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Happiness

Happiness, criado por Steve Cutts, é um curta que passa uma Visão
majoritariamente pessimista sobre nossa atual sociedade. Visão essa compartilhada
diretamente da escola de frankfurt, que acreditava que cada vez mais nós carecíamos de
razão e nos afundávamos em uma sociedade de massa. Ignorantes e facilmente
influenciáveis.
No curta, logo no início, nos deparamos com uma metáfora bem contundente.
Somos comparados á ratos em uma cidade imunda e decadente. Vivendo em uma rotina
sufocante e deprimente, mas que surpreendentemente foge de nossa atenção. Isso
porque nos acovardamos em uma realidade mais segura e menos verdadeira.
Essa realidade traz consigo uma falsa felicidade, através de produtos e promessas vazias
de uma indústria de entretenimento que só quer promover escapismos. Todo esse
entretenimento é promovido pela cultura de massa e vem se injetando cada vez mais em
nossas vidas. Produtos feitos sob encomenda para uma quantidade massiva de pessoas.
São programados para desviar nossas preocupações para coisas banais e desviar nosso
foco diante de coisas realmente essenciais ao nosso redor.
Para os estudiosos de Frankfurt a moral e razão era fundamental para um futuro
promissor e um novo recomeço, (pós) primeira guerra, porém isso se perdeu quando
eles perceberam o caminho que estávamos tomando com a segunda guerra e suas
catástrofes. E mais uma vez o curta se mostra complacente ao pessimismo frankfurtiano,
já que é mostrado que cada vez mais as pessoas se desapegam aos velhos conceitos de
razão e ética e regressam á um estado de barbárie. Constantemente no curta nos
deparamos com uma população indiferente ao próximo e submissa a razões impostas a
ela por uma mão invisível. Vemos animais se atacando por um evento idealizado pelo
‘marketing’ e negligenciando seu bem-estar e o do próximo, mas novamente isso é uma
crítica precisa e bem próxima de nossa realidade.
É indiscutível que todos almejam a felicidade, mas seria essa felicidade igual para
todos. O curta mostra que em nossa atual realidade a felicidade está totalmente calcada
no consumismo, que não só queremos, mas precisamos daquele produto ou estilo de
vida. E todos nos corremos atrás dessa mesma promessa infundada. Porém, oque
realmente faz uma pessoa feliz é algo único e muito pessoal e não um produto criado
para massas. Precisamos ter razão crítica, pensar por nos mesmos e seguir o nosso
próprio caminho para que o nosso destino não seja o igual ao dos ratos do curta, presos
e submissos ao sistema que os alimentaram.

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