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Escola Regional de Militantes do Movimento Brasil Popular

Módulo – Formação social do Brasil

1. Ementa

O objetivo deste módulo é apresentarmos a nossa interpretação da formação social do Brasil,


destacando a escravidão como aspecto fundante da sociedade brasileira e o racismo e o patriarcado
como dimensões estruturais da formação econômica e social. No primeiro momento,
apresentaremos o conceito de Escravismo Colonial, enquanto um modo de produção historicamente
novo, expressão da colonização das Américas, e identificaremos suas principais características no
Brasil. Além disso, evidenciaremos as diversas formas de resistência popular contra a dominação
colonial. No segundo momento, apresentaremos o conceito de Revolução Burguesa no Brasil, o
significado da Independência e como ela marcou a transição para uma sociedade nacional. Além
disso, trabalharemos como a Independência do Brasil alterou o modo de produção escravista no
Brasil, ocasionando uma "Segunda Escravidão", e como esse processo se relacionou com a luta
abolicionista no país. Por fim, apresentaremos a via "não clássica" de desenvolvimento do
capitalismo, e como ela se relaciona com a construção de um Projeto Popular para o Brasil.

2. Escravismo, patriarcado e formação do povo brasileiro (4 horas).


Categorias fundamentais: Modo de Produção, Formação Social, Escravismo Colonial, Racismo
Estrutural e Patriarcado.
08h00 – Leitura dos trechos “Reflexões metodológicas”; “Implicações metodológicas do enfoque
no modo de produção”; “Modo de produção e formação social” e “Modo de produção e história”,
do livro Escravismo Colonial de Jacob Gorender.
09h00 – Exposição das categorias “Modo de produção e formação social”
10h00 – Intervalo
10h15 – Exposição das características fundamentais do Escravismo Colonial.
a) Modo de produção historicamente novo
b) Categoria escravidão
c) A forma plantagem de organização da produção escravista
11hs – As resistências populares durante o período colonial
a) Guerras indígenas
b) Quilombos, guerrilhas e insurreições
c) Movimentos políticos
3. Revolução Burguesa, Abolição inacabada e a via de desenvolvimento capitalista no Brasil (8
horas).
Categorias fundamentais: Revolução burguesa, Segunda escravidão, Abolição Inacabada, Modelo
autocrático de desenvolvimento, Capitalismo monopolista.
14hs – Exposição da categoria “Revolução burguesa”.
14h30 – O significado e as implicações socioeconômicas da Independência
a) O duplo caráter da independência
b) A opção pela monarquia e a unidade territorial
c) Transição da sociedade colonial para a sociedade nacional
d) Independência e desenvolvimento capitalista no Brasil
16hs – Intervalo
16h15 – Exposição das categorias “Segunda escravidão” e “Abolição Inacabada”
a) Escravidão urbana
b) Estímulo a imigração europeia “branqueamento” da população.
c) Acontecimentos internacionais que impactaram a Abolição
d) As lutas Abolicionistas a partir de 1860
e) A revolução abolicionista
18hs – Encerramento.
08h00 – Exposição das fases da Revolução Burguesa no Brasil. Quais as características do
racismo e do patriarcado nessa transição?
a) A emergência de um mercado capitalista especificamente moderno (1808-1860);
b) A formação de um capitalismo competitivo, liberal ou concorrencial (1870-1950)
c) Irrupção do capitalismo monopolista (1950-1964)
10hs – Intervalo
10h15 – Exposição das características do modelo autocrático de desenvolvimento capitalista.
11hs – Projeto popular e via não clássica de desenvolvimento capitalista no Brasil.

Resoluções do Movimento Brasil Popular

O programa do Movimento Brasil Popular. In: Resoluções Assembleia Nacional Luís Gama. São
Paulo: Movimento Brasil Popular, 2022. P. 93 a 102.

A igualdade étnico-racial como sétimo compromisso. In: Resoluções Assembleia Nacional Luís
Gama. São Paulo: Movimento Brasil Popular, 2022. P. 129 a 149.
Bibliografia

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Editora
da UNESP, 1990.

FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: ensaios de interpretação


sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Editora Zahar,


2020.

GORENDER, Jacob. A Escravidão Reabilitada. São Paulo: Editora Ática, 1990.

GORENDER, Jacob. Brasil em preto & branco: o passado escravista que não passou. São
Paulo: Editora SENAC, 2000.

GORENDER, Jacob. O Escravismo Colonial. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2009.

MARQUESE, Rafael; SALLES, Ricardo. Escravidão e capitalismo histórico no Século XIX:


Cuba, Brasil e Estados Unidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

MOURA, Clóvis. Dialética Radical do Brasil Negro. São Paulo: Editora Anita, 1994.

MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. São Paulo: Editora Anita Garibaldi, 2020.

PRADO JR, CAIO. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Editoria Brasiliense, 1961.

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.

SAFFIOTI, Heleieth. A Mulher na sociedade de classes: mito e realidade. Petrópolis: Vozes,


1976.

Trabalho compulsório e o trabalho livre na história do Brasil. Cap 3. A presença do trabalho


feminino.

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