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Imprensa Oficial da Estância de Atibaia

Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 - nº 1739 - Ano XIX - Caderno B www.atibaia.sp.gov.br


esta edição tem 142 páginas

Proc. nº 20158/2015

LEI Nº 4.381
de 04 de novembro de 2015

Dispõe sobre o Plano Municipal de Educação – PME – 2015/2025.

A CÂMARA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA aprova e o PREFEITO MUNICIPAL, usando das atribuições que lhe são conferidas
pelo Art. 73, inciso IV e VI da Lei Orgânica do Município, sanciona, promulga e manda publicar a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º É aprovado o Plano Municipal de Educação da Cidade de Atibaia – PME, com vigência de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei,
na forma de Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no Art. 8º da Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014 e no inciso I do Art. 11 da
Lei Federal 9.396, de 20 de dezembro de 1996.

Art. 2º São diretrizes do PME:

I- erradicação do analfabetismo;

II- universalização do atendimento escolar;

III- superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV- melhoria da qualidade da educação;

V- formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI- promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII- promoção científica, cultural, tecnológica e dos direitos humanos do Município;

VIII- estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação pública como proporção do Orçamento Municipal, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX- valorização dos (as) profissionais da educação;

X- promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Art. 3º As estratégias deste PME devem:

I- assegurar a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais, particularmente as culturais;

II- considerar as necessidades específicas da população do campo, assegurada à equidade educacional e a diversidade cultural;

III- garantir o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas
e modalidades de responsabilidade do Município;

Art. 4º As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência deste PME, desde que não haja prazo inferior definido para
metas e estratégias específicas.

Art. 5º A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas
seguintes instâncias:

I– Secretaria Municipal de Educação - SME;

II- Comissão de Educação da Câmara Municipal;

III- Conselho Municipal de Educação - CME;

IV- Fórum Municipal de Educação.

§ 1º Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:


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Poder Executivo
I- divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios institucionais da internet;

II- analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento das metas;

§ 2º A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência deste PME, a Secretaria Municipal de Educação publicará estudos para aferir a evolução
no cumprimento das metas estabelecidas no Anexo desta Lei, tendo como referência os estudos e as pesquisas de que trata o art. 4o, sem prejuízo
de outras fontes e informações relevantes.

§ 3º Os processos de revisão deste Plano serão realizados com ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil.

§ 4º A meta progressiva de investimento público em educação será avaliada no quarto ano vigência do PME e poderá ser ampliada por meio de lei
para atender as necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.

Art. 6º O Município promoverá a realização de pelo menos 4 (quatro) conferências municipais de educação até o final do decênio, articuladas e
coordenadas pelo Fórum Municipal de Educação, instituído nesta Lei, no âmbito da Secretaria Municipal de Educação.

§ 1º O Fórum Municipal de Educação, além da atribuição referida no caput:

I- acompanhará a execução do PME e o cumprimento de suas metas;

II- promoverá a articulação das conferências municipais de educação com as conferências regionais, estaduais e nacionais.

§ 2º As conferências municipais de educação realizar-se-ão com intervalo de 2 (dois) anos entre elas, com o objetivo de avaliar a execução deste PME
e subsidiar a elaboração do plano municipal de educação para o decênio subsequente.

Art. 7º Fica assegurado o regime de colaboração entre município, estado de São Paulo e União para a consecução das metas deste PME e a
implementação das estratégias a serem realizadas.

§ 1º Os gestores municipais adotarão as medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PME que forem atribuição legal
do Município.

§ 2º As estratégias definidas no Anexo desta Lei não eliminam a adoção de medidas adicionais ou de instrumentos jurídicos que formalizem a
cooperação com o Estado e a União e outros entes federados, podendo ser complementadas por mecanismos de coordenação e colaboração recíproca.

§ 3º O fortalecimento do regime de colaboração com outros Municípios dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de arranjos de desenvolvimento da
educação.

Art. 8º Para a garantia da equidade educacional, o município deverá considerar o atendimento às necessidades específicas da Educação Especial,
assegurando um sistema inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.

Art. 9º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do Município serão formulados de maneira a assegurar a consignação
de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PME, a fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 10º Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste PME, o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, sem prejuízo das
prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao PME a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias
para o próximo decênio.

Parágrafo Único O Conselho Municipal de Educação e o Fórum Municipal de Educação coordenarão o processo de elaboração da proposta
do PME, que deverá ser realizada com ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil e posteriormente
encaminhada pelo Poder Executivo.

Art. 11 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA, PALÁCIO “JERÔNIMO DE CAMARGO”, 04 de novembro de 2015.

- Saulo Pedroso de Souza -


PREFEITO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA

- Márcia Aparecida Bernardes -


SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

Publicado e Arquivado na Secretaria de Governo, na data supra.

- Waldir Bottura -
SECRETÁRIO DE GOVERNO SUBSTITUTO
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Poder Executivo
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Saulo Pedroso de Souza


Prefeito Municipal

Mario Inui
Vice-Prefeito

Márcia Aparecida Bernardes


Secretária de Educação
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Poder Executivo
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Conselho Municipal de Educação


Representantes da Secretaria de Educação
Eliane DoratiottoEndsfeldz – Titular
Luciana Maria Alves Polydoro – Suplente

Representantes dos professores da Rede Municipal de Ensino


Kelly Granda– Titular
Marcos Antonio da Silva Regis – Suplente

Representantes dos Diretores de Escola da Rede Municipal de Ensino


Cherliana Aparecida Mita Chaves – Titular
Lucia Helena Fumani – Suplente

Representantes de pais de alunos com necessidades educacionais


especiais
Maria Tereza Bressani Grilo – Titular
Adilson de Oliveira – Suplente

Representantes de pais das associações de pais e alunos do município


Mario Antonio Nascimento – Titular
Claudia Cristiane B. de Sá – Suplente

Representantes dos professores da Rede Estadual de Ensino


Waldemar Bucky– Titular
Marcelo Guimarães Torres – Suplente

Representantes dos Diretores das escolas da Rede Pública Estadual


Vera Lúcia Pires Rampa – Titular
José Renato Endsfeldz – Suplente

Representantes das escolas particulares


Anne Caroline de Oliveira – Titular
Irene Conceição Pedrosa – Suplente

Representantes do ensino superior


Saulo Brasil Ruas Vernalha– Titular
Marli Amélia Lucas Pereira – Suplente

Representantes do Sindicato dos Especialistas do Magistério Oficial do


Estado de São Paulo – UDEMO
IeteRodrigues Reis – Titular
Vilma Pereira de Lima – Suplente

Representantes da Associação dos Professores do Ensino Oficial do


Estado de São Paulo – APEOESP
Edson dos Santos – Titular
Cleberson Aparecido Matoso – Suplente
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Poder Executivo
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Representantes do Centro do Professorado Paulista – CPP


Ana Margarida Brito – Titular
Leonice Maria da Silva – Suplente

Representantes do Conselho Municipal dos Direitos da criança e do


adolescente
Márcia CherfênZigaib – Titular
Elaine Christina Santa Donadio – Suplente

Comissão coordenadora de atualização e adequação do PME:

Representantes Poder Executivo - Secretaria de Educação


Fernanda Elisa Tenório Nascimento – Titular
Ivete Lourenço Leano – Suplente
Márcia Aparecida Bernardes – Titular
Breno Ruiz – Suplente

Representantes da Sociedade Civil Organizada


Alfredo Francisco Reis Neto – Titular
Cecília de Siqueira Campos Hernandes – Suplente

Representantes da Assessoria Técnico Pedagógico


Cristiane Guarnieri do Amaral Rodrigues – Titular
Maria Lúcia Nunes Serrano – Suplente

Representantes da Supervisão Escolar


Márcia Beraldo – Titular
Maria Lúcia Cerbino – Suplente

Representantes de Gestor da Educação Infantil


Sandra Regina Fernandes Silveira – Titular
Rachel Teixeira de Carvalho – Suplente

Representantes de Gestor do Ensino Fundamental I


Therezinha de Jesus Silva – Titular
Kelly Granda – Suplente

Representantes de Professores da Educação Infantil


Viviane Biason Gomes Diana – Titular
Sirley de O. Gonçalves – Suplente

Representantes de Professores do Ensino Fundamental I


Diego Henrique dos Reis – Titular
Elen Cristine Romantini Lombardi – Suplente
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Poder Executivo
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Representantes de Pais da Educação Infantil


RomoloCastagna – Titular
Adriane Ponce Lima – Suplente

Representantes de Pais do Ensino Fundamental I


Marcio da Costa Bello – Titular
Olmiro Ferreira da Silava – Suplente

Representantes do Ensino Universitário


Marli Amélia Lucas de Oliveira – Titular
Saulo Brasil Ruas Vernalha – Suplente

Representantes do Conselho Municipal de Educação


Eliane DoratiottoEndsfeldz – Titular
Luciana Maria Alves Polydoro – Suplente

Representantes do Conselho do FUNDEB


Lucia Helena Fumani – Titular
Silmara Canutto Duarte – Suplente

Representantes do Conselho da Alimentação


Claudia Garcia Mendes – Titular
Guaraci Eiró Gonçalves – Suplente

Representantes do Conselho Tutelar


Ivanilda Santos – Titular
Carmen Monari – Suplente

Representantes do Gestor da Unidade Escolar Estadual


Ivani Regina de Moraes – Titular
Cristiana Rocha Pereira de Oliveira – Suplente

Representantes de Docente da Unidade Escolar Estadual


Lívia Mariane Macedo da Annunciação – Titular
Fernando Barbosa Ferreira – Suplente

Representantes de Aluno da Unidade Escolar Estadual


Tamires Vitória Bezerra – Titular
Pedro Lourenção Machado – Suplente

Representantes de Pai de Aluno da Unidade Escolar Estadual


Geane Silva Bezerra Lima – Titular
Elaine Lourenção Machado – Suplente
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Poder Executivo

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ESTÂNCIA DE ATIBAIA
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Equipetécnica da Secretaria de Educação para a elaboração do PME 2015

Eliane DoratiottoEndzfelds
Silvia Aparecida Pinto de Oliveira Campos
Maria Lúcia Nunes Serrano
Luciana Maria Alves Polydoro
Márcia Beraldo
Maria Lúcia Cerbino
Angelina Ceballos Mendes de Oliveira
Breno Ruiz
Cristiane Guarnieri do Amaral Rodrigues
Marcela Camata Martinho Silva
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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................................................... 10

Caracterização do Município de Atibaia ........................................................... 18

Propósitos e Conceitos Gerais do Plano Municipal de Educação de Atibaia ... 25

Plano Nacional de Educação: Instrumento de planejamento para oferta de


educação de qualidade e de registro de seu percurso histórico....................... 26

Referências Básicas Socioeconômicas ............................................................ 28

Produto Interno Bruto ....................................................................................... 33

Serviços e Programas Sociais de Atibaia ......................................................... 40

Educação em Atibaia........................................................................................ 44

Metas e Estratégias 2015 ................................................................................. 59

Educação Infantil .............................................................................................. 62

Ensino Fundamental ........................................................................................ 70

Ensino Médio.................................................................................................... 77

Educação Especial na Perspectiva da Educaçao Inclusiva ............................. 83

Alfabetização – Ensino Fundamental ............................................................... 88

Educação Integral ............................................................................................ 93

Avaliação Externa ............................................................................................ 95

Educação de Jovens e Adultos ...................................................................... 104

Educação de Jovens e Adultos / Educação Profissional ................................ 109

Educação Profissional ..................................................................................... 111

Educação Superior ..........................................................................................113


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Poder Executivo

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Valorização do Magistério .............................................................................. 120

Pós-graduação ............................................................................................... 124

Plano de Carreira ........................................................................................... 126

Gestão Democrática....................................................................................... 129

Financiamento da Educação .......................................................................... 134

Acompanhamento e Avaliação do PlanoMunicipal de Educação ................... 137

Referências .................................................................................................... 138


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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação – PME é um documento que evidencia


um compromisso do poder público com a oferta de uma educação de qualidade
a todos os cidadãos, articulando ações de várias esferas do governo, definindo
objetivos, metas e estratégias alinhadas com o Plano Estadual de Educação
bem como com o Plano Nacional da Educação.
Em 2008, Atibaia elaborou um documento nos moldes de um plano de
Estado e não somente de um plano de governo. Sua elaboração constituiu um
planejamento conjunto entre o governo e a sociedade civil. Esse plano
procurou responder às necessidades sociais e educacionais da época. O
elemento inovador foi promover uma reflexão sobre a educação no município,
envolvendo representações diversas, a saber: educadores e profissionais do
Sistema de Ensino, dos Conselhos Municipais e de toda a sociedade civil,
culminando o processo na construção do Plano Municipal de Educação,
promulgado em 2008, através da lei Nº 4.866, de 2 de julho de 2008.
Com o propósito de ultrapassar diferentes gestões esse documento
trouxe a superação da prática comum na educação brasileira: a
descontinuidade que acontece entre uma gestão e outra, o hábito de
recomeçar sempre a história, desconsiderando as boas políticas educacionais
feitas por outros, anteriormente.
Em 2014, o município de Atibaia, atendendo às exigências da Lei
Federal nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que recolocava a responsabilidade
dos Estados e Municípios de elaborarem ou readequarem seus Planos, deu
início ao processo de reelaboração do seu Plano Municipal de Educação –
PME. Como o primeiro documento, elaborado em 2008, constituiu um
norteador da política educacional do município durante os sete anos de sua
vigência, a adequação e a construção deste segundo irá sintetizar o conjunto
das perspectivas atuais do município de Atibaia.
A ferramenta central do atual Plano Municipal de Educação de Atibaia é
o planejamento, visando a eficiência e a eficácia da educação de qualidade
com equidade, que é direito dos cidadãos e dever do Estado. Dentro das
estratégias de construção da qualidade, o planejamento participativo ganha
espaço.
Tendo como referência os preceitos constitucionais, a legislação
educacional brasileira, além das políticas e dos Planos Estadual e Nacional da
Educação e mantendo-se coerência com os objetivos expressos na Lei
13.005/14, o município de Atibaia busca planejar o desenvolvimento de suas
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ações educacionais de forma integrada. Para tanto, foram analisadas as 20


metas contidas no Plano Nacional, tendo como referência as condições reais
do município, para que fossem construídas estratégias, cuja concretização irá,
gradativamente, aprimorar as condições e a qualidade da educação oferecida
pelo município aos seus cidadãos.
O PME define a política educacional e os objetivos pretendidos para a
educação no município de Atibaia, nos diferentes níveis, etapas e modalidades
de ensino, definindo ações de curto, médio e longo prazos.

Carta de Princípios

O presente documento se orienta pela seguinte Carta de Princípios:

1. Educação como direito de todos e dever do Estado;

2. Educação fundada na solidariedade, no diálogo, na ética, no respeito


às diferenças humanas e culturais, na inclusão e na justiça social, enfim, nos
valores humanistas e na ética política, promovendo a superação das
desigualdades educacionais;

3. Gestão democrática em todas as instâncias do Sistema de Ensino e


nas escolas, ou seja, participação democrática e controle social;

4. Direcionamento de recursos adequado às demandas educacionais


por parte do Poder Público;

5. Valorização dos profissionais da Educação, por meio de ingresso por


concursos públicos, planos de carreira, piso salarial profissional digno e
oportunidades sistemáticas de formação continuada;

6. Educação escolar como instrumento fundamental de desenvolvimento


individual, social, cultural, político e econômico do País, garantindo ao seu
povo, atibaiano e brasileiro, os direitos básicos de cidadania e ampliação das
prerrogativas de soberania nacional;

7. Autonomia didática e científica, assegurando o direito, a cada


instituição escolar, de construir seu Projeto Político Pedagógico;

8. Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, em especial, no


Ensino Superior;

9. Universalização do atendimento escolar;

10. Aprimoramento da qualidade da educação;


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11. Estabelecimento de metas para a aplicação dos recursos públicos


em educação, os quais venham assegurar o atendimento às necessidades de
expansão, com padrão elevado de qualidade e equidade;

12. Construção dos princípios de respeito aos direitos humanos, à


diversidade e a sustentabilidade socioambiental.

Temas Básicos da Educação

Tema 1. Organização da Educação: o Sistema Municipal de Educação

A finalidade básica do Sistema Municipal de Educação, na atual etapa


histórica, é a garantia da oferta de educação com padrão de qualidade nas
instituições educacionais públicas e privadas do município de Atibaia, tanto as
que prestam serviços na Educação Básica, como também aquelas que
desenvolvem ações de formação técnico-profissional e as que oferecem cursos
livres.
O Sistema Municipal de Educação deve planejar e concretizar ações que
efetivem o acesso, a permanência e o sucesso dos estudantes, construindo um
referencial de qualidade em todos os níveis e modalidades para todos os
cidadãos do município de Atibaia.
Por essa razão, o Sistema Municipal de Educação é concebido como
expressão institucional do esforço organizado, autônomo e permanente do
Poder Público e da sociedade, para que as escolas e demais instituições
educacionais sejam unificadas pelos mesmos objetivos, que tenham normas
comuns de organização e, sobretudo, que sejam regidas pelo mesmo padrão
de qualidade, respeitando os princípios educacionais definidos
constitucionalmente e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -
LDB.

Tema 2. Gestão Democrática

Tendo os preceitos constitucional e pedagógico, a gestão democrática


da educação traz a discussão da qualidade da educação centrada na
participação e autonomia, condições para o para o fortalecimento da
aprendizagem.
Formar para a participação não se trata, apenas, de formar para a
cidadania, mas também é formar o cidadão para participar, com
responsabilidade, do destino de seu país; a participação é um pressuposto da
própria aprendizagem.
O princípio da gestão democrática na área da educação foi inserido na
Constituição Federal (CF/88, Artigo 206, IV) e ratificado pela Lei deDiretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96, Art. 3º, Inc. VIII). Esse princípio é
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considerado uma estratégia de transformação da sociedade que avança de


uma história marcada pelo autoritarismo para uma sociedade democrática.
Ações permanentes para a concretização desse princípio são
necessárias para efetivar no cotidiano das instituições escolares as práticas
democráticas. Fundamentada na constituição de espaço público de direitos,
cujo objetivo é garantir condições de igualdade e de equidade social, serviços
públicos de qualidade, trabalho coletivo que vise à superação da fragmentação,
seleção e exclusão presentes no sistema educacional. A gestão democrática
tem como finalidade a criação de bases para a construção de uma sociedade
realmente democrática e inclusiva.
Para se construir uma cultura democrática e uma cultura de direitos
humanos no cotidiano escolar, é necessária a articulação entre gestão
democrática e controle social, tendo os Conselhos Escolares como
mediadores. Esses Conselhos são instrumentos mobilizadores das
comunidades às quais as escolas pertencem, para que cada uma delas possa
tomar conhecimento das atividades desenvolvidas e do projeto político
pedagógico de formação e capacitação das unidades escolares. Eles
identificarão as necessidades apresentadas pela comunidade e pelas famílias,
para o acesso à educação, para o atendimento de suas demandas específicas
e para a melhoria da qualidade da educação oferecida.
Esse processo deve ser construído de maneira colaborativa, com as
famílias e entidades da comunidade, com metodologias participativas que
visem à integração, ao contato e ao diálogo contínuo com a escola. Devem ser
estabelecidos canais de comunicação e interlocução tendo em vista a
aproximação e o enfrentamento conjunto dos problemas que afetam a
comunidade escolar; além disso, devem ser elaboradas atividades de
diagnóstico, problematização e alternativas de solução para problemas
referentes à educação.
Um dos canais de comunicação e interlocução entre os diversos setores
da sociedade civil e o poder público é o Conselho Municipal de Educação. Este
é um órgão consultivo, normativo, fiscalizador e deliberativo do Sistema
Municipal de Educação. É instância de articulação entre o Poder Público e a
sociedade civil.
Os Conselhos Escolares na Educação Básica, também canal de
comunicação operante nas unidades escolares, se constituem como espaços
informativos, deliberativos, educativos e organizativos. Representam a
comunidade escolar, tendo como finalidade propor, acompanhar e fiscalizar o
Projeto Político Pedagógico da escola. É constituído pela direção da escola e
pelos representantes dos segmentos da comunidade escolar, escolhidos por
esta última, em processo de eleição direta. Para melhor entendimento, define-
se comunidade escolar como o conjunto dos alunos, pais e responsáveis pelos
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alunos, membros do magistério e demais servidores da escola em efetivo


exercício na unidade escolar.
Na elaboração do seu Projeto Político Pedagógico cada unidade escolar
deve privilegiar o trabalho coletivo em todos os seus segmentos, além de
considerar as contribuições que possam ser oferecidas pela comunidade na
qual a escola se insere. Dessa forma, a gestão democrática, que tem por
objetivo o estabelecimento e o desenvolvimento de canais diversos para atingir
a qualidade e a equidade social no caminho da transformação da escola e da
sociedade, se efetiva.
A Avaliação Institucional, outra via de comunicação e interlocução
instaurada, deve permear todo o Sistema Municipal de Educação (secretaria,
órgãos, instituições).Deve ser interna e externa e reger-se pelos mesmos
princípios e diretrizes que assegurem uma educação de boa qualidade e que
formem o cidadão, justo, democrático, solidário, ético, crítico e propositivo;
enfim, um cidadão preparado para enfrentar os desafios individuais e coletivos.
Para que isso ocorra, é imprescindível que os indicadores dessa avaliação
tenham referência social e não apenas técnica.Tais procedimentos avaliatórios
visam romper com a fragmentação do sistema educacional, com a ineficiência
dos mesmos bem como construir elementos para reflexão e análise do sistema
como um todo.

Tema 3. Financiamento da Educação

O financiamento público da educação deve promover e garantir a


qualidade da educação com equidade social. Refletir sobre a questão do
financiamento necessariamente implica avaliar a situação socioeconômica do
país e do município, bem como as principais fontes de recursos para esse
financiamento. Este tem suas bases na efetiva arrecadação de impostos, os
quais estão atrelados ao desempenho da economia.
Desde 1988, com a criação do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamentale Valorizaçãodo Magistério –
FUNDEF, o Ensino Fundamental vem alcançando um atendimento
crescentemente satisfatório. A construção de uma política educativa que
assegurasse financiamento aos outros níveis de ensino se fez necessária.
Para se equacionar essa questão foi criado um novo fundo para universalizar o
atendimento à educação básica pública de qualidade e promover a equidade
social.
Através da Emenda Constitucional nº 53, de 06 de dezembro de 2006, é
criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EducaçãoBásica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB,que tem por objetivo
proporcionar a elevação e nova distribuição dos investimentos em educação.
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A nova distribuição de recursos, bem como sua elevação, ocorre devido


as mudanças relacionadas às fontes financeiras que o formam, e ao percentual
do montante de recursos que o compõem.
Assim, a partir do FUNDEB passou-se destinar recursos também ao
Ensino Fundamental de 9 anos (6 a 14 anos), à Educação Infantil (de 0 a 5
anos) e ao Ensino Médio (15 a 17 anos), e à Educação de Jovens e Adultos.
O financiamento da educação no Brasil advém de recursos públicos, de
empresas privadas e dos cidadãos. Entretanto, não há como calcular o gasto
total em educação, já que o Brasil não contabiliza os recursos mobilizados pelo
setor particular.
É função do Ministério da Educação programar a política nacional de
educação, cuja missão institucional é articular ações com o que é proposto na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB.
Os recursos públicos destinados à educação têm origem em:
1.Receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
2.Receita de transferências constitucionais e outras transferências;
3.Receita dacontribuição social do salário-educação e de outras
contribuiçõessociais.
A Constituição Federal determina que a União aplique, no mínimo, 18%
para a educação e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 25%. É da
esfera federal que provém a maior soma de recursos para o ensino superior,
enquanto os Estados e Municípios os destinam, predominantemente, ao Ensino
Fundamental.
A complexidade federativa contribui para os vários tipos de soluções
num sistema em que a União, os estados, o Distrito Federal e os Municípios
tenham a incumbência de organizar, em regime de colaboração, os respectivos
sistemas de ensino.
A legislação educacional brasileira define que os recursos públicos
devem ser destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos também a
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
1. Não possuam finalidade lucrativa e não distribuam resultados,
dividendos, bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio, sob
nenhuma forma ou pretexto;
2. Apliquem seus excedentes financeiros em educação;
3. Garantam a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional, ou ao poder público, caso venham a encerrar suas
atividades;
4. Prestem contas, ao poder público, dos recursos recebidos.
Devido à grande diversificação do sistema, o Ministério tem buscado
proporcionar um detalhamento sobre as fontes de recursos disponíveis para o
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financiamento da Educação Profissional, como forma de articular e integrar os


sistemas.
A participação dos três níveis de governo nos gastos realizados com a
educação apresentou preponderância dos governos estaduais, com 48,2% do
total em 1995, 45,4% em 1996 e 48,5% em 1997.
O financiamento privado da educação deve ser entendido como a parte
do gasto total em educação oriunda, em sua totalidade, das famílias e
instituições de caráter privado. Há que se considerar também as despesas
realizadas pelas entidades do sistema sindical, voltadas para o ensino
profissionalizante.
A política de vinculação de recursos orçamentários é instrumento válido
para garantir prioridade permanente à educação, imunizando o Poder Público
da troca ou alternância de políticas e prioridades próprias do sistema
democrático, que faz contínuas eleições.
O sistema financeiro da educação é um subsistema do sistema
financeiro nacional e, como tal, sofre a carência de recursos que atinge as
demais áreas de atividades. Os recursos financeiros tenderão a ser sempre
insuficientes diante das necessidades, principalmente quando se pensa em
melhorar a qualidade do ensino.

Tema 4. Cidade Educadora

O Conceito de Cidade Educadora tem como referência o professor


Moacir Gadotti, importante pensador brasileiro que tem promovido uma ampla
reflexão sobre a educação em geral. Consolidada na década de 1980, a
Cidade Educadora se baseia em uma carta de princípios que caracterizam uma
cidade que educa.
A cidade de Atibaia tem como objetivo ser Cidade Educadora. Uma
cidade que promove e desenvolve o protagonismo de todos – crianças, jovens,
adultos e idosos – na construção dos direitos, onde todos os habitantes
possam usufruir das mesmas oportunidades de formação, espaços culturais,
desenvolvimento pessoal, possibilitando a construção e a realização de
sonhos. Assim, Atibaia promove a satisfação das necessidades das crianças e
dos jovens, ofertando espaços, equipamentos e serviços adequados ao
desenvolvimento de todos os sujeitos. Valoriza a participação coletiva,
assumida como caminho para a construção da equidade social e da
transformação da sociedade. Todas as ações se revertem em processos de
melhoria da qualidade de vida de seus munícipes, bem como na construção e
solidificação da democracia.
O município defende também o conceito de “Escola Cidadã” criado por
Paulo Freire, o mais célebre educador brasileiro, com atuação e
reconhecimento internacionais. “Escola Cidadã” é a escola que prepara o
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estudante para tomar decisões. Além disso, esse movimento defende a


construção de uma escola autônoma, só possível por pessoas que aprendem a
decidir no processo de participação e que o avaliam, dialogicamente.
Pressupõe a formação de cidadãs e de cidadãos que efetivamente participam e
decidem sobre o destino da escola.A “Escola Cidadã”ganha um novo
componente: a comunidade educadora. Assim, remete a escola a um novo
espaço cultural da cidade, integrando-a a todos os aparelhamentos, bens e
serviços. A escola se agrega à cidade para proporcionar situações de
aprendizagens a todos, transformando escola e cidade em novos espaços de
construção de cidadania. Delega-se à escola o papel de construir condições
que viabilizem a cidadania, por meio da socialização da informação, da
discussão, da transparência, gerando uma nova mentalidade e uma nova
cultura em relação ao caráter público do espaço da cidade.
Na sociedade da informação, o papel social da escola vem sendo
consideravelmente ampliado. Tem-se uma escola presente na cidade, criando
novos conhecimentos, sem abrir mão do conhecimento historicamente
produzido pela humanidade; uma escola científica e transformadora. Portanto,
é a partir dessa escola cidadã, inserida na sociedade da informação, que se
torna possível estabelecer as bases da Cidade Educadora; para isso, as ações
no campo da cultura e da educação caminham juntas e interagem com as
políticas econômicas. Com uma boa programação cultural, uma boa
comunicação de massa, e tendo como base os valores humanos e de
cidadania, a cidade pode receber visitantes, turistas, os quais aquecem a
economia e projetam a cidade nacionalmente e no exterior.
A Escola Cidadã e a Cidade Educadora só podem coexistir quando
existe diálogo entre a escola e a sociedade.
A escola que se propõe a ser educadora deixa de ser “lecionadora” para
ser cada vez mais gestora da informação generalizada, construtora e
reconstrutora de saberes e conhecimentos socialmente significativos e tutora
dos sujeitos da aprendizagem. Portanto, seu papel passa a ser o de
articuladora da cultura, de dirigente e agregadora de pessoas, movimentos,
organizações e instituições.
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Caracterização do Município de Atibaia





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O MUNICÍPIO DE ATIBAIA

Atibaia, localizada na região serrana a sudeste do Estado de São Paulo,


abrange uma área de aproximadamente 490 km², sendo 57% zona rural e 43%
zona urbana. Sua origem está ligada à atuação dos bandeirantes, que no
século XVII viajavam desbravando terras. Entre as inúmeras paradas que os
desbravadores precisavam fazer durante suas longas viagens, uma era feita na
região onde hoje se situa a cidade de Atibaia, pois a colina ali existente,
banhada por um rio lhes despertava o interesse diante de suas necessidades.
Tem como municípios limítrofes ao norte a cidade de Bragança Paulista
ao Norte, a Leste as cidades de Piracaia, Nazaré Paulista e Bom Jesus dos
Perdões, ao Sul os municípios de Mairiporã, Franco da Rocha e Francisco
Morato e a Oeste os municípios de Campo Limpo Paulista e Jarinu.
O clima do município é do tipo temperado seco e temperatura média
anual é de 19º C. A umidade do ar é de 80%, e a vegetação predominante no
município é composta pela Mata Atlântica.
Atibaia é um local agradável para se viver. Seu relevo é marcado por
serras que ocupam 8% do território. O ponto culminante de Atibaia fica na
Serra do Itapetinga, denominado Pico da Pedra Grande com 1.450m de
altitude.No local, encontra-se a flora xérica, uma espécie considerada
excepcional, que vem sendo estudada por especialistas oriundos de várias
regiões do Brasil.Essa flora é encontrada em poucos lugares do mundo.
Atibaia é uma estância hidromineral por cumprir determinados pré-
requisitos definidos pela Lei Estadual n° 5091, de 8 de maio de 1986. Esse
título garante um aumento no repasse de verbas estaduais ao município para a
promoção do turismo local.
A cidade é banhada pelo Rio Atibaia, que se divide em sub-bacias, a
saber: Ribeirões Laranja Azeda, Itapetinga, do Onofre, Folha Larga, Caetetuba,
da Cachoeira e das Amaraes, o Córrego do Lajeado e o Rio das Pedras.
O município possui algumas Unidades de Conservação Ambiental,
criadas por Lei Estadual e conhecidas como Áreas de Proteção Ambiental do
Sistema Cantareira e do Bairro da Usina, além de outras áreas protegidas
como o Tombamento da Serra do Itapetinga, o Parque Municipal da Grota
Funda e, mais recentemente, a APA Municipal das Várzeas do Rio Atibaia. E
em 30 de março de 2010, o Governo do Estado de São Paulo, pelo Decreto
Estadual n° 55.662, criou o Parque Estadual de Itap etinga e o Monumento
Natural Estadual da Pedra Grande, que abrangem o município de Atibaia.
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ATRAÇÕES TURÍSTICAS

Atibaia é uma cidade que acolhe o turista e proporciona uma diversidade


de locais nos quais todos podem ser atendidos. A seguir alguns desses
espaços:

a) Centro de Convenções Victor Brecheret


b) Fazenda Paraíso
c) Grota Funda
d) Igreja Matriz de São João Batista
e) Igreja Nossa Senhora do Rosário
f) Igreja São João Batista
g) Jardim do Lago
h) Lago do Major
i) Museu de História Natural
j) Museu Municipal João Batista Conti
k) Parque das Águas
l) Parque Edmundo Zanoni
m) Pouso de Voo Livre
n) Represa da Usina
o) Santuário de Schoenstatt
p) Teleférico
q) Entre outros...
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O teleférico, inaugurado em 2008, liga o Lago do Major à parte alta do município em


um percurso de 550 metros
Fonte: http://www.troller.com.br

O Centro de Convenções Victor Brecheret que abriga, entre outras, as obras das
mostras "Museu Olho Latino" e "Clube Atibaiense de Fotografia".
Fonte: http://www.revistaenfase.com.br
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As congadas, manifestações folclórico-religiosa de origem africana, são uma das


principais atividades culturais de Atibaia.
Fonte: http://www.troller.com.br

Festa das Flores e do Morango: flores e morangos são usados para decorar toda a
exposição. (Foto: Divulgação)
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O potencial da localização estratégica da cidade

Pode se apontar como aspectos positivos da localização da cidade:


1.Estarentre os dois maiores polos de desenvolvimento tecnológicos do
interior do estado de São Paulo: Campinas e São José dos Campos.
2.A distância entre o município e o Rodoanel Mario Covas, via que
circunda o núcleo central da Região Metropolitana de São Paulo, que está a
apenas 40 km de Atibaia.
3.Estarpróxima às maiores e melhores universidades do Brasil.
4.Terbelezasnaturais e reconhecidaqualidade devida, tendo o segundo
melhorclima do mundo, de acordo com a UNESCO.
5.Contar com investimentos da iniciativa privada, com a instalação de
Condomínios Empresariais de excelência, proporcionando áreas para seu
crescimento e desenvolvimento econômico.

TABELA 1
População estimada 2014 (1) 135.895

População 2010 126.603

Área da unidade territorial (km²) 478,521

Densidade demográfica (hab/km²) 264,57

Gentílico Atibaiano

Código do Município 3504107

Fonte:http://cod.ibge.gov.br/2355J
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Propósitos e Conceitos Gerais do Plano Municipal de


1 Educação de Atibaia

O Plano Municipal de Educação – PME é um instrumento definido em


função da política educacional que se pretende estabelecer, da legislação que
lhe dá suporte e das condições humanas, materiais e financeiras à disposição
da sociedade de Atibaia. Seu principal objetivo é atender às necessidades
educacionais da população. Esse documento é, por concepção, socialmente
includente. Igualmente, tanto o método quanto o conteúdo deste Plano refletem
o caráter coletivo e democrático de sua elaboração, assim como deverá ser
feito na sua instauração e na sua avaliação.
A educação se constitui como instrumento estratégico para o efetivo
desenvolvimento econômico, social, cultural e político do País, do Estado, do
Município, e de seu povo, e para a garantia dos direitos básicos de cidadania e
da liberdade pessoal.
Com este propósito o Plano Municipal de Atibaia concebe a
escolarização como um direito do cidadão e um patrimônio da sociedade; sua
administração, planejamento e execução devem dar-se da forma mais ampla e
democrática possível, abrindo espaço para todas as concepções, culturas,
etnias, princípios e orientações, respeitando os conteúdos expressos na
Constituição Federal de 1988. Considera a Educação como um instrumento de
formação ampla, de luta pelos direitos da cidadania e da emancipação social,
preparando as pessoas e a sociedade para a responsabilidade de construir,
coletivamente, um projeto de inclusão e de qualidade social para o município
de Atibaia.
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Plano Nacional de Educação: Instrumento de


2 planejamento para oferta de educação de qualidade
e de registro de seu percurso histórico

O processo de expansão da escolarização no Brasil começou em


meados do século XX, e seu crescimento em termos de rede e de oferta de
vagas no ensino público se deu nas décadas de 1970 e início de 1980. O
caráter elitista da sociedade brasileira até então, não concebia um projeto de
educação para todos. A ideia de um Projeto de Educação para todos foi
explicitada pela primeira vez em 1932 no Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova.
A ideia de construção e sistematização de um Plano Nacional de
Educação aparece na Constituição de 1934 e de 1946, mas somente com a lei
4.024/1961, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, foram
estabelecidas as primeiras coordenadas para a elaboração de um Plano
Nacional. No entanto, embora estivesse prevista a construção do Plano, esta
não se concretizou.
Em 1996, com a Lei 9.394 – LDBfoi previsto que a União encaminhasse
ao Congresso Nacional um Plano Nacional de Educação, com diretrizes e
metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a “Declaração Mundial
sobre Educação para Todos”. Em 2001 é sancionada a Lei 10.172, que
estabeleceu o Plano Nacional de Educação, para uma década e determinou
que, com base nesse Plano, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
elaborassem Planos Estaduais e Municipais de Educação. Respondendo a
essa demanda a cidade de Atibaia aprovou, em 2008, o seu 1º Plano Municipal
de Educação.
Através da Lei Federal 13.005, de 2014 é aprovado o 2º Plano Nacional
de Educação, trazendo vinte metas a serem cumpridas por todos os Sistemas
de Ensino. As metas se agrupam em Metas Estruturantes (as de
número1,2,3,5,6,7,9,10 e 11) que têm como objetivo garantir o direito à
educação básica com qualidade; metas para redução das desigualdades e
valorização da diversidade, caminho imprescindível para a equidade social (as
de número 4 e 6); metas referentes à valorização dos profissionais da
educação, considerada estratégia para a realização das metas anteriores;
metas relacionadas ao Ensino Superior (as de número12,13e14) e metas
relacionadas ao fortalecimento da gestão democrática e financiamento da
educação (as de número 19 e 20).
Com a aprovação desse 2º Plano Nacional de Educação os Estados e
Municípios receberam a responsabilidade de construir e ou adequar os Planos
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Municipais ao novo documento nacional. Atibaia, no ano de 2014,organizou


grupos de trabalho para análise e adequação do seu 1º Plano Municipal de
Educação, aprovado em 2008 e vigente até então, ao 2º Plano Nacional de
Educação de 2015.
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3 Referências Básicas Socioeconômicas

3.1 Atibaia: inserção regional


O município de Atibaia que goza de condição de estância apresenta-se
inserido nas seguintes unidades regionais:
3.1.1 Região Administrativa de Campinas;
3.1.2 Região de Governo de Bragança Paulista;
3.1.3Unidade deGestãode RecursosHídricos – UGRHI 5 Piracicaba/
Capivari / Jundiaí;
3.1.4Área de Proteção Ambiental – APA do Sistema Cantareira;
3.1.5 Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo –
RBCVCSP;
3.1.6 Agência de Desenvolvimento Regional UNICIDADES.
O município tem sua inserção proposta em diversos projetos de
organização regional, ora como integrante da Microrregião Bragantina, ora
como pertencente à Aglomeração Urbana de Jundiaí.

3.2Atibaia: unidades espaciais de referência para o planejamento


Para o planejamento em geral, e o educacional em particular, são
adotadas, no município, as seguintes unidades espaciais de referência – UER:
3.2.1 Setores censitários, em número de 336, conforme definidos pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;
3.2.2 Setores cadastrais urbanos, em número de 23, definidos pelo
município para fins de tributação;
3.2.3 Regiões do Orçamento Participativo – OPem número de 8, sendo
uma destas subdividida em 3 setores;
3.2.4 Unidades de Assentamento (Unidades de Cidade), definidas, em
número de 4, no planejamento urbanístico do município.
Estas UER foram utilizadas, conforme as necessidades de
desagregações de dados e informações, nas projeções realizadas para a
população municipal.

3.3 Análise da população, evolução e projeções


3.3.1 Categorias Consideradas
Para análise, e projeções da população do município segundo os
horizontes temporais do Plano Diretor, são consideradas as categorias:
População Residente, subdividida em Urbana e Rural; População Flutuante;
População Total. A evolução considerada cobre o período 2000/2014, tendo em
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conta a Contagem Intercensitária realizada em 2014 pelo Sistema Estadual de


Análise de Dados – SEADE, conforme mostra a tabela 01, a seguir.
3.3.2 População: Evolução 1991/2014
TABELA 2
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO TOTAL, RESIDENTE, URBANA,
RURAL e FLUTUANTE
População
Ano Residente Flutuante Total Geral
Urbana Rural Total (*)
2000 96.874 14.426 111.300 22.260 133.560
1
2005 105.384 13.958 119.342 25.370 144.712
1
2010 115.105 11.362 126.467 19.971 146.438
20141 121.732 10.285 132.017 18.695 150.712
Fontes: IBGE
Plano Diretor de Atibaia 2006
(*) PEA (1) SEADE

a) Há um evidente crescimento da população urbana residente a partir


de 2000 até o ano de 2014, crescimento este relacionado à população flutuante
que estabelece residência na cidade desde 1960 (período em que tem início a
transformação do perfil do município quanto à atividade de lazer/ descanso –
“2ª moradia” – e turismo, com o início dos empreendimentos voltados ao
mercado metropolitano da Grande São Paulo e Baixada Santista;
b) A população rural é a que acusa maior transformação, com taxas
negativas, e de elevado valor, em diversos intervalos de tempo considerados;
c) A população flutuante acusa um crescimento até 2005 havendo
sensível decréscimo nos anos seguintes.
3.3.3 População: outros indicadores de evolução e perfil
A evolução da população do município pode ser visualizada de forma
mais precisa se considerados outros indicadores, conforme se segue:
a) Em 2014, conforme mostra a Tabela 4, verifica-se que a composição
da população residente por faixa etária e gênero apresenta: simetria quanto a
esse último aspecto e perfil tendente à redução da participação das faixas
inferiores (até 5, e de 5 a 9 anos), com aumento constante das mais elevadas
(40/59, acima de 59).
Quanto aos demais componentes indicados na Tabela 5, pode-se
destacar:
b)Taxa de natalidade (relativo equilíbrio nos últimos anos);
c)Taxa de mortalidade geral (relativo equilíbrio em torno de 7,0%);
d)Taxa de nupcialidade (aumento gradativo de 2000 a 2012);
e)Taxa de fecundidade geral (decréscimo nos últimos anos);
f) Saldo migratório (sensível diminuição nos últimos anos).
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TABELA 3
POPULAÇÃO – TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL– TGCA
(%) EVOLUÇÃO 1991/2014
Período População Urbana População Rural População Total
1991/2000 1,50 2,19 1,59
2000/2005 2,89 -1,19 2,45
2000/2010 1,76 -2,34 1,31
2010/2014 1,41 -2,46 1,08
Fonte: IBGE. Plano Diretor 2006. SEADE.

TABELA4
DENSIDADE DEMOGRÁFICA E TAXA DE URBANIZAÇÃO
EVOLUÇÃO 2000/2014 – POPULAÇÃO RESIDENTE
Ano Densidade (habitantes/km²) Taxa de Urbanização (%)
2000 233 87
2005 265 89
2014 276 92
Fontes: PEAPlano Diretor 2006 – SEADE

TABELA 5
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR FAIXA ETÁRIA E
SEXO 1991/2014

 
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TABELA 6
POPULAÇÃO – TAXAS 2000/2012(por mil habitantes)
Ano
Índices
2000 2005 2008 2010 2012

Taxa de Natalidade 19,10 15,79 14,86 15,56 15,52

Taxa de Mortalidade Geral 7,07 6,37 6,92 7,32 7,48

Taxa de Nupcialidade 5,28 5,30 5,60 5,95 6,25


Taxa de Fecundidade 68,22 56,56 53,49 56,23 56,44
Saldo Migratório Anual 1.503 - - 425 -

Taxa Anual Migração p/mil hab. 15,28 - - 3,58 -


Fontes: Plano Diretor 2006 – SEADE

a) ao comportamento do componente migratório, é possível de se prever


que ele diminuirá sua participação, devido, ao que se pode presumir, ao fato de
que os fatores que deram origem ao redirecionamento da migração do interior
da Grande São Paulo para suas áreas periféricas – vetor Norte (Microrregião
Bragantina); Vetor Leste (Microrregião Litoral Norte); vetor Arco Oeste (de
Cajamar/ Santana de Parnaíba, a Araçariguama / São Roque / Ibiúnae Embu/
Itapecerica da Serra/ São Lourenço da Serra) – já tenham ultrapassado esse
limite;
b)populaçãoflutuante: em crescente decréscimo pela fixaçãode moradias
diante do boom imobiliário, tendo ainda altas taxas pela condição de polo
turístico;
c) crescimento vegetativo segundo o comportamento do crescimento
verificado no País e Estados, com tendência à redução das taxas gerais
(possivelmente ao longo de todo o período de projeção considerado –
2005/2025).
d) estabilização da População Rural em torno dos 10.000 habitantes.

3.4 Atividade econômica e ocupação da mão-de-obra


O município de Atibaia reúne as seguintes características que se
constituem em facilitadores para o processo de desenvolvimento econômico da
cidade:
a)Localiza-se a 60 km de dois principais mercados consumidores: São
Paulo e Campinas;
b) Proximidade de três aeroportos internacionais: Guarulhos, Congonhas
e Viracopos;
c) Localiza-se próximo dos maiores polos de desenvolvimento
tecnológico do Estado: São José dos Campos e Campinas;
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d)Localiza-se a 40 km do Rodoanel Mario Covas, via que circunda o


núcleo central da Região Metropolitana de São Paulo;
e)Localiza-se próximo das maiores e melhores universidades do Brasil;
f)Temrecebido investimento da iniciativa privada implantando
Condomínios Empresariais de excelência proporcionando áreas para
crescimento
3.4.1. Perfil Geral da Economia
O perfil geral da atividade econômica em Atibaia pode ser dado pelos
indicadores:
a) Número de estabelecimentos;
b) Pessoal ocupado;
c) Assalariados;
d) Salários pagos.

TABELA 7
Número de trabalhadores empregados
Indústria 11.408
Comercio 9.072
Serviços 1, 958
Agricultura 2.183
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – SP - 2014

Nos últimos anos houve aumento dos postos de trabalho no setor


secundário (indústria), superando o que era marca da cidade, ou seja, maior
número de trabalhadores nos setores de serviço e comércio. O setor industrial
é responsável por 30% do PIB. Esse aumento de empregos na área industrial
fez surgir demandas de cursos profissionalizantes que viessem a atender ao
setor para solucionar a falta de mão de obra qualificada.
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4 Produto Interno Bruto

O Produto Interno Bruto – PIB representa a soma dos valores


monetários de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada
região, em um determinado período. O PIB per capita é o produto interno bruto
dividido pela quantidade de habilitantes da região. Quanto maior o PIB, mais
demonstra o grau de desenvolvimento da região, indicando melhoria da
qualidade de vida da população. O PIB não considera o nível de desigualdade
de renda da sociedade.
Analisar dados econômicos e confrontá-los com dados educacionais, na
perspectiva teórica do Capital Humano, da Sociologia, e na perspectiva de
formulação de políticas públicas, permite estabelecer a relação direta entre
economia e educação. Assim,para se aprimorar o desempenho econômico é
necessário superar as deficiências educacionais da força de trabalho,
aumentando a escolarização dos indivíduos.
Em contrapartida, como as formas de manutenção da educação
previstas em lei estão relacionadas à arrecadação de impostos, o crescimento
econômico, implica melhores condições de vida para a população, mais
arrecadação de impostos e mais investimentos na educação.

4.1 Evolução do PIB de Atibaia


O PIB de Atibaia cresceu 238% em 10 anos. Em relação à renda per
capta, houve aumento considerável, correspondente a 203% em dez anos,
como demonstra o gráfico a seguir. Isso significa melhoria da qualidade de vida
na cidade, bem como postos de trabalho e desenvolvimento econômico.
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TABELA 8
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GRÁFICO 1

TABELA 9
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GRÁFICO 2

4.2 Atividades Econômicas – Setores da Economia

TABELA 10

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística.

Embora o setor secundário tenha ampliado sua participação na


composição do PIB a participação maior é do setor de serviços e comércio
conforme tabela acima.
Com relação aos setores da economia o Setor Primário,aquele
Primário que
corresponde às atividades
vidades que extraem ou produzem matériaprima fazendo
uso da terra,, em Atibaia, esse setor está relacionado a reflorestamento,
agricultura – floricultura e fruticultura – que confere ao
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municípioreconhecimento em nível estadual com a produção de morango


ecomo o principal produtor de flores do Estado. As pequenas e médias
propriedades são as características principais da estrutura fundiária da região
de Atibaia. Essa região produz 25% da produção nacional de flores e plantas
ornamentais.
Com relação à produção em avicultura e pecuária o município apresenta
alguma expressão, porém em menor escala.
Quanto ao Setor Secundário que corresponde às atividades industriais,
nosúltimos anos com o programa de Incentivo Fiscal instalaram-se no
município as seguintes empresas: Mitsubishi Chemical Polímeros de
Desempenho Ltda.;QuadrantSolidur do Brasil Ltda.; Norma do Brasil Sistemas
de Conexão Ltda.; Tour House Eventos e Incentivos Ltda.; Produtos
Alimentícios FESTPAN Ltda.; HVCC Climatizações do Brasil Ind. e Com.
Ltda.;FWH Empreendimento Imobiliário Ltda.;Camargo e Gomiero Indústria e
Comércio de Fornos Ltda.; Helicópteros do Brasil S/A (em análise);
IturriCoimparInd e Com de EPIS Ltda. (em análise) e Porte Construtora
Empreendimentos Imobiliários.
O Setor Terciárioabrange os segmentos deComércio e Serviços e
constituia maior parcela de composição do PIB do município, oferecendo
grande número de postos de trabalho, embora o valor dos salários fique abaixo
do setor Secundário,conforme gráfico abaixo.

GRÁFICO 3
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4.3 Índice de Desenvolvimento Humano


O Índice de Desenvolvimento Humano– IDHé calculado com base em
dados econômicos e sociais. Esse índice avalia um padrão de vida decente
(dados do PIB per capita), uma vida longa e saudável (expectativa de vida ao
nascer) e acesso ao conhecimento (anos médios de estudos e escolaridade
esperada). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) até o 1
(desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1 mais desenvolvido
é o município.
O índice de Atibaia é de 0,765, considerado “alto” (de 0,700 a 0,799), o
que significa que a cidade oferece alta qualidade de vida à população. Os
dados do IDH colocam o município de Atibaia no grupo de municípios do
Estado de São Paulo com elevado nível de riqueza e bons indicadores sociais
conforme confirmação na tabela a seguir.

GRÁFICO 4

Fonte: IDHM2013 no Programa de Desenvolvimento das


Nações Unidadesdados do Censo Demográfico de 2010IBGE

4.4 ÍndicePaulista de Responsabilidade Social (IPRS)


 O Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS é um sistema de
indicadores sociais dos municípios paulistas que analisa as condições de vida
da população, tendo como base dados do desenvolvimento humano. Torna-se
relevante porque o aumento da riqueza no município nem sempre significa
melhoria para toda a população. O nível de riqueza deve significar melhoria de
qualidade de vida das pessoas da localidade, objetivo final da administração
pública.
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GRÁFICO 5


 
Em 2010, a distribuição dos 645 municípios paulistas pelas categorias
do IPRS mostra que 78 pertencem ao Grupo 1, 75 ao Grupo 2, 195 ao Grupo 3,
199 ao Grupo 4 e 98 ao Grupo 5.
Atibaia classifica-se no grupo 1,que engloba municípios com bons
indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade. Com relação à riqueza,
Atibaia avançou posições no ranking dos municípios paulistas, mas encontra-
se ainda abaixo da média do Estado. Na questão da longevidade, avançou
nesta dimensão, melhorando as condições de saúde da população. Quanto a
escolaridade o município encontra-se acima da média do Estado, mas no
período de 2008-2010 perdeu posições no ranking dessa dimensão, o que
demanda ações de políticas públicas.
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5 Serviçose Programas Sociais de Atibaia

No Brasil há atualmente uma luta constante pela construção de um


sistema de saúde universal, acessível e de qualidade e essa luta se confunde,
num primeiro momento, com a própria caminhada para a total
redemocratização do país.
Temos visto que as políticas de saúde e educação têm possibilitado
aproximações constantes entre os dois setores, os quais têm produzido
experiências que refletem encontros significativos nos dois campos.
Ao colocar em cena a integração de políticas de saúde e educação
partimos de um olhar sobre esses dois campos em uma perspectiva ampla.
Neste sentido, assume-secada vez mais uma compreensão de educação como
processo dialógico, problematizador, reflexivo e emancipatório. Educação que,
no dizer de Freire (1979, p. 49), está “fundamentada sobre a criatividade e
estimula uma ação e uma reflexão verdadeiras sobre a realidade, respondendo
assim à vocação dos homens que não são seres autênticos senão quando se
comprometem na procura e na transformação criadoras”.
Refletir sobre o processo de articulação entre saúde e educação
possibilita pensar que aquilo que seofereça a população em relação à saúde e
aos programas de assistência social, garanta frutos positivos para uma
educação de qualidade.
Atibaia tem vários programas sociais que visam garantir boas condições
de vida aos seus moradores.

5.1 Serviços de Saúde


A cidade de Atibaia conta com 02 hospitais particulares, 01 hospital
público, 01 ambulatório médico de especialidades (AME),1 unidade de pronto
atendimento (UPA), 14 unidades básicas de saúde e 24 unidades de saúde da
família. Atibaia conta com rede de saneamento básico que atende a maioria da
população. 100% da água é tratada e chega a todos os domicílios.
Fonte:http://atibaianovo.com.br/secretarias/saude/

5.2 AssistênciaSocial:
Atibaia coloca a disposição dos munícipes vários projetos da área de
Assistência Social. Esses projetos se constituem em ações de atenção às
famílias e indivíduos que estão em situação de risco pessoal e social.

A seguir se encontram descritos os serviços oferecidos:


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Projetos da Área de Assistência Social de Atibaia


Centro de Formação Profissional do Jardim Imperial que
Centro de
oferece cursos na área da beleza, informática, cozinha
Formação
industrial, administrativos, RH, idiomas e outros,
Profissional
oportunizando melhor qualidade de vida à população.
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)
localizados nosbairros do Tanque, Portão, Caetetuba e
CRAS
Imperial, bem como o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) com sede no centro da cidade.
Atende crianças de 0 a 17 anos e 11 meses e também
Casulo
adolescentes entre 18 e 21 anos, de ambos os sexos, que se
encontram com o vínculos familiares rompidos ou fragilizados.
Brasil do Atende mais de 140 crianças e adolescentes em oficinas de
Futuro música, esporte, artes e teatro. Atividades desenvolvidas no
CRAS Portão e na sede da entidade, no Jardim Imperial.
Casa do Atende adolescentes em conflito com a lei por meio de
Caminho oficinas de jiujitsu, cinema e fotografia. Conta com espaço de
convivência de adolescentes e familiares.
Atende 147 crianças e adolescentes e 39 adultos e idosos em
Espaço
oficinas de tear, violão, artesanato, culinária, capoeira, balé e
Crescer
moda. Atividades desenvolvidas no CRAS do Tanque e na
sede da entidade.
Atendimento psicossocial de 60 crianças e adolescentes e
Amicri famílias vítimas de violência física, psicológica, negligência,
violência sexual e ou exploração sexual em sua
família. Atividade desenvolvida na própria sede da Amicri.
Atende 30 pessoas com deficiência intelectual ou múltipla,
Apae com idade superior a 30 anos e seus familiares,
proporcionando condições de desenvolver habilidades
intelectuais, motoras e outras.
Atende mais de 90 adultos e idosos em oficinas de
Mater Dei
artesanato,técnicas em estêncil, técnicas em feltro, fuxico e
Cam
customização de cadernos. Atividades desenvolvidas nos
CRAS Caetetuba, CRAS Imperial e CRAS Portão.
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Projetos de impacto nas áreas de


desenvolvimento econômico de Atibaia
Consiste em envolver o poder público, a iniciativa
privada e a sociedade civil na aplicação de práticas
sustentáveis no município, com o objetivo de minimizar
os impactos negativos das atividades humanas no
Programa Atibaia equilíbrio ecológico.
Município Orientando para o consumo consciente, uso racional de
Sustentável energia e água, destinação adequada de resíduos,
arborização urbana, educação ambiental, habitação
sustentável e combate à poluição do ar, ainda, a
sensibilização para a formação de agentes
multiplicadores.

Criação de ferramenta estratégica de vendas, cupons de


desconto, para fomentar os negócios e permitir que a
renda gerada e as transações ocorram na própria
cidade, fazendo com que o dinheiro circule no próprio
Projeto de Incentivo município. Voltado ao setor do comércio/serviços, que
Vende Mais Atibaia sofrem uma queda em suas vendas nos períodos de
sazonalidade de mercado (Julho – Agosto – Setembro /
Fevereiro – Março – Abril). Foram distribuídos 800 mil
(oitocentos mil) cupons entregues em 40 mil residências
do município.

Tem como objetivo, gerar ambiente atrativo à instalação


Projeto de de empresas de base tecnológica e da economia
Desenvolvimento criativa. Sempre buscando a geração de empregos de
Econômico com maior qualificação com melhor remuneração. Integrando
foco em Inovação empresas, poder público, universo acadêmico e
Tecnológica sociedade civil, criando uma rede de cooperação em
torno de um objetivo comum.

Implementar um sistema inteligente para a melhoria da


mobilidade urbana, segurança publica, educação à
distância e o envolvimento de toda a sociedade para o
uso de tecnologias que facilite o seu cotidiano, que
Projeto permitam o acesso simples e fácil da população à
Cidade Easy City – tecnologia da informação, facilitando a utilização dos
Cidade Inteligente serviços públicos.
Como exemplo, nas cidades inteligentes, a rede elétrica
é automatizada, a iluminação pública e os edifícios
utilizam tecnologias modernas que os tornam
inteligentes, evitando desperdícios e preservando o meio
ambiente.
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Projetos de impacto nas áreas de


desenvolvimento econômico de Atibaia
Implantação de um projeto, permanente e integrado,
envolvendo o poder público, a iniciativa privada e as
entidades de classe para realizar ações que visem
Programa de
capacitar e qualificar profissionalmente a população
Capacitação e
economicamente ativa do município, buscando conciliar
Qualificação
a demanda de cursos oferecidos com a necessidade de
Profissional contratação das empresas, gerando, desta forma uma
maior e melhor empregabilidade e a retenção dos
talentos no município.

Criação de calendário anual de ações de fomento


empresas com a parceria de experts nas áreas de
gestão estratégica de negócios e SEBRAE. Estas ações
Projeto de Fomento
se completam com o atendimento diferenciado oferecido
ao
pela Casa do Empreendedor no auxilio de gestão de
Empreendedorismo negócios, como na elaboração do plano de negócios,
estratégia de marketing, formação de preço, entre
outros.

Encontro dos mais importantes players da área do


Desenvolvimento Econômico nacional com a finalidade
Projeto Fórum de
de elaborar ações e estratégias a curto, médio e logo
Desenvolvimento
prazo relacionados ao desenvolvimento sustentável da
Econômico economia brasileira e analisar os impactos na região de
Atibaia

Fonte: http://atibaianovo.com.br/secretarias/assistencia-social/
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6 Educação em Atibaia

6.1 Histórico da educação municipal: o ensino em Atibaia


O primeiro movimento em prol da educação ocorrido em Atibaia, data de
1814 quando a Câmara Municipal reclamava sobre falta de nomeação de
professores para a cadeira de latim que havia sido recentemente criada. Em
meados de 1815, foi nomeado o Padre Manuel Batista de Sá Rangel para essa
cadeira e Simão Pereira Barreto Felix, como professor régio de primeiras letras.
Em 1820, dois professores régios exerciam o magistério: José Joaquim
de Moraes era professor de primeiras letras e Ignácio Ubaldino de Abreu regia
a cadeira de latim.
Em 14 de julho de 1851, foi criada a primeira escola particular, feminina
local, sendo nomeada para regê-la a professora Guilhermina de Toledo
Ordonhes. Em 24 de maio de 1865, foi criado um colégio de meninas, dirigido
por Madame Arpenans, onde se ministrava o ensino de português, francês,
música (canto e piano), desenho, e prendas domésticas.
Em 1886 Atibaia contava com seis escolas masculinas, com 132 alunos,
e duas femininas, com 52 alunas. Desde 1896 possuía um colégio secundário,
o modelar Colégio Hubert.
O primeiro Grupo Escolar foi inaugurado em 1948, o Ginásio Atibaiense,
passando depois para a jurisdição do Estado, vindo a transformar-se na atual
EE Major Juvenal Alvim.
Em 1954, inicia-se a Rede Municipal de Ensino através da inauguração
da primeira escola de Educação Infantil do município a Escola Municipal de
Educação Infantil Florêncio Pires de Camargo.
Na década de 1970, aconteceu uma grande expansão da rede de
escolas públicas em Atibaia, tanto estaduais, atendendo ao então Ensino de 1º
e 2º Grau, quanto às municipais, atendendo à Educação Infantil. A rede
estadual mantinha nessa época uma classe de pré-escola, no Grupo Escolar
José Alvim, porém, insuficiente para atender à necessidade da população.
Nos anos oitenta, houve outra grande expansão, mas dessa vez da rede
municipal de Educação Infantil, com escolas funcionando nos bairros mais
populosos e afastados do município. Em 1988, foi instalado o primeiro CECOI –
Centro de Convivência Infantil – no bairro do Alvinópolis, com metodologia
educacional muito atualizada, chamado “Proepinho” – para crianças de zero
até 3 anos. Nesta mesma época foi feita a primeira experiência no Ensino
Fundamental, na época, Ensino de 1º Grau, para atendimento às crianças
egressas da rede de educação infantil, que poderiam ter continuidade nos
primeiros quatro anos com a metodologia e referencial teórico de acordo com
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as mais modernas teorias de aprendizagem. Esta escola funcionou em caráter


experimental em prédio localizado em frente à Prefeitura Municipal.
A gestão seguinte houve por bem encerrar as experiências inovadoras,
retornando as unidades de educação de 0 a 3 anos para a gestão da
Assistência Social, com a denominação de Creche.
As mudanças de conjuntura ocorridas nos anos 90 provocaram o início
do processo de municipalização do Ensino Fundamental, levando o município a
assumir também o encargo correspondente a esta modalidade de ensino.
A Rede Municipal de Educação é hoje uma organização de alta
complexidade, relacionada a vários serviços, como o transporte, a alimentação
escolar (merenda), os recursos humanos, a manutenção dos prédios. Além
disso, é composta por um grande número de escolas, professores e alunos, o
que se constitui um desafio para a gestão na construção de ações articuladas
em direção a sua finalidade precípua; educar com qualidade para promover a
equidade de oportunidades e direitos de cidadania a todos os cidadãos de
Atibaia.
Avanços significativos se verificaram, em vários aspectos, como por
exemplo, a universalização do atendimento no Ensino Fundamental, a titulação
de professores da Rede Municipal de Ensino, a implantação, mediante parceria
com a Secretaria Estadual de Educação, do Sistema Estadual de Avaliação do
Rendimento Escolar, e, também, do Sistema Nacional de Avaliação, promovido
pelo Ministério da Educação, bem como a implantação do Sistema de
Avaliação Municipal chamado de avaliação unificada.
Atualmente o município de Atibaia, segundo fonte do IBGE/Pnad, atende
a 92,3% da população em idade escolar (educação básica obrigatória de 4 a 17
anos).

6.2 Organização do Sistema Municipal de Educação

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o município


como ente federado pôde se organizar como Sistema de Ensino a partir do
princípio da Autonomia. A Constituição também estabeleceu um sistema de
repartição de competências e a LDB – Lei 9.394/96 – reafirmou a titularidade
dos municípios no campo dos sistemas de ensino, nos termos do Art. 11 e 18,
priorizando suas atribuições relativas à Educação Infantil e Ensino
Fundamental, este obrigatório e prioritário.
A Constituição Estadual do Estado de São Paulo, de 1989, em seu Art.
243 previu a existência de Conselhos Regionais e Municipais de Educação. A
Lei 9.143, de 09 de março de 1995, regulamentou o preceito constitucional,
dispondo, em seu Art. 1º, que estes colegiados “são órgãos normativos,
consultivos e deliberativos dos sistemas municipais de ensino e serão criados e
instalados por iniciativa do Poder Executivo Municipal”.
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A partir da Lei Municipal 2.724, de 04 de dezembro de 1996, alterada


pela Lei 3.184, de 18 de setembro de 2001, foi criado o Conselho Municipal de
Educação. Com essa medida, o município de Atibaia passou a ter autonomia
para organizar seu sistema de ensino.
Para a criação de Sistemas Municipais de Ensino, a Indicação CEE/SP
10/97 previa o atendimento às seguintes condições: compromisso com a
educação, conjunto de normas, Conselho Municipal de Educação, órgão de
administração da educação municipal, rede escolar e Plano Municipal de
Educação.
No parágrafo único, da LDB, que estabelece que “os municípios poderão
se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único
de educação básica”, Atibaia escolheu a segunda possibilidade, estabelecendo
parceria com o Estado de São Paulo no oferecimento do Ensino Fundamental.
Ao município cabe atender às crianças na Educação Infantil e no
Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental e ao Estado o atendimento no Segundo
Ciclo desta etapa da Educação Básica. Os números de atendimento por níveis
de ensino podem ser conferidos na tabela abaixo

TABELA 11

NÚMERO DE MATRÍCULAS SEGUNDO NÍVEIS DE ENSINO – 2015


Níveis
Rede Educação Ensino Ensino Ensino EJA
Infantil Fund. Médio Profis.
Municipal 5.182 7.894 0 0 328
Estadual 0 14.448 11.092 0 1.794
Particular 2.002 4.063 1.273 552 0
Total 7.184 26.405 2.465 552 2.122
Fontes: Seade, Dir. de Ens. Bragª. Paulista, PEA

GRÁFICO6

Fonte: http://simec.mec.gov.br/par/par.
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O número maior de professores na rede pública de Atibaia são os que


trabalham nos anos iniciais do Ensino Fundamental. No entanto com a
obrigatoriedade da educação básica de 4 a 17 anos a tendência é aumentar o
número de professores na Educação Infantil (pré-escola de 4 e 5 anos).

6.3 Demandas em Educação


No município de Atibaia o levantamento da demanda escolar e a
respectiva chamada pública (de acordo com a legislação vigente)
érealizado pela SME em parceria com o setor de Planejamento da Diretoria de
Ensino de Bragança Paulista. No ano de 2015 o número de alunos
matriculados de acordo com os níveis de ensino:

a)Educação Infantil – 0 (zero) a 5 (cinco) anos num total de 7.184 de


matrículas;
b)Ensino Fundamental – 6 (seis) a 14 (quatorze) anos num total 26.405
matrículas;
c)Ensino Médio – 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos num total de 2.465
matrículas;
d) Ensino Profissionalizante – num total de 552 matrículas;
e) EJA – num total de 2.122 matrículas.

6.4 Dados da rede física e de insumos da educação de Atibaia


Mapear alguns aspectos da Rede física das escolas permite aos
formuladores de políticas públicas em educação direcionar as ações para
compor e melhorar os espaços e equipamentos das escolas.

TABELA12
Porcentagem de escolas atendidas pelos serviços públicos
Total de escolas 105
Água via rede pública 81%
Energia via rede pública 100%
Esgoto via rede pública 74%
Coleta de lixo periódica 100%
Fonte: Censo Escolar/inep 2013 – total de escolas de educação básica105 /QEdu.org.br
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TABELA 13
Porcentagem de escolas: dependências
Biblioteca 36%
Cozinha 95%
Laboratório de informática 50%
Laboratório de ciências 19%
Quadra de esportes 55%
Sala de leitura 30%
Sala para diretoria 91%
Sala para professor 89%
Sala atendimento especial 14%
Sanitário dentro da escola 88%
Sanitário fora do prédio escolar 7%
Fonte: Censo Escolar/inep 2013 – total de escolas de educação básica105 /QEdu.org.br

TABELA 14
Porcentagem de escolas: acessibilidade
Escolas com dependência acessíveis 12%
aos portadores de deficiência
Escolas com sanitários acessíveis aos 27%
portadores de deficiência
Fonte: Censo Escolar/inep 2013 – total de escolas de educação básica105 /QEdu.org.b

TABELA 15
Porcentagem de escolas: acesso a tecnologias
de informação
Internet 84%
Banda larga 78%
Computadores para uso dos alunos 908
Computadores de uso administrativo 446
Fonte: Censo Escolar/inep 2013 – total de escolas de educação básica105 /QEdu.org.br

Quanto às dependências (bibliotecas, laboratórios de informática etc)


menos de 50% das escolas do Município possuem esses espaços como
recursos para ação pedagógica inovadora. O mesmo acontece com a
acessibilidade, laboratórios de ciências e salas de leitura. Faz-se necessário
pensar na ampliação e implantação desses espaços como condição de
melhoria da qualidade da educação.
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6.5 Dados de aprendizagem da educação de Atibaia

Educação Básicade2007 a 2014:número de estabelecimentos, matrículas,


docentes e turmas

TABELA 16
Ano Estabelecimentos Matrículas Docentes Turmas

2007 106 32.683 1.182 1.290

2008 104 34.159 1.168 1.371

2009 101 32.297 1.167 1.326

2010 98 33.979 1.198 1.321

2011 104 34.355 1.372 1.331

2012 103 34.276 1.364 1.330

2013 105 34.260 1.449 1.370

2014 106 34.636 1.523 1.385


Fonte: MEC/INEP/DEED/CensoEscolar/Preparação:Todos pela Educação

Os dados da tabela acima mostram que a educação básica de Atibaia


cresceu em média 7% aos anos de 2007 a 2014 em relação ao número de
turmas e número de matrículas. O crescimento maior refere-se ao número de
professores que em 2007 era 1182 e 2014 é 1523 (crescimento de 28%).

Educação Infantil: atendimento educacional da Rede de Ensino Público


de Atibaia

TABELA 17
Número de matrículas em creche (0 a 3 anos) em relação a
população nos últimos cinco anos
2010 26,35%
2011 30,44%
2012 31,50%
2013 33,15%
2014 34,17%

Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais – Inep. Censo Escola
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TABELA 18
Número de matrículas em pré-escola (4 e 5 anos) em relação à
população (Educação Básica Obrigatória)
2010 84,85%
2011 84,17%
2012 86,18%
2013 92,95%
2014 98,66%
Fonte: Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais – Inep. Censo Escola

Educação Infantil: atendimento educacional da Rede de Ensino Público


de Atibaia

TABELA 19
Idade Ano Atendimento
Crianças de 4 e 5 anos 2014 98,66%
Crianças de 0 a 3 anos 2014 34,17%
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais – Inep. Censo Escola

Atibaia atende 98,66% das crianças de 4 e 5 anos (Educação Básica


Obrigatória). Com relação ao atendimento de crianças de 0 a 3 anoso
percentual é de 34,17%. Esse percentual vem crescendo gradativamente ano a
ano. Em 2010 o atendimento correspondia a 26,35% no ano de 2014 atingiu o
percentual de 34,17%, um acréscimo de 7,82% no número de matrículas.
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6.6 Ensino Fundamental e Médio: atendimento educacional da rede de


ensino público de Atibaia
Atibaia atende 97,3% dos alunos de 6 a 14 anos (Ensino Fundamental
Anos Iniciais eAnos Finais). O Ensino Fundamental está quase universalizado
no Município.
Em relação ao Ensino Médio o atendimento é de84,7% dos alunos em
idade de 15 a 17 anos. É preciso ações para universalizar a oferta de Ensino
Médio de acordo com os dados indicados no censo de 2013.

6.7 Educação Especial: atendimento educacional da rede de ensino


público de Atibaia
Porcentagem de matrículas de alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
matriculados em classes comuns
TABELA20

Ano Classes Especiais Escolas Exclusivas Classes Comuns

2007 4,7% 15 42,1% 135 53,3% 171

2008 0% 0 40,6% 142 59,4% 208

2009 0% 0 37,8% 158 62,2% 260

2010 0% 0 28,2% 149 71,8% 380

2011 0% 0 25,6% 146 74,4% 424

2012 0% 0 23% 141 77% 472

2013 0% 0 18,8% 115 81,2% 496


Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

Atibaia atendeu, no ano de 2013, 81,2% de um total de 496 alunos


portadores de necessidades especiais na Rede regular de ensino em classes
comuns. Os demais 18,8%, 115 alunos, são atendidos em classes exclusivas
de acordo com o censo escolar de 2013.
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Atendimento educacional em escolas de tempo integral


TABELA 21
Ano Porcentagem de matrículas
2011 24%
2012 24,3%
2012 26,7%
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

A oferta de vagas em escola de tempo integral em Atibaia tem crescido


pouco nos últimos anos (2%).

Educação Infantil de (0 a 5 anos): atendimento educacional em escolas de


tempo integral

TABELA 22
Ano Porcentagem de matrículas
2011 36,1%
2012 37,7%
2013 36,5%
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

Nos três anos selecionados para análise não houve aumento de


matrículas em tempo integral na Educação Infantil em Atibaia.

Ensino Fundamental (6 a 14 anos): atendimento educacional em escolas


de tempo integral

TABELA 23
Ano Porcentagem de matrículas
2011 4,9 %
2012 6,3 %
2013 7,8 %
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

Percebe-se um crescimento lento do número de matrículas em tempo


integral no ensino de Atibaia.

Ensino Médio (15 a 17 anos): atendimento educacional em escolas de


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tempo integral

TABELA 24
Ano Porcentagem de matrículas
2011 4,0 %
2012 3,8 %
2013 3,8 %
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

Houve decréscimo no número de matrículas em tempo integral no


ensino médio de Atibaia.

6.8 Análise da qualidade do processo de educação

Ensino Fundamental – 1º ao5º anos:taxas de rendimento/aprovaçãodos


anos iniciais de todas as Redes
TABELA 25

Ano 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano

2007 99,2% 98,7% 99,2% 98,7% 94%

2008 99,6% 99,1% 99,1% 99,2% 97,6%

2009 99,4% 99% 99% 98,8% 97,7%

2010 98,8% 98,8% 99% 98,9% 96,9%

2011 99,6% 99,5% 99,9% 99,5% 98,7%

2012 99,7% 99,5% 99,5% 99,8% 98,8%

2013 99,8% 99,7% 99,7% 99,7% 99,4%


Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

O sistema educacional de Atibaia tem garantido o sucesso dos alunos


nos anos iniciais do Ensino Fundamental, conforme tabela acima.
A Rede de Ensino está próxima a atingir 100% de aprovação anos
iniciais.
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Ensino Fundamental – 6º ao 9º anos: taxas de rendimento/aprovação dos


anos finais de todas as redes

TABELA 26
Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

2007 93,4% 95,5% 93,1% 87,3%

2008 96% 96,1% 95,5% 89,5%

2009 96,5% 94,9% 94,1% 91,5%

2010 95,8% 95,6% 94,6% 88,4%

2011 96,1% 95,1% 93,1% 88,2%

2012 95,3% 95,8% 94,1% 89,7%

2013 97,3% 95,9% 95% 92%


Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades

No segmento do Ensino Fundamental, anos finais, a média de


aproveitamento (aprovação) é de 89,14%.
Cerca de 11% dos alunos matriculados não possuem um percurso de
sucesso nos anos finais do Ensino Fundamental.

Ensino Médio: taxas de rendimento/aprovação de todas as redes:


TABELA 27
Ano 1º Ano 2º Ano 3º Ano

2007 75,9% 82,9% 88,1%

2008 81,4% 87,5% 89,9%

2009 81,5% 88% 91,3%

2010 78,3% 85,5% 92%

2011 79,4% 87,1% 89,6%

2012 84,2% 87,6% 92,7%

2013 80,8% 86,7% 91,9%


Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/pne/dossie-localidades
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No segmento do Ensino Médio a média de aproveitamento (aprovação)


é de 90,28%. Cerca de 9% dos alunos matriculados não possuem um percurso
de sucesso no Ensino Médio.

6.9 Resultados de aprendizagem: SARESP 2014

As Redes públicas de Atibaia já vêm participando de avaliações externas


de ordem Federal (Prova Brasil, ENEM), Estadual (Saresp).
A Rede Municipalinstituiu uma avaliação unificada que foi implementada
em 2010, e é aplicada do 1º ao 5º ano. Para sua elaboração usa como
referencial pedagógico os descritores da Prova Brasil, do Saresp e os materiais
pedagógicos utilizados pelos alunos – livros didáticos e materiais extras.
Essas ações pensadas e articuladas vêm contribuindo para a melhoria
do ensino ofertado nomunicípio.

Média do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São


Paulo – SARESP – em Língua Portuguesa e Matemática de 2014: Rede
Municipal

TABELA 28

Fonte:http://saresp.fde.sp.gov.br/2014/ConsultaRedeEstadual.aspx?opc=1

Média do SARESP em Língua Portuguesa e Matemática de 2014:


RedeEstadual
TABELA 29

Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2014/ConsultaRedeEstadual.aspx?opc=1

Os resultados obtidos pela Rede Municipal de ensino, quanto a


aprendizagem medida pela Prova SARESP, mostram que cerca de 60% dos
alunos em Língua Portuguesa se encontram no nível adequado que é o padrão
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de desempenho esperado, no qual os alunos têm domínio pleno dos conteúdos


e habilidades desejados para o ano em que se encontram. No entanto, ainda
existem alunos no nível abaixo do básico(apresentam domínio insuficiente dos
conteúdos, competências e habilidades desejáveis para o ano/série escolar em
que se encontram) e no nível básico (apresentamdomínio mínimo dos
conteúdos, competências e habilidades, mas possuem as estruturas
necessárias para interagir com a proposta curricular no ano/série
subsequente),isso demonstra que ações deverão ser realizadas para conseguir
o avanço de todos.
Em Matemática o município deverá realizar uma intervenção mais
pontual, desenvolvendo um trabalho de formação para todos os professores
visando a melhoria da aprendizagem dos alunos.

6.10 Resultados do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica –


IDEB

IDEB das escolas públicas de Atibaia

5º anos
TABELA 30

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/

9º anos
TABELA 31

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/

Rede Municipal - 5º anos


TABELA 32

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/
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Rede Estadual - 5º anos


TABELA 33

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/

Rede Estadual - 9º anos


TABELA 34

Fonte: http://ideb.inep.gov.br/

A Rede Pública do Município de Atibaia tem cumprido as metas


estabelecidas pelo INEP quanto aos níveis de proficiência em Leitura e
Matemática bem como os índices do fluxo escolar para os 5º anos. Tem o
desafio de garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.
Alguns níveis de ensino e principalmente em Matemática ainda não
atingiram o esperado. Muitas ações deverão ser adotadas para gradativamente
atingir o desejável. As escolas de Atibaia continuarão trabalhando para o
alcance das metas, porém acreditam que não podem perder de vista a
comparação da escola com ela mesma, ao invés de compará-la com as
demais, isto se justifica para obter o caráter diagnóstico do IDEB.

Porcentagem de alunos com conhecimento adequado nas disciplinas de


Língua Portuguesa e Matemática (5º e 9º anos) – Prova Brasil - 2013

TABELA 35
Porcentagem de alunos e aprendizagem adequada no ano 2013 – IDEB
Disciplina Rede Pública Rede Municipal Rede Estadual
Português – 5º ano 69% 69% 64%
Português – 9º ano 31% 31%
Matemática – 5º ano 62% 62% 70%
Matemática – 9º ano 17% 17%
Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/5183-atibaia/aprendizado

6.11 Fluxo escolar da rede pública de Atibaia


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Em relação ao fluxo, em 2013, a Rede Pública Municipal e Estadual, nos


anos iniciais, atingiu a taxa de 99,8 % de aprovação, de acordo com dados do
IDEB/INEP. Com relação ao fluxo dos anos finais do Ensino Fundamental a
taxa de aprovação é de 94,65% o que identifica uma perda de 5,35% dos
alunos com retenção e evasão. É preciso garantir fluxo adequado dos alunos
com aprendizagens significativas.

TABELA 36
Taxas de aprovação nos anos Iniciais – 2013 – Atibaia – Rede Municipal de
Ensino
ANO 1º ANO 2º ANO 3 ANO 4º ANO 5º ANO
% de 99,9 100,0 100,0 99,9 99,7
Promoção
Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2013). Organizado por Meritt (2014)

TABELA 37
Taxas de aprovação nos anos Iniciais – 2013 – Atibaia – Rede Estadual de
Ensino
ANO 1º ANO 2º ANO 3 ANO 4º ANO 5º ANO
% de 100,0 100,0 100,0 100,0 96,4
Promoção
ANO 6º ANO 7º ANO 8 ANO 9º ANO
% de 97,2 95,5 94,8 91,1
Promoção
Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2013). Organizado por Meritt (2014)
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METAS E ESTRATÉGIAS
2015


“Nunca falo de utopia com uma impossibilidade que, às vezes


pode dar certo. Menos ainda, jamais falo de utopia como
refúgio dos que não atuam ou [como] inalcançável pronúncia
de quem apenas devaneia. Falo da utopia, pelo contrário,
como necessidade fundamental do ser humano. Faz parte de
sua natureza, histórica e socialmente constituindo-se, que
homens e mulheres não prescindam, em condições normais,
do sonho e da utopia. As ideologias fatalistas são, por isso
mesmo, negadoras de gentes, das mulheres e dos homens.”
(Paulo Freire. Pedagogia dos Sonhos Possíveis. Editora
UNESP, São Paulo)

Objetivos e Prioridades
O Plano Municipal de Educação tem como macroobjetivos:
1. Elevação global do nível de escolaridade da população;
2. Melhoria da qualidade da educação em todos os níveis;
3. Redução das desigualdades sociais e regionais do Município no
tocante ao acesso e à permanência com sucesso na educação pública;
4. Democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos
oficiais, obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola e a
participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares.

São prioridades fixadas:


1. Garantia de Ensino da Educação Infantil obrigatório, a todas as
crianças de 4 e 5 anos, assegurando o seu ingresso e permanência na escola
e a conclusão neste nível de ensino;
2. Garantia de Ensino Fundamental obrigatório, de nove anos, a todas
as crianças de 6 até 14 anos, assegurando o seu ingresso e permanência na
escola e a conclusão neste nível de ensino;
3. Garantia de Ensino Fundamental a todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria ou que não o concluíram; a erradicação do
analfabetismo faz parte desta prioridade, considerando-se a Educação de
Jovens e Adultos – EJA como ponto de partida e parte intrínseca deste nível de
ensino;
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4. Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino – a


Educação Infantil, Ensino Médio, Educação Superior;
5. Valorização dos profissionais da educação, fazendo parte desta
valorização a garantia das condições adequadas de trabalho, entre elas, o
tempo para estudo e preparação das aulas, o salário digno e o Plano de
Carreira para o Magistério;
6. Participação no sistema de informação e de avaliação de todos os
níveis e modalidades, objetivando a melhoria do ensino e a gestão
aperfeiçoada do sistema educacional.

Educação Básica – Níveis e Modalidades Abrangidos


A educação básica compreende a Educação Infantil (0 a 5 anos) em
creches e pré-escolas, com obrigatoriedade para 4 e 5 anos; o Ensino
Fundamental obrigatório a partir dos 6 anos, com duração de nove anos; o
Ensino Médio, com duração mínima de 03 anos. Centrada no trabalho como
mediador das relações do homem com a natureza e com os outros homens, ela
deverá promover o acesso ao conhecimento científico, tecnológico e artístico e,
desta forma, contribuir para a formação de cidadãos que, pelo domínio
gradativo desses conhecimentos e pela reflexão crítica sobre seu uso sócio-
político, atuem na perspectiva de uma sociedade democrática e inclusiva (PNE
- Proposta da Sociedade Brasileira, 1997).
Nessa perspectiva a Educação Básica deve estar voltada para a
formação integral do indivíduo, buscando preparar o aluno (oportunizar), em
especial o da escola pública, para as novas exigências sociais, formando-o
para a inserção consciente no mundo do trabalho e para o exercício pleno da
cidadania. Este Plano procura dar um tratamento global à educação básica,
com vistas ao atendimento pleno do direito à educação.
A organização escolar deve, pois, assegurar a articulação entre as
etapas da educação básica, no que se refere a princípios, objetivos e formas
de implementação. Compete aos profissionais da escola e à comunidade a
construção do projeto político-pedagógico e aos Conselhos de Escola,
democraticamente constituídos, a aprovação e o acompanhamento desses
projetos e planos escolares, com base nas diretrizes emanadas dos Conselhos
Nacional, Estadual e Municipal de Educação.
Na Educação Básica, além de caminhar firmemente na direção de
ampliar a permanência do aluno no ambiente escolar cuidando da qualidade
deste, é condição que as crianças e adolescentes estejam preparados para
esta inserção, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
O Ensino Médio, revitalizado, precisa encontrar sua vocação na
formação do cidadão, consciente e crítico, inserido no mundo de forma não
subalterna, podendo, inclusive, constituir-se numa profissionalização terminal
para quem assim o desejar.
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A Educação Superior, que é responsável e contribui para a formação de


profissionais que sustentam o sistema educacional, as escolas e boa parte do
mercado, deve com urgência, buscar referenciais outros que não o da relação
mercadológica estreita, com vistas a oferecer este nível de ensino em
instituição pública no Município.
A Educação Especial deve ser considerada como modalidade de ensino
na educação regular, fortalecendo-se na perspectiva da educação pública a
satisfação das necessidades próprias de suas variadas peculiaridades, ao
longo de todos os níveis e modalidades da educação e do ensino. Essa
compreensão parte do pressuposto de que o nível de cidadania das pessoas
deficientes, com necessidades educativas especiais, poderá desenvolver-se de
forma plena, na medida em que se revertam as tendências privatizantes das
atuais práticas da Educação Especial, passando a ser esta concepção
renovada uma política pública.
A Educação de Jovens e Adultos – EJA vai continuar exigindo atenção
especial, durante a vigência deste Plano, já que ainda é grande o contingente
populacional que não completou a Educação Básica.
A Educação no Campo, pela sua importância cultural específica, deverá
ter atendimento educacional correspondente.
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EDUCAÇÃO INFANTIL

Concepção e análise da Educação Infantil no Município


A Constituição Federal de 1988 garantiu o direito à educação aos filhos
e dependentes dos trabalhadores, desde o nascimento até 05 anos, na
Educação Infantil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei
9.394/96 – consubstanciou um grande avanço ao garantir o acesso a todas as
crianças desta faixa etária, incluindo esta etapa de ensino na Educação Básica.
A Educação Infantil é, talvez, a mais importante etapa da Educação
Básica, porque constrói a base para a formação de atitudes frente ao
conhecimento, e de habilidades necessárias para o contínuo desenvolvimento
da criança. As creches e pré-escolas são espaços para explorar o mundo,
fantasiar, brincar, ter acesso às fontes de informação, aos livros, à organização
coletiva de tempo e espaço, à convivência social, à descoberta e troca de
experiências. A criança de zero até 5 anos tem o direito de educar-se sob a
orientação de profissionais competentes e bem informados, que planejem e
avaliem as ações pedagógicas, como uma etapa importante do processo de
desenvolvimento humano.
No Brasil, a educação das crianças menores de 7 anos tem uma história
de 160 anos, sendo que, Atibaia conta com 61 anos de história
correspondente. Seu crescimento, no entanto, deu-se principalmente a partir
dos anos 70 e foi mais acelerado a partir de 1993.
Uma análise das necessidades da Educação Infantil precisa assinalar as
condições de vida e desenvolvimento das crianças brasileiras. A pobreza que
afeta a maioria delas, que retira de suas famílias as possibilidades mais
primárias de alimentá-las e assisti-las, tem de ser enfrentada com políticas
abrangentes que envolvam a saúde, a nutrição, a educação, a moradia, o
trabalho, o emprego, a renda e os espaços sociais de convivência, cultura e
lazer; pois, todos esses são elementos constitutivos da vida e do
desenvolvimento da criança. O efeito sinérgico de ações na área da saúde,
nutrição e educação está demonstrado por avaliações de políticas e
programas. Daí porque a intervenção na infância, mediante programas de
desenvolvimento infantil, que englobem ações integradas de educação, saúde,
nutrição e apoio familiar, faz desta política importante instrumento de
desenvolvimento econômico e social.
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Ela
estabelece as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida
emocional, da socialização. As primeiras experiências da vida são as que
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marcam mais profundamente a pessoa; quando positivas tendem a reforçar ao


longo da existência as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade
e responsabilidade. As ciências que se dedicaram à criança nos últimos 50
anos, investigando como se processa seu desenvolvimento, coincidem em
afirmar a importância dos primeiros anos de vida para o mesmo e a
aprendizagem futura.
Na distribuição de competências referentes à Educação Infantil, tanto a
Constituição Federal, quanto a Lei de Diretrizes e Bases – LDBsão explícitas
na corresponsabilidade das três esferas de governo – Municípios, Estado e
União – e da família. A articulação com a família visa, mais do que qualquer
outra coisa, ao mútuo conhecimento de processos de educação, valores,
expectativas, de tal maneira que a educação familiar e a escolar se
complementem e se enriqueçam, produzindo aprendizagens coerentes mais
amplas e profundas.
Nas últimas décadas, diretrizes oficiais e referenciais de âmbito nacional
foram estabelecidas para apoiar a elaboração da proposta pedagógica das
instituições de Educação Infantil como forma de ajudá-las a responder à
autonomia determinada pela LDB, que reconhece a riqueza e a diversidade das
realidades brasileiras desde que respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino.
Normas comuns foram definidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil – DCNEI. Elas reforçam princípios, fundamentos e
procedimentos que devem orientar a organização, articulação,
desenvolvimento e avaliação das propostas pedagógicas das instituições de
Educação Infantil, de acordo com os princípios éticos (da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum), políticos
(dos direitos e deveres de cidadania, do exercício do pensamento crítico e do
respeito a ordem democrática) e estéticos (da sensibilidade, da criatividade, da
ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais).
As particularidades desta etapa de desenvolvimento exigem que a
educação infantil cumpra duas funções complementares e indissociáveis:
Cuidar e Educar, complementando os cuidados e a educação da família.
A Educação nesta fase deverá acontecer de forma integrada,
favorecendo o desenvolvimento infantil, nos aspectos psicomotor, emocional,
intelectual e social, promovendo a ampliação das experiências e dos
conhecimentos infantis, estimulando o interesse da criança pelo processo de
transformação da natureza e pela dinâmica da vida social. Deve também
contribuir para que sua interação e convivência na sociedade sejam produtivas
e marcadas pelos valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito.
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico,
pertence a uma família que está inserida em uma sociedade, com uma cultura,
em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio
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social em que se desenvolveo que lhe confere a condição de ser humano


único.
Desde que nasce e mesmo antes, na gestação, a criança está imersa
nas práticas sociais de algum grupo de pessoas que atuam como seu ambiente
de aprendizagem e desenvolvimento. Suas formas de sentir, pensar e agir,
embora influenciadas por fatores inatos não resultam apenas deles. Elas são
construídas conforme as possibilidades de participação da criança em seu
meio sociocultural em atividades onde interage com diferentes parceiros.
Creches e pré-escolas têm, dentre outros, o compromisso de garantir as
crianças nelas matriculadas o direito de viver situações acolhedoras, seguras,
agradáveis, desafiadoras, que lhes possibilitem apropriar-se de diferentes
linguagens e saberes que circulam em nossa sociedade, selecionados por seu
valor formativo em relação aos objetivos expostos.
Defende-se que as práticas culturais selecionadas pelos professores, a
partir do projeto pedagógico de sua unidade escolar, sejam estimuladoras do
desenvolvimento das crianças, acolhedoras de suas diversidades e promotoras
de:
1. Um pensar criativo e autônomo, conforme a criança aprende a opinar
e a considerar os sentimentos e a opinião dos outros sobre um acontecimento,
uma reação afetiva, uma ideia, um conflito, etc.;
2. Uma sensibilidade que valoriza o ato criador e a construção de
respostas singulares pelas crianças, em um mundo onde a reprodução em
massa sufoca o olhar;
3. Uma postura ética de solidariedade e justiça que possibilite à criança
trabalhar com a diversidade de pessoas e de relações que caracteriza a
comunidade humana, e a posicionar-se contra a desigualdade, o preconceito, a
discriminação e a injustiça;
Em decorrência disso, espera-se que as situações criadas
cotidianamente nas instituições de educação infantil ampliem as possibilidades
das crianças viverem a infância de modo a:
1. Conviver, brincar e desenvolver projetos em grupo;
2. Cuidar de si, de outros e do ambiente;
3. Expressar-se, comunicar-se, criar e reconhecer novas linguagens;
4. Compreender suas emoções e sentimentos e organizar seus
pensamentos;
5. Ter iniciativa e buscar soluções para problemas e conflitos;
6. Conhecer suas necessidades, preferências e desejos ligados à
construção do conhecimento e de relacionamentos interpessoais;
7. Formular um sentido de si mesmo que oriente as ações da criança.

Alguns princípios básicos podem guiar a efetivação do compromisso


apresentado:
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1. O desenvolvimento da criança é um processo conjunto e recíproco;


2. Educar e cuidar são dimensões indissociáveis de toda ação
educacional;
3. Todos são iguais, apesar de diferentes: a inclusão de crianças com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação;
4. O adulto educador é mediador do processo de aprendizagem da
criança em sua aprendizagem;
5. A parceria com as famílias das crianças é fundamental.

Objetivos Gerais das Instituições de Educação Infantil


As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI
consideram que a função sociopolítica e pedagógica das unidades de
Educação Infantil inclui:
1. Oferecer condições e recursos para que as crianças usufruam seus
direitos civis, humanos e sociais;
2. Assumir a responsabilidade de compartilhar e complementar a
educação e cuidado das crianças com as famílias;
3. Possibilitar tanto a convivência entre crianças, bem como entre
adultos e crianças, quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de
diferentes naturezas;
4. Promover a igualdade de oportunidades educacionais entre as
crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens
culturais e às possibilidades de vivência da infância;
5. Construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade
comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta
e com a equânime relação etária, socioeconômica, étnico-racial, regional,
linguística e religiosa.

Cuidar e Educar na Educação Infantil


Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional,
apontam para a necessidade de que as instituições da educação infantil
incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais
diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam
com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores. As
novas funções para a educação infantil devem estar associadas aos padrões
de qualidade. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que
consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e,
mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem
elementos relacionados as mais diversas linguagens e ao contato com os mais
variados conhecimentos para a construção de uma identidade autônoma.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras
e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e
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estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança e


o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e
cultural.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se
desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a
desenvolver capacidades.
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que
envolvem a dimensão afetiva e os cuidados com os aspectos biológicos do
corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto
da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso
a conhecimentos variados.
“O cuidado precisa considerar principalmente, as
necessidades das crianças, que quando observadas,
ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes
sobre a qualidade do que estão recebendo. Os
procedimentos de cuidado também precisam seguir
os princípios de promoção à saúde. Para se atingir
os objetivos dos cuidados com a preservação da
vida e com o desenvolvimento das capacidades
humanas, é necessário que as atitudes e
procedimentos estejam baseados em conhecimentos
específicos sobre o desenvolvimento biológico,
emocional, e intelectual das crianças, levando em
consideração as diferentes realidades
socioculturais.” (RCN para a Educação Infantil 1998,
p. 25)
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro,
com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em
suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem
cuida e quem é cuidado.
Além da dimensão afetiva relacional do cuidado, é preciso que o
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades e priorizá-las
assim como atendê-las de forma adequada. Assim cuidar da criança é,
sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está em contínuo crescimento e
desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e
respondendo às suas necessidades.
Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela
sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste.

Avaliação na Educação Infantil


A avaliação, como estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil – DCNEI, não deve ter a finalidade de promoção das
crianças, mas sim o acompanhamento do seu desenvolvimento. Por isso, deve
ser contínua e não ocorrer apenas em alguns momentos.
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Deve contemplar os objetivos pretendidos e as múltiplas facetas do


desenvolvimento infantil propostas no projeto pedagógico das Creches e Pré-
escolas.
As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do
desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou
classificação, garantindo:
1. A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e
interações das crianças no cotidiano;
2. Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
3. A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação
de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela
criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior
da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino
Fundamental);
4. Documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho
da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança na Educação Inf0antil;
5. A não retenção das crianças na Educação Infantil.
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META 1Acesso EDUCAÇÃO INFANTIL

Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças


de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação
infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das crianças de até 03 (três) anos até o final da vigência deste
PME.

ESTRATÉGIAS EDUCAÇÃO INFANTIL


1.1 Construir uma concepção humanística de infância, e desenvolvimento da
criança, que fundamente o currículo e o projeto político pedagógico deste nível
de ensino, com base na contribuição dos trabalhadores em Educação Infantil e
nos conhecimentos acumulados na área.

1.2 Ampliar a oferta da Educação Infantil, de forma a atender, no mínimo 50%


da população de até 3 anos de idade e 100% da população de 4 e 5 anos de
idade.

1.3 Cumprir as normas emanadas dos Parâmetros Nacionais de Qualidade


para a Educação Infantil, e dos Parâmetros Básicos de Infraestrutura para as
Instituições de Educação Infantil (Ministério da Educação, Brasil, 2006), e as
orientações das Diretrizes Nacionais Curriculares para Educação Infantil (MEC
2010).

1.4 Propiciar a participação em programas de formação dos profissionais da


Educação Infantil, mediante parcerias com a União e o Estado, universidades e
institutos superiores de educação, organizações não-governamentais e outras,
com vistas aos seguintes resultados:
1.4.1Assegurar que até o final da década de vigência do PME todos os
professores de Educação Infantil tenham habilitação específica de nível
superior;
1.4.2 Manter programa de formação em serviço, para a atualização
permanente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que
atuam na Educação Infantil, bem como para a formação do pessoal auxiliar.
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1.5 Assegurar que a cada dois anos, todas as escolas de Educação Infantil do
Município atualizem o seu Projeto Político Pedagógico com base nas Diretrizes
Nacionais, nas Diretrizes Municipais (2014), nas normas complementares
estaduais e municipais e nos Referenciais Curriculares Nacionais

1.6 Instituir mecanismos de colaboração entre os setores de educação, saúde


e assistência na manutenção e expansão das instituições de Educação Infantil,
prioritariamente nas que atendem crianças de zero até 3 anos de idade.

1.7 Estabelecer com a colaboração dos setores responsáveis pela educação,


saúde, assistência social e organizações não-governamentais,
encaminhamentos aos programas de orientação e apoio aos pais com filhos
entre zero e 5 anos de idade, em vulnerabilidade social.

1.8 Manter e apoiar o Programa Creches Comunitárias, reafirmando-o como


política pública do Município, e implantando-o em todos os bairros, onde
houver necessidade.

1.9 Fomentar a criação de Creches pelas Empresas Privadas ou incentivar a


manutenção de Convênios com Creches Comunitárias para suas funcionárias-
mães trabalhadoras, incentivando a responsabilidade social destas empresas.

1.10 Ampliar a jornada para 5 horas diárias,da Pré-Escola, desde que


atendida toda a demanda citada na estratégia 1.2.

1.11 Implementar ou fazer implementar os ajustes necessários para a


legalização das escolas ou, se for o caso, tomar providências para o
fechamento daquelas que apresentarem funcionamento irregular.
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ENSINO FUNDAMENTAL

Concepção e análise do Ensino Fundamental

De acordo com a Constituição Brasileira, o Ensino Fundamental é


obrigatório e gratuito. O Art. 208 preconiza a garantia de sua oferta, inclusive
para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. É básico na
formação do cidadão, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em seu Art. 32, o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo, constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender
e de se relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda a
população brasileira.
Existe hoje, no Brasil, um amplo consenso sobre a situação e os
problemas do Ensino Fundamental.
A exclusão de crianças da escola na idade própria, seja por incúria do
Poder Público, seja por omissão da família e da sociedade, é a forma mais
perversa e irremediável de exclusão social, pois nega o direito elementar de
cidadania, reproduzindo o círculo da pobreza e da marginalidade e alienando
milhões de brasileiros de qualquer perspectiva de futuro. De acordo com a
tabela abaixo do censo de 2013 estavam matriculados no Ensino Fundamental
19.511 alunos distribuídos nas diferentes séries como mostra a tabela abaixo.
TABELA 38
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A existência de crianças fora da escola e as taxas de analfabetismo


estão estreitamente associadas. Trata-se, em ambos os casos, de problemas
localizados, concentrando-se em bolsões de pobreza existentes nas periferias
urbanas e nas áreas rurais.
Na maioria das situações, o fato de ainda haver crianças fora da escola
não tem como causa determinante o déficit de vagas; está relacionado à
precariedade do ensino e às condições de exclusão e marginalidade social em
que vivem segmentos da população brasileira. Não basta, portanto, abrir
vagas. Programas paralelos de assistência às famílias são fundamentais para o
acesso à escola e a permanência nela, com aprendizagem, da população muito
pobre, que depende para sua subsistência, do trabalho infantil.

Diretrizes e objetivos para o Ensino Fundamental


As diretrizes norteadoras da Educação Fundamental estão contidas na
Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas
Diretrizes Curriculares para esse nível. A educação brasileira, nesta última
década, passou por transformações intensas, relativas, sobretudo, ao ingresso
das crianças na Educação Básica. A entrada aos seis anos no Ensino
Fundamental desafiou os educadores a definir mais claramente o que se
espera da escola nos anos iniciais de escolarização.
O Ensino Fundamental deverá garantir o acesso, a permanência e a
qualidade de ensino para todas as crianças na escola, tendo como princípios
norteadores da sua ação pedagógica a autonomia, a responsabilidade, a
solidariedade, respeito ao bem comum e a ética; princípios políticos dos
direitos e deveres da cidadania, da criticidade, e respeito à ordem democrática;
e princípios estéticos da sensibilidade, criatividade e diversidade nas
manifestações artísticas e culturais.
Este Plano postula manter o Ensino Fundamental universalizado, sob a
responsabilidade do Poder Público, considerando a indissociabilidade entre
acesso, permanência e qualidade da educação escolar. A consecução desses
objetivos deveráperpassar pela relação indissociável entre o conhecimento, a
linguagem e o afeto, elementos imprescindíveis nos processos de ensino e
aprendizagem, cujo diálogo é o fundamento do ato de educar, concretizado nas
relações entre as gerações, seja entre os alunos ou entre os próprios
professores. A concretização desse direito não se refere apenas à matrícula,
mas ao ensino de qualidade, até a conclusão.
A oferta qualitativa deverá regularizar os percursos escolares, permitindo
que crianças e adolescentes permaneçam na escola o tempo necessário para
concluir o nível, eliminando o analfabetismo e elevando gradativamente a
escolaridade da população no município. O atendimento em jornada ampliada,
oportunizando orientação no cumprimento dos deveres escolares, prática de
esportes, desenvolvimento de atividades artísticas, e alimentação adequada,
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no mínimo em duas refeições, será um avanço significativo para diminuir as


desigualdades sociais e ampliar democraticamente as oportunidades de
aprendizagem.
A avaliação diagnóstica é um procedimento de ensino a ser adotado com
o objetivo de se estabelecerem relações entre a proposta de ensino, o perfil
pedagógico da turma e as necessidades de aprendizagem específicas de cada
aluno. O planejamento pedagógico, por sua vez, como projeto de trabalho do
professor, só se torna efetivo se elaborado a partir da articulação entre a
proposta de ensino e os sujeitos da aprendizagem.
Uma prática de ensino consistente tem em sua conformação esse
conjunto de elementos bem definidos e pressupõe uma construção singular de
cada professor com seu grupo de alunos, ao mesmo tempo em que requer um
trabalho coletivo envolvendo todo o corpo docente e os demais profissionais na
sua elaboração. Essa construção cotidiana da prática educativa exige dos seus
profissionais a capacidade de fazer escolhas, criar, recriar, pesquisar,
experimentar e avaliar constantemente suas opções. Em outras palavras,
somente uma prática pedagógica autônoma garantirá as condições para o
exercício profissional competente e para a construção de uma educação
comprometida com a qualidade referenciada socialmente.
Para garantir qualidade de ensino é preciso que as escolas repensem
seu papel, organizem suas propostas pedagógicas, elaborem o Projeto Político
Pedagógico, pensado, planejado, elaborado e executado de forma coletiva na
Unidade Escolar. Não menos importante é conceber a escola como espaço de
convivência e diálogo cultural, respeitando as formas de ser e modos de
conviver dos atores educacionais, garantindo uma concepção de ensino e
aprendizagem.
Outro aspecto que demanda cuidado e está diretamente ligado a
qualidade do ensino é a formação inicial e continuada do professor que deve
fortalecer a ação educativa na escola e contribuir para a construção de uma
sociedade mais justa, humana e igualitária. Da mesma forma é preciso garantir
a melhoria da infraestrutura das unidades escolares, contemplando desde a
construção física, com adaptações adequadas para as pessoas com
deficiência, até espaços especializados para as atividades artísticas, culturais,
esportivas, recreativas e aquisição de equipamentos e mobiliários pedagógicos.
Temos também que considerar a especificidade da escola rural que
requer um tratamento diferenciado, pois a oferta de Ensino Fundamental, além
de chegar a todos, deve seguir o princípio da igualdade e da equidade. Neste
sentido, as classes isoladas e multisseriadas devem ser substituídas por
escolas nucleadoras, localizadas na zona rural, consideradas as peculiaridades
regionais e a sazonalidade; devem ter, também, Projeto Político Pedagógico
elaborado de acordo com as especificidades de cada segmento. O Poder
Público Municipal, no cumprimento das suas responsabilidades, proporcionará
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Educação Infantil e Ensino Fundamental nas comunidades rurais, inclusive


para aqueles que não o concluíram na idade prevista.
Queremos alcançar a atualidade do currículo, valorizando um paradigma
curricular que possibilite a interdisciplinaridade, e novas perspectivas no
desenvolvimento de habilidades para dominar esse novo mundo que se
desenha. Os temas estão vinculados ao cotidiano da maioria da população.
Além do currículo composto pelas disciplinas tradicionais, propõem a inserção
de temas transversais como: ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho
e consumo, prevenção às drogas e violência entre outros.
Finalmente, o município continuará participando do Censo Escolar, do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB e do Sistema
Estadual de Avaliação do Rendimento Escolar – SARESP. O Sistema Municipal
de Educação tem seu próprio processo de avaliação externa denominada
Avaliação Unificada.
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META 2Acesso ENSINO FUNDAMENTAL

Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6


a 14 anos e garantir que 100% dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS ENSINO FUNDAMENTAL

2.1 Realizar e manter o mapeamento, por meio de censo escolar das crianças
fora da escola, visando a localização da demanda, cabendo a cada instância
governamental (municipal, estadual e federal) informar os dados
correspondentes.

2.2 Garantir a continuidade e progressão da Jornada Ampliada ou Estendida às


crianças e adolescentes nas redes públicas de ensino, durante a vigência deste
Plano, visando o oferecimento de atividades esportivas e culturais
diversificadas, complementando a alimentação escolar.

2.3 Universalizar o atendimento escolar aos alunos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo o atendimento
educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, nas formas
complementar e suplementar, públicos ou conveniados.

2.4 Consolidar e ampliar progressivamente o programa de atendimento às


crianças e jovens com deficiência e necessidades educacionais especiais,
tendo como infraestrutura o Centro de Apoio e Atendimento ao
Desenvolvimento Educacional – CAADE atendendo os alunos da Rede
Municipal inclusive com a possibilidade de formação de núcleos ou polos
regionais do mesmo.

2.5 Assegurar no Projeto Político Pedagógico da escola, a partir da aprovação


deste Plano:
2.5.1 O atendimento dos deficientes e de pessoas com necessidades
educativas especiais, e também as crianças, adolescentes e jovens em
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liberdade assistida ou egressos da Fundação CASA – Centro de Atendimento


Socioeducativo ao Adolescente;
2.5.2 A recuperação paralela e contínua aos processos de ensino e de
aprendizagem, com aferição constante e sistemática dos resultados em todas
as etapas e modalidades de ensino, de modo a atingir e/ou superar as metas
das avaliações internas e externas (ANA, Provinha Brasil, SARESP, Prova
Brasil), e seus devidos índices (IDEB, IDESP);
2.5.3.O desenvolvimento da educação ambiental, tratada como tema
transversal, será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua
e permanente, em conformidade com a Lei Municipal 2667/95, consolidando o
Programa Fruto da Terra como política pública;
2.5.4. O incentivo à leitura e a escrita, serão desenvolvidos como uma
prática educativa integrada, contínua e permanente.

2.6 Garantir acesso ao ensino público e gratuito aos que, por algum motivo,
não frequentaram a escola na idade esperada cabendo esta garantia a cada
instância governamental (municipal, estadual e federal).

2.7 Monitorar o fluxo escolar, viabilizando o término da evasão e da repetência,


por meio de programas especificamente planejados e buscando a integração
da família com a escola.

2.8 Exigir, até o término do plano vigente, a adequação das escolas já em


funcionamento e aos novos projetos aos padrões mínimos e em conformidade
com a legislação: infraestrutura física, material, equipamentos, espaços para a
prática de aulas de educação física e esportes, recreação com brinquedos de
playground, informática com acesso à internet, biblioteca, laboratório de
ciências e equipamentos de multimídia, acessibilidade para alunos deficientes
ou com necessidades educativas especiais, conforme a legislação vigente.

2.9 Garantir a continuidade de escolarização, a todos os alunos das zonas


rurais e urbanas, com a colaboração financeira da União e parceria com o
Estado, o transporte escolar, bem como o provimento da alimentação escolar,
implantando gradativamente, de acordo com a necessidade, o “Projeto:
alimento certo na hora certa”.

2.10 Levar em consideração as realidades e necessidades pedagógicas e,


gradativamente, tornar as salas multisseriadas em salas com um único
professor para cada ano escolar.

2.11 Manter e garantir em todas as unidades da Rede Municipal a avaliação


externa, levando em consideração os descritores, capacidades, habilidades e o
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planejamento anual para elaboração. As Redes Estaduais e particulares


deverão garantir seus sistemas de avaliações.

2.12 Consolidar e ampliar as parcerias com outras secretarias e entidades


para garantir os Projetos Educativos, Culturais e Esportivos, na Jornada
Ampliada.

2.13 Disponibilizar prédios públicos escolares nos finais de semana com


vistas ao desenvolvimento de atividades esportivas, culturais e de lazer,
incentivando também o trabalho voluntário para estas.

2.14 Atender a legislação já existente no município em relação à quantidade


de alunos por sala x alunos de inclusão, para garantir a qualidade de ensino
oferecida aos munícipes.

2.15 VETADO

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ENSINO MÉDIO

Concepção e análise do Ensino Médio


Analisar o Ensino Médio é estudar um nível de ensino que traz consigo
problemas que resultam de embates políticos históricos. Sua identidade tem
sido ambígua quanto às suas funções. Tal ambiguidade se expressa na
dualidade: ensino propedêutico de um lado, que pretende preparar o aluno
para continuar os estudos no nível superior, assumindo assim um caráter
elitista; e, de outro lado, a busca por preparar mãodeobra para o mercado de
trabalho. Em ambos os casos, deixando esse nível de ensino de cumprir sua
função precípua – formação ampla e integral dos jovens e adolescentes.
Etapa final da Educação Básica, como previsto na Lei de Diretrizes e
Bases – LDB o Ensino Médio, na rede estadual, tem apresentado acentuada
expansão em número de matrículas, sobretudo entre 1996 a 2000, quando
cresceu substancialmente, fato este que pode ser explicado pelo aumento da
demanda em função do processo de universalização do Ensino Fundamental,
e, também, em parte, pela maior valorização deste nível de ensino no mercado
de trabalho.
Em Atibaia, o processo de ampliação da oferta do Ensino Médio também
ocorreu de forma significativa, em virtude do Poder Público municipal ter
assumido gradativamente a responsabilidade do atendimento ao Ensino
Fundamental, permitindo, assim, que as escolas estaduais no Município
pudessem ampliar as vagas para o Ensino Médio.
É importante ressaltar, por outro lado, que o crescimento quantitativo das
matrículas no Ensino Médio não pressupõe necessariamente uma melhoria
deste nível de ensino e nem sua terminalidade.
Um dado a ser notado é o aumento proporcionalmente maior de
matrículas no turno diurno em relação ao noturno, no decorrer da década.
Embora não haja estudos específicos sobre este fato, pode o mesmo ser
explicado em parte pelo aumento do desemprego, com maior disponibilidade
dos jovens para estudar durante o dia, em parte pela pouca oferta de vagas no
período noturno nas escolas públicas do Ensino Médio. É possível ainda
considerar o fato de que os alunos passaram a concluir o Ensino Fundamental
na idade própria, exigindo que a oferta de vagas fosse oferecida no período
diurno. Aliada a estes fatores, acrescenta-se a exigência crescente do mercado
de trabalho e dos jovens que aspiram à melhoria social e salarial e que
precisem dominar habilidades que permitam assimilar e utilizar produtivamente
recursos tecnológicos novos e em acelerada transformação.
No Ensino Médio, a maior parte da desistência ocorre na Rede Pública.
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A taxa de abandono nas escolas públicas chegou em 10,4% em 2012, o que


representa 760 mil estudantes. Considerando que esse segmento de ensino é
fundamental para a inserção do jovem no mercado de trabalho e ao acesso à
universidade, é necessário urgência nas ações que provoquem melhoria na
qualidade deste nível de ensino

Diretrizes e objetivos para o Ensino Médio


O aumento lento, mas contínuo, do número dos que conseguem concluir
a escola obrigatória, associado à tendência para diminuição da idade dos
concluintes, vai permitir que um crescente número de jovens ambicione uma
carreira educacional mais longa. Estatísticas recentes confirmam esta
tendência. Desde meados dos anos 80, foi no Ensino Médio que se observou o
maior crescimento de matrículas do País. De 1985 a 1994, esse crescimento
foi superior a 100%, enquanto no Ensino Fundamental foi de 30%.
Se, no passado mais longínquo, o ponto de ruptura no sistema
educacional brasileiro situava-se no acesso à escola; posteriormente, na
passagem do antigo primário ao ginásio; em seguida, pela diferenciação da
qualidade do ensino oferecido; hoje ele se dá no limiar e dentro do Ensino
Médio.
Pelo caráter que assumiu na história educacional de quase todos os
países, a educação média é particularmente vulnerável à desigualdade social.
Na disputa permanente entre orientações profissionalizantes ou acadêmicas,
entre objetivos humanistas ou econômicos, a tensão expressa nos privilégios e
nas exclusões decorre da origem social. Em vista disso, o ensino médio
proposto neste Plano deverá enfrentar o desafio dessa dualidade com oferta de
escola média de qualidade a toda a demanda – uma educação que propicie
aprendizagem de competências de caráter geral, forme pessoas mais aptas a
assimilar mudanças, mais autônomas em suas escolhas, que respeitem as
diferenças e superem a segmentação social.
Preparando jovens e adultos para os desafios da modernidade, o Ensino
Médio deverá permitir a aquisição de competências relacionadas ao pleno
exercício da cidadania e da inserção produtiva: autoaprendizagem; percepção
da dinâmica social e capacidade para nela intervir; compreensão dos
processos produtivos; capacidade de observar, interpretar e tomar decisões;
domínio de aptidões básicas de linguagem, comunicação, abstração;
habilidades para incorporar valores éticos de solidariedade, cooperação e
respeito às individualidades.
Há que se considerar também que o Ensino Médio atende a uma faixa
etária que demanda organização escolar adequada à sua maneira de usar o
espaço, o tempo e os recursos didáticos disponíveis. Esses elementos devem
pautar a organização deste nível de ensino, a partir das novas diretrizes
curricularesjá elaboradas e aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação.
A disposição constitucional (Art. 208, Inc. III) de integração dos
deficientes na rede regular de ensino será, no Ensino Médio, ampliadamediante
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a qualificação dos professores e a adaptação das escolas quanto às condições


físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. Quando necessário
o atendimento especializado, serão observadas diretrizes específicas contidas
no Capítulo deste Plano dedicado à educação especial.
Assim, as diretrizes do PME apontam para a criação de incentivos e a
retirada de todo obstáculo para que os jovens permaneçam no sistema escolar
e, aos 17 ou 18 anos de idade, estejam concluindo a educação básica com
uma sólida formação geral.

TABELA 39

Nos últimos anos o número de alunos inscritos no Exame Nacional de


Ensino Médio – ENEM aumentou tendo em vista que o mesmo se configura
como oportunidade de acesso ao ensino superior. O desempenho dos alunos
da Rede Privada é melhor que o desempenho dos alunos do Ensino Médio da
Rede Pública. Esse fato retrata os problemas específicos desse nível de
ensino.
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META3Acesso ENSINO MÉDIO

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de


15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa
líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%.

ESTRATÉGIAS ENSINO MÉDIO

3.1 Garantir a universalização do Ensino Médio público, gratuito e de qualidade


para todos em especial aos que não tiveram acesso na idade esperada, aos
deficientes e pessoas com necessidades educativas especiais.

3.2 Estabelecer uma discussão democrática com a comunidade escolar e com


a sociedade para definição do Projeto Político Pedagógico da escola.

3.3 Dar continuidade, no prazo de quatro anos (2019), de acordo com os


padrões mínimos definidos em lei e compatíveis com a realidade local:
infraestrutura física, material e equipamentos, espaço para biblioteca,
instalação para laboratórios de ciências, informática, equipamento multimídia;
adaptação dos edifícios escolares para atendimento dos alunos deficientes e
com necessidades educativas especiais.

3.4 Garantir o funcionamento de cursos noturnos regulares em todas as


unidades escolares onde houver demanda, de forma a adequá-los às
necessidades do aluno trabalhador, sem prejuízo da qualidade de ensino.

3.5 Apoiar e incentivar as organizações estudantis como espaço de


participação e exercício da cidadania.

3.6 Buscar recursos junto aos Poderes Estadual e Federal pela continuidade
do Programa de Alimentação Escolar para os alunos do Ensino Médio,
incluindo o período noturno.

3.7 Manter o programa de Transporte Escolar para todos os alunos do Ensino


Médio, e buscar aumento de recursos nos âmbitos federal e estadual.
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3.8 Proporcionar uma escola engajada no protagonismo juvenil, promovendo


eventos, tais como festivais de música, torneios esportivos, cursos de rádio,
teatro, etc.

3.9 Incentivar a permanência dos alunos na escola através do controle de


frequência e desempenho de habilidades e competências, viabilizando a
diminuição da retenção e evasão escolar.

3.10 Garantir a recuperação paralela e contínua, e a oferta de cursos


profissionalizantes em períodos diversos do regular, além do oferecimento de
atividades esportivas e culturais diversificadas para o Ensino Médio.

3.11 Expandir e divulgar o oferecimento de vagas para o Centro de Estudos


de Línguas – CEL. Manter o Projeto Acessa Escola, bem como novos projetosa
serem implantados.

3.12 Manter a disponibilização dos prédios escolares nos finais de semana


para atividades esportivas, culturais e curso pré-vestibular, dentro do Programa
Escola da Família.

3.13 Incentivar a formação continuada dos profissionais que atuam no Ensino


Médio.

3.14 Aumentar a oferta de escolas de período integral, incluindo as técnicas


federais e estaduais.

3.15 Desenvolver indicadores específicos, a partir da avaliação interna, para


todos os alunos, inclusive os alunos com necessidades especiais, elaborados
por professores da Unidade Escolar após diagnostico da turma no início de
cada ano letivo.

3.16 Implantar o processo de avaliação institucional de processo de auto


avaliação nas escolas de educação básica, elaborados pela equipe da escola,
para ter instrumentos que avaliem e orientem a situação em que se encontra o
processo educativo, buscando elaborar um plano estratégico visando a
melhoria continua na qualidade de ensino e formação continuada dos
profissionais da educação através de cursos, palestras e oficinas fornecidas
gratuitamente pela Secretaria de Educação Municipal e Estadual.

3.17 Executar as ações do Plano de Ações Articuladas – PARnas escolas de


Educação Básica, dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas
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para a Educação Básica Pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro


voltadas à melhoria da gestão educacional.

3.18 Promover a melhoria dos laboratórios de informáticas ampliando


quantidade e acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta
velocidade para os alunos, através do apoio da União, visando à utilização
pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação, adquirir através
de contratação feito por cada escola de profissional especializado para fazer a
manutenção de todos os equipamentos.

3.19 Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo


desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para
detecção dos sinais de suas causas,como a violência doméstica e sexual,
favorecendo a adoção das providencias adequadas para promover a
construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para
a comunidade, buscando parceria com Ministério Público e Conselho Tutelar.

3.20 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a


educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os
propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos,
através de projetos elaborados pela equipe escolar para atrair a sociedade
para a escola.

3.21 Criar políticas públicas para diminuir a evasão escolar, através de


parceria com família, Ministério Público e Conselho Tutelar.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇAO INCLUSIVA

Diretrizes para a Educação Especial

A Educação Especial tem sido atualmente definida no Brasil segundo


uma perspectiva mais ampla, que ultrapassa a concepção de atendimentos
especializados, tal como vinha sendo a sua marca nos últimos tempos.
Conforme define a nova LDB, trata-se de uma modalidade de educação
escolar, voltada para a formação do indivíduo, com vistas ao exercício da
cidadania. Como elemento integrante e indistinto do sistema educacional,
realiza-se transversalmente, em todos os níveis de ensino, nas instituições
escolares, cujo projeto, organização e prática pedagógica devem respeitar a
diversidade dos alunos, a exigir diferenciações nos atos pedagógicos que
contemplem as necessidades educacionais de todos. Os serviços educacionais
especiais, embora diferenciados, não podem desenvolver-se isoladamente,
mas devem fazer parte de uma estratégia global de educação e visar suas
finalidades gerais.
Sua ação transversal permeia todos os níveis - Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação Superior, bem como as demais
modalidades - Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional.

Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais


A atenção à diversidade da comunidade escolar baseia-se no
pressuposto de que a realização de adequações curriculares pode atender a
necessidades particularesde aprendizagem dos alunos. Consideram que a
atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levam em conta
não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos alunos, mas,
também, seus interesses e motivações.
A atenção à diversidade está focalizada no direito de acesso à escola e
visa à melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos,
irrestritamente, bem como as perspectivas de desenvolvimento e socialização.
A escola, nesse contexto, busca consolidar o respeito às diferenças, conquanto
não elogie a desigualdade. As diferenças vistas não como obstáculos para o
cumprimento da ação educativa, mas, podendo e devendo ser fatores de
enriquecimento.
A diversidade existente na comunidade escolar contempla uma ampla
dimensãode características. Necessidades educacionais podem ser
identificadas em diversas situações representativas de dificuldades de
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aprendizagem, como decorrência de condições individuais, econômicas ou


socioculturais dos alunos:
1. Crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e
sensoriais diferenciadas;
2. Crianças com deficiência e bem dotadas;
3. Crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas;
4. Crianças de populações distantes ou nômades;
5. Crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais;
6. Crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados.

A expressão necessidades educacionais especiais pode ser utilizada


para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua
elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada,
portanto, a dificuldades de aprendizagem, não necessariamente vinculada a
deficiência(s). Tem o propósito de deslocar o foco do aluno e direcioná-lo para
as respostas educacionais que eles requerem, evitando enfatizar os seus
atributos ou condições pessoais que podem interferir na sua aprendizagem e
escolarização. É uma forma de reconhecer que muitos alunos, que apresentam
ou não deficiências ou superdotação, possuem necessidades educacionais que
passam a ser especiais quando exigem respostas específicas adequadas.
Falar em necessidades educacionais especiais, portanto, deixa de ser
pensar nas dificuldades específicas dos alunos e passa a significar o que a
escola pode fazerpara dar respostas às suas necessidades, de um modo geral,
bem como aos que apresentam necessidades específicas muito diferentes dos
demais. Considera os alunos, de um modo geral, como passíveis de
necessitar, mesmo que temporariamente, de atenção específica e poder
requerer um tratamento diversificado dentro do mesmo currículo.

Educação Inclusiva e Deficiência


Embora as necessidades especiais na escola sejam amplas e
diversificadas, a atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma
definição de prioridades no que se refere ao atendimento especializado a ser
oferecido na escola para quem dele necessitar. Nessa perspectiva a Legislação
vigente define o público-alvo da Educação Especial, que são: “estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação”.
A esses alunos é garantido o direito ao Atendimento Educacional
Especializado – AEEa ser oferecido na Sala de Recursos Multifuncional,
sempre no contraturno, para não impedir ou dificultar a frequência na escola
regular. Esse atendimento deve ser oferecido, prioritariamente na própria
escola regular do estudante, ou em escolas polo (escolas próximas à escola
regular em que o aluno estuda). Quando não for possível, deve ser ofertado o
AEE de itinerância.
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Em maio de 2015 estavam matriculados na rede regular de ensino em


Atibaia 220 estudantes com deficiência.

Formação de profissionais na perspectiva da Educação Inclusiva


A formação de profissionais com capacidade de oferecer o atendimento
aos educandos especiais nas creches, pré-escolas, escolas regulares de
Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como nas instituições
especializadas, deve ser uma prioridade para o Plano Municipal de Educação.
Não há como ter uma escola regular eficaz quanto ao desenvolvimento e
aprendizagem dos educandos especiais sem que seus professores, demais
técnicos, pessoal administrativo e auxiliar, sejam preparados para atendê-los
adequadamente.
No Município de Atibaia, foi criado, pela Secretaria Municipal de
Educação, um setor específico para atender e dar apoio à educação inclusiva o
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Educacional – CAADE. O setor atende
aos alunos da Rede Municipal, bem comoorienta e faz a formação dos
profissionais dessa Rede na perspectiva de uma educação inclusiva. O objetivo
é garantir que os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade,
preconizados pela legislação e pelo MEC.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL E
META4Acesso equalidade INCLUSIVA

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados.

EDUCAÇÃO ESPECIAL E
ESTRATÉGIAS INCLUSIVA

4.1 Organizar no município, em parceria com as áreas de saúde e assistência


social, programas destinados a ampliar a oferta da estimulação precoce
(interação educativa adequada), para as crianças com deficiência, em
instituições regulares e/ ou especializadas de Educação Infantil.

4.2 Generalizar em 2 anos, como parte dos programas de formação em


serviço, a oferta de cursos sobre atendimento básico a educandos especiais,
para os professores em exercício na Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Médio, cabendo a cada instância governamental (municipal, estadual) e rede
privada a execução das ações.

4.3 Garantira aplicação de testes de acuidade visual em todos os alunos das


instituições de Ensino Fundamental, cabendo a cada instância governamental
(municipal, estadual) e rede privada a execução das ações.

4.4 Promover projetos de prevenção relacionados à acuidade visual e auditiva


e processos de desenvolvimento motor e cognitivo da criança na Educação
Infantil em parceria com a área da saúde, de forma a detectar problemas e
oferecer apoio adequado.

4.5 Garantir a vaga e criar formas de favorecer e apoiar a inclusão dos


educandos com deficiência eou necessidades educacionais especiais, no
ensino regular fornecendo-lhes o apoio adicional que se fizer necessário, tais
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como: a flexibilização do currículo, confecção, aquisição de material, recursos


adaptados e recursos humanos, entre outros, garantidos pela legislação
vigente.

4.6 Adequar, em até cinco anos, os prédios de instituições de educação aos


padrões mínimos de infraestrutura para acesso de deficientes.

4.7 Assegurar, transporte escolar com as adaptações necessárias aos alunos


que apresentem dificuldade de locomoção.

4.8 Articular sistematicamente as ações de Educação Especial na perspectiva


da Educação Inclusiva e estabelecer mecanismos de cooperação com a
política de educação para o trabalho, em parceria com organizações
governamentais e não governamentais, para o desenvolvimento de programas
de qualificação profissional para alunos com deficiência, promovendo sua
colocação no mercado de trabalho.

4.9 Estabelecer um sistema de informações sobre a população com


necessidades educacionais especiais, a serem coletadas pelo Censo
Educacional e pelos Censos Populacionais.

4.10 Assegurar a inclusão, anualmente, no Projeto Político Pedagógico das


unidades escolares públicas e particulares, garantindo o atendimento aos
alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino,
garantindo o atendimento educacional especializado em salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
comunitários, nas formas complementar e suplementar, em escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.

4.11 Regulamentar, em até dois anos, os termos do funcionamento das Salas


de Recursos Multifuncionais para o Atendimento Educacional Especializado,
bem como a situação funcional dos professores para o seu exercício.
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ALFABETIZAÇÃO – ENSINO FUNDAMENTAL



Alfabetização na idade certa

No Brasil temos o grande desafio de alfabetizar todas as crianças em


idade apropriada, uma vez quede acordo com dados estatísticos apresentados
pelo governo federal, 15,2% das crianças brasileiras chegam aos oito anos
sem estarem alfabetizadas.
Este fato, de uma alfabetização tardia, pode gerar um descompasso
entre idade e aprendizagem e comprometer toda a vida escolar do estudante.
Acreditamos que, estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por
meio de textos escritos em diferentes situações. Significa ler e produzir textos
para atender a diferentes propósitos e ainda, este período de alfabetização
deve garantir a inserção da criança na cultura escolar e nas diversas áreas do
conhecimento Este processo envolve também saber utilizar a língua escrita nas
situações em que esta é necessária, tendo clareza sobre as capacidades a
serem trabalhadas.
No Brasil temos várias leis que têm procurado garantir este direito aos
estudantes brasileiros, ampliando gradativamente a permanência da criança na
escola bem como procurando garantir a qualidade da alfabetização e
letramento oferecidos às crianças.
Nos termos da Lei nº 11.274/2006, foi ampliado o Ensino Fundamental
obrigatório para 9 anos, com início aos 6 anos de idade.
O Governo Federal, após o Decreto nº 6.094, de 24/04/2007, define, no
inciso II do art.2º, a responsabilidade dos entes governamentais de “alfabetizar
as crianças até, no máximo, os oito anos de idade”,
Temos ainda a Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos, e
estabelece, no art. 30, que os 3 anos iniciais do Ensino Fundamental devem
assegurar a alfabetização e o letramento, mas também o desenvolvimento das
diversas formas de expressão, incluindo a Língua Portuguesa, a Literatura, a
Música e demais artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da
Matemática, da Ciência, da História e da Geografia.
Contamos também com a lei nº 12.801, de 24 de abril de 2013, que no
seu Art. 1o dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos entes
federados no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, com
a finalidade de promover a alfabetização dos estudantes até os 8 (oito) anos de
idade ao final do 3o ano do Ensino Fundamental da educação básica pública,
aferida por avaliações periódicas.
O município de Atibaia vem desenvolvendo em todos os segmentos da
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educação, municipal e estadual, ações para cumprir as determinações


impostas pela sociedade brasileira.
Temos como meta garantir professores alfabetizadores bem preparados,
disponibilidade de materiais didáticos e pedagógicos apropriados e
acompanhamento contínuo sobre o progresso da aprendizagem garantindo aos
educandos os saberes necessários.
Para que os objetivos se concretizem a Secretaria de Educação de
Atibaia, preocupada com a qualidade e o nível de alfabetização das crianças,
aderiu a programas em parceria com o Governo Federal que tem por objetivos
investir, valorizar e capacitar todos os professores alfabetizadores, garantindo
todas as ferramentas possíveis para alfabetizar com êxito as crianças do
município.

Dados do SARESP 2014 dos 3º anos da Rede Municipal de


Ensino de Atibaia
TABELA 40

Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2014/#

Quando comparamos o desempenho dos alunos das escolas municipais


dos 3º anos do município de Atibaia com as outras Redes de Ensino, notamos
que o desempenho em Língua Portuguesa e Matemática é equivalente, tendo
uma variação positiva em relação às outras Redes Municipais.
Em relação ao desempenho dos alunos dos 5º anos em Língua
Portuguesa, eles apresentam bom desenvolvimento.
Em Matemática há necessidade de um investimento maior.
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Níveis de proficiência em Língua Portuguesa

TABELA 41

Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2014/#

Níveis de proficiência em Matemática

TABELA 42

Fonte: http://saresp.fde.sp.gov.br/2014/#

Os dados apontados nos resultados do SARESP 2014 mostram que nas


escolas municipais de Atibaia a maioria dos alunos está com proficiência em
Língua Portuguesa no nível adequado. No entanto,cerca de11,8% dos alunos
se encontram no nível abaixo do básico, o que demanda ações de recuperação
intensiva. Esses alunos devem ser mapeados e atendidos para que eles
possam se apropriar dos conhecimentos, habilidades e competências
necessárias ao ano escolar.
Em Matemática a Rede Municipal apresenta dados dentro do nível
básico, com um percentual de 24,7% de alunos abaixo do básicoo que indica
que o componente curricular de Matemática é o mais preocupante no sentido
de garantir a todos os alunos se apropriar dos conhecimentos apontados para
o ano em questão.
Tendo como referência os dados do Saresp o componente curricular que
demanda mais atenção com relação aos alunos dos 3º anos é Matemática.
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META 5Alfabetização ENSINO FUNDAMENTAL

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino


Fundamental.

ESTRATÉGIAS ENSINO FUNDAMENTAL

5.1 Acompanhar o processo de alfabetização, nos primeiros anos do Ensino


Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola,
com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com
apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas
as crianças com ações específicas para cada ano do ciclo de alfabetização.

5.2 Motivar e dar continuidade aos instrumentos de avaliação nacional


periódica e específica para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a
cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem
os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando
medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos até o final do terceiro
ano de Ensino Fundamental.

5.3 Selecionar, validar e divulgar tecnologias educacionais para a


alfabetização de crianças, asseguradas a diversidade de métodos e propostas
pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de
ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas,
preferencialmente, como recursos educacionais abertos.

5.4 Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas


pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a
melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as
diversas abordagens metodológicas e sua efetividade.

5.5 Repensar a organização e formação escolar, sua gestão, as regras de


convivência e as práticas pedagógicas, a partir da premissa de que a escola
precisa reconhecer e acolher a diversidade da população que recebe.
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5.6 Promover, estimular e assegurar a formação inicial e continuada de


professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de
novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras,
estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e
ações de formação continuada de professores para a alfabetização.

5.7 Promover, programas de integração entre escola e família, visando


efetivar o acompanhamento no rendimento escolar.

5.8 Fomentar a formação continuada dos gestores(as) escolares (diretor,


vice-diretor, supervisores e chefes de secretaria e coordenadores) sobre as
políticas públicas a serem implementadas em relação à alfabetização dos
estudantes, tendo em vista que exercem papel preponderante nessa
implementação.

5.9 Implantar e ampliar na rede, programas que desenvolvam a formação da


alfabetização da Matemática nas séries iniciais e Educação Infantil.

5.10 Realizar acompanhamento periódico pela equipe gestora do processo de


construção do conhecimento dos alunos (alfabetização), verificando a
aplicabilidade das propostas pedagógicas e monitorando os resultados da
alfabetização, visando à adequação da metodologia, caso necessário.
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EDUCAÇÃO INTEGRAL

Educação em Tempo Integral


Para consolidar o desafio de uma educação de qualidade devemos
pensar em um novo modelo de escola que se adapte a sociedade do
conhecimento. É preciso enfrentar desafios e entre eles estão a ampliação da
jornada escolar, objeto de reflexão de educadores e dos sistemas de ensino no
país.
A permanência de estudantes na escola em tempo mais longo (jornada
estendida, escola de tempo integral etc.) possibilita maiores oportunidades de
aprender e, com isso, uma melhoria na qualidade de ensino. Porém essa
realidade ainda não está assegurada a todos os estudantes, principalmente
nas redes públicas.
É evidente que uma qualidade do ensino significativa não depende
somente do aumento de permanência na escola. Há necessidade de várias
ações que possam garantir uma formação ampla e plena dos estudantes.
No município de Atibaia algumas escolas possuem jornada ampliada
com oficinas em contra turno, porém essa carga horária ainda não é obrigatória
para os alunos.
Contamos com quatro escolas que mantém jornadas de 7 horas se
configurando realmente como escolas de tempo integral. Dessas duas são
escolas estaduais e duas municipais. Além disso, todas as creches da Rede
Municipal também cumprem jornada de 9 a 11 horas de atendimento.
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META 6Educação Integral ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por


cento), das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte
e cinco por cento), dos (as) alunos (as) da Educação Básica.

ESTRATÉGIAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

6.1 Mediar conflitos e soluções promovendo o debate da Educação Integral


em jornada ampliada nas reuniões pedagógicas, de planejamento, de estudo,
nos conselhos de classe, nos espaços do conselho escolar, nas atividades com
a comunidade escolar.

6.2 Ampliar o tempo e o espaço nas escolas propiciando a todos múltiplas


oportunidades de aprendizagem, por meio de acesso à cultura, arte, esporte,
tecnologia, atividades planejadas com intenção pedagógica e sempre alinhadas
ao projeto político pedagógico da escola, contribuindo para a formação dos
estudantes.

6.3 Garantir a ampliação, progressivamente, do tempo escolar, de forma a


atingir o mínimo de sete horas diárias de atividades educativas, a partir de
estudos e mapeamentos dos espaços, dotando-as de recursos humanos
qualificados, recursos financeiros suficientes para custear suas ações, e ainda
materiais e equipamentos didáticos e dotando-os de estrutura física adequada.

6.4 Manter programa de construção e reestruturação da parte física da rede


pública municipal e estadual, atendendo as especificidades das etapas,
modalidades e diversidades tendo em vista a implantação das escolas em
tempo integral.

6.5 Estabelecer parcerias, junto às instituições públicas e privadas


favorecendo o acesso gratuito dos estudantes regulamente matriculados em
atividades sócio-educativas articuladas com a proposta curricular.
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AVALIAÇÃO EXTERNA

Os alunos matriculados nas Redes Públicas de Atibaia participam dos


processos de avaliação externa Federal (Prova Brasil, ENEM), Estadual
(Saresp) e Municipal(Avaliação Unificada). São processos que se constituem
em instrumentos de elaboração de políticas públicas, tendo como foco o
resultado das escolas, permitindo aos gestores formular políticas de
intervenção, com objetivo de assegurar a qualidade dos serviços ofertados e
das aprendizagens realizadas, fortalecendo o direito de uma educação de
qualidade.
Os resultados de desempenho dos alunos apontam para a realidade de
cada sistema, de cada escola.
Gradativamente os índices de Atibaia estão evoluindo, como
demonstram dados do Índice Desenvolvimento Educação Básica – IDEB,
resultado de dados combinados de aproveitamento dos alunos na Prova Brasil
com dados de fluxo dos sistemas de ensino. A Rede Municipal de Ensino tem
evoluído mais que a Rede Estadual.

IDEB da Rede Municipal de Ensino – Anos Iniciais:

TABELA 43

Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2013). Organizado por Meritt (2014)


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GRÁFICO 7

O IDEB 2013 nos anos iniciais da Rede Pública Municipal atingiu a meta,
cresceu e alcançou 6,8. A partir de agora, o importante é manter a situação
apresentada para garantir mais alunos aprendendo e também um fluxo escolar
adequado.
Desde 2007 os índices de Atibaia têm evoluído acima das metas
estabelecidas e esperadas.
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Evolução do aprendizado de leitura e interpretação e Matemática na Rede


Municipal de Ensino de Atibaia

GRÁFICO8

De Leitura e Interpretação Texto – 5º ano

TABELA 44
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 13% 25% 36%
PROFICIENTE 29% 33% 33%
BASICO 38% 31% 24%
INSUFICIENTE 20% 11% 7%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt

Matemática – 5ºano

TABELA 45
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 10% 19% 29%
PROFICIENTE 29% 32% 33%
BASICO 35% 32% 28%
INSUFICIENTE 26% 17% 10%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt
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Evolução do aprendizado de leitura e interpretação e Matemática na Rede


Estadual de Ensino de Atibaia

GRÁFICO9

Leitura e Interpretação de Texto – 5º ano


TABELA 46
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 22% 20% 15%
PROFICIENTE 39% 39% 49%
BASICO 30% 31% 15%
INSUFICIENTE 9% 10% 21%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt

Leitura e Interpretação de Texto – 9º ano


TABELA 47
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 5% 6% 5%
PROFICIENTE 30% 28% 26%
BASICO 45% 51% 49%
INSUFICIENTE 20% 15% 20%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt

Matemática – 5º ano
TABELA 48
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 23% 16% 21%
PROFICIENTE 34% 37% 49%
BASICO 28% 32% 15%
INSUFICIENTE 15% 15% 15%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt
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Matemática – 9º ano
TABELA 49
Níveis 2009 2011 2013
AVANÇADO 2% 2% 2%
PROFICIENTE 15% 14% 15%
BASICO 51% 60% 54%
INSUFICIENTE 32% 24% 29%
Fonte: Prova Brasil 2009, Inep. Organizado por Meritt

Observando os dados relacionados acima, é possível verificar que o


percentual de aproveitamento da Rede Municipal de Ensino é maior que o da
Rede Estadual de Ensino para os 5º anos. Os dados também demonstram que
o desempenho em Matemática fica abaixo do desempenho de Língua
Portuguesa, fato evidenciado nas duas redes.

IDEB da Rede Estadual de Ensino – Anos Iniciais


TABELA 50

GRÁFICO 10
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O IDEB 2013 nos anos iniciais da Rede Estadual cresceu e alcançou


6,0, mas não atingiu a meta prevista. Tem o desafio de garantir mais alunos
aprendendo e com um fluxo escolar adequado.

IDEB da Rede Estadual de Ensino – Anos Finais


TABELA 51

GRÁFICO 11
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IDESP – Atibaia (Rede Municipal e Rede Estadual)


TABELA 52

Analisando os dados apontados pelo Índice de Desenvolvimento


Educação de São Paulo – IDESP, percebemos que os melhores índices
concentram-se nos anos iniciais e que os índices dos anos finais e do ensino
médio estão abaixo da Diretoria de Ensino da região. São índices que estão
muito distantes do que é considerado ideal, ou seja, 6,0.
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META 7Qualidade da Educação EDUCAÇÃO BÁSICA

Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e


modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo
a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB.

ESTRATÉGIAS EDUCAÇÃO BÁSICA

7.1 Desenvolver indicadores específicos, a partir da avaliação interna, para


todos os alunos, inclusive os alunos com necessidades especiais, elaborados
por professores da Unidade Escolar após diagnóstico da turma no início de
cada ano letivo.

7.2 Assegurar que no quinto ano de vigência deste PME, todas as escolas de
Educação Básica do município e Ensino Médio atinjam as metas projetadas no
IDEB, através do cumprimento de todas as estratégias contidas nesse PME.

7.3 Implantar e garantir o programa de recuperação de ensino para todas as


unidades escolares nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.

7.4 Apoiar os professores na aplicação de uma avaliação diagnóstica para


identificar as habilidades e conhecimentos de todos os estudantes da Rede.

7.5 Implantar o processo de avaliação institucional, bem como, auto avaliação


nas escolas de educação básica, elaborados pela equipe da escola, para ter
instrumentos que avaliem e orientem a situação em que se encontra o
processo educativo, buscando elaborar um plano estratégico visando a
melhoria contínua na qualidade de ensino e formação continuada dos
profissionais da educação através de cursos, palestras e oficinas fornecidas
gratuitamente pela Secretaria de Educação Municipal e Estadual.

7.6 Executar as ações do Plano de Ações Articuladas – PAR nas escolas de


Educação Básica, dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas
para a Educação Básica Pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro
voltadas à melhoria da gestão educacional.
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7.7 Acompanhar e divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do


sistema nacional de avaliação básica, através de jornal, mural de escola, rádio,
reuniões de pais, internet.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS



Concepção e análise da Educação de Jovens e Adultos

A Constituição Federal determina como um dos objetivos do PNE a


integração de ações do Poder Público que conduzam à erradicação do
analfabetismo (Art.214, Inc. I). Trata-se de tarefa que exige uma ampla
mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da
sociedade.
Também considerando os preceitos contidos no Art. 205 da mesma
Constituição e o Art. 249, § 3º, da Constituição do Estado de São Paulo, de
1989, de garantir o acesso e a permanência dos brasileiros, com idade acima
de 15 anos, que foram precocemente excluídos ou que não tiveram acesso à
escola, a uma educação de qualidade, torna-se fundamental voltar a atenção
para esta população. Apesar de ser mais presente, não é apenas o fator
regional que determina os índices de exclusão social e, consequentemente,
educacional. Questões como gênero e etnia também contribuem para
aumentar a exclusão. No Brasil, ser mulher, negro ou indígena, via de regra,
significa estar marginalizado da sociedade.
Enfrentar a erradicação do analfabetismo e a baixa escolarização da
população brasileira requer ousadia para superar uma dívida social que se
acumula há anos no País. Erradicar o analfabetismo pressupõe, por
necessidade, investir maciçamente na Educação de Jovens e Adultos – EJA
considerada, hoje, uma modalidade da Educação Básica. A EJA deveria
constituir-se numa prática pedagógica interdisciplinar que possibilitasse a
recriação do conhecimento elaborado pela humanidade, por meio de novas
sínteses necessárias para a compreensão da realidade e a resolução de
problemas. O Projeto Político Pedagógico deveria partir das vivências e
experiências dos jovens e adultos e, por meio do trabalho pedagógico, buscar a
relação teoria e prática. Tal procedimento fundamenta-se no reconhecimento
de cada pessoa como produtora do conhecimento necessário à interpretação
do seu cotidiano e de suas práticas domésticas, familiares, artísticas, sociais,
econômicas e políticas, que constituem a sua cultura.
A Educação de Jovens e Adultos, apesar da carga horária reduzida em
função do reconhecimento das experiências e dos saberes acumulados pelos
alunos, não pode caracterizar-se como uma educação de menor qualidade.
Assim, na EJA, é importante a presença dos diferentes componentes
curriculares, e a formação adequada de professores para garantir um diálogo
que permita considerar os conhecimentos anteriores do aluno adulto. Não
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cabe, em nome da redução de recursos, agregar componentes curriculares por


meio de unidocência correspondente aos níveis de Ensino Fundamental, 5ª até
8ª série, e Ensino Médio.
É importante ressaltar, ainda, que as pessoas com deficiência
constituem um contingente significativo da população excluída. Entendendo-se
que a Educação Especial é parte integrante de todas as modalidades e etapas
da Educação Básica, as pessoas deficientes e pessoas com necessidades
educacionais especiais, não escolarizadas, deverão ter seu espaço garantido
nos programas da EJA.
Tendo em conta a sua enorme importância, mesmo em um Estado como
São Paulo, a EJA é uma modalidade da Educação Básica que deve constituir-
se num dos instrumentos que viabilizam a inclusão educacional, social e
econômica da população excluída. A EJA pode permitir o desenvolvimento da
pessoa e a conquista da autonomia, a participação na vida da comunidade e o
exercício da cidadania. Ela não pode ser uma atividade compensatória para os
que não tiveram acesso à escolaridade no tempo esperado, nem pode ser uma
atividade instrumental que vise apenas à alfabetização funcional ou à
aprendizagem e ao treino de habilidades básicas para ocupação num simples
posto de trabalho.
O trabalho pedagógico na EJA exige a formação de professores
preparados e competentes para essa modalidade de ensino. A formação
continuada é uma das estratégias que pode contribuir para garantir a qualidade
desta educação.
O envolvimento e a participação dos alunos adultos nos espaços de
debate da gestão das ações educacionais é fator imprescindível para garantir a
continuidade dos estudos dessa parcela da população, que tanto se esforça,
em sua maioria, após uma longa jornada de trabalho, para frequentar as aulas.
O acompanhamento pedagógico para identificar e minimizar as causas da
evasão escolar exige atenção especial nesta modalidade de ensino, pois, se
excluídos uma segunda vez do sistema de ensino, os alunos adultos tendem a
nunca mais retornar aos bancos escolares. Cabe ao Plano Municipal de
Educação estabelecer de fato, como prioridade, a erradicação do
analfabetismo e gerar as condições necessárias para construir uma Educação
de Jovens e Adultos que atenda às reais necessidades da sociedade atibaiana.
Se considerado que esta modalidade de ensino não participa das
avaliações institucionais não há como proceder a avaliações do ponto de vista
qualitativo; ou seja, a inclusão se faz pela oferta de vagas, porém sem a
mesma qualidade do curso regular, não cumprindo o princípio da equidade.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E
META 8Aumento da escolaridade ADULTOS

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e


nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no
último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da
região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento)
mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ESTRATÉGIAS ADULTOS

8.1 Assegurar que toda população acima de 15 anos tenha acesso ao Ensino
Fundamental I e progressivamente ao Ensino Fundamental II e Ensino Médio
regular ou supletivo, público, gratuito e de qualidade, no período de cinco anos
(2020).

8.2 Manter em todas as unidades prisionais e estabelecimentos que atendam


adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, programas de Educação
de Jovens e Adultos, através de Ações do Poder Público.

8.3 Implementar políticas de formação – inicial e continuada – para que os


Profissionais em Educação sejam devidamente qualificados para a atuação
nesta modalidade de educação.

8.4 Assegurar recursos financeiros, materiais e pessoal qualificado para


garantir um atendimento de qualidade, mantendo programas de formação,
capacitação e habilitação de educadores de jovens e adultos, cabendo esta
garantia a cada instância governamental (municipal, estadual e federal).

8.5 Consolidar e ampliar as parcerias com outras secretarias e entidades para


garantir os Projetos Educativos, Culturais e Esportivos.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E
META 9Diminuição do analfabetismo ADULTOS

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais


para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e,
até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e
reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ESTRATÉGIAS ADULTOS

9.1Definir a EJA, no município, como questão premente de justiça, atendimento


de direito social e prerrogativa de cidadania, enquanto dever do Poder Público.

9.2Elevar a taxa de alfabetização da população do município, com mais de 15


anos, para 93,5 % no prazo de vigência deste plano.

9.3 Garantir que a EJA promova uma alfabetização emancipadora e


implemente cursos regulares ou supletivos, referentes às etapas e modalidades
da Educação Básica, na forma presencial e nos períodos diurnos e noturnos.

9.4 Recuperar, sistematizar, debater e divulgar experiências exitosas de EJA,


objetivando construir propostas alternativas.

9.5 Criar programas de reforço escolar (plantão pedagógico) para


atendimento aos alunos desta modalidade do Ensino Fundamental I, que
apresentem dificuldades de aprendizagem.

9.6 Assegurar recursos financeiros, materiais e pessoal qualificado para


garantir um atendimento de qualidade, mantendo programas de formação,
capacitação e habilitação de educadores de jovens e adultos, cabendo esta
garantia a cada instância governamental (municipal, estadual e federal).

9.7 Assegurar que toda população acima de 15 anos tenha acesso ao Ensino
Fundamental I e progressivamente ao Ensino Fundamental II e Ensino Médio
regular ou supletivo, público, gratuito e de qualidade, no período de cinco anos
(2020).
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9.8 Elaborar, a partir da aprovação deste Plano, um Projeto Político


Pedagógico interdisciplinar, com fundamentação nas vivências de jovens e
adultos, nos aspectos históricos, sociais, culturais e na relação teoria e prática.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS / EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL

De acordo com a determinação da Constituição Federal, parágrafo 3º do


artigo 37, a Educação de Jovens e Adultos deverá ser ofertada paraaqueles
que não tiveram acesso ou continuidade dos estudos no Ensino Fundamental
ou Médio na idade própria. Essa oferta deverá ser articulada a educação
profissional, visando à redução dos índices de abandono e evasão dessa
modalidade de ensino, considerando que a maior parte dos que frequentam
esse nível de ensino é da classe trabalhadora (Lei nº 11.741, de 16 de julho de
2008, e Parecer CNE/CEB nº 6, de 09 de junho de 2010).
Os sistemas de ensino podem optar por diversos modelos, tais como,
oferta presencial e no contra turno oferta da educação profissional, de forma
semipresencial, ou seja, diminuir os dias de horas aulas presenciais
complementadas com dias de atividades destinadas a formação profissional.
Outra possibilidade é a oferta da EJA Integrada (Artigo 39/LDBEN/1996)
por meio dos programas efetivados em parceria com o Ministério da Educação,
o Projovem Urbano e o Projovem Mais. Esses programas são destinados ao
público na faixa etária acima de 15 (quinze) anos e visa oferecer,
concomitantemente às disciplinas do currículo básico, um curso de iniciação
profissional, levando em consideração a especificidade dos alunos da EJA.
Em Atibaia, em parceria com o Governo Federal, a Prefeitura Municipal
mantém desde 2013 o Programa Projovem Urbano com a possibilidade de
ampliação segundo a demanda.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E
META 10 Educação Profissional ADULTOS

Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e


Adultos, na forma integrada à Educação Profissional, nos Ensinos
Fundamental e Médio.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ESTRATÉGIAS ADULTOS

10.1 Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos e Educação


Profissional com a participação conjunta de diferentes Secretarias dos
governos municipal, estadual e federal com o objetivo de proteção contra o
desemprego e de favorecer a geração de renda.

10.2 Manter em todas as unidades prisionais, e estabelecimentos que


atendam adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, programas de
Educação de Jovens e Adultos, através de Ações do Poder Público integrados
com educação profissional.

10.3 Consolidar e ampliar as parcerias com outras secretarias e entidades


para garantir os Projetos Educativos, Culturais, Esportivos e formação
profissional.

10.4 Incentivar parcerias com o MEC através de programas que ofereçam o


Ensino Profissionalizante, destinados ao público na faixa etária acima de 15
(quinze) anos e que também visem oferecer, concomitantemente às disciplinas
do currículo básico, um curso de iniciação profissional, levando em
consideração a especificidade dos alunos da EJA.
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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Concepção e análise da Educação Profissional

Há um consenso nacional: a formação para o trabalho exige hoje níveis


cada vez mais altos de Educação Básica, não podendo esta ficar reduzida à
aprendizagem de algumas habilidades técnicas, o que não impede o
oferecimento de cursos de curta duração voltados para a adaptação do
trabalhador às oportunidades do mercado de trabalho, associados à promoção
de níveis crescentes de escolarização regular. Entende-se, então, que a
Educação Profissional não pode ser concebida apenas como uma modalidade
de Ensino Médio, mas deve constituir-se como educação continuada que
perpassa toda a vida do trabalhador.
A Educação Profissional foi regulamentada pelo Decreto nº 2.208/1997,
e normatizada no Estado de São Paulo pela Indicação CEE nº 14/97 e pela
Del. CEE nº 14/97. São definidos três níveis para a Educação Profissional:
Básico; Informal; Técnico, formação de nível médio e tecnológico,
correspondente à Educação Superior, sem ser necessariamente um curso de
graduação, por poder adotar carga horária total menor que o mínimo estipulado
para a graduação.
A Educação Profissional formal e não formal, enquanto parte de um
processo educativo global e de uma política de desenvolvimento nacional e
regional, deverá integrar-se ao sistema regular de ensino e articular-se na
construção de educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
No Estado de São Paulo, o Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza – CEETEPS com mais de 30 anos de existência, possui hoje mais
de 100 escolas técnicas estaduais e mais de 12 Faculdades de Tecnologia,
distribuídas em mais de 85 municípios, estando, inclusive, presente no
município de Atibaia – ETE Prof. Cármine Biagi Tundisi – localizada no Bairro
de Caetetuba.
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META 11Matrículas Ensino Médio Educação Profissional

Triplicar as matrículas da Educação Profissional técnica de nível médio,


assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na
expansão de vagas.

ESTRATÉGIAS Educação Profissional

11.1Implementar uma política de ensino técnico que esteja voltada para o


desenvolvimento da pessoa e da sociedade tendo como referência as
necessidades de formação profissional para o mercado de trabalho.

11.2 Ampliar a educação técnica no município através de parcerias com os


diversos setores do Poder Público, e, também, implantação da educação
tecnológica para atendimento da demanda local e regional.

11.3 Manter parcerias com as instituições voltadas para a formação


profissional (a exemplo do SENAI, SENAC, SEBRAE, SESI, e outros) para
garantir o oferecimento de cursos de formação profissional.

11.4 Buscar uma progressiva ampliação de vagas públicas para formação


profissional em todos os níveis e modalidades, para atendimento da demanda,
na vigência deste plano.

11.5 Estabelecer parceria com as Secretarias Municipais e empresas onde


seja realizado um levantamento das necessidades do município quanto à mão
de obra qualificada, para ampliação da oferta dos cursos a serem implantados.
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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Concepção e análise da Educação Superior

A LDB (Lei nº. 9.394/1996) define dois níveis para a Educação Superior:
Graduação e Pós-graduação. Entretanto, introduziu, como novidade, uma
certificação intermediária, abrindo a possibilidade de dividir a graduação em
uma etapa básica, complementada por cursos sequenciais, que também
podem ser oferecidos de forma independente. Analisando a realidade brasileira
e paulista, a comunidade universitária organizada – docentes, técnico-
administrativos e estudantes – tem alertado para a dificuldade de cumprir com
qualidade os objetivos da Educação Superior, se organizada nestes moldes. De
fato, verifica-se, no Estado de São Paulo, que apenas as instituições de Ensino
Superior privadas utilizaram-se desta abertura.
Além dos dois níveis mencionados anteriormente, a LDB ainda admite
como Educação Superior cursos de duração inferior a 2.800 horas, estando
nesta categoria aqueles que levam ao diploma de tecnólogo.
As Faculdades de Tecnologia – FATEC, ligadas ao Centro Estadual de
Educação Tecnológica Paula Souza – CEETEPS oferecem da ordem de 5 mil
vagas para cursos de 3 anos, conferindo-se aos concluintes o grau de
tecnólogo. Houve recente expansão da rede de FATEC. A Escola Técnica
Federal de São Paulo foirecentemente transformada num CEFET, esperando-
se, que calcada na qualidade reconhecida do seu ensino enquanto foi restrito
ao nível médio, e espelhando-se em CEFET congêneres, em outros Estados,
possa também desempenhar papel relevante no ensino tecnológico.
O Ensino Superior, como patrimônio social, se caracteriza pela sua
necessária dimensão de universalidade na produção e transmissão de
experiência cultural e científica da sociedade. Ele é, essencialmente, um
elemento constitutivo de qualquer processo estratégico e de construção de
identidade social.
Essa visão do Ensino Superior está intimamente associada ao conceito
de educação realizada através do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma
indissociável, cujo objetivo pressupõe o aperfeiçoamento da formação cultural
do ser humano, a capacitação para o exercício de uma profissão e a
preparação para a reflexão crítica e a participação na produção, sistematização
e superação do saber, cabendo ao Estado a responsabilidade de assegurar o
acesso a esse direito social a todos os cidadãos, de forma gratuita, por meio
das instituições acadêmicas.
A Educação Superior é a última etapa da educação formal, sendo
considerada de importância estratégica pela maioria absoluta dos países. De
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fato, dentro do sistema de educação, a educação superior tem um papel


especialmente relevante, pois é nesse nível de ensino que se dá a formação de
docentes e técnicos que vão desenvolver seu trabalho de orientação e ensino
nos demais níveis do sistema de educação. Cabem-lhe, assim, enormes
tarefas que dizem respeito ao seu papel de formadoras de novas gerações,
que sejam críticas e conscientes no exercício de direitos e deveres.
Além de sua função como local de formação de profissionais para o
sistema educacional, a Educação Superior tem cumprido historicamente uma
outra missão importante, a de impulsionar o desenvolvimento técnico, científico
e cultural das regiões onde se insere.
O déficit na Educação Superior no Estado de São Paulo é muito
significativo, tanto do ponto de vista quantitativo, quanto do ponto de vista
qualitativo. Configura um cenário desalentador que está pondo em risco seu
papel na indução do desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do
Estado e do País.
Um dos graves problemas com que se defronta a Educação Superior
paulista é a privatização.Além do desequilíbrio público/privado, há em São
Paulo ainda um importante desequilíbrio regional; assim, é necessário destacar
as carências específicas na oferta do Ensino Superior, levando em conta
necessidades e possibilidades das diferentes regiões.
Em Atibaia, o Ensino Superior é oferecido por uma instituição de ensino
particular que vem crescendo anualmente. Tal crescimento demonstra uma
grande demanda por este nível de ensino no próprio município e cidades
vizinhas.
A demanda por curso superior em outras carreiras é atendida por
instituições localizadas em outros municípios, o que acarreta um alto custo
para os estudantes, que, além de pagarem as mensalidades, têm que arcar
com os custos de transporte ou moradia fora de Atibaia.
Não parece haver margem de dúvida de que a juventude quer e precisa
de um Ensino Superior público e de qualidade comparável, ou, mesmo, melhor
do que aquele hoje ministrado nas universidades públicas.
Neste sentido, podem ser destacadas duas questões centrais no que se
refere ao Ensino Superior no município: a seletividade, que deixa fora deste
nível de ensino os jovens que não podem pagar a faculdade; e o êxodo de
jovens que ingressam em universidades públicas em outras regiões do Estado,
ou mesmo do País, e dificilmente regressam ao local de origem por falta de
oportunidades no município.
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TABELA 53

Fonte: www.faat.com.br

Tem vista os dados apontados na tabela acima o número de estudantes


matriculados nesse nível de ensinodemonstra o interesse e amplia a
necessidade de novas estratégias para ampliação de vagas, controle da
qualidade dos cursos ofertados e incentivo a instalação de novos cursos e
universidades na região.

TABELA 54

Fonte: www.faat.com.br

Observa-se o aumento de matrícula de alunos nos cursos de pós-


graduação, fato este justificável pela necessidade de formação na sociedade
do conhecimento e no mercado de trabalho.
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META 12 Acesso EDUCAÇÃO SUPERIOR

Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa


líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade
da oferta.

ESTRATÉGIAS EDUCAÇÃO SUPERIOR

12.1 Buscar o provimento, junto ao Sistema Estadual e União, para que, haja
oferta de educação superior pública e gratuita para os jovens do município na
faixa etária de 18 a 24 anos, em pelo menos 40%.

12.2 Lutar pela ampliação dos cursos superiores oferecidos em Atibaia, nas
áreas de humanas, exatas e biológicas.

12.3 Pleitear a implementação de FATECs, do Instituto Tecnológico e


estabelecer parceria com a Universidade Aberta do Brasil – UAB.

12.4 Assegurar a qualidade da Educação Superior promovendo pesquisas e


avaliação sistemática das ementas dos cursos, sua adequação as
necessidades do mercado de trabalho garantindo com isso conexão entre os
cursos oferecidos e as necessidades do município.

12.5 Proporcionar uma integração entre a Universidade e o Mercado de


Trabalho, para a inserção do universitário em sua área de atuação, como
estagiário, se possível, remunerado.

12.6 Ampliar por meio de programas especiais, as políticas de inclusão e de


assistência estudantil e de modo a reduzir as desigualdades étnico-raciais,
para alunos de instituições públicas de educação superior, de modo a ampliar
as taxas de acesso a educação superior de estudantes egressos da escola
pública.

12.7 Buscar meios de incentivo aos alunos a realizarem processos seletivos de


inclusão em cursos superiores como vestibulares, ENEM, PROUNI, oferecendo
transporte para realização dos mesmos.
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12.8 Realizar um diagnóstico de aptidão profissional entre os jovens de 14 a


17 anos.

12.9 Promover com o auxílio da Secretaria de Assistência Social e outros


órgãos competentes, capacitação dos alunos à orientação profissional,
garantindo o acesso e permanência, bem como aprendizagem para a
conclusão do curso.
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META 13 Qualidade EDUCAÇÃO SUPERIOR

Elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a proporção de


mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do
sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35%
de doutores.

ESTRATÉGIAS EDUCAÇÃO SUPERIOR

13.1 Buscar programas de formação continuada de forma a estimular o


aperfeiçoamento do conhecimento docente, trazendo para o município em
colaboração com órgão competente, polo de formação em nível superior de
mestres e doutores.

13.2 Oferecer incentivos aos docentes, como ajuda de custo de transporte e


outros para possibilitar seu acesso ao ensino superior.

13.3 Ampliar a oferta de vagas na Educação Superior por meio da ampliação


de vagas nas instituições públicas de ensino superior na cidade.

13.4 Ampliar a oferta de vagas nos cursos de graduação em licenciaturas


interdisciplinares, considerando as demandas locais, de modo a atender a
formação de professores da Educação Básica.

13.5 Integrar a Educação Superior com as etapas da Educação Básica como


meta prioritária para uma política municipal de formação inicial e continuada
dos professores dos sistemas de ensino.

13.6 Estabelecer formas de participação da sociedade civil na gestão


universitária para assegurar a sua integração às necessidades sociais do
município.

13.7 Promover uma política interinstitucional de estímulo ao ensino, pesquisa


e extensão que tenha como objetivo identificar e intervir nos problemas
educacionais relevantes do município, propiciando a troca de experiências e
saberes entre a universidade e os sistemas de ensino da Educação Básica.
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META 14 Acesso PÓS-GRADUAÇÃO

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto


sensu.

ESTRATÉGIAS PÓS-GRADUAÇÃO

14.1 Realizar planejamento estratégico para dimensionamento da demanda


por formação continuada, de forma orgânica e articulada às políticas de
formação do município.

14.2 Reorganizar as políticas municipais de formação de professores da


Educação Básica, definindo diretrizes municipais, áreas prioritárias e
instituições formadoras.

14.3 Ampliar a oferta de programas de pós-graduação, nas faculdades


abertas em nosso município, propondo convênio entre Prefeitura, Estado e a
Instituição.

14.4 Incentivar, através de plano de carreira, o afastamento remunerado dos


professores para a formação em mestrado e doutorado.

14.5 Ter assegurado através de plano de carreira a valorização salarial por


títulos obtidos pelo profissional.
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VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

Concepção e Análise da Formação dos Professores e Valorização do


Magistério

O Plano Municipal de Educação, com base no Plano Nacional, concebe


a melhoria da qualidade do ensino como um dos seus objetivos centrais.
Nestes termos, esta melhoria somente poderá ser alcançada se promovida, ao
mesmo tempo, a valorização do magistério. Sem esta, ficam baldados
quaisquer esforços para alcançar as metas estabelecidas em cada um dos
níveis e modalidades do ensino. Essa valorização só pode ser obtida por meio
de uma política global de magistério, a qual implica, simultaneamente, em:
1. Formação profissional inicial;
2. Condições de trabalho, salário e carreira;
3. Formação continuada.

A simultaneidade dessas três condições, mais do que uma conclusão


lógica, é uma lição extraída da prática. Esforços dos sistemas de ensino e,
especificamente, das instituições formadoras em qualificar e formar
professores, têm se tornado pouco eficazes para produzir a melhoria da
qualidade do ensino por meio de formação inicial. Isto, explica-se em parte por
dois grandes conjuntos de problemas, resultantes das iniciativas de governos
que aprofundaram o caráter excludente da política educacional, em especial
aqueles relativos à formação (inicial e continuada) dos profissionais que atuam
na educação: fragmentação da formação; ênfase na formação à distância e
favorecimento de cursos privados; reordenamento institucional da formação
docente para os diferentes níveis e modalidades de ensino, como os Institutos
Superiores de Educação – ISEe os CEFET; limitações (quantitativas e
qualitativas) à capacitação e profissionalização do pessoal técnico-pedagógico,
técnico-administrativo e de apoio.
O educador é uma das referências vitais em todo e qualquer projeto
educacional. Cabe a ele, além de participar da elaboração, execução e
avaliação do Projeto Político Pedagógico da escola, a tarefa de implementar
esse projeto em sala de aula. Dessa maneira, elaborar e implantar uma política
educacional que seja construída sem a participação ativa de todos os
profissionais da educação, sem abordar as questões relativas a sua formação,
carreira, condições de trabalho, é insistir num projeto educacional que tem
grande possibilidade de não alcançar êxito.
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Numa perspectiva social, a formação de profissionais em educação,


precisa ser tratada no rol das políticas públicas, como um direito dos que atuam
na escola e no sistema. Compõe, por isso, juntamente com a carreira e a
jornada de trabalho – que, por sua vez, devem ser vinculadas à remuneração
digna – os elementos indispensáveis à implementação de uma política de
valorização profissional que contribua, tanto para a construção e o resgate das
competências dos educadores, como para a (re)construção da escola pública
de boa qualidade.
Para que o professor possa desempenhar plenamente o seu papel, é
preciso que as políticas públicas lhe garantam as condições adequadas: ao
educador compete buscar nas demais áreas do conhecimento as necessárias
ferramentas para construir categorias de análise que lhe permitam apreender e
compreender as diferentes concepções e práticas pedagógicas, stricto e lato
sensu, que se desenvolvem nas relações sociais e produtivas de cada época;
transformar o conhecimento social e historicamente produzido em saber
escolar, selecionando e organizando conteúdos a serem trabalhados através
de formas metodológicas adequadas; construir formas de organização e gestão
dos sistemas de ensino nos vários níveis e modalidades; e, finalmente, no fazer
deste processo de produção de conhecimento, sempre coletivo, participar
como um dos atores da organização de projetos educativos, escolares e não
escolares, que expressem o desejo coletivo da sociedade (Kuenzer, 1998).
Assim, a elevação do nível de formação dos professores é fator
fundamental para a melhoria do seu desempenho e para o aprofundamento
das boas práticas escolares, com efeitos positivos na aprendizagem dos alunos
Diante desses dados, e tendo como foco o ensino público, o município
deve criar oportunidades de formação, de modo a responder à necessidade
dos professores do sistema público de Educação Básica. Com a promulgação
da LDB, em 1996, esta necessidade se tornou um preceito legal, uma vez que
está prevista a graduação superior para todos os professores, incluindo a
previsão de que os sistemas de ensino promovam o aperfeiçoamento
profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado
para esse fim (LDB, Artigo 67, Inc. II).
A formação contínua em serviço é um direito dos profissionais da
educação e um dever do Estado. Isso exige que na jornada de trabalho desses
educadores seja ampliado o número de horas dedicadas a essa formação.
Para que a escola se torne também espaço de formação para os
educadores, é preciso que se defina um plano de formação a partir da
realidade vivida e das características do seu corpo profissional, capaz de
responder às necessidades e aspirações constatadas.
Não se pode, portanto, considerar a formação dos profissionais em
educação como questão que se resolve apenas do ponto de vista das
estatísticas. Além das particularidades metodológicas que cada nível de ensino
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possui, há também a necessidade de formar os professores para participarem


da gestão democrática do sistema e da escola, em todas as suas dimensões. E
não se deve deixar de lembrar, novamente, que a formação inicial e continuada
dos profissionais técnico-pedagógicos, técnico-administrativos, e funcionários
de apoio na Educação Básica, é igualmente decisiva para a boa qualidade da
educação.
De outro lado, as transformações que se operam na esfera social e
produtiva impõem a necessidade de umanova pedagogia,que deve ser erguida
sob novosreferenciais, quais sejam, a necessidade do domínio dos conteúdos
básicos das ciências contemporâneas; de uma ética que leve em conta a
responsabilidade do homem com o meio ambiente e que vise ao exercício da
solidariedade e da alteridade, para o desenvolvimento de uma sociedade mais
humana, que acabe com a exclusão social.
Para cumprir essa tarefa, os professores, assim como os demais
trabalhadores em educação, precisam estar capacitados para compreender a
nova realidade, apoiando-se nas distintas áreas do conhecimento, para
produzir ciência pedagógica.
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META 15Magistério/Formação EDUCAÇÃO SUPERIOR

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito


Federal e os Municípios, no prazo de um ano de vigência deste PME,
política municipal de formação dos profissionais da educação de que
tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes
devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada
em nível superior de graduação.

ESTRATÉGIAS EDUCAÇÃO SUPERIOR

15.1 Realizar concurso público cuja exigência de formação, constada em


edital, seja a equivalente à área de atuação.

15.2 Oferecer professor substituto às escolas que possuem professores


cursando mestrado ou doutorado.

15.3 Valorizar os professores, com melhores salários, de acordo com seu


nível de especialização, respeitando o estabelecido no Plano de Carreira e
vencimentos dos servidores do magistério público municipal, no estatuto do
magistério público estadual e Piso Nacional Salarial para os que continuarem
sua formação em cursos de especialização, mestrado e doutorado.

15.4 Firmar convênios entre Prefeitura e Instituições de Ensino Superior, para


obter descontos nas mensalidades, incentivando assim os professores a
frequentarem cursos de formação superior.

15.5 Fomentar discussões com as Instituições de Ensino Superior para


formação inicial do professor.
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PÓS-GRADUAÇÃO

META 16 Acesso PÓS-GRADUAÇÃO

Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que
atuam na Educação Básica em curso de pós-graduação stricto ou lato
sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da
Educação Básica tenham acesso à formação continuada, considerando
as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino.

ESTRATÉGIAS PÓS-GRADUAÇÃO

16.1Ampliar a oferta de programas de pós-graduação nas instituições de


ensino superior existentes no município.

16.2Ter assegurado através de plano de carreira a valorização salarial de seu


título.

16.3Promover convênios entre Prefeitura e Instituição de Ensino Superior, para


obter descontos nas mensalidades incentivando os profissionais a
frequentarem cursos de pós-graduação.

16.4 Identificar demandas para oferta de cursos de pós-graduação, lato sensu


e stricto sensu, no sentido de atender as demandas dos professores da
educação básica que atuam no município.

16.5 Criar programas, em regime de colaboração com instituições de ensino


superior, que ampliem a oferta de vagas em cursos de pós-graduação lato
sensu e stricto sensu.
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META 17Valorização Magistério PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de Educação


Básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

17.1 Instituir programa de acompanhamento ao professor iniciante,


supervisionado por profissional com experiência de ensino, a fim de
fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação
do professor ao final do estágio probatório do município.

17.2 Constituir por incentivo da Prefeitura Municipal, até o final do terceiro


ano da vigência desse plano, fórum permanente com representação das
escolas municipais, estaduais, particulares e dos trabalhadores da educação,
para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial
nacional para os profissionais do magistério.

17.3 Instituir o Plano de Carreira, e, adequar anualmente, se necessário, de


acordo com as determinações federais e estaduais.

17.4 Estabelecer no âmbito da administração municipal o estabelecimento de


metas para o aumento real dos salários para além dos reajustes anuais.

17.5 Buscar mecanismos de reorganização da Rede Municipal de Ensino,


tendo em vista a busca da relação da quantidade professor/aluno dentro dos
padrões ideais.
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PLANO DE CARREIRA

A LDB 9394/96 em seu art. 67 define que todos os Sistemas de Ensino


suscitem a valorização dos profissionais da educação, assegurando a
elaboração de planos de carreira, aperfeiçoamento profissional, ingresso no
serviço público por meio de concursos públicos, piso salarial profissional,
progressão funcional fundamentada em titulação e avaliação de desempenho,
garantia de períodos reservados a estudos, planejamento e avaliação e
condições adequadas de trabalho.
Na sociedade atual não se discute o valor da educação. Ao mesmo
tempo a qualidade do processo educativo está diretamente relacionada à
valorização do professor de maneira adequada, a construção da identidade
profissional e dos saberes profissionais. A partir desses pontos as reflexões
recaem sobre a formação inicial, formação continuada em serviço, jornadas de
trabalho entre outras questões. Sabe-se que a valorização dos profissionais da
educaçãoécondição fundamental para a efetivação de oferta de educação com
qualidade.
Constitui então, pauta imperativa dos sistemas de ensino promover a
elaboração de planos de carreira, valorizando dentre outros aspectos, a
formação continuada dos profissionais da educação. A Rede Municipal de
Educação de Atibaia encontra-se no momento de revisão e adequação dos
planos de carreira.
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META 18 ValorizaçãoMagistério PLANO DE CARREIRA

Assegurar, no prazo de um ano, a existência de planos de carreira para os


profissionais da Educação Básica e superior pública de todos os
sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da
Educação Básica Pública, tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em Lei Federal, nos termos do inciso VIII do art. 206
da Constituição Federal.

ESTRATÉGIAS PLANO DE CARREIRA

18.1 Assegurar a existência, em até um ano de vigência deste plano, do


Plano de Carreira Municipal, elaborado e aprovado de acordo com as
determinações da Lei nº 9.394/96; garantir, igualmente, os novos níveis de
remuneração, com piso salarial próprio, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (meta 18/2014), assegurando
a promoção por mérito e avaliação de desempenho, abrangendo todos os
profissionais do magistério da Rede Municipal.

18.2 Implementar, gradualmente, na Rede Municipal de Educação, uma


jornada única de trabalho para os professores dos diferentes níveis de ensino.

18.3 Destinar pelo menos 1/3 da carga horária de docência dos professores
para preparação de aulas, avaliações e reuniões pedagógicas.

18.4 Garantir que, até o final do plano, todos os professores da Educação


Básica em exercício, de acordo com os incisos I, II e III do caput do art. 61 da
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,possuam formação específica de
nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em
que atuam.

18.5 Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos


professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e
garantir a todos os profissionais da Educação Básicaformação continuada em
sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino.
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18.6 Ampliar a oferta de programas de pós-graduação, nas faculdades


abertas em nosso município, propondo convênio entre prefeitura, estado e a
instituição escolar.

18.7 Estimular a participação, a partir da vigência deste PME, em cursos


profissionalizantes de nível médio e superior, do pessoal de apoio e áreas
administrativas da escola, e em médio prazo, para outras áreas em que a
realidade demonstrar ser necessário.

18.8 Realizar planejamento estratégico para dimensionamento da demanda


por formação continuada, de forma articulada às políticas de formação do
município.

18.9 Reorganizar as políticas municipais de formação de professores da


educação básica, definindo diretrizes municipais, áreas prioritárias e
instituições formadoras.

18.10 Incentivar, através do plano de carreira, o afastamento remunerado dos


professores para a formação em mestrado e doutorado.

18.11 Ter assegurado, por meio do plano de carreira, a valorização salarial por
títulos obtidos pelo profissional no município.
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GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática incorporada como princípio pela Constituição


Federalde 1988 e reafirmado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB,
9394/96, abriu espaços para a institucionalização de mecanismos de
participação na gestão das escolas e nos sistemas de ensino. Para
concretizara gestão democrática é preciso ações permanentes para evitaras
distorções criadas por concepções e intenções, já ultrapassadas, que se fazem
ainda presentes em diversas instituições escolares.
São fundamentos da gestão democrática da educação: o caráter público
da educação, a inserção social, a descentralização do poder como forma de
controle e acompanhamento, a socialização e decisões colegiadas,
materializando os direitos fundamentais legalmente constituídos, promovendo a
equidade social.
A criação de Conselhos Escolares, Conselhos Universitários, Conselho
Municipal de Educação entre outros se constituem em instrumentos de
materialização da gestão democrática. São colegiados participativos e
representativos dos diversos segmentos sociais. Esses Conselhos existem nas
mais variadas formas e finalidades como, por exemplo,conselhos de
regulamentação dos sistemas (conselhos de educação), como conselhos
gestores de equipamentos (conselhos escolares), passando pelos conselhos
de fiscalização vinculados a programas governamentais específicos (conselhos
do FUNDEB e conselhos de alimentação escolar).
Para se construir uma cultura democrática e uma cultura de direitos
humanos no cotidiano escolar, é necessária a articulação entre gestão
democrática e controle social, tendo os conselhos escolares como mediadores.
Esses conselhos serão instrumentos mobilizadores da comunidade, na qual a
escola pertence para tomar conhecimento das ações e também participar das
atividades desenvolvidas.
Os conselhos identificarão as necessidades apresentadas pela
comunidade e pelas famílias para o atendimento das demandas específicas,
visando à melhoria da qualidade de educação oferecida.
Esse processo deve ser construído de maneira colaborativa, com as
famílias eentidades da comunidade, com metodologias participativas que
visemuma integração e um diálogo contínuo e constante com a escola.
Torna-se necessário estabelecer canais de comunicação e interlocução,
visando à aproximação e enfrentamento conjunto dos problemas que afetam a
comunidade escolar; elaborar atividades de diagnóstico, problematizar as
alternativas de solução para situações referentes à educação; desenvolver
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projetos comunitários que tratem das necessidades específicas da


comunidade; estabelecer parcerias e relações para que a comunidade
desenvolva um sentimento de pertencimento à escola e vice-versa.
Na construção da gestão democrática a avaliação também se constitui
em importante instrumento de implantação ao planejamento estratégico e
participativo da educação. A consecução desse planejamento requer uma
avaliação diagnóstica apropriada e atualizada, capaz de identificar
necessidades, indicar prioridades, definir objetivos e metas, e apontar recursos,
procedimentos e instrumentos. Para garantir o objetivo social desses
processos, é indispensável a participação organizada de todos os envolvidos
(alunos, pais ou responsáveis, funcionários de apoio, profissionais técnico-
administrativos, professores, professores coordenadores, diretores, autoridades
educacionais constituídas).
Avaliação institucional deve permear o Sistema Municipal de Educação
(Secretaria, órgãos, instituições), deve ser interna e externa, e reger-se pelos
mesmos princípios e diretrizes que assegurem uma educação de boa
qualidade, que formem o cidadão, justo, democrático, solidário, ético, crítico e
propositivo; enfim, um cidadão preparado para enfrentar os desafios individuais
e coletivos.
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META 19 GESTÃO DEMOCRÁTICA

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da


gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito
e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

ESTRATÉGIAS GESTÃO DEMOCRÁTICA

19.1 Ampliar os programas de apoio e formação aos conselheiros dos


conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos
de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e
aosrepresentantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de
políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço
físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede
escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.2 Estimular, em todas as Redes de Educação Básica, a constituição e o


fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes,
inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e
fomentando a sua articulação orgânica com os Conselhos Escolares, por meio
das respectivas representações;

19.3 Estimular a constituição e o fortalecimento de Conselhos Escolares e


Conselhos Municipais de Educação, como instrumentos de participação e
fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas
de formação de conselheiros, assegurando-lhes condições de funcionamento
autônomo;

19.4 Promover encontros periódicos dos grêmios estudantis e conselhos


escolares.

19.5 Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação,


alunose seus familiares na formulação coletiva dos projetos político-
pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos
escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e
gestores escolares.
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19.6 Fomentar ações que visem a participação efetiva da sociedade junto as


políticas educacionais, respeitando as diversidades, na construção das
Propostas Pedagógicas e Planos de Gestão das Secretarias e das Unidades
Escolares.

19.7 Fortalecer na Rede Municipal os Conselhos Escolares, envolvendo a


Secretaria Municipal de Educação, e a comunidade interna e externa da
escola.

19.8 Fortalecer os instrumentos que assegurem a transparência e controle


social na utilização dos recursos públicos destinados à educação. Como a
realização de audiências públicas e criação de portais eletrônicos de
transparência.

19.9 Assegurar a autonomia política do Conselho Municipal de Educação,


Conselho do FUNDEB e Conselho da Alimentação Escolar – CAE.

19.10 Fiscalizar o Poder Público Municipal pelos encargos financeiros


decorrentes do funcionamento do Conselho Municipal de Educação, Conselho
do FUNDEB e Conselho da Alimentação Escolar – CAE.

19.11 Criar calendário escolar que promova dias escolares destinados às


atividades que envolvam a família, os alunos e a equipe da unidade escolar,
tais como: assembleia de conselho escolar, fiscal e do grêmio estudantil,
atividades de recreação, eventos culturais e esportivos.

19.12 Realizar cursos de formação em gestão democrática para todos os


trabalhadores da educação e comunidade local, sobre organização e
funcionamento de programas de apoio educacionais tais quais: programas
transferência de renda, orçamento, manutenção e apoio, desenvolvimento
humano, transporte escolar, planejamento estratégico, alimentação escolar.

19.13 Criar fóruns permanentes que envolvam temas relativos à educação,


garantindo a participação dos diversos segmentos ligados à educação.

19.14 Estimular e fortalecer a participação efetiva da comunidade escolar e


local na elaboração do Projeto Político Pedagógico, currículos escolares,
planos de gestão escolar, regimentos escolares, conselhos escolares, grêmios
estudantis e associações de pais e mestres.
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19.15 Assegurar a formação continuada da equipe gestora das escolas


públicas municipais, com ênfase na gestão de processos administrativos e
pedagógicos.
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FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

A Constituição Federal de 1988 define que a educação seja oferecida


em igualdades de condições de acesso e permanência na escola, com padrão
mínimo de qualidade, gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais,
valorização do magistério. Dentre os princípios cabe destacar o financiamento
da educação como elemento estruturante da organização e oferta de educação
de qualidade para todos. Financiamento da educação é condição necessária
para universalização do direito à educação pública de qualidade.
Com respeito ao financiamento da educação a Constituição Federal em
seu art. 212 garante percentuais mínimos da receita resultante de impostos à
manutenção e desenvolvimento do ensino, sendo os seguintes percentuais
18% da receita da União e 25% das receitas dos estados, distrito federal e
municípios, incluindo-se as transferências ocorridas entre esferas de governo e
o salário-educação.
O financiamento público da educação deve promover e garantir a
qualidade da educação com equidade social.
Refletir sobre a questão do financiamento necessariamente implica em
avaliar a situação socioeconômica do município, bem como as principais fontes
de recursos para o financiamento da educação. Esse financiamento tem suas
bases na efetiva arrecadação de impostos, os quais estão atrelados ao
desempenho da economia.
Com o crescimento gradativo do PIB de Atibaia contamos com um
aumento do valor real de aplicação na educação dos recursos advindos dos
impostos municipais.
Além da aplicação dos recursos financeiros sabemos que é preciso
continuar construindo mecanismos de controle social, gestão adequada dos
recursos e de mecanismos de gestão democrática para acompanhamento dos
recursos destinados a educação.
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META 20 Financiamento da Educação INVESTIMENTO PÚBLICO

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir,


no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto -
PIB Nacional - no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS INVESTIMENTO PÚBLICO

20.1 Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos


os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as
políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes
do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art.
75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de
atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender
suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional.

20.2 Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da


arrecadação da contribuição social do salário-educação.

20.3 Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem nos termos


do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar no. 101, de 4 de maio de
2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos
aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a
criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros
de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a
colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos
Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e
dos Municípios.

20.4 Desenvolver, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular dos
investimentos e custos por aluno da educação básica e superior pública, em
todas as suas etapas e modalidades.

20.5 Implantar no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PME, o Custo


Aluno Qualidade – CAQ, referenciado no conjunto de padrões mínimos
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estabelecidos na legislação educacionale cujo financiamento será calculado


com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-
aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena
do Custo Aluno Qualidade – CAQ.

20.6 Implantar o Custo Aluno Qualidade – CAQ como parâmetro para o


financiamento da educação de todas as etapas e modalidades da educação
básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de
gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do
pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em
aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e
equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-
escolar, alimentação e transporte escolar.

20.7 Avaliar a implantação do CAQ a cada 3(três) anos e ajustá-lo,


continuamente, com base em metodologia formulada pelo Ministério da
Educação - MEC, e acompanhado por órgão competentes.

20.8 Aprovar, no prazo de 1(um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional,


assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e
rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por
institutos oficiais de avaliação educacionais.

20.9 Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à


educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das
oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o
compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na
instância prevista no § 5o do art. 7o desta Lei.
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ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação, mantendo o princípio da participação


democrática, é um documento que prevê a definição de metas e estratégias
educacionais de Atibaia para a década de - 2015 a 2024. Suas ações têm
como foco a oferta de educação de qualidade para todos os cidadãos do
município. Após sua aprovação o PME responderá por todas as expectativas
em relação à educação do município.
De acordo com o princípio da gestão democrática em consonância com
a LDB 9394/96 é necessário prever formas de acompanhamento e avaliação
do que foi proposto no PME para verificar o cumprimento das metas e a
implantação das estratégias.
Esse acompanhamento e avaliação em todos os níveis e modalidades
de ensino deverá ser feito pela Secretaria Municipal de Educação, órgão
responsável pela gestão de políticas públicas para a educação do município e
pelo Conselho Municipal de Educação, enquanto órgão normativo do sistema.
Ao Conselho do FUNDEB caberá a fiscalização e aprovação dos
investimentos na educação.
Todos os órgãos citados acima deverão acompanhar e avaliar a
execução do Plano Municipal de Educação por meio de ações estratégicas e
contínuas tais como: seminários, encontros de educadores municipais,
estaduais e particulares, audiências públicas e conferências municipais.
Contaremos também como forma de avaliação a realização de um
Congresso Municipal de Educação, de dois em dois anos, do qual participarão
representantes de todos os segmentos da sociedade civil e do Poder Público. À
Secretaria Municipal de Educação e ao Conselho Municipal de Educação
caberá a responsabilidade de viabilizar a realização desse Congresso. Ele será
antecedido por uma conferência municipal anual.
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REFERÊNCIAS

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Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado,1998.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009.
_______. Lei 9.424/96 - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, Lei 9.394/96.
_______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 1999.
_______. Política Nacional de Educação Infantil, 2006.
_______. Lei 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação
_______. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão
Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Organizaçãodo
Trabalho Pedagógico / Alfabetização e Alfabetização Matemática.Brasília: MEC,
2014
BRASIL.Ministério da Educação.Secretaria de Educação Especial.Marcos
Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva/Secretaria de Educação Especial.Brasília.Secretaria de Educação
Especial,2010
CÂMARA, Municipal de Atibaia. Lei Orgânica Municipal, 23 de fevereiro de
2012.
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. São Paulo. Cortez. 1997
GADOTTI, Moacir. A escola na cidade que educa. In Cadernos CENPEC.
Educação, cultura e ação comunitária, nº 1 primeiro semestre 2006.
GENTILI, P. Pedagogia da Exclusão. Petrópolis-RJ: Vozes, 1995.
KUENZER, A. Z. A Formação de Educadores no Contexto das Mudanças no
Mundo do Trabalho: novos desafios para as faculdades de educação.
Educação e Sociedade, Ano XIX, Nº 63, p. 105-125, Ago./1998.
LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1985.
OLIVEIRA, R. P. de (org.) Política Educacional: impasses e alternativas. São
Paulo: 80
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1984.

Sites/ links pesquisados:


http://www.prolei.inep.gov.br/
http://www.cnte.org.br/legislacao/legislacao.htm
http://atibaianovo.com.br/secretaria Municipal de Educação de Atibaia
http://www.qedu.org.br/
http://portal.inep.gov.br/
http://idesp.edunet.sp.gov.br/
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http://ideb.inep.gov.br/
http://www.todospelaeducacao.org.br/indicadores/
http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php
http://www.fiesp.com.br/perfil-economico-dos-municipios/

http://www.fde.sp.gov.br/simeducacao/graficos/mapas.html
http://www.observatoriodopne.org.br/
http://www.seade.gov.br/
http://www.revistaenfase.com.br
http://www.faat.com.br
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Poder Executivo
(Proc. Nº 700/2015)

D E C R E T O N° 7.776
de 04 de novembro de 2015

Dispõe sobre a abertura de um crédito suplementar no valor de R$ 192.000,00 (cento e noventa e dois mil reais).

O PREFEITO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA, usando de suas atribuições legais e devidamente autorizado pela Lei nº 4.244 de 04 de agosto de
2014, em seu artigo 10, combinado com o artigo 7º da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964,

D E C R E TA

Art.1º Fica aberto na Divisão de Contadoria e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Finanças da Prefeitura da Estância de Atibaia, um crédito
de R$ 192.000,00 (cento e noventa e dois mil reais) para suplementar a seguinte dotação orçamentária do Executivo:

28 SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
101 SECRETARIA E DEPENDÊNCIAS COMUNICAÇÃO
2156 COMUNICAÇÃO SOCIAL
686 – 28.101.3.3.90.39.24.131.0070.2.156.01.110000 ........................................R$ 192.000,00

Art.2º O valor do presente crédito será coberto com o recurso proveniente do superavit financeiro do exercício de 2014.

Art.3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art.4º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA, PALÁCIO “JERÔNIMO DE CAMARGO”, aos 04 de novembro de 2015.

- Saulo Pedroso de Souza -


PREFEITO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA

- Márcia Helena Ruttul Aguirra -


SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO E FINANÇAS

- Viviane Cocco -
SECRETÁRIA DE COMUNICAÇÃO

Publicado e Arquivado na Secretaria de Governo, na data supra.

-Waldir Bottura
SECRETÁRIO DE GOVERNO SUBSTITUTO

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