CONSTRUINDO A ROTINA DA CRIANÇA

HORA DE DORMIR

Renata Barros
Fonoaudióloga
CONSTRUINDO A ROTINA DA CRIANÇA

HORA DE DORMIR
A coleção "Construindo a rotina da criança" é
constituída de livros digitais escritos com o
objetivo de contribuir de modo ético e responsável
com o desenvolvimento infantil pela orientação ao
adulto familiar ou cuidador. Nos volumes desta
coleção você encontrará orientações que podem
favorecer a organização familiar diária, além de
informações construídas por pesquisadores
especialistas nas áreas da linguagem, saúde e
educação.

Distribuição gratuita

Renata Barros
Fonoaudióloga 1
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HORA DE DORMIR
Sumário

Olá p. 1

Advertência / Atenção p. 3

Construindo a rotina da criança - hora de dormir p. 4

Quadro de rotina diária p. 7

Planejamento da rotina diária p. 8

Começar por onde? p. 9

E quando a criança não dorme? p. 10

Referências p. 12

Renata Barros
Fonoaudióloga
 CONSTRUINDO A ROTINA DA CRIANÇA

HORA DE DORMIR
Olá

Que bom poder dividir esse material com você! Ele foi
preparado com muito carinho considerando os relatos de famílias
que recebo semanalmente no consultório.
As orientações que trago aqui são baseada no meu percurso
de formação e de prática profissional.
Me formei Fonoaudióloga no ano de 1999 na Universidade
Metodista de Piracicaba. Ali descobrir que essa profissão
possibilita justamente o cuidado e a atenção à Pessoa, de
diferentes formas. A fonoaudiologia é uma profissão incrível, e a
existência de diferentes especialidades fonoaudiológicas –
linguagem, motricidade orofacial, voz, fonoaudiologia
educacional, audiologia… ufa!!! – mostram a complexidade da
Pessoa em acompanhamento, e afirmam a necessidade de
investirmos em uma formação continuada. E é isso que eu faço!

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Fonoaudióloga
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HORA DE DORMIR

Além desta minha primeira formação como fonoaudióloga,

desenvolvi pesquisas em nível de Mestrado e Doutorado na
UNICAMP e cursei mais uma faculdade para formar-me pedagoga.
A pedagogia somada à fonoaudiologia possibilita o entendimento
no âmbito da aprendizagem da leitura e da escrita, seja voltado
tanto para as questões específicas das crianças e dos
adolescentes por mim atendidos, quanto para a orientação
familiar e supervisão da equipe escolar.
Minha experiência no atendimento de crianças e adolescentes
que precisam de atenção para conseguirem se organizar na
relação com a linguagem me instigou a organizar essa coleção
que busca abordar as situações cotidianas de maneira leve.
Boa leitura a todos, e se ainda sobrar dúvidas e precisar de
acompanhamento mais próximo, sinta-se à vontade para entrar
em contato comigo.

@fonorenatabarros

@clinicasdalinguagem

clinicasdalinguagem.com.br

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Fonoaudióloga
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HORA DE DORMIR
ATENÇÃO!

ESSE NÃO É UMA GUIA DE AJUSTE DE COMPORTAMENTO

INFANTIL. NENHUM MATERIAL NA INTERNET DEVE
SUBSTITUIR A ORIENTAÇÃO DIRETA DE UM PROFISSIONAL
QUALIFICADO. O IDEAL É QUE O PROFISSIONAL QUE
ESTÁ EM CONTATO COM A SUA FAMÍLIA POSSA INDICAR
AS MELHORES CONDUTAS PARA QUE A SUA CRIANÇA
ATINJA O DESENVOLVIMENTO DESEJADO PARA CADA
FAIXA ETÁRIA.

CERTIFIQUE-SE DE QUE A SUA CRIANÇA FOI

DEVIDAMENTE AVALIADA POR UM FONOAUDIÓLOGO E QUE
O DESENVOLVIMENTO TENHA SIDO OBSERVADO E
DESCRITO PARA BASEAR UMA BOA ORIENTAÇÃO. TENDO
FEITO ISSO, AS ORIENTAÇÕES A SEGUIR PODERÃO
FAVORECER O ACOMPANHAMENTO DA SUA CRIANÇA, AO
INVÉS DE CAUSAR MAIS DIFICULDADES.

SER ACOMPANHADO SEMANALMENTE POR UM

FONOAUDIÓLOGO GARANTE O ACESSO A MUITAS OUTRAS
ORIENTAÇÕES PERSONALIZADAS PARA O
ACOMPANHAMENTO ESPECÍFICO DA SUA CRIANÇA.

FAÇA BOM USO DESSAS ORIENTAÇÕES, E CONSIDERE

SEMPRE QUE CADA CRIANÇA É ÚNICA E DEVE SER
RESPEITADA COMO TAL!

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Fonoaudióloga
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HORA DE DORMIR
Rotina é o hábito, o costume de fazer as mesmas
atividades periodicamente.
Para a criança, a rotina planejada oferece
benefícios ao aprendizado de gestos motores, das
experiências sociais, do cuidado de si e dos outros,
e do aprendizado de habilidades específicas como
mastigar, falar, vestir-se, entre outras.
Cada família constrói hábitos cotidianos a partir
das necessidades diárias, da realidade de
horários de trabalho dos adultos, das atividades
escolares das crianças e da cultura que constitui
aquele grupo. No entanto, já é sabido que certos
hábitos podem ser nocivos ao desenvolvimento
infantil, e outros que podem contribuir em muito
com novos aprendizados. Dormir bem é um bom
hábito! Manter esse hábito como rotina na
infância é um dos elementos fundametais para a
boa saúde e para o desenvolvimento infantil.

Dormir uma quantidade de tempo adequada, com ausência de

luz, é um bom hábito. Crianças de 1 a 2 anos precisam, em média, de
11 a 14 horas de sono por dia. Crianças de 3 a 5 anos precisam
dormir entre 10 a 13 horas, e de 6 a 13 anos de 9 a 11 horas por dia.
Os distúrbios do sono na infância não são incomuns. O sono é
sensível a influências culturais e psicossociais e a organização dos
hábitos diários é uma forma de preveni-los.

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Fonoaudióloga
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HORA DE DORMIR
Organizar a rotina da criança quando a família não está preparada
para isso não é uma tarefa exatamente fácil e rápida. Mas, é
possível!!! A mudança pode ser produzida aos poucos, garantindo
que todos os integrantes da família estejam confortáveis com as
trocas de horários e com as transformações ocasionadas.
Para que essa udança seja mais tranquila a rotina deve ser
construída em acordo com todos os integrantes da família
considerando o equilíbrio entre o ideal e o possível, observando
certos cuidados como a redução da luminosidade, de ruídos
distratores e o tempo de sono.
O sono tem papel muito Para a con
strução de
necessário uma rotina
importante no crescimento que os dife é
rentes mem
corporal e na organização da família bros
estejam de
mudanças q ac ordo com a
das informações sensório- ue deve oco s
até que a c rr e r aos pouco
motoras recebidas ao longo riança poss s
a adormece
do dia. volta das 20 r por
h30, com as
sem a intro lu z e s apagadas,
dução de te
las.

A ausência de luz estimula a produção de

um hormônio chamado melatonina, que é
responsável pela indução do sono. Então,
reduzir a luz do ambiente e evitar o uso de
eletrônicos antes do horário de dormir pode
contribuir com a qualidade do sono das
crianças e dos adultos.

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Fonoaudióloga
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HORA DE DORMIR
Para favorecer a mudança no horário de dormir é sugerido que a
família construa novos hábitos. A mudança pode ser lenta e exige
dedicação de tempo e disponibilidade por parte dos adultos.
Vamos a um exemplo!
O uso de telas no período de
19h às 20h00 pode ser
substituído pelo horário de
contar histórias, ou de uma
massagem nos pés e nas costas
acompanhada por músicas que
estimulem a memória afetiva
familiar.
Contar histórias e cantar para as crianças no horário de dormir
pode favorecer a construção de um ambiente tranquilizador à
criança, além de promover a imaginação e o vínculo familiar.
Evite, no período da noite, a realização de atividades que estimulem
a excitação e a necessidade de longas práticas, como jogos de
competição.
As criança
Para que a rotina não seja s também
participar podem
cansativa e não sobrecarregue um da organiz
rotina diár ação da
ou outro adulto responsável, a ia comprom
se com as d etendo-
família deve compartilhar da ecisões fam
com o iliares e
organização e da construção de cumprimen
obrigações to das
práticas diárias flexíveis! !

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As atividades e os horários dos integrantes da família podem ser
combinados e divididos uns com os outros. Essa organização pode
ficar visível à criança em um quadro de rotina diária, por exemplo.
Quadro de rotina diária

Inclua nesse quadro de rotina imagens que remetam às principais

atividades do dia, como os horários de alimentação, de escola, das
sessões com o fonoaudiólogo e do horário da escola. Imãs e pins
podem ser utilizados para que a criança marque a atividade já
realizada.
O uso de quadros de rotina podem contribuir com a construção de
conceitos importantes do dia a dia. Os conceitos de dia, semana e
mês; ontem, hoje e amanhã; manhã, tarde e noite; antes e depois são
importantes para o estabelecimento de relações de tempo, para as
relações de antecipação, de ordenação e de tantas outras
possibilidades que podem ser orientadas pela profissional que os
acompanha (veja um exemplo no próximo item).

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Planejamento da rotina diária*

6hoo às 7h00 11h30 às 12h00

Acordar e tomar o leite Almoço
*Sugestão. Converse com o Pediatra da Criança para melhor adequação.

Brincar e Atividades Extracurriculares

9h00
Lanche da manhã

14h30 às 15h30 18h30 às 19h00

Domrir/Descansar Jantar

Brincar e Atividades Extracurriculares

15h30 às 16h00
Lanche da tarde

20h00
Combinados para 21h00
o próximo dia Dormir

Hora da família

20h30
Ceia

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Começar por onde?
Converse com o médico pediatra que
acompanha a criança para auxiliá-los na
organização de horários de alimentação e de
sono. Caso a rotina familiar esteja muito diferente
da orientação recebida, não desista. Modifique os
horários antecipando ou atrasando em 10
minutos cada atividade. Dessa forma, o ajuste de
horário para melhor aproveitamento do dia e
melhores condições do sono será efetivo e
acontecerá sem grandes dificuldades!
As famílias que acompanho têm referido boa adaptação com os
horários indicados no item "planejamento da rotina diária". Lembre-se
que essa é uma sugestão e cada família, somada à orientação do
médico pediatra, deve encontrar o melhor ajuste para favorecer a boa
convivência e o adequado desenvolvimento infantil.
Crianças pequenas devem passar por
consulta com o pediatra periodicamente. .
Faça anotações para não se esquecer de Lembrete
comentar com o médico as ocorrências de
saúde e comportamentais da criança. Pediatra às 9h
Mantenha essas anotações junto à carteira
da criança. Assim você não se esquecerá
de levá-las na data agendada para a Levar anotações
consulta.

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E quando a criança não dorme?

Já sabemos que o comportamento é o

resultado de hábitos aprendidos no decorrer dos
dias. Para que possamos desenvolver um hábito
rotineiro é necessário que continuemos a
experimentá-lo e a receber dicas para a sua
manutenção até que possamos incorporá-lo em
nossa rotina. É assim que aprendemos fazer
cotidianamente a nossa higiene pessoal,
aprendemos o hábito da leitura, os hábitos de
interação social e os hábitos noturnos.
No entanto, algumas crianças continuam apresentando dificuldade
com a hora de dormir, apesar da adequada organização familiar.
Os pesadelos e o terror noturno são as causas
mais comuns em situações que a criança não quer
dormir, ou dorme mal. Imagine-se tendo sonhos
ruins recorrentes. Você também não evitaria dormir
para tentar impedi-los de acontecer?

Os pesadelos podem ser a causa ou o

efeito de situações vividas ao longo do
dia, e que tomam materialidade nos
sonhos. Precisamos lembrar que crianças
pequenas estão aprendendo a diferenciar

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a realidade da fantasia, e essa é uma das razões de as crianças
acordarem assustadas ou chorando em função de um sonho ruim.

Nesses casos, os pais podem

abraçá-la e fazer carinhos com um
pouco de pressão em suas costas,
por exemplo, falando palavras que
a tranquilizem. Não é necessário
acordá-la. Podem ficar no quarto da
criança até que ela adormeça
novamente.

É importante que a família relate essa situação ao médico pediatra

e ao terapeuta da criança - fonoaudiólogo, psicólogo - caso ela se
intensifique e se os episódios passarem a acontecer todas as noites
causando prejuízo no desenvolvimento da criança, como o aumento
da agitação, de ansiedade e o aumento de ocorrência do apertamento
dos dentes durante o sono ou em vigília (acordado).

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Referências
DAS NEVES MENDES, R. M. A criança, o sono e a escola. Referência - Revista de
Enfermagem. Referência - Revista de Enfermagem, vol. II, núm. 7, octubre, 2008, pp. 7-
19 Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Coimbra, Portugal. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/3882/388239954001.pdf Acesso em 03 jan. 2021.

HALAL, C.S.E.; NUNES, M. L. Distúrbios do sono na infância. Residência Pediátrica.

2018; 8 (0 Supl.1): 86-92. DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8s1-14. Acesso em 05
mar. 2021.

KLEIN, J. M.; GONÇALVES, A. Problemas de sono-vigília em crianças: um estudo da

prevalência. Psico-USF (Impr.), Itatiba , v. 13, n. 1, p. 51-58, June 2008.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712008000100007. Acesso em 3 jan. 2021.

REIMÃO, R; LEFÈVRE, A. B.; DIAMENT, A. J. Prevalência de distúrbios do sono na

infância. Revista Pediatria. São Paulo: 5. p. 40-55. 1983.

Renata Barros 12
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A “Clínicas de Linguagem” foi criada para que diferentes Pessoas e
Empresas, de educação e outras, pudessem ter acesso ao que aprendemos
e formulamos ao longo de muitos anos com a realização de pesquisas
científicas e práticas de atuação em terapia da linguagem e assessoria a
Escolas e Universidades.
Com sólida formação humanista, há mais de 20 anos temos nos dedicado ao
estudo da linguagem, à terapia de alterações de fala e voz, e à formação
acadêmica de muitos profissionais fonoaudiólogos, pedagogos e mestres e
doutores. Nesse período de experiência compreendemos, a partir da
realização de pesquisas científicas, que o paciente para o qual o terapeuta
olha e com quem trabalha, e o aluno com quem relaciona-se e convive, são
sujeitos com muitos elementos a serem compreendidos e trabalhados
articuladamente. Daí a afirmação que “os processos de linguagem estão
materialmente articulados às práticas sociais” para e na terapia de
linguagem, fala e voz.
Apreciamos a possibilidade de reunir algumas de nossas competências e
habilidades para oferecer serviços de qualidade nas áreas terapêutica e
educacional; e também para criar outras portas de acesso à formação
especializada a profissionais que desejam ampliar seus conhecimentos para
suas práticas disponibilizando o serviço de supervisão clínica e cursos de
curta duração.

Acesse clinicasdalinguagem.com.br