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ELEMENTOS PARA DESENHO DA GEOMETRIA DO MURO

DADOS
Cheia milenar efluente (Qe)
Condicionantes topográficos, hidrológicos e geotécnicos para determinação do tipo de soleira (Cd
= 2,2 m^05/s)
ARBITRAR a Largura do vertedouro
CALCULAR a lâmina máxima

Qe = 400,00 m³/s
L= 100,00 m
Ho = 1,4897 m

Cota da Soleira do vertedouro (CS) 250,00 m


Cota do topo da Rocha no canal do vertedouro (CR) 238,00 m
FACE DE MONTANTE do muro - VERTICAL
FACE DE JUSANTE do muro - ARBITRAR EM FUNÇÃO DA ALTURA DO MURO "P"
SÃO PARÂMETROS DA GEOMETRIA DA SOLEIRA
ALTURA DO MURO (P)
LÂMINA MÁXIMA (Ho) 1,490 m
INCLINAÇÃO DA FACE DE MONTANTE DO MURO (VERTICAL)
VELOCIDADE DE APROXIMAÇÃO (Va)

ALTURA DO MURO (P) é dada pela diferença da cota do topo do muro


(CS) e a cota de sua base (CR)

CS= 250,00 m
CR= 238,00 m
P= 12 m

VELOCIDADE DE APROXIMAÇÃO (Va)


Será definida através da aplicação da Equação de Energia de Bernoulli em duas seções do escoamento:
Seção 1 dentro do reservatório; Seção 2 imediatamente a montante do muro.

SEÇÃO 1 SEÇÃO 1

Bernoulli na Seção 1
Energia em 1 = P + Ho
Bernoulli na Seção 2
Energia em 1 = P + (ha+ ho)
Pelo princpio de consevação de energia
P + Ho = P + (ha + ho)
Na Seção 1: P é a carga altimétrica e Ho a carga hidrostática. Como a seção é dentro do reservatório, a
velocidade tende a zero na seção e, o remo cinético de Bernoulli tende a zero; Na Seção 2: P é a carga
altimétrica, ho é a carga hidrostática e ha é a carga cinética.
Na Seção dois, com o acréscimo de velocidade, a carga hidrostática Ho é reduzida para ho.
Carga cinética - ha
ha = Va² / 2g Em que Va é a velocidade de aproximação
Substituindo o valor de ha em função da velocidade na equação de Bernoulli,
P + Ho = P + Va²/2g + ho
Como tem-se dois termos desconhecidos na equação (Va e ho), será usada a Equação da Continuidade
para resolver o sistema
Va = Q/A = Q/ L(P+ho) Descarga total - Q
Va = qL / L (P + ho) Descarga unitária - q
Va = q / (P+ho), logo
ha = q² / [2g(P+ho)²]
E a equação de Bernoulli resulta
(P+Ho) = (P+ho) + q² / [2g (P+ho)²]
Agora a equação tem somente um termo desconhecido (ho). A solução poderá ser por aproximação com
tentativa. Como o valor do primeiro lado da equação é conhecido, arbitra-se o valor de ho, resolve-se o
segundo lado, verifica-se a igualdade do valor. Se não observada, continua aproximando até a igualdade
ser verificada.
Ho = 1,490 m
q = Q/L = 4,000 m³/s.m
arbitrando-se valores a ho , define-se a igualdade
ho P + ho Va ha Ho
1,000 13,000 0,308 0,005 1,005
1,485 13,485 0,297 0,0045 1,489

RESULTADOS
Va = 0,297 m/s FOI ASSIM DETERMINADO O VALOR DE Va
ha = 0,00448 m
ho = 1,485 m
USO DOS ÁBACOS PARA DETERMINAÇÃO DE PONTOS PRINCIPAIS DA GEOMETRIA

PERFIL CREAGER
MONTANTE DA SOLEIRA ÁBACOS do "Design of Small Dams"

DADOS DE ENTRADA
Abcissa: ha/Ho
Curvas relativas à
inclinação da face de
montante do muro
Ordenadas: saídas de Xc, Yc, R1, R2

ha/Ho= 0,00301

SAÍDAS

Xc/Ho= 0,281
Yc/Ho= 0,124
R1/Ho= 0,528
R2/Ho= 0,230

Xc= 0,419
Yc= 0,185
R1 = 0,787
R2 = 0,343

Xc = 0,419

Yc = 0,185

JUSANTE DA SOLEIRA
A "soleira" propriamente dita é o trecho entre os pontos C e T. O ponto C, já determinado, é o ponto
inicial. Entre o ponto C e a origem de um sistema cartesiano "O" tem-se dois círculos de raios R1 e R2,
definidos com o ábaco de montante. Entre a origem "O" e o ponto T tem-se uma curva exponencial de
equação Y/Ho = -k (X/Ho)n, em que "k" e "n" são definidos através do ábaco de Jusante

ha/Ho= 0,00301
Curvas relativas à inclinação da
SAÍDAS
face de jusante do muro
k= 0,500
n= 1,870

Assim , a Equação n
Y  X 
 k  
Ho  Ho 
Torna-se, em sua forma mais simplificada
1,870
Y= - 0,353 (X) (I)

O ponto T, ponto final da exponencial é tambem o ponto inicial da reta TB. Tem-se um intersecção entre a
curva e a reta, que só pode ocorrer com a uniformização das duas formas. A equação da exponencial será
reduzida de uma ordem, através da derivação

0,87
dY/dX = - 0,661 (X) (II)

A reta TB deverá ser expressa nos termos de equação, que depende da inclinação ou declividade da
mesma, que será ARBITRADA
declividade INICIAL da reta: 0,6
Resultando a equação da reta em termos de sua declividade,
dY/dX=-1/ 0,6 -1,667 (III)

COORDENADAS DO PONTO T (Xt; Yt)


A derivação da exponencial (equação II) pode ser interpretada como uma família de retas tangentes a esta
exponencial. Quando se ARBITRA uma declividade para a reta TB (equação III), se seleciona uma destas
tangentes. O Ponto T está na intersecção entre a reta e a derivada da exponecial tangente à reta.

Igualando-se as equações ( II ) e ( III ) , tem-se :


dY/dX = - 0,661 ( X ) 0,87
dY/dX=-1/ 0,6

0,87
0,661 (X) = 1/0,6

Resultando a abcissa do ponto T


Xt = 2,895 m

Como se trata do ponto final da exponencial, a ordenada do ponto T pode ser determinada através da sua
equação (I), resultando
Yt = -2,580 m

Como Xt e Yt são também pontos da reta TB, a equação da reta do problema pode se particularizada
(Y-Yo) / -(X-Xo) ou (Y - Yt) / (X - Xt), resultando a equação da reta já simplificada

Substituindo com as coordenadas do ponto T


Y - ( -2,580) = -1
X - ( 2,895) 0,6
0,6 Yb + 1,548 = - Xb + 2,89494278
Xb = 1,347 -0,6 Yb ( IV )

COORDENADAS DO PONTO B

y'
a
PI
O Ponto B é o ponto final da reta TB e ponto inicial do arco BD
Este arco de círculo é necessário para afastar a transição do escoamento do pé do muro vertedouro
O afastamento mínimo, suficiente para não causar erosão do pé do muro, é definido em função do raio (R) do círculo
De acordo com Ven Te Chow
x
R > 10 (ft)
Em que x é função da "altura de queda"(H=P+ho) e da velocidade no pé do muro (v)
x= 3,291 (v + 6,4 H)+ 16 pés
11,85 x H + 64
sendo
H= 13,485 m
v= (2gH)1/2 = 16,265 m/s
x = 1,580 em pés

R > 11,583 m R= 6,5 m

O arco BD resulta da concordância entre o trecho reto TB e a horizontal do topo de rocha da fundação,
devendo seguir os princípios para este tipo de concordância, em que a distância entre o ponto de inflexão
(PI) e os ponto B (ponto de curva) e o ponto D (ponto de tangente) são iguais
a = arctg(dY/dX) = -1,030 59,036 °
sin(a)= -0,857 cos(a)= 0,514
a/2 = -0,515
tg(alfa/2)= -0,566
BPI = R tg(a/2) = 3,680 m
y' = BPI sin(a) = 3,156 m

COORDENADAS DO PONTO B
O ponto B, ponto de curva do arco BD, está a uma altura y' do topo rochoso. Assim com os elementos
trigonométricos constituídos pela concordância, determina-se

Yb = - (P - y') Yb = -8,844 m
Como o ponto B é o ponto final da reta TB, determina-se a abcissa do ponto B através da equação da reta (IV),
Xb = 1,347 -0,6 ( 8,844 )
Xb = 6,653 m

PONTO FINAL DA CURVA REVERSA - PONTO D

O ponto D, ponto de tangência do arco BD, tem ordenada igual à altura do muro (P)
Y d = - P , logo
Yd = -12 m

A abcissa do ponto D dista do ponto B, já determinado, com a projeção horizontal da hipotenusa BPI mais PID=BPI
Xd= Xb + BPIcos(alfa) + BI
Xd = 12,227 m
RESUMO COORDENADAS
X Y
-0,419 -12 Base de montante
-0,419 -0,185 Ponto C
0 0 Origem das coordenadas
0,15 -0,010 Exponencial 0
0,3 -0,037 Exponencial -2,000 0,000 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000 14,000
0,45 -0,079 Exponencial -2
0,6 -0,136 Exponencial
0,75 -0,206 Exponencial -4
0,9 -0,290 Exponencial
1,05 -0,387 Exponencial -6
1,2 -0,497 Exponencial
-8
1,35 -0,620 Exponencial
2,895 -2,580 Ponto T -10
6,653 --8,844 PontoB
12,227 -12 Ponto D -12

-14

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