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"Qualitative Research
l:i E 5Ç1111àiÍBEi'ç=;=n=:'".:;
A teorização enraizada (grot//7ded fheor0:
sedimentoanalítico e comparaçãocom outras
abordagens similares
nia) Sage. YS & GUBA, E.G. (1985). NatüraZistíc Jnquíly. Beverly Hills (Ca
Acne Laper7iêre
and a Reader. Reading (Mass.): A(jorgs.). lssues zn Parlíc@aní Observafíon:A l Imenteo termo "abordagem mista" , para qualificar a abordagem mais metodologicamente do
que ef ecologicamente
2. O fa
VAN MAANEN, J. (org.) (1983). QuaZÍtaríve Methodology. Beverly Hills ((l dequeasabordagensmistas sejam privilegiadas pela maioria dos pesquisadoresqualitativos
enses,e que asinstituições que financiam as pesquisasgeralmente exijam, por outro lado,
uma a
mostra
relativamenteampla, explica, indubitavelmente, a fama que conheceuno Québec
ZNANIECKI, F.(1934). The Mefhod (#SocíoZogy. Nova York: Farrar and Rins .com.c
alhures)a obra de Malese Hubennan (1984). É em parte em razãodessapopularidade que de-
ino
apresentarbrevemente a sua abordagem, nesteartigo.
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353
vel, da situação pesquisada'. A abordagem de Miles e Huberman, por sua vez, to
emprestado das duas perspectivas'. ' ''"
Um anexo apresentando os principais pontos a reter para a construção e a e.
lução de um plano de análise encerra o presente artigo. Além disso, o referido
tití
cai
ne
pe
l H n13i$ui
xo permite identificar rapidamente os pontos de convergênciae de divergência
tre os três métodos que aqui expomos PO
in
A teorização enraizada tem por objeto a construção de teorias empiricament Quanto à.$1osoPa.krtommológica, a teorização enraizada dela conserva o prin-
fundamentadas, a partir de fenómenos sociais a propósito dos quais poucas a o inicial, que consiste em.excluir as noções preexistentes relativas a um fenõ-
ses foram articuladas. Ela surgiu em reação à especulaçãoteórica dissociada 10,para deixa-lo falar por si mesmo. Assim, a teorização enraizada recusa toda
qualquer referência ao real, assim como à corrente quantitativa empiricista na trução a priori de conceitos ou de hipóteses de pesquisa sobre o fenómeno so-
ciologia, na qual ela reprovava, exatamente como Mills (1959), a insignificân( pesquisado,sendo estesconceitos e hipóteses construídos e verificados à me-
teórica e a falta de rigor na interpretação dos dados. Com efeito, a sociologia qual l da progressãoda pesquisa no campo. Esseprocedimento vai ao encontro de
perspectivaepistemológica mais ampla, segundo a qual o mundo social não
3. A obra de Tesch, QuaZitativeResearch.Artalysis :l)'pes and So/tware ToiZs,constitui, em nosso dado,como o postula o positivismo, mas seria constantemente construído pe-
nhecimento, uma das raras tentativas de comparação e de classificação dos métodos de análise qui atoressociais:"Os humanos vivem em um meio tanto simbólico quanto físico,
cativa mais utilizados. Retomamos, aqui, essencialmente sua classificação. Tesch subdivide as met em em resposta tanto aos símbolos como aos estímulos físicos" (JACOB, apud
dologias qualitativas, atendo-se à análise das regularidades em duas subcategorias.A primeira
!SCH, 1990: 23). Esses símbolos são a linguagem e as ações dos outros, que os
por objeto a explicitação e a categorizaçãode elementos, seguida da exploração de suasrelações
elaboração de teorias); ela reúne, além da teorização enraizada, a abordagem de Males e Huber )ressociaisdefinem e interpretam constantemente,de uma situaçãoà outra,
(que nós classificamos diferentemente, acima) , a análise de conteúdo etnográfico, a análise estrut ldo suaspróprias ações o resultado dessasinterpretações. Os irtteracionistas,
dos acontecimen [os (went structtlre arlalysis) e a abordagem ecológica. A segunda subcategoria basena filosofia fenomenológica, buscarãodeterminar como esseprocessode
globo métodos que visam à elaboração de configurações descritivas, modelos (patterns), e reúr
além da etnografia, a abordagem naturalista, a avaliação qualitativa, a pesquisa-ação, a pesquisael ignaçãoe interpretação mantém ou transforma os modos pelos quais os atores
cipatória, a pesquisa colaboracionista e a fenomenografia (TESCH, 1990: 72). coordenam suas linhas de ação (BLUMER, 1969: 53). Assim, a teorização
4. E o casode um grande número de pesquisasempíricas qualitativas, que não podem ser clarame lda insistirá na importância das perspectivas dos amoressociais na definição
distinguidas em relação a objetivos de descrição ou de teorização.
5. Ver, a título de exemplo, Hammersley e Atkinson (1983), referentemente à etnografia; Bertaux (l
quanto à história de vida; e Fujimara, Star e Gerson (1987), no que diz respeito à etnometodologia.
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de seuuniverso social, sem, contudo, ignorar o contexto, micro e macrossocial
qual se inscrevem suas ações
O processo constante de interpretação e definição de sua situação pelos at.
sociais-- que constitui o objeto do interacionismo simbólico -- não é nec a
'es
sos
ma
ins IH :E{ H ::l:lU F=:=a
Entretanto, não se deveria disso concluir que a teorização enraizada somente
mente consciente. Consequentemente, o pesquisador deve nele inferir os tra.os util os dadosempíricos enquanto fonte geral de inspiração, à maneira de algu-
marcantes, a partir de suas observações. As etapas dessa operação são expjici as ma abordagens interpretativas. Ao contrário, a codificação minuciosa e sistemáti-
como segue por Becker e Geer: resumem-se suas anotações de campo sob forma :le
ca .s dadosrevela-se, aqui, essencial; no entanto, diferentemente das abordagens
incidentes, sendo üm incidettte "a expressãoverbal completa de uma atitude. )u des
uvas,afinalidade não reside na exaustividade empírica, massim, na exausti-
dos alas totais, individuais ou coletivos" (BECKER &: GEER, 1960: 269). Cadat:m W e teórica, isto é, na integração, na teoria emergente, da totalidade de inciden-
dessesincidentes é codificado, e depois reportado às diversas áreasou catego as :es
concernentesao fenómeno pesquisado. Retomaremos, nas seções seguintes, à
em que ele pode ser classificado. Tais categorias formam perspectivas interpret no to de saturação teórica
vas, que se tornam precisas à medida que os dados se acumulam. Quando as
gorias são pertinentemente caracterizadas e consolidadas pela pesquisa sistei H ras analíticas da teorização enraizada
ca de casos negativos, examinam-se sua frequência e extensão. Formulam-se n-
tão, proposições concernindo às suas inter-relações, que são verificadas. Daí r A definição do objeto de pesquisa
ta um modelo descritivo, especificando as condições necessárias e Suficientesia Oobjeto de pesquisa na teorização enraizada é um fenómeno social, do qual se
existência de um fenómeno, ou o papel do fenómeno em um processo social tis bus aprofundar a análise teórica. Este objeto pode ser definido a partir de preo-
amplo, ou ainda uma apresentação do fenómeno como uma instância de uma t. 0- cul lçõestanto teóricas quanto aplicadas -- por exemplo, o processo de construção
ria sociológica formal (BECKER &: GEER, 1960: 269). Essa formulação de Be( er soc dasrelaçõesinterétnicas, ou o emprega'depolíticas de inserção dos imigran-
e Geer é muito próxima, como se verá, do método apresentado, sete anos det [s
tes queimporta,em primeiro lugar, é que esseobjeto reflita um processo,
e que
por Glaser e Strauss', salvo uma exceção, porém relevante: o método de comi 'a
ele ja abordadosob o ângulo da evolução de um fenómeno. Por outro lado, o ob-
ção contínua, elemento-chave da teorização enraizada, não visa, como na induz jet depesquisapode ser, de início, definido de modo mais, ou menos amplo, refe-
.0
analítica (à qual se referiam Becker e Geer), à verificação estrita de hipóteses: nn -se,por exemplo, à organização global do sistema de saúde, ou à execução de
A análise indutiva se preocupa em criar e demonstrar uma teoria M dos de enfermagem. No entanto, uma vez que os procedimentos analíticos
grada, limitada, precisa e universalmente aplicável, concernent est m primordialmente orientados para a elaboraçãode conceitos que permiti-
causas de um comportamento específico. Um número limitado de l rac clarecero fenómeno pesquisado, o objeto de pesquisa será, de certa forma,
pótesesé aí verificado com a ajuda de todos os dadosdisponíveis, ser fronteiras; por exemplo, os cuidados de enfermagem poderão exigir uma com-
se resumem a um número limitado de casos, claramente e cuidad(
pre o aprofundada da organização geral dos serviços de saúde, e vice-versa. A
mente definidos (GLASER E STRAUSS, 1967: 104).
co' preensãodo menor fenómeno social demanda, no limite, a compreensão da
Em contrapartida, a teorização enraizada não visa tanto à descrição de um tot cidadedo sistema social. Enfim, mesmo que, no início, o objeto de pesquisa
nõmeno quanto à elaboraçãode uma teoria pertinente a partir do mesmo.Coi ser examinadoem um contexto ou uma situação delimitados, ele não pode
qüentemente, a coleta e a codificação dos dados não são aí em geral bastante ext sei l encerrado,sendo que uma dasbasesdo método consiste na comparaçãocom
saspara admitir a verificação estrita de hipóteses:elas só permitem sugerira te( ou situações, análogas, porém contrastantes.
(GLASER &: STRAUSS, 1967: 103). Nesse sentido, a abordagem comparativa
conizada é aí ampla e se refere, para além da pesquisa de casos negativos, a uni\
seleçãoe a descrição do local ou do grupo pesquisado
escolhado local, da situação ou do grupo visados pela pesquisaé determina-
6. É em seus últimos textos que Strauss e Corbin (1990) enfatizam o macrossocial,em deco :loproblema de pesquisa: escolhe-se um local, uma situação ou um grupo em
das críticas quanto à limitação do método -- em sua prática --, ao microssocial. No entanto, nada] ãode suapertinência teórica em relação a esseproblema. Por exemplo, bus-
textos teóricos sobre o método limitava-o a essehorizonte.
o pesquisar os cuidados de enfermagem, poder-se-ia justificar a escolha de
7. Becker havia trabalhado com Straussem uma obra maior, Boysin White (BECKERet a]., 196] andehospital, alegando-se que um lugar como este possibilita observar uma
integrado a mesma geração (desviante) de Chicagoalts, às vezes designada como a nova Escol
Chicago. diversidadede situaçõese práticas, bem como melhor delimitar, conse-
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qüentemente, o que constitui suas dimensões essenciaise inevitáveis. Um ou o conceitode "perda social" a partir do agrupamentode observaçõesrelativas
exemplo: numa pesquisa recente sobre a construção social das relaçõesinterét ger
contexto de pesquisa,mas sim instrumentos à disposição do analista. hi ióteses);o que é essencial é que a referida categoria constitua uma dimensão
tenentedo fenómeno observado no caso, os cuidados de enfermagem -- e que
m permita fazer previsões aqui, sobre a qualidade dos cuidados (GLASER &:
A elaboração das categorias conceituais SI LUSS,1967: 24).
Como o objetivo da teorização enraizada é a construção teórica, o coHcilto
Uma vez determinadas as categorias conceituais, o pesquisador se esforça em
constitui a unidade de base da análise, nessemétodo. O conceito não design 0
içaros atributos designados sob o nome de propriedades que detalham, de
próprio incidente, mas sim o que esteincidente representa,aquilo a que eleserl 'e.
358 359
O processode codificação ou as etapas da análise comparativa contínua
-,''==:='.Ü:i:=:=
.' ii H:; :l,: n;:lí:'=:,:=h=':=n
tratégia, e quando, como, por que e sob quais conseqüêncías(STRAUSS& CORO
1990: 77). Em seguida, podem-se inventariar as propriedades da categoria onl-).
i:'tm:=:::::=:ls:==:'=:=::=1:'=.=:=:f=$1:
outra de suas estratégias.
No início da pesquisa, a codificação é. ao mesmo tempo, aberta e exaustiva, no
As propriedades de uma categoria conceitual são, depois, consideradas :ntido de que todos os incidentes, todas as unidades de sentido devem ser codifi-
suas dimensões.No vocabulário da teorização enraizada, a noção de "dimensã as À.medida que a pesquisa avança e que a teoria se especifica, a codificação se
1=;.i=u=::=:u':: ix :
(cedo/tarde), da extensão (mais/menos) , etc. Assim, no âmbito de sua pesquisa !
ir:: :li cadavez mais seletiva e coerente, isto é, teoricamente integrada. A codifica-
dosdadosé continuamente acompanhadade uma reflexão teórica, estabeleci-
a soba forma de memorandos fáceis de revisar. Com efeito, os conceitos iniciais
bre os cuidados da enfermagem, Glaser e Strauss delimitarão as Condições e os efê
nderãoser modificados ou mesmo suprimidos a qualquer momento,, se a análise
[os de uma avaliaçãoda morte iminente de um paciente sob o ângulo de ur novos dados assim o exigir. A coerência teórica buscada não implica a rigidez
'maior ou menor" perda social (GLASER & STRAUSS, 1967: 106). Uma ou
categorias, mas sim sua adequação ao coÜünto dos dados.
ilustração: o dimensionamento da categoria "ocultação da diferença étnica" nos
vou a descrever o conjunto das variações da expressão desta ocultação, para d Cadanovo incidente observado é comparado ao conteúdo das categoriasjá
fiadas,o que leva ao aprimoramento de suas propriedades ou à criação de ou-
eventualmente apreender as condições e os efeitos. Por exemplo, conforme se p
vença a um grupo minoritário ou a um grupo mqoritário, a ocultação da diferen( categorias,se necessário.No final, quandoqua]quer novo incidente não mais
será o produto de uma operação mais, ou menos consciente e acarretará sentimí vetar a reformulação dos conceitos e das categorias, a saturação será atingida, e
[os de repressão cultural mais ou menos acentuados. No fim, o processo de dimer limites da aplicação e da generalização possível dos conceitos se encontrarão,
sionamento leva à pesquisa sistemática de casos negativos, visando delimitar os l leão, demarcados
mites externos do fenómeno pesquisado. Em nosso último exemplo, tratar-se- A codificação é feita em três etapas,correspondendo a uma integração e a uma
de pesquisar os casosnos quais osjovens, em lugar de mascararsuasdiferen imitaçãocadavez mais rigorosa da teoria. Não se trata, contudo, de um proces'
pelo contrário as explicitassem. Retorna-se,aqui, à estratégiade maximização l linear: como na grande maioria das abordagens qualitativas, há alternância en-
diferenças de que falávamos anteriormente. essestrês momentos ao longo da pesquisa.
Enfim, pode-se traçar o pe?#Zdimensionarde cada ocorrência de uma catego 1. A codificação é, inicialmente, aberta e tem por objetivo fazer emergir dos da-
localizando o incidente observado sobre o continuum de variações de cada uma de s o maior número possível de conceitos e de categorias. Ela compreende dois
suas propriedades. Esse perfil apresenta, portanto, "as propriedades específi omentos.Primeiramente, o pesquisador se pergunta a quais conceitos podem
de um fenómeno sob um determinado conjunto de condições" (STRAUSS
:orresponderos incidentes observados,podendo um mesmo incidente se referir a
CORBIN, 1990: 70). Essesperfis podem ser, depois, reunidos em modelos (p rios conceitos. Por exemplo, o fato de um jovem italiano afrancesar seu nome
[erns) ou em tipos. Em nossa pesquisa sobre as relações interétnicas, três tipos fo )odesercodificado tanto em termos de negação da diferença quanto em termos de
ram identificados a partir de variações observadasnas propriedades da catego )rocesso de assimilação ou de relações de poder entre os grupos étnicos. Nessa pri-
ocultação da diferença": os universalistas individualistas, que ignoram as caracte
ira fase,o pesquisadornão deve, de modo algum, conter a abundância dos con-
rústicas étnicas e focam tudo na personalidade; os cuZturaZístasconcilíafórios, qt
tos que suas observações Ihe suscitam. Tais conceitos podem Ihe ser sugeridos
reconhecem as diferenças étnicas, mas as ocultam para serem aceitos pelos outr(
e os ambivaZerlfes,que praticam uma abordagem mista. cintopor sua própria experiência e seus conhecimentos gerais quanto pela litera-
ra científica existente. em sua área como em outras. Em todas as etapasdo pro-
:ssode pesquisa,a sensibilidadeteórica do pesquisador desempenhaum papel
cial no desenvolvimento de suas análises. Este conceito, tão bem explorado por
1] . Cabe notar que uma tal aplicação do termo "dimensão" é inversa ao uso e sqeita à confusão; a
[eratura metodológica o emprega,efetivamente, mais para designar o que Glasere Strauss(1967) ;laser (1978), é tomado, principalmente, da noção de conceitos "sensibilizado-
nominam aspropüedadesde uma categoria
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res" ou genéricos (sensttizíng/generícconcel#s), definida por Blumer (1969') .in (1990); trata-se da análise do fenómeno da dor, a partir de um caso de per
Cora
.ebrada.
naq
FIGURAI
clãs, a compamção entre universos empíricos contrastantes (/ar out comparisol Exemplo de codificação
Fenómeno
halterofilista e um violinista ondição causal Dor
' . O segundo momento da codificação aberta consiste em especificar as pro quebrada
Dimensões especÍFcas da dor
dades e dimensões dos conceitos. A especihcação dos conce; ' ''"p edadesdaperna quebrada
.-..'.:......... . : : tos e das catego Intensidade: elevada
analíticas passa,primeiramente, pela comparação entre incidentes, entre Situaç lturas múltiplas
Duração: contínua
e entre grupos num mesmo campo de pesquisa, e depois, pela comparaçãoc }ibilidade presente
Localização: parte inferior da perna
outras situações substantivas'' semelhantes.Por exemplo, numa primeira eta usadapor uma queda
serão agrupados os diversos conceitos relativos às atitudes das enfermeiras. no . Etc.
diz respeito ao "estatuto transitório" dos moribundos (que passamda vida à m
te), exammando-se,em seguida, essasatitudes em função dos diferentes tipos Contexto da gestãoda dor
moribundos, e comparando-os, por fim, às outras pessoasem situação transito; Dor intensa, contínua, localizada
como casais em vias de divórcio. Um outro exemplo: será considerada a manei na parte inferior da perna
pela qual a negação da diferença se manifesta, conforme sqa o indivíduo me
esquerda, etc.
bro de um grupo étnico majoritário ou minoritário, e se encontre em um lo
público ou privado, etc., para, em seguida, examinar como varia essamesma
Condições intermediárias
tegoria conceitual, conforme ela se aplique ao universo das relaçõeséticas
Nenhuma formação em primeiros
classessociais ou de sexos. Enfim, os procedimentos de dimensionamento d(
conceitos, mencionados na seção precedente, possibilitam precisar, mais adian socorros
ainda, as categorias de análise. Distância dos centros de saúde
2. Na segunda etapa da codificação, busca-se estabelecer relações entre ascale Estratégias de gestão da dor
gorias produzidas: é o que Strauss (1987: 32-33, 64-68), e,posteriormente, Será Fixar uma tala
e Corbin (1990: 95-1 16) designam sob o nome de codificação ai.xial.Para facilitar Manter a pessoa aquecida
delimitação da teoria, Strauss (1987) propôs um modelo paradigmático, indica
do as principais dimensões de uma categoria de ação: suas causas,seu contexto Consequência
suas condições estruturais, as ações e interações que ela abrange, bem como su Alívio da dor
consequências. A figura l fornece um exemplo concreto disso -- tirado de Strauss-
om a autorização da Sage
iblications inc.
12. Opondo-se à separaçãoentre a teoria e a pesquisaempírica nas ciências sociais, a qual haviaaca
recado o empobrecimento dos conceitos, devido à sua padronização e operacionalização nas séries
indicadores, Blumer (1969) enfatizava a urgência de propor uma metodologia que permitisse ligar etapa mais
Um outro .exemplo, extraído de nossapesquisa, situa-se em uma
desenvolvimento da teoria, entregue à especulação,aos dados empíricos, e fundar, assim, uma verda-
nçadade fonnalização teórica. Assim, pode-se delimitar como elemento coMexM-
deim sociologia científica sobre o sentido da vida social. Ver a respeito o artigo de Hammersl
(1989)sobrea noçãodeconceílo
emBlumer. ' ' da categoria "ocultação da diferença", a gestação, na instituição escolar, de uma
13. O termo "substantivo" se opõe, aqui, ao termo "formal", e se refere à dimensão concreta das situ- geologiaigualitarista visando à homogeneização, excluindo qualquer consideraç:lo
ações ou ao campo de aplicação concreto das teorias que ele qualifica. :ica disco ininatóüa; e, como condição estrutllral dessa categoria, a forte presença
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(demonstração da diferença) . A mesma regra vale do lado dos maiori-
do grupo maioritário, criando uma correlação de força desigual entre os grupos.
tários, que ignoram a diferença, tanto que a inversão da correlação de
causasda ocultação da diferença seriam, entre os minoritários, o desço de ser força pelas estratégias descritas mais acima não impõe sua tomada em
='iil
::=::=:';:!::::=====Ku:=í=:=:==:=:=::i: consideração (Memorando teórico, extraído de Laperriére, 1993)
:: )l ;;T.$1i WÇl;
qüênciasdessescomportamentos são a não-percepção e, portanto, a ignorância
diferenças étnicas, entre o grupo maioritário, e a frustração, entre os minoütári(
O paradigmada codificaçãoé,antesde tudo, um instrumento e,certamente
,.:::l= ::1:;
.mdo a um grupo minoritário, e que faziam de tudo para passar por quebe-
priedades de uma outra ordem podem ser estabelecidas,por exemplo, no que cola esfranceses,quando estavam em pequeno número, punham-se, contraria-
ne às atitudes, nomlas, ideologias em tomo de um fênõmeno. O que importa, aqu atc.a falar inglês o mais alto que podiam (diferença correspondente a uma su-
relacionar as categoriaselaboradas,com o objetivo de incorporar e de levar mais ac jidade,no contexto norte-americano), desdeque se encontrassemem núme-
ante a teoüa. O pesquisador formula hipóteses sobre os dados faltantes do paradi lficiente para constituir um grupo autónomo.
de codificação, para, em seguida, verifica-los, sistematicamente, no campo. É.sobretudo, nessa etapa da codificação seletiva, que se realiza a pesquisa aviva
Nessareferida etapa da codificação, os memorandos teóricos tornam-se Rodeios (pattems) podendo englobar importantes subconluntos de dados.Tais
objetivos, e o pesquisador deve dispor do tempo necessário para concluir suaarç
elospodem ser construídos de maneira bastante livre, ou então, pelo melado
mentação e o processo de verificação de suas hipóteses. Enfim, observemos qu( fico das tipologias (por exemplo, a avaliação positiva ou negativa das diferen-
l na etapa da codificação axial que se pode fazer uma primeira utilização de dia
;étnicas,cruzadacom apresença,suficiente ou não, de membros do grupo para
mas, que permitem sintetizar visualmente as ligações explicitadas e apreende-l
rapidamente r um grupo autónomo, originaria quatro subtipos teóricos, cuja existência
/ena ser depois verificada no campo)
Umavez definida a categoria teórica central da pesquisa,faz-senecessárioes-
3. A última etapa,a da codi#caçãoseZefiva,
visa à integraçãofinal da teoria carsuas propriedades e dimensões, e, depois, situar -- em relação a essacate-
relação a uma categoria central, a uma linha narrativa que vai ao centro do fenol
ecom a ajuda do paradigma de codificação -- o conaunto dasoutras catego-
no e o sintetiza em algumas frases. Essa categoria central deve possibilitar a inse
A nova configuração teórica emergente dessa operação deve, por sua vez, ser
ção de todos os dados relativos ao fenómeno pesquisado, ou, pelo menos, de ui
facadae completada,'se necessário, pela coleta de novos dados (STRAUSS &.
máximo deles. Em nossa pesquisa sobre as relações interétnicas, a correlação
força demográfica entre grupos étnicos surgiu como a categoria central de anális )RBIN,1990: 117-1 18).
permitindo predizer asestratégiasempregadaspara ocultar ou exibir adiferença.
linha narrativa produzida é a seguinte A amostragemteórica
Quando os minoritários não podem formar por si mesmos um put
No procedimento de teorização enraizada, a amostragem teórica está intima-
do de amigos em número suficiente o bastante,eles minimizam suz
me te relacionada às análises em curso, das quais ela constitui a ponta-de-lança
diferenças culturais em relação ao grupo majoritário no qual pro(
Efe ivamente,as situações e os grupos são escolhidos em função de sua pertinência
ram se fazer aceitar (ocultação da diferença), sendo esta estratéf
entretanto, mais, ou menos, possívelem função de algumascaract no que se refere à elaboração das categorias conceituais e de suas relações, e não
rísticas (domínio do idioma francês e cor da pele) . Quando, ao cona pal fins de representatividade das populações ou das situações pesquisadas.
rio, os minoritários forem amplamente numerosos para formar ui A amostra teórica inicial é determinada pelo problema de pesquisa: escolhe-se
punhado de amigos diversificado e exercer entre si suasatividadc un
não só eles não ocultarão suas diferenças, como ainda, com o objet
local ou um grupo, em função de sua pertinência em relação a esseproblema.
En seguida,a amostra é continuamente modificada em resposta às análises, não
de reafirmar a coesão e as fronteiras de seu grupo, alegarão aquelas
ferenças que eles avaliam colocar seu grupo em uma relação de sul do, portanto, ser inteiramente determinada de antemão; ela se constrói, an-
tes
rioridade frente aos majoritários -- por exemplo, o fato de falar ing]ês por etapassucessivas.Trata-se de uma abordagem simultaneamente flexível e
di: iplinada, devendo a amostragem garantir coerência, variação, precisão e exaustt-
Ü tde à teoria.
14. Males e Huberman (1984) atribuem uma grande importância, na análise, a esses diagramas (v-
mais adiante, a seção "A abordagem mista de Males e Huberman")
364 365
A escolha dos grupos de comparação (19'
leva
con
$
sob
bor
rez:
367
366
a amostragem tenha respondido sistematicamente às questões teóricas propo Especifiquemos,
por outro lado, que aqui apresentamos
a versãoutilizaram
pura' do
pela análise; ou seja, que ela tenha garantido a precisão e a exaustividade das catep sedimentode teorização enraizada. Na prática, os pesquisadores a
prc
rias conceituais, cobrindo as variações do fenómeno pesquisado, e que ela tamh fre( ientemente em combinação com outras abordagens, resultando daí modifica-
tenha permitido apoiar a inserção da teoria em uma verificação sistemática dashi Tais combinações podem ser totalmente válidas, na condição, evidentemen-
çõe
tesesconcernentes às relações entre as categorias.Uma má amostragem teóüca é ] te, que os autores estqam conscientes dos impactos metodológicos e epistemo-
cilmente detectada, a teoria produzida sendo, então, sem densidade, mal inse s por elas acarretados, e de que eles redefinam, por esta razão, a natureza do
lóg
plena de exceções (GLASER &. STRAUSS,1967: 63). luto de seu procedimento.
prc
Uma última observação. Como a finalidade da amostragem é a construção
temática de uma teoria validada pelos fatos, o número de casossustentando as Co: rergênciase divergências entre a teorização enraizada e outras
tegorias ou suaspropriedades não importa tanto quanto a verificação sistemál abo agens similares
dos elementos dessa teoria, que essescasospermitem fazer. Assim, um casomaré
Váriosprocedimentos da teorização enraizada são comuns a outros métodos
nal ou único pode ganhar uma importância central, ao revelar um aspectocru(
do fenómeno pesquisado, ou de sua evolução possível. quí litMivos contemporâneos. Isto não constitui nada de surpreendente, quando se
sab que a teorização enraizada estabeleceu seus princípios com base na tradição
Finalizamos esta exposição sobre os métodos de análise da teorização enrai tativa americana,e também inspirou, mais tarde, inúmeros pesquisadores,
da, com a sínteseem 10 pontos de seus "cânonese procedimentos", feita por Cc fato de constituir um primeiro condicionamento sistemático em metodologia
bin e Strauss (1990: 6-12):
qu
ltativa.Nesta seção, apresentamos duas abordagens que partilham com a teo-
1) A cometae a análise dos dados são processos interligados. ão enraizada alguns princípios ou procedimentos, que, em geral, são adorados
2) Os conceitos são as unidades de baseda análise. em :ombinaçãocom ela: trata-se do método etnográfico e da abordagem analítica
de ese Huberman. Optamos por uma exposição da abordagem etnográfica em
3) Categorias conceituais devem ser elaboradas e, posteriormente, relacioi
das su versão mais descritiva, de modo a destacar as diferenças entre os métodos qua-
:avosde finalidade inicialmente descritiva e os métodos de finalidade inicial-
4) A amostragem responde a objetivos teóricos. me te teórica, como a teorização enraizada. Por outro lado, como já o assinalamos
5) A análise procede por comparações constantes. na tradução, consideramos a abordagem de Males e Huberman essencialmente
6) A teoria deve levar em conta, simultaneamente, regularidades e variaçõi PO ela ser um protótipo interessante das abordagens metodológicas mistas, bas-
dos dados. tan usuais na prática dos pesquisadores qualitativos.
7) A teoria se articula em termos de processo
8) A elaboraçãoda teoria se dá por meio da redução de memorandos. A ett ogrdía
9) Hipóteses sobre as relações entre categorias são elaboradas, e depois, vei O método etnográfico é, geralmente, apresentado como o protótipo da pesqui-
dadas durante a pesquisa. sai terpretativa de finalidade descritiva, por oposição à teorização enraizada, que
10) 0 fenómeno pesquisado -- sendo "micro" deverá ser analisado em relaç o protótipo da pesquisainterpretativa de finalidade teórica''. Enquanto o ob-
às condições estruturais mais amplasnas quais ele se insere. jeü 'o da primeira consiste,principalmente, na descriçãode universosculturais
Dois avisossãoaqui necessários.Em primeiro lugar, comparativamentea OI
Erasabordagensqualitativas, o produto de um método tal como a teorizaçãoenrz
16.t debateanualmenteem curso entre os metodologisLasqualitativos e entre os etnógrafos opõe
zadanão constitui, de início, uma descriçãodetalhada de um fenómeno, mas
osq le secolocam contra toda superação da descrição nas ciências humanas (por exemplo, GUBA &:
uma teoria empiricamente fundamentada concernente a ele. Esse produto LIN OLN, 1985) àqueles que enfatizam que não pode haver descrição sem teoria subjacente, ou que
pode ser definitivamente um produto acabado,já que as comparaçõespossívc apre tam a teorização como o objetivo primeiro de toda pesquisa em ciências humanas (por exem-
Plo MERSLEY &: ATKINSON, 1983) Nós aderimos a esta segunda posição, que assinala que
sãoinfinitas. Contudo, se a construção teórica tiver sido efetuadade maneira desc io e teoria são inextricáveis. Entretanto, elas não [êm o mesmo peso ou o mesmo lugar em
rota, as comparações posteriores não deverão invalidar a teoria, mas apenasm( rdagem de finalidade inicialmente descritiva, ou inicialmente teórica. Esta nos parece ser,
fica-la (GLASER & STRAUSS, 1967: 32). posiçãodominante entre os etnógrafos, que enfatizam a prioridade a ser conferida à descrição
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:çãoà teoria (ou à explicação), na etnografia
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Semelhantemente à teorização enraizada, o método etnográfico contem lida
neo se apresenta como indutivo e generativo (por oposição ao verificatório); a cia:
u o etnógrafo, de se debruçar sobre uma situação concretamente delimita-
lera e a análise dos dados são paralelas e as categorias são estabelecidas a partir ( da, nquanto na teorização enraizada a própria variação dos campos de pesquisa
observaçõesno campo (TESCH, 1990: 90). Uma primeira leitura do conjunto co tituí uma chaveda formalização teórica.
dados visa explorar seu alcance, aí destacando, a seguir, as temáticas recorren Oproduto de uma pesquisa etnográfica é, portanto, uma descrição detalhada e
as regularidades e as configurações que produzem as categorias e os modelos c ex2 uva de uma cultura ou de uma situação social. Tal produto é idiográfico (sin-
critivos. Uma vez divididos em unidades (definidas como os menoreselege gu
), a menosque o pesquisadornão tenha comparado várias culturas ou situa-
de informação auto-suficientes (GUBA & LINCOLN, 1985: 345) os dadossão ÇOi
semelhantes,de modo a formular uma teoria mais geral". Entretanto, mesmo
dificados em relação a essascategorias, e depois reagrupados, sendo que essasot ai. ; objetivos da etnografia permanecem primordialmente descritivos, com o epí-
rações,geralmente, acarretam uma redefinição mais exata das categorias.Estab tet ral" aplicando-se aqui, mais amiúde do que de outro modo, ao alargamento
cem-se, em seguida, as ligações entre as diversas propriedades das categori do limites empíricos da situação social pesquisada, enquanto na teorização enrai-
depois, entre as próprias categorias. Ao longo de todo esse processo, as cateç za( a a fomialização da teoria se refere mais à sua aplicabilidade a um conjunto
rias e suas ligações são incessantemente criticadas: avaliam-se nelas a coerên( mg amplo de situações procedendo substantivamente ou formalmente do mesmo
a correspondência com os dados, e se as compara às teoriasjá existentes. Os r fer )meno social geral
Ladosde tal procedimento tomam a forma de descriçõesaprofundadas (thiclz
criptions), de tipologias e de modelos (descritivos).
)reagemmista de MiZese Hüberman
gra
LINCOLN, 1985). Efetivamente, a etnografia educacional não difere da primeira senãopor seuo e pies",dos números de janeiro e julho de 1992 (vo1. 21, n. 1, p 493-497; vo1. 21, n. 3, p
37 2). assimcomo. na mesmarevista, as resenhascríticas (review essays)de A. Fontana e N.K
to mais restrito (os aspectosculturais da educação),enquanto a abordagemnaturalista difere ap as Det
por um desenvolvimento mais elevado da perspectiva epistemológica, e não por seu método n (vo1.19,n. 2, 1990,p. 226-236) e a seçãoconsagradaà etnografia pós-moderna ("Symposium
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meno e de suas consequências, passagemda codificação aberta e substantiva à em darconta da dinâmica de locais particulares, assim como pelos limites que ela
im )õeà pesquisa:devido à defilüção a priori de quadros de análise, tão amplos e
dificação circunscrita e formal, redução da teoria a algumas proposições centra
rev ;áveispossíveis
Para cada uma dessasetapas, Males e Huberman constroem, entretanto, um inve
bário muito rico e detalhado -- e anualmente inigualável de procedimentos deve
sos para tratamento da informação. Coi .clusão
A abordagem de Males e Huberman permanece, apesar de tudo, original, tant Estecapítulo apresentou as regras analíticas da teorização enraizada, subli-
em relação à teorização enraizada quanto à etnografia. Tal como os etnógrafos, nt ndo, a seguir, as similitudes e diferenças com outros métodos similares e co-
nl :cidos: a etnografia e a abordagem mista de Miles e Huberman (1984) . Como.se
les e Huberman buscam delimitar de modo exaustivo uma realidade empírica, pc
Ü . os procedimentos analíticos dessesúltimos métodos diferem muito pouco da-
rém seu procedimento de construção teórica é tão importante quanto o que os
soda à teorização enraizada. Todavia, ao contrário dos etnógrafos, Miles e Hu q is que foram elaborados por Glaser e Strauss (1967), a.tal ponto que os pes'
man não se limitam necessariamentea um único local, no qual eles sevoltariam qt lisadores
frequentementeos confundem , vendo num o prolongamento do outro.
u: echoque pode levar à confusão: nem a etnografia, nem a abordagem
uma observaçãoparticipante intensiva: eles preferencialmente cobrem uma sé m ;ta de Males e Huberman excluem a teorização de suas preocupações, assim
de locais comparáveis e aí permanecem repetidos períodos de alguns dias. A exter c( o a teorização enraizada também não [az economia da descrição empírica do
são dos campos de pesquisa que eles cobrem" obriga-os, portanto, a conceber i fe mentepesquisado. O contraste da teorização enraizada com os outros métodos
re emais em seusobjetivos e seus objetos: enquanto a primeira visa à elaboração
d
uma teoria, sendo a análise empírica de uma situação apenas um instrumento
19. Notemos que se traia aí de etapascomuns a uma expressivaquantidade de métodos na pesqt
social uela; a prioridade é inversa na etnografia, na qual importa mais a descrição da
si
açãopesquisada do que as análises teóricas que a ela se acrescentam. Por outro
20. Por exemplo, a pesquisa à qual Males e Huberman fazem referência em seu livro, para fins de ih
oração, trata da adição de inovações em 12 escolas E lo, enquanto o objeto da etnografia é uma cultura ou uma situação social especí-
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de uma teorizaçãoenraizadapode constituir uma descriçãoválida de' " ua-
ção, não em termos da êxaustividade empírica não sendo abrangidos todas h
auras e todos os detalhes dos casos , mas teórica, no sentido de que os procí usos
que ela permitiu delimitar como estando no centro do fenómeno observado fl 'am TZ. C. (1988). Wordsand Lives: The Anthropologist as Author. Stanford
verificados empiricamente até a saturação. Em resumo, o que descrwe Umat na fórnia): Stanford University Press.
enraizada é uma dinâmica, verificada por uma série de incidentes empíricos ie a
confirmam plenamente, mas que não representam necessariamentea totalii !de
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