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1.

Os filósofos utilitaristas entendem a felicidade como bem supremo e sustentam que há um


princípio que resume todos os nossos deveres morais, o princípio da utilidade ou da maior
felicidade. Este princípio é o critério de moralidade a partir do qual se avaliam as boas ou más
ações, as boas ou más políticas sociais e económicas.

2.

O hedonismo remonta à Grécia Antiga e tem como percursor o filósofo Epicuro. Trata-se de
uma teoria que considera que é o prazer o bem supremo do ser humano. A felicidade está na
busca do prazer e na fuga à dor, e esta é a regra moral por excelência. O utilitarismo é também
uma teoria hedonista porque para quem o defende só a felicidade criada conta como critério
para avaliar a correção moral da ação.

3.

Ao avaliarmos as consequências previsíveis de uma ação, temos de considerar não apenas a


quantidade, mas também a qualidade de prazer que dela pode resultar. Segundo Mill, no
momento de decidir, o critério de qualidade deve prevalecer sobre o de quantidade. Um
prazer superior (intelectual) é sempre preferível a um prazer inferior (físico), ainda que possa
ser menos intenso e duradouro que este. Segundo Mill, o critério para determinar se um
prazer é superior a outro passa pelo veredito ou sentença dos “únicos juízes competentes”.
Estão qualificados para afirmar e decidir qual de dois prazeres é o mais desejável aqueles que,
conhecendo ambos, preferem claramente um deles. Caso haja divergência, deverá prevalecer
a opinião da maioria.

Critério qualitativo de classificação dos prazeres:

 Superiores -Prazeres intelectuais e morais, apenas acessíveis ao ser humano.


 Inferiores - Prazeres físicos, comuns a todos os animais.

4.

Imaginando que vivemos num mundo em que todas as pessoas se encontram ligadas a
sofisticadas máquinas que controlam os nossos pensamentos e sentimentos, capazes de tornar
a vida das pessoas extremamente ricas em prazer. Se o hedonismo fosse verdadeiro, então
este mundo seria melhor do que o nosso. Mas este não é um mundo melhor, é um mundo
bastante pior porque é uma farsa. Logo, o hedonismo é falso. Segundo o filósofo Robert
Nozick, não é verdade que uma vida repleta de prazeres seja boa, quando comparada com
uma vida cheia de autenticidade das nossas experiências.
Dinis Melo nº9 10ºL

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