1 Análise Rede Desprotegida

Análise de Transientes em uma
Rede Desprotegida
Visão Geral do Workshop
Neste workshop, você utilizará o HAMMER para desenvolver uma simulação numérica de um
transiente hidráulico em uma linha principal de transmissão para determinar quantitativamente
o efeito do desligamento de uma estação de bombeamento (impulsão) causado por uma queda
repentina de energia.
Pré-requisitos
 Conhecimentos básicos sobre a teoria de transientes hidráulicos
Objetivos
Após completar este workshop, você será capaz de:

 Analisar o sistema real conforme foi concebido (sem a inclusão de qualquer dispositivo
de proteção) para determinar seu grau de vulnerabilidade diante de um evento de
transientes hidráulicos.
 Apresentar os resultados graficamente para se obter uma maior compreensão do
fenômeno do transiente hidráulico e, assim, propor um conjunto de possíveis
estratégias de remediação ou mitigação dos efeitos negativos que podem ser
produzidos pelo transiente.
Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 1

Copyright © March-2018 Bentley Systems Incorporated
Descrição da Situação
Descrição da Situação
O sistema apresentado na figura acima é descrito abaixo:

 Uma estação de bombeamento (impulsão) capta a água de um reservatório nas
proximidades com nível regular de água de 383 m e um fluxo de 467,5 l/s através de
uma linha de transmissão específica, que conduz a um reservatório mais elevado a
456 m, com diferença de elevação total estática de 73 mca (456 – 383).
 A elevação da bomba de velocidade constante (eixo do rotor) é de 363 m e sua
velocidade nominal é de 1760 RPM.
 Os dados para os componentes adicionais da linha de transmissão e seu perfil são
fornecidos abaixo, e você será responsável por criar e configurar a linha.
2 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

Primeiros Passos
Primeiros Passos
 Exercício: Criando um novo projeto no HAMMER

1. Clique duas vezes no ícone do HAMMER. Em seguida, a caixa de diálogo de boas-vindas
se abrirá.
2. Clique em Create New Project.

3. Em seguida, você visualizará a área de desenho totalmente em branco e ativará o editor
de elementos na margem esquerda da área de desenho.
4. Clique no Menu principal File e selecione a opção Save As. Vá para o diretório de sua
preferência e salve o arquivo com o nome Exercício 1_Solucao.
Clique em Não para a configuração do Rastreamento de Mudanças (Change Tracking). –

Para versão 10.01.00.72 ou superior

A interface e janelas flutuantes
5. Clique em Tools > More > Options

6. Na aba Unit, clique em Reset Defaults > System International
7. Modifique a opção Default unit System for New Hydraulic Model para SI
8. Clique em Ok
Muitas das ferramentas do HAMMER estão disponíveis através de gerenciadores que

ficam dentro de janelas dinâmicas. São dinâmicas pois elas podem ficar flutuando em
sua interface ou podem ser “grampeadas (docked)” nela para ficarem mais acessíveis.
Quando o HAMMER é rodado pela primeira vez, a interface padrão mostra dois
gerenciadores: Element Symbology e o Background layers. Os dois estão a princípio
grampeados na tela.
Quando se abre novos gerenciadores, eles ficam flutuando na sua tela primeiramente.
Ao arrastar os gerenciadores com o mouse, clicando sobre a barra de título, a tela terá
botões azul, como mostrados abaixo, que indicam os locais onde o gerenciador pode
ser grampeado:
Após grampeada, a janela do gerenciador pode ter uma configuração para se alto
recolher, para ganhar espaço útil na área do desenho. Para ativar esssa função clique
no botão “Auto-Hide” no canto superior direito do gerenciador:

 Exercício: Abrindo janelas e anexando-as à interface (dock)

1. Abra os seguintes gerenciadores:
A. View > Graphs (gráficos)
B. Analysis > Scenarios (cenários de simulação)
C. View > Properties (propriedades)
2. Segure e arraste cada um para organizar a sua interface conforme apresentada na
imagem a seguir:
3. Para voltar à interface padrão, clique em View > Zoom and View settings > Reset
Workspace

Introdução ao Método de Cálculo
4. Clique em Yes
O HAMMER adota o Método das Características (MOC) como o método numérica para resolução
dos cálculos. O MOC é o método mais usado mundialmente por se tratar do método mais
calibrado e validado para condições complexas. Ele fornece resultados em todos os pontos de
rede, assim como pontos intermediários (entre nós de redes).
Outro método computacional existente é o das Ondas Características (WCM), que por sua vez
realiza os cálculos de uma maneira mais simplificada, e por consequência, mais rápida,
verificando o atrito e reflexão das ondas somente nos pontos de contorno do sistema, perdendo
precisão ao ignorar os pontos intermediários. Durante as décadas de 80, 90 e 2000 foi discutido
muito a aplicação do WCM por ser mais rápido, enquanto o MOC tardava muito ao calcular. Hoje
em dia com o avanço dos computadores (processadores, memória RAM, SSD, etc) e o avanço
tecnológico do HAMMER quanto a mudança do formato de seu banco de dados, migrando para
o SQLITE (maior velocidade de leitura), a velocidade de cálculo ficou otimizada.
Entrando nos fundamentos dos cálculos hidráulicos durante o período transitório, temos alguns
pontos a serem considerados:
 O pulso de pressão viaja muito rápido pelo sistema
 Os pulsos são refletidos nos fins de rede, represas e válvulas
 A pressão total é a soma de cada energia do pulso no local no passo de tempo
 Os fragmentos da rede refletem a energia em cada nó e dissipa em cada tubo
 A água é levemente compressível, e muito pesada
 É preciso tempo e/ou energia para mudar seu impulso
 Um pouco de compressão ou impulsão de massa tem um grande impacto
 A propagação de ondas de pressões transitórias e rápida
 A fricção dissipa a energia dos transientes
 Os transientes decaem periodicamente a um estado estático final

 A fricção no estado não estático tem maior impacto do que no estado estático
(regime permanente)
 Ar ou colapso de bolsas de ar governam normalmente
 O impulso do fluido em uma linha de tubos pode resultar em separação de coluna
 Bolsas de ar ou ramais/anéis podem oscilar ou entrar em ressonância
A velocidade em que a onda de pressão viaja pelo sistema pode ser calculada usando a equação
de Korteweg:
𝐸𝐸𝑣𝑣
𝜌𝜌
𝛼𝛼 = �
𝐷𝐷𝐸𝐸𝑣𝑣
1+ 𝜑𝜑
𝑒𝑒𝑒𝑒
Onde:
Ev = Módulo de Young (tubo)
E = modulo de compressibilidade – bulk (líquido)
ρ = densidade do líquido
D/e = razão dimensional (DR)
Ψ = index do tipo de ancoragem dos tubos:
Tubo ancorado contra movimentos axiais: Ψ = 1 – µ2
Tubo equipado com juntas de expansão: Ψ = 1 – µ/2
Tubo é apoiado é uma das extremidades só e pode sofrer estresse e tensões, tanto
laterais quanto longitudinais Ψ = 5/4 – µ
µ = número de Poisson
O cálculo da celeridade de onda pode ser feito automaticamente pela ferramenta Wave Speed
Calculator que está no Menu Home.
Para os cálculos de perdas de carga, o HAMMER usa a teoria da coluna elástica, ou seja, tanto o
fluido quanto o material do tubo são considerados elásticos, e a fricção entre os dois pode ser
calculada usando 4 tipos de equações, que pode ser escolhida pelo Calculation Option do
cenário, alvo de explicação do próximo assunto:
 Steady: o valor definido nas propriedades físicas dos tubos será usado quando o tubo
tiver vazão nula, e quando não for nula, o HAMMER calculará um novo coeficiente,
usando a equação de Darcy-Weisbach baseado nas cargas no final do trecho, com seu
diâmetro, comprimento e vazão.
 Quasi-steady: o método adota valores variáveis do coeficiente de Darcy-Weisbach a cada
ponto ao longo do sistema, contudo, as perdas de carga devido a uma velocidade
instantânea baterão com as perdas de carga que poderiam ocorrer para um sistema em
regime permanente com mesma velocidade média.
 Unsteady: nesse método as perdas de carga aumentam ao longo do período transitório
devido à rápida mudança de pressão, causando maior cisalhamento. O HAMMER irá
monitorar o efeito da aceleração do fluido para estimar a atenuação da energia do
transiente de uma forma mais próximo do que com o método anterior. Cada passo de
tempo terá um valor de coeficiente de fricção diferente.
 Exercício: Configurando as Opções de Cálculo do cenário

O gerenciador Calculation Options detém as configurações de cálculo dos seus cenários de
simulação, envolvendo configurações de como serão feitos durante o período transitório e no
instante inicial, em regime permanente. Por isso, o gerenciador possui duas pastas que separam
as configurações desses dois momentos: Steady State/EPS Solver (Permanente) e Transient
Solver.
Nas opções para a simulação inicial em regime permanente, podemos configurar as
características do fluido a ser simulado (pode ser qualquer fluido não compressível, como água,
óleo, álcoois - em temperatura constante).

1. Acesse Home > Calculation Options
2. Duplo clique sobre a opção Base Calculation Options da pasta Steady State/EPS Solver.
Isso abrirá a janela de propriedades.
3. Verifique o atributo Liquid Label. Ele vem configurado para Água a 20°C por padrão.
Nesse campo há o acesso à biblioteca de fluidos ao clicar nas reticências.

A biblioteca pode ser customizada pelo o usuário. Ela guarda a propriedade de viscosidade
cinemática do fluido para tal temperatura.
Próximo ao atributo da viscosidade, temos um chamado “Liquid Specific Gravity”, que seria
a razão do peso do fluido comparando ele na temperatura da simulação ao valor na
temperatura de 4°C.
O atributo Miminum Possible Pressure configura a pressão de vapor para o regime
permanente.
Nas propriedades do Base Calculation Options da pasta Transient Solver temos outro
atributo para este fim, o Vapor Pressure, para configurar a pressão de vapor durante o
período transitório.
O método de cálculo das perdas de carga por fricção pode ser escolhido pelo atributo
Transient Friction Method.
Há outros atributos importante do calculation options que iremos ver durante os exercícios
do treinamento.
 Exercício: criando Protótipos para acelerar a modelagem
Antes de começar a desenhar o modelo, é importante verificar se há dados e propriedades em
comum nos elementos que formam o nosso sistema. Caso haja, é importante definir para estes
elementos protótipos (valores padrão) a fim de reduzir o tempo na entrada de dados para a
configuração do modelo.
Para este sistema, os pontos de tubulação na linha terão muitos valores em comum, tais como:
Diâmetro, Material, Valor C – Hazen Williams, etc. Portanto, é aconselhável, neste caso, criar um
protótipo.
1. Acesse View > Prototypes
2. Selecione a categoria Pipe e clique no botão New na parte superior. O nome Pipe
Prototype -1 é atribuído ao novo protótipo automaticamente.

3. Clique com o botão direito do mouse sobre este protótipo e selecione a opção Rename.
Renomeie o protótipo como DI 24 in.
4. Em seguida, clique duas vezes em DI 24 in e isso irá exibir ou abrir a caixa de diálogo do
editor de propriedades.
5. Defina para este protótipo recém-criado, os seguintes parâmetros na janela de
propriedades:
 Diameter: 24 in
 Material: Ductile Iron
 Hazen-Williams C: 130
 Has user defined length?: True (Opção de Comprimento definida pelo usuário -
Sem Escala)
Para usar polegadas como unidade de medida para o diâmetro, clique com o botão da direita
sobre a unidade, e selecione Units and Formatting. Isso irá converter o campo!
6. A partir dessas definições, a janela do editor de propriedades deve ser semelhante à

figura abaixo:
7. Após inserir esta configuração, feche a caixa de diálogo de Protótipos e você estará pronto
para começar a traçar a linha de transmissão na área de desenho.

 Exercício: Iniciando o Traçado da Rede

O traçado de rede será feito usando o menu Layout onde temos a singularidades de redes
disponíveis para definir a rede adicionando-as de forma individual (nó por nó) ou através do
traçado em cadeia, desenhando os nós de rede já interconectados por tubos. Nesta primeira
parte iremos desenhar os nós para depois liga-los com tubos.
1. Selecione o Elemento Reservoir e insira um elemento
2. Aperte ESC ou clique em Select
3. Pela janela de propriedades, altere o nome para Res-1
4. Adicione uma Junction, logo a direita do Reservoir, mantendo um alinhamento

horizontal.
5. Na sequência coloque uma Pump e outra Junction na mesma linha.
6. Use a janela de propriedades para alterar os nomes das Junctions para Pto-1 e
Pto-2 e da Pump para Bomba-1:
7. Agora vamos conectar os pontos usando a ferramenta Pipe.
8. Clique em Pipe e clique sobre o Res-1 e depois no Pto-1.
9. Repita o processo para ligar o Pto-1 à Bomba e a Bomba ao Pto-2.
10. Os Renomeie, respectivamente, como TS-1 (Tubo de Sucção 1), TS-2 (Tubo de
Sucção 2) e TD- 1 (Tubo de Descarga 1).

Como dito anteriormente, é possível criar simultaneamente os elementos nodais e os pontos da

tubulação através do botão Pipe. Basta clicar no local onde você quer o primeiro nó, mover o
cursor e clicar consecutivamente adicionando elementos nodais até terminar. Para alterar o tipo
de elemento Nodal, clique com o botão direito do mouse em qualquer momento e selecione o
elemento que deseja adicionar.
Em seguida, concluiremos o desenho de toda a linha de transmissão adicionando todos os nós e
pontos restantes, conforme indicado na figura abaixo. Os nós faltantes serão renomeados como
N-1, N-2, N-3, etc. e as tubulações faltantes como TC-1, TC-2, TC-3, etc.
5. Para fazer isso automaticamente, vá ao menu Tools > More > Options e clique na aba
Labeling.
6. Em seguida, altere os seguintes campos para as Linhas Pipe (Tubulações) e Junction
(Junções).
- Para a linha Pipe: Next: 1 / Prefix (Prefixo): TC-
- Para a linha Junction: Next: 1 / Prefix (Prefixo): N-
7. Conforme indicado abaixo:
8. Clique em OK para fechar a caixa de diálogo. O esquema final do sistema a analisar será
o seguinte:

Lembre-se que o último elemento da tubulação é um reservatório, que receberá o nome de Res-2 na
janela de propriedades
 Exercício: Inserindo as informações da rede

Para inserir informações de rede, podemos usar a janela de propriedades para editar cada
elemento. No entanto, isso não seria ideal no caso das junções, pois há muitos valores a serem
inseridos. Para inserir os dados, o HAMMER oferece uma grande flexibilidade por meio de seus
relatórios tabulares (FlexTables).
1. Acesse Home > FlexTables
As FlexTables agrupam os atributos de cada singularidade em tabelas, que podem ter suas
colunas organizadas de acordo com a preferência do usuário.
2. Duplo clique na Junction Table dentro de Predefined Tables
3. Inserir os dados de Elevação da tabela a seguir:
Nome Elevation (m)
Pto-1 363,0
Pto-2 363,0
N-1 408,2
N-2 395,0
N-3 395,0
N-4 385,9

Nome Elevation (m)
N-5 380,1
N-6 420,0
Os dados de Elevação dos Reservoirs e da Bomba podem ser inseridos pela janela de
propriedades, como alternativa:
Label Elevation (m)
Bomba-1 363,0
Label Elevation (m) Elevation (Inlet/Outlet invert) (m)
Res-1 383,2 377,0
Res-2 456,0 449,9
Agora iremos colocar as informações de Comprimento para cada trecho. O uso da FlexTable de
Pipes irá ajudar nesse caso para ganharmos tempo:

Has Usre
Start Stop Lenght (User Hazen
Label Defined Diameter Material
Node Node defined) Williams
Lenght?
TS-1 Res-1 Pto-1 TRUE 50,00 24,0 Ductile Iron 130,0
TS-2 Pto-1 Bomba-1 TRUE 39,90 24,0 Ductile Iron 130,0
TD-1 Bomba-1 Pto-2 TRUE 10,00 24,0 Ductile Iron 130,0
TC-1 Pto-2 N-1 TRUE 20,25 24,0 Ductile Iron 130,0
TC-2 N-1 N-2 TRUE 380,00 24,0 Ductile Iron 130,0
TC-7 N-6 Res-2 TRUE 175,00 24,0 Ductile Iron 130,0
Caso necessário adicionar casas decimais ao campo Lenght (user defined), clique com o botão da
direita sobre a unidade do atributo, escolha Units and Formatting, e altere o campo Display
Precision para 2
As elevações nos nós e comprimentos das linhas são extremamente importantes na modelagem
de transientes hidráulicos, pois as inclinações nos pontos determinam o quão rápido uma
coluna de água é capaz de retornar, bem como as mudanças de momentum durante o
fenômeno do transiente.

 Exercício: Cálculo da Celeridade de Onda

Como vimos na introdução do produto, o HAMMER possui o Wave Speed Calculator para calcular a
celeridade de onda baseada no tipo de fluido, material do tubo e método de assentamento. Essa
ferramenta irá preencher automaticamente o atributo Wave Speed dos Pipes. Tal atributo também
pode ser editado manualmente, como podemos ver pela FlexTable de Pipes.
1. Acesse Home > Wave Speed Calculator
Note que em alguns atributos da ferramenta há botões com reticências, que serve para acessar as
bibliotecas do software (Engineering Libraries) onde podemos guardar informações sobre materiais
de tubos, dados de fluidos, entre outras coisas.
2. Clique nas reticências para Bulk Modulus of Elasticity
3. Selecione a opção “Water at 20C (68F)”

4. Clique em Select
Isso irá preencher os atributos referentes às propriedades do fluido selecionado (Água à 20°C).
5. Clique nas reticências do atributo Young’s Modulus
6. Selecione o material Ductile Iron
7. Clique em Select
8. Insira 17.8 mm para Wall thickness (espessura da parede do tubo)
9. Mantenha o campo Pipeline Support em Anchored Throughout
10. Clique em Ok
11. Clique em Ok na janela de resumo
Se abrirmos novamente a FlexTable de Pipes, podemos conferir a celeridade de onda calculada:

 Exercício: Finalizando as Opções de Cálculo da Simulação

1. Selecionar o Base Calculation Options da pasta Transient Solver
2. Pela janela de propriedades altere o seguinte:
Is user defined time step? True

Time Step interval: 0.010 Sec
Run Duration Time: Time
Run Duration: 140 Sec
Vapor Pressure: -10.00 mH2O
Generate Animation Data: True (Para poder ver animações posteriormente)
Run Extended CAV: True (Opção para uma maior precisão no fenômeno de
separação de coluna)
Show Pocket Opening/Closing: True
Report Points: Selected Points
Em seguida, aparecerá o campo Report Points Collection. Neste campo, clique no botão Reticências
(...) e na caixa de diálogo definiremos os pontos que teremos resultados hidráulicos ao longo do
período de simulação.
3. Neste caso, iremos selecionar como pontos de interesse as linhas adjacentes à Bomba
(descarga e sucção), algum ponto intermediário e o ponto final de entrega ao Reservorio-2.
Os pontos a serem escolhidos (Report Point Pipe) serão: TS-1, TD-1, TC-1, TC-4 e TC-7. Clique
no Botão Add (>) para selecionar os referidos pontos conforme ilustrado abaixo:

4. Clique em Ok
5. Manter os campo Report Times em Periodically e Report Period em 10. Isso vai reportar os
resultados dos pontos ao longo do tempo somente a cada 10 vezes o time step (passo de
tempo).

 Exercício: Criação do Perfil

Agora iremos criar um perfil que nos servirá como base para a visualização da animação da
simulação.
1. Abrir o gerenciador de perfis em View > Profiles
2. Clique em New
3. Selecione Select from Drawing
Isso abrirá uma caixa de seleção de elementos, que ajuda na seleção e remoção de
elementos. Ferramenta seleciona a rede em cadeia, ou seja, se selecionarmos apenas as
extremidades de uma linha de transmissão, todos os elementos intermediários serão
selecionados. Caso haja bifurcações no meio do caminho, a seleção se dará pelo caminho
gráfico mais curto. Nessas situações, pode-se forçar o trajeto selecionado pontos
intermediários.
4. Selecionar o Reservoir Res-1 e em seguida o Res-2
5. Clique em Done (check verde)

6. Clique em Open Profile

7. Clique em Ok no gerenciador de informações. Veremos mais sobre isso na sequência do
exercício.
Possivelmente em seu perfil, você verá a linha de gradiente hidráulico (HGL) em zeros. Não se
preocupe, pois isso ocorre porque ainda não realizamos nenhuma simulação. Posteriormente,
esta linha refletirá os valores da linha manométrica
8. Feche o perfil.
9. No gerenciador de perfil, clique com o botão da direita sobre o Profile-1, e verifique se a
opçaõ “Transient Report Path” esteja ligado. Isso habilita o perfil a ser usado na
visualização da animação.

10. Novamente com o botão da direita, renomeie o perfil como “Linha de Transmissão”
Lembre-se de salvar seu modelo de tempos em tempos.
 Exercício: Simulação dos transientes no Sistema. Sem dispositivos de Proteção

A seguir, realizaremos os passos necessários para a análise do transiente hidráulico no caso
de queda repentina de energia na estação de bombeamento e em um sistema sem
dispositivo de proteção. Simularemos apenas uma válvula de retenção na bomba que
impedirá o fluxo reverso nela.
1. Selecione a Bomba-1
2. Pela janela de propriedades, encontre a seção Transient (Operational)
O nome da seção é importante para entender qual a alternativa do cenário que é modificada.
3. Altere o campo Pump Type (Transient) para Shut down after time delay
4. Altere o campo Diameter (Pump Valve) para 24.0 in
5. Altere o campo Time (Delay until shut down) para 5 segundos

6. Manter em Check Valve a opção Pump Valve Type
Agora iremos ingressar as informações da curva da bomba e os dados de inércia, rotação

nominal e outras informações físicas.
7. Acesse Components > Pump Definitions
8. Clique em New
9. Nomeie como Modelo BSB
10. No painel da direita, iremos colocar a curva de operação na aba Head.
11. Alterar o campo Pump Definition Type para a opção “Design Point (1 Point)”
12. Inserir no campo Design 468 l/s (Flow) e 81,00 m (Head)

13. Clique na Aba Efficiency, e altere o campo Pump Efficiency para Constant Efficiency. E
coloque 85.0% em Constant Efficiency.
14. Acessando a aba Transient iremos colocar no campo Inertia of Pump o valor de
17.25 kg.m².
Este valor seria a inércia do conjunto motor + bomba (WR²).
15. Definir o campo Rotational Speed como 1760 rpm. Esse valor seria a rotação nominal da
bomba.
16. Em Specific Speed, escolher a opção SI=25, US=1280.

17. Manter desligada a opção Reverse Spin Allowed?, para impedir a rotação reserva das pás
em caso de fluxo contrário.
As informações relacionadas à curva da bomba e seus dados de inércia, eficiência, rotação

nominal e velocidade específica são fornecidas pelo fabricante do equipamento.
No caso da velocidade específica em bombas, caso o dado não esteja disponível, pode ser
estimado através da seguinte fórmula:
𝑁𝑁�𝑄𝑄
𝑁𝑁𝑠𝑠 = 3
𝐻𝐻 4
Onde:
Ns: rotação específica em rpm
N: rotação nominal em rpm
Q: vazão no ponto ótimo operacional em m³/s
H: carga manométrica no ponto ótimo operacional em m
Para turbinas, a equação seria:
𝑁𝑁 ∗ √𝑃𝑃
𝑁𝑁𝑁𝑁 = 5
𝐻𝐻 4
Onde:
P: potência em kW

As opções disponíveis no campo Specific Speed são curvas de descrevem o comportamento

da bomba de acordo com a variação da rotação e vazão ao longo de linhas para cargas e
torque constantes.
As curvas que já se encontram na instalação do HAMMER são derivadas de publicações de

dois autores. As curvas número 25, 94 e 145 (SI) são derivadas de materiais publicados por
Stepanoff (1957), e as demais pelas publicações de Thorley e Chaundry ("Pump
Characteristics for Transient Flow Analysis", Department of Mechnical Engineering &
Aeronautics, City University, London ECIV OHB).
As bombas centrífugas tendem a ter baixas rotações específicas que bombas axiais ou de
múltiplo estágio. A tabela a seguir temos a tabela com as rotações específicas típicas para as
3 categorias de bombas citadas:
Categoria Centrífuga (palhetas radiais Axial (vazão mista ou Multi estágio (axial
ou parafuso) parafuso) vazão mista)
Ns (SI) 25 94 145
Caso o fabricante da sua bomba tenha fornecido dados dos 4 quadrantes para uma rotação
que não está especificada dentro do HAMMER, tal informação pode ser entrada pelo usuário
editando o arquivo de texto “QuadrantCurve.txt” disponível em C:\Program Files
(x86)\Bentley\HAMMER8\x64 (caso esteja usando a versão 32 bit, acessar a pasta anterior
à x64).
18. Feche o catálogo Pump Definitions
19. De volta às propriedades da bomba, mude o atributo Pump Definition para “Modelo
BSB”.

20. Salve seu arquivo.

 Exercício: Simulação das Condições Iniciais pré transientes
Qualquer análise de transientes hidráulicos parte das condições de equilíbrio do sistema.
Neste caso, antes da análise do transiente, devemos determinar as condições do sistema e
os valores da linha piezométrica em estado estático – regime permanente (Steady State).
1. Acesse Home > Initial Conditions
Após a conclusão do cálculo computacional, a janela Calculation Summary aparecerá com o

resumo dos resultados desta simulação. Se houverem erros no modelo, na parte inferior do
modelo, a aba “User Notification” mostrará mensagens de erro ou advertências relacionadas
ao seu modelo. Neste caso, se tiver seguido os passos acima corretamente, não deve haver
qualquer mensagem de erro.
2. Verifique se não há nenhum erro na sua janela de resumo e feche esta janela.

3. Caso queira visualizar graficamente os valores da linha de gradiente hidráulico nesta linha
de transmissão, vá para o menu View > Profiles e abra o perfil “Linha de Transmissão”
criado anteriormente.
 Exercício: Simulação dos Transientes Hidráulicos

Com base na condição geradora do transiente hidráulico definida anteriormente
(desligamento da Bomba após 5 segundos), realizaremos a análise do fenômeno
transiente que pode ocorrer em nosso sistema.
1. Acesse o menu principal Home > Compute ou simplesmente clique no botão Compute
na barra de ferramentas para executar a análise do transiente. Em seguida, será aberto
uma janela de progresso da simulação, que pode levar alguns segundos.

Caso suspeite que seu modelo possa ter algum problema de configuração, você pode executar
previamente uma ferramenta de validação (Analysis > Validate) antes de tentar executar o
modelo, com o qual executará um processo de verificação de erros antes de tentar executar a
simulação de transientes, que leva muito mais tempo.
2. Ao concluir a simulação, aparecerá a janela “Transient Calculation Summary” com o

resumo da simulação. Reserve um momento para revisar as abas de Resumo, Condições
Iniciais e Pressões Extremas. Em seguida, veremos a aba com os valores extremos de carga
e pressão (note que há pressões negativas em diversos pontos do sistema):
3. Clique em Close

4. Verifique na janela User Notifications temos alertas na cor azul.
Notificações de cor azul reportam eventos hidráulicos que ocorreram durante a simulação.
Também temos notificações de cor amarela, que sugerem pontos para o usuário se atentar
para possível alteração/correção de dados de entrada, e na cor vermelha que indica erros que
impossibilitaram o cálculo hidráulico.
 Exercício: Verificando os resultados da simulação

Agora, o objetivo será visualizar os resultados do transiente graficamente para entender o
fenômeno do transiente que ocorre no sistema. Para isso, utilizaremos a ferramenta “Transient
Results Viewer” que permite representar graficamente e por meio de animações as variações de
pressão e fluxo durante o transiente hidráulico.
1. Acesse Home > Transient Results Viewer
Na caixa de diálogo que aparece temos 3 abas que detêm resultados diversos:
Profiles: perfil animado da simulação, onde podemos ver as envoltórias de sobre e subpressão,
a linha hidráulica dinâmica e volumes de ar formado em ao longo do perfil

Time Histories: relatórios contendo gráficos temporais com resultados hidráulicos dos pontos
selecionados no calculation options no início do exercício
Extended Node Data: resultados temporais exclusivos para bombas, turbinas e tanques
hidropneumáticos
2. Na aba Profile, clique em Profile
No perfil aberto, temos os resultados hidráulicos padrão dividido em dois eixos horizontais. No
eixo superior temos as informações de Volume de Ar máximo formado ao longo da linha. Na no
eixo inferior temos as envoltórias máximas e mínimas (vermelho e azul respectivamente) de
cargas manométricas, bem como o perfil do terreno (verde) e a linha manométrica no instante
da animação (preta).
Ao arrastar a barra controladora de tempo na parte superior da janela, podemos ver a mudança
da linha preta e na linha de formação de Ar no eixo superior.

3. Feche o perfil.
No campo Graph Type, ainda na aba Profile, temos as outas opções de visualização de resultados.
4. Selecione a aba Time Histories
Dentro no menu Time History, temos todos os pontos que selecionados para serem reportados.
5. Selecione o ponto TC-1: N1 (resultados na junção N1 exatamente ao lado do tubo TC-1)
6. Troque a opção Graph Type para Hydraulic Grande and Flow

7. Clique em Plot
Note que a partir de um instante da simulação, os resultados ficam em ciclo praticamente estável,
sem grandes variações (a partir de 70 segundos). A nossa simulação fora configurada para 140
segundos, tempo suficiente para enxergar a parte crítica da simulação.
Comumente os momentos críticos são aqueles onde as vibrações são maiores por causa de
cavitação, descolamento de coluna, rompimento de bolsas de ar, admissão de ar /expulsão de ar
por válvulas, etc.
Se em algum caso notar que ao final dos gráficos o comportamento ainda se apresente como
instável, aumente a duração da simulação pelo Calculation Options.


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 Conhecimentos básicos sobre a teoria de transientes hidráulicos

Após completar este workshop, você será capaz de:

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 1

O sistema apresentado na figura acima é descrito abaixo:

2 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Criando um novo projeto no HAMMER

2. Clique em Create New Project.

Clique em Não para a configuração do Rastreamento de Mudanças (Change Tracking). –

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5. Clique em Tools > More > Options

A interface e janelas flutuantes

Muitas das ferramentas do HAMMER estão disponíveis através de gerenciadores que

4 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Abrindo janelas e anexando-as à interface (dock)

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 5

Introdução ao Método de Cálculo

6 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Configurando as Opções de Cálculo do cenário

8 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

1. Acesse Home > Calculation Options

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 9

10 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

6. A partir dessas definições, a janela do editor de propriedades deve ser semelhante à

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 11

 Exercício: Iniciando o Traçado da Rede

1. Selecione o Elemento Reservoir e insira um elemento

2. Aperte ESC ou clique em Select

3. Pela janela de propriedades, altere o nome para Res-1

4. Adicione uma Junction, logo a direita do Reservoir, mantendo um alinhamento

7. Agora vamos conectar os pontos usando a ferramenta Pipe.

8. Clique em Pipe e clique sobre o Res-1 e depois no Pto-1.

9. Repita o processo para ligar o Pto-1 à Bomba e a Bomba ao Pto-2.

12 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

Como dito anteriormente, é possível criar simultaneamente os elementos nodais e os pontos da

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 13

 Exercício: Inserindo as informações da rede

3. Inserir os dados de Elevação da tabela a seguir:

Nome Elevation (m)

14 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

Nome Elevation (m)

Label Elevation (m)

Label Elevation (m) Elevation (Inlet/Outlet invert) (m)

Res-1 383,2 377,0

Res-2 456,0 449,9

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 15

16 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Cálculo da Celeridade de Onda

3. Selecione a opção “Water at 20C (68F)”

Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida 17

6. Selecione o material Ductile Iron

8. Insira 17.8 mm para Wall thickness (espessura da parede do tubo)

9. Mantenha o campo Pipeline Support em Anchored Throughout

11. Clique em Ok na janela de resumo

Se abrirmos novamente a FlexTable de Pipes, podemos conferir a celeridade de onda calculada:

18 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Finalizando as Opções de Cálculo da Simulação

2. Pela janela de propriedades altere o seguinte:

Is user defined time step? True

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20 Análise de Transientes em uma Rede Desprotegida

 Exercício: Criação do Perfil

3. Selecione Select from Drawing