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Análise da Capacidade de um processo utilizando um Histograma ou um

Gráfico de Probabilidade

Conhecer a real capacidade do processo, para alguns profissionais da área


fabril, ainda representa uma “certa” dificuldade devido à falta de compreensão
de sua definição. Resolvi abordar este assunto de uma forma simples, espero
poder contribuir.

“Você não precisa fazer nada disto, a sobrevivência da sua organização não é
obrigatória"

W. Edwards Deming

Análise da Capacidade de um processo utilizando um Histograma ou um


Gráfico de Probabilidade

O Histograma pode ajudar na estimação da capacidade de um processo que


“a priori” seja estável.

A sequência proposta é a seguinte:

1. Escolha a máquina (ou máquinas) a ser usada. A máquina escolhida deve ser
“representativa” das máquinas na população. Além disso, se a máquina
escolhida tiver múltiplas estações de trabalho ou cabeçotes, pode ser
importante coletar os dados de maneira que se possa isolar a variável
“cabeçote”, através do uso do D.O.E.

2. Defina cuidadosamente as condições do processo: velocidade de corte, taxa


de alimentação, temperatura, etc.. Pode ser importante estudar os efeitos
destes fatores sobre a capacidade do processo.
3. Selecione um operador que seja representativo, ou, se acaso seja importante
estimar a variabilidade do operador, este deverá então ser escolhido
aleatoriamente.

4. Monitorar cuidadosamente o processo de coleta de dados e registrar a ordem


em que cada unidade é produzida.

Exemplo:
Os dados da tabela abaixo apresentam as Forças de Resistência à Ruptura
para 100 Garrafas de Refrigerantes[i]:

Com o auxílio do software Minitab, no meu caso a versão 14, temos:


O histograma, juntamente com a média amostral e o desvio padrão amostral,
fornecem informações sobre a capacidade do processo.

Conhecendo:

X bar = 264,1
S = 32,02

A capacidade do processo estimada é:

X bar ± 3S = 254,06 ± 3 * (32,02) = 264,1 ± 96 psi

Assim podemos estimar que aproximadamente 99,73% das garrafas


fabricadas por esse processo romperão entre 168,1 a 360,1 psi.
Uma vantagem de se usar o histograma para estimar a capacidade do
processo é que ele dá uma impressão visual e imediata do desempenho do
processo.

O Gráfico de Probabilidade, é uma alternativa que pode ser usada para


determinar a forma, o centro e a dispersão da distribuição.
Observa-se que os dados se dispõem próximos de uma linha reta, o que
implica que a distribuição da resistência à ruptura é normal, onde o desvio
padrão é a inclinação da linha reta.

Agora, sabendo que se trata de uma distribuição normal, podemos realizar um


Teste de Hipóteses, onde:

Estimamos que cerca de 5% das garrafas fabricadas por este processo se


romperiam abaixo de 200 psi .

Com o auxílio do Gráfico de Caixas ou Boxplot, temos:


Podemos estimar que todas as garrafas abaixo do LIE = 200 psi vão se
romper.

Referência:

MONTGOMERY, D.C. INTRODUÇÃO AO CONTROLE ESTATÍSTICO DA


QUALIDADE. Rio de Janeiro, LTC / GEN, 2004.

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