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INTRODUÇÃO
A ideia de realizar essa pesquisa surgiu ainda no período de graduação deste autor em
meio às dificuldades e os desafios em realizar o relatório de estágio. Assim que a
graduação foi concretizada em 2015, ideia foi amadurecendo. No início de 2016 essa ideia
começou a ser planejada e arquitetada. A temática até em tão girava em torno dos desafios
do acadêmico no contexto do estágio supervisionado do curso de pedagogia.
Esse estudo se justifica por sua relevância social porque se direciona a todos acadêmicos
estagiários, os que estão inseridos em contextos de estágios supervisionados, os que
atuam e que fazem parte da área da educação, em especial, aos acadêmicos e docentes
supervisores de estágios supervisionados dos cursos de pedagogia.
A fundamentação que norteou este estudo baseia-se nas ideias e concepções de vários
teóricos, sendo: Aranha (2006); Bianchi (2011); Borges (2013); Buriolla (2001); Franco;
Libâneo; Pimenta (2007); Franco (2008); Ghiraldelli Junior (2006); Libâneo (2001);
Medina (1997); Nelson (2010); Pimenta (2012); Saviani Junior (2010), Gil (2009); Lima
(2008), dentre outros. A obra caracteriza-se por ser bibliográfica porque busca por meio
destes teóricos a base de sustentação e fundamentação teórica.
Para que ocorra um melhor entendimento a respeito do tema proposto faz-se necessário
destacar alguns tópicos de discussões que darão o suporte necessário à perfeita
compreensão do tema, até porque o estudo é direcionado a importância do estágio
supervisionado em pedagogia para o futuro professor.
Atualmente, a pedagogia pode ser compreendida [...] como campo de conhecimento que
investiga a natureza e as finalidades da educação, [...] como ciência da prática que explica
objetivos e formas de intervenção metodológica, [...] visa o entendimento, global e
intencional dirigido, dos problemas educativos (LIBÂNEO, 2001, p.1229, 160, 161).
Por outro lado, [...] a pedagogia é uma teoria da prática: a teoria da prática
educativa, além disso, [...] a palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas
(SAVIANI, 2010). É de ressaltar que os conceitos dos teóricos se aproximam muito um
do outro, [...] ciência da arte educativa (FRANCO, 2008). É certo que a pedagogia tem
em sua essência, em sua origem o ato de conduzir o aluno a aprender, e isso tem a ver
com a prática da docência que funcionaria com uma sustentação, um alicerce, até porque
[...] a pedagogia tem como base a docência (FRANCO; LIBÂNEO; PIMENTA, 2007).
De acordo com a Lei de Diretrizes da Educação Nacional (LDB), a Lei que disciplina a
educação no TÍTULO VI – Dos profissionais da educação:
Mas é importante ressaltar que essa formação de professores não se aplica única e
exclusiva aos níveis, mas também nas modalidades da educação básica, como mostra a
resolução nº 2, de 1º de julho de 2015 em seus Artigos 2° e 3°, na qual define as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura,
cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para
a formação continuada:
O curso de pedagogia visa formar pedagogos, e que segundo Saviani (2010) o pedagogo
é considerado [...] especialista em pedagogia. Pode-se considerar que o pedagogo é um
técnico, um perito em educação, o conhecedor das causas que envolvem a prática
educativa, tanto a nível formal quanto não formal. Nessa questão da não formalidade, [...]
o pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa
(LIBÂNEO, 2001, p.161).
Compreende-se também que o pedagogo por meio da grade curricular, dos conteúdos, das
disciplinas, dos métodos que aprende no decorrer de sua trajetória acadêmica pode-se ser
concebido como um agente social de facilitação e mediação do conhecimento fazendo
com que o educando compreenda seu papel na sociedade, o de ser agente ativa e não
passivo. [...] Pedagogo é aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos
através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade
(SAVIANI, 2010).
Segundo Buriolla (2001, p.13) "o estágio é o locus onde a identidade profissional é
gerada, construída e referida: volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada,
reflexiva e critica e, por isso, deve ser planejado gradativa e sistematicamente". Em
conformidade as ideias de Pimenta e Lima (2012, p.62) "nesse espaço poderão ser tecidos
os fundamentos e as bases indentárias da profissão docente".
Tomando-se por base as ideias de Bianchi (2011) “o Estágio Supervisionado deixa de ser
uma atividade meramente formal para se constituir em um verdadeiro aprendizado”. E
continua salientando que “o estágio é, nessa perspectiva, um modo peculiar de fazer
pesquisa e, ao mesmo tempo, inserir o aluno na realidade de maneira a intervir”. E,
sobretudo ressalta que “O estágio é um meio importante para colocar o estudante na
situação de estar aprender a aprender” Bianchi (2011, p.18).
É por meio do estágio que o acadêmico perceberá os grandes desafios a serem enfrentadas
no decorrer de sua trajetória, como também, conceberá o seu papel, sua função e sua
posição frente ao processo educacional. Nesse sentido, o estágio é uma exigência da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Levando em consideração as ideias
de Bianchi (2011) o estágio supervisionado passa a se constituir uma atividade comum
formal para se instituir em um verdadeiro aprendizado. Dessa forma, o estágio é um
momento de ação e de prática docente, nele está contida a teoria e prática e, não se pode
pensar em separar uma da outra porque se encontram em uma relação mútua.
É verdade que para quem já passou por esse período pode dizer o quanto esse momento
significa muito para a prática pedagógica do futuro professor, é esse momento que o
estagiário poderá refletir sobre todas as questões que envolvem o processo educativo das
escolas. É através do estágio que o graduando perceberá as dificuldades, os conflitos, a
realidade como ela é, mas a partir dessa realidade poderá perceber também as
contradições do contexto em que estiver inserido.
Nesse enfoque Pimenta e Lima (2012) afirmam que o estágio pode contribuir para a
reflexão dos fatos históricos que vivenciamos, das políticas públicas, da escola nesse
contexto contraditório, dos alunos e dos professores, ainda reforçam a ideia [...] que o
estágio, em seus fundamentos teóricos e práticos, seja esse espaço de diálogo e de lições,
de descobrir caminhos (PIMENTA; LIMA, 2012).
É de ressaltar que em cada relatório de estágio o graduando poderá inserir nos seus
escritos os seguintes objetivos, a saber: a descrição do campo de estágio, da dinâmica
escolar destacando tudo que ele observou no decorrer dos dias de estágio, as discussões
referentes a essa dinâmica, o exercício do trabalho do professor (Estágios
Supervisionados I e II), o ofício ou a função do pedagogo/supervisor, orientador e
coordenador pedagógico (Estágio Supervisionado III) e o papel do gestor/administrador
(Estágio Supervisionado IV).
Estágio Supervisionado I
Esse estágio é direcionado a primeira etapa da educação básica nas práticas da Educação
Infantil (creche e pré-escolas). Tendo em vista que esse período de estágio é direcionado
a educação infantil, é certo que as observações e impressões do estagiário vão ser
norteadas aos aspectos do "Cuidar" e do "Educar". Nesse sentido, as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (PCNs) define que:
Em seguida, dar pra abrir um tópico sobre Discussões dos Aspectos Observados no
Campo de Estágio, onde o graduando deverá discutir de forma crítica todos os aspectos
que foram observados no decorrer das semanas em seu campo de atuação, e por último,
as considerações finais.
Essas ideais são apenas dicas viáveis que foram úteis na execução do relatório final do
estágio supervisionado em que o autor deste artigo fez parte. É de registrar que essas dicas
podem também ajudar tanto o professor/supervisor de estágio quanto aos acadêmicos
estagiários, além do mais, esses tópicos mencionados acima podem fazer parte dos
relatórios que serão discutidos a seguir, variando uma coisa e outra.
Estágio Supervisionado II
No relatório final o estagiário poderá executar seu relatório nos moldes do Estágio
Supervisionado I mencionado acima, o que pode variar ou mudar são os planos de ações
referentes aos roteiros para a elaboração do relatório de estágio que cada instituição
deverá exige, pode ser que sua instituição peça um "Plano de Intervenção" que tem seu
aspecto mais teórico/prático, onde o estagiário perceberá uma problemática no campo de
estágio e intervém com uma atividade prática para tentar solucionar aquele problema
encontrado, como por exemplo: o estagiário percebeu existe alunos no campo de estágio
que não conseguem se concentrar. Diante desse problema o estagiário poderá realizar um
jogo de dama, de varetas, da memória, um quebra-cabeça ou até mesmo uma atividade
que exija concentração.
Será a partir desse período que o graduando em pedagogia entenderá que a função do
pedagogo (supervisor) ainda continua atrelada no controle e inspeção. É dado a ele
praticamente a responsabilidade de todas as questões relacionadas ao ambiente escolar.
O ideal seria que esse profissional cuidasse apenas da parte pedagógica da escola, mas na
realidade o pedagogo se encarrega tanto da gestão quanto da pedagógica. Nesse período
o pedagogo é visto como supervisor do campo de estágio. Esse profissional [...] é sujeito
que faz a leitura na sua totalidade, [...] parte do esclarecimento a respeito da ação diária
que caracteriza o trabalho realizado na escola (MEDINA, 1997, p.18).
É certo que esse período não tem uma etapa específica de atuação para o estagiário, pode
ser que seu campo seja uma escola de educação infantil, de ensino fundamental ou médio,
vai depender muito das escolas parceiras com a instituição. O que importa nessa fase é a
prática de supervisão escolar, que na maioria dos casos se encaixa na figura do pedagogo.
Estágio Supervisionado IV
Esse período de estágio, o estagiário poderá formular e executar seu plano como base na
função do gestor escolar. O plano pode ser de ação e de intervenção. Tanto um quanto o
outro o acadêmico estagiário poderá formular seu plano a partir de problemáticas, a saber:
como se dá a relação do gestor com a equipe docente? Como se dá a relação gestor e
pedagogo? Como se dá a relação gestor e comunidade escolar?
Todas essas e outras problemáticas poderão servir como base para a efetivação do
plano de ação ou de intervenção.
Para alcance de objetivos e metas, todo indivíduo traça caminhos para que seus anseios
possam ser materializados. Numa pesquisa científica não é diferente, o pesquisador
precisa de um objetivo geral e de específicos para execução de seu estudo.
É de ressaltar que antes de chegar ao objetivo geral, o pesquisador passou pelo o período
de questionamento de um ou vários fenômenos que darão o suporte inicial de sua
pesquisa.
O caminho percorrido desse estudo partiu de uma pesquisa bibliográfica por meio
da técnica de revisão de literatura. Essa pesquisa [...] é desenvolvida a partir de material
já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2009, p.50).
Assim sendo, [...] no contexto de pesquisa acadêmica, os textos teóricos assumem uma
importância relevante, tanto como apoio para o pesquisador formular e justificar os
problemas (LIMA, 2008, p.49).
Quanto à natureza desse estudo baseou-se numa abordagem qualitativa e dialética porque
uma das finalidades desse estudo foi o de gerar discussões para uma perfeita compreensão
da temática. Com base em Lima (2008) essa abordagem se apoia em exercício de
interpretação, compreensão e apreensão da realidade. No que tange a Gil (2009) [...] a
dialética fornece as bases para a interpretação dinâmica e totalizante (GIL, 2009, p.14).
Todo trajeto percorrido dessa pesquisa foi feito no intuito de proporcionar um artigo
científico de alcance de todos. A concretização dessa pesquisa trouxe ainda mais uma
gama de conhecimentos e procedimentos para a prática desse autor.
Logo, cada dificuldade, cada escrito, cada leitura, cada reflexão, cada discussão, cada
experiência vivenciada nesse estudo contribui de fato para certificar o espírito científico
e a paixão pela pesquisa desse autor. Portanto, tem-se a convicção do pleno alcance dos
objetivos traçados na busca da concretização desse artigo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e
Brasil. 3.ed. ver e ampl. São Paulo: Moderna, 2006.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. 2. Reimpr. São
Paulo: Atlas, 2009.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. 7. ed.
São Paulo: Cortez, 2012.
SITE DE
ETIMOLOGIA.<http://www.origemdapalavra.com.br/site/palavras/pedagogo/>. Acesso
em: 20. jun. 2016.