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A ansiedade sempre permeou a existência humana, porém, nos últimos anos, a sua
incidência vem se intensificado demasiadamente e, via de consequência,
apresentando maior relevância para os pesquisadores que investigam os efeitos
desse estado sobre o organismo e o psiquismo humanos. O advento da
globalização, o avanço da tecnologia e as inovações do mundo moderno ensejaram,
como consequência direta, o aumento das exigências, das expectativas e das
pressões existentes sobre o ser humano, fazendo com que o indivíduo tenha
dificuldades para adaptar o seu comportamento a este novo panorama que se
apresenta (Sadock, Sadock & Ruiz, 2017).
Entretanto, foi através dos trabalhos clínicos desenvolvidos por Sigmund Freud
(1836-1939), que os transtornos de ansiedade começaram a ser classificados de
forma mais sistemática. Freud descreveu de maneira objetiva quadros clínicos que
causavam disfunções relacionadas com a ansiedade, denominando-os crise aguda
de angústia, neurose de angústia e expectativa ansiosa - atualmente, estes
quadros recebem os nomes de ataque de pânico, transtorno de pânico e transtorno
de ansiedade generalizada, respectivamente. Todavia, em função do sistema de
classificação psicanalítico ser baseado em pressupostos teóricos que não se
sustentam por dados empíricos, tornou-se necessário o desenvolvimento de novos
modelos de classificação pautados no método científico (Landeira-Fernandez &
Cruz, 2007).