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Simone de Beauvoir nasceu em 09 de janeiro de 1908, em Paris, na França, era ateia,

feminista, defensora do amor livre e existencialista. Seus romances metafísicos são


de caráter filosófico e mostram, de forma realista, a experiência cotidiana dos
personagens. No entanto, sua obra mais famosa é teórica e intitulada O segundo
sexo.

Além de romancista, era também filósofa. Seus textos teóricos e literários revelam
seus pensamentos feministas em torno da condição da mulher na sociedade, do amor
livre e do existencialismo, eles discutem questões como ética, política, situação,
ambiguidade humana, alteridade, ação individual, liberadade, objetificação e
opressão. O existencialismo está fundado na reflexão sobre a ação, as escolhas e a
liberdade. Ele questiona a própria existência humana e o que é ser um humano. Pensa
sobre as formas como o ser humano se relaciona com a realidade e sobre a força do
determinismo e do condicionamento.

Simone considerava que os relacionamentos amorosos construídos em uma base


tradicional romântica apenas acarretam o sofrimento dos indivíduos envolvidos.
Nesse tipo de relacionamento, existe a anulação do indivíduo, principalmente o
feminino, em prol do casal. Para ela, esse tipo de relação acaba sendo uma
obrigação imposta principalmente às mulheres, o que as impede de experimentar o
amor livre. Além disso, ela aponta a objetificação, facilitada pela submissão
feminina.

Dessa forma, a mulher, como objeto, não pode ser sujeito de sua existência. Ela é
educada para supervalorizar a vida amorosa e para abrir mão do todo. Essa vida
baseada no amor leva a mulher a uma frustração diante de homens que nunca poderão
corresponder a suas idealizações.

Para a filósofa, o amor verdadeiro deve se fundar “no reconhecimento recíproco de


duas liberdades”, sem abdicações ou mutilações. Assim, o amor seria, para ambos,
“uma revelação de si mesmo pelo dom de si e o reconhecimento do universo”. Dessa
maneira, Simone de Beauvoir se tornou uma das principais representantes do
movimento feminista.

Ela questionava os papéis sociais impostos às mulheres e aos homens, e mostrava as


desigualdades entre os sexos, a forma como a mulher é considerada, em importância
social, o “segundo sexo".

"Um dos mal-entendidos que meu livro [O segundo sexo] suscitou foi que se pensou
que nele eu negava qualquer diferença entre homens e mulheres: ao contrário, ao
escrevê-lo, medi o que os separa; o que sustentei foi que essas dessemelhanças são
de ordem cultural, e não natural. Contei sistematicamente como elas se criam, da
infância à velhice; examinei as possibilidades que este mundo oferece às mulheres,
as que lhes são recusadas, seus limites, suas oportunidades e faltas de
oportunidades, suas evasões, suas realizações."

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