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Processo nº 05/304659-5
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Estado de Santa Catarina
Secretaria de Estado da Fazenda
Junta Comercial do Estado de Santa Catarina
Procuradoria Geral
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ativos vertidos é igual à dos passivos, de forma que o patrimônio líquido (PL
= Ativo - Passivo) vertido é nulo.
Nesta hipótese, portanto, tem aplicação o art. 226 da
LSA:
“As operações de incorporação, fusão e
cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas
se os peritos nomeados determinarem que o valor do
patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a
formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do
capital a realizar”.
No caso, o ‘capital a realizar’ é precisamente aquele
correspondente ao aumento previsto na 10a alteração contratual da sociedade
beneficiária. Ou seja: para a integralização do aumento de capital previsto, é
necessário o aporte de bens cujos valores correspondam a este aumento; se
da cisão realizada resultou a versão de parcela patrimonial cujo saldo é zero,
tal integralização não se perfaz.
Portanto, haverá aumento de capital da sociedade
beneficiária quando o patrimônio vertido for, no confronto entre as colunas
de ativos e passivos, positivo. Do contrário, não haverá acréscimo
patrimonial líquido nesta sociedade – e, assim, não haverá como demonstrar,
a partir desta operação, a necessária integralização do capital aumentado.
Em suma, a lógica por trás das normas que regulam a
cisão empresarial impõe que o aumento do capital da sociedade beneficiária
seja igual, ou inferior, ao valor líquido do patrimônio vertido. Se este saldo
patrimonial for nulo ou mesmo negativo, tal aumento não poderá ser
subscrito.
Mais ainda: como a lei impõe que o capital da sociedade
cindida, no caso de cisão parcial, seja dividido (LSA, art. 229; a IN 88/01,
art. 19, usa o termo reduzido), disto se dessume que o fragmento patrimonial
vertido à sociedade beneficiária deva ter, ao menos, idêntico valor ao da
redução (ou divisão) operada sobre o capital da sociedade cindida.
Isto porque a cisão não é simples operação de sucessão
patrimonial. Mais do que no patrimônio das sociedades envolvidas, a cisão
repercute necessariamente na formação dos respectivos capitais sociais.
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