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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

DISCIPLINA: TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA


DOCENTE: PROF DR: GERVACIO BATISTA
DISCENTE: WILLIAN ALVES DO NASCIMENTO

FICHAMENTO DE CONTEUDO
Referencia: DOSSE, François. “A erudição” (pp. 27-37). In A história. Tradução de
Maria Elena Ortiz.
O texto tem como objetivo abordar a importância da erudição para o oficio do
historiador
O texto esta dividido em 3 partes a primeira busca a definição de erudição e a
sua importância, na segunda parte do texto o autor discorre sobre a erudição no
renascimento e na historiografia moderna, e por fim o exto faz considerações finais a
cerca do tema.
PRINCIPAIS IDEIAS
Conceito de erudição
O autor define a erudição como “ o domínio de um amplo conjunto de
conhecimentos, que lhe permite compreender e interpretar os acontecimentos do
passado”(p.27), ou seja o historiador erudita conta com conhecimento não apenas na
área da historia mas também em outras áreas como a filosofia e antropologia, para ter
ma melhor compreenção a cerca dos temas.
A erudição no Renascimento
Dosse argumenta que a erudição moderna surgiu no Renascimento, a partir do
interesse renovado pelo passado clássico. Os humanistas renascentistas, como Lorenzo
Valla, desenvolveram métodos críticos para analisar as fontes históricas, a fim de
identificar as falsificações e as distorções.
Valla, por exemplo, foi um dos primeiros a contestar a autenticidade da doação
de Constantino, um documento que afirmava que o imperador Constantino havia doado
ao papa Silvestre I o poder temporal sobre o Ocidente cristão. Valla demonstrou que o
documento era uma falsificação, e seu trabalho lançou as bases para o desenvolvimento
da crítica histórica moderna.
A erudição na historiografia moderna
A erudição continuou a ser uma característica importante da
historiografia moderna. No século XIX, por exemplo, os historiadores positivistas,
como Leopold von Ranke, enfatizaram a importância da análise crítica das fontes e do
rigor metodológico.
No século XX, a erudição continuou a ser valorizada pelos historiadores, mas
também passou a ser questionada. Alguns historiadores, como Michel Foucault,
argumentaram que a erudição é uma forma de dominação, pois impõe uma visão
eurocêntrica do passado.
Apesar desses questionamentos, a erudição continua a ser uma ferramenta
essencial para o trabalho do historiador. O historiador erudito possui um conhecimento
profundo do passado, o que lhe permite compreender e interpretar os acontecimentos de
forma mais completa e profunda.
Considerações finais
Dosse conclui seu capítulo argumentando que a erudição é um atributo que deve
ser cultivado pelo historiador desde o início de sua formação. O historiador deve se
dedicar ao estudo de diferentes disciplinas, a fim de adquirir o conhecimento necessário
para realizar seu trabalho de forma eficaz.
A erudição é uma ferramenta essencial para o historiador, pois lhe permite
compreender e interpretar o passado de forma mais completa e profunda. No entanto, a
erudição não é suficiente para o trabalho do historiador. O historiador também deve ter
criatividade e imaginação, pois precisa ser capaz de reconstruir o passado a partir de
fragmentos de evidências. Além disso, o historiador deve ser um bom escritor, pois
precisa comunicar suas ideias de forma clara e envolvente.
Palavras chave: Erudição, renascimento, historiografia moderna.

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