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Bom dia a todos de acordo com o tema Interculturalidade e Migrações, irei falar sobre Imigrantes e Refugiados em

Portugal, Irei distinguir os conceitos de imigrante e refugiado; falar das suas condições no nosso país e da sua
integração.
Antes de começar, aproveito para fazer referência a um projeto em que a nossa turma está envolvida do Jornal
Público, onde nos foram disponibilizadas assinaturas do jornal, para contribuir na elaboração dos nossos trabalhos e
respetiva investigação.

Então o que distingue um imigrante e um refugiado?


Um refugiado é alguém que se encontra fora do seu país de origem devido a guerra, a violência, a conflitos ou a
perseguições. São pessoas comuns que tiveram de deixar para trás as suas vidas de forma a preservar a sua própria
liberdade e segurança.
Já o termo imigrante, normalmente, compreende todos os casos em que a decisão de migrar, para outros países é
livremente tomada pelo individuo em questão, ou seja, a imigração deu-se por razões de “conveniência pessoal” e
sem a intervenção de fatores externos que o forcem a tal.

Imigrantes e refugiados em Portugal


No que diz respeito ao número de imigrantes e refugiados em Portugal, os brasileiros, segundo a notícia “Número
de imigrantes em Portugal subiu quase 23%”, representam um quarto do total de imigrantes, com 151.304 cidadãos
residentes, seguido por Cabo Verde com 37.436 residentes e logo a seguir o Reino Unido, com 34.358, resultado do
“efeito do Brexit”. No início de 2022, já habitavam em Portugal mais de 714 mil estrangeiros. No entanto, do ponto
de vista estatístico e factual, de acordo com o site PORDATA, o número de imigrantes tem vindo a diminuir desde
2019.
Em 2020, Portugal foi dos países que menos recebeu refugiados da União Europeia, ficando apenas na vigésima
posição entre os estados-membros, e registou das mais elevadas taxas de recusa. Ao todo, Portugal acolheu cerca de
2,4 mil dos 2,7 milhões de refugiados que chegaram à União Europeia em 2020.

Integração dos imigrantes e refugiados


A integração dos imigrantes e refugiados nos países de acolhimento consiste no processo de adaptação a esses
países e ao seu quotidiano.
Em Portugal, de acordo com o Plano Estratégico para as Migrações, os elementos de apoio à integração passam por
assistência com alojamento, apoio familiar, acesso a cursos de aprendizagem de língua portuguesa, acesso à
educação infantil e jovem, desenvolvimento profissional, acesso aos serviços públicos de saúde e iniciativas de
integração sociocultural.
No que diz respeito à integração, os portugueses têm duas perspetivas, a perspetiva positiva, ou seja, todas as
pessoas que acham favorável a entrada de imigrantes e refugiados no nosso país e a perspetiva negativa, ou seja
todos aqueles que são contra essa mesma entrada. Esta última perspetiva levou a um “protesto contra o
acolhimento de refugiados” onde cerca de 150 de pessoas manifestava “cuidar dos nossos primeiro”.
Felizmente, nos últimos anos, a perspetiva positiva tem sido cada vez maior, como nos mostra a notícia "Quase 80%
dos portugueses acham que integração de imigrantes é positiva".

Exemplos recentes da má integração de imigrantes em Portugal, da má aceitação dos portugueses são as notícias
deste mês, “Como um incêndio na Mouraria destapou a realidade dos alojamentos dos imigrantes em Lisboa”, onde
as más condições de habitabilidade de imigrantes preocupam os bombeiros e Juntas de Freguesia da cidade de
Lisboa. Desde fevereiro de 2021, entre as freguesias de Arroios e de Santa Maria Maior, fogos causaram quatro
mortes, 31 feridos e 79 desalojados. E, na semana passada, “Silêncio cúmplice com a grave situação de muitos
imigrantes é racismo e xenofobia” onde se apela ao presidente da república, para este fazer pedagogia democrática
para formar cívica e humanamente os portugueses, para que haja respeito pelos outros, incluindo os imigrantes.
Imigrantes em Portugal

A primeira comunidade a discutir são os asiáticos, mais especificamente os asiáticos vindos do Nepal, do Paquistão
e do Bangladesh. Com o passar dos anos a aderência destes cidadãos ao nosso país tem aumentado, sendo
justificada maioritariamente pelo trabalho e as oportunidades de trabalho existentes. A verdade é que durante
muitos anos a agricultura foi considerada a base da nossa economia, mas com toda a industrialização foi um pouco
posta de parte, mas a realidade de hoje em dia, é que a maior parte do trabalho feito em campos agrícolas no nosso
país, é feita pelos imigrantes. Porém mesmo com um grande contributo para o nosso país, existem sempre pessoas
contra a integração dos imigrantes.

A verdade é que com propostas de trabalho, objetivos em mente ou não, maior parte destes imigrantes, não têm
trabalho, não têm casa e não têm dinheiro e por isso vivem numa situação precária, estão desalojados e viraram sem
abrigo, sem condições nenhumas.

Para terminar, considero importante desmitificar muitas opiniões relativamente aos imigrantes criadas pela
sociedade portuguesa:
- A primeira, relativamente ao trabalho, onde portugueses pensam que os imigrantes ocupam as nossas
posições de trabalho. A notícia “Imigrantes ficam menos tempo sem trabalho porque aceitam os piores empregos”,
vem refutar e destituir esta opinião, eles ocupam os trabalhos que os portugueses não querem, não nos afetando
então.
- Semelhante a esta primeira, é os imigrantes contribuírem para uma menor mão de obra. Ora, a verdade é
precisamente o contrário, a falta de imigrantes é uma das razões para a escassez de mão de obra, a queda a que se
assistiu da mão de obra imigrante, que normalmente, vem para as ocupações com salários mais baixos e menos
procuradas pelos trabalhadores portugueses, originou uma dificuldade e um decréscimo da população ativa.
- Outra opinião é a de que os imigrantes ficam com os nossos subsídios, gastam-nos. Mais um mito da
sociedade, em 2020, segundo o Relatório de Indicadores de Integração de Imigrantes, estes renderam 884 milhões
de euros à segurança social.

Com esta desmitificação, o que eu pretendo é demonstrar-vos que “Portugal precisa de mais imigrantes
para não encolher”, se o nosso país deixasse de receber imigrantes, perderíamos cerca de 2,6 milhões de
pessoas até 2060, deixando de haver qualificados suficientes para ocupar os lugares necessários para o
avanço da economia. Temos de nos focar mais na emigração e não na imigração, focar-nos no que estamos
a perder e não no que estamos a ganhar.
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