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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
CEPMG-COMENDADOR CHRISTOVAM DE OLIVEIRA

PROPOSTA DE SUMÁRIO

Disciplina: Cultura de Goiás


Carga horária semanal: 1 hora/aula
Carga horária bimestral: 10/horas aulas

CONTEÚDOS:
1- Realizações do Tenente-General Joaquim Xavier Curado;
2-Transição da colônia para o Império;
3-Os viajantes Europeus em Goiás;
4-A sociedade goiana no início do período Imperial;
5- A economia e os costumes goianos na época Imperial;
6-A religiosidade goiana no Séc. XIX;
7- A música goiana no século XIX;

Aula 1
Conteúdo: Realizações do Tenente-General Joaquim Xavier Curado
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material e
imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia: O texto a seguir:
Tenente-General Joaquim Xavier Curado, nasceu em Meia Ponte, atual
Pirenópolis, no ano de 1743 e faleceu no ano de 1830 na cidade do Rio de Janeiro, local
onde ingressou na carreira militar aos 21 anos de idade. Sua carreira militar foi marcada
por várias promoções. Foi Soldado Nobre, Alferes, Tenente-Coronel, Coronel,
Brigadeiro, Marechal-de-Campo e Tenente-General. Além de sua carreira militar, ainda
ocupou o cargo de governador da capitania de Santa Catarina, no início do século XIX.
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Foi considerado, o primeiro militar nascido no Brasil, que conseguiu ocupar os mais altos
postos que ocupou no exército colonial, além de ser um grande estrategista que participou
de várias missões importantes e que foram vitoriosas
(http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1254-Joaquim_Xavier_Curado).

Aula 2
Conteúdo: Transição da colônia para o Império
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia: Seguir a divisão e texto abaixo:
2.1-Provincia de Goiás no contexto do processo de Independência política e jurídica do
Brasil
A independência política e jurídica do Brasil foi oficializada por D. Pedro no dia
7 de setembro de 1822. No dia 16 de dezembro deste mesmo ano, D. Pedro foi coroado
como o imperador do Brasil com o título de D. Pedro I.

Segundo os autores Luís Palacín e Maria Augusta De Sant`Anna Moraes, em livro


intitulado “História de Goiás” (2006), o processo de independência do Brasil está
relacionado com as transformações sociais, políticas e econômicas ocorridas na Europa
no final do século XVIII. Transformações que culminou na transferência da Corte
portuguesa para a colônia brasileira, elevando-a a categoria de Reino Unido a Portugal e
Algarves. Fato que deixou a metrópole portuguesa, bem como as pessoas que ali
permaneceram, numa posição secundária em relação a sua colônia. “Após a volta de D.
João VI para Portugal, o Brasil viveu um período de profunda crise política, pois suas
conquistas econômicas e administrativas estavam sendo ameaçadas pelas Cortes
portuguesas” (PALACÍN; MORAES, 2006, p.51).

Os referidos autores assinalam, neste contexto de crise política e administrativa


ao qual passava a colônia brasileira, na então Capitania de Goiás, a população rural que
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formavam a maior parcela da população goiana, permaneceu alheia as crises políticas-


administrativas que culminou na independência política e jurídica do Brasil. Entretanto,
nas últimas décadas do século XVIII, alguns grupos ligados ao exército, ao clero e a
algumas famílias ricas da Capitania de Goiás, demonstraram sua insatisfação,
principalmente em relação a atuação dos chamados Capitães-generais (representantes
diretos da Metrópole). Eram acusados de exercer o poder de forma arbitrária e prepotente:

A causa maior dos descontentamentos encontrava-se na estrutura da


administração colonial, e os empregados públicos eram os mais
descontentes; a receita não saldava as despesas e seus vencimentos
estavam sempre em atraso. Encontravam-se também descontentes
alguns elementos do clero, os mais intelectualizados da capitania
(PALACÍN; MORAES, 2006, p.52).
Estas insatisfações em relação a administração da Capitania de Goiás estavam
presentes, mas raramente se organizavam de forma coesa para questionar os Capitães-
generais. Neste cenário foram as Câmaras que de fato se organizaram para lutar contra
as arbitrariedades dos Capitães-generais. Uma luta que tinha como objetivo primordial
eleger uma junta governativa para substituir o então Capitão-General Manoel Inácio de
Sampaio (1778-1856). Luta que resultou na deportação de seus principais organizadores
para outras capitanias. Entre eles os padres José Cardoso e Luís Bartolomeu e os capitães
Francisco Xavier de Brito e Antônio Felipe Cardoso. Não há como afirmar se estes
movimentos desejavam a emancipação da capitania de Goiás em relação a metrópole
portuguesa ou se queria apenas uma reorganização do poder local: “Afastados da capital,
os aliciadores militares e religiosos, únicos que, por motivos diversos, eram ou poderiam
ser favoráveis a uma revolução, esta ideia desapareceu do contexto político goiano”
(PALACÍN; MORAES, 2006, p.53).

Aula 3
Conteúdo: Transição da colônia para o Império
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
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Sugestão de estratégia: continuidade da aula anterior com novo tópico:


2.2- A eleição das chamadas juntas governativas
O Capitão-general Manoel Inácio de Sampaio, apesar de reprimir os movimentos
em prol da criação das chamadas juntas administrativas, devido a um decreto de 18 de
abril de 1820 e pressões de políticos locais, teve que convocar eleições para eleger uma
junta governativa. O próprio Sampaio foi eleito como presidente da junta governativa,
mas devido a insatisfação de grupos políticos locais, teve que renunciar ao cargo e deixar
a Capitania de Goiás. A renúncia de Sampaio não diminuiu a crise política que existia,
pois os políticos locais, todos tinham o objetivo de chegar ao poder. Situação agravada
pelos baixos rendimentos econômicos da capitania de Goiás: “No entanto, a situação foi
dominada por conchavos políticos entre famílias ricas e influentes de Goiás e Meia Ponte,
sempre coerentes com a ordem constituída, desde que ela oferecesse a direção da futura
província” (PALACÍN; MORAES, 2006, p.54).

Segundo (PALACÍM; MORAES, 2006), como resultado desses conchavos


políticos, foi eleita em abril de 1822 uma nova junta governativa, formada por Álvaro
José Xavier, José Rodrigues Jardim, Joaquim Alves de Oliveira, João José do Couto
Guimarães, Raimundo Nonato, Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury e Inácio Soares
de Bulhões. Algumas forças políticas marginalizadas, que pertenciam ao quadro de
funcionários, lançaram-se contra a eleição da referida junta governativa, inclusive
defendendo ideais republicanas, desejando a não permanência de D. Pedro no Brasil.
Estas forças políticas, contrárias a junta governativa eleita, foram destituídas dos cargos
que ocupavam e obrigados a deixar a capitania de Goiás.

Aula 4
Conteúdo: Transição da colônia para o Império
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia: texto abaixo:
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2.3- A Província de Goiás frente a oficialização da independência política e jurídica do


Brasil
Quando a independência política e jurídica do Brasil foi oficializada no dia 07 de
setembro de 1822, para a capitania de Goiás as transformações políticas, sociais e
econômicas foram poucas: “ Dessa forma, a Colônia, além de ficar independente de
Portugal, tornou-se um Império. Uma das primeiras medidas de D. Pedro I foi a
transformação das capitanias em províncias” (GARCIA; MENEZES, 2008, p.91). Assim
sendo, a capitania de Goiás passou a ser a província de Goiás e cada província tinha como
governante máximo um presidente. O primeiro presidente da província de Goiás,
nomeado pelo imperador D. Pedro I, foi Caetano Maria Lopes Gama (1795-1864), que
assumiu o cargo no dia 14 de setembro de 1824, permanecendo no cargo até o ano de
1827.

Aulas 5 e 6
Conteúdo: Os viajantes Europeus em Goiás
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia:
A partir do ano de 1817, um grupo de estudiosos europeus formado
principalmente por naturalistas e botânicos chegaram ao Brasil. Este grupo de estudiosos
foram convidados por D. João para conhecerem as plantas, animais, minérios e o clima
da colônia brasileira. Natureza até então pouco conhecida na Europa. Chegaram a cidade
do Rio de Janeiro e depois foram para outros lugares da colônia: “Mais de dez estudiosos
estrangeiros viajaram pela capitania de Goiás e registraram tudo o que puderam.
Escreveram livros, desenharam paisagens, plantas, animais e pessoas" (GARCIA;
MENEZES, 2008, p.87). Também escreviam sobre a vida e os costumes nos arraiais
goianos, nas fazendas, sobre as festas promovidas nesses ambientes. Além de dedicarem
muita atenção aos indígenas do território goiano.
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Entre os viajantes europeus que vieram para a província de Goiás, podemos citar
o português Oscar Leal, que viajou pelas terras goianas no final do século XIX, o botânico
e desenhista inglês William Burchell (1782-1863) , o médico naturalista austríaco Johann
Emanuel Pohl (1782-1834), o botânico francês Auguste Saint-Hilaire (1779-1853), o
botânico inglês George Gardner (1812-1849), o naturalista inglês Francois Louis Nompar
de Castelnau (1810-1880), entre outros: “Todos os viajantes escreveram sobre o
isolamento da capitania e a pequena população, que, espalha pelo imenso território, quase
desaparecida” (GARCIA; MENEZES, 2008, p.88).

Nesse sentido, podemos perceber que o olhar dos viajantes europeus em relação a
província de Goiás, é um olhar que parte da perspectiva cognitiva etnocêntrica europeia:
“Em suas andanças pela Província de Goyaz, Saint-Hilaire, Pohl, Gardner (1812-1849) e
Castelnau (1810-1880) tinham sempre como perspectiva e espelho o olhar do “civilizador
europeu” etnocêntrico” (MENEZES, 2017, p.5). Este olhar civilizador europeu, como
sabemos era uma herança do colonialismo europeu.

O colonialismo europeu impôs sua perspectiva cognitiva ao mundo colonizado. E


sendo assim, quando dois mundos com saberes, culturas, organização social e econômica
distintas se encontraram, ocorreu a classificação e hierarquização por parte dos europeus
colonizadores. A partir de então, o europeu e seu mundo foi considerado superior, o
civilizado e o não europeu como o inferior, aquele que precisava segundo a perspectiva
cognitiva europeia, ser civilizado:

Em todas as sociedades onde a colonização implicou a destruição da


estrutura societal, a população colonizada foi despojada dos seus
saberes intelectuais e dos seus meios de expressão exteriorizantes ou
objetificantes. Foram reduzidos à condição de indivíduos rurais e
iletrados (QUIJANO, 2010, p.124).
A título de exemplo deste olhar etnocêntrico dos viajantes europeus em relação a
província de Goiás, citaremos abaixo um trecho escrito por Auguste Saint-Hilaire em
obra intitulada “Viagens às nascentes do R. São Francisco e Província de Goyaz”,
publicado originalmente no ano de 18471:

1
Aqui será utilizado a versão traduzida por Clato Ribeiro de Lessa e republicada no ano de 1937.
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Minas de ouro descobertas por alguns homens audazes· e


empreendedores; um enxame de aventureiros precipitando-se sobre
riquezas anunciadas com o exagero da esperança e cupidez; uma
sociedade formando-se em meio de todos os crimes, que se habitua a
um pouco de moderação sob os rigores do despotismo militar e cujos
costumes não tardam a se abrandarem por um clima tórrido, e mórbida
ociosidade; uma triste decadência e ruínas, tal é, em duas palavras, a
história da província de Goyaz, como é aproximadamente a de todos os
países auríferos (SAINT-HILAIRE, 1937, p. 279/280).

Assim sendo, não se pode negar a importância das pesquisas realizadas pelos
viajantes europeus como fontes documentais para compreendermos a história do território
goiano, principalmente no decorrer do século XIX. Entretanto, não se pode perder de
vista, que os viajantes eram europeus foram educados segundo a ideologia eurocêntrica
colonial, que se colocava como a portadora de uma matriz superior de conhecimento, na
qual o não europeu e toda a sua organização social, política, econômica e cultural era
considerada incivilizada e atrasada.

Aula 7
Conteúdo 4: A sociedade goiana no início do período Imperial
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia:
Antes de começarmos a falar sobre a sociedade goiana no início do período
imperial, é preciso observar que o povoamento do território goiano, como é sabido foi
originado pela mineração, que teve seu início a partir da segunda década do século XVIII.
Segundo (FREITAS, 2010), o povoamento se deu de forma bastante irregular e instável,
pois não existiu nenhum planejamento. As pessoas formavam povoados de acordo com a
descoberta de veios auríferos e quando estes se esgotavam, elas normalmente migravam
para outros lugares. As pessoas que ali permaneciam eram aquelas que estavam
envolvidas com o plantio da terra.
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Nesse sentido, em diálogo com (PALACÍN; MORAES, 2006) e (FREITAS,


2010), podemos dizer que a mineração foi a responsável pelo povoamento do território
goiano, quando ocorre a exaustão dos veios auríferos, portanto a decadência da atividade
mineradora, a população goiana decresceu. Segundo um levantamento estatístico da
população goiana, feito no ano de 1804, foi registrado na capitania de Goiás cerca de
50.000 habitantes, sendo 20.000 deles formado por pessoas escravizadas. O número de
indígenas não foi mencionado no referido levantamento estatístico. Cenário diferente do
que pode ser observado já nas primeiras décadas do século XIX.

Desta forma, quando a capitania de Goiás é transformada em província com a


independência política e jurídica do Brasil, verifica-se no território goiano,
principalmente a partir dos anos de 1830 do século XIX, um aumento populacional
proporcionado pelo desenvolvimento das atividades pecuaristas e agrícolas:

A sociedade do século XIX estava em transição. Saía de um período em


que a mineração tivera seu valor em destaque, e passava por um novo
período, talvez de adaptação à nova situação, quando o outro já não
supria mais as necessidades, mas existia um sentimento de
pertencimento à terra que não deixava que a palavra “decadência” se
tornasse intrínseca aos ânimos daquele povo, que apesar das carências
e limites encontrados, não se deixaram abater, buscando aperfeiçoar um
caminho que não era até então muito explorado, a agropecuária
(FREITAS, 2010, p.48/49).
Neste cenário de transição que caracteriza principalmente as últimas décadas do
século XVIII e início do século XIX, podemos observar que a população goiana diminui
e ruraliza-se com o esgotamento dos veios auríferos no final do século XVIII: “ de uma
população radicada quase exclusivamente em centros urbanos-por pequenas que estas
povoações fossem-, passa-se a dispersão atomizada da população pelos campos”
(PALACÍN, 1994, p.150). Devido ao desenvolvimento da agropecuária já nas primeiras
décadas do século XIX, a população volta a crescer. Crescimento que acompanhado da
diminuição do número de pessoas escravizadas:

Paralelamente à decadência da mineração, ocorreu o esfacelamento da


instituição escrava. Nos primeiros tempos de povoamento, pode-se
avaliar uma relação de três escravos para um homem livre,
considerando-se como livres os mulatos e os forros. O censo de 1804
indicou que 3/5 da população goiana era constituída de homens livres.
Note-se que neste período, registrava-se a fase de transição da economia
aurífera para a agropecuária (PALACÍN; MORAES, 2006. p.79).
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Além da própria crise aurífera, contribuir para a diminuição do número de


escravizados e da população goiana como um todo, a partir das últimas décadas do século
XVIII, (PALACÍN; MORAES, 2006) ressaltam que a diminuição do número de
escravizados na sociedade goiana, pode ser explicado também pela própria conjuntura
nacional brasileira. A partir das primeiras décadas do século XIX, devido a pressões da
Inglaterra pelo fim da escravidão no Brasil, os preços dos escravos passaram a ser muito
elevados. Diante desta alta dos preços, os fazendeiros foram percebendo que contratar um
trabalhador livre pagando baixos salários seria mais lucrativo. Em paralelo a este cenário,
surgiu também na sociedade goiana pessoas com sentimentos humanitários de libertação
dos negros escravizados: “ As causas desta diminuição foram morte natural, não aquisição
de novos escravos, exportação de mão-de-obra para as províncias vizinhas e ainda a ação
libertária do fundo emancipatório goiano e das sociedades abolicionistas goianas”
(PALACÍN; MORAES, 2006, p.80).

Segundo (PALACÍN; MORAES, 2006) um dos goianos que mais lutou pela
libertação dos escravizados foi Félix de Bulhões (1845-1887), que nasceu na atual cidade
de Goiás, considerado o Castro Alves do território de Goiás. Era poeta e atuou,
promovendo festas com o objetivo de arrecadar dinheiro para comprar a alforria de
pessoas escravizadas. Foi o fundador do jornal “O Libertador” no ano de 1885, com o
objetivo de promover a integração e educação das pessoas negras no contexto social. Foi
o compositor do “Hino Abolicionista Goiano”, contribuindo assim de forma muito
significativa para o fim da escravização na província de Goiás. Quando a notícia da
promulgação da Lei Áurea chegou na província de Goiás, no dia 31 de maio de 1888, não
gerou nenhuma surpresa, pois esta lei libertou em toda a província de Goiás um número
aproximado de 4.000 pessoas escravizadas. Número importante, porém, insignificante
para uma população que na época contava com cerca de 200.000 pessoas.

Aula 8
Conteúdo 5 - A economia e os costumes goianos na época Imperial
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e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia:
Como vimos anteriormente, com a crise na produção aurífera nas últimas décadas
do século XVIII, a população goiana diminuiu e também ruralizou-se. As importações e
exportações diminuíram, afetando assim o comércio. A população que migrou para a zona
rural, passou a dedicar-se à criação de gado ou a agricultura: “Nascia uma economia
agrária, fechada, de subsistência, produzindo apenas algum excedente para aquisição de
gêneros essenciais, como o sal, ferramentas, etc” (PALACÍN; MORAES, 2006, p.79). Um
cenário marcado pela pobreza da sociedade goiana e que não altera-se com a
independência política e jurídica do Brasil e a transformação da capitania em província.

A então província de Goiás teve que continuar enfrentando dois graves problemas:
o primeiro relacionado a falta de comércio com as demais províncias do Brasil. A enorme
distância entre a província de Goiás e os principais centros comerciais, como Santos,
Salvador, Belém e Rio de Janeiro, dificultava a venda de produtos agrícolas. Produtos
como a marmelada, o algodão, o couro, o fumo, entre outros eram difíceis de serem
vendidos devido à falta de transporte e estradas que ligavam a província de Goiás aos
maiores centros comerciais do Brasil: “Diante de tal situação, o comércio mais favorecido
foi o de gado, por ser uma mercadoria que poderia ser transportada caminhando, em
longas viagens realizadas por tropeiros” (GARCIA; MENEZES, 2008, p.94).

O segundo grave problema que a província de Goiás continuava enfrentando está


relacionado aos conflitos entre agricultores, criadores de gado e os indígenas. Uma
verdadeira guerra era travada entre os agricultores e os indígenas. Os agricultores, com o
objetivo de expandir as áreas de cultivo e também para pastagens do gado, invadiam as
terras dos indígenas. Estes reagiam a invasão, mas quase sempre as guerras não
terminavam bem para os indígenas, que eram expulsos de suas terras ou mortos: “No
entanto, de tempos em tempos, indígenas reapareciam, atacando as propriedades,
destruindo as plantações, matando os animais e as pessoas” (GARCIA; MENEZES, 2008,
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p.94). O encontro entre os agricultores, criadores de gado e os indígenas, era o encontro


de dois mundos diferentes. Para aqueles que chegavam invadindo as terras dos indígenas,
o olhar direcionado aos nativos era etnocêntrico, pois acreditavam que os nativos eram
incivilizados, bárbaros e sem cultura.

Mesmo diante deste dois graves problemas que dificultava o comércio na


província de Goiás, a partir da segunda metade do século XIX, durante o reinado de D.
Pedro II, o território goiano começou a receber pessoas oriundas, principalmente da
província de Minas Gerais e São Paulo. Estas pessoas estavam interessadas em adquirir
terras para dedicar-se a agropecuária: “ Esse período ficou marcado pelo movimento de
ocupação de grande parte do território goiano pela população branca e mestiça. A maioria
dedicava-se a agropecuária” (GARCIA; MENEZES, 2008, p.95).

A partir de então, regiões do centro, sul e sudoeste da província de Goiás foram


ocupadas. Surgindo grandes fazendas de gado e também lavouras de café. Além do
surgimento destas fazendas a atividade da agropecuária contribuiu para o surgimento de
povoados próximos às fazendas: “típicos do período da agropecuária, de construções
simples e sem estilo definido. São desse período as cidades de Morrinhos e Catalão no
centro-sul. No sudoeste: Rio Verde e Jataí. Nos limites com a Bahia: Posse, Forte e Sítio
d`Abadia” (GARCIA; MENEZES, 2008, p.96). São povoados que surgiram de forma
lenta, geralmente ao redor de uma capela construída em terras que eram doadas por algum
fazendeiro local. Inicialmente, os povoamentos serviam como local de encontro da
população local, para realizações de festas religiosas, casamentos e batizados. Com o
passar do tempo, os povoados ganharam características de cidades, com moradores
permanentes.

Nesse sentido, observamos que no decorrer do século XIX, a agricultura e a


pecuária foram se tornando cada vez mais importante para então província de Goiás.
Destas atividades, originou-se também as grandes fazendas, como a Fazenda Babilônia,
localizada no município de Meia Ponte, atual Pirenópolis. Sendo a agricultura e a pecuária
atividades econômicas que até os dias atuais caracterizam o Estado de Goiás (ARRAIS;
OLIVEIRA, 2011).
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É importante aqui abordarmos sobre a degradação ambiental provocada pela


agricultura e pecuária no século XIX. Quanto à agricultura, era praticada de forma muito
simples. Os donos das terras preferiam queimar as matas, para plantar suas lavouras: “A
queimada e a ausência de técnicas para preservar o solo, porém, faziam a terra perder
rapidamente a fertilidade, não servindo mais para a agricultura” (ARRAIS; OLIVEIRA,
2011, p.105). Diante disso novas matas eram queimadas, iniciando outro processo de
degradação ambiental.

A pecuária também provocava degradação do meio ambiente. No século XIX, o


gado criado na província de Goiás, era o gado curraleiro, descendente dos primeiros
bovinos trazidos pelos colonizadores portugueses. Era um gado adaptado ao clima quente
e seco. Eram criados soltos, nas enormes fazendas goianas e se alimentavam de pastagens
que na maioria das vezes ocupavam o espaço das árvores e arbustos: “Para renovar o
capim, alguns pecuaristas ainda queimavam a pastagem, provocando mais danos ao meio
ambiente” (ARRAIS; OLIVEIRA, 2011, p.105).

Diante do exposto, percebemos que tanto a pecuária quanto à agricultura do


século XIX provocaram danos ao meio ambiente, afetando o ecossistema do cerrado. Vale
lembrar que a degradação ambiental provocada pelo desenvolvimento da pecuária e
agricultura, entre outras atividades econômicas (cultivo da soja, cana-de-açúcar, etc), se
faz presente no território goiano até os dias atuais, apesar dos esforços empreendidos
rumo ao desenvolvimento econômico sustentável.

Aula 9
Conteúdo 6: A religiosidade goiana no Séc. XIX
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Como foi mencionado anteriormente, muitas cidades que surgiram ao longo do


século XIX, tiveram o seu início a partir de uma capela, localizada nas terras de um grande
fazendeiro: “Muitas das primeiras cidades de Goiás surgiram em volta de uma pequena
capela, onde eram realizadas novenas, missas, procissões que congregavam a população”
(ARRAIS; OLIVEIRA, 2011, p.92).

Na ocasião dos encontros religiosos, muitas vezes as pessoas rezavam com


objetivos específicos, como por exemplo, realizar uma novena para que uma determinada
epidemia fosse controlada: “Foi o caso da epidemia de varíola, que em 1816 atingiu Meia
Ponte, obrigando a cidade a se manter isolada para que a doença não se alastrasse”
(ARRAIS; OLIVEIRA, 2011, p.92).

Ao longo do século XIX desenvolve-se várias festividades religiosas na província


de Goiás e outras festividades que já existiam desde do século XVIII, se mantiveram.
Podemos citar a procissão do Fogaréu, as Cavalhadas e as Congadas.

A procissão do Fogaréu, iniciou-se por volta do ano de 1745, na atual cidade de


Goiás. O padre espanhol João Perestelo de Vanconcelos Espíndola foi quem organizou a
primeira semana santa da antiga capital de Goiás:

A festa começa à meia noite da quarta-feira da Semana Santa, de acordo


com o calendário católico, quando as encenações sobre a Paixão de
Cristo movimentam a comunidade, que acompanha o ritual com
devoção e curiosidade. Pelas ruas da cidade, é feita a encenação das
principais passagens bíblicas que antecedem a crucificação de Cristo
(LIMA, 2012, p.124).
As Cavalhadas, representações teatrais, inspiradas nas batalhas de Carlos Magno,
guerreiro cristão do século VI contra os sarracenos de religião islâmica. São realizadas
em vários municípios goianos, como Corumbá de Goiás, Santa Cruz de Goiás, Palmeiras
de Goiás, Posse, Pilar de Goiás, Jaraguá, mas na atual cidade de Pirenópolis, as
cavalhadas realizadas desde do ano de 1826, no mês de maio, na ocasião da festa do
Divino Espirito Santo, representam sua maior manifestação no país:

A cavalhada pirenopolina pode ser definida como um teatro equestre a


céu aberto, livre e gratuito. Ela se realiza na ainda incompleta “arena
das cavalhadas”, uma estrutura de concreto quadrangular construída no
centro da cidade, popularmente conhecida como “cavalhódromo”.
Todos os anos, a encenação da cavalhada em Pirenópolis se inicia no
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domingo de Pentecostes e se estende até a terça-feira, totalizando três


tardes. Sua abertura coincide com o cerne ritual do império do Divino
e costuma ser considerada um dos momentos mais esperados da festa
(SPINELLI, 2010, p. 62).
As Congadas, também chamada de Congados ou Reisados são caracterizados
como uma manifestação religiosa e cultural de origem africana. As congadas estão
associadas as chamadas Irmandades leigas, que eram associações de cunho religioso,
católico e urbano. Estas chegaram ao Brasil colonial, especificamente em Minas Gerais,
no contexto de expulsão das ordens religiosas. A partir de então, foram criadas
Irmandades de diferentes classes sociais. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário,
destacou-se entre os negros, uma vez que nossa Senhora do Rosário é considerada a santa
padroeira dos escravizados. Assim sendo, a homenagem é feita com festas, e procissões,
conhecidas como Congadas, que mesclam símbolos do catolicismo coma as tradições
africanas. Em Goiás, as Congadas são realizadas nas cidades de Pires do Rio e Catalão:

O município de Pires do Rio e Catalão, formado por vários grupos e por


distintos momentos históricos, proporcionou a formação de
manifestações culturais com características próprias da localidade. Uma
destas manifestações é a Congada, que toma um espaço, que abrange o
profano e o sagrado, exposto na forma tradicional do lazer
proporcionado pela festividade e esperado pelas comunidades rurais e
urbanas o ano todo. O sagrado é a parte religiosa: celebração religiosa,
procissão, novenas, alvorada de música, missa. Cada festa e ritos têm
sua característica. A ritualização do sagrado é a prática organizada de
valores em relação ao que transcende o indivíduo, que é distribuído em
grupo. São repetições de ações dentro de um conjunto de crenças
(SILVA, 2016, p. 12).

Aula 10
Conteúdo 7: A música goiana no século XIX
Habilidade: (EM13CHS104)
Objetivo de Aprendizagem: (GO-EMCHS104A) Identicar vestígios da cultura material
e imaterial, observando conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade de diferentes sociedades para entender as características do
Mundo Contemporâneo.
Sugestão de estratégia:
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Na história da música goiana, a partir da segunda metade do século XIX,


principalmente na atual cidade de Goiás, as serenatas e os saraus foram se tornando como
parte obrigatória nos espaços frequentados pela alta sociedade: “Assim, ao som do violão,
da flauta, do bandolim e, mais tarde, do piano, ouvia-se um repertório bastante
diversificado que incluía modinhas, lundus e até árias e canções italianas” (DIAS, 2008,
p. 130).

Segundo (DIAS, 2008), as fontes no que dizem respeito a música, principalmente


a música sacra em Goiás, nas primeiras décadas do século XIX, são escassas, mas é
possível afirmar que em solo goiano no final do século XVIII e início do século XIX, a
formação de grupos musicais ligados as festas religiosas, ficava a cargo de poucos
cantores e instrumentistas. A maioria deles eram amadores, quase sempre membros das
comunidades de clérigos, que utilizavam a música para o culto divino. Mas a partir da
segunda metade do século XIX, há uma expansão das atividades musicais em Goiás:

Em meados do século XIX, com a proliferação das bandas de música


em Goiás, surgem os profissionais de instrumentos de sopro, músicos
advindos dos diversos regimentos militares aquartelados na região, e
que passam a colaborar com a vida musical das cidades. A direção das
capelas locais era quase sempre feita por algum regente de banda ou por
um padre-músico, que preparavam o repertório e, por vezes,
compunham eles mesmos algumas das obras. Entre os mais notáveis
regentes compositores da segunda metade do século XIX estão Basílio
Martins Braga Serra dourada, José Iria Xavier, Antônio da Costa
Nascimento (o Tonico do Padre) e José do Patrocínio Marques
Tocantins (DIAS, 2008, p. 131).

Segundo Alencar (2010), a origem das bandas de músicas na colônia brasileira


está nas Irmandades Celicianas (Santa Cecília), do século XVIII. Era uma Irmandade
ligadas às instituições religiosas. Estas instituições acolhiam os músicos, garantindo a
eles trabalho e também assistência social. Após a chegada da Corte portuguesa no Brasil,
em 1808, o Príncipe Regente D. João determinou que cada regimento militar tivesse um
corpo de músicos:

A organização das bandas militares, quanto aos instrumentos, serviu de


modelo para as bandas civis. Associações de imigrantes também
organizaram suas bandas, tais como os portugueses, espanhóis, alemães
e italianos, tocando música europeia e brasileira. No Brasil, difundiram-
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-se a tal ponto que qualquer cidade ou povoado contava com um coreto
para apresentação de seus músicos aos domingos. Durante muito tempo
foram a única forma de acesso à música instrumental para grande parte
da população (ALENCAR, 2010, p.44).
Segundo Alencar (2010), a partir de então ocorre a formação de bandas musicais
em várias partes do território brasileiro. Em solo goiano, em 1830, foi criada na atual
Pirenópolis uma banda, cujo nome desconhecemos. Outra banda criada na cidade foi a
Banda Euterpe, criada em 1868. Na atual cidade de Goiás, foi criada a Banda
Phil’harmonica, no ano de 1870.

Referências Bibliográficas
ALENCAR, Maria Amélia Garcia de. Bandas ou “furiosas”: tradição, memória e a
formação do músico popular em Goiânia - GO. Música em contexto, Brasília, n. 4, 2010,
p. 43-56.

ARRAIS, Cristiano Alencar; OLIVEIRA, Eliezer Cardoso de. História de Goiás, 4º ou


5º ano do Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione, 2011.

DIAS, Ângelo. O canto coral em Goiânia: uma trajetória. In. Revista UFG / Dezembro
2008 / Ano X. nº 5.

FREITAS, Lazara Alzira de. História de Goiás- do povoamento aos trilhos do progresso-
Goiânia: Kelps, 2010.

GARCIA, Leonidas Franco; MENEZES, Sônia Maria dos Santos. História de Goiás, 4º
ano ou 5º Ano: Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione, 2008.

LIMA, Luana Nunes Martins de. A procissão do fogaréu na Cidade de Goiás- Identidade,
Cultura e Território: o turismo e as novas tendências, In. Boletim Goiano de Geografia:
Goiânia, v. 32, n. 1, p. 121-133, jan. / jun. 2012.

MENEZES, Marco Antônio de. Goyaz urbano na primeira metade do século XIX:
imagens dos viajantes, In. Anais do XXIX Simpósio Nacional de História, 2017.

MORAES, Maria Augusta de Sant` Anna; PALACÍN, Luís. História de Goiás. 6 ed.
Goiânia: Ed. da UCG, 2006.

PALACÍN, Luís. O século do ouro em Goiás: 1722-1822, estrutura e conjuntura numa


capitania de minas. 4 ed. Goiânia: Ed. da UCG, 1994.
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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social, In. Epistemologias do


Sul. Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Menezes (orgs) - São Paulo: Cortez, 2010.
(Capítulo de livro).
SAINT-HILAIRE, A. de. Viagens pelas províncias às nascentes do rio S. Francisco e pela
província de Goyaz. Trad. Clato Ribeiro de Lessa. São Paulo. Nacional, 1937.
SPINELLI, Céline. Cavalhadas em Pirenópolis: Tradições e Sociabilidade no Interior de
Goiás, In. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 30(2): 59-73, 2010.
SILVA, Sandra Inácio da. A Congada em Pires do Rio e Catalão: uma manifestação
cultural. Dissertação de Mestrado (Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa
de Pós-Graduação Stricto Sensu em História, Goiânia, 2016).

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