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CURSO DE
NUTRIÇÃO E METABOLISMO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
NUTRIÇÃO E METABOLISMO
MÓDULO II
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MÓDULO II
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FIGURA 14- PIRÂMIDE ALIMENTAR ADAPTADA
2.1 MACRONUTRIENTES
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2.1.1 Carboidratos
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FIGURA 15 – MODELO DA ESTRUTURA QUÍMICA DO CARBOIDRATO
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Açúcares-alcoóis: glicerol,
inositol, manitol e sorbitol;
Aminoaçúcares: galactosamina
(formada a partir da galactose –
presente na cartilagem, nos
tendões e na aorta), glucosamina
(formada a partir da glicose –
presente nos tecidos conjutivos);
Açúcares-ácidos: ácido ascórbico
(vitamina C, que não é formada
no corpo); ácido glicólico
(formado a partir da glicose);
ácido glicurônico (formado a partir
da glicose – ajuda na
detoxificação e excreção de
outros compostos e está presente
no tecido conjuntivo).
2.1.1.3 Monossacarídeos
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Após a absorção pelo intestino delgado a glicose pode: tornar-se disponível como
fonte de energia para o metabolismo celular; formar glicogênio para armazenamento
no fígado e nos músculos ou ser transformada em triglicerídeo para utilização
subsequente como energia.
A frutose (açúcar das frutas ou levulose), o mais doce açúcar simples, ocorre
em grandes quantidades nas frutas e no mel. A frutose vai diretamente do trato
digestivo para o sangue, porém toda ela acaba sendo transformada em glicose no
fígado.
Já a galactose não existe livre na natureza, ela combina-se com a glicose
para formar o açúcar do leite nas glândulas mamárias dos animais que estão
amamentando. O organismo transforma a galactose em glicose para utilização no
metabolismo energético (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH;
KATCH, 2003).
2.1.1.4 Oligossacarídeos
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A lactose (glicose + galactose), o único açúcar que não é encontrado nas
plantas, existe em sua forma natural somente no leite como açúcar do leite. O
menos doce dos dissacarídeos, quando processado artificialmente a lactose,
costuma se tornar um ingrediente nas refeições ricas em carboidratos e com alto
conteúdo calórico. Algumas pessoas podem sofrer de intolerância à lactose, por
carecerem de quantidades adequadas da enzima lactase que fraciona a lactose para
glicose e galactose durante a digestão. Um indivíduo com intolerância a lactose que
consome leite ou produtos lácteos não consegue digerir esses alimentos e
consequentemente, a luz intestinal acumulada - uma grande quantidade de água em
virtude do efeito osmótico causado pela incapacidade de fracionar a molécula de
lactose para ser absorvida, o que a seguir produz cólicas e diarreia.
Já a maltose (glicose + glicose) pode ser encontrada na beterraba, nos
cereais utilizados para o desjejum e nas sementes em fase de germinação. Também
denominado açúcar do malte, esse açúcar é clivado facilmente em duas moléculas
de glicose, porém faz apenas uma pequena contribuição para o conteúdo em
carboidratos da dieta (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH; KATCH,
2003).
2.1.1.5 Polissacarídeos
Polissacarídeos Vegetais
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forma mais familiar de polissacarídeo vegetal. Ela pode ser encontrada nas
sementes do milho e nos vários grãos do pão, cereais, massas, ervilhas, feijões,
batatas e nas raízes, nas quais o amido funciona como reserva de energia para
futura utilização de plantas. O amido existe em duas formas: amilose (uma longa
cadeia retificada de unidades de glicose trançadas em uma espiral helicoidal) e
amilopectina (um acoplamento de monossacarídeos altamente ramificados), a
proporção relativa de cada forma de amido em uma determinada espécie vegetal
determina as características específicas do amido, incluindo sua digestibilidade. Os
amidos com uma proporção maior de amilopctina são digeridos e absorvidos
rapidamente, enquanto os amidos com um alto conteúdo de amilose exibem um
ritmo mais lento de fracionamento químico (hidrolise).
As fibras classificadas como polissacarídeos estruturais são diferentes do
amido, eles incluem a celulose, a molécula orgânica mais abundante na terra. Os
materiais fibrosos resistem ao fracionamento químico por parte das enzimas
digestivas humanas, porém uma porção é fermentada pela ação das bactérias
intestinais e acaba participando nas reações metabólicas após a absorção intestinal.
As fibras são encontradas exclusivamente nas plantas, constituindo a estrutura das
folhas, caules, raízes, sementes e cascas das frutas. As fibras diferem amplamente
em suas características físicas e químicas, assim como em sua ação fisiológica. As
paredes celulares contêm diferentes tipos de fibras (celulose, hemicelulose, pectina
e o não carboidrato lignina), a mucilagem e as gomas ocorrem dentro da própria
célula vegetal.
Polissacarídeos Animais
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trifosfato (ATP) e uma uridina trifosfato (UTP) são degradadas durante a
glicogênese. Já o processo de reconversão do glicogênio em glicose é conhecido
como glicogenólise (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH; KATCH,
2003).
2.1.2 Proteínas
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Quadro 2 - Diferentes tipos de proteína
Função Classe de Proteína Exemplos Utilização
Tiroxina Regula o metabolismo celular
Regulação Fisiológica Hormônios Modula as características sexuais
Testosterona
masculinas secundárias
Ocitocina Regula a produção de leite
Modalidade de Transporte Globinas Hemoglobina Transporta O2 e CO2 no sangue
Citocromos Transporte de elétrons mitocondrial
Ferritina Armazenamento do ferro
Método de Armazenamento Fixação iônica
Calmodulina Fixa os íons de cálcio
Actina
Contração Músculo Proteína Contrátil
Miosina
Elimina as proteínas estranhas
Proteção Imune Imunoglobulinas Anticorpos
(antígenos)
Colágeno Formação do tecido conjuntivo
Estrutura Fibras
Fibrina Coagulação do sangue
Lisossomas Hidrolisa os polissacarídeos
Proteases Cataboliza as proteínas
Regulação Metabólica Enzimas
Catalisa a síntese do ácido
Polimerases
nucleico
Estabelece a excitabilidade das
Bomba sódio-potássio
Transporte de Membrana Transportadores membranas
Bomba de prótons Metabolismo energético
Proteínas do principal
complexo da
Antígenos da histocompatibilidade Codifica as proteínas para o
Reconhecimento Celular
superfície celular (MHC – Major reconhecimento imune
histocompatibility
complex)
Controla o movimento capilar dos
Regulação Osmótica Albumina Albumina sérica
líquidos
Regulação Genética Repressores Repressor Iac Transcrição
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2.1.2.1 Estrutura química
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composição os aminoácidos essenciais em proporções adequadas, este tipo de
proteína é considerada como completa, são elas: proteínas da carne, peixe, aves.
As proteínas de baixo valor biológico (BVB) não possuem em sua
composição os aminoácidos essenciais em proporções adequadas, esse tipo de
proteína é considerada como incompleta, são elas: cereais integrais e leguminosas
(feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, etc.).
Já as proteínas de referência, possuem todos os aminoácidos essenciais em
maior quantidade, são elas: ovo, leite humano e leite de vaca (NEWSHOLME;
LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
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aplicada particularmente na comparação entre as proteínas para a nutrição humana.
Quanto maior o valor biológico, mais aminoácidos e nitrogênio o organismo irá reter.
O ovo é considerado a fonte de proteína mais digerível e com uma
porcentagem de aproveitamento pelo corpo humano de 94%. Devido a esta taxa de
absorção, ele recebe uma graduação de 100“pontos” e todas as demais proteínas
são graduadas em comparação a sua degestibilidade em relação a proteína do ovo.
A graduação pelo valor biológico não está associado diretamente ao
conteúdo calórico da proteína (calorias por grama). Este conteúdo calórico não se
relaciona com o aproveitamento orgânico para a produção e manutenção de tecidos
pelo organismo.
Existem ainda, proteínas que são tratadas de forma sintética (suplementos)
que são ainda mais digeríveis que a proteína de ovo e possuem, em relação a ele,
taxas de aproveitamento maior que 94 %, recebendo, dessa forma uma graduação
de valor biológico superior a 100 “pontos”.
Leite de vaca 92
Peixe 83
Bife magro 80
Frango 79
Arroz 59
Feijão 49
Caseína 77
Proteína da Soja 74
FONTE: Adaptado de BUSHMAN: Complete Guide to Fitness & Health: Physical activity and
nutrition guidelines for every age, 2011.
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2.1.3 Gorduras
Uma molécula de lipídio (do grego lipos, que significa gordura) possui os
mesmos elementos estruturais de um carboidrato, mas se difere de maneira
significativa pela ligação de seus átomos. Os alimentos, tanto os naturais como os
processados, podem conter vários tipos de lipídeos. Alguns tipos têm efeito positivo
à saúde, aumentando o HDL, que é o "colesterol bom" enquanto outros podem ser
prejudiciais, aumentando o nível de LDL, o "colesterol ruim". Mesmo os tipos de
lipídeos benéficos devem ser consumidos com moderação, pois qualquer tipo de
lipídeos contém mais calorias do que as proteínas e os carboidratos.
O lipídio, é um termo geral para um grupo heterogêneo de compostos, inclui
óleos, gorduras, ceras e compostos correlatos. Os óleos tornam-se líquidos na
temperatura ambiente, enquanto as gorduras continuam sólidas. Aproximadamente
98% dos lipídios dietéticos existem como triglicerídeos, enquanto 90% da gordura
corporal total reside nos depósitos de tecido adiposo dos tecidos subcutâneos
(NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
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FIGURA 17 - MODELO DE ESTRUTURA QUÍMICA DO LIPÍDEO
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gorduras nos alimentos e mais
de 90% da gordura corporal
Ésteres de ácidos graxos
com alcoóis de alto peso
molecular, além do glicerol; Mais prevalentes na película
Ceras Cera de Abelha
inclui os ésteres do das folhas e das frutas
colesterol e as vitaminas D e
A
Lipídeos
Compostos
Cefalinas Compostos hidrossolúveis
Lecitina, obtida das gemas de
Lecitinas formados a partir da gordura
Fosfolipídios ovos ou da soja, representa o
neutra, do ácido fosfórico e
Lipositóis maior grupo de fosfolipídios
de uma base nitrogenada
Cerebrosídios
Açúcares (glicose ou
Componentes da membrana
Glicolipídios Gangliosídios galactose) mais ácidos
celular e dos tecidos neurais
graxos mais nitrogênio
Quilomicrons
Lipoproteínas de
Sintetizadas no fígado; as
muito baixa
Todas contêm quantidades lipoproteínas contêm 25 a 35%
densidade
variáveis de proteína, de proteína, com o restante
Lipoproteínas Lipoproteínas de
triglicerídeos, fosfolipídios e sendo lipídeos
baixa densidade
colesterol Modalidade de transporte dos
Lipoproteínas de
lipídeos pelo sangue
alta densidade
Lipídeos
Derivados
Ácido linoleico Em geral existe um número par
Em geral contêm um único
Ácido oleico de átomos de carbono nos
Ácidos graxos grupo ácido (COOH); podem
Ácido palmítico ácidos graxos de ocorrência
ser saturados e insaturados
Ácido esteárico natural
Androgênios,
estrogênios e
progesterona
Designados coletivamente de
Ácidos biliares Estrutura química formada a
Esteroides hormônios esteroides; grupo de
Colesterol partir de uma série de anéis
lipídeos mais pesquisado.
Ergosterol
Cortisol
Ergosterol
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Vitamina D
Compostos que contêm Um exemplo é o β-caroteno,
Hidrocarbonetos Terpenos
apenas hidrogênio e carbono precursor da vitamina A.
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2.1.3.4 Ácidos Graxos Saturados
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graxos, que o organismo não consegue sintetizar (denominados ácidos graxos
essenciais). O ácido linoleico mantém a integridade das membranas plasmáticas e
torna possível o crescimento, a reprodução, a manutenção da pele e o
funcionamento geral do corpo (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH;
KATCH, 2003).
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serem armazenados no tecido adiposo. Os quilomícrons transportam também as
vitaminas lipossolúveis A, D, E e K.
O fígado e o intestino delgado produzem as lipoproteínas de alta densidade
(HDL) que possui o maior percentual de proteína, aproximadamente 50% e a menor
quantidade de lipídio total, cerca de 20% e de colesterol, cerca de 20% das
lipoproteínas. A degradação no fígado de uma lipoproteína de densidade muito baixa
(VLDL) produz a lipoproteína de baixa densidade (LDL). As lipoproteínas de
densidade muito baixa (VLDL) formadas no fígado a partir das gorduras,
carboidratos, álcool e colesterol, contêm o mais alto percentual de lipídio (95%), do
qual aproximadamente 60% são triglicerídeos. As lipoproteínas de densidade muito
baixa (VLDL) transportam os triglicerídeos para o músculo e tecido adiposo. Depois
que a lipoproteína lípase atua sobre uma VLDL, a molécula é transformada em outra
molécula LDL mais densa, porque nessas condições passa a conter menores
quantidades de lipídio. As LDL e VLDL possuem os maiores componentes lipídicos e
os menores componentes proteicos (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE;
KATCH; KATCH, 2003).
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das glândulas suprarrenais e dos hormônios sexuais estrogênio, androgênio e
progesterona. O colesterol fornece ainda um componente-chave para a síntese da
bile (emulsificando os lipídios durante a digestão) e desempenha papel crucial na
formação dos tecidos, órgãos e das estruturas corporais durante o desenvolvimento
fetal. O colesterol está presente na gema do ovo, nas carnes vermelhas, carne de
vísceras como: fígado, rim e cérebro, nos crustáceos em particular no camarão e em
produtos lácteos como: leite integral, sorvetes, queijos e manteiga. Os alimentos de
origem vegetal não possuem colesterol (NEWSHOLME; LEECH, 2010; MCARDLE;
KATCH; KATCH, 2003).
2.2 MICRONUTRIENTES
2.2.1 Vitaminas
As vitaminas são compostos orgânicos, que não podem ser sintetizados pelo
organismo. Elas podem ser encontradas em pequenas quantidades na maior parte
dos alimentos. As vitaminas são essenciais para o bom funcionamento dos
processos fisiológicos do organismo. São substâncias extremamente frágeis que
podem ser destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos metais, suas principais
propriedades envolvem dois mecanismos importantes: o de coenzima (substância
necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no
organismo) e o de antioxidante (substâncias que neutralizam radicais livres). As
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vitaminas não são armazenadas em níveis consideráveis, por isso, devem ser
supridas continuamente pela dieta.
As vitaminas são classificadas em dois grandes grupos: hidrossolúveis e
lipossolúveis. As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas do complexo B e
vitamina C. São componentes de coenzimas, participando de diversas reações
enzimáticas no organismo. O excesso dessas vitaminas não é danoso, pois elas
podem ser eliminadas por meio da urina.
Vitaminas Hidrossolúveis
Vitaminas do complexo B:
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alterações cardiovasculares e edema), anorexia, indigestão, constipação,
atonia gástrica, secreção insuficiente de ácido clorídrico, fadiga, apatia
geral, enfraquecimento do músculo cardíaco, edema, insuficiência
cardíaca e dor crônica no sistema musculoesquelético (fibromialgia). O
seu consumo em excesso pode interferir no processo de absorção de
outras vitaminas do complexo B. As principais fontes alimentares são o
gérmen de trigo, ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim,
fígado, batata, carne de porco e gado.
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Ácido Pantotênico (B5): As principais funções deste micronutriente são: a
transformação de energia de gorduras, proteínas e carboidratos para a
produção de substâncias essenciais ao organismo, incluindo hormônios e
ácidos graxos. A carência dessa vitamina provoca doenças neurológicas,
cefaleia, cãibras e náuseas. O seu consumo em excesso não provoca
toxidade. As principais fontes alimentares são: o fígado, rim, gema do ovo,
leite, gérmen de trigo, amendoim, nozes, cereais integrais e abacate.
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morfologia nuclear celular. O seu consumo em excesso não provoca
toxidade. O folato pode ser encontrado nos vegetais folhosos verdes,
fígado, beterraba, gérmen de trigo, cereais matinais vitaminados, nozes,
amendoim, grãos e leguminosas.
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hemocromatose. As principais fontes alimentares são as frutas cítricas, tomate,
batata-inglesa, batata-doce, repolho, brócolis e vegetais e frutas amarelas e verdes.
Vitaminas Lipossolúveis
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anemia hemolítica, distúrbios neurológicos, neuropatia periférica e miopatia
esquelética. Se consumido em excesso não provoca toxicidade. As principais fontes
alimentares são os óleos vegetais (milho, oliva e algodão), nozes, amêndoa, avelã,
gérmen de trigo, abacate, aveia, batata-doce, vegetais verdes e frutas.
2.2.2 Minerais
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(EUROPEAN HYDRATION INSTITUTE, 2012; BUSHMAN, 2011; NEWSHOLME;
LEECH, 2010; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
Macroelementos
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Potássio: Atua na manutenção do líquido intracelular, contração muscular,
condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia e na síntese
de proteínas e ácidos nucleicos. A carência de potássio provoca cansaço,
fadiga, fraqueza, dores musculares, hipotensão, vômitos e dilatação
cardíaca. Seu consumo em excesso provoca distúrbios cardíacos,
confusão mental e paralisia muscular. O potássio pode ser encontrado nas
frutas secas, frutas frescas, vegetais e batata.
Microelementos ou oligoelementos
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hemocrômica microcítica. Se consumido em excesso provoca hemorragia
gastrointestinal, anemia hemolítica, icterícia, náusea e vômito. As
principais fontes alimentares são os frutos do mar, cereais integrais, curry,
fígado e gérmen de trigo.
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leva a uma síndrome semelhante à Gota. As principais fontes alimentares
são o gérmen de trigo, feijão, vegetais verdes folhosos, fígado e cereais
integrais.
2.3 ÁGUA
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Como composto químico mais abundante no organismo (cerca de 60 a 85%
do peso total da maioria dos tecidos), é o solvente mais adequado para os
compostos minerais e bioquímicos. Apesar de não ser uma biomolécula legítima
(existe em grande quantidade na forma livre dentro da natureza, sendo
independente, até, a existência organismos vivos. Podemos encontrar a água na lua
e livre no vácuo do espaço), devido sua polaridade, ela consegue dissolver a maioria
das biomoléculas (com exceção das gorduras), através da criação de uma capa de
solvatação ao redor delas, induzida por pontes de hidrogênio. A água também age
ativamente nas reações bioquímicas como a hidrólise e a condensação, tornando-a
um dos componentes químicos mais importantes para a vida.
Nos organismos multicelulares, neste caso em especial no ser humano, a
água distribui-se em dois ambientes: líquido intracelular (LIC) que se encontra
inteiramente nos vasos linfáticos, junto com o tecido linfoide e o líquido extracelular
(LEC) no interior dos vasos, no espaço intersticial, entre as células ou constituindo
os líquidos transcelulares como liquor (líquido cerebrospinal), líquidos sinovial, das
serosas, sêmen, humor aquoso, água óssea inacessível, saliva, suco pancreático,
bile, sucos intestinais e urina e do líquido intravascular (plasma sanguíneo). O
sangue é o compartimento líquido mais importante do organismo, servindo de base
para o estudo do metabolismo de diversos compostos bioquímicos. Frequentemente,
são usados os valores médios de concentração das biomoléculas e dos metabólicos,
da composição plasmática (a parte líquida do sangue) para diagnósticos na
medicina.
De modo geral, o sangue exerce um papel importante no estudo da
bioquímica, devido suas funções chave na manutenção dos processos fisiológicos.
Sendo indispensável para o transporte de nutrientes, metabólitos, produtos de
excreção, gases respiratórios, hormônios, células e moléculas de defesa. O sangue
também atua como dissipador do calor produzido pela alta taxa metabólica celular,
impedindo que as células entrem em colapso em virtude do aumento da temperatura
ambiente. Outra característica importante do sangue é a capacidade de coagulação,
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propriedade importante que garante o fluxo constante do sangue nos vasos,
evitando perdas por hemorragia.
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De 95 a 99% de água: gelatina, laranja, repolho chinês, aipo, pepino,
chuchu, alface e abobrinha;
De 90 a 94% de água: morango, brócolis e tomate;
De 80 a 89% de água: clara de ovo, queijo cottage, maçã e cenoura;
De 60 a 79% de água: maionese de baixa caloria, pudim instantâneo, banana,
camarão, bife magro, costela de porco e batata assada;
De 40 a 59% de água: salsicha, frango, macarrão e queijo;
20 a 39% de água: pão, bolo, queijo cheddar e mingau de aveia;
De 10 a 19% de água: manteiga, margarina, maionese comum e arroz cozido;
5 a 9% de água: pasta de amendoim e pipoca;
1 a 4% de água: cereais prontos para comer (EUROPEAN HYDRATION
INSTITUTE, 2012; BUSHMAN, 2011; NEWSHOLME; LEECH, 2010;
MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
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