisão final e Participação no Módulo 25 para
24 6
comissionamento acesso as estruturas
Ser classificado como montador e
25 Segurança no serviço de escalada em estrutura 12 apresentar o ASO (Atestado de
Saúde Ocupacional)
Segurança no serviço de escalada e deslocamento
26 12 Não há
em arvore
Participação no Módulo 25 para
27 Segurança no serviço de pintura de estruturas 12
acesso as estruturas
28 Aterramento temporário na construção de LT 8 Não há
(1) No caso emenda aérea deverá ser ministrado o treinamento Processo de Escalada
Método 100% Conectado como pré-requisito
(2) Os treinamentos de nº 07, nº 15 até o nº 23 serão ministrados para todos os envolvidos
nessas frentes de serviço, sendo que a parte prática, (Processo de Escalada Método 100%
Conectado) será ministrada apenas para os oficiais.
14.10.3. Os treinamentos deverão demonstrar os riscos existentes em todas as atividades a
serem executadas pelas empresas contratadas.
14.10.4. Para gerentes, supervisores e encarregados será, obrigatoriamente, ministrada palestra
sobre Responsabilidades Técnica, Civil e Criminal decorrentes do Acidente do Trabalho.
14.10.5. Para motoristas e condutores de veículos será, obrigatoriamente, ministrado o
treinamento de Direção Defensiva.
14.10.6. Para todos os oficiais que trabalhem ou que tenham a probabilidade de trabalhar em
altura superior a 2,0 (dois) metros, será ministrado obrigatoriamente o treinamento Processo de
Escalada Método 100% Conectado.
14.10.7. Em Função da necessidade, FURNAS, através do Departamento de Segurança e Higiene
Industrial (DSH.G) ministrará, a seu critério, outros treinamentos visando a preservação da
integridade física dos trabalhadores.
14.10.8. Será obrigatória a liberação dos trabalhadores das empreiteiras, em seu horário de
trabalho, para participação nos treinamentos de segurança durante o empreendimento.
14.10.9. FURNAS exigirá que as empresas contratadas possibilitem a realização dos
treinamentos, e caso necessário, deverá utilizar os meios contratuais legais para efetivar a sua
realização.
14.11. Recomendações Adicionais
14.11.1. As equipes de trabalho deverão ser dimensionadas considerando a carga de trabalho a
ser aplicada em cada trabalhador e equipe. Deverão ser previstas paradas para descanso,
revezamento dos trabalhadores na execução das atividades e reposição de água e sais minerais
no organismo desses trabalhadores.
14.11.2. Deverão ser colocados vigias nos locais passíveis de provocarem choques elétricos em
pessoas desavisadas que circulem pela obra, durante as horas em que não houver trabalho, de
dia e de noite. Como exemplo, podem ser mencionados:
a) Praças de lançamento e de execução de emendas;
b) Locais em que estejam instaladas hastes de aterramento;
c) Cabos situados a uma altura reduzida do chão, de tal forma que possam ser tocados.
d) Como medida de segurança adicional, devem ser instaladas nesses locais placas de “PERIGO”,
em pontos visíveis e em número suficiente para serem notadas por pessoas que se aproximem,
Anexos:
Anexo 1 81
EXEMPLO DE DRENAGEM DE ESTRADA DE ACESSO
Anexo 2 EXEMPLOS DE CORTES EM ENCOSTAS QUE DEVEM SER
82
EVITADOS
TR
ILH
AD
E
AC
E SS
O
TO DA L
CA
E
LO
RR
CONVENÇÕES:
DELIMITAÇÃO DA BACIA
TALVEGUE
CANALETA DE DRENAGEM
(Anexo 1)
ZONA PROPENSA À
PENETRAÇÃO D' ÁGUA
ESTRADA
DE ACESSO
ATERRO A EVITAR
(PODERÁ ESCORREGAR
SOBRE A TORRE)
ESTRADA
DE ACESSO
(Anexo 2)
C
L
d
H ( I)
-∆
+∆
FA IX A D E S E R V ID Ã O
138 6,5
230 7,0
345 8,0
500 8,5
600 10,0
750 12,0
(Anexo 3)
(anexo 4)
)
(a
Área A
Área C Área C
Área B
FAIXA DE SERVIDÃO
(Anexo 4A)
(Anexo 5)
Fig. B
250
240
230
220 (Anexo 6A)
210
200
Tempo de Permanência nas Roldanas (horas)
250
240
230
220
210
Tempo de Permanência nas Roldanas (horas)
200
190 CAA : 45/7
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
3 4 5 6 7 8 9 10 11
Temperatura (ºC)
(Anexo 6B)
250
240
230
220
210
Tempo de Permanência nas Roldanas (horas)
200
190 CAA : 54/19 e 54/7
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
3 4 5 6 7 8 9 10 11
Temperatura (ºC)
(Anexo 6C)
(Anexo 07)
65
45
2,5
5
6
LT ...
200
TORRE...
F
U
R
N
A
180 S
- dimensões em cm
- placa em madeira maciça
- fundo na cor branca (Anexo 8)
- letras e números com 5 cm de altura, na cor preta
Anexo 09
1. Objetivo
2. Aplicação
3. Descrição do Procedimento
• Definir e apresentar o método para escaladas das estruturas, pelos profissionais, podendo
ser:
Método do bastão com gancho de ancoragem e trava-quedas de corda.
Método do bastão com gancho de ancoragem e trava-quedas retrátil.
Método dos talabartes de segurança (tipo y).
• Descrever os cuidados que serão tomados para evitar e/ou reduzir os impactos no meio
ambiente nas diferentes etapas de trabalho.