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Normas constitucionais de Direito Tributário.

Constituição: é a lei fundamental e suprema de um estado que rege a sua organização político-
jurídica. Receitas públicas: originárias (decorre do patrimônio do estado. Ex: alugueis, empresas
públicas e de sociedade de economia mista); derivadas (decorrentes do poder de império [ obrigar o
particular a contribuir] ex. Tributos, multas e reparações de guerra. Conceito de tributo: É toda a
prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor se possa exprimir (ex. imóvel), que não
constitua sanção de ato jurídico instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada. Especies previstas na CF (art. 145 CF): impostos, taxas e contribuições de
melhoria. Imposto: Tributos não vinculado (prestação de serviço público) incidentes sobre a
manifestação de riqueza das pessoas (físicas ou jurídicas) para o financiamento genérico das
atividades do estado (genéricas, ex. Segurança pública) em beneficio da sociedade. Ex. Pessoa
física recebe R$10.000,00 – incide IRPF o dinheiro vai para ajudar a financiar as atividades do
estado (em prol da sociedade/ bem comum).Caraterísticas: é contributivo (financiamento do serviço
público); não possui destinação específica; financiamento universal das atividades (não especifica e
indivisível, diferente das taxas que financiam atividades específicas e divisíveis).Taxas: são tributos
para o financiamento do execício do poder de polícia (fiscalização[polícia administrativa do estado]
por ex.) ou para a prestação de serviço público específico e indivisível (utilização separada,
individual por usuário). Taxas de polícia – fato gerador é o exercício efetivo e regular do poder de
polícia (ex. Taxa municipal de licença, localização e funcionamento). Taxa de serviço – fato gerador
é a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos prestados ou postos á disposição do
contribuinte (Ex. Taxa de coleta remoção e tratamento de lixo). Preços públicos, deve-se ter bem
presente a diferença entre taxa e preço público. Aquela é tributo, sendo cobrada compulsoriamente
por força da prestação de serviço público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer
maneira, o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, por sua vez, não é tributo, constituindo,
sim, receita originária decorrente da contraprestação por um bem, utilidade ou serviço numa relação
de cunho negocial em que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade do consumo). A
obrigação de prestar, pois, em se tratando de taxa, decorre direta e exclusivamente da lei, enquanto,
em se tratando de preço público, decorre da vontade do contratante. Por ter suporte no poder de
tributar do Estado, submetendo os contribuintes de forma cogente, a exigência de taxas está sujeita
às limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150 da CF: legalidade, isonomia,
irretroatividade, anterioridade, vedação do confisco). A fixação do preço público, de outro lado,
independe de lei; não sendo tributo, não está sujeito às limitações do poder de tributar.
Contribuição de melhoria: tributos vinculados a uma específica atuação do Estado. Objetivo:
financiamento de obras públicas que geram benefícios aos proprietários dos imóveis (valorizam-
nos) e consequentemente a toda a comunidade. O fato gerador é o incremento da valorização do
imóvel; a base de calculo é o valor acrescido (incremento) na valoração do imóvel. A primeira
contribuição de melhoria ocorreu em Londres (1605-betterment tax): urbanização e saneamento das
margens do rio Tâmega. Características: retributivo (o Estado fez a obra e o contribuinte como
beneficiou retribui). Contraprestacional (ressarcir o Estado pelo dinheiro gasto na obra[ou parte
dele]). Não pode ser para obras futuras (sem existência da obra [ou parte dela] não há como
caraterizar a valorização imobiliária decorrente dela). Não pode haver arrecadação superior ao gasto
na obra.

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