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TEMA 02: PDDE COMO DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS

PDDE COMO
DESCENTRALIZAÇÃO
FINANCEIRA

Olá! Prezado/a cursista:

Seja muito bem-vindo/a aos estudos deste caderno, cujo tema


escolhido foi: PDDE COMO DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA.
Esse curso foi planejado pela Universidade Federal de Uberlândia
(UFU), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE).
Nesse curso, você terá a possibilidade de conhecer como se
processa a descentralização financeira por meio do Programa
Dinheiro Direto na Escola (PDDE), sua importância enquanto política
pública para a educação e a utilização dos recursos desse
programa.
Nossa expectativa é tornar as ações de planejamento e de execução
dos recursos financeiros advindos do PDDE mais assertivas, com
informações fundamentais sobre como empregá-los para
desenvolver e melhorar a qualidade da sua Unidade Escolar.

Então, mãos à obra e bons estudos!

Atenciosamente, Equipe Financiamento.

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SUMÁRIO

1. QUEM SOMOS NÓS........................................................................... 03


2. EMENTA.............................................................................................. 06
3. JUSTIFICATIVA................................................................................... 06
4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM..................................................... 07
4.1. Objetivo Geral............................................................................. 07
4.2. Objetivos Específicos................................................................. 07
5. INTRODUÇÃO..................................................................................... 08
6. O DINHEIRO CHEGOU À ESCOLA. E AGORA?............................... 09
7. COMO CADASTRAR PARA O PDDE................................................. 10
7.1. ADESÃO – PDDE Web.............................................................. 12
7.1.1. Condições Básicas para a descentralização financeira.... 13
7.1.2. Constituição Jurídica da Unidade Executora (UEx).......... 13
7.1.3. Constituição da Unidade Executora Própria (UEx)........... 14
7.2. EXECUÇÃO – Recursos do PDDE – Custeio e Capital............. 15
7.2.1. Recurso de Custeio........................................................... 16
7.2.2. Recurso de Capital............................................................ 18
7.2.3. Como investir o recurso do PDDE?................................... 19
7.2.4. Pesquisa de preço............................................................. 22
7.2.5. Escolha da melhor proposta.............................................. 23
7.3. PRESTAÇÃO DE CONTAS....................................................... 24
8. IDEGES............................................................................................... 26
9. GLOSSÁRIO........................................................................................ 29
10. REFERÊNCIAS................................................................................. 33

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1. QUEM SOMOS NÓS

ALESSANDRA MARTINS MOTA


Mestranda em História e Historiografia da Educação (PPGED/UFU).
Especialista em Educação Especial e Mediação Pedagógica (UFU - 2019).
Pedagoga formada na UFU (2008). Atua na educação pública de Uberlândia
desde 2004, atualmente, como docente e inspetora escolar da Secretaria
Municipal de Educação. Tem experiência como professora formadora,
conteudista e tutora.
http://lattes.cnpq.br/4638632551554401

LEORDINA FERREIRA TRISTÃO MORAES


Pedagoga formada pela UFU. Pós-graduada em Planejamento, Gestão e
Implementação de cursos EaD pela UFF e em Atendimento Educacional
Especializado pela UFU. Mestranda em Educação na linha de Saberes e
Práticas Educativas no PPGED/UFU. É tutora do Curso de Pedagogia da
UFOP. Professora efetiva na SME de Uberlândia. Vice-diretora da EM
Professor Leôncio do Carmo Chaves. Tem experiência como tutora EaD.
http://lattes.cnpq.br/8239929397459108

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LUCIANE RIBEIRO DIAS GONÇALVES
Professora adjunta no Instituto de Ciências Humanas do Pontal - ICHPO/UFU,
no curso de Pedagogia. Pós-doutora pelo Centro de Estudos Sociais - CES/UC
(2015-2016) da Universidade de Coimbra – Portugal. Doutora em Educação
pela UNICAMP (2011). Mestre em Educação pela UFU (2004). Graduada em
Matemática pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG (1987).
Graduada em Pedagogia pela UEMG (1997). Coordenou o curso de formação
de Conselhos Escolares, na formação de gestores. SEB/MEC.
http://lattes.cnpq.br/9836292136030338

MARIA VIEIRA DA SILVA


Professora Titular da FACED/UFU; atua nos Cursos de
Pedagogia/Mestrado/Doutorado do PPGED/UFU. Pós-doutora em educação
pela Université Paris X, como bolsista sênior do CNPq (2011); estágio pós-
doutoral pela UFMG/Institute of Education/University College London (2019).
Doutora em Educação pela UNICAMP; Mestre em Educação pela UFU;
Especialista em Sociologia. Graduada em Pedagogia; Coordenadora do Grupo
de Pesquisa Polis - Políticas, Educação e Cidadania (UFU),
http://lattes.cnpq.br/0726794592785841

MEIRE APARECIDA GODOY GOMIDE


Mestra em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal
de Juiz de Fora (UFJF). Especialista em Supervisão Escolar pela Faculdade
Católica de Uberlândia. Graduada em Pedagogia pela Faculdade Católica de
Uberlândia. Analista Educacional da SEE/MG, atuando na SRE Uberlândia, no
acompanhamento pedagógico das escolas e na formação continuada de
professores, especialistas e gestores escolares. Atuou como tutora EAD.
http://lattes.cnpq.br/4321024690030466

SÔNIA MARIA DOS SANTOS


Professora Titular aposentada da FACED/UFU. Pós-doutora na UFMG (2012);
Doutora em Educação: História, Política, Sociedade na PUC de São
Paulo(200); Mestre em Educação na UFU (1995); Especialista em Supervisão
escolar(1988); Licenciada em Educação Artística(1983) e Pedagogia(1987)
pela UFU. Atuou como professora do estado de Minas Gerais (1992/1993).
Atuou na Rede Municipal (1983/1994) Foi professora na UFU(1993/2019).
http://lattes.cnpq.br/9281057859793276

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Em 10/11/2021, este material passou por atualizações em virtude da nova
Resolução Nº 15 de 16 de setembro de 2021, publicada pelo FNDE, referente
ao Programa Dinheiro Direto na Escola. Os ajustes necessários foram
realizados pelas professoras formadoras:

SÔNIA MARIA DOS SANTOS


Professora Titular aposentada da FACED/UFU. Pós-doutora na UFMG (2012);
Doutora em Educação: História, Política, Sociedade na PUC de São
Paulo(200); Mestre em Educação na UFU (1995); Especialista em Supervisão
escolar(1988); Licenciada em Educação Artística(1983) e Pedagogia(1987)
pela UFU. Atuou como professora do estado de Minas Gerais (1992/1993).
Atuou na Rede Municipal (1983/1994) Foi professora na UFU(1993/2019).
http://lattes.cnpq.br/9281057859793276

JANINE CECÍLIA GONÇALVES PEIXOTO


Professora (2016-2021) e Assessora Especial de Ensino (2020/2021) da
ESEBA/UFU. Mestre em Educação pela FACED/(UFU (2020) Especialista em
Docência na Diversidade para Educação Básica (2011) na UFU e Atendimento
Educacional Especializado (AEE) na UNIANDRADE (2013). Licenciada em
Pedagogia (2006). Atuou como professora na Rede Municipal de Uberlândia
(2003-2016). Atuou como Assessora Pedagógica na Rede Municipal
(2015/2016).
http://lattes.cnpq.br/064435349834048

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2. EMENTA
Descentralização financeira e gestão democrática dos recursos
suplementares destinados às escolas. Financiamento da educação por meio do
PDDE. Processo de adesão ao PDDE interativo. Unidades Executoras na sua
constituição jurídico-documental. Execução dos recursos oriundos do PDDE.
Diferenciação entre gastos de custeio e capital. Procedimento de licitações
para compras e lançamento dos valores gastos. Prestação de contas.

3. JUSTIFICATIVA

O planejamento financeiro é uma ação relevante para qualquer campo


da administração educacional. No âmbito das Unidades Escolares
contempladas com recursos públicos, as propostas devem ser planejadas e
organizadas de forma a contemplar os princípios da transparência da
administração pública: legalidade, publicidade, impessoalidade, eficiência e
moralidade.
Acreditamos que a gestão democrática, por meio da participação de
órgãos colegiados, é uma das formas de compartilhar responsabilidades e
gerenciar de maneira colaborativa as ações desenvolvidas e planejadas no
espaço escolar. Nesse contexto, a descentralização financeira pode tornar-se
mais eficiente, via gestão democrática.
Portanto, o tema deste caderno é relevante, pois apresenta o passo a
passo para se constituir e administrar uma Unidade Executora Própria (UEx)e,
ainda, traz reflexões sobre esse tema. Aborda a adesão, execução e a
prestação de contas ao PDDE.

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4. OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM

4.1 - Objetivo Geral


Compreender os aspectos formais do PDDE, com intuito de detalhar
seus processos constitutivos (adesão, execução e prestação de contas),
contribuindo com medidas para potencializar a qualidade da educação pública
por meio do acesso e gestão de recursos suplementares.

4.2 - Objetivos Específicos

● gerenciar, de forma democrática, os recursos repassados pelo


PDDE, compreendendo o processo de recebimento e de utilização dos
recursos do programa;
● conhecer como se constitui e administra a Unidade Executora
Própria (UEx), seu funcionamento e formas de organizá-la para atender
às demandas legais da descentralização financeira;
● analisar o processo de execução e de gerenciamento dos
recursos do PDDE na escola, diferenciando recurso de custeio e de
capital;
● elaborar a prestação de contas para facilitar o encerramento e
continuidade da descentralização dos recursos.

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5. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da escola depende do planejamento das ações


pedagógicas, administrativas e financeiras. Com relação às demandas
pedagógicas, é comum nos debruçarmos sobre os instrumentos que organizam
e direcionam o trabalho como, por exemplo, a elaboração dos planos de ensino
e de aulas.
As áreas administrativas e financeiras também exigem organização e
programação para o sucesso do seu desenvolvimento. É preciso entender que
planejamento direciona o processo de gestão.
Desejamos que esse tema possa contribuir com informações e com
conhecimentos que otimizem e ampliem as possibilidades administrativas em
sua rotina diária.
Aqui, trataremos de planejamento financeiro, mais especificamente das
ações voltadas para o uso consciente do recurso do Programa Dinheiro Direto
na Escola (PDDE).

Antes de iniciarmos nossa trajetória, que tal conhecermos um


pouco mais sobre o programa? Acesse o link:

https://eduplay.rnp.br/portal/video/108470

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6. O DINHEIRO CHEGOU À
ESCOLA. E AGORA?

O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) foi criado em 1995 para


levar recursos financeiros diretamente às escolas públicas e outras, de acordo
com as particularidades avaliadas pelo programa. Segundo o Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Programa

[...] destina-se às escolas públicas da Educação Básica das


redes estaduais, municipais e do Distrito Federal, às escolas
privadas de educação especial mantidas por entidades sem
fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência
social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao
público (BRASIL, 2021).

Um dos objetivos do programa é o de dar autonomia financeira aos/às


gestores/as e à comunidade escolar para que possam decidir juntos a melhor
forma de utilizar a verba recebida, aumentando a participação da comunidade
nas decisões da escola, assim como sua responsabilidade com o
desenvolvimento da aprendizagem dos/as seus/suas alunos/as.
O recurso enviado às escolas por meio do PDDE é uma verba
suplementar, ou seja, é um dinheiro extra, e não está vinculado às verbas já
destinadas para as despesas fixas da escola, já repassadas pelos estados e
municípios. Com ele, é possível realizar compras, contratar serviços e até fazer
pequenos reparos na edificação escolar, desde que cumpridos alguns critérios
para o gasto, conforme veremos adiante, neste caderno.

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7. COMO CADASTRAR
PARA O PDDE?

Importante!!! Ainda de acordo com FNDE1, as escolas públicas que


possuem mais de 50 alunos/as matriculados/as devem criar suas UEx e aderir
ao Programa por meio do Sistema PDDEWeb até o último dia útil de outubro no
portal do PDDE. Às escolas com menos de 50 alunos/as é facultada a
criação de Unidade Executora Própria (UEx). Você já conhece o sitio do
PDDE? www.gov.br/fnde
Seguidos os trâmites para adesão ao PDDE, os recursos serão enviados
anualmente em duas parcelas, sendo a primeira até 30 de abril e a segunda,
até 30 de setembro, de acordo com a Resolução nº 15, de 16 de setembro de
2021. Para acessar a Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2021, do
Conselho Deliberativo do FNDE, clique aqui .
É natural surgirem dúvidas de onde, como e quando empregar o
recurso recebido. Mas, calma! Lembre-se que vamos focar no planejamento
desse uso. Para dar início ao processo, é necessário debater com os órgãos
colegiados da escola para a definição de prioridades na utilização dos
recursos. Dessa forma, a ação inicial é reunir toda a comunidade escolar
(conselhos, associações, pais/mães, mestres servidores/as de todos os
setores, e claro, os/as alunos/as) para que possam decidir coletivamente as
prioridades. E a primeira questão a ser considerada é: onde empregar o
dinheiro?
Para encontrar esse caminho, é necessário listar todas as demandas
que dependem de dinheiro para serem realizadas na escola. Em seguida,
discutir e decidir quais atividades trarão mais benefícios àquela comunidade.

1
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Disponível em
<https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pdde/sobre-o-plano-ou-programa/sobre-o-
pdde>. Acesso em 09 jun. 2021.

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Diante desse levantamento, apontem as mais urgentes e necessárias,
principalmente aquelas que impactam diretamente na aprendizagem dos/as
alunos/as.
Lembrando que toda decisão deverá ser registrada em ata e assinada
pelos/as representantes presentes.
Definidas as prioridades, é preciso verificar como poderá ser aplicado o
recurso. Para nortear as decisões que serão feitas, é importante atentar-se
para a Portaria nº. 448, na qual está determinada, detalhadamente, a natureza
das despesas dos recursos. Para mais informações, clique aqui
E quando utilizar o recurso? Essa fase é a melhor da execução, pois é
quando o planejamento se efetiva. Porém, é a etapa que exige mais cuidados
para você não incorrer em erros com relação aos gastos e sua prestação de
contas futura. Por conta disso, é necessário fazer um planejamento do uso do
financiamento.
Após a seleção das prioridades e a confirmação de que aquela atividade
está de acordo com os critérios do programa, é chegado o momento de
planejar seu desenvolvimento, ou seja, hora de juntar dados quantitativos
(apuração numérica relacionada às prioridades estabelecidas) e qualitativos
(explicações que contribuem para compreender as razões da escolha pela
prioridade) para execução das tarefas. Serão elaborados documentos tais
como, atas de reuniões e outros registros. Esses documentos devem conter
informações como número de alunos/as que serão contemplados/as por nível
de ensino e ano de escolaridade, quantidade de servidores/as envolvidos/as,
materiais e equipamentos que serão utilizados, despesas para implantação e
continuidade da atividade, além da previsão de gastos para cobrir todo o
período de duração dos projetos diversos, que foram escolhidos de forma
coletiva, para os quais serão destinadas as execuções financeiras.
Essas informações são essenciais para que se planeje e elabore planos
e orçamentos robustos e bem direcionados, obtendo assim o resultado
esperado. Outro detalhe importante que deve ser observado é quanto à
execução de alguma atividade ou à aplicação em um novo projeto com
recursos originários do PDDE. Essa ação exige, além do cuidadoso

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levantamento de dados, o também minucioso registro dos gastos e guarda dos
comprovantes de despesas (nota fiscal, recibos, faturas) para fazer a
prestação de contas ao FNDE. Este assunto será abordado no item Prestação
de Contas.

7.1. ADESÃO – PDDE Web

O PDDEWeb é uma plataforma tecnológica desenvolvida pelo FNDE


para cadastrar e/ou atualizar os dados das Unidades Executoras Próprias
(UEx) e das Entidades Executoras (EEx). Para o recebimento do recurso do
PDDE, o seu preenchimento é obrigatório e deve acontecer anualmente,
segundo a Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2021- CD/FNDE, que
determina como prazo final de cadastro o último dia útil de outubro de cada
ano.
Um detalhe importante a ser observado é que quanto mais cedo o
cadastramento for efetuado, mais rápido os recursos serão liberados.
A ADESÃO para UEx e EEx; efetuada pelas escolas e
prefeituras/secretarias estaduais de educação, respectivamente; deve ser
realizada somente via PDDEWeb, usando prioritariamente os navegadores
Mozilla Firefox e Google Chrome.
O PDDEWeb está integrado ao sítio GOV.BR. Dessa forma, para
acessá-lo, é necessário realizar o cadastro conforme link a seguir. O passo a
passo para o cadastramento está detalhado no e-book "Da criação da UEx à
Prestação de Contas: o caminho do PDDE", disponível no material do curso e
no espaço de orientações para atualização cadastral no sítio do FNDE
Para saber mais, os gestores podem acessar as informações para
cadastro

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7.1.1. Condições básicas para a
descentralização financeira
Para Camargo e Viana (2015), a descentralização financeira permite que
a escola apresente melhoria no seu funcionamento, viabilidade na realização
do seu projeto político-pedagógico, transparência no uso de recursos e
envolvimento da comunidade escolar em processos de tomadas de decisões
conjuntas.
Contudo, não basta ser uma escola pública para receber os recursos
advindos do PDDE. Para que as instituições tenham acesso ao financiamento,
é necessário cumprir critérios burocráticos e jurídicos. Um deles é a
constituição da Unidade Executora Própria (Uex).

7.1.2. Constituição jurídica da


unidade executora própria (UEx)

A UEx é uma entidade privada, sem fins lucrativos (também nomeada de


Caixa Escolar, Associação de Pais e Professores, Associação de Pais e
Mestres (APM), Círculo de Pais e Mestres etc). A constituição da UEx deve
seguir esses trâmites:

Clicando aqui, você encontrará orientações que poderão lhe auxiliar


sobre o PDDE.

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7.1.3. Constituição da unidade
executora (UEx)
Veremos agora de forma objetiva o processo de constituição jurídica da
UEx.

A UEx é constituída por todos/as os/as associados/as e


administrada pela Assembleia Geral, pela Diretoria e pelos
Conselhos Deliberativo e Fiscal, Assembleia Geral, Assembleia
Geral Ordinária, Assembleia Geral Extraordinária, Conselho
Deliberativo, Conselho Fiscal.

Quanto à Constituição da Diretoria da UEx, deverá estar consonante


com o estatuto da Unidade Escolar e poderá ter os seguintes cargos:
presidente/a, vice-presidente/a, secretário/a e tesoureiro/a, todos/as eleitos/as
por processo seletivo/eleição, com ampla divulgação dos/as candidatos/as,
para que toda a comunidade escolar tenha conhecimento do pleito. Lembrando
que assim como o Conselho Escolar, todo o processo deverá ser registrado em
ata.

Quanto à Constituição da Diretoria da UEx, deverá estar consonante


com o estatuto da Unidade Escolar e poderá ter os seguintes cargos:
presidente/a, vice-presidente/a, secretário/a e tesoureiro/a, todos/as eleitos/as
por processo seletivo/eleição, com ampla divulgação dos/as candidatos/as,
para que toda a comunidade escolar tenha conhecimento do pleito. Lembrando
que assim como o Conselho Escolar, todo o processo deverá ser registrado em
ata.

Para saber mais, clique aqui para ter acesso ao portal do FNDE
onde constam essas e outras orientações sobre o PDDE.

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Assim, a administração da UEx deve contemplar toda a comunidade
escolar, de forma que cada segmento esteja representado na gestão da
Unidade Executora Própria (UEx), possibilitando um processo de
democratização na tomada de decisões.

O manual de orientação do PDDE pode ser acessado clicando aqui.

7.2. EXECUÇÃO - Recursos do PDDE


– Custeio e Capital

Compreendemos até então o que é o PDDE, conhecemos como se


constitui a UEx, identificamos os mecanismos de sua estrutura administrativa e
as responsabilidades de cada uma, propiciando a descentralização financeira e
a efetiva gestão democrática de recursos no âmbito escolar. Agora, vamos
analisar o seu funcionamento na execução dos recursos transferidos pelo
programa e o que é permitido ou não fazer ao utilizar o dinheiro.
Segundo o PDDE (BRASIL, 2013, p. 56), as verbas transferidas
destinam-se a contribuir, supletivamente, para a melhoria física e pedagógica
das escolas beneficiadas. Os financiamentos do PDDE destinados a UEx são
de duas naturezas: custeio e capital.
Lembre-se! Nem todos os materiais, bens e serviços classificados na
Portaria nº. 448 podem ser adquiridos ou contratados com os recursos do
PDDE. Cada UEx deve consultar a legislação vigente, a fim de confirmar em
qual categoria de recurso cada despesa, que deseja adquirir ou contratar, se
enquadra.
Para acessar a Portaria nº 448, de 13 de setembro de 2002, clique
aqui.

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7.2.1. Recurso de custeio

Os recursos de custeio são destinados a cobrir as despesas


relacionadas à aquisição de materiais de consumo e à contratação de serviços
para o funcionamento e para a manutenção da escola. Como, por exemplo:
Materiais de consumo: são os materiais didáticos e pedagógicos, de
expediente, de limpeza e de manutenção da estrutura física utilizados
diretamente no trabalho administrativo, financeiro ou pedagógico da escola.

Materiais didáticos e de expediente: papéis diversos, cartolina, E.V.A.,


giz, apagador, calculadora, grampeador, cadernos, canetas diversas, lápis de
escrever ou de cor, carimbos em geral, cartão de memória, cartucho de tinta
para impressora, toner, tintas, livros de ata, livro de ponto, livro de caixa e
tombo, CD e DVD em branco para gravação, fantasias, jogos e brinquedos
pedagógicos (de baixo custo), blocos lógicos, massinha, cones, calendário,
colchonetes, gibis, livros de literatura, desde que não distribuídos pelo
Programa Nacional do Livro Didático, espelhos etc.

Materiais de limpeza ou de manutenção da estrutura física: produtos de


limpeza, utensílios de cozinha, panelas comuns, lençol, capas, papel higiênico,
papel toalha, caixa organizadora ou para arquivo, caixa de ferramentas (baixo
custo), ferramentas, chuveiro elétrico, ducha, concertina, grades de proteção,
grama sintética, mangueira, cimento, materiais de construção diversos etc.

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Importante!!! O recurso do PDDE é destinado à aquisição de materiais de uso
coletivo na escola, ou seja, não se destina a assistência e distribuição de
materiais para o uso ou consumo individual.

Contratação de serviços: mão de obra para pequenas pinturas e


reparos, manutenção hidráulica, elétrica ou sanitária, jardinagem, reparo de
equipamentos e outros serviços, desde que não sejam contratados para
trabalhos específicos já realizados pelos/as servidores/as das administrações
públicas da entidade.

Atenção!! A contratação de serviços de contabilidade (contador/a) não


se configura como contratação de serviços de custeio; pois, segundo o
artigo 26, da Resolução CD/FNDE nº 10, de 18 de abril de 2013, cabe às
Entidades Executoras (EEx) o apoio técnico e financeiro às UEx,
representativas de suas escolas e dos polos que mantém, se necessário,
inclusive, a disponibilização de contador/a para esse fim.

Para confirmar outras vedações quanto ao emprego dos recursos


do PDDE clique aqui e observe o capítulo 4º.

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7.2.2. Recurso de capital

O Recurso de capital é a parcela do recurso destinada à aquisição de


materiais e de equipamentos permanentes para uso na Unidade Escolar, que
resultem na substituição ou no acréscimo patrimonial. Como, por exemplo:

Eletrodomésticos, equipamentos de informática, televisores, projetores,


data show, mobiliário, suporte para TV/DVD/Data show, telefone, balança,
bandeiras, banca de passar roupa, bebedouros, purificadores de água,
brinquedos pedagógicos de alto custo, cadeira de bebê, chiqueirinho, caixa de
som, cama elástica, câmera fotográfica, cavaletes, coleções de livros de
estudo, enciclopédias, dicionários, instrumentos musicais profissionais, HD
externo, interfone ou porteiro eletrônico, microfone, persianas, pista self-
service,

Atenção!!! É proibida a destinação de recursos de custeio para as


despesas de capital ou vice-versa, ou seja, é vedada a compra de materiais ou
outras despesas de natureza incorreta. Usar o dinheiro na categoria errada
é um dos equívocos mais recorrentes e geram prejuízos aos cofres
públicos. Cabe ressaltar, no entanto, que essas ações não culminarão na
devolução dos recursos, uma vez que a Resolução nº. 15 de 10 de julho de
2017 “[...] acata esse procedimento e dá aprovação com ressalvas”. Assim, a
devolução dos recursos somente acontece quando há reincidência do gasto
em categoria econômica diversa daquela a que fora destinada inicialmente.
Constatada a irregularidade recorrente com uso da verba destinada à
escola, há o recolhimento dos valores utilizados indevidamente por meio da
Guia de Recolhimento da União (GRU).

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7.2.3. Como investir o recurso do
PDDE?
A UEx pode definir qual a porcentagem do recurso será destinada para o
investimento em cada categoria, seja de custeio e/ou de capital.
A definição dos percentuais dos valores destinados ao custeio e ao
capital segue orientações contidas no manual do PDDE. Cabe à UEx informar
ao FNDE, até o dia 31 de dezembro de cada ano, por intermédio do sistema
PDDEWeb, os percentuais de recursos que desejarão receber em custeio
e/ou capital no exercício subsequente.

Importante!! Caso as unidades não informem o percentual desejado em


custeio e/ou capital, o FNDE adotará o seguinte padrão:
a. Escolas públicas com UEx: 80% (oitenta por cento) em
recursos de custeio e 20% (vinte por cento) em recursos de capital;
b. Escolas privadas de educação especial: 50% (cinquenta por
cento) em recursos de custeio e 50% (cinquenta por cento) em recursos de
capital.

Atenção!!! As escolas públicas com até 50 (cinquenta) alunos/as


matriculados/as na Educação Básica, que não possuírem UEx, só terão direito
a recursos, apenas na categoria de custeio, executado por meio da Entidade
Executora (Eex).

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Atenção!!! O PDDE (2013, p. 60-62) informa que não é permitido
empregar os recursos do programa para ações que já estejam sendo
financiadas pelo FNDE, ou seja, o dinheiro do PDDE não pode ser utilizado,
por exemplo, para comprar livros didáticos e de literatura já financiados pelo
FNDE por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Portanto, os recursos do
PDDE também NÃO PODEM ser usados em:

gêneros alimentícios;
gastos com pessoal;
passagens e diárias;
flores, festividades, comemorações, coquetéis, recepções, prêmios,
presentes etc;
despesas de qualquer espécie que caracterizem auxílio assistencial ou
individual (uniforme, material escolar etc);
pagamento, a qualquer título a agente público da ativa;
tarifas bancárias;
pagamento de tributos, exceto os incidentes sobre os bens adquiridos
e/ou serviços contratados;
obras e reformas de grande porte e ampliação de áreas construídas;
combustíveis, materiais para manutenção de veículos e transportes para
atividades administrativas.

Assista ao vídeo da TV PDDE para saber mais...


https://www.youtube.com/watch?v=TJTEUc13ols&t=9s

20
Então como empregar os recursos ???
Resumindo...
Compreendemos até aqui que os recursos do PDDE são destinados
em duas categorias:
Custeio: aquisição de materiais de consumo e contratação de
serviços.
Capital: aquisição e equipamentos permanentes.
Portanto, os recursos do PDDE podem ser investidos nas seguintes
finalidades:

avaliação de aprendizagem;
implementação de projetos educacionais;
desenvolvimento de atividades educacionais;
material permanente;
material de consumo;
despesas cartorárias, e
manutenção, conservação e pequenos reparos de infraestrutura
física da escola.

Importante: além das especificidades apresentadas no quadro acima o


recurso do PDDE pode custear as despesas cartorárias. Lembrando que
devem ser utilizadas para cobrir as despesas recorrentes das alterações nos
estatutos da UEx bem como as relativas recomposições dos seus membros.
Essas mudanças devem constar nas prestação de contas.

21
7.2.4. Pesquisa de preço

Antes da execução dos recursos oriundos do PDDE, deve-se realizar


uma ampla pesquisa de preços, sendo obrigatórios, no mínimo, três
orçamentos, conforme indica o manual de orientações do PDDE (2014).
Ainda, de acordo com o manual, as 3 (três) melhores propostas deverão ser
indicadas no formulário denominado “Consolidação de Pesquisas de
Preços”, a fim de apurar os menores valores de cada item e a definição dos/as
fornecedores/as ou prestadores/as os quais as compras poderão ser realizadas
ou contratadas, evitando-se, assim, qualquer tipo de favorecimento a
fornecedores/as e possibilitando a escolha do orçamento mais proveitoso para
uso do dinheiro público, oferecendo à escola o material ou serviço de melhor
qualidade com menor custo.

Atenção!! Se não for possível realizar três orçamentos, os motivos


devem ser registrados em ata.

Os documentos necessários para a Consolidação de Pesquisas de


Preços podem ser encontrados clicando aqui.

22
7.2.5. Escolha da melhor proposta

Para selecionar a proposta orçamental mais vantajosa, devem ser


considerados, dentre outros, os seguintes critérios:

menor preço obtido para cada item ou lote cotado ou menor preço
global;
melhor qualidade do produto ou serviço, ou seja, a qualidade do produto
ou serviço deve ser bem avaliada para que atenda às necessidades da escola;
e,
prazos e condições de entrega de produtos ou serviços devem ser
satisfatórios, ou seja, compatíveis com as necessidades da escola.

Quando não for viável a compra ou contratação com base no menor


preço por item ou lote, os motivos para aquisição ou contratação com base no
menor preço global da proposta devem ser registrados em ata.

Atenção!! Apenas após a avaliação dos orçamentos e definição dos/as


fornecedores/as ou prestadores/as de serviço, a UEx ou EM poderá realizar a
compra ou contratação.

No sítio do FNDE há modelos de formulários para auxiliar na


execução dos recursos com a pesquisa de preço e aquisição de
materiais, bens e/ou serviços. Para ter acesso clique aqui.

23
7.3. PRESTAÇÃO DE CONTAS

Chegamos ao momento em que a gestão apresentará à comunidade e


aos órgãos competentes o relatório de como o recurso foi gasto. Por se tratar
de verba pública, os/as envolvidos/as devem se atentar aos mínimos detalhes
das regras que envolvem toda a legislação desde o início do processo (licitação
e compras) e, em especial, até a fase de finalização desses gastos. Se a
gestão e a comunidade escolar tiverem essa atenção em todo o processo, a
prestação de contas será simples e ágil.
Relevante entender que os procedimentos de execução (compras,
tomadas de preços e licitações) deverão gerar documentos comprobatórios
(registros diversos de despesas como extrato de conta bancária, notas etc) que
atendam ao objetivo de atingir a qualidade da educação, por meio de gastos de
recursos em ações escolhidas pela comunidade escolar.
Para consecução exitosa de todo o processo, a unidade precisará ter
praticado uma gestão democrática, com decisões coletivas orientadas pelos
trâmites legais, visando a melhoria da escola.
É Importante atentar para o fato de que a prestação de contas realizada
dentro dos prazos estabelecidos é condição para que haja continuidade das
adesões das instituições escolares ao PDDE. Além disso, atraso, pendências
ou não efetivação da prestação de contas implica aos/às gestores/as
responsabilidade civil, administrativa e penal. Então, vamos evitar qualquer
contratempo realizando a finalização da descentralização, conforme as
solicitações do FNDE.
Todas essas observações tornam-se relevantes para que a equipe
gestora possa, além de melhorar as condições estruturais e pedagógicas de
suas instituições, por meio de aquisição de bens e serviços financiados pelo
PDDE, também ter o índice IDEGES de sua instituição elevado.

24
A prestação de contas deverá ser composta por:

demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa e de Pagamentos


Efetuados;

conciliação Bancária, no caso de ocorrência despesas, cujos débitos na


conta bancária ainda não tenham sido lançados até 31 de dezembro;

extratos bancários da conta corrente em que os recursos foram


depositados, assim como das aplicações financeiras; e,

outros documentos que concorram para a inequívoca comprovação da


destinação dada aos recursos (como atas de reuniões do colegiado
escolar, pesquisas de preços, notas fiscais, recibos, cópias de cheque
etc.). (FNDE, 2002).

O prazo para que as UEXs enviem a finalização de sua prestação de


contas às EEx, é o último dia útil de janeiro do ano subsequente ao do
recebimento dos recursos. Os dados serão enviados às entidades executoras
(Eex). Diante de tudo o que foi apresentado anteriormente, desejamos que a
gestão da escola tenha o PDDE como parceiro na efetivação de uma educação
democrática, equânime, social e etnicamente referenciada2.

2
Sobre o tema, consultar o Caderno 3 – Inclusão e diversidade.

25
Para detalhes sobre o processo de prestação de contas, consultar o
manual aqui

8. IDEGES

Como parte do processo de descentralização financeira, as instituições


escolares são avaliadas por meio do Índice de Desempenho da Gestão
Descentralizada do PDDE (IDEGES-PDDE). O objetivo do IDEGES é
acompanhar o desempenho da gestão descentralizada, monitorando e
avaliando as ações desenvolvidas nesse processo. Seus resultados servem
para ajustes no próprio programa, bem como para contribuir para que a
comunidade possa efetuar o controle social exercido pela comunidade escolar,

26
visibilizando as práticas exitosas de utilização dos recursos do PDDE e futuros
redimensionamentos.
Dessa forma, é relevante que a equipe gestora realize seu trabalho
tendo como parâmetro avaliativo os critérios estabelecidos pelo IDEGES. São
três os indicadores avaliados neste índice: adesão, execução e prestação de
contas dos recursos.
A adesão e atualização cadastral estão relacionados ao processo do
cadastramento realizado pela prefeitura ou Secretaria Estadual de Educação
no PDDEWeb (www.fnde.gov.br/pdde). Esse cadastro da Unidade Escolar
deve ser feito até o último dia útil de outubro do ano anterior ao recebimento
dos recursos para que ela tenha seu direito de recebimento resguardado.
Reafirmamos a importância da fidedignidade dos dados inseridos no Censo
Escolar, pois são eles que servem de base para os cálculos a serem efetuados
no PDDE.
A execução relaciona-se à forma como o financiamento é realizado.
Cabe realçar que esse processo é minucioso, pois passa pelas seguintes
etapas: tomada de decisão, consulta de preços e licitações. Esse percurso é
resguardado por uma legislação, que deverá ser seguida na íntegra, ficando a
UEx sujeita a sanção em caso de não cumprimento da legislação. Por conta
disso, a gestão democrática e compartilhada contribui para amenizar
dificuldades do processo.
A prestação de contas é o fechamento do processo. Fases anteriores a
essa etapa devem ser observadas para que ela seja exitosa. Nessa etapa,
serão organizados todos os documentos comprobatórios da descentralização
financeira, pois eles devem ser inseridos em relatório de prestação de contas.
Os resultados aferidos desses indicadores geram uma nota
classificatória para a instituição de acordo com seu desempenho IDEGES-
PDDE, que pode ser classificado em cinco níveis: Muito Baixo (de 0 a 4), Baixo
(de 4 a 6), Médio (de 6 a 8), Alto (de 8 a 9) e Muito Alto (de 9 a 10), de acordo
com a nota final do indicador.
Assim, cientes desses indicadores e de suas funcionalidades, a equipe
gestora poderá buscar formas de melhorar seus escores no dia a dia da

27
consecução do uso do recurso. Certamente a melhoria dos índices está
correlacionada à eficácia da qualidade da educação ofertada, visto que o
financiamento destina-se a projetos ligados às práticas pedagógicas de
qualidade.
É necessário que a equipe gestora analise seu IDEGES a fim de verificar
qual dos indicadores tem situação de vulnerabilidade a ser melhorada. Às
vezes, mudanças simples na prática de utilização da verba poderão impactar
de forma contundente nos resultados do IDEGES.
Para melhoria do IDEGES da escola, a gestão escolar precisa atentar-se
para: a constituição da UEx (escolas com mais de 50 estudantes), a
atualização o cadastro no PDDEWeb em abril do ano corrente, evitar saldos
remanescentes, a execução o recurso no ano vigente e a regularização da
prestação de contas de acordo com a legislação. Com essas práticas sendo
empreendidas, existem grande probabilidade do IDEGES ser elevado.
O CECAMPE-Sudeste/UFU deseja que o IDEGES de cada instituição
participante deste processo formativo esteja alinhado com esses lembretes e
pronto para melhorar seus escores.
Estamos juntos nessa empreitada de melhoria do IDEGES de sua
escola.

Para saber mais acesse o link.

28
9. GLOSSÁRIO
Adesão: inscrição, participação (em partido político, associação, sociedade
comercial, dentre outros).

Assembleia: reunião de pessoas que têm algum interesse comum, com a


finalidade de discutir e deliberar sobre temas determinados.

Capital: bens disponíveis; patrimônio, riqueza.

Censo Escolar: principal instrumento de coleta de informações da Educação


Básica e o mais importante levantamento estatístico educacional brasileiro.

Comunidade Escolar: formada por professores/as e profissionais que atuam


na escola, por alunos/as matriculados/as que frequentam as aulas
regularmente e por pais/mães e/ou responsáveis pelos/as alunos/as.

Custeio: nome dado à apuração de custos dentro de uma entidade.

Deliberativo: que decide após consulta ou reflexão; que tem autoridade para
decidir, geralmente, por votação.

Descentralização Financeira: é a figura pela qual uma unidade orçamentária


ou administrativa transfere a outras unidades orçamentárias ou administrativas
o poder de utilizar créditos que lhes forem dotados.

Entidade Mantenedora (EM): termo utilizado pelo FNDE para designar uma
entidade privada sem fins lucrativos, qualificada como beneficente de

29
assistência social, ou de atendimento direto e gratuito, representativa das
escolas privadas de educação especial3.

Entidade Executora (Eex): refere-se às prefeituras, ou secretarias estaduais


ou distritais de educação, que são responsáveis pela execução dos recursos
complementares transferidos pelo FNDE.

Fornecedor/a: aquele/a que fornece mercadorias ou serviços ao/à


consumidor/a.

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): é um órgão do


Governo Federal responsável pela execução de políticas públicas educacionais
do Ministério da Educação (MEC), prestando auxílio financeiro e técnico à
Educação Básica.

Indicadores educacionais: são construídos para atribuir um valor estatístico à


qualidade do ensino de uma escola ou rede, atendo-se não somente ao
desempenho dos/as alunos/as, mas também ao contexto econômico e social
em que as escolas estão inseridas.

Licitação: é o procedimento realizado pela Administração Pública que visa à


contratação de um serviço ou à aquisição de um determinado bem, necessário
à atividade desenvolvida pelo Poder Estatal, pela oferta mais vantajosa.

Orçamento: é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a


previsão de receitas e de despesas futuras para a administração de
determinado exercício (período de tempo). Aplica-se tanto ao setor
governamental quanto ao privado, pessoa jurídica ou física.

3
FNDE. Disponível em <https://www.fnde.gov.br/dadosabertos/organization/about/pdde>.
Acesso em 15 jun. 2021

30
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): programa do FNDE que tem
como objetivo prestar auxílio financeiro às escolas de forma suplementar,
contribuindo para melhoria e manutenção da estrutura física e pedagógica,
visando a elevação do desempenho escolar e o fortalecimento da gestão
democrática.

Pesquisa de Preço: A pesquisa de preço leva em consideração a oferta de


produtos com menores. Ela é o procedimento prévio e indispensável, antes da
execução do recurso, para a verificação de fornecedores/as ou prestadores/as
os quais as compras poderão ser realizadas ou contratadas com o recurso.

Planejamento: ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade,


avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, o trâmite adequado e
reavaliar todo o processo a que o acoplamento se destina. Sendo, portanto, o
lado racional da ação.

Prestação de contas: demonstração do que foi feito com os recursos públicos


que foram transferidos a uma entidade num determinado período.

Prestador/a de Serviço: profissional que realiza suas atividades sem vínculo


empregatício.

Processo: ação continuada, realização contínua e prolongada de alguma


atividade; seguimento, curso, decurso.

Recurso financeiro: valores necessários para viabilizar a continuidade


organizacional, é o dinheiro propriamente dito.

Unidade Executora Própria (Uex): termo utilizado pelo FNDE para designar
uma associação civil e jurídica de direito privado, ou seja, uma entidade privada
sem fins lucrativos, representativa das escolas públicas. Pode ter outras

31
denominações como, por exemplo: Caixa Escolar, Círculo de Pais e Mestres,
Associação de Pais e Professores, dentre outros.

Verba: valor orçamentário destinado a um fim específico: verba da educação.

32
REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC. FNDE. FNDE em Rede. Capacitação PDDE. Disponível em:
https://eduplay.rnp.br/portal/video/108470. acesso em 03 de junho/21.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.


Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm>. Acesso
em 2 de jun. 2021.

BRASIL. MEC. FNDE. Sobre o PDDEWeb, 2021. Disponível em:


https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-
programas/programas/pdde/atualizacao-cadastral. Acesso em 26 jul. 2021.

BRASIL. MEC. FNDE. Sobre o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola)


2013. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/programas/pdde . Acesso em 03
de jun. 2021.

BRASIL. MEC. FNDE. Resolução/CD/FNDE nº 10, de 18 de abril de 2013, que


dispõe sobre os critérios de repasses e execução do PDDE, em cumprimento
ao disposto na Lei 11.947, de 16 de junho de 2009. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30536915/do1-2013-04-19-
resolucao-n-10-de-18-de-abril-de-2013-30536908.

BRASIL.MEC.FNDE. Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2021, do


Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -
CD/FNDE. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-
informacao/institucional/legislacao/item/14211-resolu%C3%A7%C3%A3o-
n%C2%BA-15,-de-16-de-setembro-de-2021. acesso em 10/11/2021.

BRASIL.MEC.FNDE. Sobre despesas de custeio e capital. Disponível em:


https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pdde/perguntas-
frequentes/item/10728-pf-sobre-despesas-de-custeio-e-capital. Acesso em 09
de junho de 2021.

BRASIL.MEC.PDDE. Ministério da Educação. Curso PDDE. Fundo Nacional de


Desenvolvimento da Educação. Secretaria de Educação a Distância – 5ª ed.,
atual. – Brasília: MEC, FNDE, 2013. Disponível em
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/fpe/ce_pdde.pdf.
Acesso em 08 de jun. 2021.

BRASIL.MEC.FNDE. Manual de Orientação para Constituição de Unidade


Executora Própria. Brasília, agosto de 2014. Disponível em:
https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais- de-

33
conteudos/publicacoes/category/191-
consultas?download=10427%3aprocedimentos-UEx-manual-de-orientacao.
Acesso em 03 jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº


448, de 13 de setembro de 2002. Divulga o detalhamento das naturezas de
despesas. Disponível em:
https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:8754 .
Acesso em 03 de jun. 2021.

CAMARGO, Rubens Barbosa; VIANA, Mariana Peleje. Recursos Financeiros


Descentralizados para escolas públicas do Brasil - uma política necessária. In:
SEMINÁRIO REGIONAL DE PROGRAMAS DE SUBVENCION ESCOLAR EM
AMÉRICA LATINA. 2015, Tegucigalpa. Trabalho apresentado. Buenos Aires,
2015. Disponível em:
https://www.academia.edu/31665199/Recursos_financeiros_descentralizados_
para_escolas_p%C3%BAblicas_do_Brasil_uma_pol%C3%ADtica_necess%C3
%A1ria_ve rs%C3%A3o_em_portugu%C3%AAs. Acesso em: 4 jun. 2021.

MOREIRA, A. M. de A. Pro-gestão: como gerenciar os recursos financeiros?


Brasília : Consed, 2009.

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