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FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS
PDDE COMO
DESCENTRALIZAÇÃO
FINANCEIRA
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SUMÁRIO
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1. QUEM SOMOS NÓS
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LUCIANE RIBEIRO DIAS GONÇALVES
Professora adjunta no Instituto de Ciências Humanas do Pontal - ICHPO/UFU,
no curso de Pedagogia. Pós-doutora pelo Centro de Estudos Sociais - CES/UC
(2015-2016) da Universidade de Coimbra – Portugal. Doutora em Educação
pela UNICAMP (2011). Mestre em Educação pela UFU (2004). Graduada em
Matemática pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG (1987).
Graduada em Pedagogia pela UEMG (1997). Coordenou o curso de formação
de Conselhos Escolares, na formação de gestores. SEB/MEC.
http://lattes.cnpq.br/9836292136030338
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Em 10/11/2021, este material passou por atualizações em virtude da nova
Resolução Nº 15 de 16 de setembro de 2021, publicada pelo FNDE, referente
ao Programa Dinheiro Direto na Escola. Os ajustes necessários foram
realizados pelas professoras formadoras:
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2. EMENTA
Descentralização financeira e gestão democrática dos recursos
suplementares destinados às escolas. Financiamento da educação por meio do
PDDE. Processo de adesão ao PDDE interativo. Unidades Executoras na sua
constituição jurídico-documental. Execução dos recursos oriundos do PDDE.
Diferenciação entre gastos de custeio e capital. Procedimento de licitações
para compras e lançamento dos valores gastos. Prestação de contas.
3. JUSTIFICATIVA
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4. OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
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5. INTRODUÇÃO
https://eduplay.rnp.br/portal/video/108470
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6. O DINHEIRO CHEGOU À
ESCOLA. E AGORA?
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7. COMO CADASTRAR
PARA O PDDE?
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FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Disponível em
<https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pdde/sobre-o-plano-ou-programa/sobre-o-
pdde>. Acesso em 09 jun. 2021.
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Diante desse levantamento, apontem as mais urgentes e necessárias,
principalmente aquelas que impactam diretamente na aprendizagem dos/as
alunos/as.
Lembrando que toda decisão deverá ser registrada em ata e assinada
pelos/as representantes presentes.
Definidas as prioridades, é preciso verificar como poderá ser aplicado o
recurso. Para nortear as decisões que serão feitas, é importante atentar-se
para a Portaria nº. 448, na qual está determinada, detalhadamente, a natureza
das despesas dos recursos. Para mais informações, clique aqui
E quando utilizar o recurso? Essa fase é a melhor da execução, pois é
quando o planejamento se efetiva. Porém, é a etapa que exige mais cuidados
para você não incorrer em erros com relação aos gastos e sua prestação de
contas futura. Por conta disso, é necessário fazer um planejamento do uso do
financiamento.
Após a seleção das prioridades e a confirmação de que aquela atividade
está de acordo com os critérios do programa, é chegado o momento de
planejar seu desenvolvimento, ou seja, hora de juntar dados quantitativos
(apuração numérica relacionada às prioridades estabelecidas) e qualitativos
(explicações que contribuem para compreender as razões da escolha pela
prioridade) para execução das tarefas. Serão elaborados documentos tais
como, atas de reuniões e outros registros. Esses documentos devem conter
informações como número de alunos/as que serão contemplados/as por nível
de ensino e ano de escolaridade, quantidade de servidores/as envolvidos/as,
materiais e equipamentos que serão utilizados, despesas para implantação e
continuidade da atividade, além da previsão de gastos para cobrir todo o
período de duração dos projetos diversos, que foram escolhidos de forma
coletiva, para os quais serão destinadas as execuções financeiras.
Essas informações são essenciais para que se planeje e elabore planos
e orçamentos robustos e bem direcionados, obtendo assim o resultado
esperado. Outro detalhe importante que deve ser observado é quanto à
execução de alguma atividade ou à aplicação em um novo projeto com
recursos originários do PDDE. Essa ação exige, além do cuidadoso
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levantamento de dados, o também minucioso registro dos gastos e guarda dos
comprovantes de despesas (nota fiscal, recibos, faturas) para fazer a
prestação de contas ao FNDE. Este assunto será abordado no item Prestação
de Contas.
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7.1.1. Condições básicas para a
descentralização financeira
Para Camargo e Viana (2015), a descentralização financeira permite que
a escola apresente melhoria no seu funcionamento, viabilidade na realização
do seu projeto político-pedagógico, transparência no uso de recursos e
envolvimento da comunidade escolar em processos de tomadas de decisões
conjuntas.
Contudo, não basta ser uma escola pública para receber os recursos
advindos do PDDE. Para que as instituições tenham acesso ao financiamento,
é necessário cumprir critérios burocráticos e jurídicos. Um deles é a
constituição da Unidade Executora Própria (Uex).
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7.1.3. Constituição da unidade
executora (UEx)
Veremos agora de forma objetiva o processo de constituição jurídica da
UEx.
Para saber mais, clique aqui para ter acesso ao portal do FNDE
onde constam essas e outras orientações sobre o PDDE.
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Assim, a administração da UEx deve contemplar toda a comunidade
escolar, de forma que cada segmento esteja representado na gestão da
Unidade Executora Própria (UEx), possibilitando um processo de
democratização na tomada de decisões.
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7.2.1. Recurso de custeio
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Importante!!! O recurso do PDDE é destinado à aquisição de materiais de uso
coletivo na escola, ou seja, não se destina a assistência e distribuição de
materiais para o uso ou consumo individual.
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7.2.2. Recurso de capital
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7.2.3. Como investir o recurso do
PDDE?
A UEx pode definir qual a porcentagem do recurso será destinada para o
investimento em cada categoria, seja de custeio e/ou de capital.
A definição dos percentuais dos valores destinados ao custeio e ao
capital segue orientações contidas no manual do PDDE. Cabe à UEx informar
ao FNDE, até o dia 31 de dezembro de cada ano, por intermédio do sistema
PDDEWeb, os percentuais de recursos que desejarão receber em custeio
e/ou capital no exercício subsequente.
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Atenção!!! O PDDE (2013, p. 60-62) informa que não é permitido
empregar os recursos do programa para ações que já estejam sendo
financiadas pelo FNDE, ou seja, o dinheiro do PDDE não pode ser utilizado,
por exemplo, para comprar livros didáticos e de literatura já financiados pelo
FNDE por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Portanto, os recursos do
PDDE também NÃO PODEM ser usados em:
gêneros alimentícios;
gastos com pessoal;
passagens e diárias;
flores, festividades, comemorações, coquetéis, recepções, prêmios,
presentes etc;
despesas de qualquer espécie que caracterizem auxílio assistencial ou
individual (uniforme, material escolar etc);
pagamento, a qualquer título a agente público da ativa;
tarifas bancárias;
pagamento de tributos, exceto os incidentes sobre os bens adquiridos
e/ou serviços contratados;
obras e reformas de grande porte e ampliação de áreas construídas;
combustíveis, materiais para manutenção de veículos e transportes para
atividades administrativas.
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Então como empregar os recursos ???
Resumindo...
Compreendemos até aqui que os recursos do PDDE são destinados
em duas categorias:
Custeio: aquisição de materiais de consumo e contratação de
serviços.
Capital: aquisição e equipamentos permanentes.
Portanto, os recursos do PDDE podem ser investidos nas seguintes
finalidades:
avaliação de aprendizagem;
implementação de projetos educacionais;
desenvolvimento de atividades educacionais;
material permanente;
material de consumo;
despesas cartorárias, e
manutenção, conservação e pequenos reparos de infraestrutura
física da escola.
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7.2.4. Pesquisa de preço
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7.2.5. Escolha da melhor proposta
menor preço obtido para cada item ou lote cotado ou menor preço
global;
melhor qualidade do produto ou serviço, ou seja, a qualidade do produto
ou serviço deve ser bem avaliada para que atenda às necessidades da escola;
e,
prazos e condições de entrega de produtos ou serviços devem ser
satisfatórios, ou seja, compatíveis com as necessidades da escola.
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7.3. PRESTAÇÃO DE CONTAS
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A prestação de contas deverá ser composta por:
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Sobre o tema, consultar o Caderno 3 – Inclusão e diversidade.
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Para detalhes sobre o processo de prestação de contas, consultar o
manual aqui
8. IDEGES
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visibilizando as práticas exitosas de utilização dos recursos do PDDE e futuros
redimensionamentos.
Dessa forma, é relevante que a equipe gestora realize seu trabalho
tendo como parâmetro avaliativo os critérios estabelecidos pelo IDEGES. São
três os indicadores avaliados neste índice: adesão, execução e prestação de
contas dos recursos.
A adesão e atualização cadastral estão relacionados ao processo do
cadastramento realizado pela prefeitura ou Secretaria Estadual de Educação
no PDDEWeb (www.fnde.gov.br/pdde). Esse cadastro da Unidade Escolar
deve ser feito até o último dia útil de outubro do ano anterior ao recebimento
dos recursos para que ela tenha seu direito de recebimento resguardado.
Reafirmamos a importância da fidedignidade dos dados inseridos no Censo
Escolar, pois são eles que servem de base para os cálculos a serem efetuados
no PDDE.
A execução relaciona-se à forma como o financiamento é realizado.
Cabe realçar que esse processo é minucioso, pois passa pelas seguintes
etapas: tomada de decisão, consulta de preços e licitações. Esse percurso é
resguardado por uma legislação, que deverá ser seguida na íntegra, ficando a
UEx sujeita a sanção em caso de não cumprimento da legislação. Por conta
disso, a gestão democrática e compartilhada contribui para amenizar
dificuldades do processo.
A prestação de contas é o fechamento do processo. Fases anteriores a
essa etapa devem ser observadas para que ela seja exitosa. Nessa etapa,
serão organizados todos os documentos comprobatórios da descentralização
financeira, pois eles devem ser inseridos em relatório de prestação de contas.
Os resultados aferidos desses indicadores geram uma nota
classificatória para a instituição de acordo com seu desempenho IDEGES-
PDDE, que pode ser classificado em cinco níveis: Muito Baixo (de 0 a 4), Baixo
(de 4 a 6), Médio (de 6 a 8), Alto (de 8 a 9) e Muito Alto (de 9 a 10), de acordo
com a nota final do indicador.
Assim, cientes desses indicadores e de suas funcionalidades, a equipe
gestora poderá buscar formas de melhorar seus escores no dia a dia da
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consecução do uso do recurso. Certamente a melhoria dos índices está
correlacionada à eficácia da qualidade da educação ofertada, visto que o
financiamento destina-se a projetos ligados às práticas pedagógicas de
qualidade.
É necessário que a equipe gestora analise seu IDEGES a fim de verificar
qual dos indicadores tem situação de vulnerabilidade a ser melhorada. Às
vezes, mudanças simples na prática de utilização da verba poderão impactar
de forma contundente nos resultados do IDEGES.
Para melhoria do IDEGES da escola, a gestão escolar precisa atentar-se
para: a constituição da UEx (escolas com mais de 50 estudantes), a
atualização o cadastro no PDDEWeb em abril do ano corrente, evitar saldos
remanescentes, a execução o recurso no ano vigente e a regularização da
prestação de contas de acordo com a legislação. Com essas práticas sendo
empreendidas, existem grande probabilidade do IDEGES ser elevado.
O CECAMPE-Sudeste/UFU deseja que o IDEGES de cada instituição
participante deste processo formativo esteja alinhado com esses lembretes e
pronto para melhorar seus escores.
Estamos juntos nessa empreitada de melhoria do IDEGES de sua
escola.
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9. GLOSSÁRIO
Adesão: inscrição, participação (em partido político, associação, sociedade
comercial, dentre outros).
Deliberativo: que decide após consulta ou reflexão; que tem autoridade para
decidir, geralmente, por votação.
Entidade Mantenedora (EM): termo utilizado pelo FNDE para designar uma
entidade privada sem fins lucrativos, qualificada como beneficente de
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assistência social, ou de atendimento direto e gratuito, representativa das
escolas privadas de educação especial3.
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FNDE. Disponível em <https://www.fnde.gov.br/dadosabertos/organization/about/pdde>.
Acesso em 15 jun. 2021
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Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): programa do FNDE que tem
como objetivo prestar auxílio financeiro às escolas de forma suplementar,
contribuindo para melhoria e manutenção da estrutura física e pedagógica,
visando a elevação do desempenho escolar e o fortalecimento da gestão
democrática.
Unidade Executora Própria (Uex): termo utilizado pelo FNDE para designar
uma associação civil e jurídica de direito privado, ou seja, uma entidade privada
sem fins lucrativos, representativa das escolas públicas. Pode ter outras
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denominações como, por exemplo: Caixa Escolar, Círculo de Pais e Mestres,
Associação de Pais e Professores, dentre outros.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC. FNDE. FNDE em Rede. Capacitação PDDE. Disponível em:
https://eduplay.rnp.br/portal/video/108470. acesso em 03 de junho/21.
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conteudos/publicacoes/category/191-
consultas?download=10427%3aprocedimentos-UEx-manual-de-orientacao.
Acesso em 03 jun. 2021.
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