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A ansiedade, como conceito, tem sido empregada nas mais variadas acepções, quer em

função das condições antecedentes que a evocam, quer como agente causal, força
motivadora de um comportamento específico, traço de personalidade, impulso ou
resposta emocional. (Adriano S. Vaz Serra)

A ansiedade é um termo tão divulgado que faz parte da linguagem comum, onde é
empregado nas mais variadas acepções. (Adriano S. Vaz Serra)

Segundo os especialistas o seu uso na língua portuguesa foi pouco frequente antes da 2ª
metade do século XIX. Em tempos tão recuados como o século XIII as palavras afan e
coyta e coytado são considerados seus sinônimos. No século XVI, a palavra estreita
parece retem-se revestido de idêntico significado.

No dicionário conceituado de Cândido de Figueiredo a ansiedade é definida como


`angústia`, ´ânsia´, incerteza aflitiva´ ou ainda ´desejo ardente´. A mesma obra por sua
vez, quando se refere a angústia menciona-a como estreiteza´, ´aperto do coração´, ´
aflição´ e ´agonia´.

Deste modo, a ansiedade é uma manifestação fisiológica inerente ao ser humano e até
necessária para a sobrevivência social, assim sendo, é necessário reconhecer o valor
positivo e adaptativo dela, pois desempenha um papel motivador na vida das pessoas,
impulsionando os sujeitos a se prepararem para confortar as situações da vida. (Gabriela
Lenhardtk, Prisla Ucker Calvetti,2017)

Ademias, a ansiedade mobiliza os recursos físicos e psicológicos, estabelecendo atitudes


de defesa e ataque para o enfrentamento de situações que ameacem ou desafiem os
sujeitos. |Ela é um sinal de alerta sobre perigos iminentes e capacita o individuo a tomar
medidas necessárias para enfrentar as ameaças (Barlow, 2016).

Assim, a ansiedade prepara o organismo para tomar as providências adequadas, no


sentido de impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos, para
tentar diminuir as suas consequências. Ela é uma reação natural e necessária á
autopreservação do ser humano. Contudo, a ansiedade pode perder a sua função
adaptativa, o seu papel protetor e motivador, e torna-se patológica. Este sentimento
estimula o individuo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário,
impedindo as reações (Hales, Yudofsky & Gabbard, 2012)
A resposta de ansiedade é complexa e envolve componentes cognitivos, fisiológicos e
comportamentais (Weems e Stickle, 2005). O componente cognitivo envolve a
avaliação de situações e eventos como um risco antecipado; o componente fisiológico
prepara o corpo para algumas ações que se faça necessário (p. ex luta e fuga), enquanto
o componente comportamental ajuda a criança a antecipar e evitar um perigo futuro. A
ansiedade é uma resposta normativa concebida para facilitar a autoproteção, como o
foco particular do medo e da preocupação variando de acordo com o desenvolvimento
da criança e suas experiências anteriores. (Paul Stallard)

Um dos componentes cognitivos mais importante da ansiedade é a preocupação, e


pesquisas na comunidade indicam que as preocupações são comuns entre as crianças.
Muris e colaboradores (1998) encontraram relatos segundo os quais 70% das crianças
entre 8 e 13 anos se preocupavam de vez em quando. O conteúdo dessas preocupações
focava-se no desempenho escolar, em morrer, na saúde e nos contatos sociais, sendo que
as preocupações mais intensas ocorriam de duas a três vezes por semana. Achados
similares foram relatados por Silverman e colaboradores (1995), segundo os quis as
quais as três áreas mais comuns de preocupações relacionavam-se á escola, saúde e a
danos pessoais. (Paul Stallard)

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