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FASCIOPATIA/FASCITE PLANTAR – 14.

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 Talalgia é tudo que dói próximo ou em volta do calcâneo


 Se divide em dois grupos: pode doer atrás ou em baixo do calcâneo

Fascite plantar/talalgia inferior

Anatomia da fáscia plantar: é um tecido conjuntivo que reveste a sola do pé, e tem
algumas funções:
 estabilizar o arco longitudinal medial
 diminuir o atrito do tendão dos flexores
 transmissão de cargas/energias (a carga que é distribuída pelos músculos até chegar
por exemplo numa flexão plantar)

Inflamação da fáscia:

 Se você “estica” muito a sua fáscia, ela fica rígida/dura e rasga com mais facilidade
 Se você deixa a fáscia parada muito tempo, ela gruda e fica encolhida e quando usar irá
rasgar também
 Então ela precisa ser usada sempre, precisa estar maleável
 Uma fáscia não pode ficar dura/grudada para não romper com facilidade

Características

 Principal lesão dos pés, e a segunda principal maior dos MMII


 É uma doença auto limitantes (a paciente melhora independente da abordagem
terapêutica)
 15% dos casos precisam de tratamento
 2 milhares de americanos por ano desenvolvem fascite
 80% melhora após 12 meses

Mais comum em

 Mulheres tem mais chances que homens


 Quem usa muito o pé (faz muita atividade ou fica muito tempo em pé) - pois estica a
fáscia, e quem não usa nada o pé (fáscia gruda/fica rígida)
 10% dos corredores profissionais vão ter fascite (principalmente os que correm muito
com a ponta do pé)

Como acontece

 Alterações intrínsecas (por conta do paciente – alguma alteração tipo fraqueza


muscular ou mudou a cava do pé) e alterações extrínsecas (de fora do pé ou do
paciente – usou muito o pé) – oferta e demanda
 Alguma alteração que deixa a fáscia rígida, pois estica várias vezes
 Gerando uma resposta inflamatória degenerativa (crônico)

Fatores de risco

Alterações do arco plantar


 pé plano – aumenta o estresse sobre a fáscia (pode estar associado a uma
fraqueza do tibial posterior/ ou flexores dos dedos pois são o estabilizadores
do arco, joelho valgo tbm é fator de risco)
 pé cavo – aumenta o estresse sobre a face (diminuindo o espaço entre
calcâneo e dedos, é menos móvel, quando abre o pé cavo, a fáscia estica e
quebra)
 Pé plano geralmente é mais relacionado a fraqueza muscular
 Pé cavo geralmente é um pé rígido, hipormovel, muita terapia manual, paciente que
faz cãibra.
 Fatores culturais e esportivos: uso excessivo de salto, uso demais do pé, corrida no
anti pé, balé
 Limite de dorsoflexão: precisa saber como avaliar, e quais fatores limitam a dorso, tais
como encurtamento, fraqueza do dorsoflexores
 Tempo de bipesestação (muito tempo em pé ) e deambulação (andando)
 Alterações coxofemurais (alguma alteração que move o quadril e mexe a fáscia
(adução e rot. Interna do quadril, pois joga mais peso, o músculo que evita é o rotador
externo do quadril (glúteo máximo e médio) e dismetrias de MMII (uma perna maior
que outra, pois bota peso mais em uma perna do que na outra).
 Diagnóstico clínico: faz uma avaliação pra descartar patologias, então faz perguntas
para descobrir isso através dos detalhes que o paciente oferece na anamnese.
Fascite/fasciopatia: dor piora na primeira pisada do dia, ou muito tempo em repouso,
porém não ter essa dor, também não descarta fasciopatia, ou outras patologias. ||
Tendinite do tibial posterior é uma associação de fascite || faz uma palpação, se tiver
dor na região plantar medial

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