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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO
CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO

Randyeri Rocha Néri


20201EE0016

ED1 - Estudo Dirigido 1: Linhas de Transmissão

São Luís, 31 de Agosto de 2023


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO
CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO

Engenharia Elétrica Industrial


Sistemas Elétricos
.

Randyeri Rocha Néri


20201EE0016

ED2 - Estudo Dirigido 1: Linhas de Transmissão

Professor: Lindomar Jacinto de Souza

São Luís, 31 de Agosto de 2023


Linhas de Transmissão
Desempenha um papel vital no fornecimento eficiente e confiável de eletricidade,
permitindo que a energia gerada em diferentes locais seja distribuída para atender às
necessidades da sociedade. Eles são uma parte essencial da infraestrutura elétrica
moderna.

Condutores:
Nos primeiros tempos da transmissão de energia, eram utilizados condutores de
cobre, mas devido a considerações de custo e peso, foram agora completamente
substituídos por condutores de alumínio. Para a resistência necessária, os condutores de
alumínio custam e pesam menos que o cobre. Os condutores de alumínio também têm a
vantagem de terem diâmetro maior que os condutores de cobre equivalentes. Isso porque,
para uma mesma tensão, quanto maior o diâmetro, menor será a densidade do fluxo
elétrico na superfície do condutor de alumínio. Isso significa que há menos gradiente de
potencial na superfície e menos tendência de ionização do ar ao redor do condutor. A
ionização do ar cria um efeito indesejável conhecido como efeito corona.
Os símbolos utilizados para identificar os diversos tipos de condutores de alumínio
são:
-CA condutores de alumínio puro
-AAAC condutores de liga de alumínio pura
-CAA condutores de alumínio com alma de aço ACAR condutores de alumínio com
alma de liga de alumínio.

Cabos Múltiplos:
Quando a tensão em um circuito é superior a 230 kV (tensão extra-alta), a
ocorrência da corona é um problema, levando a perdas de potência indesejadas e
interferência na comunicação. Para combater isso, na faixa de tensão extra-alta (EAT),
múltiplos condutores são usados em paralelo em cada fase, reduzindo o gradiente de
potencial entre eles. Esses conjuntos de condutores são chamados de cabos
multifilamentos e podem consistir em dois, três ou quatro condutores. Nos cabos triplex, os
condutores são geralmente dispostos em um triângulo equilátero, enquanto nos cabos
quádruplos, são dispostos em um quadrado. A menos que haja transposição
(reorganização) entre os condutores, a corrente não será distribuída uniformemente entre
eles.
Isoladores:
Desempenham um papel crucial nas linhas de transmissão de energia elétrica. Eles
são componentes elétricos projetados para isolar os condutores elétricos e as estruturas de
suporte das linhas de transmissão da tensão elétrica transportada pelos cabos.
Os isoladores têm como principal função isolar eletricamente os condutores elétricos
da estrutura de suporte das linhas de transmissão. Isso evita que a eletricidade seja
desviada para a terra através das estruturas de suporte.
São feitos de materiais isolantes, como porcelana, vidro temperado ou polímeros de
alto desempenho. Esses materiais têm alta resistência elétrica e mecânica, permitindo que
os isoladores suportem a tensão elétrica e o peso dos cabos.
Podem ter diferentes formas e configurações, dependendo das necessidades da
linha de transmissão. Os isoladores de pino são comuns em linhas aéreas, enquanto os
isoladores de suspensão são usados quando os cabos precisam ser suspensos a partir de
estruturas. Os isoladores de disco, com vários discos isolantes empilhados, são
frequentemente utilizados em linhas de alta tensão.
São classificados de acordo com a tensão que podem suportar com segurança.
Linhas de transmissão de alta tensão requerem isoladores projetados para suportar tensões
mais elevadas.
Em linhas de transmissão requerem manutenção regular para garantir seu
desempenho. Eles podem ser inspecionados quanto a trincas, sujeira ou contaminação que
possam afetar sua eficácia.

Indutância:
Duas equações fundamentais explicam a indutância. A primeira relaciona a tensão
induzida à taxa de variação do fluxo magnético concatenado com o circuito. A tensão
induzida (e) é igual à taxa de variação do fluxo magnético (dⲪ)/(dt), onde (Ⲫ) é o fluxo
magnético em webers-espiras (Wb-e). O fluxo concatenado é o resultado da multiplicação
das linhas de fluxo pelo número de espiras que elas enlaçam.
A segunda equação fundamental mostra que, quando a corrente varia em um
circuito, o fluxo magnético também varia. A tensão induzida (e) é igual ao produto da taxa
de variação da corrente (di)/(dt) e da indutância do circuito (L). Isso reflete a relação direta
entre a tensão induzida, a taxa de variação da corrente e a indutância do circuito.

Indutância em LTs Monofásicas:


No contexto de uma linha de transmissão simples com dois condutores sólidos de
seção circular, a análise começa considerando o fluxo magnético gerado pela corrente em
um dos condutores, neste caso, o condutor 1. O fluxo magnético resultante não induzirá
nenhuma tensão em certas regiões:

- Linhas de fluxo com raio maior ou igual a (D + r2) não estão concatenadas com o
circuito e não geram tensão induzida porque a corrente do condutor 2 tem o mesmo valor,
mas com sentido oposto ao do condutor 1, anulando seu efeito.

- Linhas de fluxo com raio menor ou igual a (D - r2) enlaçam toda a corrente (I),
criando uma tensão induzida.

- As linhas de fluxo com raio entre (D -r2) e (D + r2), enlaçam uma fração da corrente
que varia entre 1 e zero.

Para simplificar o problema, pode-se assumir que \(D\) é significativamente maior em


relação aos raios (r 1) e (r 2), o que permite considerar que a densidade de fluxo magnético
é uniforme nesse intervalo. Isso equivale a considerar que o fluxo magnético gerado pela
corrente do condutor 1, até o centro do condutor 2, enlaça toda a corrente (I). Qualquer
parcela adicional de fluxo além dessa distância não enlaça nenhuma corrente.

Essa simplificação é válida mesmo quando (D) é pequeno, tornando a análise mais
fácil de ser realizada.

Indutância monofásica a dois fios:


No contexto das linhas de transmissão elétrica, considere uma linha simples
composta por dois condutores sólidos de seção circular. Se um dos condutores for o circuito
de retorno do outro, podemos analisar o fluxo magnético gerado pela corrente passando
pelo primeiro condutor.

- Linhas de fluxo com raio maior ou igual a D+r (onde D é a distância entre os
condutores e r é o raio dos condutores) e com centro no primeiro condutor não estão
conectadas ao circuito e não induzem tensão, pois a corrente no segundo condutor é igual e
flui na direção oposta à do primeiro.

- Linhas de fluxo externas ao primeiro condutor, com raio menor ou igual a D+r,
envolvem completamente a corrente do primeiro condutor.
- Linhas de fluxo com raio entre D-r e D+r (ou seja, aquelas que atravessam o
segundo condutor) envolvem apenas uma fração da corrente, variando de 1 (quando estão
muito próximas do primeiro condutor) a 0 (quando estão muito próximas do segundo
condutor).

- Mesmo quando a distância D é pequena, podemos simplificar o problema,


considerando D muito maior do que o raio dos condutores (era). Isso nos permite tratar a
densidade de fluxo como uniforme dentro desse intervalo, o que equivale a dizer que todo o
fluxo gerado pela corrente do primeiro condutor até o centro do segundo condutor está
ligado apenas à corrente no primeiro condutor. A parte do fluxo que ultrapassa essa
distância não está relacionada a nenhuma corrente. Essa simplificação é válida mesmo
quando D é pequeno.

Em circuitos monofásicos com cabos múltiplos, onde vários condutores estão


próximos uns dos outros, é comum ocorrer a indução eletromagnética entre os condutores
adjacentes. A tensão induzida em um condutor devido à corrente em outro condutor pode
ser calculada usando a Lei de Faraday. No entanto, a situação pode ser complexa devido à
proximidade dos condutores e à influência mútua entre eles.

Para calcular a tensão induzida em um condutor específico em um cabo com


múltiplos condutores, você pode usar a seguinte fórmula geral com base na Lei de Faraday:

ε = dⲪ/dt

Onde:
- ε é a tensão induzida no condutor em volts (V).
- dⲪ dt é a taxa de variação do fluxo magnético Ⲫ através do condutor com o tempo.

Para aplicar essa fórmula a um cabo com múltiplos condutores, você deve
considerar como a corrente nos outros condutores afeta o fluxo magnético através do
condutor de interesse. Isso depende da disposição dos condutores, das correntes que fluem
neles e da geometria do cabo.

A complexidade do cálculo aumenta com o número de condutores próximos e a


geometria específica do cabo. Em situações práticas, muitas vezes são usadas simulações
computacionais ou programas de análise de circuitos especializados para determinar as
tensões induzidas em cabos multipolares, levando em conta todos os fatores relevantes.
Para problemas específicos, é necessário considerar a disposição exata dos
condutores e os valores das correntes para calcular as tensões induzidas de forma precisa.
Portanto, os cálculos podem ser bastante complexos e dependem das condições
específicas do circuito e da aplicação.

Indutância de linhas em condutores compostos


Um condutor que consiste em dois ou mais elementos ou fios conectados em
paralelo é chamado de condutor composto, e condutores trançados ou cabos condutores
estão incluídos nesta classificação. Conseguimos estudar a indutância de linhas de
transmissão feitas de condutores compostos, mas estaremos limitados aos casos em que
todos os fios são idênticos e transportam a mesma parcela de corrente. Uma extensão do
método proposto pode ser aplicada a todos os tipos de condutores constituídos por fios de
diferentes bitolas e condutividades, mas não iremos apresentá-la porque os valores de
indutância interna dos condutores disponíveis estão disponíveis nos manuais fornecidos
pelos fabricantes. A abordagem a ser desenvolvida é um ponto de partida para resolver
problemas mais complexos de condutores não uniformes e distribuição desigual de corrente
entre fios.

Indutância em circuito trifásico equilátero


Até agora, concentramos nossa atenção nas linhas de transmissão monofásicas. No
entanto, é possível adaptar as equações que desenvolvemos até o momento para calcular a
indutância das linhas de transmissão trifásicas com disposição equilátera dos condutores.
Na Figura 3.10, podemos ver que os condutores de uma linha trifásica estão posicionados
nos vértices de um triângulo equilátero. Se assumirmos que não há corrente no condutor
neutro (ou que as correntes estão equilibradas), então a soma das correntes nas três fases
é igual a zero (1+1+1=0). O fluxo magnético concatenado com cada condutor pode ser
calculado.

Indutância em circuitos trifásicos assimétricos.

Até agora, nosso foco estava nas linhas de transmissão monofásicas. No entanto, é
possível adaptar as equações desenvolvidas até o momento para calcular a indutância das
linhas de transmissão trifásicas que possuem condutores dispostos em um triângulo
equilátero. Na Figura 3.10, observamos que os condutores de uma linha trifásica estão
localizados nos vértices de um triângulo equilátero. Ao assumirmos que não há corrente no
condutor neutro (ou que as correntes estão equilibradas), a soma das correntes nas três
fases é igual a zero (1+1+1=0). O fluxo magnético concatenado com cada condutor pode
ser calculado.

Referências:
“ELEMENTOS DE ANÁLISE SISTEMAS DE POTÊNCIA”, STEVERSON, W.D. 2ª
Edição inglês, 4ª Portugues, São Paulo, Disponível em:
https://www.academia.edu/42728810/ELEMENTOS_DE_AN%C3%81LISE_DE_SIS
TEMAS_DE_POT%C3%8ANCIA
“Researchgate”, Banco de Imagens. Disponível em :
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Sistema-IEEE-30-barras-Modelagem-d
a-Rede-Eletrica-no-Nivel-Barra-Ramo_fig2_262745037

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