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Anastancia Manuel
Quelimane
2023
Hígildo Camilo Chone
Felisberto Domingos Mahumane
Anastancia Manuel
Elizeu Zacarias Tivane
Ezequiel Joaquim Marcelino
Aiúba Carlitos Daúda Aiúba Constantino
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4
1.1.Objectivos................................................................................................................4
1.1.1.Objectivo Geral.................................................................................................4
1.1.2.Objectivos Específicos......................................................................................4
2.Conceitos........................................................................................................................5
2.2.Visão e Missão.........................................................................................................6
2.5.Monitoria e Avaliação.............................................................................................9
2.8.Custos e financiamento..........................................................................................13
2.10. Progressos...........................................................................................................14
2.11.Desafios...............................................................................................................15
2.15.Mecanismos de monitoria....................................................................................19
2.16.Mecanismos de avaliação....................................................................................20
3.Conclusão.....................................................................................................................20
3.1.Recomendação.......................................................................................................22
4.Bibliografia...................................................................................................................23
5.Apêndice.......................................................................................................................25
1.Introdução
Neste trabalho, pretende-se dissertar em torno do Plano Estratégico da Educação (PEE)
2020-2029, que se consubstancia num instrumento que orienta as intervenções do
Governo de Moçambique no sector da Educação, e enquadra-se em três eixos principais,
a saber: i) acesso, participação, retenção e equidade; ii) qualidade da aprendizagem e,
iii) governação.
Concernente, a sua elaboração, sabe-se que se iniciou com um diagnóstico que resultou
na elaboração de um Relatório sobre Análise do sector da Educação (ASE), que
identifica os principais progressos, desafios e analisa a evolução dos indicadores-chave
com foco no acesso, participação, conclusão, resultados de aprendizagem, qualidade,
capacidade e eficiência.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral
Analisar o papel do Plano Estratégico da Educação 2020-2029 na melhoria da
qualidade de educação;
1.1.2.Objectivos Específicos
2.Conceitos
2.1.Progressos e Desafios do Sector
Dissertando-se sobre os desafios, refere-se que nos últimos anos registaram-se avanços
importantes como:
v) A necessidade de mais professores e mais salas de aulas para o ES1, tendo em conta
o alargamento da escolaridade obrigatória para 9 classes, e a respectiva possibilidade de
se utilizarem as escolas primárias para o Ensino Secundário básico e;
2.2.Visão e Missão
A visão e a missão do PEE estão alinhados às agendas e instrumentos de planificação e
de desenvolvimento nacionais e internacionais e que definem as prioridades do Sector
da Educação a curto, médio e longos prazos. Destes instrumentos, destacam-se a
Agenda 2025, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2015-2035, o Programa
Quinquenal do Governo, a Lei 18/2018, de 28 de Dezembro que estabelece o regime
jurídico do Sistema Nacional de Educação, na República de Moçambique, a Agenda
2063 da União Africana, a Agenda 2030 para a Educação, a Estratégia para Educação
Continental para África 2016-2025 e o Protocolo da SADC.
Visão
Missão
2. Ensino Primário que visa assegurar que todas as crianças tenham a oportunidade de
aceder e concluir o Ensino Primário inclusivo e de qualidade.
2.5.Monitoria e Avaliação
A monitoria e a avaliação do desempenho do Sector fazem parte de um processo
integrado, desenvolvido em conjunto entre o Sector e os seus parceiros externos,
incluindo a sociedade civil. Este processo é feito com base na matriz de resultados que
apresenta indicadores e metas para cada um dos objectivos estratégicos, por programa
sectorial. Através desta matriz, o Sector monitorará, anualmente, a implementação das
acções prioritárias e o seu impacto em termos de alcance dos principais objectivos.
(i) Avaliação anual, feita por meio da verificação do grau de implementação dos
planos anuais e progressos no alcance das metas do PEE;
1º Ciclo – da 1ª à 3ª classe;
2˚ Ciclo – da 4ª à 6ª classe.
1º Ciclo da 7ª à 9ª classe;
A Educação Vocacional, focada nos jovens e adultos que demonstrem talento e aptidão
especiais nos domínios da ciência, da arte, do desporto, entre 25 outros. Realiza-se em
instituições vocacionais, sem prejuízo da formação própria do Subsistema de Educação
Geral ou da Educação profissional, visando o desenvolvimento de forma global e
equilibrada da personalidade do indivíduo;
2.8.Custos e financiamento
2.10. Progressos
O SNE conta com mais de 170 mil docentes no activo. Destes, mais de 136 mil
encontram-se a leccionar em escolas dos diferentes níveis, sendo 83.4% no Ensino
Primário. Segundo o MINEDH (2019a), um progresso é que há mais professores com
acesso às acções de formação psicopedagógica nos diferentes níveis.
No subsistema de Educação de Adultos, uma avaliação externa padronizada mostra um
aproveitamento de cerca de 67% na disciplina literacia e 70% na de numeracia. Embora
a avaliação não tivesse sido feita em todos os centros e não se tenha trabalhado com
uma amostra representativa, os resultados sugerem que os adultos que frequentam os
programas de EA adquirem competências básicas (MINEDH 2019a).
Nos últimos anos registaram-se avanços importantes na promoção da equidade no
acesso e participação na educação, com enfoque para a rapariga. Os progressos neste
pilar são descritos a seguir:
A actual Lei do SNE, Lei N.º 18/2018, estabelece a Educação Pré-Escolar como um
subsistema de educação. O financiamento à Educação Pré-Escolar no orçamento da
educação está a aumentar, passando de 0,003%, em 2013, a 0,04%, em 2018. (MINEDH
2019a).
No Ensino Primário, os efectivos do subsistema duplicaram entre 2004 e 2018, com
mais de 6,5 milhões de estudantes em 2018. Contudo, é necessário ter em conta a alta
taxa de crescimento demográfico e a estrutura etária da população, com mais de metade
em idade escolar.
Segundo o MINEDH (2019a), as causas do aumento de alunos no Ensino Primário são:
2.11.Desafios
Um factor importante para o rendimento escolar, mas algo negligenciado durante anos,
é o facto de o EP estar a ser leccionado numa língua não familiar para a maioria das
crianças, particularmente, nas zonas rurais. O desafio é a formação e colocação de
formadores e professores para o Ensino Bilingue, a produção e distribuição dos
materiais e a sensibilização das comunidades sobre a importância do Ensino Bilingue
(MINEDH 2019a).
2.15.Mecanismos de monitoria
A melhoria do desempenho do Sector na vigência do presente PEE depende de um
acompanhamento regular das instituições onde decorrem as actividades concretas de
ensinoaprendizagem, pelas entidades responsáveis pela sua gestão (conforme as
atribuições dos diferentes intervenientes envolvidos na implementação do PEE). A
este respeito, continuarão a ser disponibilizados fundos e instrumentos ao nível
provincial e distrital, para facilitar a supervisão integrada e o acompanhamento da
implementação dos programas do Sector até à escola. A descentralização e a
melhoria da gestão dos recursos humanos deverão contribuir para o aumento da
capacidade ao nível local e para um melhor acompanhamento e supervisão dos
processos educativos. O fortalecimento do papel dos Conselhos de Escola vai
facilitar, ainda, um acompanhamento do desempenho da escola pelos pais e pelas
comunidades beneficiárias. A monitoria e a avaliação do desempenho do Sector
serão realizadas, de forma conjunta, entre o Sector e os seus parceiros externos,
incluindo a sociedade civil. Este processo é feito com base na matriz de resultados
que apresenta indicadores e metas para cada um dos objectivos estratégicos, por
programa sectorial. Através desta matriz, o Sector monitorará, anualmente, a
implementação das acções prioritárias e o seu impacto em termos do alcance dos
principais objectivos. No contexto do processo de monitoria e avaliação conjunta, o
Sector produzirá, anualmente, um relatório sobre os progressos em termos da
realização dos objectivos gerais e 154 estratégicos, bem como da implementação das
acções prioritárias que constam na matriz de resultados. A fonte principal são os
dados estatísticos, os balanços internos, os relatórios das monitorias e das
supervisões integradas. Esta apreciação será a base para o diálogo entre o Órgão que
superintende a Educação e os seus parceiros, através de:
2.16.Mecanismos de avaliação
Durante a vigência do PEE estão previstos três tipos de avaliação, nomeadamente: (i)
avaliação anual; (ii) avaliação de meio-termo, com alguma profundidade, possibilitando
a revisão do PEE no ano 2024, para melhor ajustamento das prioridades e metas ao ciclo
de governação e quadro económico, político e administrativo vigente; e, (iii) avaliação
externa e independente, para verificar o grau da sua implementação e a eficácia das
estratégias desenvolvidas, com o objectivo principal de nortear a elaboração do plano
estratégico seguinte.
3.Conclusão
Desde 2000, os esforços do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
(MINEDH) permitiram melhorar significativamente a equidade e o acesso ao
ensino primário e atingir uma taxa de matrículas de 94% em 2019. Contudo, o
sector continua a enfrentar muitos desafios em termos de sucesso escolar e de
redução das desigualdades socioeconómicas. Apenas um em cada dois alunos
completa o último ano da escola primária, enquanto apenas 35% dos alunos
atingem o nível secundário, com resultados particularmente preocupantes para as
raparigas.
3.1.Recomendação
Deve-se melhorar a retenção da rapariga na escola e o acesso à educação para todas as
crianças.
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