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APOSTIL

A DE ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO E PASTOR – ÉTICA MINISTERIAL

ÉTICA 1) ÉTICA CRISTÃ

CRISTÃ
2) ÉTICA MINISTERIAL
3) ÉTICA MINISTERIAL O CARATER DE UM OBREIRO

PARA
OBREIR PRIMEIRAMENTE AGRADEÇO A DEUS
QUE TODOS OS IRMÃOS POSSAM SER ABENÇOADOS EM NOME DE
JESUS.

O
INTRODUÇÃO
Ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal.
Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.
Nesta etapa do nosso estudo, falaremos sobre a Ética aplicada à vista ministerial do obreiro.

Abordaremos suas implicações na conduta deste, enquanto líder eclesiástico, e ainda


mostrará a importância da Ética no relacionamento com Deus, com a igreja e com a
comunidade. Mas, para isso, é importante conhecermos alguns conceitos sobre Ética.
Ético é o ramo da Filosofia que tem como objetivo moral o conjunto de princípios pelos quais os indivíduos
devem pautar seu proceder no desempenho de sua profissão.

Série de normas que leva à aquisição de hábitos e a formação do caráter dos indivíduos para que possam
cumprir seus deveres e viver corretamente.
Ética pode ser definida como o estudo crítico da moralidade. Consiste da análise da natureza da vida
humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado”, pelos quais sua conduta possa ser guiada e dirigida.
Em resumo: “ética” é na prática aquilo que você pensa e faz.
A Ética trabalha com os seguintes conceitos:

 Errado – desviado, afastado da verdade;

 Certo – Exato, infalível, evidente em que não se acha erro;

 Verdadeiro – o que realmente pode ser comprovado com o que foi dito, exatidão, qualidade daquilo
que é verdade;
 Valores – grau de utilidades das coisas.

Particularmente, “ética cristã”, no contexto evangélico é um somatório de princípios que formam e dão
sentido à vida cristã normal. É a marca registrada de cada crente. É o que cada crente pensa e faz. Por aquilo
que o crente é e faz, portanto, evidencia-se a sua dependência de Deus e do próximo. “Aqui está a
fundamental diferença entre “ética cristã” e Ética” em sentido genérico, como simples estudo crítico da
moralidade.

Como dinâmica de vida, a ética cristã pode ser manifesta através do conceito de julgamento que se faz a
respeito de determinados valores que integram o nosso dia-a-dia. Como investigadora da conduta ideal, a
ética propõe questões que avaliam os passos do homem apreciados do ponto de vista do bem e do mal.
Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e passa a ser motivo de aferição
fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada que não muda ao sabor das circunstâncias.

Ética é uma questão pessoal ou coletiva?


Quais as implicações decorrentes do comportamento antiético para a Igreja local, para a comunidade onde
ela está inserida e para a comunidade cristã como um todo?
É possível ser ético sem afastar-se do convívio com não crentes?
Isolar-se seria uma solução?
A não observação dos preceitos éticos é a mesma coisa que pecar?
Estas e outras perguntas serão respondidas durante o estudo desta disciplina.
Veremos, abaixo, um pouco mais sobre a Ética Cristã, antes de entrar definitivamente no estudo da Ética
Ministerial.

1 – Ética Cristã
É o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Para nós,
crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo “ética” vem do grego “ethos”, aparece várias vezes no Novo Testamento, significando conduta,
comportamento, porte e compostura (habituais. A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de
Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “…Ele morreu por todos,
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” – 2ª Co
5.15; Ef 2.10.
Nos dias atuais, não difere das definições já expostas, tais como conduta ou prática de vida. Temos uma boa
referência em 1ª Co 15.33 quando Paulo diz que: “as más conversações corrompem os bons costumes”. Este
texto apresenta as exigências da Ética Cristã.
O conceito que nós estudamos, encontramos fundamentalmente na Bíblia Sagrada; que nos ensina a
maneira de vida e conduta. A conduta é considerada uma manifestação do comportamento da pessoa, ela
vai ser o que identifica a pessoa e o caracteriza, vejamos os três principais desenvolvimentos da conduta:

1. 1. A conduta moral
A ética traz os argumentos básicos para que se possam conhecer os princípios de tomadas de
decisões, como também a introdução à revolução moral. Leva também ao conhecimento moral das
obrigações, dos direitos humanos, das punições impostas aos infratores, do sexo e
casamento. O que faz do homem um ser imoral?
Teologicamente como resposta cabal podemos dizer que é a ausência de Deus na vida. Quem tem a mente
de Cristo não mente, não mata, não rouba, não comete adultérios, etc. 1ª Co 2.16 “Pois quem conheceu a
mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

1. 2. A conduta cristã
Normalmente quando alguém se identifica como cristão; o nome já requer atitudes éticas, tendo em vista
que o livro texto do cristão é a Bíblia Sagrada. Esse conceito pode nos deixar pensativos no que tange ao que
não devemos fazer. Mas o propósito do nosso viver deve ser aquele que Pedro repetiu em sua epístola:
“Sede santos, porque Eu Sou Santo” 1ª Pe 1.16. O conceito de viver de uma forma santa significa mostrar
nas suas boas ações de cristão o exemplo encontrado na vida e ensinamentos de Jesus.

1. 3. A conduta pessoal
 Mateus 5.16 ensina: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. A ética é a
ciência da conduta ideal. Aborda a conduta ideal do indivíduo, isto é, nossa responsabilidade
primária. Os evangelhos nos ensinam que a transformação moral nos conduz as perfeições de Deus
Pai, Mateus 5.16. E daí, parte-se para a transformação de acordo com a imagem do Filho de Deus,
Rom 8.29 “Portanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes
à imagem de Seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”; 2ª Co 3.18 “E
todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória na sua imagem”.

 Precisamos cuidar de nosso próprio desenvolvimento espiritual como indivíduos. Essa transformação
reflete em nossa conduta pessoal, pois a conversão cristã gera essa transformação na vida do ser
humano direcionando-o a ética pessoal, 2ª Co 5.17 “Se alguém está em Cristo, é nova criatura as
coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo”, Numa sociedade corrompida, a Ética Cristã,
gera impacto em todos os sentidos. Quando um cristão se recusa a mentir, se droga ou comete
adultério, revela a sua submissão ao Espírito Santo, Lc 14.33 “Assim, pois todo aquele que dentro
vós não renunciais a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”.

 Nesse caso, a Ética Cristã supera as demais éticas pelo fato de ser gerada pela presença do Espírito
Santo, Gl 5.25 “Se vivermos no Espírito, andemos também no espírito”. Vejamos também alguns
impactos que a Ética Cristã causa em alguns grupos pessoais:

 Nos Novos convertidos – Um novo convertido demonstra sua nova vida através da ação do Espírito
de Deus no seu interior, como disse Paulo “nova criatura” 2ª Co 5.17, ou como disse o Senhor Jesus:
“Aquele que não nascer de novo” João 3.3. O maior impacto da ética no novo convertido surge
através da mudança de comportamento.

 Na sociedade – Jesus disse em Mateus 5.13,14: “Vós sois o sal da terra, e a luz do mundo”. Os dois
valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão, portanto, deve ser
exemplo para o mundo e, ao mesmo tempo, deve militar contra o mal e a corrupção na sociedade.
O sal também representa as ações de ordem e equilíbrio que os cristãos exercem na sociedade.

 No Lar – A tragédia dentro do lar começa quando perdemos alguns valores Lc 15.9. Quando há
prioridade para a Palavra e a Oração, certamente, os valores éticos ressurgem. [Para encontrar a
moeda perdida, a mulher, em Lucas 15, teve de fazer três coisas fundamentais: “acender a candeia;
varrer a casa e buscar até achá-la”].

1.4 Conceitos de Ética Cristã.


Como dinâmica de vida, a ética cristã pode ser manifesta através do conceito ou julgamento que se faz a
respeito de determinados valores que integram o nosso dia-a-dia. Ao longo desta lição abordaremos os
conceitos da ética cristã quanto ao lar, à propriedade, a igreja, a família cristã, ao bem, ao mal, à nova
moralidade, ao comportamento e ao caráter.

4. 1 – O Lar.
O lar é a expressão física do casamento e da família. Quando pensamos no lar, logo nos vêm à
mente, um homem, uma mulher, filhos, casa, alimento, disciplina, ordem, etc. O lar é de
inestimável valor às nossas conclusões quando nos propomos estudar o comportamento sócio-
religioso das pessoas. O lar é a célula mater., o principal núcleo da sociedade, da religião e da
pátria.

Aquilo que for o lar há de determinar o que será a sociedade, a Igreja e a Pátria. Se os pais são pessoas
responsáveis e tementes a Deus, por certo que seus filhos serão criados no caminho do bem, contribuindo
assim para o fortalecimento da sociedade, da Igreja e da nação. Infelizmente se acontecer o contrário os
resultados negativos serão igualmente de se esperar.

Particularmente entre os salvos, o que Deus espera dos nossos lares?


Deus espera que como pais sejam exemplo para nossos filhos, na fé, na comunhão com Deus, no respeito,
na autoridade e no temor, criando-os sob disciplina, e conduzindo-os a uma experiência pessoal com Deus.
Dos filhos, Deus espera que eles respeitem e honrem a seus pais, que o temam e que tenham prazer nos
seus mandamentos. Só assim o lar será fortalecido, a sociedade e a pátria preservadas e o nome do Senhor
glorificado.

4. 2 – A Propriedade.
É Deus quem livremente distribui entre os homens aquilo que lhe pertence, como a posse da terra, da água,
dos animais, e de todos os demais bens materiais e até os espirituais.
Deus é supremo, é pleno e ilimitado. Tudo o que há no Universo é de Deus e todas as coisas d’Ele provêm.
Tiago 1.17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
pode existir variação ou sombra de mudança”.

Deus é o Criador. A Bíblia diz que: “No princípio criou Deus os céus e a terra” Gen. 1.1. A força desta
expressão não nos deixa dúvida alguma de que nada existe que se possa igualar ao poder criador de Deus e à
força e segurança da Sua palavra. Hebreus 11.3 “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela
palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.

O propósito divino na Criação. Deus criou todas as coisas boas e perfeitas, pois ao concluir sua
gigantesca obra, incluindo Adão e Eva, as Escrituras afirmam que Gên. 1.31 “viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom”; Dt. 32.4 “Eis a Rocha! suas obras são perfeitas, porque todos os seus
caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto”.

A criação do homem à imagem de Deus foi acompanhada da entrega de grande responsabilidade.


Nenhuma outra criatura recebeu tantos privilégios de Deus como o homem. Deus concedeu ao
homem domínio sobre toda a terra e sobre todos os animais, Gen. 1.26 “Também disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do
mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam pela terra.”

Dessa forma o homem tornou-se propriedade de todas aquelas coisas boas que Deus havia criado, com
plenos poderes para sujeitar todas as coisas e dominar sobre tudo. Como já foi dito anteriormente, todas as
coisas, incluindo o homem, pertencem a Deus, que é Todo-Poderoso e Criador. Salmo 24.1.
Dispondo de todas as coisas existentes- Um dos princípios básicos da propriedade é que ao criar o mundo,
foi desejo de Deus colocá-lo à disposição do homem para dominá-lo e governá-lo, Gen. 1.26.

4. 2.1 – A propriedade individual de bens


O instinto de aquisição foi concedido por Deus ao ser humano para despertar-lhe o desejo de
possuir bens, de adquiri-los para o seu bem estar e conforto. Isto faz parte da vida do homem.

a) O assunto tratado no Antigo Testamento. O Antigo Testamento expressa não somente o direito de
propriedade individual como também registra muitas leis que tem por objetivo a proteção da
propriedade do homem (Nm 26.52-55; Dt 19.14; 17.17; Pv 22.28; OS 5.10).

b) O assunto tratado no Novo Testamento. Jesus em seus ensinos, sempre defendeu o direito de
alguém possuir bens terrestres, Mt. 6.25 “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida,
quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?”
Sem negar tal direito, Jesus lembrou também à posição de mordomia que o homem deve ocupar em
relação aos bens adquiridos e ainda advertiu quanto ao perigo de se colocar o coração nas riquezas
terrestres esquecendo-se, assim, das riquezas espirituais e passando a amar mais os bens terrenos
do que os tesouros celestiais. Mt 6.19-21; 19.24; Lc 12.15.

4. 2.2 – A propriedade Coletiva


Existe coisas que foram criadas para o bem comum de todas as pessoas que convivem em uma mesma
terra e compartilham de um mesmo ambiente, sendo para isso necessário haver a colaboração de toda a
comunidade no sentido de conservar todos esses bens.
É interesse coletivo um dos aspectos que proporcionam condições para se formar uma
comunidade, uma sociedade, um estado, uma nação:

a) A divisão dos bens entre o povo de Israel. Deus havia prometido uma terra abundante e fértil
aos descendentes de Abraão, para que eles pudessem se constituir em nação, Gen. 12.2 “de ti
farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” Não
uma pequena nação, mas uma grande nação. E Ele cumpriu tal promessa.

b) O espírito que operava na Igreja primitiva. No princípio da fé, quando os primeiros cristãos
começaram a reunir-se formando a Igreja, havia um forte espírito de cooperação e unidade
entre eles, como podemos ler em Atos 2.44,45.
Com o crescimento da Igreja e a propagação do Evangelho efetuada pelo apóstolo Paulo e os
demais apóstolos, vão constatar que as normas mudaram e foi instalado um novo sistema de
recolhimento de ofertas para serem distribuídas aos mais necessitados ( 1ª Co 16.1; Rm 15.26;
Gl 2.10)
Em nossos dias o sistema continua o mesmo. Os crentes tem o dever de levar suas ofertas e seus
dízimos para o sustento da obra e auxílio aos necessitados.

5 1. A prestação de Contas
A vida da humanidade vem passando por inúmeras transformações, e à medida que o homem, abusando
dos poderes que lhe foram concedidos por Deus, vai dominando a natureza de forma incontrolável e
impiedosa, ele próprio colabora para um terrível desequilíbrio, que é notado em todos os aspectos da vida.
Ninguém deve pensar que Deus está alheio aos acontecimentos. Chegará um dia em que todos serão
julgados ( 1ª Co 2.12-15; Ap 20.11,12). Nem mesmo os crentes fiéis ficarão sem julgamento ( 1ª Co 3.13-15).
Jesus ensinou através de parábolas que ao homem são dadas condições de administrar bem tudo aquilo que
lhe é responsabilidade (Mt 25.15-30). O homem foi constituído mordomo das riquezas que pertecem a Deus
e como tal, um dia deverá prestar contas de como administrou tais riquezas ao verdadeiro proprietário, que
fará justiça a todos.

6. Os Fundamentos Bíblicos da Ética Cristã.


O ministério do ensino se expõe de maneira incisiva e clara nas Escrituras (Ex 18.20; Lc 19.47). O propósito e
os métodos deste ministério podem ser vistos tanto no Antigo como no Novo
Testamento. Jesus disse: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7.16).
Esta declaração veio dos lábios do próprio Jesus, revelando o propósito da Palavra como manual de ensino.

6. 1 Nos tempos da Lei


O Antigo Testamento, não tenta ensinar apenas para desenvolver o intelecto, mas comunicar,
ensinar a viver de acordo com suas crenças e de acordo com suas necessidades éticas ( Ex 20.1- 17; 21.1-16).
O conceito que se tem a simples vista do ensino do Antigo Testamento, é que apenas os israelitas tinham
que aprender longos relatos de seus antepassados e históricos de suas experiências na trajetória até a terra
de Canaã (Dt 4.1). Porém se olharmos para o conceito que se tinha do ensino do aprendizado veremos que
isto vai muito além do que sabemos.

6. 2 Na vida de reis e príncipes


Muitos reis e príncipes foram beneficiados pela Palavra de Deus. Pv 3.13-16. Os vários desvios da nação de
Israel surgiram em consequência da ignorância da Palavra (II Cr 36.16) Por outro lado, quando o rei buscava
ao Senhor e voltava-se para a Palavra, a nação prosperava (II Cr 26.5). Essa é uma constante na História de
Israel “queda e levantamento”. Na época de Juízes, tem vários relatos das consequências desastrosas da
desobediência de Israel (Jz 21.25). Josué recebeu sérias recomendações para observar os preceitos da Lei do
Senhor (Js 1.7,8). Sua obediência lhe valeu o sucesso.

6. 3 Nos tempos de Esdras


Conforme o plano de Deus, Zorobabel conduziu um grupo de remanescentes judeus exilados de volta à
Palestina. Alí, o Senhor encarrega Esdras, o sacerdote para promover a maior reconstrução espiritual: o
retorno à Bíblia (Ne 8). Esse capítulo descreve um dos maiores avivamentos da história. A Palavra de Deus
remodelou seu povo e gerou em seus corações uma grande fome espiritual, mudando suas atitudes
pecaminosas e renovando suas forças (Ne 8.5-6, 10).

6. 4 No Novo Testamento
A palavra “DIDASKO” é geralmente usada quando se trata de instrução verbal, no entanto, também pode ser
usada para dizer: “mostra-nos”. Outras vezes esta palavra tem duplo sentido: “fazer e ensinar” (Mt 5.19;
At.1.1).

Também pode ser traduzida como se instruir mutuamente (Cl 3.26).


Entretanto, a palavra “PAIDEÚO”, dá ideia de educar uma criança (Pv 22.6). Também implicam neste ensino,
disciplina e correção (1ª Co 11.21; 1ª Tm 1.20; Tt 2.12).
Não somente o Novo Testamento, como toda Bíblia está repleto de exemplos éticos, tendo em vista que ela
é um manual de todas as éticas.
Procuraremos demonstrar apenas três exemplos de ética no Novo Testamento, mas devemos procurar
outros exemplos éticos em toda Bíblia, afinal ela é nosso manual por excelência.

6. 5 O exemplo de Zaqueu
A confissão genuína do pecado e a verdadeira fé, que produz salvação em Cristo resultam na
transformação da conduta externa da pessoa Rm 10.9 “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e
em seu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”. Zaqueu demonstrou
arrependimento e conversão com uma atitude espontânea de restituir e repartir os bens. A presença de
Cristo em sua vida o transformou em um homem ético com exemplos práticos de uma nova vida (Lc 19.8).

6. 6 O exemplo de Paulo a Filemom


Paulo escreveu esta “carta da prisão” (Fm 1.9) a um homem chamado Filemom, mais
provavelmente durante sua primeira prisão em Roma. Filemom era um Senhor de escravos (Fm 1.16) e
membro da Igreja de Colossos. Onésimo era um escravo de Filemom que fugira para Roma; alí teve contato
com Paulo e entregou sua vida...

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