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O livramento condicional trata-se de um benefício presente na execução penal que pode ser

concedido ao sentenciado a uma pena igual ou SUPERIOR a 2 (dois) anos, desde que o apenado
atenda aos requisitos presentes no Código Penal (art. 83, CP), no qual será possível que uma parte
da pena seja cumprida em liberdade.

ATENÇÃO: se a pena for inferior a dois anos:


1º. ) pena alternativa = pena restritiva de direito, desde que a pena imposta de crime sem
violência que não exceder 4 (quatro) anos.
2º.) é cabível suspensão condicional da pena (= sursi penal)  art. 77, do Código Penal.

Art. 83, CP - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I - cumprida mais de 1/3 da pena se o
condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes II - cumprida mais de
1/2 se o condenado for reincidente em crime doloso; V – cumpridos mais de 2/3 da pena, nos casos
de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza.

Parágrafo único – Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.
III - a) comprovado: bom comportamento durante a execução da pena. b) não cometimento de
falta grave nos últimos 12 (doze) meses; c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;d)
aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto;IV – tenha reparado, salvo
efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;

Ofende o princípio da legalidade a decisão que fixa a data da fuga do paciente como nova data-
base para o cálculo do requisito temporal do livramento condicional. (STF. HC 94163 - julgado em
02/12/2008).

Súmula 715 STF > A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento (40 anos
– atualmente), determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de
outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.

Crime contra a organização do trabalho

Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência


contra pessoa ou contra coisa Parágrafo único - Para que se considere coletivo o
abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, TRÊS empregados.

Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do
trabalho. Na mesma pena incorre quem: I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de
determinado estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço em virtude de
dívida;
II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou
por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos,


idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.

Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra
localidade do território nacional:

§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução


do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia
do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.

Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito
de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o
estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor: Pena - reclusão, de um a
três anos, e multa.

Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça:

I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não


trabalhar durante certo período ou em determinados dias: Pena - detenção, de um mês a
um ano, e multa, além da pena correspondente à violência;

II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de parede ou


paralisação de atividade econômica: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa,
além da pena correspondente à violência.

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