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Além de romancista, era também filósofa. Seus textos teóricos e literários revelam
seus pensamentos feministas em torno da condição da mulher na sociedade, do amor
livre e do existencialismo, eles discutem questões como ética, política, situação,
ambiguidade humana, alteridade, ação individual, liberadade, objetificação e
opressão. O existencialismo está fundado na reflexão sobre a ação, as escolhas e a
liberdade. Ele questiona a própria existência humana e o que é ser um humano. Pensa
sobre as formas como o ser humano se relaciona com a realidade e sobre a força do
determinismo e do condicionamento.
Dessa forma, a mulher, como objeto, não pode ser sujeito de sua existência. Ela é
educada para supervalorizar a vida amorosa e para abrir mão do todo. Essa vida
baseada no amor leva a mulher a uma frustração diante de homens que nunca poderão
corresponder a suas idealizações.
"Um dos mal-entendidos que meu livro [O segundo sexo] suscitou foi que se pensou
que nele eu negava qualquer diferença entre homens e mulheres: ao contrário, ao
escrevê-lo, medi o que os separa; o que sustentei foi que essas dessemelhanças são
de ordem cultural, e não natural. Contei sistematicamente como elas se criam, da
infância à velhice; examinei as possibilidades que este mundo oferece às mulheres,
as que lhes são recusadas, seus limites, suas oportunidades e faltas de
oportunidades, suas evasões, suas realizações."