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Apontamentos de Classe:
Trata-se aqui dos Apontamentos de Classe, elaborados com base em consultas a livros,
artigos e pesquisa a “sites” da Internet referentes a Higiene, Segurança e Medicina do
Trabalho, com a finalidade de facilitar a consulta aos principais temas abordados nesta
matéria, 1080 - Higiene e Segurança no Trabalho. Nestes apontamentos encontramos
um resumo dos principais tópicos, além de diversas informações complementares, tais
como, estatísticas, entidades governamentais e não governamentais, leis e artigos
técnicos, “links” e demais assuntos úteis incluídos na forma de anexos.
1 ) - Objetivos; – pg. 02
14 ) - Bibliografia - pg. 73
1 ) - Objetivos:
Para isto, dentro do período de tempo previsto e disponível do calendário escolar, daremos
uma visão global deste assunto, de modo a alicerçarmos uma base para atuação responsável
e construtiva nesta especialidade de maior importância em nossa vida profissional.
Obs.: - Para atingirmos estes objetivos, além da exposição em aulas, utilizaremos também
métodos participativos tais como:
2 ) – Programação do Curso:
Normas Regulamentadoras;
Normas Técnicas;
Situações de Emergências;
Combate a Incêndio;
Serão também abordadas as principais Normas relativas a Engenharia Elétrica que envolvem a
Segurança do Trabalho.
Muito embora o trabalho organizado no mundo civilizado tenha surgido a milhares de anos,
como podemos ver testemunhado em diversas obras históricas, tais como, as Pirâmides do
Egito antigo, a Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, a Muralha da China, além de muitas
outras Construções Medievais de grande porte, tais como as Catedrais, Castelos, Monumentos
e Túmulos, verificamos contudo que ao longo da história parece não ter havido uma
organização e preocupação maior das Nações e Povos daquelas épocas, com os aspectos
referentes a Segurança de todos estes trabalhadores anônimos e desconhecidos que
empenharam-se em promover toda a construção do nosso Mundo Civilizado.
Cumpre ainda lembrar que grande parte destas obras monumentais utilizou Mão de Obra
escrava.
Em continuidade, a partir das épocas remotas e ao longo da história, nos séculos XVIII e XIX,
ocorreram importantes eventos que culminaram com o surgimento da consagrada Revolução
Industrial, a qual, apoiando-se na evolução decorrente do advento de Novas Tecnologias,
(como por exemplo, as Máquinas a Vapor, os Motores de Combustão Interna e os Motores
Elétricos, além das Máquinas de Tecelagem e diversas outras), imprimiu um desenvolvimento
acelerado da Tecnologia em nossa Civilização, modernizando e modificando todo o mundo.
Além disto, respeitáveis obras literárias publicadas (*) atestaram também as precárias e
desumanas condições de trabalho a que eram submetidos os trabalhadores, como os que
trabalhavam nas minas de carvão na Inglaterra, nas Fábricas e Usinas, nos Portos e Estaleiros
e na Construção Civil.
Infelizmente não faltam exemplos das deploráveis condições de trabalho que existiam nas
épocas passadas, como também as que ainda ocorrem na época atual, pois apesar de
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avanços tecnológicos e sociais alcançados, continuam a ocorrer casos de displicência, abusos
e situações ilegais relativas ao Trabalho, como provam as estatísticas de Acidentes do
Trabalho que ocorrem no mundo, além dos casos de Trabalho Infantil e Trabalho Escravo.
Ano de 1911
Ano de 1919
Ano de 1934
Ano de 1943
Ano de 1944
Getúlio Vargas, um dos políticos de maior expressão em nossa História, conhecido como o
“Pai dos Trabalhadores”, 21 anos após a recomendação feita pela OIT, promulgou em
10.11.1944, o Decreto –Lei n o 7.036 , fixando a obrigatoriedade da criação de Comitês de
Segurança em Empresas que tivessem 100 ou mais empregados.
Com esta modificação, o artigo 164 da CLT que tratava de assuntos referentes a CIPA foi
alterado e ficou conforme o seguinte texto:
Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de 100 para
50 empregados como o limite em que torna-se obrigatório a criação das CIPA s em
cada Empresa.
Sob o aspecto das Responsabilidades Civil e Criminal por Acidente do Trabalho temos,
( vide em anexo):
Responsabilidade Civil;
Responsabilidade Criminal;
Antes de tudo, precisamos ter uma visão global das diversas Instituições Governamentais e
não Governamentais que atuam nas questões relacionadas a Segurança do Trabalho, além
das demais Entidades ligadas a Segurança e Medicina do Trabalho no Brasil.
Previdência Social;
Delegacias Regionais do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, órgão regional
competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho;
Órgãos Federais, Estaduais e Municipais: - Podem ainda ser delegadas a outros Órgãos
Federais, estaduais e municipais, mediante convênio autorizado pelo Ministro do
Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às empresas, quanto ao
cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho.
Ano de 1965:
Conforme pgs. 946 e 947 do livro “Instalações Elétricas, Antonio Bossi e Ezio Sesto, Hemus
Editora Ltda” em 1965 , conforme dados Instituto Nacional para Seguros contra Acidentes do
Trabalho – INAIL, foram denunciados 1.084.886 acidentes do trabalho, dos quais 2.657
foram mortais, acidentes estes ocorridos nos diversos setores industriais.
A B C= Bx100/A D E= Dx1000 / B
Empregados Acidentes Incidência Número Coeficiente
Ano Segurados Registrados (%) de de Letalidade
Öbitos ( por 1000 )
1970 7.284.022 1.220.110 16,75 2.232 1,83
1975 12.996.187 1.916.187 14,74 4.001 2,09
1980 18.686.355 1.464.211 7,84 4.824 3,29
1985 20.106.355 1.077.861 5,36 4.384 4,06
1990 22.755.875 693.672 3,05 5.355 7,72
1991 22.792.858 640.790 2,81 4.523 7,06
1992 22.272.843 532.514 2,40 3.666 6,88
1993 23.165.027 426.960 1,84 3.689 8,64
1994 23.667.241 388.304 1,71 3.129 8,05
1995 23.755.736 424.137 1,79 3.967 9,35
1996 23.838.312 395.455 1,66 4.488 11,35
1997 24.140.428 421.343 1,75 3.469 8,23
1998 24.491.635 414.341 1,69 3.793 9,15
1999 24.993.265 387.820 1,55 3.896 10,05
2000 (*) 26.228.629 363.868 1,39 3.094 8,5
2001 (*) 26.966.897 340.251 1,26 2.753 8,1
2002 (**) 28.683.913 387.905 1,35 2.898 7,5
2003
Obs.:
Ano de 1.995
Mortos por 1.000 Acidentes de Trabalho
(Coeficiente de Letalidade, E = Dx1000/B)
EUA = 0,95
Portugal = 1,10
Espanha = 2,07
México = 2,97
Brasil = 3.967*1000/424.137 = 9,35
Nicarágua = 9,81
- Com um índice de 12,6 acidentes para cada 100.000 trabalhadores, índice este
comparativamente bastante acima dos índices dos demais países, tais como os
seguintes;
- 5,5 na Alemanha;
- 4,2 na Finlândia;
- 2,7 na Suécia.
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Observação:
- Taxa de Gravidade;
Obs.:
- O numerador da Taxa de Gravidade é expresso pelo Número Total de Dias Perdidos mais
os Dias Computados devido aos acidentes no período de avaliação;
Veja exemplo dado nas pgs. 58,59 e 60 do livro “Prevenção de Acidentes nas Indústrias”, W. R.
Peixoto, Ediouro.
(Ver em anexo)
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E´ importante de se estabelecer uma relação entre causas e efeitos, entre os vários tipos de
acidentes ocorridos, inclusive no que se refere a suas instalações e as substâncias perigosas
envolvidas.
Nas duas tabelas abaixo colocadas encontramos dados de Acidentes de Grande Porte
ocorridos, envolvendo Produtos Químicos diversos, inclusive combustíveis e explosivos, bem
como, suas principais causas e perdas de vidas decorrentes ( foram registrados acidentes com
mais de 20 mortes).
E´ importante conhecer este tipo de estatística para que haja uma conscientização do
alto poder de destruição revelado por estes acidentes.
Tabela 2 - Acidentes químicos ampliados em nível global com mais de 20 óbitos de 1970
até 1984.
1984 - Índia, Bhopal, explosão, 4.000 mortos e 200.000 intoxicados e agressão meio ambiente
2001 - Brasil, plataforma de petróleo, incêndio e dano ao meio ambiente, com 11 mortes
A Higiene e Segurança do Trabalho inclui uma gama de conhecimentos bastante extensa, pois
envolve atividades relacionadas a diversas especializações e demais áreas existentes na
Sociedade, tais como as seguintes:
Administração;
Biologia;
Construção e Montagem;
Direito;
Economia;
Educação;
Energia;
Enfermagem;
Engenharia;
Ergonomia;
Estatística;
Família;
Finanças;
Física;
Medicina;
Organização;
Pesquisas;
Planejamento;
Política;
Processos Industriais;
Psicologia;
Química;
Recursos Humanos;
Saúde;
Sociologia;
Tecnologia;
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Transporte;
E diversos outros ramos de atividade na
existentes na Sociedade.
Além dos conhecimentos acima relacionados é bastante importante que tenhamos também
uma visão e conhecimento dos diversos e diferentes ramos de atividades sociais e econômicas
os quais demandam e utilizam o trabalho das pessoas, ou seja, os diversos campos de
trabalho existentes em nossa sociedade.
Para isto é muito útil que consultemos o Quadro I - Classificação Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE da Norma Regulamentadora – NR 4 – Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
01.4 Pecuária
01.41-4 criação de bovinos 3
01.44-9 criação de suínos 3
01.45-7 criação de aves 3
02.11-9 silvicultura 3
02.12-7 exploração florestal 3
B- PESCA
05.11-8 pesca 3
C- INDÚSTRIAS EXTRATIVAS
D- INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
15.4 Laticínios
15.41-5 preparação do leite 3
15.42-3 fabricação de produtos do laticínio 3
17.2 Fiação
17.21-6 fiação de algodão 3
17.22-1 fiação de outras fibras têxteis naturais 3
17.23-0 fiação de fibras artificiais ou sintéticas 3
Observação:
- Por isto é que se diz que a Segurança do Trabalho tem uma natureza multifacetada.
Isto fica bastante evidenciado quando realizamos uma Pesquisa Bibliográfica ou uma busca na
Internet sobre o tema da Segurança do Trabalho.
Tais notícias, entre os vários aspectos, nos revelam os altos índices de Acidentes do Trabalho
ocorridos no Brasil, índices estes bastante acima dos índices dos demais países evoluídos do
mundo.
Estes acidentes além de vitimarem a parte mais fraca da cadeia produtiva, ou seja, os
trabalhadores e suas famílias, causam prejuízos de grande monta à Previdência Social e ao
nosso país.
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Art.19
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Art.20
Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
a) a doença degenerativa;
§2o Em caso excepcional constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II deste o artigo resultou das condições especiais em que o trabalho executado e
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
IV - O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
c ) - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus plenos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
§1o Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.
A Análise das Causas dos acidentes constitui e no estudo que leva ao conhecimento de como
e por que elas surgem. E isso facilita o estudo das medidas preventivas, isto é, o estudo das
medidas que impedem o surgimento das causas e portanto, a ocorrência dos acidentes.
I ) - ATOS INSEGUROS:
Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução de tarefas
de forma contrária as normas de segurança.
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Como por exemplo:
- Falta de atenção;
- Autoconfiança, etc
Causas:
B ) - Fatores Constitucionais
C ) - Fatores Circunstanciais
II ) - CONDIÇÕES INSEGURAS:
São aquelas que, presente no local de trabalho, colocam em risco a integridade física e mental
do trabalhador, devido à possibilidade de o mesmo acidentar e. Tais condições apresentam e
como deficiências técnicas.
Ex: Máquinas sem proteção, fiação elétrica exposta, piso defeituoso, etc.
Relativamente as causas primárias das ocorrências ligadas aos Acidentes do Trabalho, entre
tantas existentes, basicamente podemos identificar entre tantas 4 causas básicas principais,
as quais contribuem para a ocorrência destes altos índices de acidentes do trabalho:
Falta de uma fiscalização mais intensa , severa , contínua, preventiva e efetiva por parte
dos Orgãos Públicos e Privados e o conseqüente descaso e desrespeito às leis
específicas relativas Segurança no Trabalho.
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Costuma-se atuar mais nas conseqüências do que na prevenção e na eliminação das
causas dos Acidentes do Trabalho;
Além disto ,no Brasil atualmente, estas causas primárias são agravadas ainda mais por uma
Conjuntura Econômica Internacional bastante desfavorável, a qual tem repercutido
negativamente em nossa economia, estimulando o emprego de políticas econômicas não
adequadas ao país, as quais são impostas por nossos credores internacionais.
Como exemplo temos os casos das diversas privatizações ocorridas, as quais foram bastante
desvantajosas para o nosso país, como nos casos da Cia. Vale do Rio Doce, das
Concessionárias de Telefonia, de Energia Elétrica e de Gás e diversos outros casos mais.
Esta política da “globalização” dos mercados, tida como o “supra sumo” da economia mundial,
revela-se hoje em sua face mais cruel, a da competividade desigual, a qual favorece sobretudo
as potências economicamente mais fortes, em detrimento dos povos e das economias das
Nações emergentes e em desenvolvimento, agravando o quadro econômico e social com a
estagnação da economia, o desemprego, a violência, a falta de moradias, a crise da saúde
pública, educação, além de toda infraestrutura.
A partir das NRs poderemos nos guiar e verificar as situações de risco de uma determinada
instalação.
Por sua vez, estas Normas Regulamentadoras – NRs apoiam-se e se relacionam com Normas
Técnicas oficiais estabelecidas pelos orgãos competentes, inclusive Normas Técnicas
Internacionais.
A experiência acumulada das pessoas, das firmas que trabalham com seriedade e
competência e das técnicas utilizadas em Concessionárias de Serviço Público é de suma
importância também.
Outro meio atual e de extrema valia que deve ser levado em conta são as informações diversas
obtidas em Páginas e Endereços da INTERNET relativamente as diversas Tecnologias
envolvidas, particularmente as que se referem a SEGURANÇA, HIGIENE e MEDICINA do
TRABALHO.
Essencialmente, a vida do Homem transcorre, na sua maior parte, em dois tipos de ambientes:
o ambiente ocupacional ou local de trabalho e o ambiente de sua comunidade.
Cada um desse ambientes, com suas características próprias, atua sobre o organismo
humano, que se adapta constantemente às forças, aos agentes e às tensões.
Este processo de adaptação é muito lento e limitado, diante das rápidas e constantes
mudanças do meio físico e do sistema de vida, o que provoca o aparecimento das doenças.
Os ambientes ocupacionais, onde o trabalhador permanece, praticamente 1/3 de cada um de
seus dias, têm sido sempre considerados como potencialmente mais nocivo a saúde, do que o
ambiente da comunidade. O ambiente industrial, por exemplo é na sua grande maioria
intensamente artificial, e nele são operadas máquinas perigosas; estão presentes agentes
químicos potencialmente tóxicos; pode haver ruído excessivo; temperaturas elevadas e fontes
de radiação, etc. e em muitas ocasiões muitas destas exposições tem atingido também a
comunidade, através de poluição da água, do ar e do solo; criando se problemas de saúde
pública.
Por elementar direito de sua condição humana, tal como foi reconhecido pela ONU
(Organização das Nações Unidas), os governos de cada país tem o dever de zelar pela saúde
dos trabalhadores.
A responsabilidade pela vida e saúde de um trabalhador deve recair sobre o trinômio ESTADO
– EMPRESA – TRABALHADOR, seja porque o estado terá gastos para a recuperação do
indivíduo (quando possível) ou para a sua manutenção ou de seus dependentes quando de
morte ou invalidez, seja porque a empresa perde o investido em qualificação e material ou
porque o próprio trabalhador incapacitado terá seu futuro (e de seus dependentes)
muitas vezes comprometido.
Conceitos:
• A Promoção e Manutenção, no mais alto grau do bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas as ocupações;
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• A Prevenção, entre os trabalhadores, de doenças ocupacionais causadas por suas
condições de trabalho;
Em resumo:
Em Higiene do Trabalho:
1. Adoção das características físicas dos ambientes no que se refere à iluminação, ventilação,
conforto térmico e conforto acústico, radiação, etc.
4. Estudo das condições da empresa, e de cada processo ou operação que apresentem risco
para a saúde dos trabalhadores.
6. Estabelecimento da relação que poderia haver entre o ambiente de trabalho e seus efeitos
sobre a saúde do trabalhador.
10. Estabelecimento e manutenção dos sistemas de controle para evitar a poluição das águas,
do ar e do solo da comunidade.
11. Estabelecimento das medidas que concorrem a uma melhor manutenção, ampliação e
modificação das facilidades sanitárias em uso pelos trabalhadores.
Em Segurança do Trabalho:
4. Estudo permanente das condições de trabalho que oferecem maior risco de acidentes, para
decidir de que forma devem corrigir.
11. Divulgação, através de literatura, painéis, cartazes, avisos, etc sobre segurança.
Em Medicina do Trabalho:
2. Seleção e colocação dos trabalhadores de acordo com suas aptidões físicas e emocionais.
10. Aconselhamentos à gerência da empresa em todo assunto relacionando com a saúde dos
trabalhadores.
5.4 ) - Ergonomia:
Conforme o livro supra este termo foi utilizado pela primeira vez em1.857 na publicação
intitulada “Ensaios de Ergonomia” escrito por Woitej Yastembowky, de nacionalidade Polonesa.
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Em 1.949 na Inglaterra foi criada uma entidade pioneira nesta área denominada “Ergonomics
ResearchSociety com o propósito de estudar o relacionamento entre o Homem e seu Trabalho,
bem como, a solução dos problemas resultantes dessa relação.
Em 1.961 ainda nos EUA foi criada ainda a “International Ergonomics Association - IEA”.
“Elaborar, com a contribuição das diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de
conhecimentos que, com uma perspectiva de aplicação, deve desembocar em uma melhor
adaptação ao homem dos meios tecnológicos de produção e dos ambientes de trabalho”
Também no Brasil em 1.998 foi lançado o Núcleo de Ergonomia Aplicada do Recife (NEAR)
cujo site na Internet é encontrado no endereço (www.ufpe.br/near).
Dano:
- Lesão Física e/ou prejuízo que provoca prejuízo à saúde,ao meio ambiente ou à propriedade.
Danos (Damage) - É a gravidade (severidade) da perda-humana, material, ambiental ou
financeira - que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico, por
exemplo, uma fratura na perna. Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria
morto. O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a
diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.
- De acordo com a NBR 14725,é o efeito quantitativamente igual a soma dos efeitos produzidos
individualmente de dois au mais agentes tóxicos.
Efeito de Potenciação:
- De acordo com a NBR 14725,é o efeito que ocorre quando um agente tóxico tem seus efeito
aumentado por agir simultaneamente com um agente não tóxico.
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Efeito Toxicologicamente Sinérgico:
- De acordo com a NBR 14725:2001, é o efeito quantitativamente maior que a soma dos efeitos
produzidos individualmente de dois ou mais agentes tóxicos.O efeito é maior que o efeito
adititivo.
Emergência:
FICHA DE EMERGÊNCIA:
Esta ficha informa sobre as características físico-químicas básicas do produto químico e/ou
resíduo e as providências que devem ser tomadas em caso de
acidente,derramamento,envolvimento de pessoas,etc.A mesma deve sempre acompanhar o
transporte de produtos químicos conforme Decreto Lei 96.044 de 18 de maio de 1988,Capítulo
II,Seção VI (Da Documentação)-Artigo 22 ,e deve ser confeccionada de acordo com as NBR-
7503/7504 e 8285.
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos:
- De acordo com a NBR 14725,esta ficha fornece informações sobre vários aspectos desses
produtos químicos ( substâncias ou preparados) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao
meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimento básicos sobre os
produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de
emergência. Em alguns países a mesma é denominada de Material Safety data Sheet - MSDS.
FMEA:
- Esta técnica permite analisar como podem ocorrer as falhas de um equipamento ou sistema,
estimando as taxas de falha, determinar os efeitos recorrentes e estabelecer mudanças para
aumentar sua confiabilidade operacional de modo adequado e seguro. FMEA é uma abreviação
do nome inglês,"Fail Mode & Effect Analysis" ou AMFE ( Análise de Modos de Falhas e Efeitos)
e deve ser aplicada para sistemas ou falhas simples.
FUNDACENTRO:
Documento explicitado na NR – 5, Das Atribuições, conf. o item 5.16, bem como, pela
Portaria Número 25 de 29/12/1994. (Ver pgs. 60 e 575 do livro Segurança e Medicina do
Trabalho da Editora Atlas.
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O Mapa de Risco quando bem executado é um instrumento de grande valia
PAINEL DE SEGURANÇA:
- De acordo com a NBR 14725, é uma mistura ou solução composta de duas ou mais
substâncias.
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RAO: - Registro e Análise de Ocorrências;
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental;
Risco (Hazard) - Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para
causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões as pessoas, danos a
equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou
redução da capacidade de produção. Havendo um risco, persistem as possibilidades de
efeitos adversos.
Risco:
- Estes são etiquetas, na forma de losango, que estampam os símbolos e/ou expressões
emolduradas, referentes à natureza, manuseio ou identificação do produto.Devem ser afixados
em local de fácil visualização,no lado externo do caminhão, conjuntamente com o respectivo
painel de segurança.
SESMT:
Perdas - É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarciamento por
Seguro ou outros meios.
Sinistro - É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarciamento por
Seguro ou outros meios.
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Incidente - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos. É também
chamado de quase-acidente.
Acidente do Trabalho;
Inspeção de Segurança;
Gestão de Riscos;
Gestão de Emergências;
Treinamento de pessoal;
Campanhas de Segurança;
Primeiros Socorros;
Etc.
35
Obs.:
Capítulo V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
Seção I
Disposições Gerais
Seção I I
Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição
Seção I I I
Dos Órgãos de Segurança e da Medicina do trabalho nas empresas
Seção I V
Do Equipamento de Proteção Individual
Seção V
Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
36
Art. 168 e 169
Seção VI
Das Edificações
Seção VII
Da Iluminação
Art. 175
Seção VIII
Do Conforto Térmico
Seção IX
Das Instalações Elétricas
Seção X
Seção XI
Das Máquinas e Equipamenros
Seção XII
Das Caldeiras, Fornos e recipientes sob Pressão
Seção XIII
Das Atividades Insalubres ou Perigosas
Seção XV
Das Outras Medidas Especiais de Proteção
Art. 200
Seção XVI
Das Penalidades
.
.
.
Ernesto Geisel
Observação: - Vejam os textos completos nas pgs. em anexo ou nas pgs. 11 até 19
do livro Segurança e Medicina do Trabalho – São Paulo - Editora Atlas S. A. - 2001 ou em
demais obras já publicadas.
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8 ) - Normas Regulamentadoras – N R
RESOLVE:
Normas regulamentadoras:
- NR – 1 / Disposições gerais;
- NR - 2 / Inspeção prévia ;
- NR - 3 / Embargo e interdição;
- NR – 7 / Exames Médicos;
- NR – 8 / Edificações;
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- NR – 9 / Riscos Ambientais;
- NR – 12 / Máquinas e Equipamentos;
- NR – 14 / Fornos;
- NR – 17 / Ergonomia;
- NR – 19 / Explosivos;
- NR – 22 / Trabalho Subterrâneos;
- NR – 25 / Resíduos Industriais;
- NR – 27 / Registro de Profissionais;
- NR – 28 / Fiscalização e Penalidades;
Arnaldo Prieto
A seguir, de uma forma introdutória, colocamos um resumo geral das NR´s , as quais
posteriormente devem ser estudadas uma a uma mais detalhadamente.
Outro ponto a salientar é de que estas normas periodicamente são revisadas e colocadas para
consulta pública antes de uma nova publicação.
NR8 - Edificações
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a
42
chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Deve-se observar as legislações pertinentes
nos níveis federal, estadual e municipal.
NR17 - Ergonomia
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos elementos do
sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização e conseqüências do
trabalho.
Observe-se que as LER - Lesões por Esforços Repetitivos, hoje denominada DORT - Doença
Osteomuscular, relacionada ao trabalho constituem o principal grupo de problemas à saúde,
reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o termo
LER, constante hoje das relações de doenças profissionais da Previdência.
NR19 - Explosivos
Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.
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NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
Define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
Exemplos:
A NR – 23 / Proteção contra Incêndios por sua vez, exige que hajam pessoas adestradas
no uso correto dos equipamentos de combate a incêndios.
9.1 ) - Aspectos técnicos ligados aos novos Projetos, a Fabricação, a Montagem, a Operação
e a Manutenção ou seja ao ciclo de vida de uma instalação:
Além das normas acima referidas faz-se necessário também a consulta a diversas outras
Normas Técnicas existentes, tais como as relacionadas nos diversos livros técnicos publicados,
entre eles, o de Instalações Elétricas, Antonio Bossi e Ezio Sesto, Hemus Editora Ltda, nas
pgs. de Apresentação à Edição Brasileira;
Por exemplo:
Para os fins de aplicação desta norma, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI
todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a
saúde e a integridade física do trabalhador.
Esta norma fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados
que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução,
operação, manutenção, reforma, ampliação e a segurança de usuários e terceiros.
Esta norma fixa as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão,
a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais domésticos
e a conservação dos bens.
. Roupas de algodão
· Detector de tensão
INTRODUÇÃO:
Nos desligamentos programados ou não programados, o responsável pelo trabalho deve tomar
as providências necessárias à segurança da equipe e de terceiros.
PROCEDIMENTOS:
13,8 0,60
34,5 1,00
69,0 1,10
138,0 1,80
52
230,0 2,00
10. Esteja certo de que todos compreendam o planejamento, e saibam exatamente seu papel
dentro do processo
12. Evite improvisações. Lembre-se que o planejamento serve para evitar problemas durante a
execução do trabalho
15. Afaste todas as pessoas das partes que deverão ser energizadas
21. Após a conclusão dos serviços, recolha sobras de materiais que ficarem pelo chão,
evitando que outras pessoas os utilizem inadvertidamente
IV. DICAS
Para saber mais sobre segurança na manutenção de instalações elétricas, acesse o Site
www.copel.com.br ou entre em contato com o COPEL
53
Além disto, não podemos esquecer também da extrema valia que tem o Instinto de
Conservação das Pessoas, o qual adquirimos e trazemos desde as mais remotas épocas da
existência humana.
No mundo atual somente uma parte dos riscos existentes já foi assimilada e absorvida pelo
Instinto de Conservação das pessoas.
Por exemplo:
Avalanches;
Terremotos;
Naufrágios;
Ocorre porém que, ao lado destes riscos e perigos mais conhecidos, existem riscos menos
conhecidos e dominados, principalmente os relativos as novas e mais recentes tecnologias, os
quais devem ser estudados e aprofundados.
Da Eletricidade;
Dos Combustíveis;
Da Aviação;
Da Energia Atômica;
Da Bio – Tecnologia;
Relativamente a estas Tecnologias historicamente mais recentes, sob o ponto de vista racional,
até podemos ter informações atualizadas a respeito, mas mesmo assim, o desenvolvimento de
um instinto de auto conservação e segurança, na maioria das pessoas, pode ainda não ter sido
assimilada por completo, no que se refere aos riscos derivados destas novas tecnologias, de
modo que, ficasse estabelecida uma auto defesa primária, natural e instintiva com reações de
conservação rápidas e instantâneas.
Para os que já vivenciaram de perto alguma situação real envolvendo Acidentes do Trabalho
de maior gravidade, não é difícil a compreensão das conseqüências tristes e adversas que
ocorrem com a perda de vida do trabalhador e o sofrimento para seus filhos, esposa e toda a
sua família.
55
No que se refere a Eletricidade, por exemplo, numa Instalação Industrial, em contrapartida com
a movimentação mecânica e dos ruídos diversos presentes nos processos industriais, os quais
estimulam a ficar de alerta, nas Instalações Elétricas, o que mais desperta a nossa atenção é a
movimentação relativamente silenciosa dos motores elétricos.
Aos visitantes ou a alguém que não conheça ou trabalhe numa determinada instalação, que
com a permissão e acompanhado de técnicos habilitados, visitar estas partes de uma
Instalação Elétrica, além do uso dos EPI´s necessários, recomenda-se a manter-se sempre a
distância dos diversos componentes e até a mesmo colocar as duas mãos no bolso, de modo a
não tocar em nada.
E´ muito útil também o efeito provocado pelo Cartaz Admoestador bastante utilizado em
Instalações Elétricas, que é aquele da Caveira com as duas Tíbias cruzadas, com os dizeres
“PERIGO DE MORTE” , o qual normalmente está colocado nas portas dos diversos painéis
elétricos e cabines de força.
Consideremos também os demais avisos e alertas por escrito, como “Proibido a Entrada de
Pessoas não Autorizadas” ou aquele utilizando o símbolo de um Raio, para chamar a atenção
das pessoas que se aproximam das partes de uma Instalação Elétrica, bem como, as
demarcações de área, as quais servem para nos alertar dos perigos que rondam aquela
instalação.
Mesmo com todo o treinamento, o impacto emocional destes símbolos é bastante profundo.
Naturalmente isto só não basta, é preciso também que as instalações sejam executadas
seguindo-se os preceitos recomendados nas Normas Técnicas e das Normas
Regulamentadoras existentes
Para que tenhamos sucesso nos assuntos ligados a Segurança além de todo o estudo e
formação envolvido necessita-se que haja um grande apoio por parte da hierarquia, além de
uma dedicação e motivação bastante significativa.
Um risco poderá estar presente, mas deverá haver um baixo nível de perigo, devido às
precauções tomadas.
Vários outros exemplos poderiam ser citados, para mostrar como os níveis de perigo diferem,
ainda que o risco se mantenha o mesmo.
Incidente
Risco
Exposição(perigo)
Causa Fato Efeitos
RISCO Uma condição (de uma variável) com potencial para causar danos -
“HAZARD”.
PERIGO = ________________
MEDIDAS DE
CONTROLE
57
RISCO
De maneiras figurativa:
Exemplo:
Risco: Intoxicação.
Resumidamente:
As ações para minimização dos riscos demandam tempo e portanto exigem estudos e
planejamento.
Portanto temos:
Nestas situações de emergência os fatores de riscos emergem do campo virtual passando para
a situação real e gerando danos e perdas, algumas vezes fatais.
Quando ocorre uma Emergência geralmente temos a ocorrência de uma cadeia de eventos
indesejáveis.
Detecção;
Mobilização;
Intervenção,
ou seja;
Recomposição da contenção;
Combate;
e Defesa
11.1) – INTRODUÇÃO
11.2.3 “BRAINSTORMING”
11.5 ) - INTRODUÇÃO:
Da preocupação e a necessidade de dar maior atenção ao ser humano, principal bem de uma
organização, além da busca de uma maior eficiência, nasceram primeiramente:
Controle de Danos;
E por último,
Esta última, surgida com o crescimento e necessidade de segurança total em áreas como
aeronáutica, aeroespacial e nuclear, trouxe valiosos instrumentos para a solução de problemas
ligados à segurança. Com a difusão dos conceitos de perigo, risco e confiabilidade, as
metodologias e técnicas aplicadas pela Segurança de Sistemas, inicialmente utilizadas
somente nas áreas militar e espacial, tiveram a partir da década de 70 uma aplicação quase
que universal na solução de problemas de engenharia em geral.
A TIC possui grande potencial, principalmente naquelas situações em que deseja-se identificar
perigos sem a utilização de técnicas mais sofisticadas e ainda, quando o tempo é restrito. A
técnica têm como objetivo a detecção de incidentes críticos e o tratamento dos riscos que os
mesmos representam.
Esta técnica deve ser aplicada periodicamente, reciclando os observadores - participantes a fim
de detectar novas áreas - problemas, e ainda para aferir a eficiência das medidas já
implementadas.
Estudos realizados por William E. Tarrants apud DE CICCO e FANTAZZINI (1994c) revelam
que a TIC detecta fatores causais, em termos de erros e condições inseguras, que conduzem
tanto a acidentes com lesão como a acidentes sem lesão e ainda, identifica as origens de
acidentes potencialmente com lesão.
Assim sendo, a técnica descrita, por analisar os incidentes críticos, permite a identificação e
exame dos possíveis problemas de acidentes antes de que o mesmo ocorra, ao invés de após
a ocorrência do mesmo, tanto em termos das consequências com danos à propriedade como
na produção de lesões.
O procedimento “What-If” é uma técnica de análise geral, qualitativa, cuja aplicação é bastante
simples e útil para uma abordagem em primeira instância na detecção exaustiva de riscos,
tanto na fase de processo, projeto ou pré - operacional, não sendo sua utilização unicamente
limitada às empresas de processo.
Para a aplicação o “What-If” utiliza-se de uma sistemática técnico -administrativa que inclui
princípios de dinâmica de grupo, devendo ser utilizado periodicamente. A utilização periódica
do procedimento é o que garante o bom resultado do mesmo no que se refere à revisão de
riscos do processo.
Da aplicação do “What-If” resultam uma revisão de um largo espectro de riscos, bem como a
geração de possíveis soluções para os problemas levantados, além disso, estabelece um
consenso entre as áreas de atuação como produção, processo e segurança quanto à forma
mais segura de operacionalizar a planta. O relatório do procedimento fornece também um
material de fácil entendimento que serve como fonte de treinamento e base para revisões
futuras.
62
d) Reunião de revisão de processo: para os integrantes ainda não familiarizados com o sistema
em estudo;
A APR teve seu desenvolvimento na área militar, sendo aplicada primeiramente como revisão
nos novos sistemas de mísseis. A necessidade, neste caso, era o fato de que tais sistemas
possuíam características de alto risco, já que os mísseis haviam sido desenvolvidos para
operarem com combustíveis líquidos perigosos. Assim, a APR foi aplicada com o intuito de
verificar a possibilidade de não utilização de materiais e procedimentos de alto risco ou, no
caso de tais materiais e procedimentos serem inevitáveis, no mínimo estudar e implantar
medidas preventivas.
A APR não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e geralmente precede outras
técnicas mais detalhadas de análise, já que seu objetivo é determinar os riscos e as medidas
preventivas antes da fase operacional. No estágio em que é desenvolvida podem existir ainda
poucos detalhes finais de projeto e, neste caso, a falta de informações quanto aos
procedimentos é ainda maior, já que os mesmos são geralmente definidos mais tarde.
A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou seja, quanto mais
prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser solucionado.
Desta forma, a APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma série
de medidas de controle e prevenção de riscos desde o início operacional do sistema, o que
permite revisões de projeto em tempo hábil, no sentido de dar maior segurança, além de definir
responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
c) Determinação dos riscos principais: Identificar os riscos potenciais com potencialidade para
causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e perda de
materiais.
f) Analisar os métodos de restrição de danos: Pesquisar os métodos possíveis que sejam mais
eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda
de controle sobre os riscos.
g) Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente
os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também,
para cada unidade, as atividades a desenvolver.
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi enfatizado, necessita
ser complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas. Em sistemas que sejam já
bastante conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um grande número de informações
sobre riscos, esta técnica pode ser colocada em by-pass e, neste caso, partir-se diretamente
para aplicação de outras técnicas mais específicas.
11.7.2 ) - ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE) – “Failure Modes and Effects
Analysis” (FMEA)
A Análise de Modos de Falha e Efeitos é uma análise detalhada, podendo ser qualitativa ou
quantitativa, que permite analisar as maneiras pelas quais um equipamento ou sistema pode
falhar e os efeitos que poderão advir, estimando ainda as taxas de falha e propiciado o
estabelecimento de mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das
probabilidades de falha, aumentando a confiabilidade do sistema.
Apesar de sua utilização ser geral, a AMFE é mais aplicável às Indústrias de Processos,
principalmente quando o sistema em estudo possui instrumentos de controle, levantando
necessidades adicionais e defeitos de projeto, definindo configurações
seguras para os mesmos quando ocorrem falhas de componentes críticos ou suprimentos.
A AMFE é realizada primeiramente de forma qualitativa, quer na revisão sistemática dos modos
de falha do componente, na determinação de seus efeitos em outros componentes e ainda na
determinação dos componentes cujas falhas têm efeito crítico na operação do sistema, sempre
procurando garantir danos mínimos ao sistema como um todo. Posteriormente, pode-se
proceder à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou probabilidade de falha do
sistema ou subsistema, através do cálculo de probabilidades de falhas de montagens,
subsistemas e sistemas, a partir das probabilidades individuais de falha de seus componentes,
bem como na determinação de como poderiam ser reduzidas estas probabilidades, inclusive
65
pelo uso de componentes com confiabilidade alta ou pela verificação de redundâncias de
projeto.
c) Preparar um “Chek list” dos componentes de cada subsistema e sua função específica;
II- Falha em cessar de operar no instante prescrito; III- operação prematura; IV- falha em
operação;
e) Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como esta afeta a operação do
mesmo;
f) Estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de risco, conforme
o quadro 4.1., para possibilitar a priorização de alternativas;
h) Formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotadas para eliminar
ou controlar cada falha específica e seus efeitos;
Como descrito, a AMFE analisa de forma geral os modos de falha de um produto. Porém, em
um produto podem existir certos componentes ou conjunto deles que sejam especificamente
críticos para a missão a que se destina o produto ou para a segurança do operador. Portanto,
de acordo com HAMMER (1993), a estes componentes críticos deve ser dada especial
66
atenção, sendo mais completamente analisados do que outros. A análise, similar a AMFE, que
se preocupa com a análise detalhada destes componentes críticos é conhecida como Análise
de Criticalidade e Modos de Falha (FMECA – Failure Modes an Criticality Analysis).
Tanto a AMFE como a FMECA são bastante eficientes quando aplicadas a sistemas mais
simples e de falhas mais singelas, porém, quando a complexidade é maior, recomenda-se o
uso de outras técnicas, como por exemplo a Análise de Árvore de Falhas.
Em termos gerais, pode-se dizer que o HAZOP é bastante semelhante a AMFE, contudo, a
análise realizada pelo primeiro método é feita através de palavras-chaves que guiam o
raciocínio dos grupos de estudo multidisciplinares, fixando a atenção nos perigos mais
significativos para o sistema. As palavras-chaves ou palavras-guias são aplicadas às variáveis
identificadas no processo (pressão, temperatura, fluxo, composição, nível, etc.) gerando os
desvios, que nada mais são do que os perigos a serem examinados.
A técnica HAZOP permite que as pessoas liberem sua imaginação, pensando em todos os
modos pelos quais um evento indesejado ou problema operacional possa ocorrer. Para evitar
que algum detalhe seja omitido, a reflexão deve ser executada de maneira sistemática,
analisando cada circuito, linha por linha, para cada tipo de desvio passível de ocorrer nos
parâmetros de funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas a série de palavras-
guias, identificando os desvios que podem ocorrer caso a condição proposta pela palavra-guia
ocorra.
De acordo com KLETZ (1984?), no HAZOP "A operabilidade é tão importante quanto a
identificação de perigos".
Geralmente neste tipo de estudo são detectados mais problemas operacionais do que
identificados perigos. Este não é um ponto negativo, muito pelo contrário, aumenta sua
importância, pois a diminuição dos riscos está muito ligada a eliminação de
problemas operacionais. A eliminação dos problemas operacionais recai numa conseqüente
diminuição do erro humano, decrescendo assim o nível de risco, porém, é impossível eliminar
qualquer perigo que seja, sem antes ter conhecimento do mesmo, o que pode ser detectado
pelo HAZOP.
Nas aplicações de análise de risco, o evento inicial da árvore de eventos é, em geral, a falha de
um componente ou subsistema, sendo os eventos subsequentes determinados pelas
características do sistema.
b) Definir os sistemas de segurança (ações) que podem amortecer o efeito do evento inicial;
d) Uma vez construída a árvore de eventos, calcular as probabilidades associadas a cada ramo
do sistema que conduz a alguma falha (acidente).
68
A árvore de eventos deve ser lida da esquerda para a direita. Na esquerda começa-se com o
evento inicial e segue-se com os demais eventos seqüenciais. A linha superior é NÃO e
significa que o evento não ocorre, a linha inferior é SIM e significa que o evento realmente
ocorre.
Um exemplo fictício para proceder a análise quantitativa pode ser tomado como o esquema do
quadro 5.6., que investiga a probabilidade de descarrilhamento de vagões ou locomotivas,
dado que existe um defeito nos trilhos.
Como pode-se observar no quadro 5.6., o descarrilhamento pode ser causado por qualquer
uma das três falhas assinaladas e, portanto, a probabilidade de que um defeito nos trilhos
produza descarrilhamento é a soma simples das três possibilidades,
ou seja, 0,6%.
Na ilustração:
Na ilustração:
A Análise das Causas e Conseqüências (AAC) de falhas se utiliza das mesmas técnicas de
construção da AAE e da Análise da Árvore de Falhas(AAF) que será vista detalhadamente a
seguir.
Conforme DE CICCO (1989), trata-se de uma técnica que permite avaliar qualitativa e
quantitativamente as conseqüências dos eventos catastróficos de ampla repercussão e
verificar a vulnerabilidade do meio ambiente, da comunidade e de terceiros em geral.
A Ánálise de Árvore de Falhas - AAF foi primeiramente concebida por H.A.Watson dos
Laboratórios Bell Telephone em 1961, a pedido da Força Aérea Americana para avaliação do
sistema de controle do Míssil Balístico Minuteman.
A AAF é um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento
indesejável (falha) e encontra sua melhor aplicação no estudo de situações complexas. Ela
determina as freqüências de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das
falhas dos diversos componentes do sistema.
Segundo LEE et alli (1985), o principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico
em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), onde são especificados as causas que
levam a ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo.
70
O evento indesejado recebe o nome de evento topo por uma razão bem lógica, já que na
montagem da árvore de falhas o mesmo é colocado no nível mais alto. A partir deste nível o
sistema é dissecado de cima para baixo, enumerando todas as causas ou combinações delas
que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível inferior recebem o nome de eventos
básicos ou primários, pois são eles que dão origem a todos os eventos de nível mais alto.
De acordo com OLIVEIRA e MAKARON (1987), a AAF é uma técnica dedutiva que se focaliza
em um acidente particular e fornece um método para determinar as causas deste acidente, é
um modelo gráfico que dispõe várias combinações de falhas de equipamentos e erros
humanos que possam resultar em um acidente. Consideram o método como "uma técnica de
pensamento-reverso, ou seja, o analista começa com um acidente ou evento indesejável que
deve ser evitado e identifica as causas imediatas do evento, cada uma examinada até que o
analista tenha identificado as causas básicas de cada evento".
Portanto, é certo supor que a árvore de falhas é um diagrama que mostra a interrelação lógica
entre estas causas básicas e o acidente.
definição do sistema;
construção da árvore de falhas;
avaliação qualitativa e
avaliação quantitativa.
Embora tenha sido desenvolvida com o principal intuito de determinar probabilidades, como
técnica quantitativa, é muito comumente usada também por seu aspecto qualitativo porque,
desta forma e de maneira sistemática, os vários fatores, em qualquer situação a ser
investigada, podem ser visualizados. Segundo HAMMER (1993), os resultados da análise
quantitativa são desejáveis para muitos usos, contudo, para proceder à análise quantitativa,
deve ser realizada primeiramente a análise qualitativa, sendo que muitos analistas crêem que
deste modo, obter resultados quantitativos não requer muitos esforços
adicionais.
Assim, a avaliação qualitativa pode ser usada para analisar e determinar que combinações de
falhas de componentes, erros operacionais ou outros defeitos podem causar o evento topo. Já
a avaliação quantitativa é utilizada para determinar a probabilidade de falha no sistema pelo
conhecimento das probabilidades de ocorrência de cada evento em particular.
Desta forma, o método de AAF pode ser desenvolvido através das seguintes etapas:
O quadro 5.8. transcrito de HAMMER (1993), representa algumas das definições de álgebra
Booleana associadas aos símbolos usados na análise quantitativa da árvore de falhas. Em
complemento,
Desta forma, para a árvore de falhas representada na figura 5.4. as probabilidades dos
eventos, calculadas obedecendo-se às determinações das comportas lógicas, resultam em:
E = A intersec. D
D = B união C
E = A intersec. B união C
O uso da árvore de falhas pode trazer, ainda, outras vantagens e facilidades, quais sejam: a
determinação da sequência mais crítica ou provável de eventos, dentre os ramos da árvore,
que levam ao evento topo; a identificação de falhas singulares ou localizadas importantes no
processo; o descobrimento de elementos sensores (alternativas de solução) cujo
desenvolvimento possa reduzir a probabilidade do contratempo em estudo. Geralmente,
existem certas sequências de eventos centenas de vezes mais prováveis na ocorrência do
evento topo do que outras e, portanto, é relativamente fácil encontrar a principal
combinação ou combinações de eventos que precisam ser prevenidas, para que a
probabilidade de ocorrência do evento topo diminua.
Além dos aspectos citados, a AAF encontra aplicação para inúmeros outros usos, como:
solução de problemas diversos de manutenção, cálculo de confiabilidade, investigação de
acidentes, decisões administrativas, estimativas de riscos, etc.
O método conhecido como MORT é uma técnica que usa um raciocínio semelhante ao da AAF,
desenvolvendo uma árvore lógica, só que com a particularidade de ser aplicado à estrutura
organizacional e gerencial da empresa, ilustrando erros ou ações inadequadas de
administração.
Segundo HAMMER (1993), o método pode ser também usado para esquematizar ações
administrativas que possam ter contribuído para um acidente, o qual já tenha ocorrido. Nesta
árvore cada evento é uma ação do operador ou administrador, sendo que as falhas de
equipamentos ou condições ambientais não são consideradas.
A figura 5.5. mostra um ramo de um estudo MORT, publicado por W.G. Johnson apud
OLIVEIRA(1991).
(Ver em anexo)
73
14 ) – Bibliografia;
Segurança do Trabalho & Gestão Ambiental, Editora Atlas, Antonio Nunes Barbosa Filho,
2001
15 ) - Anexos diversos:
- NR – 1 / Disposições gerais;
- NR - 2 / Inspeção prévia ;
- NR - 3 / Embargo e interdição;
Responsabilidade Civil;
Responsabilidade Criminal;
Segurança em Eletricidade;