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BRASÍLIA-DF
2016
Jairo dos Santos Cirino
BRASÍLIA-DF
2016
SUMÁRIO
1- RESUMO.....................................................................................................................01
2- INTRODUÇÃO...........................................................................................................02
3- OBJETIVOS:...............................................................................................................03
3.1- Causas que levam pais a criarem seus filhos sozinhos ...............................................03
3.2- Conscientização do conselheiro ..................................................................................03
3.3- Atenção básica no cuidado dos pais ...........................................................................03
4.3- Diante das necessidades de pais que criam filhos sozinhos .......................................13
6.3- Aconselhando duas pessoas do mesmo sexo que optam por adotar uma criança......18
7- CONCLUSÃO...............................................................................................................19
8- BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................22
1
RESUMO
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Bacharel/Licenciado/Educação Artística em Música pela Faculdade - Sociedade Unificada Augusto Souza Mota
- SUAM. e-mail: jairoscirino@yahoo.com.br
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INTRODUÇÃO
Hoje, há muitas formas de se constituir uma família, a primeira quando por opção o
homem ou a mulher decidem por criarem seus filhos sozinhos, a segunda por uma gravidez
indesejável e por último quando problemas socioeconômicos ou de ordem desconhecida são
motivos do fim de relacionamentos. Nos dois últimos exemplos, tanto o homem como a
mulher, por não observarem o padrão divino na constituição da família estarão vulneráveis,
necessitando de auxilio seja de especialistas ou de um conselheiro e de Deus.
Ao pesquisar sobre as dificuldades enfrentadas pelos pais que por situações diversas, e
adversas, tiveram que assumir o controle da casa dando assistência as demandas inerentes as
responsabilidades de pai ou mãe, ficou latente que muitos pais por falta de direcionamento e
conselhos tomaram caminhos que culminaram em um futuro comprometedor para os filhos. A
demanda de conselheiros tornou-se ínfima em relação aos anseios de pais que criam seus
filhos sozinhos dado a amplitude da ação do conselheiro cristão no atendimento as mais
variadas necessidades de aconselhados.
Nesse trabalho, será abordado o Perfil do Conselheiro Cristão por três aspectos: em
primeiro lugar na ação de Deus como Conselheiro Perfeito desde o princípio, em segundo
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lugar na visão de alguns autores e em terceiro lugar o perfil do Conselheiro Cristão diante de
muitas demandas e necessidades de pais que criam seus filhos sozinhos.
O papel de Conselheiro não é algo novo, o próprio Deus o instituiu quando ainda na
criação. Mesmo sendo Deus o criador e Juiz não optou em desfazer sua criação diante do
desvio de conduta do homem e mulher, todavia escolheu aconselha-los a viver uma nova vida,
ainda que num estado de ordens, leis e consequências. Deus o Conselheiro Perfeito, após o
erro do homem, então define que esse dependeria de conselhos e instruções para andar
corretamente. A primeira crise trouxe a primeira ruptura no relacionamento entre o que seria
um casamento perfeito, Deus e o homem.
Em Adão e Eva foram estabelecidas famílias constituídas por pai, mãe e filhos, ou seja,
a família monogâmica. Na sequência, novos tipos de famílias passaram a ser formadas dentro
do mesmo clã e com pessoas do mesma linhagem, dando lugar a família poligâmica. A partir
de então surgiu a necessidade de novos Conselheiros, Sacerdotes, Juízes, profetas e pastores,
todos com o mesmo perfil: honesto, mediador, justo, imparcial, temente a Deus e conhecedor
de seus princípios.
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¹NVI, Bíblia Sagrada, Edição Trilíngue, Nova Versão Internacional, 1ª Edição – 1ª Impressão, Santo André –
SP- Brasil, 2009.
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² COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: Edição Século 21; tradução Lucília Marques Pereira da Silva.
São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 21.
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³ COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: Edição Século 21; tradução Lucília Marques Pereira da Silva.
São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 21, 22, 28.
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O segundo autor considerado é Albert Friesen que, em seu conteúdo trata de aspectos
pertinentes ao “Conselheiro Pastoral” em sua prática. Da referida obra, foram selecionados os
capítulos 4 e 6. Friesen, considerando o perfil do Conselheiro pastoral, afirma que a
habilidade de praticar o aconselhamento eficiente se desenvolve, em grande parte durante o
seu exercício e que a maneira como este considera e lida com seus problemas e com os
problemas em geral é o que mais vai impressionar o aconselhado, sendo então o
aconselhamento pastoral uma projeção do próprio conselheiro.
Friesen observa que “as qualidades e habilidades do conselheiro podem e devem ser
desenvolvidas” e cita Tg 3.17: “a sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois
pacífica; indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem
fingimento”. Considera que a sabedoria que vê o outro com compaixão e amor eterno, não se
adquire em universidades e cursos acadêmicos. Ela é dada pelo Espírito Santo.
Friesen ainda trata das necessidades pessoais do Conselheiro Pastoral e ressalta que é
essencial ao conselheiro conhecer e aprender a lidar com suas próprias necessidades. É
necessário que “conheça a si mesmo” e isso, para Friesen, significa ser capaz de ouvir
claramente a voz do Espírito Santo e saber aplicar sabiamente a Palavra de Deus ao seu
próprio cotidiano diferençando esta Palavra da sua própria voz interior. Friesen lista algumas
necessidades proeminentes ao Conselheiro Cristão: “Necessidade de conhecer a Jesus Cristo
de maneira pessoal, possuir convicções e que esteja aberto a revisão das mesmas, necessidade
de compaixão com os outros e consigo mesmo, ser imparcial e ter seu próprio conselheiro”.
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4FRIESEN, Albert. Cuidando do Ser: treinamento em aconselhamento pastoral - Editora Evangélica Esperança,
1ª Edição Brasileira, Março de 2000. p. 82, 83.
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Gary R. Collins procura ainda, elucidar sobre o que vem a ser, na verdade “o papel do
conselheiro” usando como ferramenta o confrontamento entre práticas que podem ser opostas
entre si. Por exemplo: Visitar versus aconselhar, precipitação versus cautela, desrespeito
versus compreensão, preconceito versus imparcialidade, dar ordens em vez de explicar,
envolvimento emocional em vez de objetividade, impaciência em vez de realismo,
artificialidade em vez de autenticidade e ficar na defensiva em vez de demonstrar empatia.
Atitude de vigilância para evitar riscos como esse, deve ser mantida para que se honre a Deus
com esse trabalho da melhor maneira possível devendo se ter em mente que o conselheiro
cristão é um agente do Verdadeiro Conselheiro.
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5COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: Edição Século 21; tradução Lucília Marques Pereira da Silva.
São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 30-35.
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pessoas envolvidas. Além disso, fala da necessidade de amparar-se com outro conselheiro
cristão, pastor, ou um profissional específico sem que se revele a identidade do aconselhando.
Embora Friesen concorde com Carls Rogers em suas três características para um
trabalho de maior eficácia, deve-se levar em conta que a receptividade com distanciamento,
dependendo da situação enfrentada pelo aconselhado, terá maior êxito em sua aplicabilidade
se não houver o distanciamento, ainda que seja por precauções de afinidades. Às vezes a
proximidade traz segurança ao aconselhado.
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6FRIESEN, Albert. Cuidando do Ser: treinamento em aconselhamento pastoral - Editora Evangélica Esperança,
1ª Edição Brasileira, Março de 2000. p. 89, 92.
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Avaliar o que impulsiona uma pessoa a querer trabalhar com aconselhamento pastoral
seria, em síntese, avaliar suas motivações básicas: Se missiológicas ou pessoais. Na verdade,
segundo Friezen, o conselheiro não deve ser motivado a fazer algo pelo aconselhado e sim
fazer algo com ele. Além disso, motivos como compaixão, comiseração e pena com o
aconselhado, em geral são maus motivos para ajudar alguém, afinal, ninguém gosta de sentir-
se inválido. Uma prática de autoanálise, apoiar-se em pequenos grupos onde se discuta as
práticas em aconselhamento e, ainda a observação de um supervisor, podem ser alternativas
para avaliação da prática utilizada pelo conselheiro, recomenda Friezen.
“O estresse do conselheiro" é assunto destacado por Collins que afirma que “o exercício
contínuo pode gerar perda de idealismo, energia e propósitos”. Recomenda, portanto, alguns
cuidados a observar: longos períodos de oração e meditação na Palavra, avaliação periódica
das motivações, períodos de descanso, aproveitar oportunidades de aperfeiçoamento. Essas
atitudes ou cuidados podem prevenir um desgaste que leve o conselheiro à necessidade de
aconselhamento. Collins ressalta que a paz de Deus se consegue por um exercício espiritual e
disciplina de um propósito de viver separado para Ele.
Collins propõe então como atitudes preventivas ao desgaste espiritual: Uma retirada
estratégica para refazer corpo, mente e espírito, estabelecimento de prioridades, reconhecer
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7Collins, Gary R. Aconselhamento Cristão: Edição Século 21; tradução Lucília Marques Pereira da Silva. São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 39-40.
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que Deus não espera que alguém de nós resolva todos os problemas da humanidade, buscar
orientação do Espírito Santo, proximidade de pessoas que nos encorajem, além de toda sorte
de práticas que nos renovem espiritualmente.
Enfim, Collins afirma que o principal “legado do conselheiro cristão” é ser um servo
fiel doando-se inteiramente para a honra de Deus, e servindo a Ele através do serviço ao
próximo.
Conforme a eleição do grupo temático “Pais que Criam Seus Filhos Sozinhos” para a
execução deste trabalho foi consultada, dentre outras, a obra” Mulheres Aconselhando
Mulheres”, uma coletânea de textos produzido por conselheiras bíblicas e organizado por
Elyse Fitzpatrick. No capítulo 12 da obra, a conselheira Lynn Denby, trata dos conflitos
enfrentados por mães que criam filhos sozinhas. Por motivos como divórcio, morte do
cônjuge, rompimento ou até mesmo uma escolha, uma mulher que precisa criar filhos sozinha
pode ser levada a lidar com situações diversas de grande potencial conflitivo.
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8FRIESEN, Albert. Cuidando do Ser: treinamento em aconselhamento pastoral - Editora Evangélica
Esperança, 1ª Edição Brasileira, Março de 2000. p.157-161.
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Assim como os outros autores acima citados, Denby reforça a afirmativa de que a partir
de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo esses conflitos podem ser “curados” pela
promoção de um crescimento espiritual.
Já no capítulo 15, Barbara Scroggins aconselha sobre o tema Criar Filhos de Modo Fiel:
“Alcançando o Coração de seu Filho” e, traz considerações sobre os efeitos de uma postura
não planejada, mas executada, que menospreza as necessidades dos filhos para que se possam
cumprir os próprios objetivos. Estar focada só em si mesma faz com que os filhos sofram
algumas consequências. Scroggins sugere às mães, considerações sobre alguns temas que
possam ser úteis no enfrentamento desta conflitante realidade: “Um tipo diferente de criação
de filhos”; “A Bíblia e a criação de filhos”; “Um exemplo de mãe”; “Uma missão de mãe”;
“Aja como um agente da autoridade de Deus”; “Não provoque seus filhos à ira”; “Criai-os” e
“Amor de mãe”.
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Por fim, Scroggins em seu aconselhamento, coincide sua opinião com os demais
autores consultados sugerindo escolher e conhecer mais a Deus por meio da leitura da Bíblia e
busca-lo em oração por sabedoria e orientação na sua criação de seus filhos. Afirma ainda
que, você pode confiar que Ele cumprirá fielmente suas promessas a você (2Tm 2.13).
Dessa forma podemos concluir que os autores consultados são unânimes quanto às
questões centrais que envolvam o perfil do Aconselhador Cristão que consideramos como
Conselheiro Cristão. Segundo eles o Aconselhador Cristão, não diferente do Conselheiro
deve, portanto, viver como um servo de Deus assumindo compromissos diante do Senhor, que
em síntese é cuidar uns dos outros e ajudar uns aos outros a levar suas cargas. O cristão que
for levado a essa condição de Conselheiro Cristão deve buscar aprender e exercitar esta
prática com todo cuidado para que possa honrar a Deus, servir ao seu irmão e preservar a si
mesmo no Senhor.
A atuação do conselheiro cristão junto aos pais que criam seus filhos sozinhos é de
vital importância, irá solucionar problemas familiares que posteriormente se transformariam
em famílias detentoras de traumas que passariam por sucessão aos filhos por sua formação,
culminando em uma tragédia no futuro. Uma família mal estruturada torna-se cooperadora de
uma sociedade desorganizada, um povo sem meta e uma nação sem futuro.
O Conselheiro Cristão deverá ter como guia prático a utilização da palavra de Deus e
entender que diante da crise instalada num relacionamento que culminará em uma separação,
o casal só achará refúgio em Cristo, obedecendo a sua palavra e praticando-as. Tais conselhos
deverão mostrar o cuidado de Deus para as viúvas, pai e mães solteiras através de suas
promessas a estes que criam seus filhos sozinhos.
Ao abordar o tema a Difícil Arte de Criar Filhos, a escritora Elaine Cruz cita em sua
introdução os Conselhos do Apóstolo Paulo a Timóteo: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e
principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior que o incrédulo (1Tm 5.8)”. A partir
deste conselho, pode-se perceber a grandiosidade da responsabilidade dos pais ao criarem
seus filhos e entender que recaí de forma pesarosa sobre os pais que criam seus filhos sem o
auxílio de seu cônjuge.
Pais que criam seus filhos sozinhos tornam-se vulnerável no educar sem a companhia
do cônjuge, esta vulnerabilidade, muitas vezes, levam a recorrer aos especialistas,
conselheiros, pastores e outros profissionais na área, para complementação de ideias e
respostas para condutas muitas vezes inesperadas por aparte dos filhos. A postura do
Conselheiro Cristão é vital para adequação dos problemas em questão que poderá ser
abordado pelos pais.
Segundo Elaine Cruz, muitos pais ao criarem seus filhos depositam neles toda sua
confiança e esperança de alcançar nos filhos o que não conseguiu vencer em sua jornada,
sendo assim muitos pais sobrecarregam os filhos com cobranças que poderão ser
insuportáveis. O conselheiro Cristão deverá apresentar aos pais que, nem todos os seus sonhos
se cumpriram através de seus filhos, sendo assim, os pais deveram entender que, mesmo que
seus sonhos não se cumpram através dos filhos, os filhos continuam sendo herança de Deus.
O tema “A difícil Arte de Criar Filhos” leva o Conselheiro Cristão a refletir sobre a
expressão “Criar Filhos” em substituição a expressão “Educar Filhos”. Tal tema convida pais
e conselheiros observar a tradução da palavra “criar” (em hebraico bara) que significa,
segundo Elaine, dar existência, tirar do nada, dar origem, gerar, encontrada em Gênesis 1.1:
No princípio criou Deus os céus e a terra. De forma comparativa, Criar e Educar filhos
acabam por interligarem-se onde pais e filhos trocam exemplos e referências de
aprendizagem. Esta visão deve ter o Conselheiro Cristão.
Reforça Eliane que no início da história Judaica pai e mãe criavam seus filhos juntos,
suas atribuições ainda que específicas, somavam para um fim comum, o crescimento e
desenvolvimento do filho, principalmente no que diz respeito a liderança espiritual da família.
Suas tarefas somavam-se quando entendida por ambos, o pai tinha a missão e a mãe a
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Estudos mostram que meninos criados por pais ausentes têm mais dificuldade em
afirmar sua masculinidade, afetando seu relacionamento natural com moças no futuro e o
desempenho profissional. Quanto as meninas o pai ausente pode favorecer a promiscuidade
sexual de sua filha adolescente, ou dificultar um relacionamento saudável com namorados ou
com o futuro esposo. Diante desse quadro, o conselheiro ao se deparar com pais ausentes deve
conscientiza-los desses agravantes que sobrevirão sobre seus filhos.
Deve se lembrar a esses pais que o pai não é uma vice-mãe, ele não tem apenas o papel
de provedor, mas de educador, pai presente, tanto fisicamente como emocionalmente. O
aconselhador tem como papel mostrar ao pai que cria sua filha ou filho sozinho que este deve
adotar uma postura diferente no educar, ser um pai não apenas crítico, ríspido, mas um pai
perdoador, amoroso, aberto ao diálogo e que se mostre presente e participativo no dia-a-dia.
Quanto às mães, há mecanismos que Deus deu a elas que o homem não suportaria.
Sentir dor de parto, passar nove meses carregando alguém que a cada dia vai se modificando e
alterando o sistema físico de ambos. Esses detalhes, Deus deu apenas as mulheres. Homem e
mulher foram feitos para se completarem e não após unir-se, se separarem na intenção de
buscar uma vida melhor.
Ainda que os indicadores de avaliação familiar não alcance margem satisfatória na
qualidade da comunicação, num relacionamento, as pessoas necessitam ser proativas porque
pessoas proativas influenciam o meio, garantem harmonia, contribuem e influenciam com
mudanças significativas que atenda a todos através da sinergia. A falta de relacionamento no
sentido vertical/horizontal, poderá influenciar no sub-sistema parental ou até mesmo no sub-
sistema filial.
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No obra pais solteiros, o autor Tony Evans relata que em 1970, somente 13% das
crianças cresciam sem ter ambos os pais em casa, mas hoje esse número é de pelo menos 30%
na sociedade em geral. Sendo assim, acrescenta Tony, “o que Deus tem a dizer aos pais
solteiros”? Percebe-se nas escrituras sagradas que Deus não desampara ou deixa sem
esperança aquela mãe que passa a viver sozinha com seu filho. A bíblia sempre terá resposta
aos que por algum motivo passaram a criar seus filhos sozinhos.
A respeito das necessidades pessoais do Conselheiro Cristão, Albert Friesen disse que:
“É fundamental que o Conselheiro compreenda e perceba as necessidades reais das pessoas,
em seus termos mais amplos e, ao mesmo tempo, em seus termos mais específicos”, porém é
necessário que o Conselheiro entenda e perceba as suas próprias necessidades e que aprenda a
lidar com elas. Acrescenta Friesen: “Quem conhece a si mesmo conhece suas potencialidades
e seus limites, seus pontos fortes e fracos”.
Diante da necessidade e da eficácia da árdua missão do aconselhar pais que criam seus
filhos sozinhos, é de suma importância que o Conselheiro Cristão conheça a Jesus Cristo de
maneira pessoal, definindo suas convicções para alcançar eficácia e motivações no
aconselhar. A cada dia surgem problemas dentro das famílias onde a presença ou o
acompanhamento de um conselheiro ou especialista se torna indispensável. Problemas que
levam homens e mulheres a tomarem decisões, as vezes, impensadas e desastrosas com
repercussão no futuro e, geralmente deixando resquícios traumáticos psicológicos.
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9FRIESEN, Albert. Cuidando do Ser: treinamento em aconselhamento pastoral - Editora Evangélica
Esperança, 1ª Edição Brasileira, Março de 2000. p. 84.
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só ao casal como também aos filhos e tanto pai, mãe e filhos deverão ter atenção nas mais
diversas extensões de seus problemas, logo, o conselheiro na busca de informações perceberá
que o falar é prata e o ouvir é ouro.
Embora a vista da bíblia sagrada o casamento seja indissolúvel, ninguém está imune de
errar num assunto tão delicado quanto a dissolução do casamento. A todo instante o perigo
bate a porta. O Conselheiro Cristão em sua formação de ideias considerará que as emoções
penosas do divórcio tornam todos vulneráveis à certas armadilhas e expõe o caráter e defesas
de homens e mulheres que a esse recurso recorre, seja consensual ou judicial. Mesmo sendo o
aconselhado um profissional bem sucedido, capaz, competente e que tenha tudo, fora o
casamento, na mais perfeita ordem, porém no momento que se trata de divórcio, tudo poderá
vir a tona, o mau caráter, a intolerância, o ódio, o individualismo e tudo que há de ruim no ser
humano. Neste caso a particularidade assume o comando do indivíduo.
Para tratar tal assunto o conselheiro Cristão, através de uma análise crítica e pessoal,
deverá conhecer a si mesmo, seus problemas e limitações, pois tal pratica de aconselhamento
poderá leva-lo a tomar decisões pessoais por experiências vividas ou ouvidas. Deve-se levar
em conta que experiências vividas por outros casais terão suas similaridades, porém seus
motivos poderão ser atípicos.
Descrição, paciência, atenção, dedicação e empenho são adjetivos que não poderão
faltar no vocabulário do Conselheiro. Em sua maioria os aconselhados que sofreram perdas do
cônjuge ou ainda filhos que passaram por esta experiência dolorosa dependerão de carinho,
atenção e compreensão. Se espera do aconselhador que suas ações sejam precisas, porém
suaves, sugestivas, contudo cautelosas sem agravar o sofrimento já vivido pelos aconselhados.
Sendo recentes os acontecimentos, há de se ter todo cuidado no aconselhar, as feridas
psicológicas e sentimentais levam mais tempo para cicatrizarem que as físicas.
6.3- Aconselhando duas pessoas do mesmo sexo que optam por adotar uma criança.
Este novo tipo de “família”, merece atenção no tocante a sua formação. Sendo uma
bandeira levantada por uma minoria, a legalização do matrimônio deve ser conduzida com
cautela e seriedade. Este trabalho não visa debater as preferências sexuais dos indivíduos, mas
a formação familiar e sua continuidade onde o conselheiro Cristão deverá tratar essa nova
“variação familiar” a luz da bíblia sagrada.
Entendendo que a família em sua origem é de inspiração divina, essa visão não deve
ser desviada independentemente da posição social, psicológica, do credo, da cultura ou da
forma de ver do indivíduo. A família em sua constituição, ainda apenas homem e mulher,
recebeu do seu criador bênçãos para crescer em seu desenvolvimento pleno e privilégios ao se
multiplicar. Segurança, paz e amor, fariam parte de todo o processo conjugal.
Diz a Bíblia, macho e fêmea os criaram, Deus pai, Deus filho e Deus Espírito Santo.
Ao dizer crescei, Deus estava dando ao homem e mulher a capacidade de administrar toda sua
descendência que seria próspera e abundante. A segunda benção multiplique, Deus não estava
falando apenas do número ou certa quantidade de pessoas, mas sim de toda uma geração
espiritual, indivíduos compromissados que ao se multiplicarem tornariam adoradores daquele
que os criou.
Para tal tarefa, o Conselheiro Cristão necessitará de um perfil definido, não baseado
apenas na religião, na educação familiar, teorias que defende, mas sim a bíblia será seu
manual de conduta que indicará o caminho a ser tomado. Ainda que as ondas rumem para o
lado oposto, o conselheiro tomará as rédeas com idoneidade, segurança, convicto de quem o
instituiu para essa árdua missão lhe dará respostas para cada momento.
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CONCLUSÃO
Pais que Criam Seus Filhos Sozinhos - por ser esta uma realidade cada vez mais
presente na nossa sociedade e por consequência também comum dentro da comunidade cristã,
pode ser observado que aproximadamente numa comunidade de cem pessoas, encontramos
uma média de 10% do referido grupo vivendo esta realidade. Não raramente os líderes são
procurados por pais buscando respostas para os mais variados tipos de questionamentos
pertinentes a educação de seus filhos. A partir de divórcios, viuvez, relacionamentos que não
chegaram a um compromisso de casamento ou até de um casamento onde não se compartilha
a fé cristã.
Por outro lado, a ausência materna traz inúmeras complicações ao pai que cria seus
filhos sozinhos, principalmente quando se trata de filhas, em sua maioria os homens não tem
diálogo aberto com as filhas e nesse caso necessitam de ajuda no aconselhar. A presença do
Conselheiro Cristão fará diferença não no aconselhar os filhos ou filhas, mas o pai que por
opção não buscaria com facilidade sugestão ou a ajuda de um conselheiro.
Para ambos os casos o Conselheiro Cristão deverá ter um perfil definido, sensível a
necessidade tanto do pai, da mãe e também dos filhos. Ser vigilante no aconselhar uma mãe
caso o conselheiro seja homem ou vice-versa. Atentando para os conselhos de Gary Collins ao
mostrar a igreja como uma comunidade terapêutica e aconselhando sempre as pessoas a terem
um relacionamento melhor com Deus, com o seu semelhante e consigo mesmas entendendo
que “O cerne de toda forma de assistência genuinamente cristã, seja ela pública ou particular,
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¹0 COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão: Edição Século 21; tradução Lucília Marques Pereira da Silva.
São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 21.
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Sabe-se que, muitos casais que alcançaram apoio e aprovação para unirem-se, hoje
buscam na lei amparo legal para adotarem crianças que as criariam como filhos. Fugindo aos
padrões normais da família tradicional ou ainda a família adâmica, esses novos modelos
tornam-se questionáveis, o que exige do Conselheiro uma visão, não retrograda, mas bíblica,
futurística e conservadora dos padrões morais sempre observando a ordem de crescer e
multiplicar a partir da concepção do nascituro.
A escolha deste tema para estudo pode ser ferramenta para prática do Aconselhamento
Cristão/pastoral no lidar com essas realidades, assim como servir de contribuição para pensar
_______________________
¹¹FRIESEN, Albert. Cuidando do Ser: treinamento em aconselhamento pastoral - Editora Evangélica
Esperança, 1ª Edição Brasileira, Março de 2000. p. 32.
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e discutir sobre este viés específico, pais que criam seus filhos sozinhos. Bibliografias com
este tema não se encontra facilmente nas livrarias e bibliotecas, porém fácil de ser encontrado
na vida prática.
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BUCK, J.M. Pais Desajustados, filhos difíceis - tradução de Maria Luíza Studart de
Moraes, Livraria AGIR Editora – Rio de Janeiro – 1959.
CRUZ, Elaine. A difícil Arte de Criar Filhos, categoria família, Editora Betel – 1ª
impressão 1997.
FRANCKE, Linda Bird, Filhos de pais separados – Edições Paulinas – São Paulo,
1988.
KRETLY, Paulo V. Deixe um Legado, 2ª edição revista pelo autor, Elsevier Editora
Ltda – 2012.
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