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Leandro Moura Dramaturgia

Dramaturgia

Happy Days
de
Samuel Beckett

Introdução

1. Motivação para o trabalho:


Posso dizer que a minha motivação principal para trabalhar este autor e esta obra
foram alguns dos trabalhos de PAP que foram apresentados pela turma 10 do curso
intérprete ator/atriz da escola IDS (Instituto ao Desenvolvimento Social). Se bem me
lembro apenas dois grupos trabalharam, Samuel Beckett, tendo sido uma das
apresentações, a peça À espera de Godot, que foi uma das apresentações que mais
gostei de ver na minha vida, pois foi algo que me tocou imensamente, o porquê, ainda
estou para tentar descobrir mas eu adorei o clima que a apresentação deixou na sala,
um clima tenso que mesmo os personagens falando num tom mais “animado”
conseguia-se sentir o clima morto e profundo dentro da sala. Trabalhos em que à
primeira vista não percebi o sentido/significado da peça, mas depois de refletir um
bocado sobre acaba por se descobrir que todo aquele absurdo e “estranheza” tem todo
um significado mais profundo do que pensamos. Desde de então tive muita
curiosidade para trabalhar com Samuel Beckett e uma das suas obras absurdas, e vi o
módulo de dramaturgia como uma oportunidade perfeita.
Escolhi a obra Happy Days, porque depois de procurar algumas obras de Samuel
Beckett, Happy Days foi algo que me despertou mais curiosidade do que o normal,
pela forma como a atriz tinha que atuar enterrada e o seu marido a rastejar, achei
muito engraçado a ideia louca de Samuel Beckett, e perguntei-me o porquê de esta
peça ser feita desta forma e qual o seu significado. Também fiquei bastante curioso de
como colocaria esta peça em cena no palco da minha escola, sinceramente ainda não
obtive nenhuma conclusão, mas já tive bastantes teorias e ideias.

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2. Processo criativo:
Foi um desafio conseguir encontrar uma forma de colocar a atriz enterrada na cintura
para cima em cena, mas acabei por encontrar duas soluções um pouco loucas mas
interessantes (mostradas no desenho abaixo).
Também foi um desafio quanto aos figurinos, principalmente para a atriz pois fiquei
indeciso entre vários conjuntos de figurino, e também fiquei confuso entre criar algum
figurino novo ou tirar inspiração de outros trabalhos já apresentados da peça, que foi o
que acabei por fazer.
Não sabia como colocar o ator em cena, pois o palco que temos no nosso polo de
teatro, é algo muito pequeno e limitado, então colocar os dois atores em cena de
acordo com a essência da peça foi muito difícil, mas acabei por sim, conseguir
arranjar uma solução na teoria, pois nunca a coloquei na prática.
Como é óbvio, tive de recortar algumas partes da peça, partes que achei mais
relevantes para se apresentar, porque mesmo a peça não sendo muito grande, é algo
complexo e achei que tinha algumas partes que se podia cortar e não se notaria, e
conseguir passar a mesma mensagem mas com mais simplicidade.

Personagens
- Winnie
- Willie

Winnie - Winnie é uma mulher que tem por volta dos seus cinquenta anos. É uma
mulher vaidosa, alegre, nostálgica, tagarela e optimista. Considero Winnie uma
personagem alegre, mesmo por passar a peça quase toda com um sorriso na cara/feliz,
nostálgica porque durante a peça, quase sempre que toca em objetos que estão dentro
de sua mala relembra-se de momentos do passado e partilha-os com Willie, vaidosa,
porque em muitos momentos da peça, Winnie está a arranjar-se, a meter batom, a
ajeitar o cabelo, colocar adereços e a olhar-se ao espelho, optimista porque
metaforicamente mesmo Winnie estando sendo puxada para baixo, ela está sempre a
fazer um esforço para ter um sorriso na cara e gritar por vezes durante a cena “Ah que
dia feliz", e não reclama e continua sempre bem com ela mesma durante a cena e

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tagarela porque Winnie passa a cena a falar para o seu marido Willie mesmo muitas
vezes não obtendo resposta alguma.

Willie - É um homem que tem por volta dos seus sessenta anos e é completamente o
contrário da personagem Winnie. Willie é um personagem muito pouco comunicativo,
que gosta muito de estar no seu canto, isto comprova-se porque Willie apenas se
comunica com Winnie, quando está a ler o seu jornal, ou quando Winnie está a
atormentá-lo demais, isto na primeira parte, pois no segundo acto da obra Willie
apenas fala uma única palavra. Podemos considerá-lo um personagem um pouco mais
preguiçoso porque passa muito tempo dentro de sua gruta (e pelo que parece Willie
não é afetado pelo sino que desperta Winnie). Também considero-o um personagem
preguiçoso porque Beckett metaforicamente comparou Winnie com um pássaro,
porém com óleo nas suas penas e associou Willie a uma tartaruga, mesmo havendo na
obra muitas metáforas que o comparam com porcos.

Divisão de texto
Esta obra está apenas dividida em dois atos:
Acto I - Começa com o toque do sino, com o despertar de Winnie e com Winnie
enterrada da cintura para baixo. Termina com o toque do sino.
Acto II - Começa com o toque do sino, com o despertar de Winnie e com Winnie
enterrada do pescoço para baixo. Termina com Winnie e Willie a olharem um para o
outro.

Guião
Gerais Macro - Marcadas com a cor Vermelha
Micro didascálias
- Objetivas - Marcadas com a cor Verde
- Subjetivas - Marcadas com a cor Amarela

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Happy Days
Acto I

Um campo de erva queimada: ao centro, uma pequena elevação de terreno. Declives


moderados à esquerda, à direita, do lado de trás, declive abrupto, o máximo de
simplicidade e simetria.
Luz crua.
Enterrada até à cintura na pequena elevação e exatamente no centro desta, está
Winnie. Cerca de cinquenta anos, restos de beleza. De preferência loura. Um tudo
nada gorducha. Braços e espáduas nuas. Decotada, Colar de pérolas. Winnie dorme,
os braços repousando na elevação do terreno e a cabeça apoiada nos braços. À
esquerda de Winnie, uma mala de senhora, negra e grande: à sua direita uma
sombrinha (chapéu de chuva) fechada da qual apenas se vê o cabo.
À direita e por detrás de Winnie, deitado no chão e escondido pela elevação do
terreno, Willie, também a dormir.
Longa pausa. Ouve-se uma campainha estridente durante cinco segundos. A
campainha cala-se, Winnie não se move. Novamente o som da campainha, ainda mais
estridente, durante três segundos. Winnie acorda. Silêncio. Winnie levanta a cabeça,
olha em frente. Longa pausa. Winnie endireita-se, pousa as mãos sobre a elevação,
atira a cabeça para trás, olhando para cima. Longa pausa.
Winnie - ( Fixando o zénite. ) Mais um dia divino! (Pausa. Cabeça direita, olhando
em frente. Pausa. Junta as mãos e leva-as à altura do peito. Fecha os olhos. Os lábios
de Winnie ondulam numa oração muda. Cinco segundos. Os lábios imobilizam-se. As
mãos continuam juntas.) Jesus Cristo, ámen. (Abre os olhos. As mãos separam-se.
Voltam a apoiar-se na pequena elevação. Pausa. Volta a juntar as mãos, levando-as
novamente à altura do peito. De novo reza de forma inaudível. Três segundos, baixo.)
Pelos séculos dos séculos, ámen. (Os olhos abrem-se, as mãos voltam a apoiar-se na
elevação. Pausa. ) Começa, Winnie. (Pausa.) Começa o teu dia, Winnie. (Pausa.
Volta-se para o saco; vasculha no saco sem o mudar de sítio; tira do saco uma escova
de dentes, procura de novo, tira um tubo de pasta para os dentes, quase vazio. Volta-se
de frente, destapa o tubo, coloca a pequena cápsula no chão, espalha com dificuldade

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um pouco de pasta na escova;lava os dentes, conservando o tubo na outra mão.


Volta-se pudicamente para a direita e para trás para cuspir. nessa posição pode ver
Willie; cospe, volta-se ainda um pouco mais para trás.) Uh! Uh!... (Pausa. Mais forte.)
Uh! Uh!... (Pausa. Sorriso terno, ao voltar-se de novo para a frente. Larga a escova de
dentes.) Pobre Willie (Examina o tubo; deixa de sorrir.) já não dura muito tempo
(procura a cápsula do tubo.) enfim (Encontra a cápsula.) nada a fazer (Fecha o tubo,
larga o tubo. Volta-se para o saco. Vasculha o saco. Tira um espelhinho; volta-se de
novo para a frente.) pois é (Examina os dentes ao espelho.) pobre Willie (Tacteia com
o dedo polegar os incisivos do maxilar superior. Voz indistinta.) bonito! (Levanta o
lábio superior para inspecionar as gengivas na mesma voz indistinta.) Que chatice!
(Larga o espelho.) Na mesma (Limpa os dedos ao monte.) nenhuma dor (Procura a
escova de dentes.) quase nenhuma (Apanha a escova.) é isso que é maravilhoso
(Examina a escova.) acima de tudo (Examina o cabo e lê.) pura… quê? (Pausa.) Quê?
(Larga a escova.) Ah, sim. (Volta-se para o saco.) Pobre Willie (Vasculha no saco.)
sem gosto (Continua a vasculhar.) para nada (Tira um estojo de óculos.) sem objetivos
(Volta-se de frente.) na vida. (Tira os óculos do estojo.) Coitado do Willie (Larga o
estojo.) só sabe dormir (Abre os óculos.) dom maravilhoso (Põe os óculos.) sem igual
(Procura a escova de dentes.) na minha opinião (Empunha a escova.) eu sempre disse
(Examina o cabo da escova.) tomara eu (Lendo no cabo da escova.) verdadeira…
pura… quê… (Larga a escova.) Quase cega (Tira os óculos.) enfim (Pousa os óculos)
já vi o que tinha a ver, creio eu. (Volta-se para trás e para a direita.) Uh! Uh!... (Pausa.
Sorriso terno ao voltar à posição de frente. Fim do sorriso.) Maravilhoso dom (Procura
os óculos) enfim, não me posso queixar (Encontra os óculos.) não não, não devo
queixar-me (Leva os óculos à altura dos olhos.) tantos motivos de gratidão, nenhuma
dor (Põe os óculos.) quase nenhuma (Procura a escova de dentes.) é isso que é
maravilhoso (Apanha a escova.) acima de tudo (Examina o cabo da escova.) Às vezes
sim, uma dor de cabeça… ligeira (Lê no cabo da escova.) solenemente garantida…
verdadeiramente… pura… (Tira os óculos. Pousa-os juntamente com a escova. Olha
em frente.) Coisas velhas. (Pausa) Velhos olhos. (Longa pausa.) Continua,
Winnie.(Olha em volta, fixa o olhar na sombrinha, apanha-a e puxa o cabo flexível de
um inesperado comprimento. Com a mão direita segura a sombrinha, inclina-se para

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trás e, à direita, para o lado de Willie.) Uh! Uh!... (Pausa.) Willie! (Pausa.)
Maravilhoso dom ( Dá-lhe uma pancada com a ponta da sombrinha, a sombrinha
escapa-lhe da mão e cai para trás da elevação de terreno. Willie restitui-lha com a mão
invisível.) Obrigada, querido. (Muda a sombrinha para a mão esquerda. Volta-se para
a frente.) Enfim, cá estou. (Tom alegre.) Nem melhor nem pior… na mesma.
(Inclina-se para trás, olhando para Willie.) Por favor, querido, não voltes a
adormecer… tem paciência… posso precisar de ti (Pausa.) Oh! Não é pressa, não é
pressa. Mas não te enrosques todo outra vez. Ouviste? (Volta-se para a frente. Pousa a
sombrinha. Volta-se para o saco. Vasculha lá dentro. Tira um revólver. Empunha-o.
Dá-lhe um beijo rápido. Volta a pô-lo no saco. Vasculha lá dentro, tira um bâton para
os lábios. Volta-se de frente, examina-o.) Já não dura muito (Procura o espelho.
Encontra o espelho. Começa a pôr bâton nos lábios.) Como eram aqueles versos
admiráveis?... (Põe bâton.) Oh, breves alegrias, não sei quê… desgostos perduráveis.
(Põe bâton. Ouve-se barulho vindo do lado de Willie que procura sentar-se. Winnie
interrompe-se e vira-se para trás, tentando ver.) É melhor pores as calças, querido.
Não te queimes demais. (Pausa.) Não achas? (Pausa.) Ah, estou a ver: ainda tens um
bocadinho de creme. (Pausa.) Esfrega com força, querido (Pausa. Volta à posição
normal, olhando em frente. Expressão feliz.) Ah! Vai ser mais um dia feliz! (Pausa.
Fim da expressão feliz. Volta a pôr os óculos e a pintar os lábios, afasta um pouco o
espelho e contempla-se.) Lábio de carmim (Winnie larga o espelho e o bâton; volta-se
para o saco. Willie desdobra um jornal.)

Willie - (Lendo.) Monsenhor, o reverendíssimo Carolus Chassepot, morto na tina.

(Pausa.)

Winnie - (Olhado em frente, de toque na mão; tom de exaltada reminiscência.)


O carlinhos Chassepot. (Pausa.) Fecho os olhos (Tira os óculos e fecha os olhos, o
toque numa das mãos, os óculos na outra.) e vejo-me de novo sentada no seu colo, lá
na quinta, por detrás da casa, à sombra dos plátanos. (Pausa. Abre os olhos, põe os

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óculos. Afaga o toque) Ai!... Que belas recordações. (Pausa. Vai levar o toque à
cabeça, suspende-se à voz de Willie.)

Willie - (Lendo.) Jovem dinâmico, precisa-se.

Winnie - Ah! cerda de cevado (Pausa.) O que vem a ser ao certo um cevado? (Pausa.
Voltando-se um pouco mais para Willie.) Willie, ao certo um cevado o que vem a ser?
(Pausa. Volta-se, um pouco mais suplicante.) Willie, por favor, o que é um cevado?

Willie - Porco macho, castrado. (Winnie tem uma expressão de felicidade.) Criado
para a matança.

(Winnie volta-se de frente, aumenta a expressão de felicidade. Willie desdobra o


jornal, mãos invisíveis, sempre com expressão de felicidade.) Exemplos de algumas
micro didascálias.

Winnie - Que dia feliz tem sido este! Mais um! (Pausa:) Apesar de tudo, (Fim da
expressão de felicidade.) Por enquanto.

(Pausa. Willie volta a página. Pausa. Volta a página. Pausa.)

Belo apartamento, duas amplas divisões. Sossego. Sol.

(Pausa. Winnie olha em frente. Willie volta a página. Pausa. O jornal desaparece.)

Winnie - Reza, Winnie, a tua velha oração.

(Longa pausa.)

As luzes apagam-se

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Acto II
Cena igual à do Primeiro Acto.
Willie invisível. Winnie, enterrada agora até ao pescoço. De chapéu na cabeça e olhos
fechados. A cabeça completamente imóvel de frente, durante todo o acto. Os olhos se
movem.
O saco e a sombrinha estão exatamente onde estavam no início do Primeiro Acto. O
revólver bem em evidência, à sua direita.
Longa pausa.
Campainha estridente. Winnie abre imediatamente os olhos. A campainha cala-se.
Winnie olha em frente. Longa pausa.
Willie avança, de mãos no chão. Sai completamente por detrás da elevação de terreno.
Avança até perto do centro. Olha em direção a Winnie.

Winnie - Mas que agradável surpresa! (Pausa. Ri.) Oh! Que dia feliz será hoje!

Terminam a olhar um para o outro

As luzes apagam.

Fontes
Webgrafia:
https://en.wikipedia.org/wiki/Happy_Days_(play)
Bibliografia:
Livro “Dias Felizes” de Samuel Beckett / Editorial Estampa, abril de 1989 em
português

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fig. 1 Capa do livro

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Proposta de Figurino e Espaço Cénico

fig. 2

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Crítica ao trabalho do Gustavo

Coraline

(Joane está a olhar para o buraco quando um gato aparece. Logo depois Joane faz
festinhas ao gato até que alguém aparece.)

(Ana entra)

Ana- Ele não gosta muito de carinho, sabes?

Joane- Pois, não é o que me parece. Ele parece estar a gostar, sabes?

Ana- Sei sim. Mas comigo ele não é assim.

Joane- Olha, sem querer ser rude, mas eu não gosto de ser seguida(o) por nerds
psicopatas e pelos seus gatos.

Ana- Eu não estava a seguir-te, e ele não é o meu gato, é selvagem, sabes? É claro que eu
dou-lhe comida todas as noites, e às vezes é ele que vem à minha janela com alguns
bichinhos mortos.

Joane- Eu me chamo Joane, Joane Jones, acabei de me mudar para o palácio cor de rosa.

Ana- Eu chamo-me Ana. Ana Lovat.


Sabes, não está provado mas já ouvi dizer na TV que nomes comuns com Joana induzem
os outros a não terem nenhuma expectativa sobre a pessoa.

Joane- Eu me chamo Joane. Joane!


Como é que tu me encontraste aqui?

Ana- Vim dar um recado à senhora Spink, e ela contou-me que te viu a andar para cá, só
quis vir porque te queria alertar sobre este buraco.

Joane- Já és a segunda pessoa a dizer que este buraco é perigoso. A senhorita Spink e a
senhorita Forcible insistiram em dizer o quão perigoso é este buraco , por isso fiz questão
de vir explorá- lo.

Ana- A minha avó contou-me lendas sobre este buraco. Ela disse que mesmo em plena luz
do dia, se olhares para o fundo do buraco, vais conseguir ver estrelas.

Joane-Isso parece ser algo incrível de se ver.

Ana-Sim. Parece mesmo. É meio estranho que ela tenha parado de vir para cá. Sabes, a
minha avó.

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Joane-Como assim?

Ana- A minha avó é a dona do palácio cor de rosa, e ela nunca aluga a casa a famílias com
crianças. Eu não entendo o porquê de ela me contar só histórias desta casa.

Avó- Ana!! JÁ PARA CASA !!

(Ana sai)

Crítica - Coraline é um filme de animação, stop-motion escrito por Henry Silick e baseado
no livro também chamado Caroline feito por Neil Gaiman.
É um filme que aprecio imenso, que tenho muito gosto, por isso posso sim fazer uma crítica
construtiva com conhecimento, e não preciso de pesquisar muito.
O Gustavo para criar este guião pegou em uma mini cena que acontece no inicio do
filme/livro, e também vê-se que ele adaptou a obra, trocando os nomes e o sexo dos
personagens. Achei interessante ele ter pego esta parte para adaptar a uma cena, mas na
minha opinião acho que existe algumas partes mais interessantes que poderiam ser
adaptadas, gostei muito da forma como ele resumiu, pois ele fez um resumo em tanto, mas
acho que também daria para fazer uma cena mais complexa, podia ter pegado em algumas
partes ligá-las e fazer uma cena só. O filme possui muita ficção então tem muitas partes que
é praticamente impossível passar para palco, mas também tem muitas cenas que o
Gustavo poderia ter adaptado que ficariam interessantes, acho que perdeu uma grande
oportunidade para poder criar uma peça muito boa em base do filme/livro.
Neste guião tem muitas partes que o Gustavo deixou em aberto, daí achar que ele poderia
ter ligado a outras partes da obra para deixar algo mais complexo e perceptível, por
exemplo: Quem são a senhorita Spink e a senhorita Forcible; o que é o palácio
cor-de-rosa…
Eu acho que seriam questões que o público pudesse colocar sobre a obra.
Gostei do trabalho do Gustavo mas tem alguns pontos de melhoria mas outros muito
interessantes, acho que foi uma escolha muito boa e desafiante e acho que é isso que
interessa o esforço que ele teve e a dedicação que ele colocou.

Fim

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