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CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA

AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA:
INFORMAÇÕES BÁSICAS
DEFINIÇÕES
Droga vegetal: É a planta medicinal ou suas partes, após processo de
coleta, estabilização e secagem. Pode ser íntegra, rasurada, triturada ou
pulverizada.

Fitoterápico: Medicamento preparado a partir de plantas medicinais.

Fitoterapia: Tratamento feito com plantas medicinais que possuem


propriedades de cura ou de prevenção de doenças.

Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,


com finalidade profilática, curativa, paliativa, ou para fins de
diagnósticos.

Planta Medicinal: Segundo Organização Mundial de Saúde, “é toda


aquela que administrada ao homem ou ao animal por qualquer via ou
forma, exerça alguma espécie de ação farmacológica”.
Princípio ativo: Substância responsável pelo efeito terapêutico
presente na planta medicinal.

Remédios caseiros: Preparações caseiras com plantas medicinais,


de uso extemporâneo, que não exigem técnicas especializadas para
manipulação e administração.

Preparações extemporâneas: É uma preparação medicamentosa cuja


utilização (prescrição, dispensa e/ou administração) envolve algum elemento
de receita ou fórmula. Essa receita ou formulação deve estar presente em
pelo menos um passo na prescrição, dispensa e/ou administração, mas não
tem de estar presente em todas as etapas.

Atenção!
Para melhor contribuir com a equipe de saúde procure conhecer o
Formulário Fitoterápico da Farmacopéia Brasileira (www.anvisa.gov.br) onde
estão descritas as preparações extemporâneas com plantas medicinais
regionais.
NOMES POPULARES E CIENTÍFICOS
DAS PLANTAS MEDICINAIS

• As plantas são conhecidas na comunidade através dos


seus nomes populares.

• Muitas vezes uma mesma planta possui vários nomes


populares, dependendo da região, o que pode gerar
confusão.

• É importante compreendermos que para cada planta


existe um nome científico correspondente ao seu
registro.
NOME CIENTÍFICO
•O nome científico das espécies vegetais é binominal, e escrito em latim.
•A primeira palavra corresponde ao nome genérico, e a segunda corresponde ao
nome específico.
• O nome científico é constituído de um nome genérico ao lado do nome
específico.

EXEMPLO:
Nome Popular: hortelã-japonesa
Nome Científico: Mentha arvensis L.

Nome genérico (gênero)

Mentha arvensis L Nome do autor


que descreveu a espécie
Nome específico (espécie)
•A unidade fundamental dos sistemas de classificação é a espécie.

• A espécie pode ser considerada como um grupo de indivíduos que se


assemelham e que são capazes de se intercruzarem, originando
descendentes férteis.

REFLETINDO...
Hortelã-
Quantas espécies do gênero Mentha existem com a japonesa
denominação popular de hortelã? Mentha
arvensis L.
ATENÇÃO!

É importante reconhecer uma planta medicinal, assim como


se reconhece um amigo!

Amigos
Informação importante!

Cada planta tem uma parte,


Cada parte, o seu preparo,
Raízes e cascas,
Sementes e folhas,
Flores e frutos,

Dê uma colher de chá,


À saúde da comunidade.

(M.A.M. BANDEIRA)
CUIDADOS NO USO DE
PLANTAS MEDICINAIS

• Plantas colhidas à beira de estradas movimentadas, podem ser


contaminadas por produtos derivados do tráfego de automóveis.

•Plantas medicinais coletadas próximas a lavouras, onde são utilizados


defensivos agrícolas, ou próximasa depósitos ou emissão de resíduos
industriais são potencialmente contaminadas com estes produtos.

Colheita de planta
•Existem plantas bastante diferentes, que recebem nomes populares iguais e
plantas morfologicamente semelhantes, com composição química bastante
diversa.

•Plantas medicinais também devem ser armazenadas em lugares secos, bem


ventilados de modo a não favorecer o aparecimento de fungos e/ou bactérias.

Planta dessecada à
sombra
•Muitas plantas ao serem mal preparadas, ou mantidas em recipientes
inadequados durante o armazenamento, podem trazer consequências sérias,
pois os fungos podem produzir toxinas, como aflatoxinas, e seu consumo em
doses elevadas ou repetidas podem causar câncer hepático.

Amendoins contaminados
por fungos
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FITOTERAPIA

As Políticas do Ministério da Saúde, na área de Fitoterapia, tem como


objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de
plantas medicinais e fitoterápicos: por meio das seguintes Portarias:

-Portaria GM n° 971 de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de


Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de
Saúde .

-Decreto n° 5813 de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de


Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e dá outras providências.
Os Agentes Comunitários de Saúde devem necessariamente olhar a
comunidade não apenas como alvo de informações educativas sobre o uso
correto de plantas medicinais, mas sim repartir com ela a responsabilidade
de buscar alternativas para um eficaz trabalho preventivo.

Importante conhecer!

- Decreto Nº 3.189, de 4 de outubro de 1999, fixa diretrizes para o Agente


Comunitário de Saúde (ACS) e dá outras providências.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Bandeira, M.A.M. Plantas Medicinais em Versos: Guia para o desenvolvimento


das ações educativas do Projeto Farmácias Vivas. Fortaleza: Projeto Farmácias
Vivas, 2009, 59p.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Práticas Integrativas e Complementares; Plantas Medicinais e
Fitoterapia na Atenção Básica/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 971 de 3 de maio de 2006. Aprova a


Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
Sistema Único de Saúde Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 2006.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 5813 de 22 de junho de 2006. Aprova a


Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 2006.

BRASIL. Presidência da República. Decreto Nº 3.189, de 4 de outubro de 1999, fixa


diretrizes para o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 1999.

MATOS, F. J. A., BANDEIRA, M.A.M.. Manual de Orientação Farmacêutica sobre


Preparação de Remédios Caseiros com Plantas Medicinais. Fortaleza: Projeto Farmácias
Vivas, 2010, 40p.

MATOS, F. J.A.. Plantas Medicinais: Guia de Seleção e emprego de Plantas usadas em


Fitoterapia no Brasil. 3. Ed. Fortaleza: Ed. UFC, 2007. 263p.

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