Você está na página 1de 20

1

SEMINÁRIO BATISTA GRANDES LAGOS

JEFFERSON CARLOS DA SILVA

LIVROS POÉTICOS E SAPIENCIAIS

JALES/2023
2

JEFFERSON CARLOS DA SILVA

JÓ: AUTORIA, ÉPOCA/CONTEXTO HISTÓRICO, ESBOÇO E


A MENSAGEM DO LIVO.

Trabalho apresentando ao Curso de Teologia


do Seminário Batista Grandes Lagos, como
requisito parcial à obtenção do título de
Médio em Teologia, sob a supervisão do Pr.
Luciano Peterlevitz.

JALES/2023
3

Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................4

2. O LIVRO DE JÓ ...........................................................5

3. AUTORIA .....................................................................6

4. CONTEXTO HISTÓRICO ...........................................9

5. ESBOÇO .....................................................................10

6. MESAGEM .................................................................17

7. CONCLUSÃO .............................................................19

8. BIBLIOGRAFIA...........................................................20
4

1. INTRODUÇÃO

Construção de um trabalho para aprovação na disciplina de livros Poético e


Sapienciais, para conhecimentos para a execução do ministério eclesiástico e sabedoria para
transformar o comportamento e se aproximar mais do criador. Pesquisas foram realizadas em
diversos referencial teórico sobre o assunto e questão envolvendo a autoria, contexto histórico
e o conteúdo de livros.

O livro de Jó por muitos comentaristas apresentam dualidade literária, mas


está relacionado dentro da classificação teológica dos livros poéticos, contém ensinos que
explica a grandeza, a soberania de Deus, que é justo, integro, poderoso e criador, o livro de Jó
ensina que a perseverança é a chave para vitória.
5

2. O LIVRO DE JÓ.

O livro de Jó traz a narrativa onde o personagem central é humano, um


homem chamado Jó que vivia na terra Uz, integro, justo, temia a Deus e evitava fazer o mal,
era sacerdote de sua casa, tinha o hábito de oferecer holocausto para purificar seus filhos.

Os estudiosos estão em dúvidas se o termo ivyob (Jó) procede da língua


árabe ou da hebraica. Se a palavra por oriunda do árabe, então o nome pode significar ‘voltar”
ou “arrepender”. Se o nome proceder do hebraico, então o sentido seria “o odiado” ou “o
perseguido”. A narrativa de arrependimento e perseguição estão no decorrer do livro.
6

3. AUTORIA DO LIVRO DE JÓ.

Autoria
Para muitos comentaristas, a dualidade literária no livro de Jó (prosa –
poesia) sugere uma multiplicidade de autores e épocas diferentes. Entretanto, a análise de
diversos textos egípcios e mesopotâmicos demonstra que a intercalação entre prosa e poesia
era bastante comum no mundo antigo, (PINTO, 2006, p. 431).
Vários elementos no livro de Jó indicam à época patriarcal, e sugerem a
antiguidade da história de Jó:

1) O livro de Jó não menciona o povo de Israel e não faz referência a nenhum fato antigo da
história de Israel.

2) O livro não menciona a lei de Moises, a torah. Isso sugere uma data antes do êxodo do
Egito.

3) O livro não menciona o sacerdócio levítico, nem qualquer um dos santuários de Israel
(tabernáculo ou o templo de Jerusalém). Isso sugere uma data anterior às grandes instituições
culticas do Antigo Testamento. Jó é o próprio sacerdote da casa, como na era patriarcal. Ele
como sacerdote prestava holocausto para sua família. ⁵ Terminado um período de banquetes,
Jó mandava chamá-los e fazia com que se purificassem. De madrugada ele oferecia um
holocausto em favor de cada um deles, pois pensava. Jó 1:5

4) A riqueza de Jó é parecida com as de Abraão e Jacó.

¹⁶ Ele tratou bem a Abrão por causa dela, e Abrão recebeu ovelhas e bois, jumentos e
jumentas, servos e servas, e camelos. Gênesis 12:16

Em Jó (1:3) mostra que possuía ovelhas, camelos, jumentos, bois na época de Abraão ele
praticava os possuía os mesmo tipos de rebanho.

5) Jó viveu aproximadamente 200 anos, ¹⁶ Depois disso Jó viveu cento e quarenta anos; viu
seus filhos e os descendentes deles até a quarta geração.¹⁷ E então morreu, em idade muito
avançada. Essa idade avançada era comum na era patriarcal.

⁷ Abraão viveu cento e setenta e cinco anos. Gênesis 25:7

²⁸ Isaque viveu cento e oitenta anos. Gênesis 35:28


7

²⁸ Jacó viveu dezessete anos no Egito, e os anos da sua vida chegaram a cento e quarenta e
sete. Gênesis 47:28

6) A terra de Jó estava sujeita à invasões de grupos tribais. “¹⁵ e os sabeus atacaram e os


levaram embora. Mataram à espada os empregados, e eu fui o único que escapou para lhe
contar! "

¹⁶ Enquanto ele ainda estava falando, chegou outro mensageiro e disse: "Fogo de Deus caiu
do céu e queimou totalmente as ovelhas e os empregados, e eu fui o único que escapou para
lhe contar! "

¹⁷ Enquanto ele ainda estava falando, chegou outro mensageiro e disse: "Vieram caldeus em
três bandos, atacaram os camelos e os levaram embora. Mataram à espada os empregados, e
eu fui o único que escapou para lhe contar! " (Jó1:15-17). De acordo com os textos de
Ugarite, tais invasões eram comuns no início do segundo milênio a.C.

7) Jó é mencionado juntamente com Noé, em ” ¹⁴ Mesmo que estes três homens — Noé,
Daniel e Jó — estivessem nela, por sua retidão eles só poderiam livrar a si mesmos, palavra
do Soberano Senhor. ²⁰ juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, mesmo que Noé,
Daniel e Jó estivessem nela, eles não poderiam livrar seus filhos e suas filhas. Por sua justiça
só poderiam livrar a si mesmos. Ezequiel 14:14 e 20 (Obs.: o “Daniel” mencionado por
Ezequiel é um personagem desconhecido da época patriarcal). Daniel, não é o que foi
colocado na cova dos leões.
Por todas essas informações, é possível situar a história de Jó na época dos
patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Já a escrita do livro certamente ocorreu em outra época. De acordo com uma
tradição judaica (registrada no Talmude babilônico), Moisés teria escrito a história de Jó
quando esteve em Midiã, por volta de 1445-1405 a.C. Por outro lado, alguns estudiosos
defendem que o livro teria sido redigido por Salomão, na época em que a literatura e a
sabedoria israelitas começaram a florescer em Israel. Outros ainda acreditam que o livro teria
sido redigido depois da queda de Jerusalém (586 a.C.) e o sofrimento individual de Jó seria a
representação do sofrimento coletivo de Judá no exílio babilônico.
A também relatos que sugerem que é Eliu, o jovem que fala antes da
resposta de Deus.
8

No entanto, o livro de Jó é anônimo, e não podemos fazer uma afirmação


contundente acerca da autoria. Gusso assevera: “Seja como for, é bom destacar: mesmo que a
escrita seja razoavelmente moderna é possível que a história seja muito antiga, tendo sido
transmitida de forma oral, por muito tempo antes de ser sido colocada por escrito” (GUSSO,
2012, p. 16).
O livro de Jó não tem um autor identificado, mas vale lembrar que o
verdadeiro autor foi Deus. Todas as pessoas que escreveram as Escrituras foram inspiradas
por Deus (2 Timóteo 3:16-17). Ele guiou quem quer que tenha escrito o livro de Jó.
9

4. CONTEXTO HISTÓRICO.

Não há informações sobre os personagens da história. Jó, o personagem


principal do livro, perdeu tudo o que possuía e adquiriu uma enfermidade parecida com lepra.
Enquanto ele lutava para entender o que estava acontecendo com ele, dá a entender que ele
não deveria saber os motivos. Ele teria que enfrentar a vida e as explicações retidas e as
respostas aconteceriam com o desenvolvimento de sua fé, uma vez que conhecia o Senhor de
ouvir falar.

A localização da terra de Uz é incerta. Sabemos apenas que Uz tinha


pastagens e colheitas abundantes e animais semelhantes aos de Abrão” possuía sete mil
ovelhas, três mil camelos, quinhentas parelhas de boi e quinhentos jumentos, e tinha muita
gente a seu serviço. Era o homem mais rico do oriente” (Jo1:3), estava localizado perto de
uma área selvagem, “quando, de repente, um vento muito forte veio do deserto e atingiu os
quatro cantos da casa, que desabou. Eles morreram, e eu fui o único que escapou para lhe
contar! " (Jó 1:19) e estava perto o suficiente dos sabeus e caldeus para ser invadido, ” um
mensageiro veio dizer a Jó: "Os bois estavam arando, e os jumentos estavam pastando por
perto, e os sabeus atacaram e os levaram embora. Mataram à espada os empregados, e eu fui
o único que escapou para lhe contar! Enquanto ele ainda estava falando, chegou outro
mensageiro e disse: Fogo de Deus caiu do céu e queimou totalmente as ovelhas e os
empregados, e eu fui o único que escapou para lhe contar! Enquanto ele ainda estava
falando, chegou outro mensageiro e disse: Vieram caldeus em três bandos, atacaram os
camelos e os levaram embora. Mataram à espada os empregados, e eu fui o único que
escapou para lhe contar! " (Jó1:14-17). Uz também é mencionado em Jeremias, “o faraó, o
rei do Egito, seus conselheiros e seus líderes, todo o seu povo, e todos os estrangeiros que lá
residem; todos os reis de Uz; todos os reis dos filisteus: de Ascalom, Gaza, Ecrom e o povo
que restou em Asdode”(Jeremias 25:19,20). A maioria dos estudiosos acredita que Uz estava
localizado a leste do rio Jordão, perto de Canaã (Israel), onde viviam os judeus (aqueles a
quem Deus se revelou primeiro).

Independente de quando e onde aconteceu a história vimos que Deus tinha


confiança que Jó não o negaria, por pior que fosse a situação de luta.
10

5.Esboço

O esboço do livro de Jó pode ser organizado da seguinte forma.

Começa com uma narrativa no capítulo um e dois; Deus se reúne com os


anjos e satanás, o nome de Jó é mencionado por duas vezes, que é justo, integro,
irrepreensível, temente a Deus e desvia do mal. Jó passa por dois teste com Deus.

No primeiro teste, Deus permite que satanás tira todos os bens de Jó, ao
perder tudo inclusive seus filhos e servos, rasgou seu manto, prostrou seu rosto em terra e
adorou o Senhor. “Ao ouvir isso, Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então
prostrou-se no chão em adoração”. (1:20)

No segundo teste, Jó havia perdido seus bens, Deus permite que satanás toca
em sua carne, sua saúde foi afligida de forma que raspava as feridas com caco de telha, em
tudo isso Jó se submeteu e não pecou contra o senhor. “Jó respondeu: "Você fala como uma
insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal? " Em tudo isso Jó não pecou com
os lábios.” (2:10)

Discurso de Jó, de seus amigos. Acontece a partir do 3:1 até 37:24.

Primeiro ciclo de discurso começa no capítulo três e termina no


quatorze.

Jó começa o discurso depois de sete dias e sete noite se lamentando do mal


que havia acontecido aos seus amigos Elifaz, Bildade e Zofar, eles haviam saído de suas
regiões e vindo mostrar solidariedade a Jó. “Depois se assentaram no chão com ele, durante
sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viam como era grande o seu
sofrimento.” (2:13) Jó começa seu discursso reclamando com Deus, amaldiçoou o dia do seu
nascimento, desejou a morte, mas ela não vinha, fez várias reclamações com Deus.

Elifaz é o primeiro amigo a responder para Jó, como mostra o capítulo


quatro e cinco, questiona a vida piedosa, a integridade de Jó, como pode uma pessoa com
essas qualidades passar por dificuldades, Elifaz declara ter visto os insensatos a ser
amaldiçoados, perderem suas colheitas, mas o justo não, o sofrimento não brota do pó, não é
para o justo, mas Jó poderia apresentar para Deus seus erros, que o livraria das suas dores de
angustia.
11

Jó responde o discurso de Elifaz: Reclama que as flechas do Senhor estão


cravadas sobre ele, não tinha mais força, esperança, havia perdido todos os seus recursos, mas
tinha esperava em receber compaixão de seus amigos e não acusação, não havia iniquidade
em seus lábios e maldade em sua boca. Jó desabafa, é melhor morrer estrangulado do que
viver assim.

O amigo Bildade inicia seu primeiro discurso levando Jó a implorar a Deus


por misericórdia, isso o tornaria íntegro e puro, se implorar o Senhor ouvirá, “se você for
íntegro e puro, ele se levantará em seu favor e o restabelecerá no lugar que por justiça cabe
a você.” ( 8:6), O destino dos que esquece de Deus é sem esperança afirma Bildade.

Jó responde: Não tinha palavra para argumentar com Deus, embora


inocente, era incapaz de argumentar com Ele, não daria ouvidos e multiplicaria suas feridas,
Deus não é homem para confrontar em juízo, estava com medo de sua vara, embora seu
sofrimento era de apavorar. Jó se queixava com Deus, pois era inocente e Ele estava causando
sofrimento em sua vida, se fosse culpado não o deixaria sem punição, pois mesmo inocente
está mergulhado na aflição, mais uma vez declara que seria melhor ter morrido ao nascer, não
ter existido.

Zofar faz seu primeiro discurso, acusando Jó de estar impuro, “ Ah, se Deus
lhe falasse, se abrisse os lábios contra” (8:5) se Deus falasse com você, revelaria seus erros,
se Ele convoca um tribunal, ordena a prisão, identifica os enganadores, reconhece a
iniquidade, pois tudo vê. Zofar acusa Jó de culpado e se arrepender e consagrar seu coração,
afastar do pecado, não permitir que a maldade habite em sua tenda, seus erros serrão aguas
passadas, invés de suspiro de morte terá esperança.

Jó responde a acusação de Zofar: é um homem justo, integro, e se tornou


um mero objeto de riso para seus amigos. Jó houve o discurso de seus amigos e vê que são
sábios, responde demonstrando que é tão sábio quanto eles, defende a sua casa dos seus
amigos que o difamam e reclama, se ficassem calados mostraria sabedoria e mesmo que Deus
o mate, ainda esperaria nele, andaria certo em seus caminhos, havia perdido a esperança no
favor de Deus achando que ele estava causando sua dor, mas não iria abrir sua boca contra
Ele.

Segundo ciclo de discurso inicia no capítulo quinze com Elifaz e termina


no vinte e um com Jó.
12

Elifaz no segundo discurso, continua sua acusação a Jó; que não são eles
que estão condenando, mas a sua própria boca, está sufocando a piedade de Deus, as palavras
de sua boca se dirige contra Deus, então como pode ser puro, ser justo, Elifaz em seu segundo
discurso é mais intenso em insistir que Jó assuma uma postura de erro contra Deus, faz
argumentos sobre a vida dos ímpios, dando exemplo do comportamento do ímpio e que são
aterrorizados a vida toda, quando se sente em tempo de paz vem os ladrões e atacam, o ímpios
estão as sempre no destino das trevas.

Jó responde Elifaz; que já ouviu muitas palavras deles, eles não sabem
consolar um amigo, se estivesse no lugar deles procuraria encorajá-los, suas palavras seria
para levar alívio e coragem. As forças estão esgotadas, e os homens abrem suas bocas e
olhares contra ele para difamar. Jó fala que seu espírito está quebrantado, seus dias se
encurtam, a sepultura o espera, que Deus tornou o seu sofrimento alegria para seus
adversários, então fala aos seus amigos, suas novas tentativas de afrontas não tem nenhuma
sabedoria, ele perdeu as esperança, o que resta é aguardar a sepultura.

Bildade no seu segundo discurso responde com novos argumento a Jó: Para
de falar, de reclamar e proceder com sensatez, pois trata seus amigos como ignorantes perto
dos seus conhecimentos. Concentra seus argumentos nas ações de desgraça na vida do ímpio,
mostra a Jó que a atitude do ímpio tem como consequência punição.

Jó responde: até quando vão atormentar com palavras, se desviou do mal,


manteve a sua integridade e usam a sua humilhação para ofender, ele não fez mal a Deus,
grita por socorro, mas não tem resposta, as trevas estão a sua volta, sua coroa foi retirada de
sua cabeça, sua esperança foi arrancada, seus irmãos e amigos se afastaram, seus servos não o
responde mesmo que os implore, sua mulher acha seu hálito fedido, seus irmãos tem nojo
dele, todos os seus amigos se afastaram. Jó fala aos seus amigos que estão perseguindo, da
mesma forma que Deus está. Quando for destruído, chegar a sepultura verá o Senhor com
seus próprios olhos e terá alívio.

Zofar capitulo 20 faz o seu segundo discurso de acusação, certamente vocês


sabem que sempre foi assim, desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra,
o sorriso dos homens maus é passageiro, a alegria do ímpio dura apenas alguns instantes.
Zofar também faz seu discurso mostrando que os ímpios não ficam impunes e seus
descendentes são levados como escravos, o destino dos ímpios é ser destruídos por Deus.
13

Jó então responde a acusação: os ímpios vivem e chegam a velhice, seus


descendentes crescem diante dos seus olhos, seus lares permanecem seguro e livres do medo,
o Senhor não os toca em suas vidas, seu rebanhos e animais não abortam, os ímpios passam
sua vida na prosperidade e descem a sepultura em paz. Eles dizem a Deus que não quer
conhecer os teus caminhos e continuam com suas vidas. Jó faz o seu discurso dizendo que tem
pessoas que morrem em seu pleno vigor, outros com a alma amargurada, outras fazem o mal e
Deus não o retribui com o mal, o que falam não servem de consolo, soam como pura
falsidade.

Elifaz no capítulo 22 intensifica seus conhecimento e vai terceira


acusação contra Jó.

Elifas fala: Verifica onde está seu erro com Deus, isso justifica porque está
vivendo essa tribulação, se justifique com Ele, te deixará em paz e renovará sua prosperidade.
"Sujeite-se a Deus, fique em paz com ele, e a prosperidade virá a você. (22:21)” Elifaz mais
uma vez em seu discurso pressiona Jó a assumir uma postura de erro e reconciliar com Deus.

Jó responde estar em amargura, a mão pesada de Deus causa gemidos, se


soubesse como o encontrar, como se achegar ao Senhor Todo-poderoso falaria, mas não sabe
como fazer isso, para onde vai, o Senhor não está, não consegue ver. Mas ele conhece os
caminhos por onde andou, não errou contra o Senhor, está limpo como ouro. ” Mas ele
conhece o caminho por onde ando; se me puser à prova, aparecerei como o ouro.”(23:10) Jó
persevera em suas respostas em dizer que em nenhum momento se afastou dos caminhos do
Senhor. ” Não me afastei dos mandamentos dos seus lábios; dei mais valor às palavras de
sua boca, do que ao meu pão de cada dia. Mas ele é ele! Quem poderá fazer-lhe oposição?
Ele faz o que quer” (23:12,13). Também mostra conhecimento de comportamento dos homens
que roubam, faz maldade e não sevem o Senhor. Por alguns momentos parecem ser exaltados,
mas o senhor atento vigia todos os caminhos quando não esperam são destruídos, são colhidos
como espiga de um cereal.

Bildade faz seu terceiro discurso no capítulo 25 acusando Jó. O domínio e o


temor pertence a Deus, nada se opõe a ele, o homem diante da pureza e a justiça de Deus não
passa de um verme.

Jó responde: isso não ajudou como conselho, conhece tudo isso, nada está
fora dos olhos de Deus, suspende a terra sobre o nada, forma nuvens das águas, com poder
agita o mar, com seu sopro limpa o céu, ninguém pode compreender. Jó reclamou que Deus
14

negou justiça, amargurou sua alma, mas enquanto estiver vivo manterá se integro e reto aos
caminhos do Senhor. O ímpio, o injusto não tem como clamar a Deus no dia de angustia,
quando perder sua vida não terá esperança.

Jó faz um logo discurso, começa no capítulo 28 até o 32. Começa


falando: a família, a prata, a casa, tudo estão sujeito aos acoites de destruição, os homens
deitam rico, e nunca mais será. O homem consegue extrair o ferro, a prata, o ouro, consegue
cavar um poço em lugar esquecido, as mãos dos homens consegue cavar túneis nas rochas,
porém a sabedoria não procedo do homem, ou de outro ser vivente, não se compra sabedoria,
só Deus conhece o caminho da sabedoria.”Deus conhece o caminho; só ele sabe onde ela
habita, pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo dos céus”. (28:23,24)

Jó prossegue seu discurso no capítulo 29: tem saudade dos dias em que
tinha bens, família, servos, dias em que o Senhor era como luz por onde caminhava, as
pessoas o respeitava; ele socorria e ajudava os pobres, as viúvas, os aleijados, os homens o
escutavam ansiosos por seus concelhos. Pensava que morreria em sua casa em numerosos dias
de vida. Mas agora eles zombam dele, mantêm distancia, preparam armadilhas para seus pés,
sua dignidade foi levada pelo vento, e sua vida está em sofrimento. As dores correm sem
cessar, clama ao Senhor, mas não tem resposta. No passado chorou pelas dificuldades dos
outros, agora esperava o bem deles, mas faz o mal. Sua pele escurece e cai, seu corpo queima
de febre.

Jó no capítulo 31: demonstra seu temor ao Senhor, da exemplos de cuidado


que tomou para não pecar contra Deus, tomou cuidado com seu olhos para não fazer cobiça,
não agiu com falsidade, não se deixou seduzir o coração por outra mulher, agiu com justiça
com seus servos, ajudou os pobres, viúvas e os órfãos, ajudou os necessitados, deu abrigo aos
estrangeiros, Deus estava sempre em primeiro lugar na sua vida, sua boca não pecou contra o
Senhor,“Não é ruína para os ímpios, desgraça para os que fazem o mal? Não vê ele os meus
caminhos, e não considera cada um de meus passos?” (31:3,4) a visão de Jó é que Deus age
contra os ímpios e os que fazem o mal, pois Ele vê todos passos dos homens e observa a cada
um, aqui termina seu discurso.

No capítulo 32 Eliú que não havia falada e ouvido todas as conversas começa seu
discurso.

Indignado com tudo que havia ouvido dos amigos. Justificativa da parte de
Jó e acusações dos amigos. Eliú afirma ter esperado todos falar por ser jovem e achar que os
15

mais velhos é que tinha sabedoria para falar. Nos capítulos seguintes, Eliú demonstra que
tinha sabedoria, conhecimento sobre os aspectos de Deus e como se relacionar com Ele. Seu
depoimento prepara o caminho para Deus se apresentar a Jó. Começou falando que o espírito
dentro do homem mostra sabedoria de Deus, não é só os mais velhos que são sábios e nenhum
dos três consegui mostrar em seu conhecimento que Jó estava errado. Então começa dizendo
que o e o espírito está impulsionando a falar. Jó você disse que é inocente, está limpo sem
pecado, mas Deus está considerando como inimigo. Mas isso não está certo, Deus é maior que
o homem, a verdade é que Ele fala ao homem, ora de um jeito, ora de outro, mesmo que o não
perceba, fala em sonho, em visão a noite, pode falar nos ouvidos, fala para ajudar a prevenir
em suas más ações. Eliu fala a Jó, se o homem estiver no leito de morte sem condição para
viver pode encontrar resgate orando a Deus e receber renovo, tanto para o justo ou para o que
pecou, ele ora a Deus e recebe o seu favor, não acusa como outros amigos, mas pede para ver
se tem erro pode corrigir.

O que mostra na vida de Jó até aqui é era uma pessoa integra e demonstrava
temor a Deus, mas não tinha ainda ouvido a voz de Deus, conhecia por ouvir falar. Eliu era o
mais novo, mas demonstrava ter mais sabedoria, conhecimento e experiências de como se
relacionar com Deus, Jó afirma ser integro e Deus se tornou inimigo mesmo assim, Eliu
afirma: Deus não faz o mal, não pratica iniquidade, ele retribui ao homem conforme a sua
conduta, mas não perverte a sua justiça. "Por isso escutem-me, vocês que têm conhecimento.
Longe de Deus esteja o fazer o mal, e do Todo-poderoso o praticar a iniquidade”. (34:10)

Eliu mostra para Jó um Deus que ele ainda não conhecia, justo, poderoso,
governa sobre todos, misericórdioso, não faz mal ao justo e torna prospero os que pratica
iniquidade, mas se arrepende. Eliu fala a Jó: Acaso você sabe como Deus comanda as nuvens,
com faz relâmpagos brilhar, como faz as nuvens ficar suspensas? Essas maravilhas são
daquele que tem o perfeito conhecimento, que pode todas as coisas, tem poder sobre todos e
tudo. Eliu através de sua fala anuncia a vinda do Senhor, Deus está vindo, e Ele realmente
vem e fala com Jó.” Do norte vem luz dourada; Deus vem em temível majestade. ²³ Fora de
nosso alcance está o Todo-poderoso, exaltado em poder; mas, em sua justiça e retidão, não
oprime ninguém. (37:22,23). O senhor se apresenta a Jó e pode agora ouvi-lo.

Duas entrevista de Javé com Jó, começa no capítulo 38.1á 42.6.


16

No capítulo 38 a 41 o Senhor responde a Jó, e ele se arrepende de todas as reclamações que


fez achando que Deus tinha tornado seu inimigo, seu perseguidor, não tinha esse
conhecimento sobre Deus.

Deus aparece a Jó com perguntas, quem é você para apagar meus conselhos
sem conhecimento? Deus começa uma série de perguntas a Jó, que fica calado. Onde você
estava quando formei ao alicerce da terra? Quem marcou seus limites e dimensões? Quando
criei as estrelas onde você estava? Quando represei o mar, quando formei as nuvens e
determinei seus limites, onde você estava? O boi selvagem, você consegue passar a noite com
ele no curral? O Beemote, você consegue prendê-lo Jó? Pois eles me obedecem. Deus falou
com Jó, mas não respondeu o porquê passou por tantas lutas.

Jó responde ao Senhor que é indigno de abrir sua boca, havia reclamado,


mas não iria mais abrir sua boca contra o Senhor. Quando Jó responde ao Senhor é para dizer
que o Senhor pode todas as coisas, quando reclamou, falou de coisas que não entendia, coisas
tão maravilhosas, mas não conhecia, antes ele conhecia o Senhor de ter ouvido falar a teu
respeito, agora os seus olhos te viram, Jó se arrependeu de tudo que que declarou reclamando,
achando que o Senhor estava o perseguindo como inimigo.

Depois de ter falado com Jó, o Senhor fala com Elifaz, Bildade e Zoar, que
não falaram certo ao seu respeito com Jó, Ordena que vão até ele, ofereçam holocaustos, ele
orará por eles e serão perdoados da loucura que cometeram. Jó orou por seus amigos e o
senhor o tornou próspero novamente dando o dobro ao que tinhas antes.
17

6. MENSAGEM

A soberania de Deus é afirmada

O principal propósito do livro de Jó não é justificar as razões do sofrimento


do justo, muito menos responder à pergunta “porque o justo sofre?”. Na verdade, o propósito
do livro é declarar a grandeza, a soberania de Deus. O justo e o injusto estão sujeito ao
sofrimento, pois no mundo habita o pecado, as enfermidades e as fatalidades estão sujeitas a
todos que vivem na terra. O livro mostra que o importante não é querer entender o porquê do
sofrimento, mas o ato de prostrar diante de Javé reconhecendo que sua sorte está nas mãos
de um Deus amoroso, gracioso e tem poder para fazer qualquer coisa, só Ele pode mudar sua
situação, como fez com Jó restaurando e restituindo tudo que havia perdido. O ápice do livro
está em Jó 38:1 “Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade. Disse ele” onde
Javé se auto apresenta como o Criador e Soberano sobre tudo, inclusive sobre aqueles animais
bravios e indomesticáveis e Jó 42:6 “Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no
pó e na cinza", Jó quando vê o Senhor se cala diante de Deus, se arrepende de tudo que havia
falado e se prosta.
Nos capítulos 1 e 2, a narrativa apresenta Satanás, que almeja questionar a
integridade e moral de Jó. Javé diz que Jó teme a Deus. Satanás diz o contrário. Quem tem
razão? Na verdade, Satanás tenta questionar a soberania e a autoridade de Javé. Satanás “tem
poder para gerar calamidades e mal, mas sua autoridade está claramente delimitada por Deus.
“O Senhor disse a Satanás: "Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não
encoste um dedo nele". Então Satanás saiu da presença do Senhor” Jó 1:12, que elimina a
possibilidade de uma teologia dualista, o sofrimento é para quem faz o mal, está em pecado,
(PINTO, 2006, p. 432). Ele satanás só é mencionado no Prólogo. Não é referido nem nos
discursos de Jó e de seus amigos, nem no Epílogo. “Trata-se de um fator deliberado na
mensagem do livro.
Deus é soberano, e não Satanás. O teste de Jó foi vencido pela perseverança.
A história aponta para o futuro de Jó, não para seu passado. Satanás não passa de um intruso
no relacionamento entre Deus e Jó, conforme descrito no início e no fim do livro.” (LASOR;
HUBBART; BUSH; 1999, p.539). Satanás feriu Jó, mas com a permissão de Javé. A palavra
final é de Deus.
18

A perseverança de Jó o levou a sair da situação que foi causada por uma


artimanha de satanás em querer gerar dúvidas a soberania e autoridade de Deus, e a fidelidade
de Jó como servo de Deus. Embora Jó acusou Deus de se tornar seu inimigo, reclamou
achando que por ser justo não podia passar por aquela situação, mas não amaldiçoou o senhor,
não desistiu de Deus, não deixou sua fé, embora não tinha resposta de Deus e de sua dor. Jó
reclama de sua situação achando ser injustiçado, mas não reclama para seus amigos de Deus,
e sim para o próprio Deus.
Vimos nos últimos capítulo que Jó era humano, reclamou de Deus, entrou
em crise, mas quando Deus aparece ele fecha sua boca para ouvir Deus falar, deseja aprender
de Deus, ele adora o Senhor mesmo não respondendo o porque ele estava passando por aquela
luta. Prostrou e adorou passando pelo sofrimento e Deus restaurou Jó.

Enfim o livro de Jó não foi escrito para mostrar porque o justo sofre, e sim a
soberania de Deus sobre satanás, sobre todos. Mostra no final do livro a grandeza de Deus
sobre todas as coisas e tudo que existe, é o todo poderoso e governa sobre tuto e criou todas as
coisas.
19

7. CONCLUSÃO.

Deus é soberano, sobre satanás, Jó o homem, animais feroz, sobre tudo que
existe. O livro de Jó começa demonstrando a soberania de Deus, satanás conhecia bem Jó e
sua família, mas não conseguia chegar perto, Deus havia colocado uma cerca que o protegia
dos ataques do mal. Satanás toca em Jó com a permissão de Deus, na primeira não permitiu
tocar em sua vida, e não tocou. “O Senhor disse a Satanás: Pois bem, tudo o que ele possui
está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele. Então Satanás saiu da presença do
Senhor”. Jó 1:12. Deus deu mais uma oportunidade para satanás, deu Jó em suas mãos, mas
não poderia tirar sua vida. “O Senhor disse a Satanás: "Pois bem, ele está nas suas mãos;
apenas poupe a vida dele". Jó 2:6 O livro mostra no seu conteúdo o tamanho do sofrimento
que causou, mas não tirou a vida de Jó.

O sofrimento está sujeito para o justo e para o injusto, todos os dois


podem ser restaurados, o injusto precisa se arrepender do mal que fez. Deus não tira os olhos
do justo, “Não tira os seus olhos do justo; ele o coloca nos tronos com os reis e o exalta para
sempre. Jó 36:7, mas se os que pecaram se arrepender poderão ser restaurados e prósperos
“Se lhe obedecerem e o servirem, serão prósperos até o fim dos seus dias e terão
contentamento nos anos que lhes restam.” Jó36:11 O homem está sujeito a sofrer, mas Deus
pode mudar e transformar em benção.

A prosperidade de um homem podem ser determinada por Deus, “Tinha


ele sete filhos e três filhas, e possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas parelhas
de boi e quinhentos jumentos, e tinha muita gente a seu serviço. Era o homem mais rico do
oriente”. Jó 1:2,3 Jó era um homem integro, justo e temente a Deus, e era abençoado em tudo
que fazia ‘Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que todos os seus rebanhos
estão espalhados por toda a terra” Jó 1:10 Deus permitiu satanás tirar todos os bens de Jó,
mas restituiu em dobro.¹⁰ Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente
próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. Jó 42:10. Deus abençoa os justos e
ajuda a prosperar. Ler Jó foi aprender ensinos para percorrer a vida na terra.
20

8. BIBLIOGRAFIA

https://www.rAntes de analisarmos quem poderá ter escrito o livro de Jó, é importante


lembrar que o verdadeiro autor foi Deus. Todas as pessoas que escreveram as Escrituras
foram inspiradas por Deus (2 Timóteo 3:16-17). Ele guiou quem quer que tenha escrito o livro
de Jó.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2020/10/jo-1-contexto-historico-cultural.html

PETERLEVITZ, Luciano R. Livros Poéticos e Sapiensais: Apostila Expositiva. Jales/SP,


2023.

BÍBLIA SAGRADA NVI – Editora vida – Edição- 2016

BÍBLIA ONLINE – NVI - https://www.bibliaonline.com.br/nvi/j%C3%B3/1

https://www.respostas.com.br/quem-escreveu-jo/

Você também pode gostar