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NA CONSTRUÇÃO DE OBSTÁCULOS
PARA O ABORTO LEGAL
ESPECÍFICOS
Demonstrar a influência do patriarcado na eficácia do aborto
legal
Quanto aos objetivos, se define como descritivo tendo em vista que o primeiro se baseia em um levantamento
bibliográfico, o qual foi utilizado para realizar esta proposta de trabalho a partir de material já publicado, em livros,
artigos, portais de informação.
Em relação a abordagem, a análise foi quali-quantitativa pois há uma parte do trabalho que foi analisado tanto
qualitativamente quanto quantitativamente, ou seja, foi realizada uma análise buscando entender a problemática e
também foram usados dados estatísticos para comprovar as hipóteses suscitadas ao longo do trabalho.
O método aplicado foi o método hipotético-dedutivo, considerando que foi escolhido um problema e foi demonstrados
hipóteses para solucionar o problema, refutando se seria de maneira correta ou errada desta pesquisa.
Os procedimentos, utilizados foram os bibliográficos, documentais porque foi trazido informações retiradas de
documentos específicos, estudo de caso pois foram analisados casos reais acerca do tema e levantamento tendo em
vista os questionamentos vislumbrados.
REFLEXOS NA ATUALIDADE
As entidades de direitos humanos assinaram uma nota Sob a justificativa “preocupação com a saúde da mulher, proteção
repudiando a Portaria nº 2.282, vislumbrando que a da vida humana, fortalecimento da família e defesa da soberania
notificação do crime de estupro por médico ou hospital "fere das nações na criação de políticas próprias de proteção à vida”.
a autonomia da mulher ao impor a notificação à polícia como atualmente desligado da aliança pois o atual governo considera o
requisito para que um procedimento legal aconteça". referido documento um "entendimento limitativo dos direitos
sexuais e reprodutivos e do conceito de família.
DADOS ESTATÍSTICOS
Percebe-se que ao inviabilizar o aborto, a preocupação central não é a preservação da vida do feto e sim
manter viva a ideia de procriação do sistema patriarcal, independente dos danos que isso venha causar na
mulher, ou seja, quando o estado permite a mulher a liberdade de optar pelo aborto mesmo que em casos
específicos está abandonando a teoria escravista de que a mulher tem o papel de gerar filhos, desse modo
abrindo vistas a se desvincular da adequação moral, impostas pelo sistema patriarcal. A partir das informações
suscitadas é indiscutivelmente demonstrado que o acesso ao aborto legal no Brasil é inviabilizado desde a falta
de políticas públicas que tornem este direito acessível a todas as mulheres que dele necessitem, visto que a
mesma pesquisa traz um mapa geográfico do Aborto Legal e aponta que a região Sudeste é onde concentra
mais hospitais prestadores do serviço efetivamente, com 29 hospitais, ficando atrás a região o Nordeste com 24
hospitais, a região Sul com 12 hospitais, 6 no Centro-Oeste e 2 na região Norte.
ANÁLISE DE RESULTADOS
55%
A partir das análises destacadas no que tange a influência patriarcal na inviabilização do direito ao aborto legal, bem
como os dados elencados, constatou-se que em que pese existir o direito ao aborto legal nas hipoteses autorizativas
quais sejam: as 2 hipóteses disposto no Art. 128 do CP, que é e quando a gravidez resultar de estupro e quando a
gravidez significar risco a vida da mulher e a sua ampliação que trouxe a permissão da terceira hipótese, que confere a
possibilidade de aborto de fetos anencefálicos, tendo em vista que, inquestionavelmente, esse tipo de gestação traz
graves riscos à saúde da mulher gestante.
Nesta perspectiva, este direito não se demonstra eficaz diante dos casos concretos, tendo como influência as raízes
culturais moralistas que o sistema patriarcal impôs a sociedade brasileira durante toda a construção de direitos
femininos e dessa maneira atuando também na inviabilização da garantia desse direito considerado fundamental, visto
que este é tutelado no Código Penal Brasileiro e fundamentado com base nos principíos constitucionais da autonomia
da mulher, da igualdade de gêneros, da vida Digna e da saúde.
Lerner, 2019
O autor define o Patriarcado, como um poder que rege a família e exerce
dominância masculina principalmente sobre as mulheres. A definição traz a
natureza do objeto de estudo, que os homens têm o poder em todas as
EMBASAMENTO TEÓRICO instituições importantes da sociedade e que mulheres são privadas de
acesso a esse poder.
Engels, 2019
Emmerick, 2007
Suas acepções foram essenciais para analogia de fatos anteriores com os
Perpassa o processo percorrido e como as mulheres sempre foram vistas ao
atuais que demonstram a falta de autonomia feminina de escolher prosseguir
longo da história patriarcal, marcada pelo moralismo da santidade
a gestação, afirmando que a mulher sempre foi degradada e reduzida à
feminina, o qual reflete-se atualmente tanto na atuação dos juristas, quanto
servidão dos homens, bem como se tornou escrava da sociedade patriarcal
no posicionamento dos médicos na inviabilização do aborto legal
sendo reduzida apenas a reprodução de filhos sob a ótica do capitalismo.
Stevens; Oliveira; Zanello, 2014
Schmitt, 2016
No que tange aos direitos sexuais e reprodutivos, as referidas autoras
Observa-se em suas acepções a permanência da desigualdade de gênero
refletem se o direito ao corpo pertencem realmente as mulheres, visto que
em diversas áreas da sociedade em ração das raízes profundas do
as barreiras invisiveis patriarcais conferem a negativa do aborto legal.
patriarcado que continuam causando injustiça e oprimindo as mulheres.
Junior, 2015
De extrema relevância ao demonstrar de forma clara a legislação que Diniz e Gebara, 2022
protege o aborto legal nas hipóteses autorizativas, elecando os principios De grande relevância ao demonstrar o patriarcado no contexto atual, na
constitucionais desrespeitados com a inviabilização do aborto legal que negativa do aborto legal, ao afirmar que um regime de poder que oprime,
é previsto pelo Código Penal Brasileiro segrega, controla e mata os corpos.
OBRIGADA!
MEU CORPO,
MINHA ESCOLHA!