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Responsabilidade Civil Da Administração Pública 5grupo
Responsabilidade Civil Da Administração Pública 5grupo
Responsabilidade Civil Da Administração Pública 5grupo
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
Estudantes:
Carmen Ribeiro
Hélton Baptista
Luísa Soares
Docente:
Chimoio, 2022
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
Estudantes:
Carmen Ribeiro
Hélton Baptista
Luísa Soares
Docente:
Chimoio, 2022
Índice
I. Introdução...........................................................................................................................4
1. Objectivo geral................................................................................................................5
2. Objectivos específicos.....................................................................................................5
3. Metodologia....................................................................................................................5
1. Conceito..........................................................................................................................6
3. Teorias Administrativas..................................................................................................8
III. Conclusão......................................................................................................................13
IV. Bibliografia...................................................................................................................14
I. Introdução
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1. Objectivo geral
Analisar a Responsabilidade Civil da Administração Pública.
2. Objectivos específicos
Definir Responsabilidade Civil;
Caracterizar a Evolução da Responsabilidade Civil;
Elencar as Espécies da Responsabilidade Civil;
Explicar os pressupostos.
3. Metodologia
O trabalho de pesquisa foi suportado com as legislações competentes para o efeito e com o
apoio da internet.
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II. A Responsabilidade Civil da Administração Pública
1. Conceito
Segundo Sílvio Rodrigues, a responsabilidade civil é a obrigação que pode incumbir uma
pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por facto próprio, ou por facto de pessoas ou
coisas que dela dependam, o termo responsabilidade é Dever jurídico, em que se coloca a
pessoa, seja em virtude de contrato, seja em face de facto ou omissão, que lhe seja imputado,
para satisfazer a prestação convencionada ou para suportar as sanções legais, que lhe são
impostas. Onde quer, portanto, que haja obrigação de fazer, dar ou não fazer alguma coisa, de
ressarcir danos, de suportar sanções legais ou penalidades, há a responsabilidade, em virtude
da qual se exige a satisfação ou o cumprimento da obrigação ou da sanção.
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Com o passar do tempo a aplicação desta pena, entretanto, passou a ser marcada pela
intervenção do poder público, que poderia permiti-la ou proibi-la.
Posteriormente, ainda vigorando a Lei das XII Tábuas, inicia-se o período da composição
tarifada, onde a própria lei determinava o quantum para a indemnização, regulando o caso
concreto. Nas palavras de Alvino Lima, esta fase “é a reacção contra a vingança privada, que
é assim abolida e substituída pela composição obrigatória”
Esta legislação destacou-se por trazer a substituição da multa fixa por uma pena proporcional
ao dano causado.
O intitulado dammun injúria datum, regulado por esta lei, definia o delito praticado por
alguém que prejudicasse a outrem, injustificadamente, por dolo ou culpa, tanto física como
materialmente.
Na legislação francesa, mais precisamente no Código Civil de Napoleão, a culpa foi inserida
como pressuposto da responsabilidade civil aquiliana, influenciando diversas legislações, até
mesmo o Código Civil Moçambicano actualizado pelo Decreto-Lei n.º 47 344/19666, de 25
de Novembro.
“The king can not do wrong”, “Le roi ne peut mal fere” – O rei (Estado) e seus
representantes não podem fazer o mal e nem errar.
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Lógica liberal, o Estado está equiparado ao cidadão comum, ou seja, o Estado só indemniza
se tiver culpa, sendo ônus da prova imputado a quem a alega.
3. Teorias Administrativas
3.1. Teoria da Culpa administrativa
Falta de serviço. Não é necessário comprovar a culpa subjetiva do Estado, mas demonstrar
que o Estado procedeu de forma irregular. Não se trata de culpa que se aplica a qualquer um,
mas uma culpa especial (anônima) que reside na não prestação do serviço, no mau
funcionamento ou retardamento do serviço. O particular deve provar as citadas ocorrências
para ser indemnizado. É a transição para responsabilidade objetiva.
Não é necessário culpa do agente do público ou falta do serviço, basta que exista o dano, sem
que para ele tem concorrido o particular. A Administração poderá, para se eximir, alegar a
culpa exclusiva do lesado ou para atenuar a responsabilidade culpa concorrente do lesado.
Deve haver o facto de serviço, o nexo de causalidade entre o facto e dano ocorrido. A culpa é
presumida, restando a Administração a prova do contrário (inversão do ônus). Adotado por
nossa constituição:
N° 2 do art. 58° da CRM: O Estado é responsável pelos danos causados por actos
ilegais dos seus agentes, no exercício das suas funções, sem prejuízo do direito de
regresso nos termos da lei.
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4. Espécies da responsabilidade civil
4.1. Responsabilidade civil subjectiva e objectiva
Denomina-se responsabilidade civil subjectiva aquela causada por conduta culposa lato
sensu, que envolve a culpa stricto sensu e o dolo. A culpa (stricto sensu) caracteriza-se
quando o agente causador do dano praticar o acto com negligência ou imprudência. Já o dolo
é a vontade conscientemente dirigida à produção do resultado ilícito.
Até determinado momento da história a responsabilidade civil subjectiva foi suficiente para a
resolução de todos os casos. Contudo, com o passar do tempo, tanto a doutrina quanto a
jurisprudência passaram a entender que este modelo de responsabilidade, baseado na culpa
não era suficiente para solucionar todos os casos existentes. Este declínio da responsabilidade
civil subjectiva se deu principalmente em função da evolução da sociedade industrial e o
consequente aumento dos riscos de acidentes de trabalho.
A necessidade de maior protecção a vítima fez nascer a culpa presumida, de sorte a inverter o
ónus da prova e solucionar a grande dificuldade daquele que sofreu um dano demonstrar a
culpa do responsável pela acção ou omissão, o próximo passo foi desconsiderar a culpa como
elemento indispensável, nos casos expressos em lei, surgindo a responsabilidade objectiva,
quando então não se indaga se o acto é culpável.
Nesse contexto surge a denominada responsabilidade civil objectiva, que prescinde da culpa.
A teoria do risco é o fundamente dessa espécie de responsabilidade, sendo resumida por
Sérgio Cavalieri nas seguintes palavras: De acordo com Cavalieri Filho Todo prejuízo deve
ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou independente de ter ou não agido
com culpa. Resolve-se o problema na relação de nexo de causalidade, dispensável qualquer
juízo de valor sobre a culpa.
Na acção regressiva sempre cabe ao Estado provar a culpabilidade de seu agente e isto não
condiciona a hipótese indemnizatória referente à vítima, o contrário é o que se dá após a
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constatação efectiva da responsabilidade estatal tendo por resultado a satisfação
indemnizatória da vítima é que se tem lugar à acção regressiva, ocasião em que o Estado
tentará recobrar de seu agente o que gastara com a indemnização.
Essa teoria determina a inversão do ónus probandi, ou seja, cabe agora ao Estado provar a sua
não responsabilidade, tendo facilitado o direito de reparação da vítima.
A responsabilidade civil pode ser classificada, de acordo com a natureza do dever jurídico
violado pelo causador do dano, em contratual ou extracontratual.
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Já a responsabilidade propriamente dita, a extracontratual, que também é denominada de
aquiliana, tem por fonte deveres jurídicos originados da lei ou do ordenamento jurídico
considerado como um todo. O dever jurídico violado não está previsto em nenhum contrato e
sem existir qualquer relação jurídica anterior entre o lesante e a vítima; o exemplo mais
comum na doutrina é o clássico caso da obrigação de reparar os danos oriundos de acidente
entre veículos.
Esta categoria de responsabilidade civil - que visa a reparar os danos decorrentes da violação
de deveres gerais de respeito pela pessoa e bens alheios – costuma ser denominada de
responsabilidade em sentido estrito ou técnico ou, ainda, responsabilidade civil geral.
Os actos ilícitos são aqueles que contrariam o ordenamento jurídico lesando o direito
subjectivo de alguém. É ele que faz nascer à obrigação de reparar o dano e que é imposto
pelo ordenamento jurídico.
O Código Civil Moçambicano estabelece a definição de factos ilícito em seu artigo 483°:
“Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou qualquer
disposição legal destinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado
pelos danos resultantes da violação.”.
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1) Que haja um facto (uma acção ou omissão humana, ou um facto humano, mas
independente da vontade, ou ainda um facto da natureza), que seja antijurídico, isto é,
que não seja permitido pelo Direito, em si mesmo ou nas suas consequências;
2) Que o facto possa ser imputado a alguém, seja por dever a actuação culposa da
pessoa, seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma actividade realizada
no interesse dela;
4) Que tais danos possam ser juridicamente considerados como causados pelo acto ou
facto praticado, embora em casos excepcionais seja suficiente que o dano constitua
risco próprio da actividade do responsável, sem propriamente ter sido causado por
esta.
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III. Conclusão
Como fora percebido, a Administração Pública é responsabilizada pelos actos ilícitos que os
seus agentes e os seus órgãos pratiquem, causando danos a terceiros, no exercício activo de
suas funções.
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IV. Bibliografia
Leis
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